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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro

  1. O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, ou todo o Hino Rosacruz de Abertura ou somente a terceira estrofe do Hino Rosacruz de Abertura.
  2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina o Símbolo e a que auxilia na leitura.
  3. Em seguida, fixa o olhar no Símbolo Rosacruz e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

4. Todos respondem: “E na vossa também.

5. Todos se sentam, menos o Oficiante.

6. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Deus É Luz”

Todas as vezes que nós nos absorvemos profundamente nessas três palavras, nos banhamos numa fonte espiritual inesgotável; e a cada vez que repetimos ressoa em nós mais completamente a profundidade divina e nos aproximamos mais do nosso Pai, que está nos Céus.

Para entrarmos em contato mais próximo com esse assunto, agora que a Luz de Cristo está começando a permear à Terra, vamos retroceder no tempo, para nos orientar e fornecer a direção da nossa futura linha de progresso.

A primeira vez que a nossa consciência foi dirigida para a Luz foi imediatamente depois de nós nos tornarmos dotados da Mente e entrarmos, definitivamente, na nossa evolução como seres humanos, na Atlântida, a terra da névoa, no fundo das depressões da Terra, onde a névoa quente emitida do resfriamento da Terra pairava como uma densa névoa sobre a sua superfície. Nessa situação as alturas estreladas do universo nunca eram vistas, nem poderia a luz prateada da Lua penetrar na densa e enevoada atmosfera que pairava sobre aquela antiga terra. Mesmo o ígneo esplendor do Sol estava quase totalmente extinto, pois quando vemos na Memória da Natureza os fatos relativos àquele tempo, verificamos que a atmosfera da Terra era excessivamente opaca, tendo uma aura de várias cores, muito semelhante àquela que podemos observar em torno do foco luminoso das lâmpadas incandescentes, quando há neblina.

Mas essa luz tinha um fascínio. Os antigos Atlantes foram ensinados, pelas Hierarquias Divinas que viviam entre eles, a aspirar pela luz e, como a luz espiritual estava, então, em declínio, eles aspiravam ainda mais ardentemente pela nova luz, pois temiam a escuridão da qual se tornaram conscientes quando adquiriram a Mente.

Então, chegou o inevitável dilúvio, quando a névoa se esfriou e se condensou. A atmosfera clareou e o “povo escolhido” foi salvo. Aqueles que trabalharam dentro de si mesmos e aprenderam a construir os órgãos necessários, requeridos para respirar numa atmosfera como a que possuímos hoje, sobreviveram e vieram para a luz. Essa escolha não foi arbitrária; o trabalho do passado consistiu na construção do corpo. Aqueles que apenas possuíam fendas parecidas com brânquias, semelhantes às que o embrião humano ainda utiliza no seu desenvolvimento pré-natal, não estavam fisiologicamente adaptados para entrar na nova era, como o embrião humano não poderia viver, depois de nascido, se negligenciasse em construir os pulmões; morreria, como aquele antigo povo morreu quando a atmosfera mais rarefeita tornou fendas parecidas com brânquias inúteis.

Desde o dia em que emigramos da antiga Atlântida, nossos corpos estão praticamente completo, mas desde aquele tempo e a partir de agora aqueles que quiserem acompanhar a Luz deverão se empenhar pelo crescimento da alma. Os corpos que nós cristalizamos em nós deverão ser dissolvidos, e a quintessência da experiência extraída, que como “alma” pode ser amalgamada com o espírito para promover o seu crescimento da impotência à omnipotência. Assim, o Tabernáculo no Deserto foi proporcionado aos antigos e a Luz de Deus desceu sobre o Altar dos Sacrifícios. Isso é de grande significância: o Ego desceu e entrou no seu tabernáculo, o Corpo Denso. Todos conhecemos a tendência do instinto primitivo para o egoísmo e se estudamos a ética superior, também sabemos quão subversiva do bem é a indulgência para a tendência egotista; dessa forma, imediatamente Deus colocou, diante da humanidade, a Luz Divina sobre o Altar dos Sacrifícios.

Sobre esse Altar os seres humanos foram forçados, pela extrema necessidade, a oferecer suas posses mais queridas por cada transgressão, parecendo-lhes Deus um duro Senhor em cujo descontentamento era perigoso incorrer. Mas a Luz ainda os atraía. Eles sabiam, então, que era inútil tentar escapar das mãos de Deus. Eles jamais tinham ouvido as palavras de São João: “Deus é Luz”, mas já haviam aprendidos dos Céus, em certa medida, o significado do infinito, medido pelo reino da luz, pois ouvimos Davi exclamar: “Para onde ir, longe do Teu sopro? Para onde fugir, longe da Tua presença? … Se tomo as asas da alvorada para habitar nos limites do mar, mesmo lá é Tua mão que me conduz, e Tua mão direita me sustenta…. mesmo a treva não é treva para ti, tanto a noite como o dia iluminam.”[1]

O próximo passo no trabalho de Deus para conosco consistiu em tornar permanente essa condição de estar na Luz, que culminou com o nascimento de Cristo que, como a presença corporal do Pai, continuou tendo em Si mesmo aquela Luz, pois a Luz veio ao mundo para todo aquele que cresse em Cristo não perecesse, mas que tivesse a vida eterna[2]. Ele disse: “Eu sou a Luz do Mundo[3]. O Altar no Tabernáculo ilustrava o princípio do sacrifício como o meio da regeneração e por isso disse Cristo aos Seus Discípulos: “Ninguém tem maior amor do que esse: o de dar sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos[4]. A partir daí Ele começou um sacrifício, sacrifício esse que não se consumou nas poucas horas de sofrimento físico sobre uma cruz material, mas que é tão perpétuo como o foram os sacrifícios feitos no Altar no Tabernáculo no Deserto, pois impõe uma descida anual às condições na Terra que deve significar muito a esse grande Espírito.

Isso deve continuar até que um número suficiente de seres humanos tenha evoluído o suficiente para carregar o fardo dessa massa informe densa de escuridão, que chamamos de Terra, e que pende como uma pedra de moinho sobre o pescoço da humanidade constituindo um empecilho para o posterior crescimento espiritual. Essa é a tarefa com que nos defrontamos.

Estamos, agora, na passagem equinocial em que o Sol deixa o hemisfério norte, depois de prover todas as necessidades da vida, para o próximo ano; e a onda espiritual que conduz, em sua crista, a vida que encontrará expressão física no ano que se inicia está, agora, se aproximando da nossa Terra. O meio ano que temos pela frente é a parte santa do ano. Desde a festa da Imaculada Conceição até ao Nascimento Místico do Natal (enquanto essa onda penetra em nossa Terra) e desde o Natal até ao tempo da Páscoa (enquanto a onda está saindo da nossa Terra) uma canção harmoniosa, rítmica e vibrante, tão bem descrita na lenda do Nascimento Místico como uma “Hosana”, cantada por um coro de Anjos, enche a atmosfera planetária e age sobre todos como um impulso para a aspiração espiritual.

Conhecemos a analogia entre o ser humano – que penetra nos seus veículos durante o dia, neles vive e por meio deles trabalha, e que à noite é um Espírito livre, livre dos grilhões do Corpo Denso – e o Espírito de Cristo que habita nossa Terra durante parte do ano. Todos sabemos que esse Corpo é um grilhão, é uma prisão, como somos torturados pelas doenças e pelos sofrimentos, pois não há um de nós que esteja sempre com perfeita saúde, de modo que jamais sinta o látego da dor; pelo menos ninguém que esteja no caminho à vida superior.

O mesmo acontece com o Cristo Cósmico, que dirige Sua atenção para a nossa pequena Terra, focalizando Sua consciência nesse Planeta a fim de que possa ter vida. Ele tem que vivificar essa massa morta (que nós cristalizamos fora do Sol) anualmente; e isso constitui um grilhão, uma obstrução e uma prisão para Ele; assim os nossos corações deveriam ficar voltados para Ele, nesse tempo, em gratidão pelo sacrifício que Ele faz por nossa causa, desde meados de dezembro até meados de março, permeando esse Planeta com a Sua vida para despertá-lo do seu sono, no qual permaneceria se Ele não nascesse no seu interior para vivificá-lo.

Sem essa infusão anual de Vida e Energia Divinas todas as coisas vivas sobre a nossa Terra pereceriam imediatamente e todo o progresso ordenado seria frustrado, pelo menos no que diz respeito à nossa linha atual de desenvolvimento. É a “queda” do Raio Espiritual do Sol, desde 23 de setembro até 21 de dezembro, que causam a retomada das atividades mentais e espirituais desde 21 de dezembro até 21 de março. A mesma força germinadora que ativa a semente na Terra e a prepara para produzir sua espécie em quantidade, também agita a Mente humana e promove as atividades altruístas que tornam o mundo melhor.

Assim é que as poderosas vibrações espirituais da onda Crística, doadora de vida, estão na atmosfera terrestre durante os meses que temos pela frente e podem ser usadas por nós com muito maior proveito se soubermos disso e se redobrarmos nossos esforços, o que não faríamos se desconhecêssemos esse fato. O Cristo ainda está gemendo e sofrendo as dores de parto[5], esperando pelo dia da libertação, pela “manifestação dos Filhos de Deus[6]; e realmente apressamos esse dia cada vez que comemos e bebemos como alimentos para os nossos veículos superiores simbolizados pelo pão e vinho místicos.

Todas as vezes que nos damos a nós mesmos no serviço aos outros, contribuímos para o brilho de luz interna dos nossos Corpos-Almas que é constituído dos Éteres superiores. Atualmente, é o Éter Crístico que faz flutuar essa nossa esfera, porém, vamos nos lembrar que se desejamos apressar o dia de Sua libertação, devemos desenvolver em número suficiente nossos próprios Corpos-Almas até ao ponto em que eles possam manter a Terra flutuando. Dessa forma, nós poderemos assumir a Sua carga e poupá-Lo da dor da existência física. Que cada um de nós aproveite as vibrações espirituais, com as quais seremos banhados durante os próximos meses, para que o próximo Equinócio de Setembro nos encontre mais próximos do Dia da Libertação.

Agora nos concentremos sobre o Amor Divino e o Serviço.

7. O período de concentração deve se prolongar por uns 5 minutos

8. Terminada a Concentração, o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz e acende as luzes

9. O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem o Hino Rosacruz de Encerramento

10. O Oficiante profere a seguinte exortação de despedida:

“E agora, queridos irmãos e irmãs, que vamos partir de volta ao mundo material levemos a firme resolução de expressar, em nossas vidas diárias, os elevados ideais de espiritualidade que aqui recebemos, para que dia a dia nos tornemos melhores homens e mulheres, e mais dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, à serviço da humanidade”.

“QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ”

11. Apaga-se a luz do Templo

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)


[1] N.T.: Sl 139:7-12

[2] N.T.: Jo 3:15

[3] N.T.: Jo 8:12

[4] N.T.: Jo 15:13

[5] N.T.: Rm 8:22

[6] N.T.: Rm 8:19

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ritual do Serviço Devocional – O SERVIÇO DE CURA – semanal no dia de cura

NOTA: Semanalmente, quando a Lua estiver em Signo Cardeal: Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio, ao invés do Serviço do Templo, devemos fazer esse aqui abaixo: o Ritual do Serviço Devocional – “O Serviço de Cura”.

Para verificar quais são esses dias, clique aqui: Datas para realizar o Serviço de Cura.

 

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço Devocional

1.O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, o Hino Rosacruz de Abertura e, após, o Hino Astrológico do mês.

2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina e auxilia na leitura.

3. Em seguida lê em voz alta e suave

 O SERVIÇO DE CURA

4. O Oficiante fixa o olhar no Símbolo e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

5. Todos respondem: “E na vossa também”

6. Todos se sentam, menos o Oficiante

7. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Aqui nos reunimos, semanalmente, com o propósito de dar cumprimento ao segundo mandamento de Cristo: curar os enfermos. Um só carvão não produz fogo, mas, quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama, irradiando luz e calor. De acordo com esta mesma Lei da Natureza, neste momento, unimos nossas aspirações espirituais, esforçando-nos por gerar pensamentos de auxílio e de cura e concentrá-los em uma única direção: os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, para que os utilizem no seu benéfico Serviço em prol da humanidade.

Se desejamos ser verdadeiros auxiliares no trabalho iniciado pelos Irmãos Maiores devemos converter nossos Corpos em instrumentos adequados e purificá-los por meio de uma vida pura, pois num vaso sujo não pode haver água pura e saudável, nem pode uma lente manchada dar uma imagem nítida. Também, não é possível irradiarmos uma força curadora pura e forte, se não mantivermos limpos e puros os nossos Corpos e as nossas Mentes.

É um privilégio estarmos aqui no meio de todos estes pensamentos de amor e de prece, e oferecermo-nos como canais, para receber e libertar a força curadora que provém diretamente do Pai. Mas antes que essa força possa ser transmitida deverá ser gerada; e para fazê-lo devemos conhecer o método mais adequado. Não é suficiente sabermos de modo vago que existem no mundo a doença e o sofrimento, nem que façamos uma ideia, também vaga, de auxílio para aliviar esse sofrimento, seja ele físico ou mental. Devemos fazer algo definido para atingir nosso objetivo. A enfermidade, bem o sabemos, é realmente um fogo, o invisível fogo que é o Pai tentando dissolver as cristalizações que acumulamos em nossos corpos.

Reconhecemos a febre como sendo um fogo, mas os tumores, como o câncer e outras doenças, são, também em realidade, o efeito desse fogo invisível, que tenta purificar o organismo e libertá-lo das condições que criamos ao transgredir as Leis da Natureza.

Este mesmo poder que está procurando, lentamente, purificar o Corpo pode ser aumentado, em alto grau, pela concentração adequada, o que é realmente uma prece, desde que tenhamos as condições apropriadas.

Para ilustrar essas condições tomaremos como exemplo a tromba marinha. Talvez nenhum de nós tenha presenciado este fenômeno da natureza, que, embora maravilhoso, inspira pavor. Em geral, quando ele ocorre o céu parece aproximar-se da água; há no ar um tenso estado de concentração. Gradualmente, um ponto do céu desce até à superfície das águas e as ondas, em certa extensão, parecem saltar para cima, até que ambos, céu e mar, unem-se formando um redemoinho de voragem vertiginosa.

Algo semelhante ocorre quando uma pessoa, ou um grupo de pessoas, está em prece fervorosa. Se alguém se absorve numa intensa súplica a um poder superior, sua aura parece afunilar-se em forma muito semelhante à parte inferior da tromba marinha. Essa forma eleva-se no espaço a grande distância, e sintonizando-se com as vibrações do Cristo, do Mundo Interplanetário do Espírito de Vida, atrai para si uma Força Divina que penetra na pessoa ou no grupo de pessoas, e vivifica o pensamento-forma que elas criaram. Desse modo, o fim pelo qual se reuniram será atingido.

Mas gravemos bem em nossas Mentes que esse processo de orar ou de concentrar não é um frio processo intelectual. É PRECISO HAVER UM GRAU ADEQUADO DE SENTIMENTO PARA ATINGIR O FIM DESEJADO, POIS, SE NÃO ESTIVER PRESENTE ESTA INTENSIDADE DE SENTIMENTO, O OBJETIVO NÃO SERÁ ALCANÇADO. Este é o segredo de todas as preces milagrosas que a história registra: a pessoa que orava, fazia-o sempre com INTENSO FERVOR; todo o seu ser se submergia no desejo de obter aquilo porque orava e, dessa forma, elevava-se aos reinos divinos, trazendo de volta a resposta do Pai.

Concentremo-nos, agora, sobre o Símbolo Rosacruz que temos em frente: a rosa branca e pura é o símbolo do coração do Auxiliar Invisível; as rosas vermelhas representam seu purificado sangue; a cruz branca lembra-nos seu Corpo; e a estrela dourada simboliza o Dourado Manto Nupcial, tecido através de uma vida pura.

Libertemos a Força Curadora por nossas preces ao Pai, o Grande Médico, a fim de socorrer a todos aqueles que nos solicitaram ajuda e também aos outros que não puderam fazê-lo. Ponhamos toda a intensidade possível de sentimento nesta prece, para que possamos, realmente, formar um canal que trará até nós a Divina Força do Pai. Todavia, há um grande perigo se fizermos mau uso desse maravilhoso poder; portanto, façamos sempre nossas súplicas em favor dos outros acrescentando estas palavras de Cristo: “Pai, faça-se a Tua Vontade e não a minha”.

Concentremo-nos, agora, por alguns minutos, sobre a Cura.

8. Em torno de 5 minutos

9. Terminada a Concentração o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz, acende as luzes

10. O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem a última estrofe e o refrão do Hino Rosacruz de Encerramento:

Deus te guarde até retornar;

faze a vida virtuosa;

no ideal da Cruz de Rosas,

até quando a voltes a saudar.

Até outro dia, até outro dia;

para a Cruz de Rosas saudar.

Até outro dia, até outro dia

Deus te guarde até retornar.

11. O Oficiante profere a seguinte admoestação de saída:

Agora deixemos a força curadora libertada, com Cristo, os Irmãos Maiores e os Auxiliares Invisíveis, para que a utilizem onde mais se fizer necessária.

“QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ”

 12. Apaga-se a luz do Templo.

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ritual do Serviço da Véspera de Natal – Noite Santa

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço de Véspera de Natal – Noite Santa

  1. O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, o Hino Rosacruz de Abertura.
  2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina o Símbolo e a que auxilia na leitura.
  3. Em seguida, fixa o olhar no Símbolo Rosacruz e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

  1. Todos respondem: “E na vossa também.
  2. Todos se sentam, menos o Oficiante.
  3. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Uma vez mais, no transcurso de um ano, encontramo-nos na véspera de Natal, o acontecimento mais importante para a humanidade. Evocando solenemente esta noite memorável, leiamos o relato da Anunciação e do Nascimento, tal como exposto no primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas e no segundo capítulo do Evangelho de São Mateus, em nossa Bíblia Sagrada, que nos foram dadas pelos Anjos do Destino:

E foi enviado por Deus o Anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria. E, entrando o Anjo onde ela estava, disse-lhe: ‘Deus te salve, cheia de graça, o Senhor é contigo: Bendita és tu entre as mulheres.’. Ela, tendo ouvido estas coisas, turbou-se com suas palavras e discorria pensativa que saudação seria esta. E o Anjo disse-lhe: ‘Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. E este será grande, e será chamado FILHO DO ALTÍSSIMO, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu Pai Davi, e reinará eternamente na casa de Jacó; e o seu reino não terá fim’. E Maria disse ao Anjo: ‘Como se fará isso, pois, eu não conheço varão?’. E respondendo o Anjo disse-lhe: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra e por isso mesmo o Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus’.” (Lc 1:26-36).

Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, reinando o rei Herodes, eis que uns sábios chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: ‘Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque vimos a Sua Estrela no Oriente e viemos adora-lo’. E, ouvindo isto, o rei Herodes turbou-se e toda a cidade de Jerusalém com ele. E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes, estes o disseram: ‘Em Belém de Judá, porque foi escrito pelo profeta: e tu, Belém, Terra de Judá, não és a mínima entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que há de comandar Israel, meu povo’. Então, Herodes, tendo chamado secretamente os sábios, inquiriu deles cuidadosamente que tempo havia que lhes tinham aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide e informai-vos bem acerca do menino e, quando o encontrardes, comunicai-mo a fim de que eu também o vá adorar’. E eles, tendo ouvido estas palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo a estrela ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram presentes de ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho a seu país.” (Mt 2:1-2; 12).

Aprendemos, através dos ensinamentos dos Irmãos Maiores da Rosacruz, que os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, formam os pontos de transição na vida do Grande Espírito da Terra, um Raio do Cristo Cósmico, que veio ajudar a humanidade a substituir a Lei pelo Amor. Ele tomou os Corpos Denso e Vital de Jesus e apareceu como homem entre os homens, para demonstrar que somente através de um trabalho interno é possível superar a separatista religião de raça e estabelecer a Fraternidade Universal.

Em Setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a resplandecer nos céus e a se espalhar por todo o universo solar. Gradualmente, essa luz aumenta em intensidade, envolvendo totalmente o nosso globo. Pouco a pouco vai penetrando em nosso Planeta, até concentrar-se no centro da Terra. Na Noite Santa, quando o Signo zodiacal da Virgem Celestial Imaculada se coloca sobre o horizonte oriental, essa luz alcança seu menor comprimento e seu máximo de poder e resplendor. Começa a irradiar, então, seu concentrado raio luminoso, infundindo vida nova a Terra e assegurando, deste modo, as atividades da Natureza para o ano seguinte. Este é o princípio do grande drama cósmico que se realiza todos os anos, de Dezembro à Março.

Sendo assim, o Natal não é meramente a comemoração do nascimento de nosso amado Irmão Maior, Jesus de Nazaré, senão também o advento do influxo rejuvenescedor, de amor e de vida, de nosso Pai Celestial, enviado por Ele para redimir o mundo do jugo da morte invernal. Sem este novo influxo de vida e energia divinas, nós logo pereceríamos fisicamente e nosso processo de evolução atual seria frustrado, no que concerne a atual linha de desenvolvimento. Agora é quando a Terra se encontra mais próxima do Sol. Os raios espirituais caem em ângulo reto sobre a superfície da Terra no Hemisfério Norte, promovendo espiritualidade, ao mesmo tempo em que as atividades físicas se mantêm latentes, devido ao ângulo oblíquo com que os raios solares incidem na superfície da Terra, naquele Hemisfério. O decaimento das atividades físicas cede lugar a um poderoso fluxo das forças espirituais que alcançam o ponto máximo na noite de 24 para 25 de dezembro. Daí que a noite de Natal seja chamada “Noite mais Santa” do ano.

Por outro lado, não devemos esquecer que o nascimento de Cristo na Terra é ao mesmo tempo a morte de Cristo para a glória dos céus; este é o tempo que nós regozijamos pelo Seu retorno anual, onde Ele toma sobre si a pesada carga física, que nós cristalizamos sobre nós mesmos e que, presentemente, é a nossa morada: a Terra. Nesse corpo pesado Ele é incrustado e, ansiosamente, Ele espera pelo dia de Sua final libertação.

Qual deverá ser, pois, a maior aspiração do devoto e iluminado Aspirante, já consciente da grandiosidade do sacrifício de Cristo, da magnitude desta graça conferida por Deus à humanidade, na época presente do ano? Que percebe que este sacrifício de Cristo é por nossa causa, sujeitando-Se a uma morte virtual, para que possamos viver? Seu maravilhoso Amor está sendo derramado sobre a Terra inteira, nesse momento! Será, certamente, o anseio de imitar, embora dentro de suas limitadas proporções, as portentosas obras de Deus; a aspiração de converter-se, mais do que nunca, em servidor da Cruz; o de seguir mais de perto o Cristo em tudo se sacrificando pelas suas irmãs e irmãos, buscando elevar a todos os seus semelhantes em seu imediato círculo de relações, a fim de antecipar o dia da libertação final. Se trabalharmos sinceramente em nossa própria esfera, não importa onde ela possa estar, então veremos o maravilhoso crescimento anímico que poderá ser alcançado; e todos podem ver que a luz de Natal, a luz do Cristo recém-nascido, brilhando dentro de nossa esfera de ação.

As vibrações espirituais são mais intensas à meia noite da Noite Santa. Nessa noite é mais fácil obter um contato consciente com o Sol espiritual e a retrospecção e as resoluções para o novo ano são mais eficazes.

Vamos unir nossos esforços espirituais concentrados de aspiração e oração para o crescimento individual e coletivo da alma a fim de termos um ano espiritualmente produtivo.

Queridos Irmãs e Irmãos:

Esforcemo-nos por alcançar, durante o próximo ano, um maior grau de semelhança com Cristo, maior do que já alcançamos. Busquemos viver de tal modo que, ao transcorrer novo ano, vejamos a Luz do Natal e escutemos dentro de nós o tanger dos sinos evocando nossa presença ao Serviço da Noite Santa e sintamos que nossa vida tem realmente sido frutífera a serviço de Cristo.

Entremos agora em SILÊNCIO e, por alguns instantes concentremo-nos sobre este tema: NASCIMENTO ESPIRITUAL POR MEIO DO SERVIÇO A CRISTO.

  1. Em torno de 5 minutos
  2. Terminada a Concentração, o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz e acende as luzes
  3. O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem o Hino Rosacruz de Encerramento
  4. O Oficiante profere a seguinte exortação de despedida:

E agora, queridas Irmãs e Irmãos, retiremo-nos silenciosamente, falando apenas o que seja absolutamente necessário, e de novo meditemos sobre estas coisas, consagrando nossas vidas e tomando resoluções para um novo ano espiritualmente produtivo de modo que a cada dia nós possamos, como indivíduos e como uma Fraternidade, tornarmo-nos dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes da obra benfeitora dos Irmãos Maiores a serviço da humanidade.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

  1. Apaga-se a luz do Templo

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)

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