A Astrologia Rosacruz é, para o Estudante Rosacruz, uma fase da Religião, basicamente uma Ciência Divina. Essa Ciência, mais que nenhum outro estudo, nos revela a nós mesmos: nenhuma outra Ciência Divina é tão sublime, tão profunda e tão espiritual. Ela revela a relação entre Deus (o macrocosmo) e nós (o microcosmo), demonstrando que ambos são um fundamentalmente.
A Filosofia Rosacruz, ao investigar as forças mais sutis que chocam sobre nós (o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado aqui) e nosso veículos, tem traçado os seus efeitos com não menos precisão que a Ciência acadêmica tem feito com as reações do mar e do solo, da planta e do animal, com os raios do Sol e da Lua. Com esse conhecimento podemos determinar o padrão astrológico em nós e conhecermos a potência ou a debilidade relativa às diferentes forças atuantes em nossa vida.
De acordo com o que tenhamos alcançado do dito conhecimento, podemos começar a formação sistemática e científica do caráter — e o caráter é o destino. Nós observamos os períodos e estações que são, cosmicamente, vantajosos para o desenvolvimento de qualidades ainda não desenvolvidas, corrigindo traços defeituosos e eliminando inclinações destrutivas.
A Ciência Divina da Astrologia Rosacruz revela as causas ocultas que trabalham em nossas vidas. Assessora os pais ou responsáveis com respeito à vocação, a educação dos seus filhos, e ao profissional de saúde, no diagnóstico das doenças e enfermidades. Afinal, seja em quaisquer assuntos que estamos tratando, se maltratado, corre o risco de ativar uma doença ou enfermidade que já trazemos latente e que está clara no nosso horóscopo. Se bem tratado o assunto, a doença não será ativada e teremos êxito no assunto, que nada mais é do que lições que temos que aprender nessa Escola da Vida. Dessa maneira prestando ajuda a todos e em qualquer situação que se encontre.
Nenhum outro tema, dentro da margem de conhecimento humano, parece conter, até esta data, as possibilidades estendidas aos Astrólogos Rosacruzes para ajudar aos demais a sua própria dignidade como deveres em formação.
(Publicado na Revista O Encontro Rosacruz – Fraternidade Rosacruz de Santo André – SP – abril/1982)
A delineação dos efeitos e das influências dos Astros nas várias Casas e Signos, também pelos Aspectos e pelas posições, tais como Paralelo, Conjunção, Sextil, Quadratura, Trígono e Oposição, está sujeita a amplas modificações, conforme outras configurações do horóscopo e, caso os Astros estejam Essencialmente Dignificados – ou no seu Regente – ou em Detrimentos, Exaltados ou em Queda.
A seguinte Tabela das Potências de cada Astro abaixo mostrará, em um relance, os Signos nos quais os vários Astros são fortes ou fracos, e quando o Estudante sabe em que Signo um Astro é Regente ou está Exaltado, é necessário apenas lembrar que ele está em Detrimento ou em Queda, respectivamente, no Signo oposto.
Assim, o Sol é Regente de Leão e está Exaltado em Áries; consequentemente é muito poderoso naqueles Signos e, como os Signos opostos são Aquário e Libra, é imediatamente evidente que quando o Sol está nestes Signos, ele é comparativamente fraco.
Consultando a Tabela das Potências de cada Astro, vemos que Marte é Regente de Áries e está Exaltado em Capricórnio. Suponhamos que em um horóscopo Marte está em Áries ou Capricórnio e em Quadratura com o Sol. Então, a adversidade será muito maior do que se Marte estivesse em Libra ou Câncer, os Signos do seu Detrimento e da sua Queda. Analogamente, se o Sol estivesse em Áries, seu Signo de Exaltação e em Trígono com Júpiter no Signo que é Regente, Sagitário, então ambos os Astros estariam muito fortes e seus efeitos seriam muito mais acentuados do que se estivessem nos Signos de sua Queda e de seu Detrimento.
Memorizando essa tabela o Estudante será capaz de formar um juízo muito mais acurado do efeito dos Astros em qualquer horóscopo, do que se isso não fosse levado em consideração.
Com a Folha Astrológica Rosacruz o Estudante Rosacruz tem uma importante ferramenta que o ajuda a aproveitar as influências astrais benéficas e a se precaver para não cair nas tentações oferecidas pelas influências astrais adversas, no seu dia a dia.
Compreende quais as influências são mais fortes e quais são as mais fracas.
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É extremamente importante perceber que a Astrologia não nos mostra o que e onde estamos. Tudo o que a Astrologia nos mostra são as forças com as quais temos que trabalhar e os problemas que enfrentaremos na vida.
O que fazemos com estas forças e se resolvemos estes problemas de forma construtiva depende de como exercemos o nosso livre arbítrio, o que não é mostrado no horóscopo.
No Livro “A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz”, no Capítulo 2[1], se observa que se um astrólogo quiser ler um horóscopo com precisão, ele deve conhecer o estado de evolução espiritual do indivíduo. Pessoas com diferentes graus de evolução espiritual podem responder de maneira diferente a qualquer conjunto de forças astrológicas.
Certa vez, um astrólogo francês fez uma experiência em que reuniu os horóscopos de vários criminosos presos e os misturou com os horóscopos de várias outras pessoas e depois perguntou a alguns astrólogos para dizer quais eram os criminosos e quais eram as outras pessoas. Os astrólogos não foram capazes de fazê-lo. A razão pela qual os astrólogos não foram capazes de fazer isso é que, para qualquer conjunto de forças astrológicas, algumas pessoas podem agir como folhas sopradas pelo vento e cair no potencial armadilhas indicadas, e outros podem exercer a sua sabedoria e a sua vontade e usar as forças de forma construtiva.
Com o exercício da sabedoria e da força de vontade, os problemas da vida podem ser resolvidos e as forças nas Quadraturas e Oposições podem ser usadas de forma tão construtiva quanto as forças nos Sextis e Trígonos.
Conheci pessoas principalmente com Sextis e Trígonos, e apenas uma ou duas Quadraturas ou Oposições, que estavam bagunçando suas vidas. Conheço outras pessoas que têm muitas Quadraturas e Oposições, que ganharam o controle de suas vidas e estão vivendo de forma construtiva.
Quando o horóscopo mostra problemas, a pessoa, se quiser, saberá que através de suas ações em vidas passadas acumulou esta pesada dívida (que nada mais são do que lições não aprendidas nessa Escola da Vida) que deve ser paga (lição aprendida) em algum momento.
Suponha que uma criança trouxe algum dever de casa da escola. Se os pais virem o dever de casa, que conclusões tirarão? Eles presumirão que a criança foi reprovada em algum teste e recebeu essa lição de casa como trabalho corretivo? Eles presumirão que esse dever de casa é apenas parte do processo de aprendizagem atribuído a todos os alunos da turma? Ou irão presumir que a criança está à frente do resto da turma e realizou algum trabalho extra? Obviamente, apenas ver os trabalhos de casa não é suficiente para dizer aos pais as razões da lição de casa e qual suposição está correta.
O horóscopo mostra os problemas de “lição de casa” que devemos resolver nesta vida. Não deveríamos fazer suposições sobre se estes são problemas antigos que não conseguimos aprender anteriormente ou se são novos desafios que estão a nos ajudar a desenvolver força espiritual. Somente quem investigou diretamente as vidas passadas de um indivíduo pode fazer qualquer afirmação sobre se os problemas que enfrenta são antigos ou novos.
Além disso, as pessoas precisam ter cuidado ao fazer declarações sobre essa pesada dívida (repetimos: que nada mais são do que lições não aprendidas nessa Escola da Vida). Na retrospectiva post mortem, todas as dívidas de sofrimento são “pagas” integralmente, resultando na consciência que orienta na próxima vida a testar se realmente aprendeu a lição. Se, através de nenhuma por culpa própria nesta vida, uma pessoa experimenta sofrimento, as possíveis causas são:
1) A pessoa tem alguma lição para aprender ou alguma força espiritual para desenvolver a partir desta experiência ou;
2) a pessoa pode ser atormentada por outra pessoa que esteja exercendo seu livre arbítrio. Quando for esse o caso, o algoz sofrerá por sua indiscrição no Purgatório. Sem a visão espiritual não podemos dizer qual destas explicações é aplicável ou se ambas são aplicáveis num determinado caso.
(de Elsa Glover, publicada na Revista Rays from the Rose Cross de julho-agosto/2003 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T.: CAPÍTULO II – O GRAU DE SUSCETIBILIDADE ÀS VIBRAÇÕES ASTRAIS
Quando julgamos um horóscopo, é de suma importância que levemos em consideração a posição social e etnológica do indivíduo, pois configurações de grande importância no horóscopo de um caucasiano instruído podem significar pouco ou nada no horóscopo de um trabalhador nativo não qualificado chinês, e vice-versa. Esquecer tal fator nos levaria, inevitavelmente, a conclusões falsas, como nós explicaremos a seguir.
É uma máxima mística que quanto mais baixo um indivíduo estiver na escala da evolução, mais certamente ele responderá aos raios astrais, e, inversamente, quanto mais elevado um indivíduo na escala da realização, mais ele conquistará e governará suas estrelas, se libertando da dependência ou tutela das Hierarquias Divinas. Esse jugo, contudo, não foi imposto ao ser humano para refreá-lo desnecessariamente, mas do mesmo modo que impedimos uma criança, na nossa vida cotidiana, de fazer coisas que desconhece, e que poderiam machucá-la ou talvez invalidá-la por toda a vida, também somos contidos pelas Hierarquias Divinas por meio dos Aspectos entre os Astros, de modo a não nos machucarmos além do que possamos nos recuperar nas experiências da vida.
Contudo, juntamente com essa a orientação, existe, é claro, certo grau de livre arbítrio, o qual cresce à medida que evoluímos. Entre nós, a criança possui, na verdade, pouquíssimo livre arbítrio, estando sujeita não somente aos seus pais, mas também aos empregados da casa, e a todos a quem esteja relacionada, todo o mundo a controlando para o próprio bem dela. À medida que a criança cresce, esse cerceamento vai se moderando pouco a pouco, até que, com o passar dos anos, a criança aprenda a exercitar esse seu livre arbítrio. Esse método é seguido pelas Hierarquias Divinas, no caso do ser humano. Na sua infância a Humanidade foi totalmente guiada pelas regras Divinas, sem exercitar nenhum Arbítrio; “Portanto, deverás fazer isto, ou não fazer” eram as ordens impostas a ela, e que deviam ser implicitamente obedecidas, caso contrário, o descontentamento Divino seria, imediatamente, mostrado por meio de manifestações enérgicas como um recurso para impressionar a Mente da Humanidade infantil, tais como: raios, trovões, terremotos e ocorrências de grandes pragas. Isso ocorria para a orientação coletiva da Humanidade; para repressão individual havia as leis, os mandamentos e as regras rígidos. Tributos deviam ser pagos continuamente ao Líder Divino e oferecidos no altar como sacrifícios, e para cada infração à lei um determinado sacrifício de bens materiais devia ser feito. Temor era a nota-chave dominante daquela Dispensação, pois “O começo da sabedoria é o temor do Senhor Deus” (Prov 9:10). Esse regime prosseguia sob as condições astrais de Marte e da Lua. Marte, sendo o lar dos Espíritos Luciferinos dominantes, dava à Humanidade a energia necessária para que a evolução pudesse ser realizada; essa energia marciana era da maior importância, particularmente, é claro, nos estágios iniciais. A Lua, que é o lar dos Anjos, sob o Divino Líder deles Jeová, deu à Humanidade em sua infância aquele cérebro-mente como de criança, que é passível de ser governado e se curva facilmente perante a autoridade.
Esses dois Astros com Saturno eram os únicos raios astrais que afetavam a Humanidade como um todo durante a Época Lemúrica, de modo que, se se levantasse um horóscopo para qualquer pessoa naquele tempo, seria desnecessário considerar outros Astros, pois ela não podia responder aos seus raios. Mesmo hoje, uma grande parte da Humanidade ainda não evoluiu muito além daquele ponto. Uma grande classe, particularmente entre aquelas que chamamos de “raças inferiores”, e mesmo as classes mais baixas do nosso mundo ocidental, são dominadas, principalmente, por esses raios astrais. Sob seus impulsos essas duas classes atuam com infalibilidade automática em uma maneira específica, de forma que é possível predizer exatamente o que farão sob determinados Aspectos desses Astros, porque elas vivem inteiramente em suas emoções e raramente, se tanto, são suscetíveis às vibrações intelectuais de Mercúrio. Elas nem podem apreciar as emoções tais como as expressas por Vênus ou pela sua oitava, Urano; tais pessoas respondem somente à natureza inferior, às paixões animais. Movem-se sob os impulsos de Marte e da Lua, com respeito ao sexo e à subsistência. Seus prazeres são da natureza a mais baixa e mais sensual. Elas vivem como animais em bando no físico, e seus credos é “comer, beber e se divertir”. Seus desejos são dirigidos principalmente para “vinho e amores”, pois ainda não despertaram para o encanto da música; nem a beleza teve ainda a oportunidade para encantar o coração selvagem, nesse estágio de desenvolvimento, porque isso provém dos raios de Vênus, que estão além dessas pessoas. Em tal estágio, a mulher é apenas um animal de carga e uma conveniência para o homem.
Enquanto isso o “Pai Tempo”, representado pelo Planeta Saturno, marca a contagem e brande sobre elas o açoite da necessidade, a fim de impeli-los para frente, nesse caminho evolutivo, retribuindo a cada um, na época da colheita entre vidas, com os frutos de seu trabalho. Quando o ser humano já cultivou as rudes virtudes de bravura, resistência física, etc., sonha na existência post-mortem com novos campos para conquistar, e vê onde fracassou, e a razão de seus desejos frustrados por falta de ferramentas. Gradualmente, o raio marciano construtivo e a destreza de Saturno fertilizam o cérebro lunar que ele está construindo, de maneira que, com o tempo, aprende a fazer as toscas ferramentas necessárias à realização de suas ambições primitivas. Mesmo atualmente vemos os mesmos traços de caráter hábil, as mesmas técnicas primitivas manifestadas nas “raças inferiores” e por meio delas, com o propósito de irrigar a terra, extrair minério ou moer grãos. Todos aqueles primeiros instrumentos resultaram dos raios astrais de Saturno, da Lua e de Marte, influenciando o cérebro primitivo da Humanidade infantil.
Um pouco adiante no caminho evolutivo, na Época Atlante, os Senhores de Vênus e os Senhores de Mercúrio vieram a Terra com o objetivo de dar um impulso no desenvolvimento mental e emocional. A tarefa de Vênus era combater as emoções inferiores e elevar a rude paixão animal de Marte ao mais terno e mais belo amor de Vênus. Devia acrescentar beleza à força, e para alcançar aquele ideal, os Senhores de Vênus estimularam as artes plásticas, a pintura e a escultura. Tais artes não eram ensinadas aos seres humanos comuns daquela época; os ideais que precisam ser desenvolvidos numa raça são sempre ensinados primeiramente aos mais avançados, em um templo de mistério, e, naquela época, a Iniciação não incluía instrução espiritual, mas consistia em educação nas artes liberais (compostas da lógica, gramática, retórica e da aritmética, música, geometria, astronomia.). A escultura ensinava como o belo pode ser incorporado à forma física. Chamava a atenção para o corpo, e tornava um ideal as suaves linhas curvas. O resultado está agora incorporado ao nosso próprio corpo, pois, compreenda-se bem, numa escola de mistério um ideal não é ensinado hoje simplesmente para ser esquecido amanhã ou na geração seguinte, mas ideais são inculcados para que, com o tempo, eles se tornem parte da própria vida, da alma e corpo de uma raça. Compare o corpo de raça do ser humano civilizado moderno com o do indiano, do australiano, do hotentote (Povo da África ao norte do Rio Orange), etc., e verá que nele a beleza foi de fato acrescentada à força.
Pode-se argumentar que estamos degenerando, se comparados ao que mostram as Artes Helênicas, mas isso positivamente não está acontecendo, mesmo porque ainda não alcançamos esse ideal tão elevado. Na Grécia antiga os templos de mistério ocupavam uma posição muito mais proeminente do que hoje; a forma bonita era idolatrada em detrimento da Mente, não obstante se constatar o fato de que a Grécia teve um Platão e um Sócrates. Os Senhores de Mercúrio, que tinham a incumbência de desenvolver a Mente à época em que os Senhores de Vênus exerciam sua grande influência sobre as emoções, não foram então capazes de causar uma impressão universalmente forte na Humanidade primitiva. Sabemos muito bem que mesmo hoje é difícil pensar, ao passo que é fácil se entregar às emoções. Hoje em dia, a classe média do ocidente está muito mais adiantada do que os Gregos antigos, em virtude da influência desses dois raios planetários em nossas vidas. A mulher, naturalmente, sobressai na faculdade altamente imaginativa de Vênus, devido à sua participação na função criadora, que ajuda a moldar o corpo da raça. Por isso, a sua silhueta possui as curvas graciosas que naturalmente expressam a beleza, ao passo que o homem possui um intelecto de conhecimento mundano, estimulado pelos Senhores de Mercúrio, que é o expoente da razão e o agente criador do progresso físico no trabalho do mundo.
Sempre almejamos, admiramos e aspiramos àquilo que nos falta. Nos dias de selvageria, quando golpes e pontapés era seu pagamento diário, a mulher ansiava pelo carinho de seu senhor. O raio de Vênus lhe deu a beleza e a fez adepta dos artifícios femininos que conquistaram o coração masculino, de modo que agora o homem desempenha o papel de protetor sob o pretexto de que a mulher não é mentalmente competente; entretanto, ele está se tornando aquilo que admira nela; ele está mais gentil e afável. Vênus está conquistando Marte, mas a ilusão da superioridade intelectual de Mercúrio precisa de outra influência para conquistá-lo. Agora, a mulher está suprindo isso, por meio de sua aspiração. Do mesmo modo que ela dominou a brutalidade marciana através da beleza de Vênus, assim também ela vai se libertar da escravidão mercuriana pela intuição uraniana.
Para o ser humano primitivo, impelido pelo aguilhão da necessidade saturnina, quando não pela luxúria e pelas paixões animais de Marte e Lua, o mundo parece sombrio. O medo é a palavra-chave de sua existência: o medo dos animais; o medo dos outros seres humanos; o medo das forças da natureza; medo de tudo ao seu redor. Ele precisa estar sempre atento e em alerta; a vigilância é eternamente o preço da sua segurança. Contudo, quando a evolução o torna mais sensível às influências de Vênus e Mercúrio, estes abrandam suas emoções e clareiam sua mentalidade; ele começa a olhar o amor e a razão como fatores na vida. O Sol também começa a iluminar sua visão da vida, e o brilho na natureza do ser humano, durante essa fase evolutiva, parcialmente dispersa as sombras de Saturno. Assim, gradativamente, à medida que o ser humano evolui e se torna mais sensível à música das esferas, na harpa celestial uma corda após outra toca um acorde semelhante na alma humana e a faz sensível às suas vibrações, de forma que, do mesmo modo que um diapasão, quando tocado, desperta a música em outros diapasões do mesmo tom a uma distância razoável, assim também os Planetas em nosso Sistema Solar, na sucessão evolutiva, tocaram vários acordes que encontraram eco no coração humano.
No entanto, as cordas da Lira celestial de Apolo não estão todas em harmonia. Algumas se encontram em verdadeira dissonância, de maneira que, enquanto o ser humano responde a algumas, ele permanece necessariamente, pelo menos em parte, indiferente às outras. De fato, antes de poder responder, perfeitamente, aos raios de Vênus, é necessário que o ser humano domine Marte em um grau considerável e mantê-lo sob controle, de maneira que alguns indesejáveis traços marcianos de sua natureza sejam suplantados, enquanto outros, que possam ter valor, sejam preservados. O amor de Vênus, que tudo deseja àqueles que ama, não pode conviver lado a lado no coração com o raio de Marte, que requer todas as coisas para si próprio. Por conseguinte, o ser humano primitivo precisa aprender a se dominar, em certa medida, a fim de poder se tornar o mais civilizado ser humano da família dos tempos modernos. Sob os desenfreados e apaixonados raios de Marte e da Lua, os pais põem crianças no mundo e as deixam entregues a si mesmas, quase como fazem os animais, já que são produtos da paixão animal. As fêmeas são compradas e vendidas como um cavalo ou uma vaca, ou são tomadas à força. Até mesmo em tempos mais recentes, já na obscura época medieval, o cavaleiro costumava, muitas vezes, tomar sua noiva pela força das armas, praticamente do mesmo modo que, entre os animais, os machos lutam pela posse da fêmea nos períodos de acasalamento.
Vemos, então, que o primeiro passo rumo à civilização exige que o ser humano domine um ou mais dos Planetas, pelo menos até certo ponto. A paixão desenfreada, como a gerada pelos raios do primitivo Marte, não é mais permitida sob o regime da civilização moderna, nem é mais admissível o princípio de que “força é direito”, exceto nas guerras, quando voltamos ao barbarismo. A qualidade da bravura física de Marte, que, em certo período, era tida como uma virtude para atacar a outros e roubar propriedades, não é mais admirada no indivíduo. Ela é punida de diversos modos, de acordo com a lei, embora seja ainda válida quando se trata de nações que entram em guerra, as quais agem sob esse impulso primitivo com propósitos de expansão territorial. Contudo, como dissemos, Marte foi dominado em grande parte na vida civil e social para que o amor de Vênus pudesse tomar o lugar da paixão de Marte.
Como dissemos acima, os filhos do ser humano primitivo eram deixados entregues a si mesmos, tão logo houvessem aprendido a se defender nas lutas físicas. Com o advento de Mercúrio, outro método foi introduzido. A batalha da vida hoje em dia não é mais travada somente com armas físicas. O cérebro, mais do que os músculos, determina o sucesso. Consequentemente, o período de educação foi sendo dilatado à medida que a Humanidade avançava, visando principalmente uma realização mental, pois os raios de Mercúrio acompanham o desenvolvimento de Vênus na civilização moderna. Assim, o ser humano vê a natureza de um prisma mais iluminado quando aprende a responder ao Sol, a Vênus, Mercúrio, Marte, Lua e Saturno, mesmo que em grau muito reduzido.
Contudo, embora esses vários estágios da evolução tenham, gradualmente, submetido o ser humano ao domínio de um número de raios astrais, o progresso foi unilateral, pois esse domínio fomentou apenas os interesses em coisas sobre as quais ele tem direito de propriedade: seu negócio, sua casa, sua família, seu gado, sua fazenda, etc., tudo de vital importância e precisando de cuidados. Suas posses devem ser aumentadas, se possível, não importando o que aconteça aos bens, à família, etc., dos outros, que absolutamente não lhe interessam. Entretanto, antes que possa alcançar um estágio mais avançado de evolução, é necessário que esse desejo de se apoderar das terras e de retê-las para si, deva dar lugar a um desejo que beneficie seus semelhantes. Em outras palavras, o Egoísmo deve dar lugar ao Altruísmo, e assim como Saturno, brandindo sobre ele o açoite da necessidade em seus dias primitivos, trouxe-o até seu atual estágio de civilização, do mesmo modo também Júpiter, o Planeta do altruísmo, está destinado a erguê-lo da condição de ser humano à condição de “super-homem”, onde ele estará sob o raio de Urano, no que tange à sua natureza emocional, quando a paixão gerada por Marte será substituída pela Compaixão e quando a consciência infantil de origem lunar será substituída pela consciência cósmica do raio netuniano. Portanto, o advento do raio jupteriano em nossa vida marca um avanço muito destacado no desenvolvimento humano. Conforme nos ensina o livro O Conceito Rosacruz do Cosmos (Você pode obter uma cópia digital desse livro, de graça, aqui no nosso site: www.fraternidaderosacruz.com), estamos a ponto de avançar do nosso atual Período Terrestre para o Período de Júpiter e, entretanto, o raio jupteriano marca aquele estágio elevado de altruísmo, que será então um fator proeminente em nossas relações mútuas; e será compreendido de imediato que, antes de podermos realmente responder aos raios de Júpiter, precisamos cultivar o altruísmo a um tanto e dominar o Egoísmo proveniente da força racional de Mercúrio. Aprendemos a dominar algumas das influências de Marte e da Lua, mas podíamos também ter aprendido a dominar algumas das influências inferiores de Mercúrio e Vênus, pois quanto mais as dominarmos, mais capazes seremos de responder às forças vibratórias superiores que emanam desses Astros; sim, se nos esforçarmos com afinco, um dia seremos capazes de dominar até mesmo a influência mais elevada do amor de Vênus, que sempre se prende a um objeto possuído por nós. Amamos nossos filhos porque são nossos; amamos nossos maridos e esposas porque nos pertencem; orgulhamo-nos – orgulho venusiano – de suas características morais – orgulho mercurial – de suas realizações, embora Cristo estabeleceu uma norma mais elevada: “Se alguém vem a mim e não deixe seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:26). A ideia de que devemos negligenciar nossos pais e mães, ou de que devemos odiá-los para podermos segui-Lo, esteve longe de passar pela Sua Mente, é claro, mas pai e mãe são apenas corpos; a alma que habita o corpo de seu pai e de sua mãe é que deve ser amada, não o simples invólucro físico. Nosso amor deveria ser o mesmo, seja a pessoa velha ou jovem, feia ou bonita. Devemos buscar a beleza da alma, buscar o relacionamento universal entre todas as almas, sem que importe tanto o relacionamento entre os corpos. “Quem são minha mãe e meus irmãos?” (Mt 12:48), disse Cristo, e apontou para seus Discípulos, aqueles que eram um só com Ele em Sua grande obra. Com efeito, eles estavam mais perto d’Ele do que qualquer irmão poderia estar, em virtude do mero relacionamento físico. Essa atitude constitui um passo adiante em relação ao amor de Vênus, que enfatiza os invólucros físicos dos entes amados e não considera a alma que está em seu interior. Por outro lado, o amor jupteriano reconhece somente a alma, independentemente do corpo que ela usa. A fase mercurial ou racional da mentalidade também é modificada em razão da sensibilidade ao altruístico Júpiter. E aqui o cálculo frio fica fora de cogitação. Aquele que sente o raio expansivo de Júpiter é generoso em tudo, do princípio ao fim, permanentemente, generoso no que se refere às suas emoções, ao seu amor, generoso no que diz respeito a todas as coisas do mundo. “Uma pessoa jovial” é uma expressão adequada. Ele é sempre bem-vindo e amado por todos aqueles que encontra, porque não irradia o Egoísmo comum, mas o desejo de beneficiar os outros, que em nós desperta uma sensação de confiança, sensação diametralmente oposta àquela que sentimos, instintivamente, quando entramos em contato com uma pessoa Saturno-Mercúrio.
É uma questão de experiência real para os astrólogos dotados com a visão espiritual que os raios astrais de cada pessoa produzem certas cores em sua aura, além da cor básica que identifica a “raça” à qual o indivíduo pertence. O ser humano com os pobres e doentios tons azuis da combinação Saturno e Mercúrio deve ser digno de compaixão e não censurado, pela avareza e melancolia que são sua constante atitude mental; ele vê tudo no mundo através do espelho áurico que ele criou ao seu redor; ele sente que o mundo é frio, duro e Egoísta, e que, portanto, é preciso que ele seja ainda mais Egoísta e frio, a fim de se proteger. Por outro lado, quando vemos o divino raio azul de Júpiter, tingido talvez com o delicado ouro da natureza uraniana, percebemos o quanto a visão de tão nobre indivíduo é diferente do modo sórdido com que o outro vê as coisas. Mesmo os que possuem a mais fraca tonalidade jupteriana estão num mundo repleto do brilho do sol, de flores desabrochando, vendo o todo da natureza colorido e alegre. E, ao contemplarem o mundo através dessa atmosfera, eles atraem de outras fontes uma resposta semelhante, do mesmo modo que o diapasão, já mencionado, faz vibrar outro diapasão do mesmo tom.
Depois do que foi dito, não será difícil compreender que as características uranianas, nas quais o amor se converte em compaixão, proporciona uma sabedoria que não depende da razão; um amor que não se prende a um objeto único, mas inclui tudo o que vive, se move e tem o seu ser com características semelhantes às que serão desenvolvidas pela Humanidade durante o Período de Vênus (o sexto Período nesse Esquema de Evolução. Veja nesse Livro, Conceito Rosacruz do Cosmos, mais detalhes), quando o amor perfeito substituirá todo o medo, quando o ser humano dominará todos os aspectos inferiores de sua natureza, e o amor será tão puro quanto é universal o seu alcance.
Quando essas vibrações uranianas são sentidas por antecipação na vida superior por meio da aspiração, há o grande perigo de rompermos os grilhões da lei e do convencionalismo, antes de estarmos realmente preparados para nos governar segundo a lei do divino Amor; de desrespeitarmos as leis que são do mundo; de não darmos “a César o que é de César”, em obediência ou dinheiro; de não sermos cuidadosos em evitar a presença do mal; de pensarmos que já superamos, em muito, o estágio da Humanidade comum; que podemos viver como super-humanos; de que a paixão de Marte, em nosso caso, se converta em compaixão uraniana, que é assexuada. Com tais equívocos, muitas pessoas, que se esforçam em seguir o caminho, desprezam as leis do Matrimônio, passando a se relacionar como almas gêmeas e afinidades. Elas sentem o raio uraniano, mas não podem responder totalmente à sua sublime pureza e, portanto, experimentam uma falsa sensação venusiana que normalmente termina em adultério e perversão sexual, de modo que, em vez da natural paixão animal de Marte, ela se transmuta na compaixão de Urano, e, de fato, degenera em algo muito pior que a completa expressão sexual dos raios marcianos, levada a efeito de maneira franca e apropriada. Esse é um perigo que não se pode evitar completamente e compete a cada um, que se esforça em viver a vida superior, não tentar almejar os raios uranianos até que esteja, primeiro, completamente imbuído das vibrações altruísticas de Júpiter, pois aqueles que têm aspirações elevadas e que depois caem, trazem mais desgraça para o mundo do que aqueles que não almejam o suficiente. “O orgulho vem antes da queda” é um provérbio antigo e muito verdadeiro, que cabe a cada um de nós guardar de cor. Cristo participou das bodas de Canaã. O Matrimônio é uma instituição Cristã regular, e deve existir até que seja abolido no reino que há de vir; lá nossos corpos não se desgastarão, pelo que não mais haverá necessidade do Matrimônio para gerar outros novos corpos.
Que seja também entendido que o ministro que realiza o Matrimônio não pode realmente casar as pessoas, portanto, a presença da harmonia básica para o verdadeiro Matrimônio deve ser determinada antes da cerimônia do Matrimônio.
Como vimos acima, Marte, Vênus e Urano marcam três estágios no desenvolvimento emocional do ser humano. Durante o estágio em que ele é suscetível somente à Marte, a paixão animal reina suprema, e ele busca, desenfreadamente, a gratificação de todos os seus desejos inferiores na relação sexual com o semelhante, principalmente com o sexo oposto; durante o estágio em que se torna suscetível aos raios de Vênus, o amor lhe abranda a brutalidade dos desejos, e as paixões animais são, de algum modo, controladas; sob as influências superiores desse Planeta, ele se dispõe até mesmo a se sacrificar a si próprio e aos seus desejos para o bem e o conforto daqueles a quem ama. Quando evoluiu ao ponto em que pode sentir os raios de Urano, a paixão de Marte se volta, gradativamente, para a compaixão; aqui o amor de Vênus, que é dirigido somente a uma pessoa em particular, se torna tão abrangente que abarca toda a Humanidade, não importando o sexo ou qualquer outra distinção, pois se trata do divino amor de alma para alma, o qual está acima de todas as considerações materiais de qualquer natureza.
A mentalidade também evolui através de três estágios, de acordo com a suscetibilidade da pessoa às vibrações da Lua, de Mercúrio e de Netuno. Enquanto o ser humano for susceptível apenas à influência lunar, será como uma criança, facilmente guiada pelos poderes superiores que o conduzem através dos vários estágios mencionados nos capítulos anteriores. Sob o raio planetário de Mercúrio, ele desenvolve, gradualmente, seus poderes intelectuais e se converte em um ser racional. E, como tal, é posto sob a Lei de Causa e Efeito, e considerado responsável por suas próprias ações, de maneira que pode colher o que semeou e, assim, aprender as lições que a vida humana tem para lhe ensinar no atual regime. Sendo inexperiente, comete erros em quaisquer das direções indicadas pelas aflições de Mercúrio em seu horóscopo e, consequentemente, sofre a correspondente punição em sofrimento e dificuldades. Se não tiver inteligência para raciocinar sobre a conexão entre seus erros e as tristes experiências consequentes deles durante sua vida, o panorama de vida que se desenrola no estado post-mortem torna isso claro, e deixa com ele uma essência de “sentimento correto”, conhecida como “consciência”.
Essa consciência o impede de repetir erros passados, já que o sentimento gerado se torna bastante forte para contrabalançar uma tendência a ceder à particular tentação que causou seu sofrimento. Assim, o indivíduo, gradativamente, desenvolve uma consciência espiritual que está acima e além do raciocínio humano, mas a qual, não obstante, também está conectada à razão e, de tal modo que quando o resultado é alcançado, o ser humano que possui essa Consciência Cósmica sabe por que este fato é e deve ser assim, ou porque deve executar uma certa ação. Essa Consciência Cósmica é desenvolvida sob o raio de Netuno, e difere daquele correto sentimento intuitivo desenvolvido sob o raio de Urano no fato muito importante de que, ainda que a pessoa que desenvolveu a qualidade intuitiva de Urano chegue à verdade instantaneamente, sem necessidade de pensar e raciocinar sobre o assunto, ela é incapaz de dar qualquer coisa além do resultado, isto é, não consegue conectar as várias etapas da sequência lógica, por meio das quais o resultado final foi alcançado. Todavia, o ser humano que desenvolve a faculdade de neptuniana também tem a resposta imediata para qualquer pergunta, e é capaz de dar a razão pela qual aquela é a resposta adequada e certa.
A faculdade da intuição, construída desde a base da paixão marciana, através do estágio do amor venusiano e do raio da compaixão uraniano, depende da capacidade da pessoa envolvida para sentir muito intensamente. Pelo amor e pela devoção, o coração se sintoniza com todos os outros corações do universo, e, desse modo, conhece e sente tudo o que pode ser conhecido e sentido por qualquer outro coração no universo, compartilhando assim da omnisciência divina que une Nosso Pai no Céu a Seus filhos, e por meio do toque direto que vai de coração a coração com aquela omnisciência, a pessoa obtém as respostas de todos os problemas com que se depare.
Os seres humanos mais nobres de todos os tempos, os santos Cristãos da mais transcendente espiritualidade, alcançaram seu maravilhoso desenvolvimento por meio dos raios espirituais desse Planeta, em virtude do intenso sentimento de Unidade com o divino e com tudo que vive e respira no universo.
Mas há outros que não são assim constituídos, não sendo, pois, capazes de trilhar aquele caminho. Esses, por meio da Lua, de Mercúrio e de Netuno, desenvolveram seu intelecto e alcançaram os mesmos resultados e o mesmo poder de idealização netuniano.
Esse é um ponto muito importante e é só revelado nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, pois, embora tenha sido ensinado anteriormente que o Espírito se envolve na matéria e, desse modo, se cristaliza na forma que depois desenvolve, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos dizem que existe, além disso, um terceiro fator no avanço universal, a saber: a Epigênese; a faculdade pela qual o Espírito pode escolher um rumo que, ao mesmo tempo, é novo e independente daquele que seguia antes. Nós vemos a expressão disso em todos os reinos relativos à forma, mas, no reino humano, a Epigênese se expressa como gênio, como um instinto criador, que torna o ser humano mais próximo ao divino do que qualquer outra de suas conquistas. Isso é desenvolvido sob o raio de Netuno, quando esse Planeta está bem-posicionado no horóscopo. Naturalmente, há também coisas como o gênio mau, uma faculdade destrutiva desenvolvida sob um Netuno afligido.
Somente as pessoas mais sensíveis no mundo sentem os raios de Urano e de Netuno na atualidade. Para sentir tais vibrações, a conexão entre o Corpo Denso e o Corpo Vital, que é feito de Éter, deve ser bastante frouxa, pois quando esses dois veículos estão firmemente interligados, a pessoa sempre tende para o materialismo, não podendo responder às vibrações mais elevadas e sutis do Mundo espiritual. Mas, quando os raios estelares desses dois Planetas se projetam sobre uma pessoa, cujo Corpo Vital está frouxamente conectado ao Corpo Denso, temos aquele é chamado de sensitivo. No entanto, A direção e qualidade dessa faculdade dependem do posicionamento e dos Aspectos dos dois Planetas em questão. Aqueles que, particularmente, se acham sob o domínio de um Aspecto adverso do raio de Urano, geralmente, desenvolvem as mais indesejáveis fases de Clarividência e de mediunidade. Tornam-se, facilmente, presas de entidades dos Mundos invisíveis, as quais não têm nenhuma consideração pelo desejo de suas vítimas, mesmo que essas pudessem protestar debilmente. Tais médiuns são, geralmente, usados em simples comunicações de transe, e nos poucos casos conhecidos pelo autor tiveram as vidas belas e felizes, em virtude de crerem implicitamente nos Espíritos que os dominavam. Nesses casos, os Espíritos-controle eram de uma classe melhor que aquela dos que geralmente conhecemos. Mas, assim como essa faculdade uraniana é construída através de Marte e Vênus, a paixão é proeminente em tais naturezas, de maneira que, sob a influência de Espíritos obsessivos, muitas dessas pessoas são levadas à imoralidade completa. O vampirismo e outras práticas infames semelhantes são, também, engendradas pelo uso pervertido do raio uraniano em médiuns.
Pode-se dizer que Netuno representa os Mundos invisíveis, nos seus Aspectos mais benéficos (Trígonos, Sextis e algumas Conjunções), e nos Aspectos que estão sob os raios adversos (Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções) desse Planeta são, portanto, postos em contato com os mais indesejáveis ocupantes dos Mundos invisíveis. A obsessão real, pela qual o possuidor de um Corpo é despojado de seu veículo, ocorre sob o raio de Netuno e nenhuma sessão de materialização se poderia efetuar não fora essa vibração estelar. A magia branca ou negra jamais pode ser posta em prática, a não ser sob e por causa dessa vibração netuniana. Fora da influência desse raio, tudo é teoria, especulação e literatura. Portanto, os Iniciados de todas as Escolas de Mistérios – Clarividentes Espirituais – que têm pleno controle de suas faculdades, e os Astrólogos são sensíveis ao raio de Netuno, em graus variáveis. O Mago Negro e o Hipnotizador, seu irmão gêmeo, dependem também do poder desse raio estelar para uso em suas práticas nefastas.
O nível mais elevado de desenvolvimento humano atualmente, ou seja, o desenvolvimento da alma que é realizado nos Templos de Mistérios, por meio da Iniciação, é resultado direto do raio de Netuno, pois, assim como as configurações adversas sujeitam os seres humanos às investidas das entidades invisíveis, também as configurações benéficas de Netuno são, particularmente, necessárias para capacitar um indivíduo que desenvolva, pela Iniciação, todos os seus poderes da alma, e a se tornar um agente consciente nos Mundos invisíveis. Lembremo-nos, no entanto, que as configurações benéficas ou adversas não são o resultado do acaso ou da sorte, mas são o produto de nossos próprios atos passados; o horóscopo o que ganhamos nas nossas vidas passadas e, portanto, o que merecemos na vida presente.
Além disso, devemos sempre nos lembrar que as estrelas impelem, mas não compelem; porque se um homem ou uma mulher tem uma configuração adversa de Netuno ou Urano, não significa que deva ficar sujeito, ativamente, a má Mediunidade ou a Magia Negra, tornando a sua própria vida mais difícil no futuro. A oportunidade de fazê-lo e a tentação virão, em determinados momentos, quando os marcadores celestiais do tempo apontarem para a hora exata no relógio do destino. Então, será hora de se manter firme no bem e no correto; sendo alertado por meio de um conhecimento de Astrologia, ele também se prevenirá, e pode superar mais facilmente quando tal Aspecto culmine.
Assim, vemos que o ser humano é sensível aos raios astrais em um grau crescente, à medida que avança através da evolução, mas, quanto mais espiritualmente evoluído se torna, menos ele permitirá que os Astros o dominem, enquanto a alma mais jovem é arrastada, irresistivelmente, pela maré da vida, em qualquer direção que as vibrações astrais a impelem. É a característica da alma avançada manter o curso verdadeiro, a despeito das vibrações astrais. Entre esses dois extremos existem, naturalmente, todas as gradações, umas sensíveis aos raios de um Astro, algumas aos de outro. O barco da vida dos homens e das mulheres é, frequentemente, impelido para os rochedos das tristezas e dos sofrimentos, isso para que eles possam aprender a desenvolverem, dentro de si mesmos, a força de vontade que, finalmente, os libertem de todo o domínio das estrelas regentes. Como disse o grande místico Goethe:
“De todo poder que mantém o mundo agrilhoado,
O ser humano se liberta, quando o autocontrole é conquistado.”
E pode-se perguntar: teremos percorrido toda a escala de vibrações, quando houvermos aprendido a responder a todos os sete Planetas que estão representados no mito como as sete cordas da Lira de Apolo? Em outras palavras, é Netuno a vibração mais elevada a que ainda devemos responder? Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental (Nome como também é conhecida a Filosofia Rosacruz) nos dizem que ainda existem mais dois Planetas no universo, os quais serão conhecidos no futuro, e influenciarão no desenvolvimento de qualidades de natureza tão transcendental que não as podemos compreender, por enquanto. O número de Adão – ser humano ou Humanidade – é nove, e há nove degraus na escada estelar pela qual ele está ascendendo a Deus; até o momento, subiu apenas cinco desses degraus: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, e nem mesmo as vibrações desses ele, por algum meio, aprendeu; Urano e Netuno estão, aos poucos, entrando em nossas vidas; eles não se tornarão ativos do mesmo modo e grau como, por exemplo, a Lua e Marte o são presentemente, até que muitas eras se tenham passado. No entanto, mesmo que tenhamos aprendido a lhes responder, existem mais dois, a respeito dos quais conheceremos algo mais tarde; é a opinião dos autores que esses, provavelmente, não são sentidos por ninguém, exceto por aqueles formados numa Escola de Mistérios Maiores e pelos Hierofantes desta sublime instituição.
Concluindo esse artigo sobre a Suscetibilidade do Ser Humano às Vibrações Astrais, nos reportemos ao artigo sobre “Luz, Cor e Consciência”, do livro Os Mistérios Rosacruzes:
“Verdadeiramente, Deus é Uno e indivisível. Ele contém em Seu Ser tudo o que é, da mesma forma que a luz branca inclui todas as cores. Mas Ele aparece em manifestação tríplice, assim como a luz branca se refrata em três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer que vejamos essas cores, elas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esses três raios primários da Vida Divina se difundem ou são irradiados pelo Sol e produz: A Vida, a Consciência e a Forma em cada um dos sete portadores de luz, os Planetas, que são chamados “Os Sete Espíritos diante do Trono”. Seus nomes são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. A Lei de Bode prova que Netuno não pertence ainda ao nosso Sistema Solar e indicamos ao leitor o Livro Astrologia Científica e Simplificada, escrita pelo autor do presente trabalho, para a demonstração matemática dessa afirmação.”
“Cada um dos sete Planetas recebe a luz do Sol em proporções diferentes, de acordo com sua proximidade da órbita central e a constituição de sua atmosfera; e os seres em cada um deles, de acordo com o seu estado de desenvolvimento, têm afinidade com alguns dos raios solares. Os Planetas absorvem a cor ou as cores que lhes são harmônicas e refletem as restantes sobre os outros Planetas. Esses raios refletidos levam consigo um impulso da natureza dos seres com os quais estiveram em contato.”
“Desse modo, a Luz e a Vida Divinas chegam a cada um dos Planetas, quer diretamente do Sol, quer refletidas pelos seis Planetas irmãos, de modo semelhante à brisa do verão que, tendo passado pelos campos em flor, leva em suas asas silenciosas e invisíveis a fragrância mesclada de uma multidão de flores, assim como também as influências sutis do Jardim de Deus nos trazem os impulsos reunidos de todos os Espíritos Planetários e, nessa luz multicor, nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
“Os raios que vêm diretamente do Sol são produtores da iluminação espiritual; os raios refletidos dos outros Planetas aumentam a consciência e o desenvolvimento moral; e os raios refletidos pela Lua proporcionam o crescimento físico”.
“Contudo, como cada Planeta só pode absorver uma quantidade determinada de uma ou mais cores, de acordo com o estado geral de sua evolução lá, assim cada ser sobre a Terra, seja mineral, vegetal, animal ou humano, só pode absorver e assimilar uma determinada quantidade dos diversos raios projetados sobre a Terra. O restante não o afeta nem lhe causa sensação nenhuma, do mesmo modo que o indivíduo totalmente cego não tem consciência da luz e da cor que existem em volta dele. Portanto, cada ser é afetado distintamente pelos raios estelares, e a ciência da Astrologia, uma verdade fundamental na natureza, é de enorme benefício na obtenção do crescimento espiritual”.
A Lei de Renascimento e a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito) trabalham em harmonia com os Astros; assim, uma criança nasce quando as posições dos corpos celestes em nosso Sistema Solar lhe proporcionam as condições necessárias e mais apropriadas às experiências que necessita para seu avanço na Escola da Vida.
Para os profissionais de saúde a Astrologia é de incalculável valor para diagnosticar as doenças e enfermidades e preveni-las com remédios, porque revela a causa oculta de todas as moléstias.
Para os pais ou responsáveis por uma criança o horóscopo ajuda a dirigir ou transmutar as forças ruins, latentes em seus filhos ou suas filhas, e ensina como aplicar a prevenção devida. O horóscopo mostra também as boas qualidades e, assim, os pais ou responsáveis podem dirigir a alma confiada a seus cuidados para que se torne melhor.
A “Mensagem das Estrelas” é tão importante que não se deve mais ignorá-la!
Na Fraternidade Rosacruz não se analisa horóscopos por nenhum tipo de retribuição financeira, porque consideramos isso uma prostituição da Ciência Divina da Astrologia Rosacruz. A essa definição e advertência temos de acrescentar que não é lícito cobrar qualquer valor por serviços que façamos em consequência desse conhecimento, pois “o espiritual não pode ser comprado pelo material”.
Consideramos que seja uma prostituição da Astrologia empregá-la para predizer cataclismos, mortes, desgraças, venturas ou riquezas. Por essa razão, na Fraternidade Rosacruz ela só é empregada em harmonia com as finalidades da Filosofia Rosacruz, em suas relações externas, isto é, “pregar o Evangelho e Curar os Enfermos”; finalidades ordenadas a Seus Apóstolos por Cristo, nosso Mestre e Ideal. Com respeito às doenças ou enfermidades, a usamos para preveni-las ou aplicar o remédio oportuno. Filosoficamente, a usamos pela relação entre nossa Evolução, a Evolução dos Astros e o significado desses.
A Astrologia Rosacruz é uma Ciência Espiritual e Divina e, dessa forma não tem, e nem pode ter, qualquer compensação feita com remunerações monetárias ou artigos materiais.
Está muito longe de ser vista ou aplicada de maneira curiosa e deslumbrante como o mundo supõe. Devemos, portanto, estudar a Astrologia Rosacruz para aplicá-la a nós mesmos e ajudar, com o fim de conhecer as razões pelas quais operam as fundamentais Leis da Natureza, em sua relação com nosso campo de aplicação, onde nós nos encontramos.
Todos nós temos faculdades que nos faze superiores às influências astrais! É necessário gravar isso profundamente em nossa consciência. Portanto, caso os Aspectos astrais (envolvendo Sol, Lua e/ou Planetas) indiquem um acontecimento e esse não se produza, a que devemos atribuir essa divergência? Simplesmente a nossa força de vontade, que é desconhecida pelo Astrólogo, porque não pode se manifestar ou ser assinalada no horóscopo.
Os Estudantes Rosacruzes ativos e verdadeiros levantam todos os cálculos, desde a Hora Local Exata, um por um, com paciência, persistência (diante de dificuldades que só ele sabe que tem), dedicação e profunda reverência – por estar entrando na vida de um irmão ou de uma irmã – e, logicamente, não se dedicam a “ler horóscopos”: já estão além do ponto da curiosidade que, muitas vezes, impelem os principiantes a conhecer suas relações zodiacais. Efetivamente, há muitas pessoas que, cheias de leituras negativas e, dessa forma, destrutivas, falam e estão convencidas da perversidade de Marte, Saturno ou Urano e contemplem assustadas as indicações deles; devemos, contudo, desterrar essa crença da nossa Mente, definitivamente. Tais Planetas cumprem o seu dever, meramente. Por exemplo, que culpa tem a febre, em nossas enfermidades? Que culpa tem o fogo de consumir uma casa? Que culpa tem a dinamite de derrubar uma ponte? Que culpa tem o Sol, quando ocasiona insolação?
Nenhuma! Todos esses elementos cumprem o seu dever. A culpa é da inteligência que não soube aplicar para o bem as forças superiores que acabamos de enumerar. A ação de Marte, Saturno ou Urano em nossas “desgraças” é culpa, simplesmente, nossa e foi gerada por nossos equívocos.
Os Astros “benéficos” ou “adversos” não são outra coisa senão a febre, o fogo, a dinamite ou o Sol; isto é, os meios, elementos ou forças que produzem efeito, ao obedecer a Lei e cumprir seu dever. Porém isso é o essencial, precisamente. Ao cumprir seu dever, os elementos não atuam cegamente. É fatal, mas são dirigidos por Inteligências Bondosas e Sábias que, em definitivo e como resultado final, ajudam na manifestação do saber, que é o objetivo da Evolução.
Porque os Estudantes Rosacruzes ativos e verdadeiros compreendem o funcionamento da Lei, já não são um joguete das ondas nas tormentas da vida, que riem com a sorte e choram com a desgraça. São uma força “consciente” na obra da Natureza. São eles uma Lei em si. Os colaboradores das Leis do Cosmos.
Além disso, à análise de temas é necessário ter competência e inspiração divina para decifrar a mensagem celestial no horóscopo. Sem essas qualidades, o Astrólogo Rosacruz não pode fazer outra coisa senão se equivocar, desacreditando essa Ciência Divina e exata que ele manipula de forma tola.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1970-Fraternidade Rosacruz-SP)
Quando o autor estava viajando para a cidade de Columbus, EUA, foi mostrado a ele um horóscopo de uma criança, feito por sua tia. Notou-se que o rapaz ia atravessar uma série de crises que durariam seis anos. Durante esse intervalo, muitas coisas más saíram à superfície, e tudo dependeria de tratamento que lhe dispensassem em casa, e infelizmente, a atitude de seus pais era governada pela ignorância das causas ocultas. Em lugar de tolerância, amor e simpatia, não recebia mais do que sermões e castigos. Como se poderia esperar que ele ficasse bom, tratado dessa maneira?
Esses mistérios — as crianças — os temos sempre ao nosso redor. Da maneira como resolvamos o seu enigma dependerá o fruto que colheremos da nossa missão.
Fazer um horóscopo simples para ler o caráter não exige nenhuma inteligência fora do comum. O caráter é o destino, e se conhecermos o caráter de uma criança, poderemos acumular para nós mesmos grandes tesouros no céu, fortalecendo suas boas tendências e ajudando-a, com o exemplo e com o conselho, a evitar o mal.
Um dos melhores usos da Astrologia Rosacruz é, na opinião do autor, determinar o caráter das crianças e educá-las de forma tal que se fortaleçam os seus pontos fracos e se amorteçam as tendências para o mal. Na leitura do caráter, a Astrologia Rosacruz interpreta corretamente em 99% dos casos tendo-se alguma experiência, e nenhum pai, mãe ou responsável pode beneficiar mais a seu filho ou a sua filha do que estudando o horóscopo dele ou dela, e melhor será se ele aprender a fazê-lo por si mesmo. Enquanto isso, pode-se pedir a um Astrólogo Rosacruz, que conheça a Astrologia Rosacruz, que levante o tema para o filho ou para a filha.
Se bem que a Astrologia Rosacruz seja uma Ciência certa absolutamente, deve-se ter em conta que o Astrólogo Rosacruz é um ser humano e, portanto, falível. Ainda que o Astrólogo Rosacruz consciencioso, com muita habilidade, possa dar um horóscopo correto, pode, não obstante, enganar-se e, quando menos o imagina. O autor disse somente uma vez que uma certa predição não fracassaria e essa vez fracassou.
Havia uma escapatória que depois se viu, porém, os Aspectos eram tão fortes que parecia impossível que o acontecimento previsto pudesse fracassar. Esse acontecimento QUASE aconteceu, porém, ficou frustrado no momento crítico, demonstrando assim o poder da parte que admitia uma possível escapatória.
As predições, às vezes, fracassam devido a um fator que o astrólogo não pode prever: o livre arbítrio humano.
Enquanto os seres humanos se deixam arrastar pelas ondas da vida, levados daqui para ali pelos ventos das circunstâncias, a tarefa de predizer é fácil para o astrólogo competente e cuidadoso, que pode predizer corretamente para a grande maioria, pois os horóscopos mostram as tendências, e não levando em conta o esforço individual, a humanidade segue essas tendências sem resistência. Porém, quanto mais desenvolvido esteja o ser humano, tanto mais fácil é para o astrólogo equivocar-se; pois ele só pode ver as tendências; a vontade humana é um fator que não se pode calcular, por estar além das indicações do tema. Na natureza das coisas, deve haver esse elemento de incerteza. Se as condições fossem rígidas e inflexíveis, não havendo modificação possível, isso mostraria que um destino inexorável governava a vida humana, e de nada serviria o menor esforço para mudar tais condições, porém se as predições fracassam algumas vezes, isto é motivo de esperança, pois demonstra que dispomos de algum livre arbítrio.
Há uma classe de predições em que a Astrologia Rosacruz é quase infalível e de grande utilidade: a de determinar a afinidade entre as pessoas, de maneira que em vez de ser o matrimônio uma espécie de loteria, ou de azar, pode ser o resultado mais ou menos exato de tal união. Por certo não haveria necessidade de divórcio se um astrólogo competente houvesse recomendado a união.
Sabemos que a vida humana é governada por uma grande Lei da Natureza: a Lei de Consequência, a qual estabelece que todos os nossos atos são causas que produzem inevitáveis efeitos, tão seguramente como uma pedra atirada ao ar volta para a terra. Debaixo dessa grande lei tornamos a nos encontrar uma e outra vez com amigos e inimigos, e parece impossível que possamos estabelecer a mais estreita das relações, o matrimônio, com um estranho. O autor sabe que quando alguém pede um horóscopo sobre o seu matrimônio, se as predições são favoráveis, invariavelmente realizam a cerimônia, porque está de acordo com o seu desejo, porém quando o astrólogo se vê obrigado a predizer um desastre, também invariavelmente o interessado diz: “Este astrólogo não merece crédito”, e trata logo de casar-se, como deseja, ou então procura outro astrólogo que lhe dê uma resposta mais favorável.
O melhor de todos os empregos que se pode dar à Astrologia Rosacruz é no tratamento dos doentes, e este é o único emprego que o autor faz dessa ciência.
Temos falado da Lei de Consequência, que produz, a seu devido tempo, os resultados dos atos passados, sejam desta ou de outras vidas. As estrelas são o Relógio do Destino, por assim dizer, os doze Signos do Zodíaco correspondem ao mostrador do relógio, o Sol e os Planetas, com seus lentos movimentos, indicam o ano em que determinado acontecimento deve realizar-se, enquanto a Lua, animada de movimento mais rápido, nos indicará o mês.
Há certas pessoas que se encontram particularmente sob a influência da Lua: os lunáticos. Em suas vidas sentem especialmente todas as mudanças da Lua e os astrólogos podem predizer, nesses casos, não só o dia como até a hora em que as crises se manifestarão.
Quando alguém fica doente, as crises podem ser vistas no horóscopo e, por seu intermédio, é possível acompanhar a marcha da enfermidade, de maneira que os momentos mais propícios sejam aproveitados. Então os remédios curativos terão efeito muito maior. Se o médico não pode fazer muitos progressos devido a condições planetárias adversas, pode pelo menos dizer quando se produzirão as modificações.
Caso como este ocorreu com o autor na cidade de Duluth (Estados Unidos), quando lhe pediram para ajudar uma senhora que sofria de envenenamento do sangue. Os doutores já a haviam abandonado. Ao levantar o seu horóscopo, viu-se que sete anos antes ela tinha sofrido uma crise semelhante e que outra teria lugar daí há alguns dias, quando a Lua Nova agravaria as condições.
Sofria ela grandes angústias e toda a família se reunira em torno dela e já se despedia dos parentes, esperando morrer. Logo que a Lua obscureceu, começou a diminuir os sofrimentos e vinte minutos depois a paciente estava repousando com calma e sem dores.
Em dois dias o veneno baixou do abdômen para as pernas. Porém, a Lua Nova deteve o progresso, e ao terceiro dia começaram de novo as dores nos membros inferiores. Lutou-se contra a enfermidade durante três dias, e se bem que se conseguisse fazer as dores passarem com os tratamentos, elas voltavam uma ou duas horas depois, e tudo ficava como antes. Notou-se bem claramente que maior alívio não era possível até que a Lua chegasse a fase “cheia”. Foi dito isso à enferma, acrescentando-se que ao chegar aquela ocasião a enfermidade cederia aos tratamentos e que a dor cessaria. No dia designado, a senhora se levantou pela manhã e pôde pôr os pés no solo com facilidade: ela estava curada.
Um médico cirurgião de Portland dizia que a experiência lhe ensinara a executar todas as operações, sempre que possível, na Lua Crescente, porque então a vitalidade era maior e as feridas se curavam com maior rapidez do que quando a Lua estava no minguante.
Para o ocultista, os doze Signos do Zodíaco são os veículos visíveis das doze grandes Hierarquias Criadoras que ajudaram o ser humano a desenvolver-se até o seu atual estado de consciência própria, sendo o Sol a veste da Inteligência Espiritual mais elevada manifestada em nosso sistema, atualmente. Os sete Planetas, Urano, Saturno, Júpiter, Marte, Terra, Vênus e Mercúrio, são os corpos dos sete Grandes Anjos Estelares de que falam todas as Religiões: os sete Espíritos ante o Trono, os sete Arcanjos dos Maometanos; os sete Ameshapendas dos persas, os sete Rishis dos Indus etc. Eles agem de acordo com a Lei de Consequência e são os ministros do nosso Senhor, o Deus Solar, tendo cada um o cuidado de uma parte definida da Vontade de Deus.
Deles surgimos como espíritos, em sete raios, sendo que um deles é nosso Astro-Pai, subsistindo assim durante todas as nossas vidas. Esse fato não impede que nasçamos em diversos momentos e sob muitas configurações astrais, para que possamos adquirir variadas experiências, e nosso horóscopo mostrará qual é a estrela regente particular da nossa vida atual, porém não conheceremos o nosso Astro-Pai senão na última Iniciação (a Quarta Iniciação Maior ou Cristã).
Todos os que emanaram do mesmo Astro-Pai são irmãos no mais íntimo sentido, almas gêmeas, em todas as suas vidas terrestres, e ninguém pode entrar numa escola superior de ocultismo que não seja composta de irmãos do mesmo raio ou Anjo Estelar de que foram emanados. Isso é o que Cristo Jesus queria significar quando disse: “Vosso Pai e meu Pai” (Jo 20:17) dirigindo-se aos seus Discípulos.
Jesus e seus Discípulos eram almas gêmeas no mais alto significado, emanadas do mesmo raio. Aos fariseus, dá-lhes uma origem distinta, chamando-os filhos do mal, de Saturno ou Satanás. Porém, não se deve admitir que Saturno seja mau. Tem ele a cumprir uma missão no reino de Deus que também é boa: ele é a influência subjugadora, que produz a dor e põe um dique à nossa arrogância; é o tentador que mostra as nossas imperfeições, para purgar-nos do mal e fazer-nos perfeitos e virtuosos. E suas virtudes são muito grandes: castidade, justiça, retidão inflexível, se bem que lhe falte a compaixão e o amor, que vêm das forças do formoso Planeta Vênus. De Vênus vem também a música, as artes, que servem para elevar-nos para a natureza superior das coisas. Júpiter é o farol que nos inspira elevados pensamentos, nos dá devoção a Deus e aspirações altruístas. Marte dá-nos energia necessária para efetuar nosso trabalho na vinha do Senhor. Se não fosse por sua influência o ser humano não teria vigor nem coragem. Em seus Aspectos adversos produz as paixões, as guerras e as lutas, porém isso é devido a empregarmos mal as energias que dele recebemos, e da mesma maneira Vênus dará sensualidade e Júpiter, a indolência; porém, quando permitimos que as suas boas influências se desvirtuem e se pervertam por nossa natureza inferior, Saturno vem e nos submete a duras provas, às penas e tribulações, para fazer-nos voltar de novo ao caminho do progresso e da pureza.
Mercúrio é o Mensageiro dos Deuses, é a fonte da Sabedoria, da qual a Mente humana obtém o seu tom. É o menor dos Planetas, porém é o Anjo Estelar que tem a mais importante missão com respeito à Onda de Vida humana. De sua posição e configurações no horóscopo depende que a vida que começa seja devotada ao “Eu Superior” entregue às paixões inferiores, porque a Mente é o elo entre a natureza superior e a inferior, e se Mercúrio está colocado de tal forma que incline mais aos prazeres dos sentidos do que aos da alma e às alegrias superiores, o fim será muito triste. Mas deve-se sempre recordar que nenhum ser humano se vê compelido ao mal, e que quanto maior é a tentação tanto maior será a recompensa que obtém quando sabe sobrepor-se às paixões ou às tendências indicadas no horóscopo.
Os Astros impelem, porém não obrigam, de maneira nenhuma. Em última análise, somos árbitros do nosso destino, e, apesar de todas as más influências, está em nosso poder dominar nossas estrelas por meio da vontade, o báculo da nossa divindade, ante o qual tudo o mais deve inclinar-se.
Disse Ella Wheeler Wilcox, uma poetisa inspirada:
“Um barco segue rumo a leste, e outro a oeste, embora sopre o mesmo vento.
É a posição do leme e não o vento que determina a rota.
Como os ventos do mar são os desígnios do destino, conforme viajamos pela vida.
São os atos da alma que determinam a meta e não a calma ou a luta”.
(De Max Heindel – Traduzido da revista Rays from The Rose Cross e Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1978)
A história da Astrologia é a história do pensamento e das nossas aspirações. A ciência astrológica foi aperfeiçoada pelos magos filósofos da Época Atlante, estando, de um lado o surgimento do sacerdócio ariano e a profanação dos mistérios (ciências) e do outro o declínio dos últimos atlantes. Nesse momento começou a haver a separação: Astrologia e Medicina.
Os sacerdotes religiosos não mais exerceram o monopólio sobre as artes proféticas e médicas, separando-se da fundamental unidade entre as ciências físicas e espirituais. Surgiram novas categorias de: adivinhos e curadores, representantes do aprendizado da essência do conhecimento dividido e de fragmentos não cooperativos, assim como inúmeras partes discordantes: bruxaria, especialistas, comerciantes de horóscopos, experimentalistas, charlatães e supersticiosos.
Já na Idade Média, tivemos o nobre médico Paracelso dizendo: “Feliz o homem que não venha perecer pela mão de seu médico” e a Astrologia emitindo predições terríveis, com amuletos astrais, predizendo a sorte e superficialidades.
A despeito de tudo isso, grupos de seres humanos cultos e iluminados preservaram os segredos esotéricos da medicina e da astrologia, mantendo o conhecimento interpretado misticamente e os segredos espirituais: restaurados, ocultos do vulgo e dados somente àqueles que anelavam por coisas do espírito. Entre esses grupos de seres humanos estavam os Rosacruzes.
Agora, no Mundo moderno vemos educadores que ignoram os valores espirituais; vemos a ciência material tornar-se uma instituição orgulhosa, que ignoram a alma, fascinados pela matéria não deixando lugar para o misticismo. Como resultado, temos uma desilusão geral e um abatimento pela insignificância das coisas materiais: fuga, desespero e tristeza. Tudo isso, somado a proximidade da Era de Aquário, da qual já estamos sentindo as suas fraternas influências, presenciamos: a volta do misticismo – trazendo um novo padrão interpretativo; o interesse renovado pela Astrologia e Cura e um apego pela Teoria Microcósmica (conceito de ordem e relação universal).
Observem que os primitivos Rosacruzes se apegaram a Teoria Microcósmica – geralmente rejeitada pela ciência. Paracelso foi o expoente mais destacado deste conceito de ordem e relação universal: “Assim como existem estrelas nos céus, assim também há estrelas dentro do ser humano. Portanto, nada existe no universo que não tenha seu equivalente no microcosmo (o corpo humano)” e “O espírito do ser humano deriva das constelações (estrelas fixas); sua alma, dos estelares; e seu corpo, dos elementos”.
Vejam no Livro do Gênesis, na Bíblia onde lemos que “Deus fez o homem a Sua imagem e semelhança”. E ao definirmos o Macrocosmo como a difusão do cosmos infinita com as suas: ilhas, galáxias, nebulosas, estrelas, estelares, corpos celestes onde inumeráveis formas de vida estão sempre evoluindo e; o Microcosmo como as células do nosso corpo incontáveis como as estrelas do céu e inumeráveis categorias de coisas vivas, espécies, tipos, gêneros se desenvolvendo dentro: da carne, dos músculos, dos ossos, dos tendões, chegaremos à chave mestra para todos os mistérios: “Como é em cima, assim é embaixo”.
Aqui, então, podemos definir a Astrologia como a inter-relação das forças celestiais entre o Macrocosmo e o Microcosmo, entre o externo a nós e o nosso interior, além de ser uma instrumentadora para a realização da Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito:
Que ninguém se iluda: só colhemos aquilo que semeamos.
A grande maioria de nossas doenças e enfermidades origina-se no nosso comportamento negativo face às circunstâncias e, quase sempre, envolvendo o nosso semelhante. É a velha história ou velho e misterioso conselho dado por Cristo no Sermão da Montanha: “se qualquer membro do teu corpo te escandalizar (o mau uso) arranca-o e joga-o fora…”. E é o que fazemos literalmente antes de renascer!
Vejamos, agora, a questão do diagnóstico das nossas doenças ou enfermidades. Obviamente há dois tipos: através de efeitos ou através da causa.
Através dos efeitos baseia-se em sintomas externos ou reação dos medicamentos
Através da causa vai à origem da doença ou enfermidade. É esse o método preconizado pela Astrodiagnose e Astroterapia, preconizadas pela Astrologia Rosacruz, envolvendo: o conhecimento dos melhores métodos para efetuar a cura; o tratamento que melhor o paciente responderá e o caráter do doente ou enfermo (forte, débil, negativo, emocional).
Pois, enquanto os exames médicos mostram as condições do nosso Corpo Denso no momento, o horóscopo mostra as doenças ou enfermidades latentes de toda essa nossa vida terrestre. Deste modo temos tempo suficiente para: prevenir-nos, minimizar os efeitos e até não ter essa doença ou enfermidade, pois: “os Astros impelem, mas não obrigam”!
E isso é possível porque a Astrodiagnose e Astroterapia indica o dia em que as crises vão se manifestar e quando as influências adversas diminuirão. Com o conhecimento de que a recuperação ocorrerá, nós temos forças para suportar e oferecer ajuda e esperança.
Todos sabem que estamos sujeitos aos seguintes tipos de doenças e enfermidades: física, emocional e mental.
Nós construímos nosso Corpo Denso e o controlamos. Havendo doença ou enfermidade nele concluímos que nós não fizemos o nosso trabalho como deveria ser. E isso é expresso nas duas classes de doenças e enfermidades apontadas em um horóscopo:
Para aplicarmos no estudo dessa ciência e dessa arte de obter conhecimento científico das doenças e enfermidades, das suas causas, segundo indicações dos Astros, e dos meios de curar é necessário, pelo menos 7 ações cotidianas para toda a nossa vida:
Que as Rosas floresçam em vossa cruz
Dá-se o nome de Astrodiagnóstico a ciência e arte de obter conhecimentos a respeito das doenças e enfermidades e suas causas, bem como os meios de evitá-las ou curá-las pelas indicações astrológicas. Aliás, o tratamento das doenças e enfermidades é o melhor dos empregos que se pode dar à Astrologia Rosacruz.
Quando alguém se vê acometido de alguma doença ou enfermidade, as crises podem ser previstas no horóscopo, e por seu intermédio é possível acompanhar sua marcha, de maneira que os momentos propícios à cura sejam aproveitados. Assim, o tratamento se revestirá de maior eficácia. E, se não se puder fazer muitos progressos, devido às condições astrais adversas, pelo menos há possibilidade de se prever as modificações.
O Astrodiagnóstico, pelo seu caráter abrangente e profundo, pode ser denominado de “a ciência de prevenir as doenças ou enfermidades, pois é possível fazê-lo”.
O método tradicional de diagnosticar pelos sintomas não oferece muita segurança. Hoje se acrescentaram os exames por meio de muitas máquinas, o diagnóstico pela íris, as análises de sangue e urina e muitos outros. O mais prático, entretanto, é detectar as tendências e os estágios latentes para evitar a manifestação da doença ou enfermidade.
As doenças latentes estão indicadas pelas configurações adversas no horóscopo. Se os pais conhecem Astrologia Rosacruz a respeito das tendências de seus filhos, então poderão ajudá-los de modo a evitar que as doenças ou enfermidades se manifestem.
Todavia, se as mesmas tendências a transgredir as Leis Naturais (as Leis de Deus) remanescem nesta existência, constituirão os pontos débeis a merecer uma atenção toda especial. Primeiramente surgem os sintomas, como indícios de que a doença ou enfermidade se encontra em vias de se materializar (tronar-se uma doença ativa), pois se expressa, inicialmente, no Corpo Vital. Quando se provocam os Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções) e a doença ou enfermidade aparece, as posições progredidas dos Astros ensejam o estabelecimento de um quadro completo do caso.
Num horóscopo, a natureza física é indicada pelo Ascendente, pela posição e Aspectos do governante e suas configurações. A análise da Sexta Casa é muito importante, pois ela rege a saúde, as doenças e enfermidades. Uma visão mais profunda dessas facetas do tema astrológico nos facilita compreender melhor a natureza da doença ou enfermidade, e o modo de removê-la ou contemporizá-la em estado latente. Devemos, também, atentar para o papel que o irmão ou a irmã doente ou enfermo (a) deve desempenhar, colaborando no trabalho de Cura Rosacruz ou de prevenção. Aí entra sua disposição física e tendências morais, marcadas pela posição do Sol e outros pontos do horóscopo. Se o irmão ou a irmã doente ou enfermo não quiser fazê-lo, não há como curá-lo (a), pois o livre arbítrio deve ser sempre respeitado.
O Astrólogo Rosacruz, quando levanta um horóscopo com o objetivo de curar a doença ou a enfermidade de um irmão ou de uma irmã, ele procura fazê-lo como oportunidade de esclarecer e ajudar o doente ou enfermo (a), levando em conta a mensagem global do horóscopo.
Na literatura Rosacruz, encontramos duas obras de suma importância como excelentes fontes de conhecimentos sobre este assunto: Rosacruz encontra duas obras de suma importância como excelentes fontes de conhecimentos sobre este assunto: Astro-diagnose: Um Guia para a Cura Definitiva – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz e A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz. Essas obras, somadas à dedicação do Estudante Rosacruz em fazer os Cursos de Astrologia Rosacruz (quando, então, potencializam o uso do conhecimento dessas obras) o a ajudarão a torná-lo um Auxiliar Visível Consciente dos mais eficazes e dar um imenso passo ao objetivo de se tornar um Auxiliar Invisível Consciente.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – janeiro/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Com a Folha Astrológica Rosacruz o Estudante Rosacruz tem uma importante ferramenta que o ajuda a aproveitar as influências astrais benéficas e a se precaver para não cair nas tentações oferecidas pelas influências astrais adversas, no seu dia a dia.
Compreende quais as influências são mais fortes e quais são as mais fracas.
Também sabe quais são os melhores períodos e dias para tratamentos da sua saúde quando da necessidade de se trabalhar em alguma parte do seu Corpo Denso.
E tem o acesso aos dias em que oficia Rituais dos Serviços Devocionais especiais.
Se está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz, o uso se torna mais eficaz e muito mais abrangente.
Ajuda, inclusive, ao Estudante Rosacruz que está fazendo os Cursos de Astrologia Rosacruz a compreender a dinâmica da Astrologia e a influência dos Astros durante todos os dias.
Para imprimir em formato A4 é só clicar : Folha com Aspectos Astrológicos Rosacruz – JUNHO de 2024 – A4
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Resposta: Logicamente, dependerá muito de outros Aspectos com outros Astros. Podemos nos limitar a explicar o que pode oferecer este Aspecto num tema natal, quando esta Conjunção e os Paralelos ocorrem estando a 8ª Casa abrangendo Touro e Gêmeos, por exemplo; isto é, passando de Touro para Gêmeos. Isto, sem contar outros Aspectos, favoráveis ou não.
Antes de mais nada, é uma recomendação taxativa de Max Heindel, no Livro “A Mensagem das Estrelas” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz: “Nunca, nunca predigam a morte”. É certo que o perguntante não levantou esta questão. Mas convém que seja feito este esclarecimento, que está implícito na pergunta.
A 8ª Casa não é apenas a Casa da morte. Ela rege também a capacidade de regeneração do nativo; isto é, ela indica o que o indivíduo conseguiu acumular em vidas anteriores, no sentido de transcender as condições humanas em direção à sua verdadeira e futura condição espiritual.
A 8ª Casa também rege as heranças, os legados.
Vamos ver o reflexo da 8ª Casa na sua oposta, a 2ª Casa. Em suma, a 2ª Casa indica o nível anímico do nativo no dar e receber, em todos os campos. Segundo os méritos adquiridos em vidas pregressas, pelo dar; ou deméritos, pelo negar; assim ele terá as facilidades dos legados inesperados ou será lesado em seus direitos de herdeiro. Nada vem do azar nem da sorte, senão como consequência natural e justa de seus atos. Paralelamente, pela capacidade de dar ou contrariamente, pela omissão do dever Cristão, pode exercitar a capacidade de regeneração, pois o “serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta em você e em todos os irmãos e todas as irmãs, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus”.
O Planeta que rege a 8ª Casa é Plutão, oitava superior de Marte. Quanto à influência que o perguntante deseja conhecer, não nos parece conveniente expô-la assim genericamente, sem levar em conta as configurações do tema, porque pode induzir a erro, como o fazem as publicações de Astrologia pelos jornais e revistas. Na Astrologia Rosacruz se deve sempre combinar os fatores para se chegar a uma conclusão segura.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro/1970 – Fraternidade Rosacruz-SP)