Muito já se escreveu sobre o amor, mas ninguém soube elevá-lo tanto, ninguém o revestiu de profunda clareza, e ao mesmo tempo de suprema transcendentalidade, como São Paulo no Capítulo XIII em sua Primeira Epístola aos Coríntios.
S. Paulo, longe de simplesmente tecer uma rebuscada apologia ao amor, como alguns podem julgar, procura apresentá-lo em suas reais dimensões. Suas palavras deixam transparecer uma clareza meridiana. Seus apelos são diretos e incisivos, dispensando concessões e ambiguidades.
Como Cristãos só nos resta empreender os maiores esforços por expressá-lo em nossas vidas diárias, buscando concomitantemente, compreendê-lo em suas raízes mais profundas.
Quer entender mais sobre a significância esotérica dessa parte do Capítulo XIII da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios? É só acessar aqui: A Eulogia do Amor
Outubro de 1916
Uma das características humanas mais usuais é a de elogiar aquilo que nos agrada e depreciar o que nos causa aversão, mas confio que você tenha aprendido, na lição do mês passado, o único grande e glorioso fato de que no Reino do Pai todas as coisas cooperam para o bem[1]. Aqueles, entre nós, que estão satisfeitos por terem uma alimentação baseada em vegetais, ovos, mel e lácteos e não sentem desejos por bebidas alcóolicas, geralmente são muito propensos a menosprezar nossos irmãos e nossas irmãs que ainda usam alimentos baseados em carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) como alimento e tomam bebidas alcoólicas com um sentimento de “eu sou mais santo do que eles”; mas você, sem dúvida, percebeu pelo que ficou dito na lição anterior, que tal sentimento é totalmente gratuito. A carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e as bebidas alcoólicas tiveram uma participação muito importante no progresso do mundo e, se não fossem eles, não estaríamos hoje desfrutando de muitas comodidades e dispositivos que economizam tempo e trabalho e que tornam a vida no Mundo Ocidental muito mais fácil do que nos tempos primitivos. Nem chegou o momento em que esse tipo de alimentação e o uso das bebidas alcoólicas deixou de serem necessários completamente; tanto a alimentação baseada em carne animal como o uso das bebidas alcoólicas são necessários na vida de muitas pessoas. Além disso, e como aprendemos estuando a Bíblia, não é o que entra pela boca o que contamina, mas o que sai dela[2]; e a atitude de desdém arrogante por aqueles que ainda consomem a carne animal na sua alimentação ou que estão sujeitos ao vício do alcoolismo é muito mais nociva ao crescimento espiritual do que o fato de ainda utilizá-los.
Portanto, não censuremos os outros, pelo contrário, tentemos ver a questão sob o ponto de vista deles, e permitamos o pleno uso do seu livre arbítrio, tal como desejamos usar o nosso. Tampouco devemos impor nossos pontos de vista, nem procurar converter ao nosso modo de viver os que não estão preparados para isso. A mudança deve partir de dentro, e não deve ser ditada pela consideração de que os alimentos vegetais são saudáveis, nem tampouco pela aceleração espiritual que se obtém mediante a alimentação sem carne animal. O motivo mais elevado deve ser a compaixão pelas pobres vítimas que são assassinadas para satisfazer os apetites.
No entanto, podemos dizer com toda a segurança que comer carne animal em demasia e, como todos os compostos de nitrogênio, tais como a nitroglicerina, o algodão-pólvora e outros explosivos, os alimentos baseados em carne animal são extremamente nefastos e perigosos para o nosso organismo. Por isso, faremos bem se incentivarmos a moderação no consumo para as pessoas com quem estamos em contato. A ciência está suficientemente ciente desses fatos e preparada para fornecer amplo apoio a qualquer um que empreenda essa missão. Podemos não salvar as vidas de muitos animais pregando moderação aos nossos irmãos e às nossas irmãs, como faríamos se pudéssemos convertê-los a uma “dieta sem sangue”, mas se o nosso motivo é evitar a tragédia ao máximo possível, esse será o caminho mais sábio. Também, se pudermos inculcar um espírito de compaixão pelos animais, o desejo pela carne animal desaparecerá mais rápido do que imaginamos – e mais: completamente – ante o espírito do amor.
(Cartas aos Estudantes – nº 10 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Rm 8:28
[2] N.T.: Mat 15:11
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-> Para saber qual é o Trabalho Cósmico do Cristo nesse quadrimestre: O Trabalho do Cristo na Terra: de Setembro à Dezembro de cada ano
-> Para esse Mês Solar tome como material para os seus Exercícios Esotéricos tal assunto: Senhor Cristo inicia Seu Sacrifício anual aqui na Terra
>> Para você usar no processo de Cura Rosacruz:
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Renovação é um termo muito empregado na atualidade. Exprime, talvez, o objetivo das lutas que observamos quotidianamente na arena do mundo. À palavra renovação associamos, intuitivamente, outro vocábulo: adaptação. A adaptabilidade é um fator favorável a qualquer tipo de mudança. Nós, as estruturas sociais, políticas e religiosas não podem se renovar sem a existência dessa faculdade que permite um ajustamento harmonioso as novas condições.
Não podemos negar ou ignorar as transformações que atualmente vem se operando no mundo. Uma força irresistível nos impele para novos rumos. É o curso natural desse Esquema de Evolução. Na Natureza (que é Deus em manifestação) tudo progride lenta, mas, seguramente. A inércia inexiste. Contudo, na atualidade esse avanço parece se processar num ritmo bem acelerado.
Analisando, detida e acuradamente tal fato, nos parece que estamos atravessando uma fase de transição para uma nova Era. Transformações profundas se avizinham. Isto fornece toda a margem a esse clima de insegurança e incerteza observado nos dias de hoje. Alguns conseguem se entrosarem com facilidade às inovações; outros, porém, preferem se conservarem refratários a quaisquer movimentos que visem revolucionar o “status quo” vigente.
Deparamos, então, com um conflito entre duas facções (que nada tem a ver com a idade, posição social ou econômica, grau de escolaridade ou outras segmentações que são comuns nesses casos): os conservadores, representantes das velhas estruturas; e os arrojados, desejosos de erigir um novo mundo. Lamentamos o fato de, muitas vezes, essas duas facções permanecerem extremamente radicais e intransigentes em seus objetivos. Eis porque surgem lutas, às vezes, marcadas até por derramamento de sangue. E aqui sim, se reflete nas segmentações: o diálogo entre idosos e jovens, professores e alunos, pais e filhos, homens e mulheres, geralmente, resulta em fracasso ou, no mínimo, em geração de separatividade. Uma facção não reconhece os méritos do outro. Não aceitam um intercâmbio de valores. Há um terceiro caminho conciliador que uma minoria procura trilhá-lo. Os arrojados, levados pelo seu entusiasmo, refutam em utilizar as experiências e o cabedal de conhecimento do polo contrário, como base para as transformações pretendidas. Desejam prescindir de algo que eles mesmos conquistaram em vidas passadas. É impossível fugir dessa realidade. No ímpeto de ganhar terreno tendem, muitas vezes, para a violência física e psicológica: o desprezo, o egoísmo, o orgulho, a hipocrisia, o etarismo. Convenhamos: sobre a violência ninguém edifica coisa alguma, a não ser ódio, misérias e ressentimentos.
Por outro lado, lamentamos profundamente a atitude dos conservadores, pela sua teimosia intransigente em não aceitar a verdade de que tudo na vida é suscetível de uma transformação para melhor. Tudo pode e deve ser aprimorado. Aquilo que não se renova acaba por se cristalizar, perdendo sua utilidade. Inadaptar-se às novas condições é comodismo, é inercia, é apego a uma rotina agradável, porém sumamente prejudicial. Somos Espíritos Virginais da Onda de Vida humana manifestados aqui, e como tal nos encontramos acima de estruturas, de formalismos, de tradições e de convenções. Não devemos nos apegar a ninguém e a nada, a não ser a um Ideal elevado que gradativamente nos leve a perfeição: o Cristianismo Esotérico.
Pitágoras, de certo modo, tinha razão ao afirmar em seus famosos “Versos Áureos” que “o bem consiste, muitas vezes, no meio termo”. Como Aspirantes à vida superior, Estudantes de uma profunda Filosofia Rosacruz, compreendemos a necessidade de nos conservarmos sempre dispostos a aceitar todas as inovações edificantes. Não vacilemos em substituir o antigo pelo novo desde que seja para melhorar. Porém, é mister darmos o devido valor àquilo que foi construído no passado, pois constitui-se na base para as conquistas presentes, como essas se refletirão no futuro.
A renovação externa constitui uma necessidade, contudo, se encontra fundamentada na renovação interna. Jamais uma comunidade sofrerá uma benéfica transformação, se os membros que a compõem não se renovarem internamente. Se não cultivarem as virtudes Cristãs, se não aprimorarem o seu caráter, se não agirem como verdadeiros alquimistas, “transformando os metais impuros em ouro”, todas as suas realizações externas levarão a marca de suas imperfeiçoes. Tão somente construirão castelos sobre a areia.
O objetivo primordial de cada um de nós deve ser, antes de tudo, se renovar internamente. Transformemo-nos, pois em novos seres humanos, em “novidade de Espírito” (Rm 7:6). Aproveitemos a benção de estarmos renascidos aqui, nesse momento maravilhoso onde estamos sob a Órbita de Influência da Era de Aquário, estando, ainda na Era de Peixes. Ou seja: temos o dobro de lições a aprender, com o dobro de facilidades para utilizar!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – novembro/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)
O áudio-livro é um livro em áudio, também chamado de livro falado ou ainda audiobook.
Lembrando que um audiolivro da Fraternidade Rosacruz nada mais é que uma gravação da leitura de um livro em voz alta por um Estudante Rosacruz. Vamos publicando aos poucos, capítulo a capítulo, a fim de proporcionar ao irmão ou a irmã que ouve, um ritmo que ele ou ela se adapte.
O interessante é que o audiolivro já existe há muito tempo. Essa modalidade foi criada na década de 30, sendo inicialmente chamada de “talking book” (livro falado, na tradução livre do inglês). Nesse início, seu principal objetivo era auxiliar os irmãos e as irmãs com deficiência visual através de uma leitura inclusiva.
Hoje em dia podemos elencar três aplicações ou benefícios principais que um audiobook proporciona:
Boa leitura!
Nessa semana, temos os seguintes novos capítulos em audiobooks que publicamos a sua disposição, todos em MP3:
Os fariseus constituíam, ao tempo de Cristo, uma seita predominante, antipatizada pelos demais em razão do seu rigor na observância exterior da Lei e da Tradição e, principalmente, por seu menosprezo aos patrícios que não participavam desse rigorismo. Daí o nome fariseu, que quer dizer separado. Eram formalistas e hipócritas. Acreditavam na sobrevivência dos Espíritos, na reencarnação dos justos (os maus, segundo eles, ficavam sofrendo os tormentos do fogo eterno) e no livre arbítrio limitado pelo destino. Participavam do Sinédrio (uma associação de 20 ou 23 juízes que a Lei judaica ordenava existir em cada cidade. O Grande Sinédrio era uma assembleia de juízes judeus que constituía a corte e legislativo supremos da antiga Israel).
Os saduceus eram um grupo pouco numeroso, mais político que religioso, formado por personagens importantes que organizaram um senado com autoridade sobre toda a nação, mais tarde transformado no Sinédrio, com a participação de fariseus. Sua forma religiosa era subordinada à Lei (Thorah). Severos na aplicação da Lei de Talião (que consistia na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Na perspectiva da Lei de Talião, a pessoa que fere outra deve ser penalizada em grau semelhante, e a punição deve ser aplicada pela parte lesada. Em interpretações mais suaves, significa que a vítima recebe o valor estimado da lesão em compensação. A intenção por trás do princípio era “restringir” a compensação ao valor da perda. A Lei de Talião é encontrada em muitos códigos de leis antigas. Ela pode ser encontrada nos livros do Antigo Testamento do Êxodo, Levítico e Deuteronômio. Mas, originalmente, a lei aparece no código babilônico de Hamurabi (datado de 1770 a.C.), que antecede os livros de direito judeus por centenas de anos.). Materialistas, não acreditavam na sobrevivência dos Espíritos, nem nos Anjos e desprezavam os Rituais; por isso os fariseus os detestavam.
A expressão “geração de víboras, quem vos recomendou que fugísseis da ira vindoura?” (Mt 3:7), dirigida por S. João Batista aos fariseus e saduceus, é para se referir que eles eram venenosos e astutos como as víboras, por isso, eram filhos delas. As víboras previam as enchentes do Mar Morto e antecipadamente fugiam para se refugiarem nos galhos das árvores. Esse fato é comparado com a condição deles, que tinham muitos pecados e estavam buscando se refugiar no Batismo de S. João Batista, antes que a Lei de Causa e Efeito lhes trouxesse as consequências.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1977 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: Todos os Planetas do Sistema Solar são habitados e são Campos de Evolução para diferentes classes de Espíritos em vários estágios de desenvolvimento. Os Planetas mais próximos do Sol são Campos de Evolução dos seres mais evoluídos. Júpiter constitui uma exceção a essa regra; é povoado por uma Humanidade ligeiramente superior à da Terra.
O princípio é esse: as vibrações mais elevadas existem no Sol central, que em um momento continha todos os seres que agora habitam os diferentes Planetas. Mas nem todos foram capazes de sustentar as vibrações extremamente altas daquele vapor de fogo central; assim, uma cristalização ocorreu nos polos; gradualmente a matéria cristalizada gravitou em direção ao equador solar e foi expelida, levando junto os Espíritos que habitariam nessa matéria cristalizada.
Esta primeira emanação se tornou o Planeta Urano. Mais tarde, outras classes de Espíritos cristalizaram uma parte do Sol e foram expelidas para se mover em órbitas a distâncias variadas da fonte central, de acordo com a taxa de vibração necessária para o desenvolvimento dos Espíritos sobre eles, finalmente formando o Sistema Solar como o conhecemos agora.
Cada classe de Espíritos permanece em seu ambiente, estando sob a tutela e orientação direta de um dos Espíritos Planetários, cujo Corpo[1] é o Planeta onde eles habitam. Como os Espíritos começaram o processo de encarnações em Planetas diferentes, porque estão em estágios amplamente diferentes de desenvolvimento espiritual, geralmente eles não encarnam em outros Planetas, exceto que, às vezes, alguns dos Planetas internos[2] são enviados como professores para as esferas externas. Estes, pelo menos, foi o caso quando nossa Humanidade precisou de professores, encarnados e visíveis. Então, alguns dos seres de Vênus e Mercúrio foram trazidos à Terra para guiar a Humanidade nascente. Eles eram conhecidos como “Mensageiros dos Deuses” e esses Senhores de Vênus foram os primeiros reis e governantes da Onda de Vida humana. Mais tarde, os mais avançados entre os seres humanos foram entregues aos Senhores de Mercúrio, que os iniciaram nos mistérios e esses, por sua vez, se tornaram os governantes sobre os seres humanos. Eles eram, então, verdadeiramente “reis pela graça de Deus”, governando o povo para sua elevação e para o seu bem, independentemente do poder e autoengrandecimento.
(Pergunta nº 155 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e Corpo Mental.
Resposta: O que é certo ou errado depende do ponto de vista do indivíduo. Há menos de cinquenta anos atrás[1], pensava-se que era certo matar um negro teimoso e fujão. O proprietário do escravo podia matá-lo e ficar impune, assim como pode hoje em dia matar um porco ou um boi. Hoje, consideraríamos isso um assassinato. Algumas pessoas hoje consideram a astrologia meramente uma questão de cálculo e a quiromancia[2] e a frenologia[3] como algum tipo de ciências materiais, sem qualquer significado espiritual. Quem assim vê essas ciências seria inocente se as usasse como meio de vida, enquanto qualquer um que tivesse obtido uma ideia do lado espiritual dessas ciências estaria, na opinião do autor, prostituindo seu conhecimento.
Além disso, ninguém que assim menospreza essas ciências espirituais pode dar o melhor e mais elevado conselho a seus “clientes”, pois “o brilho do ouro sempre obscurecerá o julgamento”.
Essa tem sido a experiência do autor e de muitos outros que têm as mesmas opiniões. O inquiridor, de qualquer forma, faria mal em usar seu conhecimento dessas ciências espirituais para ganhar a vida financeiramente (seja por meios diretos ou indiretos), pois sua pergunta mostra que ele deve ter dúvidas; e então ele já é julgado no seu interior, se prostituir seu talento.
Há uma recompensa que é muito maior que o ouro. Se usarmos nosso conhecimento para curar e ajudar, nunca nos faltarão meios de ganhar a vida financeiramente e estaremos acumulando tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrompem (Mt 6:19-21). Maiores e melhores oportunidades de serviço serão nossas, se dedicarmos nossos talentos ao serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e à irmã que estão ao nosso lado, esquecendo os defeitos deles e focando na divina essência oculta em cada um de nós, que é a base da Fraternidade.
(Pergunta nº 154 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: antes de 1864 nos EUA.
[2] N.T.: A quiromancia é um método complexo de adivinhação e de interpretação de sinais baseados nas linhas da palma da mão e no seu formato, tamanho e textura.
[3] N.T.: Frenologia é uma pseudociência que envolve a medição de saliências no crânio para prever características mentais e a certos aspectos da personalidade.
Resposta: Desde o começo do Período de Saturno nós, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, fomos aprendendo a construir os nossos veículos. Em nossos dias, apesar dos eons de Involução-Evolução, nossos Corpos Densos só possuem cinquenta por cento da sua eficiência. Para podermos avaliar o que serão esses Corpos Densos em seu estágio máximo, é suficiente observar as mudanças e aperfeiçoamentos já constatados, guardando em mente que a espiral evolutiva se torna acelerada, devido à maior experiência já adquirida por nós, que lhe confere eficácia mais extensa.
Em certos tempos, o tato era um “sentido localizado”, análogo aos sentidos de audição, paladar, visão e olfato de nossos dias. O sentir humano efetuava-se, nos primórdios da evolução, por meio de um órgão saliente da parte superior da cabeça que se transformou no órgão que chamamos hoje de Glândula Pineal. Quanto ao tato, já não temos um órgão específico, podendo, assim, sentir pelo Corpo Denso todo. A mesma mudança de “sentido localizado” para capacidade de sentir do Corpo Denso inteiro surgirá para a visão, o olfato, a audição e o paladar.
Mais tarde, ainda, ocorrerá mais uma grande mudança: haverá a união da visão com a audição e, também, por outro lado do paladar e o olfato. Todos se unirão, então, com o tato e todos esses sentidos atuais se transformarão em um saber perceptivo de ordem superior.
Nós aprendemos lições de aperfeiçoamento do Corpo Denso durante as sucessivas vidas aqui na Terra. Construímos um Corpo, o utilizamos em nossa vida e assim descobrimos as imperfeições dele. Por exemplo, o sistema muscular pode estar perfeito, porém as falhas do coração ou do pulmão causarão doenças e enfermidades. Nós, atentos, poderemos modificar as construções dos órgãos que nos causam sofrimentos e dores, quando da elaboração do Arquétipo de uma nova vida. Se o sofrimento foi bastante intenso para chamar a nossa atenção para aquele órgão, nos esforçaremos na construção de um órgão mais perfeito, a fim de que possamos sofrer menos na próxima vida. Dessa forma, em vez de renascimentos perpetuados com órgãos deficientes, há o esforço contínuo de aperfeiçoamento da nossa parte com o intuito de evitar os sofrimentos e as dores. Também a parte externa do Corpo Denso poderá ser aperfeiçoada. Se insistimos em não sermos atentos, estamos sujeitos a passar várias vidas com um rosto deformado, defeitos na coluna, membros desproporcionados até criarmos consciência nesse particular, quando então, remediaremos os defeitos, quando da construção do próximo Arquétipo.
A beleza, a sabedoria e a força são atributos divinos e, também, metas de aperfeiçoamento de cada um de nós em suas passagens pela Terra, vida após vida. Devemos, portanto, tanto descobrir, como aperfeiçoar as falhas do nosso Corpo Denso, da Mente e, também, do nosso Corpo de Desejos em nossa evolução, enquanto estamos aqui nessa mais uma vida terrestre!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1984 – Fraternidade Rosacruz – SP)