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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Livro: Luz, mais Luz – por Corinne Heline

O Estudante mediano está familiarizado com a escala diatônica de sete tons e com a escala cromática de doze tons na música.

Ele também está familiarizado com a escala de cores de sete tons conhecida como espectro.

Poucas pessoas, no entanto, sabem que à medida que a visão humana se sensibiliza e se desenvolvem instrumentos mais refinados para a investigação, uma escala de cores de doze tons será revelada.

Aqueles que possuem capacidade de explorar reinos internos veem neles muitas cores bonitas que são, atualmente, invisíveis para os olhos físicos comuns, algumas delas muito requintadas para descrição.

1. Para fazer download ou imprimir:

Luz, mais Luz – Corinne Heline

2. Para estudar no próprio site:

LUZ, MAIS LUZ

Por

Corinne Heline

Fraternidade Rosacruz

Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido de acordo com:

1ª Edição em Inglês, 1962, Light, more Light – Issued by New Age Interpreter

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP

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LUZ, MAIS LUZ

No começo, no alvorecer de um novo Dia de manifestação, Deus disse: “Haja Luz”[1]. Esse foi o primeiro decreto criador. Foi a ação inicial tomada pelo Ser Divino, ao entrar em outro dos ciclos cósmicos, externos e eternamente recorrentes.

O aparecimento da luz foi, portanto, fundamental para todo o processo criativo do período extremamente longo que se seguiu. A reativação da luminosidade no coração de Deus, a nova liberação da Luz Divina, pôs em movimento a Substância Raiz Cósmica do espaço circundante, dentro de uma extensão específica e limitada pela vontade de Deus. Então, uma nova criação foi lançada no espaço sideral.

A luz que emergiu no começo, como registrada no Gênesis, também é a luz que prevalecerá no final deste Dia de Manifestação, conforme relatado por São João no Livro final das Escrituras Cristãs[2]. Quando São João foi elevado em espírito a um ponto de iluminação em que estava “na luz como Ele está na luz”[3], ele viu a Nova Jerusalém, a cidade em que “não havia noite”[4]. “Lá”, relata o Revelador, “não havia mais a necessidade do Sol ou da Lua para brilhar nela”, pois o “Cordeiro é a sua luz”[5].

Deus é luz. Ele é tudo em tudo. Ele é o começo e o fim, o Alfa e o Ômega da existência. É n’Ele que todas as coisas criadas vivem, se movem e têm o seu ser. Nos estágios evolutivos anteriores, todos os elementos da natureza e todas as criaturas vivas gravitavam natural e instintivamente em direção a essa luz. Numa fase posterior, com o surgimento do quarto reino, o humano, o instinto deu lugar à inteligência e a obediência, até então inconsciente da Lei cósmica, foi substituída pela consciência da individualidade, tendo a prerrogativa divina da liberdade para escolher o caminho a seguir. A partir de então poderia continuar seu curso em direção à Luz da qual surgiu ou se aventurar por um curso oposto e escuro. Essa é a condição do ser humano em seu atual estado de evolução. Ele está no ponto médio da sua jornada evolutiva. Nessa posição é livre para escolher a estrada superior ou a inferior e pode viajar na direção da luz ou reverter para a escuridão.

No Esquema de Evolução setenário o ser humano está evoluindo na metade, no quarto dos sete Períodos de tempo extremamente longo. Ele também está na quarta posição, a média, entre sete Reinos. Abaixo dele estão os Reinos mineral, vegetal e animal, representando etapas da consciência atravessadas no passado, enquanto acima estão os três reinos dos: Anjos, Arcanjos e Senhores da Mente, com os quais ele se relaciona diretamente em sua atual constituição sétupla e dos quais a exaltação ele está destinado a atingir, nas eras que se avizinham. Então, novamente encontramos o ser humano ocupando uma posição intermediária, momento em que o caminho escolhido determinará a direção futura da alma.

Aproximando-se da experiência atual, o ser humano agora se encontra em um período histórico e crucial para o futuro destino da onda de vida. Não é um apelo ocioso que os evangelistas ortodoxos estão fazendo, ao enfatizar essa época como “o tempo aceito”. Tampouco a afirmação de muitos e diversos observadores da cena atual de que o presente conturbado e instável seja um fatídico Tempo de Decisão.

Algo de suprema importância ocorreu, sem dúvida, na primeira metade do século XX. As guerras mundiais levaram o conflito secular entre forças opostas ao clímax. Embora essa disputa não tenha terminado com a inauguração do Milênio ou da Era de Ouro, ela derrotou um terrível mal que ameaçava varrer a humanidade para debaixo do seu domínio sinistro. As forças que se voltaram mais para o caminho da direita que para a esquerda seguiram a ascensão. Resta agora determinar se a vantagem obtida pode ser mantida e fortalecida, mesmo contra as poderosas forças materialistas empenhadas em manter o ser humano ligado ao cérebro e à Terra.

A Percepção e Utilização da Luz pelo Ser humano

Após a descida do Ego humano à encarnação física, seu ambiente externo se tornou cada vez mais claro e aberto à medida que a autoconsciência se desenvolvia e se tornava mais nítida no mundo exterior. Os primeiros lemurianos[6] perceberam pouco com seus olhos pequenos e piscantes, enquanto os atlantes[7] posteriores viviam em uma atmosfera cheia de neblina. A luz brilhante do Sol nunca foi vista. Ao entrar na Época Ária, a Época atual, quando a consciência se firmou decididamente na existência física, o ar se purificou e o ser humano começou a viver à luz do sol.

Contudo, ainda havia a escuridão da noite, exceto por alguma luz que brilhasse no céu estrelado. O ser humano primitivo esperou muito tempo pela luz de sua própria criação. Outros séculos se seguiram com a luz estando limitada a velas tremeluzentes, tochas acesas e fogueiras. No entanto, o espírito sempre apalpador do ser humano, em busca de luz e mais luz, levou-o, ao longo do tempo, à produção artificial de luz por gás e ainda mais tarde, em nossos dias, à conversão da energia elétrica em um iluminante universalmente disponível.

Essa tremenda mudança nas condições externas sob as quais a onda de vida humana vive hoje ocorreu em um breve momento, em relação aos milhões de anos em que o ser humano tem evoluído neste Planeta. Ele se desenvolveu com uma rapidez incrível, mesmo em termos de tempo histórico. Apenas tão recente quanto a virada do século, a iluminação elétrica para ruas, prédios públicos e casas ainda estava em sua infância. Hoje, essa luz baniu literalmente a escuridão da noite de nossas cidades e, agora, está a caminho de também iluminar os amplos espaços abertos do campo.

No entanto, tudo isso provou ser apenas um prelúdio para a apresentação de desenvolvimentos. Com a liberação da energia atômica, o ser humano deu mais um passo para levantar o véu da refulgência ofuscante da própria Deidade manifesta.

O ser humano transforma seu ambiente externo na medida em que estende seus poderes potenciais no âmbito físico, psíquico e espiritual. Ele constrói o olho físico para perceber a luz externa. Ele desenvolve a visão espiritual para perceber as atividades do Plano interior. À medida que a consciência se torna mais clara e forte, mais alta e ampla, a luz interior assume um brilho crescente que encontra sua contraparte no ambiente externo em que vive.

Até que ponto discernimos a luz que brilha nas trevas depende do nosso poder de visão. O que é luz para nós é escuridão para alguns insetos e a luz do Clarividente enxerga iluminação onde o olho normal percebe apenas escuridão.

Em nossa própria vida, a expansão da consciência, que vem com o advento da Era Espacial e segundo a grande aceleração em todos os aspectos da vida, o chamado é mais claro e alto do que nunca para luz, mais luz. Testemunhe as catedrais mal iluminadas do passado e as igrejas iluminadas do presente ou mesmo o edifício de vidro recém-construído na costa da Califórnia, em Palos Verdes. Também deve ser notado o rápido aumento do uso de vidro na construção de residências, escolas, edifícios comerciais e fábricas que podem ser vistos na cidade, na vila ou no campo. Em todos os lugares, o desejo de viver na luz está manifesto. É uma aspiração interior que encontra expressão externa.

O Segredo da Luz

Em 1947, surgiu um livro intitulado “O Segredo da Luz”. É de Walter Russell, eminente artista, cientista e filósofo. Dedicado “Ao Deus Único, o Universal” e endereçado “Para aqueles que buscam inspiração, conhecimento e poder mediante maior compreensão da Luz”.

O Sr. Russell equipara Luz a Deus. É um tratado profundamente científico e religioso. Escreve o Sr. Russell no prefácio: “Cristo Jesus disse: ‘Deus é Luz’; mas, nenhum ser humano daquela época entendeu o que Ele quis dizer. Chegou o dia em que todos os homens devam entender o que Cristo Jesus quis dizer, quando disse ‘Deus é luz’. Pois dentro do segredo da Luz há um vasto conhecimento ainda não revelado ao ser humano. A Luz é tudo o que existe; é tudo com o que temos de lidar, mas ainda não sabemos o que ela é. O objetivo desta mensagem é dizer o que ela é”.

Russell, em seguida, enumera uma longa lista de perguntas referentes aos mistérios da vida e às quais ainda não há respostas. Porém ele acrescenta: “Dentro do segredo da Luz está a resposta para todas essas perguntas, até agora não respondidas, e muitas outras que as eras ainda não resolveram. Essa revelação da natureza da Luz será a herança do ser humano nesta Nova Era, a Era de Aquário, vindoura e de maior compreensão. Seu desenvolvimento provará a existência de Deus por métodos e padrões aceitáveis pela ciência e pela religião. Estabelecerá um fundamento espiritual sob a presente base material da ciência. Os dois maiores elementos da civilização, a religião e a ciência, encontrarão então a unidade em seu casamento. Da mesma forma, as relações humanas se tornarão mais equilibradas por causa do maior conhecimento sobre a Lei universal que está por trás de todos os processos que a Luz usa para entrelaçar as formas padronizadas desse Universo de ondas elétricas”.

“Todos os departamentos da vida serão profundamente afetados por esse novo conhecimento da natureza da Luz: da universidade ao laboratório, do governo à indústria, de nação a nação”.

Esse novo conhecimento está agora literalmente caindo sobre nós. Os cientistas que trabalham nesse campo altamente especializado confessam que mesmo para eles a pesquisa está avançando tão rapidamente que é quase impossível mantê-la atualizada. O que pensar do leigo, então!

Em uma transmissão de rádio feita no dia oito de março, a Universidade da Califórnia, apresentando o “Explorador Universitário”, narrou a fabulosa história da invenção de um dispositivo que revolucionará o uso da luz. O assunto foi tratado novamente pelo mesmo patrocinador em 20 de maio, tendo em vista a enorme importância atribuída a essa descoberta e o amplo interesse que despertou em todas as regiões.

Uma Invenção Maravilhosa

“O incrível LASER” foi o título dado a esses relatórios. Laser é o nome dado ao novo dispositivo, e as letras são a abreviação de “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation” (Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação). Tem relação com a própria geração da luz. Antes dessa descoberta, disseram-nos, havia muito que pudéssemos fazer para iluminar, mas relativamente pouco podíamos fazer com a fonte de luz propriamente dita. Agora, “no ano histórico de 1900”, há uma ruptura na manipulação e no domínio do fenômeno da própria geração de luz.

O laser é descrito como uma haste de rubi não maior do que um lápis, ao redor da qual se anexa uma lâmpada espiral de flash. Os elétrons no cristal são ativados e acionam a lâmpada. Por meio desse pequeno e aparentemente simples dispositivo, um feixe de luz fraco pode ser intensificado e ampliado em grau aparentemente incrível. Ele gera um calor várias vezes maior que o Sol. A luz assim gerada não irradia em todas as direções, fluindo ao longo de linhas paralelas. É fortemente centralizada, tendo pouca difusão. Dizem que um feixe direcionado a uma tela que esteja a aproximadamente 1,60 km de distância produziria um ponto com apenas uns 30 centímetros de diâmetro e aumentaria em não mais de 16 km, quando chegasse à Lua, a 384.417,5 km de distância. Essa luz nunca foi gerada antes.

As possibilidades criativas que isso coloca nas mãos do ser humano são inimagináveis. Com isso, os chamados milagres já estão sendo realizados. Considere apenas a sua aplicação no campo da arte de curar. De acordo com o “Explorador Universitário”, um raio laser pode passar através de uma lente, penetrar no tecido do corpo e ser focalizado em um ponto predeterminado para realizar cortes delicados, costuras finas de ferida através da fusão da pele, esterilização ou cauterização de áreas extremamente pequenas ou ainda para radioterapia profunda. Que tudo isso nos dê uma pausa para refletir, profunda e reverentemente. Até esse dia de graça, as curas efetuadas pela realização de cirurgias internas e sem a ajuda de agentes físicos ou evidência externa do que estava sendo realizado eram possíveis apenas para o Grande Médico, o Pai das Luzes. Agora, o ser humano começa a seguir Seus passos adotando procedimentos semelhantes. A utilização de um agente não-material para realizar uma cura que antes exigisse operação interna agora substitui em grau importante o uso da instrumentação física.

Nesta aplicação das energias livres e disponíveis no armazém ilimitado da Natureza para fins de cura, temos uma contrapartida científica sobre o poder da oração e a ativação das energias divinas por meio da imaginação e da fé criativa. No primeiro caso, estamos lidando com a luz que pode ser vista com o olho físico; no segundo, com a luz percebida apenas pelo olho do espírito. Ambas emanam da mesma fonte divina, pois Deus é luz. Temos aqui um desenvolvimento que cumpre a afirmação de Walter Russell de alguns anos atrás, como citado anteriormente, de que, à medida que o ser humano penetra mais profundamente nos segredos da Luz, será revelada a ele a própria existência de Deus de forma possível “por métodos e padrões aceitáveis ​​pela ciência e pela religião”. Além disso, estabelecerá um fundamento espiritual sob a presente base material da ciência, unindo assim “os dois maiores elementos da civilização, a religião e a ciência”.

Dessa maneira, pode-se dizer com segurança e sem exagero que neste domínio do fenômeno da luz outro estágio da época foi alcançado na ascensão progressiva do ser humano em direção à Luz e a um estado de cooperação consciente, inteligente e intencional com os Divinos Poderes, na criação do “Grande Homem”.

Assim, a intenção centralizada e voluntária das almas propositalmente dedicadas ao Caminho Iluminado prossegue simultaneamente nos Planos interno e externo do ser. Fora dessa ação focalizada e causadora das Mentes criativas, efeitos momentâneos no Plano da manifestação externa são inevitáveis. Evidências desse tipo já são discerníveis para o observador perceptivo, entre as quais temos boas razões para incluir o dispositivo que amplifica a luz em grau enorme e que multiplica sua aplicabilidade às necessidades e desejos humanos até então inimagináveis. Em outras palavras, a amplificação inimaginável da intensidade e luminosidade de um fraco feixe de luz nos promete que a consciência relativamente fraca que o ser humano agora possui da Luz universal em que está imerso esteja se aproximando de uma condição que penetrará realmente o véu da materialidade, revelando a Luz Divina onipresente e dissipando a ilusão de separação em que vivemos hoje.

O Esplendor do Período de Tempo centrado no Solstício de Junho

O progresso no caminho da luz pode ser grandemente acelerado pela devida observância dos tempos e estações do ano. A qualidade do tempo não é uniforme, como todos sabem por experiência. Há períodos planos e momentos exaltados. Muitos indivíduos viveram à luz de uma revelação ou pela inspiração de alguma verdade esclarecedora e libertadora que surgiu na consciência em um instante fugaz.

O Solstício de Junho, que agora está sobre nós, acima de todas as outras épocas do ano é a estação da luz para nós no hemisfério norte. Nesse Solstício, que ocorre 20, 21 ou 22 de junho (depende do ano), o Sol atinge sua maior ascensão norte. Toda a natureza se alegra em sua refulgência radiante. As marés da vida correm alto. Enquanto elas persuadem os que não pensam nem observam a permanecer sonhadores, despertam rapidamente as almas para aproveitar a vantagem que oferecem para subirmos mais alto.

Como um dos principais pontos de virada do ano, as condições astrais são especialmente propícias para acender a luz interior. A comunicação entre o Céu e a Terra, entre os Mundos visível e invisíveis e a luz externa e interna é mais favorável do que em qualquer outro momento. É como se os portões entre o Mundo interior e o exterior se abrissem.

Nesses pontos cruciais do ano, os processos que conduzem à eterificação final do nosso denso mundo material estão especialmente ativos. Há modificação na estrutura atômica da Terra. Algo dessa natureza ocorre em cada um dos pontos de virada sazonais; ou seja, durante os Solstícios de Junho e Dezembro e Equinócios de Março e Setembro. A Terra é, então, carregada com uma luz adicional. Isso continuará até que nosso Planeta se torne, em uma Era à frente, portanto, um balão de luz incandescente e dourada igual até mesmo ao Sol, seu e nosso Pai. Pelos fatos anteriores, agora é possível apreender melhor o que se tornou possível ao ser humano fazer com o laser que, lembrem-se, obtém sua incrível amplificação de luz como resultado da alteração da estrutura atômica do pequeno cristal que forma seu núcleo.

O Solstício de Junho inicia um verdadeiro festival de luz. No passado remoto, quando o ser humano ainda vivia em forte consciência psíquica com os Mundos espirituais, de onde veio, a resplandecente iluminação dos céus no Solstício de Junho despertou um desejo instintivo de parte do ser humano de participar desse fenômeno celestial de alguma maneira. Isso, ele fez ao acender fogueiras na mais alta eminência, em seu ambiente imediato. Esse tipo de celebração do Solstício de Junho sobreviveu ao longo dos séculos, com alguns vestígios que ainda permanecem em partes da Europa, onde o misticismo da antiguidade ainda não desapareceu completamente.

A luz, luz sobrenatural, é a base da estação do verão e esse fato concorda com os harmônicos divinos, em relação aos Dez Mandamentos[8] e o Sermão da Montanha[9], que foram dados na estação do Solstício de Junho. Cada um deles foi entregue em uma montanha. Eles vieram do alto. Para o povo da Antiga Dispensação, a luz suprema no caminho em direção à Luz foi a Lei emitida por Moisés. Para o da Nova Dispensação veio a luz adicional contida nos preceitos dados por Cristo, no Sermão da Montanha.

Agora, em nosso tempo, novas correntes de luz estão entrando na consciência humana e fornecerão ao mesmo tempo o poder e o entendimento de como viver melhor segundo o que esses dois grandes lançamentos que a Lei e o Amor nos trouxeram. A Sabedoria Antiga e os Mistérios Cristãos estão voltando silenciosa e discretamente à Luz. Dessas fontes virá um entendimento mais profundo e um reconhecimento mais claro do fundamento científico e religioso da orientação dada por Moisés, em termos de lei, e por Cristo, referente ao amor. Isso, por sua vez, dará força às almas aspirantes, moldando suas vidas de acordo com esses guias de conduta humana divinamente inspirados.

A Era da Luz

Estamos vivendo um tempo explosivo e expansivo. É a Era Atômica, a Era Espacial, a Era da Velocidade. É também a Era da Luz.

A última denominação não demorará muito para encontrar também uma adoção universal. A luz pode muito bem assumir o aspecto mais distinto do novo mundo transformador, agora no emocionante estágio do seu amanhecer luminoso.

O surgimento dessa nova era da luz não acontece apenas neste momento. Chega com hora marcada. Definitivamente, é inaugurada pelo Arcanjo Miguel, cujo semblante é descrito como sendo o do Sol e o esplendor fica próximo apenas ao do Cristo, o próprio Espírito do Sol.

Miguel é um dos sete Arcanjos que supervisionam o destino humano por um período que dura de duzentos a trezentos anos. O mais recente comando de Miguel nessa função foi iniciado no último quarto do século XIX. Desde então, uma luz intensificada tem sido focalizada na Terra por esse radiante Ser celestial. O fato de estar causando seu impacto na consciência humana é amplamente evidente e deve ser considerado, esotericamente, um fator importante no atual desenvolvimento científico da geração de luz mais abundante.

A última era de Miguel ocorreu nos séculos que inauguraram o período Cristão. Nas trevas espirituais que então prevaleciam, Miguel iluminou o caminho para a vinda da Luz do Mundo. Agora, em nossos dias, Sua regência é de importância semelhante. Ele está iluminando o caminho para o reaparecimento do Cristo.

Em Sua primeira vinda, o Cristo manifestou-Se à vista física. Na segunda, Ele aparecerá apenas à visão etérica. No momento, não é mais necessário que Ele volte à forma física, porque Sua obra redentora, através da encarnação terrena, tornou possível ao ser humano subir parte da escada do Ser e contatá-Lo visivelmente no próximo nível mais elevado da vida, o etérico.

Como observado anteriormente, os olhos humanos foram criados para que o espírito interno pudesse observar a luz circundante. Para poder enxergar a vida no plano etérico essa visão está agora em processo de apuração pela sensibilização. É com essa visão superior que o ser humano contemplará o retorno do Cristo e não como antes, na forma física; mas, em Seu traje etérico de Luz. Como São Paulo escreveu na sua Epístola aos Tessalonicenses, nós O encontraremos “no ar”[10]; isto é, nos Éteres luminosos.

Dias maravilhosos são esses em que vivemos! Porém com certeza nem tudo é doçura e luz na Terra. À medida que a luz penetre cada vez mais profundamente na escuridão, traz à tona antigos males ocultos que serão dissipados e transmutados. Que isso não seja motivo de desespero. É um desafio a ser cumprido, uma condição a ser corrigida, uma vitória a ser conquistada, uma promoção a ser ganha. O Cristo pronunciou a palavra consoladora e testificadora para um tempo trágico e conturbado como o nosso. Ele previu a aproximação inevitável desses males. Quando eles chegarem, disse Ele, então “olhem para cima, porque sua redenção estará próxima[11].

Hoje, a humanidade está à beira de uma mudança histórica. Vastas possibilidades estão bem à frente para toda a raça humana. Eventos que têm a força suficiente para elevar a humanidade a um nível superior. Há uma grande tensão. Crises seguem crises, assim como oportunidades surgem após oportunidades. A partir dos planos internos, os eventos são projetados para criar um centro de forças favorável que servirá para elevar e libertar o espírito humano. Um novo princípio está sendo acelerado no ser humano, um que traz novas percepções das realidades eternas. A consciência de massa está sendo elevada por um processo que leva a nada menos que uma Iniciação planetária.

A jornada à frente está voltada para o leste. Em direção à luz. Ela nos leva ao Senhor Cristo, a Luz do Mundo, e através da Sua mediação, leva-nos à união com o Pai, o Deus da Luz. Verdadeiramente, “Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem entraram no coração do ser humano as coisas que o Deus da Luz preparou para aqueles que O amam[12].


[1] N.T.: Gn 1:3

[2] N.T.: Livro da Revelação ou Apocalipse

[3] N.T.: 1Jo 1:7

[4] N.T.: Apo 21:25

[5] N.T.: Apo 21:23

[6] N.T.: nós, quando vivemos na Época Lemúrica

[7] N.T.: nós, quando vivemos na Época Atlante

[8] N.T.: Ex 20:1-17

[9] N.T.: Mt 5 e Mt 7

[10] N.T.: ITs 4:17

[11] N.T.: Lc 21:28

[12] N.T.: ICor 2:9

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Espírito de Natal

O Espírito de Natal

 

“O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre”.

(Sl 121:8)

Essa passagem do livro dos Salmos revela o conhecimento esotérico do autor, de especial interesse para nós, agora, nos festejos natalinos.

Revela que o mistério do nascimento e da morte por meio do qual o Espírito sobe e desce através da evolução e involução seja uma expressão da eternidade. O Espírito, morrendo para o mundo celeste, entra no Mundo Físico pelo nascimento e vice-versa: saindo do Mundo Físico pela morte, nasce ou entra no mundo celeste. A involução traz o Espírito à matéria por sua cristalização em corpos, ao passo que a Evolução o liberta da matéria pela espiritualização dos veículos, transformando-os em alma.

Não podemos, com nossa mente ainda em estado mineral, conceber o princípio da imersão do espírito na matéria. No entanto, apesar dessa limitação, podemos definir o Ser Ilimitado como o ABSOLUTO ou Raiz da Existência, do qual procede o Ser Supremo. Desse Grande Ser é emanado o Verbo, o Fiat Criador, o Filho Unigênito, nascido de Seu Pai (o Ser Supremo) antes de todos os mundos (mas que não é, absolutamente, o Cristo). Esse Verbo trouxe todas as formas de vida à existência e sem Ele “nada do que se fez seria feito”. No princípio do Dia de Manifestação Cósmica, os três aspectos do Ser Supremo eram o PODER idealizando o VERBO que modelou a Substância Raiz Cósmica e o MOVIMENTO que preparou essa Substância Raiz. Do Ser Supremo procederam os Sete Grandes Logos contendo em si mesmos todas as Grandes Hierarquias que foram se diferenciando cada vez mais, à medida que se difundiam pelos vários Planos Cósmicos.

No Mundo mais elevado do Sétimo Plano Cósmico está o Deus do nosso Sistema Solar e os Deuses de todos os outros Sistemas Solares do Universo. Esses Grandes Seres são também tríplices em Sua manifestação, sendo os seus aspectos a Vontade, a Sabedoria e a Atividade.

Antes da manifestação, Deus, nossa Chama Central ou Sol Espiritual, incorporou em Si o Princípio Universal da Vida em forma de Espírito Virginal. Durante a manifestação, Deus diferenciou DENTRO de Si mesmo esses Espíritos Virginais como centelhas de uma Chama. Tendo natureza idêntica à do seu Criador, essas centelhas poderão tornar-se Chamas por meio da Evolução, por terem sido feitas à imagem de Deus. Assim, o ser humano tornou-se uma chama individual, ou Ego, revestida dos germes da Vontade, da Sabedoria e da Atividade. O ser humano, como Espírito, saiu de Deus pela Involução, encerrando-se em substâncias de diferentes densidades para poder agir nos diferentes mundos e, tendo adquirido agora a consciência de si mesmo, procura retornar ao seu Criador. Os corpos velhos e decaídos, destituídos de serventia, são abandonados. Mas o valioso conhecimento adquirido por meio de tais instrumentos são os tesouros ou dádivas que o filho oferece a seu Pai, quando regressa à casa paterna.

O Ser Supremo dos Planos Cósmicos é refletido no Deus dos nossos Mundos; assim, em nossas existências, o Verbo torna-se Cristo e o Princípio Criador torna-se o Sol Central e Espiritual do nosso Sistema Solar. É essa chama central de amor que estamos tentando produzir em nossos corações a fim de sermos semelhantes a Ele, transformando-nos conforme Sua Imagem. O ser humano saiu desse centro e a Ele retornará.

Paracelso afirmou que o sangue humano contém um espírito ígneo e aéreo que tem seu centro no coração, onde é mais condensado, de onde se irradia e aonde novamente retorna. Ele estabeleceu a correspondência universal “Como em cima, assim é embaixo”, pois o espírito ígneo do mundo interpenetra a atmosfera, vindo de seu centro, o sol, irradia do centro da terra e retorna àquele centro. De novo, vemos a saída e a entrada.

A Filosofia Rosacruz afirma que tudo se originou de uma semente primordial e que cada corpo ou veículo do ser humano tem seu próprio Átomo-semente do qual cresce e se desenvolve. Esses Átomos-sementes são implantados na matriz microcósmica (o útero materno) pelo Ego, no processo de renascimento, e são recuperados pelo Ego, por ocasião da morte dos seus veículos, tornando-se o núcleo de outra expressão ou nascimento. O Átomo-semente do corpo físico, durante a vida, está situado no ápice do ventrículo esquerdo do coração; depois da morte, sobe pelo nervo pneumogástrico e se retira pela comissura existente no crânio, entre os ossos occipital e parietal. O Átomo-semente do Corpo Vital está localizado no baço, cujo órgão etérico está intimamente relacionado com a distribuição da força solar pelas partes do corpo, sendo para o sistema nervoso o mesmo que a eletricidade é para o sistema telegráfico. Esse baço etérico é, no corpo, o centro do qual a vida é irradiada.

Como Estudantes da doutrina Rosacruz, nossa finalidade é o estudo do ser humano por intermédio da religião, da arte e da ciência. Isso é feito pela involução ou descida do espírito na matéria (um processo de cristalização) e pela evolução, que é a ascensão do espírito a partir da matéria e o seu retorno à natureza original com o correspondente acréscimo de conhecimento ou poder (resultante de sua viagem ou experiência). Em geral, a involução termina e começa a evolução quando o Ego está completamente dentro de seus diferentes veículos, atingindo a CONSCIÊNCIA DE SI MESMO. Estamos agora nesse estado e procuramos “despir” o espírito de suas vestes; isto é, espiritualizar a matéria tão depressa quanto possível e acrescentar esse poder à glória do ser espiritual, quando retornarmos ao lar celestial. Nosso trabalho fundamental é o aperfeiçoamento do corpo físico para nos habilitar a trabalhar no Corpo Vital a fim de extrairmos dele o veículo constituído dos dois Éteres superiores. Quando o Dourado Manto Nupcial estiver tecido, Ele poderá agir no internamente e nós possuiremos então a CONSCIÊNCIA DO CRISTO MENINO em nós como uma verdade viva, pois devemos SENTIR para realmente CONHECERMOS.

Todo poder procede do centro para fora e o centro do corpo é o coração, a sede dos sentimentos dos quais o maior é o AMOR. Pela transmutação do amor físico em amor espiritual nós construímos o corpo para o Cristo entrar em nós. Quando atingirmos isso, AGIREMOS RETAMENTE porque SENTIREMOS RETAMENTE e PENSAREMOS RETAMENTE. Nossa compreensão intelectual dos Planos Cósmicos dos Mundos, Regiões, Períodos, Épocas e muito mais, em relação ao ser humano, tem sido satisfeita em grande extensão. O progresso desde o Absoluto até seu estado atual de ser humano inteligente é razoável e, agora, crendo em nosso coração naquilo que nossa razão sancionou, nós começaremos a viver a vida religiosa: “AMARÁS o Senhor teu Deus com todo o teu CORAÇÃO, com toda tua ALMA e com toda a tua MENTE; e ao PRÓXIMO, como a TI MESMO”.

O progresso é sempre acompanhado de sofrimentos e dificuldades; quando nos aproximarmos do tempo em que Cristo viaja para o centro da terra, a natureza fica inquieta, o que transtorna os Gnomos, as Ondinas e as Salamandras, resultando um tempo tempestuoso. As condições cristalizadas da Terra estão sendo quebradas à proporção que as forças etéricas a penetram, preparando-a para o nascimento do Cristo Menino pelo Natal. Aí, o Espírito de Cristo renasce para nós, quando o Sol do nosso Sistema Solar, por sua declinação começa sua jornada à parte norte dos céus.

O Sol agora passa pelo Signo de Sagitário, o terceiro aspecto e o mais espiritual da Trindade Reprodutora. Nossos pensamentos estão naturalmente voltados para o nascimento do Espírito de Natal e nossas aspirações elevam-se ao Abstrato. O Fogo da Mentalidade Espiritual é libertado pelos Senhores da Mente, a Hierarquia Criadora de Sagitário que constituiu a humanidade do Período de Saturno, a fim de nos ajudar a construir uma mente organizada em seu estado mineral.

Damos as boas-vindas ao Espírito do Natal, do CRISTO RENASCIDO, com dádivas de amor aos outros, pois Ele, o nosso Redentor, veio a nós saindo de Seu Pai. E nós, tendo-O recebido, como gratidão deveremos dar-nos NÓS MESMOS AOS OUTROS. Proporcionalmente a essa dádiva construiremos o templo que o Cristo usará.

Viver a Vida do Cristo não é questão de doutrina; é, antes, UM ESTADO DE CONSCIÊNCIA. A Consciência Crística, como força ou poder, procura caminho para exprimir-se através da vida e da consciência do indivíduo.

Que o Espírito de Cristo neste Natal traga a todos a grande realização do mágico mistério do AMOR.

“Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro? Meu socorro vem do Senhor, que fez o Céu e a Terra” (Sl 121:1-2).

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – dezembro de 1971)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Mundos: formação de um “Cosmos”

Os Mundos: formação de um “Cosmos”


Comparemos a escolha da porção do espaço para a criação de um Sistema Solar com a construção de uma casa.
Escolhe-se o terreno, faz-se o projeto adequado para os espaços, colocam-se móveis e objetos necessários aos que nela habitarão.
Assim também, Deus escolhe um lugar no espaço, preenche-o com sua “Aura” e compenetra cada Átomo da “Substância Raiz Cósmica” desse espaço com Sua vida.
O Espírito Universal Absoluto cria através de dois Polos: do Polo Negativo (expresso pela Substância Raiz Cósmica) ; e do Polo Positivo (que faz parte Dele mesmo).
Portanto, tudo no Mundo é espaço cristalizado através desses dois Polos.
As formas são, assim, cristalizações em torno do Polo Negativo (Substância Raiz Cósmica).
Sobre a matéria que será constituída, Deus atrai sua esfera imediata, tornando-a mais densa que o espaço exterior (entre os Sistemas Solares). A seguir, organiza essa esfera  com Sua Consciência, diversificando cada parte dessa esfera, na qual a Substância Raiz Cósmica é posta em vibração a diversos graus, e assim fica diferenciado cada setor da esfera.
Da mesma forma que dividimos os ambientes de uma casa, para cada função da vida dos moradores, assim os diversos Mundos são projetados e adaptados para cada propósito do esquema evolutivo.
Existem sete Mundos, cada qual com um grau diferente de vibração. Como exemplo, podemos citar a extrema rapidez do Mundo do Desejo (o mais próximo do Mundo Físico).
Esses Mundos não estão como os Planetas, separados no Espaço; eles são estados de matéria, com variadas densidades e vibrações.
Também não são criados ou aniquilados em um único Dia de Manifestação. Deus vai diferenciando em Si mesmo, um Mundo após o outro, conforme as necessidades da evolução.
Portanto, todos os sete Mundos vão se diferenciando gradualmente uns dos outros.
Os Mundos Superiores são criados em primeiro lugar, e durante a Involução – quando a Vida que evoluciona habitando esses Mundos e aprendendo as lições que necessitam em um processo de evolução – vão se condensando gradualmente; então Deus vai diferenciando novos Mundos (O elo entre Ele e os Mundos que se consolidam). No tempo adequado, esses Mundos chegam ao mais denso em materialidade, e a vida, que está evoluindo usando esses Mundos como campos de evolução, começa então a ascender para os Mundos mais sutis.
Os Mundos mais densos vão se despovoando, e, quando não têm mais serventia, Deus retira deles a atividade que os trouxeram à existência.
Assim, os Mundos Superiores são os primeiros a serem criados, e os últimos a serem aniquilados.
De onde se conclui que os três Mundos mais densos em que, atualmente, nós, onda de vida humana dos Espíritos Virginais, estamos evoluindo, quais sejam, o Mundo Físico, o Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento, são, na verdade, extremamente fugazes no processo evolutivo.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ!

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Átomos-semente nos Futuros Períodos Mundiais

Os Átomos-semente nos Futuros Períodos Mundiais

Investigamos a evolução dos Átomos-semente através dos três Períodos Mundiais involucionários e todo o presente Período Terrestre, até seu final. O que sucederá a esses Átomos-semente nos períodos subsequentes: o Período de Júpiter, o Período de Vênus e o Período de Vulcano?

A primeira Grande Iniciação “dá o estado de consciência que será alcançado, pela humanidade comum, ao final do Período Terrestre; a segunda, o que todos alcançaremos ao final do Período de Júpiter; a terceira dá a extensão de consciência que será alcançada ao final do Período de Vênus; a última confere ao Iniciado o poder e a omnisciência que toda a humanidade alcançará somente ao final do Período de Vulcano”.

No final de cada grande Período, o Corpo que tenha chegado à perfeição, é convertido em suas forças essenciais e agregado ao seguinte veículo superior. Assim é como, no final do Período Terrestre, as forças do Corpo físico aperfeiçoado serão agregadas ao Corpo Vital, o que tem, então, todos os seus próprios poderes mais os do corpo físico. Estes poderes amalgamados serão agregados ao Corpo de Desejos, no final do Período de Vênus e estes, por sua vez, serão agregados à Mente ou Corpo Mental, no final do Período de Vulcano.

Cada Corpo foi dado como um “germe”, que era também um “pensamento-forma”, como temos indicado. São as forças arquetípicas de cada Corpo, elevadas à perfeição, as que são os poderes de cada Átomo-semente que são agregadas ao seguinte veículo superior, quando termina o Período Mundial.

Paralelamente a esse desenvolvimento, observamos o pleno florescimento do Tríplice Espírito e de seus três poderes: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano (os três juntos constituem o Ego).

Max Heindel escreveu: “Durante a Involução, as Hierarquias Criadoras ajudaram o ser humano a pôr em atividade o Tríplice Espírito, o Ego, a construir o Tríplice Corpo e adquirir o elo da Mente. Agora, no sétimo dia (para usar a linguagem da Bíblia), Deus descansa. O ser humano deve trabalhar pela sua própria salvação. O Tríplice Espírito deve completar o trabalho e a execução do plano começado pelos deuses. O Espírito Humano, que foi despertado durante a involução, no Período Lunar, será o mais proeminente dos três aspectos do Espírito, na evolução do Período de Júpiter, que é o Período correspondente no arco ascendente da espiral. O Espírito de Vida, que foi posto em atividade no Período Solar, manifestará sua principal atividade no correspondente período de Vênus e, as particulares influências do Espírito Divino serão as mais fortes no Período de Vulcano, porque foi vivificado no correspondente Período de Saturno”.

“Todos os três aspectos do Espírito são ativos, todo o tempo, durante a evolução, mas o aspecto espiritual de cada um será desenvolvido nestes Períodos particulares, porque o trabalho a ser feito é seu trabalho especial”. Assim como o polo negativo do Tríplice Espírito era o que estava ativo durante Involução, agora é o polo positivo o que está ativo durante a Evolução, à medida que o Ego ascende à Divindade, saindo da materialidade”.

A Tríplice Alma é também, durante este tempo que o Ego está evolucionando e saindo da matéria, assimilada pelo Tríplice Espírito.

Quando o Corpo for plenamente aperfeiçoado e suas forças agregadas ao Corpo Vital, a “Alma Consciente” será assimilada pelo Espírito Humano. Isto não é instantâneo. Dura por todo o ciclo do “Dia” de Júpiter e é apenas na sétima Revolução do Período de Júpiter, quando a Alma Consciente é, assim, assimilada pelo seu progenitor, o Espirito Divino.

Sob a Lei de Analogia e a causa de que a evolução se acelere à medida que se aproxima o final, a Alma Intelectual é assimilada pelo Espírito de Vida, na sexta Revolução do Período de Vênus. A Alma Intelectual é a essência do Corpo Vital e sua assimilação pelo Espírito de Vida requer todas as seis revoluções do Período de Vênus.

Finalmente, na quinta Revolução do último Período, o de Vulcano, em que a Mente será aperfeiçoada, a Alma Emocional será assimilada pelo Espírito Humano, na Região do Pensamento Abstrato.

Esta assimilação da essência do Corpo de Desejos nutre o terceiro aspecto do Tríplice Espírito, conduzindo-o até a perfeição e, o processo de assimilação requer todos as primeiras cinco revoluções do Período de Vulcano.

Restam duas revoluções mais, deste Período, nas quais o Espírito Virginal assimilará, na Mente, todos os poderes do Tríplice Corpo e, as essências anímicas também serão completamente assimiladas ao Tríplice Espírito. Conforme cada Globo Mundial se dissolve no caos, o aspecto do Espírito correspondente a esse Globo é atraído pelo mais elevado dos três aspectos, o Espirito Divino. No final do Período de Júpiter, o Espirito Humano será absorvido pelo Espírito Divino. No final do Período de Vênus, o Espírito de Vida será absorvido pelo Espírito Divino. E, ao final do Período de Vulcano, a Mente aperfeiçoada, incorporando todas as maravilhosas glórias assimiladas durante os passados sete Dias Mundiais, será absorvida pelo Espirito Divino.

Max Heindel comenta: “Não existe contradição entre estas e outras afirmações que dizem a Alma Emocional será absorvido pelo Espírito Humano, na quinta Revolução do Período de Vulcano, porque o último estará, então, dentro do Espírito Divino”.

Depois disto, vem o “grande intervalo de atividade subjetiva, durante o qual o Espírito Virginal, que agora tem absorvido em si mesmo todos os três aspectos, ou poderes e todos os frutos da evolução se fundirão em Deus, de Quem vieram, para reemergir na aurora de outro Grande Dia, como um de Seus gloriosos colaboradores”.

Durante sua passada evolução, suas possibilidades latentes têm sido transmutadas em poderes dinâmicos. Tem adquirido Poder Anímico e uma Mente Criadora, como fruto da peregrinação através da matéria.

Tem avançado da impotência à Onipotência, da inconsciência à Onisciência”.

Isto é, quando o Espírito Virginal reemerge da união com a Divindade, aparecerá como um deus-auxiliar, capaz de projetar no espaço, na Substância Raiz Cósmica, os “Átomos-semente”, ideias germinais e suas forças arquetípicas e pensamentos-forma, pertencentes a um novo esquema de evolução, como membro de uma Celestial Hierarquia, como a que nos ajudou em nossa própria evolução “desde o barro até Deus”.

Assim, do mesmo modo em que as Hierarquias Celestiais são nossos verdadeiros progenitores, cuja “semente” foi o modelo de nossa evolução, nós, por nossa vez, chegaremos a ser os progenitores divinos de novas raças, em novos sistemas evolucionários, quando emergirmos naquela aurora cósmica, sobre as asas do poder e da sabedoria, para ajudar a inaugurar um novo mundo – uma galáxia, um universo – e o fazer flutuar como uma rosa que se abre corrente abaixo nas ondas do espaço.

(Publicado no ‘Serviço Rosacruz’ – 06/86)

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