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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 1

Antes de entrarmos no assunto acima propriamente dito, comecemos com algumas citações de Max Heindel, expostas abaixo, para que possamos nos situar dentro do espírito da Astrologia segundo os Ensinamentos Rosacruzes.

O Zodíaco e os Astros são como um livro, no qual podemos ler a história da humanidade durante eras passadas, nos dando, também, uma chave para o futuro que está reservado para nós.” (Livro: A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Moisés recebeu ordem de tirar suas sandálias ante à sarça ardente, em reconhecimento ao fato de que se encontrava em SOLO SAGRADO, um lugar iluminado por uma presença Espiritual. (…) podemos dizer que o SOLO sobre o qual Moisés se encontrava não era mais sagrado do que aquele em que se situa o astrólogo, quando tem em suas mãos um horóscopo”.

A Lei de Consequência também age em harmonia com as estrelas. Assim, um ser humano nasce quando as posições dos Corpos do Sistema Solar proporcionam condições necessárias para sua experiência e progresso na Escola da Vida. Por essa razão a Astrologia é uma ciência absolutamente verdadeira, se bem que o melhor astrólogo pode equivocar-se, por ser falível tanto quanto os demais seres humanos.” (Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo IV – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Nós deveríamos sempre ter em mente a certeza de que os Astros impelem, mas não compelem. As ocasiões e as tentações se apresentarão quando a hora chegar; esse será, então, o momento de focar no bem e no dever. O ser humano instruído, graças ao conhecimento da Astrologia Rosacruz, está equipado antecipadamente e pode muito facilmente triunfar sobre um aspecto que predomine.” (Livro: Astrologia Científica e Simplificada – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Os astrólogos mundanos ou materialistas consideram Marte, Saturno, Urano, Netuno e Plutão como maléficos e Vênus e Júpiter como benéficos. Mas, no Reino de Deus não há nada de maléfico, já que o que parece ser mal é somente o bem em gestação, que há de vir. Nós não devemos acreditar que a influência desse ou daquele Astro age para nos prejudicar. Nós viemos a esse mundo para adquirir certas experiências necessárias ao nosso próprio desenvolvimento espiritual, e se nós nos esforçamos para compreender as influências astrais, nós perceberemos que elas são poderosos fatores que ajudam no nosso desenvolvimento.” (Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 1 – Pergunta nº 161 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

Terminando essa introdução com as citações edificantes acima, vamos a mais uma história que se conta sobre o genial inventor Thomas Edison (1847-1931): “Conta-se que, em determinada fase de sua vida, Thomas Edison trabalhava como telegrafista noturno de uma estação ferroviária. E, para poder dormir nos intervalos possíveis, sem faltar a seu importante dever, idealizou um recurso: punha um cubo de vidro na beira de uma mesa e da torneira fazia correr água, em volume calculado, para enchê-lo em determinado tempo. Deitava-se embaixo do cubo e quando esse se enchia, transbordava e a água lhe caia no rosto, acordando-o em tempo para atender ao primeiro trem. Semelhantemente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem ou para o mal, rumo ao depósito do tempo. O que dele transborda volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que adormeçamos, como Edison, pois o sono da morte não pode invalidar as ações do espírito imortal. Um novo nascimento ocorrerá exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o espírito recolha o que semeou. É sobremodo importante compreendermos, com toda a clareza, o seguinte ponto de vista: não é o fato de termos nascido num determinado instante que nos determinará certo destino. Se assim fosse, teríamos razões de sobejo para renegar a fatalidade de nascer sob má configuração e para ficar aborrecidos com Deus, de sofrer tão má fortuna, sem direito de escolha. Em verdade, somos impulsionados ao renascimento no instante em que os raios dos Astros prevalecentes correspondem às inclinações de caráter formadas por nós. Edison ficaria aborrecido se alguém o despertasse do modo descrito, jogando-lhe água na cabeça. No entanto, sabendo que isso lhe acontecia porque ele mesmo o preparara, antes de dormir e, ciente de que isso lhe era vantajoso, ficava até satisfeito. Igualmente, quando compreendemos que nossas atuais circunstâncias foram determinadas por nossos atos passados; quando sabemos que os Astros apenas marcam o momento mais favorável para recolhermos o que semeamos, então, ficamos, também, satisfeitos e tratamos de aprender as lições da vida, em vez de maldizer nossa falta de faculdades ou de privilégios.”

(de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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O Candelabro de Ouro ou de Sete Braços – o Místico Significado da Sala Leste do Tabernáculo no Deserto

O Candelabro era de ouro puro; ele era todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados saiam seis braços, três de cada lado. Cada braço tinha três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim eram os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro tinha quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saíam do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se tinha com os seis braços que saíam do candelabro. Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Havia também sete lâmpadas, de modo que ficavam elevadas e iluminavama parte dianteira.

Quando o sacerdote se posicionava no centro da Sala Leste do Tabernáculo, o Candelabro de sete Braços ficava à sua esquerda em direção ao sul.

Faça um candelabro de ouro puro; ele será todo cinzelado: pedestal, haste, cálices, botões e flores formarão com ele uma só peça. Dos seus lados sairão seis braços, três de cada lado. Cada braço terá três cálices, com formato de flor de amêndoa, com botão e flor; e três cálices com flor de amêndoa no outro lado, com botão e flor. Assim serão os seis braços saindo do candelabro. Mas o tronco do candelabro terá quatro cálices com formato de flor de amêndoa, com botão e flor: um botão sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos braços; assim se fará com os seis braços que saem do candelabro.Os botões e os braços formarão uma só peça com o candelabro. E tudo será feito com um bloco de ouro batido. Faça também sete lâmpadas, de modo que fiquem elevadas e iluminem a parte dianteira.” (Ex 25: 31-40 e 37: 17-24).

Isso simbolizava o fato de que os sete dadores de luz, ou Planetas que trilham a dança do círculo místico ao redor da órbita central, o Sol, deslocam-se na estreita faixa abrangendo oito graus de cada lado do caminho do Sol, que é chamado de Zodíaco. “Deus é luz” e os “Sete Espíritos diante do Trono” são Ministros de Deus; portanto, eles também são mensageiros da luz para a humanidade.

Além disso, como os céus ficam iluminados, quando a Lua em suas fases chega à ‘plenitude’ na parte oriental dos céus, também a Sala Leste do Tabernáculo ficava cheia de LUZ, indicando visivelmente ali a presença de Deus e Seus sete ministros, os Anjos Estelares.

Podemos observar, de passagem, a luz do Candelabro de Ouro, que era clara e a sua chama sem odor, e compará-la com a esfumaçada chama no Altar dos Sacrifícios que, em certo momento, gerava escuridão ao invés de dissipá-la. Mas, há um significado ainda mais profundo e sublime nesse símbolo do fogo, que não entraremos em discussão até tratarmos da Glória de Shekinah, cujo brilho deslumbrante pairava sobre o Propiciatório na Sala Ocidental. Antes de entrarmos nesse assunto, precisamos compreender todos os símbolos que estão entre o Candelabro de Ouro e o sublime Fogo do Pai, que era o ponto mais elevado do Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum), a parte mais sagrada do Tabernáculo no Deserto.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Audiobook: Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco

Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Introdução, Prólogo e a Aventura
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – A Terra de Peixes
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Homem do Jarro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Capricórnio
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Arqueiro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Escorpião-Águia
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra da Balança
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Virgem
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Leão
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra do Caranguejo
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Gêmeos
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Touro
Esme Swainson – As Aventuras de Rex e Zendah – Na Terra de Carneiro e Epílogo
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As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – Introdução – Prólogo – A Aventura

As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco
Introdução

O Carneiro vem correndo na primavera,
Sua saída é uma coisa mais calma,
Em seguida vem o Touro com passo pesado;
A terra vem ele que se lança com a cabeça.
Os Gêmeos celestiais dançam pelo ar
A alegria ou tristeza deles fixam o olhar.
O Caranguejo rasteja fora do largo oceano
Atrás de sua rocha, ele se esconde muitas vezes.
Com dignidade o Leão se estabelece;
Tão justo e verdadeiro ele governa suas terras.
A Virgem segura um feixe de milho;
Olha para o seu trabalho quando ela nasce,
Para o próximo, a Balança provada e verdadeira
Pesará as coisas que você deveria fazer.
O que se segue é uma coisa curiosa:
Escorpião com sua picada cruel.
O Arqueiro seguinte, tão sábio e selvagem,
Parece um homem velho e uma criança.
A Cabra do Mar sobe a montanha alta.
Seu lema, “alcançar ou morrer”.
O Homem com o Jarro de água no alto
Derrama sua sabedoria do céu.
Por fim, dois Peixes nadam no mar;
Devem trazer Paz e Unidade.

 

Você já ouviu falar dos doze Signos do Zodíaco, aqueles grupos de estrelas que formam uma faixa ao redor da Terra, através da qual o Sol parece passar, durante o ano, e a Lua em sua jornada, a cada vinte e oito dias.

Contos e lendas sobre os Signos do Zodíaco foram contados por milhares de anos, pois eles são muito, muito velhos, talvez mais velhos do que a nossa Terra. As crianças na China, no Egito, na Babilônia, Pérsia e Arábia sabiam muito sobre eles, e olharam para cima e os encontraram no céu, como você pode fazer agora.

Os nomes que os povos antigos lhes davam não eram sempre os mesmos que os nossos, mas as histórias que contaram sobre eles eram semelhantes.

Na Babilônia, o Signo que chamamos de Leão era o Grande Cão, e os Gêmeos tinham um pastor para cuidar deles, para que eles não entrassem em trapaças, suponho, como os gêmeos costumam fazer!

Os chineses representam o Zodíaco tanto quanto nós, mas eles têm duas Virgens sentadas com as mãos dobradas, em vez de uma, e um Dragão, em vez de uma cabra do mar, e às vezes, todos os Signos são bem assentados em pequenos estandes, como aqueles que você vê nas lojas em vasos chineses antigos.

Você pode reconhecer os mesmos Signos, também, nos quadros egípcios, onde a cabra do mar é, muitas vezes, retratada como um crocodilo, enquanto na Arábia antiga o Carneiro, Touro e a Cabra têm um deus montado em suas costas, e os Peixes têm um deus sentado entre eles.

O Ano Novo zodiacal não começa quando o nosso começa e talvez você quer saber porque o Carneiro não “se apressa dentro” de janeiro, em primeiro lugar.

O Ano Novo não começa em primeiro de janeiro para cada nação, e muitas centenas de anos atrás era o costume celebrar isso com o próprio tempo solar, ou seja, no dia vinte e um de março, pois o Sol sempre dizia qual era o começo do novo ano, apesar das leis que os seres humanos fazem. Os velhos romanos reconheceram isso por um longo tempo, até que um dos imperadores decidiu que iria alterar o calendário.

O Sol, a Lua e as Estrelas formam um relógio gigante e calculam seu tempo da mesma forma que fazemos, e não faz muito tempo que os seres humanos, na Inglaterra, contavam seu dia, mês e ano de um modo tão atabalhoado que não concordava com o tempo medido pelo Sol, e quando tentaram acertar, tiveram quer perder onze dias para endireitar as coisas.

O que aconteceu com as crianças que tiveram aniversários naquela época eu não sei; foi ruim o suficiente, como algo parecido em dizer que temos um mês de fevereiro com vinte nove dias em um ano bissexto! No entanto, apenas para mostrar que o Sol sabe melhor do que adultos; ele lhe dá um aniversário exatamente o mesmo todos os anos, mesmo se você nasce no dia vinte e nove; só que nem sempre é no mesmo dia.

As estrelas que compõem os grupos que são chamadas de os Signos do Zodíaco podem ser observadas em uma noite clara; você os verá melhor antes que a Lua se levante, e talvez os mais fáceis de encontrar sejam os Gêmeos, pois as duas grandes estrelas, que devem estar sobre sua cabeça são facilmente vistas, uma abaixo da outra. Não muito longe, você encontrará um conjunto de sete pequenas estrelas chamadas Plêiades e estas estão no Signo do Touro. Elas são, às vezes, chamadas as sete irmãs e se supunha que elas teriam feito algo errado e por isso eram tímidas e se escondiam atrás dos outros. A menos que seus olhos sejam muito afiados você não poderá vê-las.

– Algum desses contos são verdadeiros? Você pode perguntar. Bem, parte deles é, mas outras partes você deve descobrir por si mesmo. Se você faz aniversário no mesmo dia como Rex ou Zendah você encontrará que algumas de suas aventuras acontecerão a você, durante o sono ou acordado, ou você quererá fazer muitas das coisas que eles gostaram muito de fazer.

Agora nós devemos começar a aventura.

 

Prólogo

Rex e Zendah viviam no campo, numa casa ao lado de um morro coberto de pinheiros que, como Zendah costumava dizer, cantavam para o sol adormecer à noite. Rex pensava que eles fossem as antenas que transmitiam as mensagens das fadas para os habitantes das estrelas.

Todas as manhãs, do seu quartinho viam o Sol erguer-se sobre os montes do lado oposto, e à noite, geralmente observavam as estrelas acenderem seus luzeiros a pouco e pouco – isto é, quando acontecia eles estarem acordados.

Durante o inverno, por vezes, esticavam-se na cama para conversar com a cintilante estrela do Cão que então estava alta nos céus para tomar conta da terra depois que Orion guardava sua espada e acendia as luzes do seu cinturão para que todos vissem.

O aniversário de Rex era em 27 de março, pouco depois de o Sol ter entrado no Signo do Cordeiro (Áries). Rex era ligeiro e alegre; tinha olhos castanhos e cabelo ondulado, também castanhos. Alguns dos seus amigos diziam que seus cabelos eram tão quentes quanto seu gênio, mas ele nunca ficava zangado por muito tempo.

O aniversário de Zendah era em 26 de novembro, ocasião em que o Sol está no Signo do Arqueiro (Sagitário).

Tinha lindos cabelos louros, grandes olhos azuis e tinha pena de que seus cabelos fossem apenas ligeiramente ondulados e não tanto quanto os de Rex! Seu maior prazer era montar o pequeno “poney” que seu pai lhe dera quando fez 12 anos.

Nenhum dos dois gostava de ficar dentro de casa, e passavam quase todo o tempo correndo no campo à procura de aventuras de qualquer espécie.

No inverno gostavam de sentar-se perto da lareira, enquanto o vento uivava na copa dos pinheiros, ouvindo as histórias que sua mãe contava sobre pássaros e animais, ou então olhavam pelo telescópio do papai e procuravam descobrir onde estavam as estrelas cujos nomes conheciam. Foi então que aconteceu a Grande Aventura – mas – é bom que vocês a leiam.

A Aventura

Nesta noite particular, em 21 de março, Rex e Zendah haviam conversado muito tempo sobre estrelas antes de irem dormir, e por isso Zendah não se surpreendeu quando deparou com uma figura amarelo-brilhante em pé ao lado de sua cama.

– “Rex”, gritou, “acorda! Hermes, o mensageiro dos deuses, está aqui no quarto! Acorda, antes que ele se vá!”.

Ambos se sentaram na cama e ficaram observando a figura do mensageiro.

Viram que tinha asas nos pés e também que ele trazia seu báculo com as duas serpentes enroladas tal como seu pai lhes havia contado.

Hermes sorriu e disse:

– “Vocês querem, realmente, saber tudo sobre o Zodíaco? O Pai Tempo disse que vocês poderão vir comigo e viajar pelas terras do Zodíaco esta noite se quiserem”.

– “Mas não levará muito tempo? “, perguntou Zendah, “que dirá mamãe se não nos encontrar aqui? “.

– “Aqueles que atravessam os portões dourados da entrada dos doze Signos, um segundo antes da meia-noite, poderão ter todas as aventuras antes do relógio bater as doze badaladas – todo mundo sabe que nesse preciso momento o tempo não existe”.

– “Oh! Que maravilhoso! “, disseram ambas as crianças, pulando da cama e dançando alegremente, “vamos partir logo”.

– “Um momento”, disse Hermes sorrindo, “vocês têm de usar seu corpo estelar; o corpo físico de vocês é muito pesado; vocês não podem ir com ele às estrelas”.

Levou-os até a janela e disse-lhes para olharem para Sirius, a estrela mais brilhante da Constelação do Cão, e manifestarem o ardente desejo de visitá-la.

Quando eles o fizeram, sentiram uma curiosa sensação de estarem afundando, ficando cada vez menores e mais compactos até que, de repente, – zás – parecia que havia dois Rex e duas Zendah, um adormecido sobre a cama e outro muito bem acordado, com um corpo brilhante circundado por interessante nuvem de várias cores.

– “Agora vocês estão usando seu corpo estelar”, disse Hermes, “e podem voar comigo até os Portões Dourados”.

Imediatamente partiram pelo espaço, – deixando no trajeto a lua e outras coisas estranhas – até que chegaram à entrada das terras do Zodíaco. Os portões ficam exatamente entre os Peixes e o Cordeiro (Peixes e Áries).

Como eram bonitos esses portões! (*) brancos, com reflexos de inúmeras cores! Por vezes pareciam feitos de fogo dourado, outras vezes de fogo prateado; olhando-os de novo, pareciam diferentes. Algo de sua cor vocês podem perceber em noite fria quando na lareira há lenha acesa; às vezes, podem também observar um lampejo de seu brilho quando o Sol está a ponto de desaparecer para seu descanso noturno.

A uma palavra de Hermes, os portões se abriram, e as felizes crianças entraram. Milhares de lindas formas vieram ao seu encontro.

– “Os Anjos! “, murmurou Zendah. Hermes conduziu-os a um templo de mármore branco, que tinha sete degraus maciços que conduziam ao pórtico da entrada. Dentro havia um hall circular com doze cômodos, havendo um Anjo em cada um. Os Anjos vestiam lindos mantos de cores diferentes, tendo uma brilhante estrela na fronte.

Pouco eles puderam ver do que havia lá dentro porque havia muita luz e esta era muito forte; parecia que a luz era rosada; mostrava primeiro uma cor, depois outra. Subitamente a luz tornou-se cintilante e do branco mais puro e nesta ocasião ouviu-se uma voz dizer;

– “Que desejam estas crianças mortais? “.

– “Oh, grande Ser, permite-nos visitar as terras dos doze Signos”, falou Hermes, “a fim de que estas crianças, ao voltar à terra, possam contar aos outros a obra do Zodíaco, como o fizeram os Sábios de antigamente”.

– “Bem pensado”, disse a voz.

– “Vão, crianças, e não percam os talismãs mágicos que os Guardiães de cada Signo lhes darão”.

Conservando seus rostos voltados para a luz até atingirem a entrada do Hall, foram conduzidos por Hermes, fora do templo até o primeiro portão.

Ao passarem por esse portão, viram portas de espaço, nas paredes de nuvens que circundavam toda aquela terra; foi para uma dessas portas no lado esquerdo, que Hermes os conduziu.

– “Eis a entrada para o Signo dos Peixes”, disse ele.

– “Mas por que”, perguntaram Rex e Zendah, “não começamos pelo Signo do Cordeiro, já que nos ensinaram que Áries é o primeiro da lista? “.

– “Porque na Terra dos Astros tudo é ao contrário. Na terra, se vocês quiserem ter uma boa vista do campo, têm que começar a subir a montanha desde a parte inferior até atingirem o cimo, e tendo visto tudo, vocês descem outra vez ao vale e contam aos seus amigos tudo o que viram no seu passeio. A terra é como um espelho e nela se reflete tudo o que acontece nas estrelas, e como vocês sabem, em um espelho tudo é invertido.

Quando vocês voltarem para casa e quiserem usar os talismãs que os guardiães dos Signos lhes derem, vocês começarão com o talismã de Áries, o cordeiro. Tomem este rolo e não o percam, pois nele estão escritas as palavras de “passe” para todos os Signos; o Guardião de cada portão pedirá esse “passe” antes de vocês poderem entrar”.

Hermes despediu-se e deixou-os para continuarem a jornada, mas lhes disse, com seu alegre sorriso, que eles o veriam de novo quando menos esperassem.

(The Adventures of Rex and Zendah In The Zodiac – por Esme Swainson – publicado pela The Rosicrucian Fellowship – publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61; As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco (as Ilustrações são originais da publicação) –Fraternidade Rosacruz – SP – publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980-81)

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