O lema “servir a divina essência em cada um de nós” merece um estudo mais profundo do que qualquer ideia que se possa fazer do seu conteúdo, em primeira análise. De início, deve-se definir o que é essência divina, porque sem que saibamos o que é essência impossível se torna servi-la. Não resta dúvida de que a definição é assaz delicada, quando se procura a explicação lógica sobre essa divina qualidade. Contudo, o espiritualista, possuidor que é de conhecimentos abstratos, não teme em dar explicações razoáveis sobre o assunto.
Os fatos, por si só, dizem tratar-se de um fenômeno abstrato, de uma posição fenomenal e subjetiva. As palavras “essência divina” declaram por si mesmas estarem acima de meios inteligíveis, bem acima até mesmo daquilo que comumente chamamos de humano. Pois bem: estando o caso fora do alcance da intelectualidade comum, somente poderemos compreendê-lo por processos conhecidos nos planos abstratos. Vejamos, a seguir, como conseguiremos nos inteirar do enigma proposto.
A frase “servir a divina essência” acha-se no Ritual Rosacruz do Serviço Devocional do Templo. Devemos, antes de tudo, explicar o que é um Ritual. É uma forma de cerimônia, uma espécie de invocação, em um culto, com a qual haverá a introdução do trabalho religioso. Todos os cultos usam um Ritual, inclusive as Ordens Místicas. Perguntamos: é importante essa cerimônia ou Ritual? Por quê?
O Ritual é um conjunto de palavras muito significativas para o celebrante, como também para o ouvinte, pois tem como finalidade levar o Verbo celebrado no Altar diretamente aos presentes. O Verbo, assim pronunciado, está sendo transmitido do Altar para o íntimo do Candidato e ali, em seus sentimentos, ressoa o valor vital do Espírito da palavra. O Ritual desprende de si aquele estado de espiritualidade que utilizara o celebrante no momento da sua alta elevação aos Planos superiores. O exemplo seria este: se, de novo, nós vivermos, exercermos, lembrarmos e escrevermos, em recapitulação, as orações de Cristo ou de seus elevados Discípulos, sentiremos as mesmas elevações em que se achavam, em Sua exaltação, esses magníficos personagens; conseguindo, unificamos nossas vidas humanas com as Vidas divinas deles. Se dizemos que “Deus é amor e quem vive em amor vive em Deus e Deus nele” (IJo 4:16), acontece exatamente isso, que acabamos de mencionar. Pela repetição das mesmas palavras desse Ritual, nós nos sentiremos evidentemente unidos com Deus. Essa fórmula de cerimônia eleva o ouvinte às alturas do conceito do possuidor dessa inspiração; ou seja, o conhecimento Cósmico de onde deriva a Força Universal de Deus. O nosso objetivo baseia-se na Força ou Presença Cósmica, ao prenunciarmos, no Ritual, “servir a divina essência em cada um de nós”.
Entremos, a seguir, em maiores detalhes. O que é “divina essência”? Responde o espiritualista que tem por costume agir inteligentemente, com deduções lógicas, tratar-se de uma parte infinita do Espírito Universal que está em seu próprio Ego. Com essa dedução entendemos que o Ego, mesmo separado, está intimamente ligado ao Espírito Universal, que não é apenas poderoso na ilimitação existente em toda a universalidade, como também ilimitado é o próprio Ego Humano dentro do universo, por ser a essência divina.
Agora vamos tratar de outra qualidade divina: o Amor. Essa qualidade divina e transcendental brota, constantemente, por todo o Universo e todos os Mundos cantam o cântico de Amor inerente em toda a imensidão do infinito. Os Mundos foram feitos de Amor. O Zodíaco transcende cheio de Vontade e de Amor. As harmonias das esferas cantam o cântico do Amor em sua peculiar formosura e em seu colorido especial. Singular a harmonia do Amor! Deus ama a sua criação, a faz viver por Seu Amor, porque Deus é amor e quem vive em amor vive em Deus e Deus nele. Esse o Segundo aspecto de Deus em nós e tudo em nós deve exalar o perfume do Amor, pelo Amor que de Deus continuamente recebemos. Que coisa extraordinária saber que Deus nos ama e chama de filhos! O calor vivificante do Pai está em nós e Seu Filho Primogênito, o Cristo, ensinou-nos a amar o próximo como a nós mesmos. Esse aspecto transcendente liberta de forma poderosa o caminho para que Se manifeste o Pai em nosso Ego, assim como Ele Se manifestou em Cristo.
Esse é o segundo aspecto de Deus, o Seu Filho em nós, que é o Salvador, sem condenação, que sabe amar até a última gota do Seu sangue!
Chegamos a outra manifestação de Deus, também em nosso Ego, que é a Sabedoria. Desejosos por servir a divina essência, devemos dar oportunidade Àquele que tem a sabedoria, a onisciência, o conhecimento puro. Como em Deus existe essa Panaceia, também no Ego existe. Existimos por Sua Sabedoria, vivemos por Sua Sabedoria e, assim, existe essa Sabedoria em nosso Ego. A Sua Sabedoria está sempre presente, onipresente em nós. O ser humano, em suas meditações, encontrará através de seu Ego essa fonte. Vive a Divindade por Si, em Si mesma e em Suas criaturas.
Temos, assim, demonstrado as três virtudes divinas em uma única Ação: Deus.
Resumindo, ainda, a nossa dissertação no seguinte esquema, verificamos:
As três potências inerentes ao Ego fazem-no semelhante a Deus, assim como o ser humano foi criado à Sua semelhança, conforme a Bíblia nos ensina.
(de Francisco Phellipp Preuss – Publicado na Revista Rosacruz da Fraternidade Rosacruz de Portugal de dezembro 1976)
Nota: Essa tabela é a original elaborada por William Crookes (1832-1919) que foi um químico e físico britânico. Frequentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando em espectroscopia.
Veja que a tabela está mostrando a frequência como “Número de vibrações por segundo”. O que é vibrações por segundo? A frequência de uma vibração é o número de vibrações completas por segundo. Ou seja, temos o espectro espetro eletromagnético que é o intervalo completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética. O espectro eletromagnético se estende desde as ondas de baixa frequência, ondas de rádio, até as de maior frequência como as da radiação gama.
Na tabela acima temos os “raios químicos” que foi posteriormente renomeado radiação ultravioleta. Os raios-X são capazes de atravessar partes do corpo humano, mas são refletidos ou parados por materiais densos, como os ossos, e são amplamente usados na medicina. A última porção do espectro eletromagnético foi completado com a descoberta dos raios gama.
No mundo das ondas sonoras, os ouvidos traduzem o crescimento da frequência como um som que fica cada vez mais agudo. Além disso, cada valor de frequência também significa um tom específico. Uma nota dó mais grave, por exemplo, equivale a uma onda de 216 hertz, uma unidade de medida que indica quantas vezes a onda vibra (oscila) por segundo. Outro dado importante é que nós só conseguimos ouvir frequências entre, em torno de, 20 a 20 mil vibrações por segundo. Um cachorro tem ouvidos bem mais sensíveis, capazes de escutar sons de até 40 mil vibrações por segundo. Por isso, eles respondem àqueles apitos “silenciosos” que os adestradores usam. Mesmo assim, os campeões em audição são os morcegos, golfinhos e baleias, que conseguem ouvir até 150 mil vibrações por segundo.
A capacidade auditiva do ser humano serve como parâmetro para dividir o som em duas categorias: abaixo dos 20 Hz – infrassom; acima de 20.000 Hz – ultrassom. O ultrassom é toda vibração com frequência superior à percepção auditiva humana.
Certos animais como o cão, se encaixam nessa categoria, já que a sensibilidade auditiva permite captar sons de até 40.000 Hz. Já os golfinhos e morcegos tem a capacidade de ouvir até 160.000 Hz. Os infrassons são ondas sonoras extremamente graves, atingindo a frequência abaixo dos 20 Hz. Esse tipo de onda consegue se propagar em longa distância, pois estão menos sujeitas a interferências, do que os ultrassons. Dentro do reino animal, podemos destacar os elefantes, capazes de emitir infrassons que alcançam até 2 km de distância.
Uma tabela sobre isso com alguns exemplos:
Espectro de audição em vibrações por segundo (Hertz) – em torno de | |
Humano | 20 a 20000 |
Golfinho | 150 a 150000 |
Cachorro | 15 a 50000 |
Gato | 60 a 65000 |
Morcego | 1000 a 120000 |
Na natureza, a percepção das ondas sonoras é usada no reconhecimento do ambiente e espaço ao redor, um exemplo são os morcegos que captam as ondas para se locomover, caçar e desviar de obstáculos. Dentro desse conceito, os navios e submarinos utilizam o sonar para se deslocar com segurança. Na área da medicina, contamos com a ultrassonografia que trabalha com a alta frequência de ondas e através do eco destas, é possível visualizar as estruturas internas do organismo humano.
Quando fazemos vibrar um de dois diapasões afinados exatamente no mesmo tom, o som induzirá a mesma vibração no outro. Esse vibrará fracamente, a princípio, mas continuando a golpear o primeiro, o segundo diapasão emitirá um som cada vez mais alto, até atingir um volume de som igual ao primeiro. Isto ocorre mesmo com os diapasões a vários pés de distância. Ainda que um deles esteja encerrado numa caixa de cristal, o som penetra através do vidro e faz o instrumento emitir um som igual.
As invisíveis vibrações sonoras têm grande poder sobre a matéria concreta. Podem destruir ou criar. Se colocarmos uma pequena quantidade de pó finíssimo sobre a placa de cristal plana e passarmos um arco de violino pela borda da placa, as vibrações produzidas farão o pó assumir belas formas geométricas. A voz humana também é capaz de produzir tais figuras, e sempre a mesma figura para o mesmo som.
Toquemos uma nota depois de outra em um instrumento musical, um piano, por exemplo, ou preferivelmente, um violino, em que se obtêm mais gradações de sons. Encontra-se um som que produz no ouvinte uma vibração clara e distinta na parte inferior da cabeça. Toda vez que se toque a nota, sente-se nesse lugar a mesma vibração. Essa nota ou som é a “nota-chave” da pessoa a quem afeta. Se for tocada lenta e suavemente, descansa e repousa o Corpo, tonifica os nervos e restaura a saúde. Se, ao contrário, é tocada alto e longamente, matará a pessoa tão certamente quanto uma bala de uma pistola.
Recordemos o que acabamos de dizer sobre a música e o som, e relacionemo-lo com o problema do despertamento e fortalecimento da força interna do Altruísmo. Talvez possamos compreender melhor o assunto.
Em primeiro lugar, note: os dois diapasões estavam afinados no mesmo tom. Não fora assim, poderíamos golpear um deles até rompê-lo que o outro permaneceria mudo. Fixemos isto claramente: a vibração pode ser induzida em outro diapasão, mas só por um do mesmo tom. De modo semelhante, qualquer coisa ou ser só pode ser afetado, como foi dito, pela nota-chave que lhe é particular.
Sabemos que aquela força altruística existe; sabemos que tem menor expressão num povo pouco civilizado do que num de elevado padrão social; e que falta quase totalmente nas Raças inferiores. Logicamente, conclui-se que em tempo recuado, faltava por completo. Desta conclusão surge a pergunta: que ou quem a induziu?
Sem dúvida, a personalidade material nada tem a ver com ela. Essa parte da natureza humana sente-se até mais à vontade sem a despertada força altruística. Logo, o ser humano devia possuir latente essa força do Altruísmo, dentro de si. De outra maneira não a poderia ter despertado. Ainda mais, deve ter sido despertada por uma força da mesma espécie – uma força similar que já estivesse ativa – tal como a do primeiro diapasão que, “depois” que foi tocado, induziu a vibração no segundo.
Além disso, as vibrações do segundo diapasão tornavam-se cada vez mais fortes sob os contínuos golpes dados no primeiro, e a caixa de cristal que encerrava o segundo não era obstáculo algum à indução do som. Assim também, sob a continuidade do impacto do amor de Deus, dentro do ser humano, se desperta e aumenta a potência da força de igual natureza, o Altruísmo.
O poder da vibração rítmica é bem conhecido de todo àquele que já dedicou ao mesmo assunto um estudo superficial. Por exemplo: quando soldados atravessam uma ponte ordena-se a eles que rompam o compasso da marcha, porque seu passo rítmico poderia destruir a estrutura mais forte. O relato bíblico do efeito das trombetas de chifre de carneiro, enquanto marchavam ao redor dos muros da cidade de Jericó não é coisa sem nexo para o ocultista. Em alguns casos semelhantes coisas já aconteceram sem provocar o riso geral de desdenhosa incredulidade. Há poucos anos uma banda de música estava ensaiando num jardim, junto ao sólido muro de um castelo antigo. Em dado momento, uma nota muito penetrante e demoradamente foi emitida e, então, o muro do castelo ruiu de súbito. Os músicos tinham tocado a nota-chave do muro com a intensidade e o prolongamento suficientes para derrubá-lo.
Na música, entre a melodia e o ritmo, encontramos a harmonia, que pode ou se elevar e se misturar com a vibração do pensamento puro, melodia, ou descer se misturando com o movimento puro da atividade impulso. Se o puro elemento melódico na música, que carrega a vibração da vontade de Deus e do Espírito, for omitido em uma composição, então, o poder diretor não estará lá para controlar as atividades dos Corpos de Desejo e Denso e, então, os desejos se revelam em excitação e, estando sem o poder controlador da razão, o resultado provavelmente será um desastre. É a probabilidade da harmonia se misturando com o impulso que explica a razão pela qual é possível para a chamada música moderna, que tende a trazer confusão ao invés de coerência unificante, poder se tornar realidade.
Lembremos sempre que a Vontade melódica do Pai, unindo-se com o Amor harmônico do Cristo tem o poder de produzir uma ativa vibração rítmica, cuja força não pode ser detida e nem seu objetivo desviado, pois é essa mesma energia manifestada pelo Deus de nosso Sistema Solar que trouxe tudo o que É como criação, e tem o poder de levar tudo ao Caos a qualquer momento que Ele o desejar. Portanto, é absolutamente impossível para qualquer das criações de Deus, das mais avançadas em Suas ondas de vida até as mais jovens em evolução, definitivamente frustrar o pleno desenvolvimento de Seus planos, pois eles são tão eternos e inabaláveis em Seus processos como o é Deus em Si mesmo. É possível, no entanto, que membros de uma determinada onda de vida, ou mesmo indivíduos dela, se rebelem e, consequentemente, frustrem seu próprio progresso evolutivo, apesar de toda a assistência que lhes está sendo dispensada por aqueles que são mais sábios e mais avançados que essa onda de vida. Em tais casos, os responsáveis por essa evolução, às vezes, permitem que esses seres prossigam e destruam seus próprios físicos por sua própria desobediência, causada pela própria ignorância dos resultados benéficos obtidos por meio da administração divina; tudo isso acontece para que possam retornar à Terra em uma data futura, sob uma influência melhor e um ambiente mais aperfeiçoado, isento de todo ódio e do desejo de destruir seus semelhantes. Essas mudanças são realizadas no Purgatório, por agentes benfeitores, purificadores e ativos.
Vamos ver, agora, a alguns exemplos de aplicações onde a questão da vibração é a causa, a diferença e/ou o instrumento utilizado para que ocorra as ações, as atividades e as manifestações em tudo que acontece, saibamos ou não, tenhamos consciência ou não:
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Abril/2021:
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MAIO – Mês da Harmonia
Quando o Sol passa pelo Signo de Touro no mês de maio, a força de Cristo ascende mais e mais até a aura espiritual da Terra. O Discípulo que está caminhando pela Trilha da Santidade, segue a estrela da luz ascendente de Cristo e penetra em uma esfera na qual se encontra interiormente harmonizado e fortalecido pelo poder criador da música.
Quando o Sol passa de Áries para Touro, uma pessoa sensitiva percebe uma mudança na atmosfera psíquica da Terra, das muitas carregadas radiações masculinas de Áries ao suave e carinhoso padrão do Signo de Vênus, governado por Touro. A Lua, também feminina por natureza, está em Exaltação nesse Signo, que enfatiza ainda mais a terna e amável disposição dos nativos de Touro. Por isso, sob essas influências, se celebra o Dia das Mães, precisamente no segundo domingo de maio, quando os atributos femininos dos céus estão no Ascendente.
Assuntos abordados durante as Reuniões de Estudos desse mês:
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cosmogênese e Antropogênese – Parte II
Grande Arquiteto do Universo é o Ser Supremo (Poder, Verbo e Movimento).
Grande Arquiteto do nosso Sistema Solar é o Deus (Vontade, Atividade e Sabedoria) – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Deus Pai, é o mais elevado Iniciado dos Senhores da Mente; Deus Filho, Cristo, o mais elevado Iniciado dos Arcanjos e Deus Espírito Santo, Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos.
Sim, são diferentes, porque são diferentes manifestações de um mesmo Deus.
Deus é Um, mas ao mesmo tempo Ele é Trino, incorporando o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, os princípios da Vontade, da Sabedoria e da Atividade. Todos são um Poder Espiritual definido, intimamente relacionados, funcionando como uma Unidade.
Deus aparece em um tríplice papel durante a manifestação, por meio do exercício das três funções divinas: a criação, a preservação e a dissolução.
São os Espíritos Planetários, os Anjos Estelares. Essas Inteligências Divinas são superiores a todos os outros Seres do nosso Sistema Solar, tendo a responsabilidade pela evolução de todos os seres vivos que aqui se encontram.
Cada Espírito Planetário influencia a humanidade e trabalham instruindo os Espíritos Virginais. São Eles:
Não. O Verbo é o centro divino criador para a disseminação do amor e da luz do Cristo Cósmico.
Sim, as Entidades que alcançam um elevado grau de perfeição assumem a função do Espírito Planetário, que se retira, e permanece guiando seu Regente. É o que deve acontecer conosco, quando conseguirmos liderar a Terra sem o auxílio de Cristo. Ele se retirará e continuará guiando o Sol de quem é o Regente.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – O Princípio
São também chamadas de Hierarquias Zodiacais:
As Hierarquias Criadoras Teofins (Áries) e Xeofins (Touro) nos prestaram auxílio no princípio desse Esquema de Evolução e se retiraram já no Período de Saturno. No princípio do Período Terrestre as 3 (três) Hierarquias: Serafins (Gêmeos), Querubins (Câncer) e Senhores da Chama ((Leão) também se libertaram. Diz-se que as Hierarquias Criadoras se retiram ou se libertam quando já aprenderam tudo.
Assim, hoje 7 Hierarquias Criadoras estão ativas: Senhores da Sabedoria (Virgem), Senhores da Individualidade (Libra), Senhores da Forma (Escorpião), Senhores da Mente (Sagitário), Arcanjos (Capricórnio), Anjos (Aquário) e Espíritos Virginais (Peixes).
Os místicos, com base na Lei de Titus-Bode, afirmam que Netuno e Plutão não pertencem realmente ao nosso Sistema Solar. Eles pertencem a um Sistema Solar vizinho ao nosso, tanto que suas influências são sentidas apenas por pessoas já com um nível de desenvolvimento Crístico elevado. Esses Planetas não foram ejetados do Sol como os outros sete.
Involução: traz o Espírito à matéria pela sua cristalização em Corpos. Adquirimos os nossos Corpos e nos despertamos como Tríplice Espírito, que é o que somos de fato: um Ego. É também o período dedicado à aquisição da consciência do “Eu”, e à construção dos veículos por cujo intermédio nos manifestamos, ou seja: reconhecemo-nos como um “ser separado”, um indivíduo. Quando atingimos o nadir da materialidade, na Região Química do Mundo Físico, dominamos tudo que precisávamos aprender com os sólidos, líquidos e gases.
Evolução: liberta o Espírito da matéria pela espiritualização dos Corpos e sua conversão em Almas. É a fase de sutilização da Forma e evolução do Espírito. Estamos no processo de aprender a dominar os nossos Corpos e a convertê-los em Almas. É a fase em que desenvolvemos a nossa consciência até convertê-la em divina onisciência – o que chamamos de expansão da consciência.
Epigênese: É a terceira força. É a atividade criadora original do Espírito; é a alavanca, e a Mente é o ponto de apoio sobre o qual a Involução torna-se Evolução. Baseia-se no fato de podermos fazer algo novo, algo original, que não havíamos escolhido no Terceiro Céu.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – Os Mundos
Portanto, tudo no Mundo é espaço cristalizado através desses dois Polos. As formas minerais, vegetais, animais e humanas são cristalizações em torno do Polo Negativo (Substância-Raiz-Cósmica).
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – Os Sete Períodos
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Abril:
O Sangue
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que nós, como Egos, governamos o nosso Corpo Denso por meio do sangue e isso é feito por meio do calor do sangue. Assim, está no sangue o ponto de aderência ao Corpo Denso.
O sangue é um dos produtos mais elevados do Corpo Vital, tanto por ser o condutor de alimento para todas as partes do corpo, quanto por ser o veículo direto do Ego.
Podemos ver isso no Livro do Levítico, na Bíblia: no versículo décimo-quarto do capítulo décimo sétimo: proíbe-se aos judeus comerem sangue, porque “… a alma de toda carne está no sangue…”. No versículo décimo-primeiro do mesmo capítulo, estas palavras: “… porque a alma da carne está no sangue, o mesmo é o mediador da alma”, porque a palavra empregada é neshamah, que significa “alma”, não “vida”.
O rubor da vergonha é outro fato que mostra a ligação do Ego com o sangue: este, impelido à cabeça, esquenta demais o cérebro, paralisando o pensamento.
O medo é um estado de autodefesa do Ego contra algum perigo externo. Em tal situação o Ego impele o sangue para o centro do corpo; o rosto empalidece, pois, o sangue abandona a periferia do corpo e perde calor; o pensamento paralisa-se; o sangue fica “gelado”; o corpo treme e os dentes batem como quando a temperatura desce devido às condições atmosféricas.
No estado febril o excesso de calor produz o delírio.
Quando o sangue não é demasiado quente, as pessoas vigorosas são mental e fisicamente ativas, enquanto as pessoas anêmicas são sonolentas. Em uma, o Ego tem maior controle, noutra menor.
Quando em certa situação, é preciso pensar e agir rapidamente, o sangue dirige-se rápido ao cérebro.
Mas quando uma alimentação copiosa ou pesada centraliza a atividade do Ego nos órgãos digestivos, o ser humano tem dificuldades em se concentrar para pensar, estando na consciência de vigília. Então fica sonolento.
Enfim, esses exemplos tendem a provar que, durante as horas de vigília, o Ego controla o Corpo Denso por meio do sangue.
A maior quantidade dirige-se sempre ao ponto do corpo em que, num determinado momento, o Ego desenvolve sua principal atividade.
Só quando o sangue tem ou está próximo da temperatura normal é que o Ego pode usar o corpo como veículo de consciência.
O cérebro e o sistema nervoso são as mais elevadas expressões do Corpo de Desejos.
São receptores das cenas do mundo externo, mas para formar as imagens mentais dessas cenas, o sangue transporta o material. Por isso, quando o pensamento está em atividade, o sangue flui à cabeça.
Com exceção dos pulmões, o coração é o único órgão do corpo através do qual passa todo o sangue em cada ciclo.
O sangue é a expressão mais elevada do Corpo Vital, porque nutre todo o organismo físico.
Em certo sentido, é também o veículo da Memória (ou Mente) Subconsciente, e está em contato com a Memória da Natureza, situada na divisão mais elevada da Região Etérica.
O mais fugaz sentimento, pensamento ou emoção é transmitido aos pulmões, de onde é injetado no sangue.
O sangue, ao passar pelo coração, ciclo após ciclo, hora após hora, durante toda a vida, grava os acontecimentos no Átomo-semente, enquanto permanecem frescos.
Prepara um arquivo fidelíssimo da vida que, depois, na existência pós-morte, se imprimirá indelevelmente na alma.
O coração está permanentemente em estreito contato com o Espírito de Vida, o Espírito do amor e da unidade, o que o torna o foco do amor altruísta.
Na visão espiritual, o sangue vermelho sem núcleo não é um fluido, mas um gás – isso fica mais fácil de se ver quando o sangue flui pelas artérias que são profundas no corpo.
O fato de o sangue sair sob forma líquida quando nós nos ferimos não é argumento contra essa afirmação.
No momento em que abrimos a válvula de uma caldeira de vapor, o gás também se condensa em líquido, mas se criarmos um modelo de caldeira em vidro e observarmos a forma como o vapor age dentro dela, veremos apenas o pistão movendo-se para frente e para trás impulsionado por um agente invisível, o vapor ativo.
Similarmente, assim como o vapor ativo da caldeira é invisível e gasoso, também o sangue ativo do corpo humano é um gás, e quanto mais elevado for o estado de desenvolvimento de qualquer Ego renascente, maior capacidade terá para eterizar seu sangue.
A Ressurreição
A Ressurreição de Cristo não é só um acontecimento histórico para uma mera celebração eclesiástica. É um festival cósmico recorrente. É um incremento anual, tanto físico como espiritual, de vida, para a experiência presente e para o desenvolvimento futuro do ser humano.
Só quando essa experiência for assimilada interiormente, poderemos compreender o significado transcendental dos sagrados Mistérios da Páscoa.
Durante a experiência da Morte Mística, o Discípulo se conscientiza das ilusões da matéria e das limitações da vida finita.
A consciência da Ressurreição produz a comprovação da unidade de toda a vida em Deus.
A pedra da separação foi removida.
Por isso, quem passou por essa sublime experiência sabe que nenhum dano pode afetar uma parte sem ferir o todo, e que nada bom pode suceder a alguém sem que, ao mesmo tempo, beneficie a todos.
Quem chega a conhecer a glória da Ressurreição não pode mais ferir e nem matar, nem sequer a seus irmãos menores do reino animal, posto que eles são expressões viventes da mesma vida que vive e se move, e tem o seu ser no ser humano.
Com a consciência da Ressurreição, a paixão do Corpo de Desejos não regenerado se converte na compaixão do espírito, que tudo abarca.
O recém-nascido é banhado na dourada refulgência do Cristo Ressuscitado, e se faz um com Ele, na comprovação de que a morte se converteu na vitória da vida eterna.
A Ressurreição marca a culminação do Caminho da Iniciação para as Iniciações ou Mistérios Menores.
Assinala, igualmente, o triunfo definitivo da vida sobre a morte.
A meditação sobre a experiência transcendental da Ressurreição proporciona uma compreensão e reverência maiores pelo significado interno daquela saudação que os Cristãos esotéricos se dirigiam, durante a radiação do amanhecer da Páscoa, à luz de sua própria iluminação interior: “Cristo é nossa Luz”.
Planeta Terra
Assim como a sensação, nos animais e no ser humano, é devida a seus Corpos Vitais separados, assim as sensações do nosso Planeta Terra, são especialmente ativas por meio de uma das divisões do seu interior, que chamamos de Sexto Extrato.
Toda desintegração da crosta dura produz uma sensação de alívio, e toda solidificação é fonte de dor.
Quando uma torrente de chuva lava a encosta da montanha, arrastando a terra para os vales, a terra sente-se mais aliviada.
Aonde a matéria desintegrada se deposita de novo, como no baixio que se forma na foz de um grande rio, produz-se uma correspondente sensação de opressão.
Para se compreender o prazer que a Terra experimenta quando se quebra uma rocha, e a dor que lhe produzem as solidificações, devemos recordar que a Terra é o Corpo Denso, (o Corpo Físico) de um Grande Espírito, o Regente do Planeta, um raio do Cristo Cósmico, o qual para nos fornece um meio em que pudéssemos viver e obter experiências, teve de cristalizar seu corpo até à condição de solidez atual.
Contudo, na medida em que a evolução prossiga e aprendamos as lições correspondentes aos extremos de concretização, a Terra se tornará mais branda e seu Espírito se libertará cada vez mais.
Foi isto o que São Paulo quis significar quando disse que toda a “criação geme e sofre, esperando o dia da libertação”.
Os Anjos
Uma das funções dos Anjos é ser o Espírito-Grupo do Reino Vegetal (também designado como Plantae, Metaphyta ou Vegetabilia). Hoje são conhecidas mais de 300.000 espécies de plantas, das quais a maioria, mais de 280.000, são plantas com flor. Os Anjos são perfeitamente aptos a construir o Corpo Vital porque no Período Lunar, quando eram humanos, o Éter era o estado mais denso da matéria. Assim, da mesma forma que nós, seres humanos, estamos nos tornando especialistas na matéria química (sólidos, líquidos e gases) da Região Química do Mundo Físico, os Anjos são especialistas na matéria etérica (Éter Químico, Éter de Vida, Éter Luminoso e Éter Refletor).
A existência dos atuais vegetais começou no Período Lunar. Os Anjos eram humanos, pelo que no presente, estão relacionados especialmente com a vida que ocupa o Reino Vegetal; são os responsáveis pela evolução de cada ser desse Reino (é o seu Espírito-Grupo).
A capacidade dos Anjos em serem especialistas em Éter, habilita-os a serem Guias apropriados para os Reinos que possuem Corpo Vital, nós, os animais e os vegetais, relativamente às funções vitais de propagação, nutrição, etc. Portanto, além de Espírito-Grupo, os Anjos têm outras funções nesse Esquema de Evolução.
Os Anjos aprenderam a obter conhecimento sem necessidade de cérebro físico. Seu veículo inferior é o Corpo Vital. Pertencem a uma evolução diferente e nunca estiveram aprisionados em um corpo tão denso e pesado como o nosso; o Corpo Denso ou Corpo Físico. A Sabedoria foi-lhes concedida como uma dádiva, sem necessidade de laborioso pensamento através de um cérebro físico.
Os Anjos não experimentaram divisão alguma dos seus poderes anímicos e podem, portanto, exteriorizar sua dual força anímica sem reservar nada egoisticamente. A força exteriorizada com o propósito de criar outro ser é Amor. Os Anjos exteriorizam todo o seu amor, sem egoísmo nem desejo e, em troca, a Sabedoria Cósmica flui neles. Os Anjos amam sem desejo.
Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
O físico que afirma que o tempo corre em duas direções
Lendo o artigo “O físico que afirma que o tempo corre em duas direções (e de que modo isso afeta como entendemos o Universo)” de Carlos Serrano (@carliserrano) publicado no publicado na BBC News Mundo, (https://www.bbc.com/portuguese/geral-55805371), em que o físico britânico Julian Barbour questiona as explicações tradicionais do Big Bang e propõe uma nova concepção do tempo., nos leva a algumas reflexões, segundo os Ensinamentos Rosacruzes:
“Na visão tradicional da física, a entropia aumenta implacavelmente com o passar do tempo, o que significa que um dia nosso Universo atingirá seu estado máximo de entropia: terá se expandido tanto que será uma desordem total”.
Quando olhamos pela ótica dos Ensinamentos Rosacruzes, pensamos se o Ser Supremo seria capaz de permitir isso?
Julian Barbour desafia essa ideia. Ele propõe “que o Universo de dois lados, com um tempo que avança em duas direções”, ou ainda “o tempo não avança inevitavelmente em direção à entropia total. O que ele prevê é o inverso: um Universo cada vez mais complexo e estruturado que cresce sem fronteiras”.
Quando o Ser supremo (o Grande Arquiteto do Universo) criou o Universo e organizou essa esfera com Sua Consciência, colocou tudo em funcionamento de uma forma ordenada: o Sol, os Planetas com seus movimentos e suas órbitas. Essa movimentação ordenada influencia as variações climáticas, as estações do ano, as alterações de marés, e outras atividades da vida aqui na Terra. Tudo funcionando em harmonia – a isso chamou de COSMOS, campo de evolução de milhares de seres. Portanto, sabemos que o Ser Supremo não permitiria que essa desordem acontecesse, pois toda a obra da criação cessaria, e consequentemente, toda possibilidade de desenvolvimento desses milhares de seres.
Segundo a Ciência oculta, toda existência (quer dizer; todas as formas, Mundos no espaço e quaisquer formas que possa haver neles) é Espírito. Assim como a atmosfera que nos rodeia e o espaço entre Mundos. Existe um intercâmbio constante entre a forma dissolvendo-se em espaço e o espaço cristalizando-se em forma.
“Em sua teoria, o tempo não avança inevitavelmente em direção à entropia total. O que ele prevê é o inverso: um Universo cada vez mais complexo e estruturado que cresce sem fronteiras. Na verdade, em vez de dissipação, Barbour prefere dizer que a energia se espalha”
Quando estudamos os Mundos Invisíveis, aprendemos que o tempo não existe nos Mundos Superiores onde Cristo tem os Seus veículos, o Tríplice Espírito.
Sabemos que nossa evolução engloba 7 Mundos: 1) O Mundo de Deus, 2) O Mundo dos Espíritos Virginais, 3) O Mundo do Espírito Divino, 4) O Mundo do Espírito de Vida, 5) O Mundo do Pensamento, 6) O Mundo do Desejo e 7) Mundo Físico. Sabemos ainda que cada um destes Mundos está sujeito a leis especificas e que as leis de um Mundo são praticamente inoperantes nos outros. Por exemplo:
O Espírito é capaz de ultrapassar o tempo e o espaço, e viajar por esses Mundos, porque é superior a essas condições físicas interdependentes. Mas para isso ele necessita de treinamento para aprender a funcionar nesses Mundos, pois precisa aprender a funcionar em seus veículos superiores.
Neste momento estamos limitados pela forma, ao Mundo Físico. Estamos presos neste Corpo Denso e muitos de nós só têm consciência deste Mundo Físico, ou até pior ainda: somente da Região Química do Mundo Físico, ainda que não totalmente, mas sabemos que existem muito mais conhecimentos nos Mundos superiores, só ainda não temos condições de obter por falta de instrumento para compreendê-lo, uma ferramenta, um veículo, um Corpo.
“Para Barbour, sua concepção de tempo e Universo carrega uma mensagem para a vida. “Carpe diem”, aproveite todos os dias, diz o físico de 83 anos.” “todo ser humano vive com uma certeza indiscutível, ele alerta: “Não quero ser melancólico, mas você e eu vamos morrer”. “E acima de tudo, conclui o cientista, não importa em que direção o Universo se mova, “meu conselho é não perder tempo”.
Sabemos que a vida no Mundo Físico é, na realidade, uma passagem por uma escola de experiências, período no qual se dá a nossa evolução espiritual. Em cada Renascimento, nesta escola da vida, recebemos certas lições que ajudamos a escolher quando estamos no Terceiro Céu e nos preparando para renascer, para o nosso crescimento anímico, as quais devem ser estudadas, aprendidas e sublimadas. Os trabalhos não feitos são oportunidades perdidas, e que deverão ser executados mais à frente ou em vidas futuras. Portanto não devemos desperdiçar tempo e nem nos recusarmos aos trabalhos apresentados.
Aqui não é nosso lar. Estamos aqui de passagem. Nosso verdadeiro lar é o Lar Celeste, na casa do Pai.
A morte é uma necessidade. Mas morremos apenas para o Mundo Físico, pois a vida continua nos planos espirituais até o próximo Renascimento. Cada novo nascimento, em novos ambientes, nos oferece novas oportunidades de aprender as lições que necessitamos, para nossa evolução espiritual. Portanto, aproveitemos cada momento e cada oportunidade que nos é dada.
Barbour acredita que todos podem ter uma mudança de atitude em relação à vida, pensando no bem dos outros. “Acho que podemos salvar o mundo se as pessoas se acostumarem com a ideia de serem pessoas melhores para os outros”.
“Cumpre-nos buscar sempre o bem oculto em todas as coisas. O cultivo dessa atitude de discernimento é particularmente importante.” (Conceito Rosacruz do Cosmos).
O Espírito humano é uma chispa do Infinito, portanto todo ser humano é, em essência, bom e capaz de ver o bem em todas as coisas. Ele tem uma bondade inata, portanto possui também uma extraordinária capacidade de fazer o bem. Imaginem se todos os seres humanos fossem educados para o amor, em vez de para o egoísmo e até para o ódio, o quanto poderíamos fazer e sermos diferente nesse Mundo.
O bem está nos pequenos atos de bondade praticados diariamente. Podemos influenciar os outros com o entusiasmo, a alegria. Agindo com otimismo somos capazes de executar nossas tarefas com êxito maior do que costumeiramente.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
Resposta: Antes de falarmos sobre “raios propícios para a procriação”, temos que considerar um corpo que utiliza a força sexual criadora somente para a procriação. Se temos um corpo onde gastamos a força sexual para gratificação dos sentidos, então podemos estar sobre a influência dos melhores raios para a procriação e não os sentiremos! É como não termos uma ferramenta própria para executar uma atividade. Só que nesse caso nãos existe a hipótese de improvisação. Quando estávamos sob a guarda dos Anjos, utilizávamos a nossa força sexual somente para fins de procriação, aí sim, os Anjos, nos momentos propícios para a procriação, nos enviavam para a melhor posição na Terra para ficarmos sob as influências dos melhores raios para a procriação. A partir do momento que tomamos as rédeas da evolução e usamos e abusamos da força sexual, ficamos sem o instrumento adequado para responder `a essa benéfica influência. Resumindo: primeiro purifiquemos o nosso corpo, gastando a força sexual somente para a procriação e por meio do serviço amoroso e desinteressado, de todos os meios, mas priorizando por meio de atos e obras, focando em servir ao irmão e a irmã considerando exclusivamente a sua divina essência (que é a base da Fraternidade), dar vazão a parte da força sexual não utilizada para a procriação. Somente assim vamos nos preparando para responder “aos raios propícios para a procriação” que estão por toda parte e à nossa disposição.
Resposta: É por isso que devemos, todas as noites, por mais dificuldades que tenhamos, oficiar o Exercício Esotérico da Retrospecção. Ele é a melhor maneira de praticar a doutrina da Remissão dos Pecados (Perdão dos Pecados). Estude esse exercício com todo cuidado e atenção e o pratique a cada noite, melhorando sempre, e você verá essa doutrina operar na sua vida. Junte a ele o exercício matutino da Concentração (aquela que é detalhada no livro” Conceito Rosacruz do Cosmo”), e você terá a mais eficiente e eficaz prática do Perdão dos Pecados. Para ajudá-lo a melhorar, pratique a Concentração durante o dia; ela lhe ajudará a focar, a esvaziar a Mente e a dominar o seu Corpo de Desejos. Aqui você encontra um Curso, nos fornecido pela Fraternidade Rosacruz da Alemanha: http://www.fraternidaderosacruz.com/index.php/ebook-biblioteca-fraternidade-rosacruz/ger-westenberg/1952-livro-curso-de-concentracao-por-ger-westenberg.
Resposta: Sugerimos que estude sobre o “conceito de Deus”, pois dependendo do ponto onde se está no Esquema de Evolução, para nós, seres humanos, “Deus” tem um conceito bem diverso. E para compreender a questão de Caim, Abel, Moisés, Josué, Davi, Salomão, João Batista, Jesus e outros líderes da humanidade, sendo humanos, é imprescindível que, antes, aprenda sobre isso. Para tal, dê uma lida aqui: http://www.fraternidaderosacruz.com/images/LivrosDigitalizadosPDF/O%20Conceito%20Rosacruz%20do%20Cosmos%20300316.pdf; pág. 214, a partir de: “Durante as idades anteriores… Até pág. 215: …em algum tempo futuro.”. Boehme, como muitos outros antes de Max Heindel, sempre escreveram para seres humanos que já tinham um certo grau de conhecimento dos mistérios ocultos. Ou seja: já se supunha que o leitor já sabia de que “Deus” estava se falando, quando ele falava de Caim. Uma vez entendido de que “Deus” está se falando, naquele contexto, entenda que lições, que regras, que leis e que consequências estávamos envoltos.
Resposta: Para começar a trilhar o Caminho Rosacruz você deve se tornar um Estudante Preliminar. Para isso você deve fazer o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, todo grátis. Mais informações é só clicar aqui: https://fraternidaderosacruz.com/site/como-se-inscrever-no-curso-preliminar-de-filosofia-rosacruz/.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Toda semana, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos de amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da Cura.
Datas de Cura:
Maio: 01, 08, 15, 22, 28
“Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro,
e tu me curaste” – Salmos 30:2
O Evangelho de São João: os 5 primeiros versículos
Lendo atentamente o Evangelho de São João, o Evangelista, que foi Discípulo de São João, o Batista, somos gradativamente absorvidos pela admiração da desenvoltura e sublimidade do seu trabalho. Ao iniciá-lo, coloca como primeiro título a grande boa nova, já na expressiva frase: “A Encarnação do Verbo”. Essa Encarnação, prezados leitores e leitoras, representa o ponto de intercessão entre duas Eras. A primeira delas, em que vigorava a lei — o olho por olho e dente por dente -, representada por Moisés. A segunda é representada por Cristo-Jesus, o Cordeiro que tirou o pecado do mundo e purificou o Corpo de Desejos da Terra. Ademais, pôs ao alcance da humanidade todos os meios de que ela necessitava para sua salvação; vejam, então, prezados leitores e leitoras, a extraordinária importância que tem esse glorioso Ser para todos nós. É de tal autoridade, como bem salienta São João, o Evangelista, que se sentirmos por Ele uma profunda gratidão durante as 24 horas do dia, ainda será pouco. Aliás, a melhor maneira de manifestarmos nossa gratidão é servirmos diligentemente, colaborando de coração no formoso trabalho iniciado pelos Irmãos Maiores.
Durante a primeira dessas Eras, consubstanciada no Velho Testamento, sobretudo no último livro do Pentateuco, quem errasse seria punido, pois não havia perdão e tudo se acertava com a espada da justiça. O Cristo, ao contrário, embora cumprindo a lei, é a tônica do amor através do qual une tudo o que existe ou venha a existir, e não só aqui no Planeta Terra, mas também nos demais do nosso Sistema Solar, sem excetuar outros Sistemas Solares no Universo. Ele é o Amor que tudo liga, transforma e vivifica.
Lá, no primeiro capítulo, no primeiro versículo, diz-nos São João: “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Notem bem, estimados amigos, como ele mostra, entre outras coisas, de maneira concisa, cujo vigor ultrapassa toda expectativa, a nossa origem Divina. Ele transformou o Verbo na Causa primeira de tudo. D’Ele é que saiu tudo aquilo que veio ou vem à existência e, para Ele, tudo volta, como disse bem Santo Agostinho, que assim se expressou: “Viemos da Divindade e para Ela voltaremos”.
Prosseguindo, afirma São João, o Evangelista, no versículo 2°: “Ele estava, no princípio, com Deus”. São João, para facilitar nosso entendimento, reforça aqui o que disse no versículo anterior. Vindo de Deus, Cristo-Jesus é, evidentemente, Deus feito homem.
Referindo-se ao Verbo, comenta São João, no 3° versículo: “Tudo foi feito por Ele e nada do que foi feito se fez sem Ele”. Vemos aqui, mais uma vez, São João, o Evangelista, mostrar, com extraordinária exuberância, nossa origem Divina. Insiste ele e com toda a razão ser o Verbo a gênese de tudo aquilo que existe. Vivendo o amor permanentemente e conhecendo bem a natureza humana é que São João supunha conveniente insistir nesse e em outros pontos.
Continuando a leitura, vamos para o 4° versículo que, reportando-se ao Verbo, esclarece: “A vida estava Nele e a vida era a Luz dos homens”. De fato, aquela vida que estava Nele é a nossa Luz, o Cristo interno que habita em cada um de nós. É a Centelha divina que nos impulsiona constantemente às coisas superiores, os eventos do espírito. Com isso realizamos também uma sutilização de nossos veículos, as ferramentas do Ego, ampliando o seu campo de atividade.
Dando continuidade à leitura do Evangelho de São João, encontramos no versículo 5°, ainda no capítulo l°, que se tornou nosso, o seguinte: “A Luz resplandeceu nas trevas e as trevas não prevaleceram contra Ela”. Realmente, porque essa Luz infinita espanca as trevas.
Trevas da ignorância e más qualidades que são desfeitas pelo amor, sabedoria e atividade nas boas coisas. A propósito, certa vez um Discípulo de Hermes Trismegisto lhe perguntou: “Mestre, qual é o pior mal do mundo?”. Ao que Hermes prontamente respondeu: “A ignorância”.
É por ela, na verdade, que surgem os desentendimentos, malquerenças e inimizades. Max Heindel, o fiel mensageiro da Ordem Rosacruz, afirma, logo na introdução do Conceito Rosacruz do Cosmos: “Se Buda, grande e sublime, foi a Luz da Ásia, pode-se afirmar que Cristo seja a Luz do Mundo”.
(Pulicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1970)
Uma Interpretação do que é Verbo
“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por Ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas, encontra Ela as trevas não prevaleceram… O Verbo se fez carne e habitou em nós, cheio de Graça e de Verdade, e vimos a Sua Glória, Glória como no Unigênito do Pai”.
Eis a história toda da involução ou envolvimento do Ser, como Espírito Virginal, na matéria, até à idade mais densa e grosseira, até a perda total da consciência do Espírito e das coisas do Espírito.
São João nos conta nesses versículos de inestimável valor Espiritual, a peregrinação, a Grande e Extraordinária Aventura Cósmica do Espírito, em aquisição após aquisição, dos corpos e veículos de manifestação, até atingir a condensação no Corpo Denso e cristalizado.
“No Princípio…” reporta-nos a um estágio anterior ao que nossos olhos físicos percebem e nosso tato apalpa. “No Princípio, era o Verbo…” O Único Ser Gerado. Um dos Três Atributos do Ser Supremo. Pelo Verbo tudo o mais foi criado. “Faça-se..”. É a Palavra, o mistério do som. Tudo no Universo é vibração, é som, é melodia.
Quando o Iniciado atinge um certo grau no seu desenvolvimento, recebeu o batismo de fogo, estando sob a direção do Mestre Oculto. É-lhe ensinado o Segredo dos Segredos… aquele Segredo que os maçons procuram; “A PALAVRA PERDIDA!”. O maçom, quando em estágios superiores, sabe que a Palavra de Poder foi perdida, quando, na traição do Templo, os três renegados mataram o Sublime Mestre Hiram Abiff, o único que possuía o “Segredo da Palavra”. Tudo na Maçonaria é simbólico, por ser ela o receptáculo, a guarda do Simbolismo.
Todas as verdadeiras Ordens Iniciáticas sabem que a palavra é sagrada, e que o Iniciado deve ser comedido no falar. O Iniciado é submetido ao silêncio absoluto, à meditação, à contemplação muda das coisas da natureza. No silêncio, ele aprende, no secreto da alma, a palavra sem articulação. Até no Catolicismo Romano, o neófito, e mais tarde o clérigo, na leitura diária do breviário, leitura obrigatória, submete-se ao silêncio e à meditação. Na Ordem dos Trapistas a palavra articulada é proibida, através do juramento dos seus adeptos.
É longa a série dos investigadores da “Palavra Perdida”, a Palavra de Poder, que pronunciada com o conhecimento da ciência oculta, após recebida nos Arcanos do Silêncio, pode causar a vida ou a morte.
“No Princípio era o Verbo…” O Verbo é a Palavra que se manifesta no ser humano via laringe. Mas ela só será readquirida pelo mortal, quando ele, através a evolução e iniciação nos mistérios, tornar-se digno de possuí-la.
“O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no Princípio com Deus. Tudo foi feito por Ele e nada do que tem sido feito foi feito sem Ele”. É o segredo da palavra. Faça-se, faça-se sempre, com a Palavra. Os Períodos, os Mundos, as coisas todas manifestadas e por se manifestar foram e são feitas pela Palavra e com a Palavra. O Círculo com um ponto em seu centro, é o Supremo Poder do Verbo manifestando continuamente de si mesmo, novos sóis, novos mundos e novas manifestações de vida gloriosa. O Supremo Ser “pode ser caracterizado como PODER. Desse, procede o Segundo Aspecto, o VERBO. E de ambos esses Aspectos, procede o Terceiro, o MOVIMENTO. Desse triplo Supremo Ser procedem os sete Grandes Logos”. Eles contêm neles mesmos todas as Grandes Hierarquias que se diferenciam cada vez mais, à medida que se difundem pelos vários Planos Cósmicos. “Verbo é o Único Ser gerado pelo Supremo. À Palavra é, portanto, uma Entidade e essa Entidade Sagrada criou tudo o mais, pelo “Fiat” criador. Faça-se… e as coisas foram se projetando no Cosmos.
“Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos homens…”. Esse versículo toma força e poder incomensuráveis. A Vida é una e indivisível. “Ai daquele que tentar separar o Corpo de Deus”. Tudo no Universo é o Corpo de Deus. O ser humano é o pequeno corpo divino, o Microcosmos. Nele está, como sempre esteve e estará, a Luz de Deus. É a Vida não criada, indestrutível.
“A luz resplandece nas trevas, e contra Ela as trevas não prevaleceram”… O Verbo se fez carne e habitou em nós, cheio de Graça de Verdade, e vimos a sua Glória, Glória como no Unigênito do Pai”.
Quem tiver olhos para ver e ouvidos para ouvir, e entendimento para entender, compreenderá, pela percepção interna, o sentido sublime deste versículo. Apesar da cristalização interna, o sentido sublime desse versículo. Apesar da cristalização, a Luz permanece e brilha como seu fulgor deslumbrante e incandescente. Cristo ressuscitou e advertiu a mulher que montava guarda ao seu sepulcro, e que primeiro o avistou. “Não vos aproximeis, pois Eu acabo de ressuscitar!”. Se a mulher o tocasse, seria fulminada, pois, naquele momento estava carregado de milhões de volts de eletricidade puríssima. Assim será o ser humano, quando “ressuscitar” dentre os mortos.
“E o Verbo se fez carne” e habitou em nós cheio de Graça… Não é possível maior clareza. Ele está dentro de cada um, pois o ser humano é partícula de Deus cristalizada. Aqui está consubstanciado todo o mistério do Ser. Aquele que se encontrar, verá a Deus face a face. Passado, presente, futuro são termos relativos, que nada expressam ante a sempiterna realidade que se manifesta acima e fora das “ALTERNÂNCIAS”. Períodos, Revoluções, Recapitulações, Épocas estão expressas no MACRO como no MICROCOSMOS. A entidade cristalizada como ser humano é a pequena Bíblia ou Livro da Lei, que contém em si toda a grandiosidade do COSMOS.
Na sua subida deve Ele aprender a ler na Memória da Natureza, as fases, passagens, vidas vividas, a fim de se reencontrar e adquirir CAPACIDADE e MALEABILIDADE. Com esses atributos Ele poderá levitar e voar ao cume da Eternidade e criar, também, já como criadora, com o Poder do Verbo, a “PALAVRA REENCONTRADA!”.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 05/70)
A Encarnação do Verbo: para isso não dissimule a sua deidade
Deus, o Grande Mestre, nos ensina de muitos modos e com pedagogia inigualável. Um deles é a encarnação do Espírito numa forma, forma como a que estou usando ou as que vocês estão usando, pelas quais nos vemos e nos reconhecemos. As formas fazem parecer que somos “eu” separados. As crianças e os jovens se apaixonam e se apegam à forma. Contudo, o Espírito “adulto” vê além da forma e descobre uma natureza em comum em todas as formas. Em todos os contatos e diálogos há uma referência tácita, como que a uma terceira pessoa, a uma natureza impessoal, que é Deus em todos, irmanando-nos essencialmente.
Essa essência é que dá sentido de unidade a um grupo de pessoas que se empenham na busca da verdade (como fazemos aqui na Fraternidade Rosacruz). Essa essência é que comunica a todos o pensamento e sentimento do orador e de cada presente, permitindo a todos, na proporção em que se lhes afina, assenhorear-se à verdade e internamente crescer. Independentemente da cultura, tal essência confere sabedoria a todos. Infelizmente, a educação tradicional, materializada, busca silenciar e obstruir a expressão nessa sabedoria, considerando como mais importante as experiências sensoriais. Mas, quem aspira à verdade, atrai-a de sua fonte espiritual ou da conjugação de forças espirituais (numa reunião como a nossa), e dela se apropria sem preocupação de a rotular com AUTORIAS. A verdade é eterna e a todos pertence. Uns são melhores canais dessa fonte que a todos deseja abrir-se, mas sem compromisso de pertencer-lhes, porque é universal. Assim, aprendemos pelas circunstâncias, pelas experiências próprias e alheias. Muito se aprende de pessoas simples e intuitivas.
Na sociedade, no trabalho, na família, muitas vezes descemos da nobre condição de seres espirituais para a de seres comuns, quando dissimulamos nossa deidade e nos misturamos aos hábitos comuns que acabam por delongar nossa ascenção. Tal se dá pela falta de convicção: medo de expressar o que essencialmente somos, conveniência de tirarmos proveito econômico, agradando aos demais, o tremendo impacto das opiniões contrárias, etc. Mais sábia é a discrição convicta de quem “vive no mundo e não lhe pertence” e diz as cousas quando, como e a quem seu íntimo o revela, sem trair sua identidade espiritual.
É o Espírito quem percebe e revela-nos a verdade. Ele está presente em todos e em todas as idades. Em minhas relações com meu filho, erijo o Espírito como árbitro entre nós: nos seus olhos jovens assoma o mesmo Espírito como árbitro entre nós: nos seus olhos jovens assoma a mesma essência que ele e eu amamos e reverenciamos, acima de tudo! O entendimento não existe independentemente do Espírito: a característica da inteligência é a de discernir entre o certo e o errado, através do Espírito. Somos muito mais sábios do que supomos.
Se não interferíssemos na ação do pensamento e o deixássemos fluir integramente, então poderíamos aprender muito mais de nosso íntimo, vendo o pensamento e a ação do Espírito sem entraves, em todas as pessoas como em nós mesmos. A comunicação que o Espírito faz da verdade ao coração é o mais sublime acontecimento da natureza, pois a verdade não apenas dá de si, senão que se dá inteira e se converte no próprio indivíduo a quem ilumina. Esse o mecanismo da intuição, o verbo que faz carne, na ação humana, quando o entendimento não o desvirtua ou intercepta.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1971)
Na densa obscuridade da noite cósmica, relampejava o primeiro estremecimento da vida que, ao despertar, convertia as trevas da negativação em um vago crepúsculo do SER EM DESENVOLVIMENTO.
Vacilantes raios caíam sobre uma estranha forma, que se mantinha solitária entre a nebulosidade das substâncias em turbilhão.
Entre vapores trêmulos de mistérios e com a cabeça aureolada por uma dourada coroa de luz esplendente, ali se encontrava um estranho místico, cuja divina forma apenas se destacava em relevo, contra o fundo sombrio e tenebroso das portas da eternidade, enquanto as trevas fugiam ante os raios que brotavam dessa mística forma, gigantesca e vaporosa…
Esse místico visitante vinha de um Cosmos muitíssimo maior que o nosso, como respondendo a um chamado da Divindade. Havia viajado de estrela em estrela, de um Mundo a outro, de Universo a Universo e em todas as partes Ele era bem conhecido, ainda que sempre permanecesse oculto sob a vestimenta da noite cósmica.
Subitamente as nuvens se abriram e uma torrente de luz desceu por entre as ferventes ondas de energia, banhando esta forma solitária com uma irradiação celestial, que fazia brilhar cada cristal de vapor, como um diamante refletindo o vivente fogo da Divindade.
Duas grandes formas resplandecentes surgiram logo entre as chamas da Luz Cósmica, ladeadas pelas nuvens do Não-Ser. E uma Voz poderosa ressoou pela Eternidade, fazendo vibrar todos os átomos com o Poder do Verbo Criador, enquanto a gigantesca forma vestida de azul se inclinava reverentemente, ante os pés do seu Criador e uma enorme mão surgindo dos Céus deitava esta bênção:
“Dentre toda Criação Eu te escolhi e em ti imprimi o meu brasão; tu és o instrumento escolhido por minhas mãos, eleito para que sejas o Construtor do meu Templo; tu levantarás suas colunas e ladrilharás seus pavimentos, ornamentando-o com metais e serás o Senhor e Mestre dos meus trabalhadores; em tuas mãos colocarei meu planos e aqui, na prancha de traçar, de substância vivente, imprimirei o plano que deves seguir, traçando todas as suas letras e seus ângulos com as ígneas linhas que meu dedo descreverá.
Hiram Abiff, construtor eleito para levantar a casa de teu Pai, vamos: Mãos à Obra! Lá estão as escuras nuvens, a grisalha neblina da aurora que começa, os tênues raios de luz celestial e a densa obscuridade do sono da Criação.
Constrói com todos esses materiais, sem o ressoar de martelos e sem o vozerio dos trabalhadores, o Templo do Teu Deus Eterno nos Céus.
Encadeia o movimento incessante e turbilhonante da negação, para que assim possas polir as tuas pedras.
Entre esses espíritos do “Não-Ser”, esfregarás as tuas limas e estabelecerás os fundamentos; pois, tenho-te observado durante os dias da tua juventude e te guiei nos dias da tua virilidade.
Pesei-te na balança e nada faltava; portanto, dou-te a glória da obra e do trabalho e te ordeno ser construtor de minha casa e dou-te ainda a palavra do Mestre Construtor, entregando-te as ferramentas do ofício.
Dou-te também meu Poder. Sede fiel com todas as coisas e a trazei-me de volta, quando houverdes terminado e te darei o Nome, que somente Deus conhece. Amém. Que assim seja”.
E a grande Luz desapareceu dos Céus enquanto os dedos de Luz Vivente se desvaneciam no crepúsculo tênue e vaporoso, que novamente cobria o “Não-Ser”, com o seu manto de sable.
Hiram, novamente encontrou-se só, contemplando o infinito oceano do esquecimento.
Nada, senão fervente matéria, em toda a extensão que era possível abarcar.
E então, endireitando-se, tomou a prancha de traçar em suas mãos e encerrando em seu coração a Palavra do Mestre, que ainda brilhava e reluzia na obscuridade da noite, Hiram Abiff marchou sobre as nuvens e se desvaneceu nas trevas que absorveram até o último resplendor da Palavra do Mestre.
Como poderia o homem medir a eternidade?
Idades e idades se passaram e o solitário construtor trabalhou somente com o amor e a humildade do seu coração.
As suas mãos iam modelando a obscuridade que abençoava, enquanto seus olhos se elevavam para onde certa vez havia brilhado a Grande Luz.
E nessa divina solidão trabalhou, sem ouvir qualquer voz que o animasse, sem ter nenhum espírito que condenar; só, em meio do Infinito! – Com o rocio da manhã a lhe gelar a fronte, mas com o coração ainda cálido pela Divina Luz da Palavra do Mestre.
Parecia impossível a tarefa: um par de mãos jamais poderia modelar tão profundas trevas. Nenhum coração, por fiel que fosse, poderia ser bastante grande para enviar o vibrante amor cósmico, através da fria neblina do olvido.
A obscuridade cingia-o, cercando-o cada vez mais, e os tenebrosos dedos da negação ameaçavam todo o seu ser e sem embargo, com divina confiança, o construtor prosseguia trabalhando. Com divina confiança estabeleceu os fundamentos e com a ilimitada argila fez os moldes para construir os sagrados ornamentos.
Pouco a pouco foi o edifício crescendo e formas vagas, modeladas pelas mãos do Mestre, se agruparam em seu redor.
O Mestre havia dado forma a três imensas criaturas “sem alma”, seres gigantescos que, na semiobscuridade, pareciam como torvos espectros. Eram três construtores a quem havia abençoado e que agora desfilavam ante Ele.
Hiram, estendendo os braços para sua criação, disse:
“Meus irmãos, fi-los para a nossa obra; formei-os para que trabalheis comigo na construção da casa do Mestre. Sois os filhos do meu ser, tenho trabalhado para vós, trabalhai agora comigo, para a glória do nosso Deus”.
Mas, os espectros riram e voltando-se contra o seu criador golpearam-no com as suas próprias ferramentas, aquelas mesmas ferramentas que lhe foram dadas por Deus nos Céus, e abandonaram o seu grande Mestre agonizante, no meio das suas obras. E a proporção que sangrava ao pé da obra feita por suas mãos, o mártir ergueu os olhos para as ferventes nuvens e, enquanto orava ao Mestre que o tinha enviado, a sua face resplandecia de divino amor e entendimento:
“Ó Mestre e Senhor dos trabalhadores. Grande Arquiteto do Universo. Minhas obras ainda não terminaram. Por que devem ficar sempre sem acabar?
Não completei aquilo que me ordenastes, porque as minhas próprias criações se revoltaram contra mim e as ferramentas que Tu me destes serviram só para destruir-me!
Os filhos que eu formei com tanto amor, em sua ignorância me assassinaram!
Aqui está – Ó, meu Pai! A Palavra que Tu me destes tingida ainda com o meu próprio sangue!
Ó Mestre! Eu T’a devolvo porque a tinha conservado sagrada em meu coração.
Aqui estão as ferramentas, prancha de traçar e os vasos que fundem meu redor estão as ruínas do Templo que tenho de deixar.
A Ti – Ó Deus! Que conheces todas as coisas, eu devolvo tudo, compreendo que no seu devido tempo está o cumprimento de todas as coisas.
Tu Senhor! Que sabes das nossas quedas e soerguimentos; Tu, Senhor, que conheces os nossos pensamentos; Em Teu Nome tenho trabalhado, e por Tua Causa – Ó meu Pai morro, como Teu construtor leal e fiel”. E o Mestre caiu com a face dirigida para o céu, na qual a morte deixou estampada uma suave expressão de doçura, enquanto a luz que brotava do seu rosto se extinguia lentamente.
Nuvens cinzentas se amontoaram em seu redor, como se pretendessem envolver por completo e para sempre, o Mestre assassinado.
Subitamente, os Céus se abriram outra vez, e um grande resplendor, descendo, rodeou a forma de Hiram, banhando-a agora, com uma luz celestial, enquanto novamente a Voz assim falou, desde onde o Grande Rei estava sentado sobre as nuvens de saudação:
“Não está morto; está somente adormecido.
Quem o despertará?
Suas obras ainda não estão terminadas, mas na morte ele guarda as sagradas relíquias, com mais zelo que antes; a Palavra e a Prancha de traçar são suas, porque Eu as lhe dei.
Deve ele assim permanecer adormecido até que esses três que o assassinaram, façam-no tornar novamente à vida, porque todo erro deve ser corrigido, e os destruidores de minha casa terão que trabalhar em lugar do seu construtor, “até levantar o Mestre de entre os mortos”.
Os três assassinos caíram de joelhos e elevaram suas mãos para os Céus, como para ocultar a Luz que punha o seu crime a descoberto, exclamando:
“Ó Senhor! Grande é o nosso pecado, porque assassinamos o nosso Grande Mestre Construtor Hiram. Abiff!
Justo é o Teu castigo e já que o assassinamos, dedicaremos agora nossas vidas para a sua ressurreição.
O primeiro ato foi a nossa debilidade, o segundo será nosso sagrado dever”.
“Assim seja” – respondeu a Voz do Céu. E a grande Luz desvaneceu-se. As trevas e as nuvens ocultaram o corpo do Mestre assassinado que foi absorvido pela absoluta obscuridade, não deixando nenhum vestígio do local onde jazia o Construtor.
“Ó Deus! ” – gritaram então, os três assassinos: “onde encontramos agora o nosso Mestre?”
E a grande Mão surgiu novamente do Infinito Invisível e lhes foi dado uma lamparina de azeite, cuja chamazinha ardia silenciosa e claramente, na densa obscuridade circundante.
“Com esta luzinha que agora vos dou, buscai aquele a quem assassinastes”.
E as três formas rodearam a luz e se inclinaram em fervorosa oração de gratidão, por essa dádiva, que os iluminaria pela densa obscuridade do seu caminhar imenso.
Em alguma parte, nas regiões do “Não-Ser”, a Grande Luz falou uma voz como de trovão, cujo som enchia o caos: “Saiu como flor e foi cortada Fugiu como uma sombra e não continuou.
Assim como as águas desapareceram do mar e a inundação desceu e tudo secou. Assim o homem caiu e não mais se levantou”.
“Mas tenho compaixão pelos filhos da minha criação, e por isso, os consolarei nos tempos de tribulação e salvá-los-ei com a salvação eterna”.
“Buscai onde está o raminho quebrado e onde apodrece a vara seca; onde as nuvens se aglomeram e onde as pedras se acumulam nas faldas das colinas, porque todas essas coisas assinalam o túmulo de Hiram, que levou minha vontade até o túmulo”.
“Esta Eterna busca será a vossa, até que tenhais encontrado o Construtor, até que o cálice dê o seu segredo, até que o túmulo dê seus fantasmas”.
“Não vos falarei mais, até que tenhais encontrado e erguido o meu amado filho; até que tenhais escutado as palavras do MEU MENSAGEIRO e, com ELE como guia, houverdes terminado a construção do Templo, que então será habitado por Mim. – Assim seja”.
A aurora ainda dormia nos braços da obscuridade, e no grande mistério do “Não-Ser” tudo era silêncio absoluto. E nessa tênue aurora, como estranhos fantasmas de um pesadelo, três figuras continuavam a vagar sobre o grande DESCONHECIDO, conduzindo, em suas mãos, a lamparina que lhes havia dado o Pai do seu construtor.
E assim, eternamente, vagam em busca de um silencioso túmulo, sobre uma raminha e uma pedra, sobre uma nuvem e uma estrela, parando de vez em quando para explorar as profundidades de algum místico recesso, rogando para serem liberados de sua infindável busca, ainda que vinculados ao seu eterno voto de levantar o Construtor, que tinham assassinado, cujo túmulo devia estar marcado pela raminha quebrada e cujo corpo havia sido colocado provavelmente, em algum canto, envolto no alvo sudário da morte, sobre a eterna colina.
Ouço uma voz que me grita desde toda flora e fauna, desde todas as pedras, desde todas as nuvens, desde o próprio Céu.
Cada ígneo átomo que vibra no Cosmos grita-me com a voz do meu Mestre.
Posso ouvir a Hiram Abiff, meu grande Mestre, chamando-me em agonia, na agonia da vida que se oculta dentro da obscuridade dos muros da sua prisão, lutando por essa expressão que eu mesmo lhe tenho negado, lutando e trabalhando para abreviar o dia de sua liberação. E agora aprendi a conhecer que eu sou o criador daqueles muros, com minhas ações diárias que são as coisas com que os malvados e os traidores estão assassinando o meu Deus.”
Os três assassinos de Hiram que o golpearam com as ferramentas do seu próprio ofício, até que o mataram destruindo o Templo sobre suas próprias cabeças, simbolizam as três expressões de nossas naturezas inferiores que em verdade, são os assassinos de tudo que de bom existe em nós, pervertendo-o tão depressa como tratamos de manifestá-lo.
Estes três assassinos são: “o pensamento, o desejo e a ação”. Uma vez purificados e transmutados, se convertem nos três gloriosos canais através dos quais se podem manifestar a “vida” e o poder” dos três reis, os resplandecentes construtores da GRANDE LOJA CÓSMICA, que se manifestam neste mundo como “pensamento espiritual, emoção construtiva e diária atividade”, úteis nos diversos lugares e posições em que nos encontrarmos enquanto levamos a cabo a obra do Mestre.
Quando o ser humano puder modelar seus pensamentos, emoções e ações como fiéis expressões dos seus mais elevados ideais, então terá conquistado a liberação, PORQUE A IGNORÂNCIA É A OBSCURIDADE DO CAOS E O CONHECIMENTO É A LUZ DO COSMOS.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/73 – Fraternidade Rosacruz – SP)