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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Comer Carne de Animais: algumas considerações esotéricas

Comer Carne de Animais: algumas considerações esotéricas

Durante o curso do desenvolvimento esotérico, a resposta do Corpo Denso e dos nossos outros Corpos e veículos a certos alimentos muda. As próprias respostas, sem uma razão abstrata como motivo ou justificativa, podem fazer com que os indivíduos modifiquem sua alimentação, eliminando certos artigos e enfatizando outros.

Essas mudanças dietéticas, muitas vezes, são provocadas pelos próprios efeitos de um estudo esotérico que seja sério, porque na verdade começa a transformar os invólucros humanos. O Corpo Denso, que é inerte e se cristaliza com o tempo, torna-se internamente mais móvel e ativo. Os órgãos individuais tornam-se mais independentes uns dos outros, especialmente o coração, a medula espinhal e o cérebro.

Este ligeiro aumento na autonomia dos órgãos cria um equilíbrio instável que pode ser atribuído a uma indisposição ou doença, quando na verdade é apenas a consciência dessa mobilidade que aumentou, causando a independência dos órgãos (partes do sistema nervoso simpático ou involuntário), que anteriormente não eram sentidos, exceto quando estavam funcionando de forma anormal.

A relação dos humanos com sua alimentação só é devidamente compreendida quando consideramos a sua relação com os outros reinos da natureza. As plantas, como Reino de Vida, “desenvolvem” as substâncias minerais, dando a elas uma organização superior, e as enchem de vida. O inorgânico torna-se orgânico e é impregnado de Éter de Vida.

Embora os humanos não consigam assimilar os minerais com eficiência, em sua forma elementar, eles são organizados fisicamente o bastante para continuar o processo de desenvolvimento no ponto em que as plantas param. Podemos arrancar uma folha ou colher uma maçã, os órgãos de uma planta, e desenvolvê-las ainda mais usando a nossa própria organização fisiológica.

Os animais também continuam esse processo de organizar ainda mais as formas das plantas. No entanto, quando os humanos comem alimentos à base de carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e qualquer outra forma de vida animal), eles deixam sem uso as forças necessárias para processar os alimentos vegetais. Visto que o bem-estar de qualquer órgão consiste em ativar e usar todas as suas forças, comer carne animal é equivalente a dizer: “Vou fazer isso sem usar o braço direito. Vou amarrá-lo de forma que não possa ser usado”.

Da mesma maneira, os comedores de carne animal condenam à inatividade uma certa soma de forças dentro do seu organismo. Os aparelhos não utilizados permanecem inativos, são paralisados, tornam-se endurecidos e são carregados durante a sua vida como um corpo estranho. No entanto, eles permanecem não detectados como tal até que a pessoa embarque no treinamento esotérico, após o que a mobilidade aumentada e a independência dos órgãos internos revelam este “corpo estranho” como uma fonte adicional de inquietação.

Como resultado dessa experiência perturbadora, ao sentir a presença do corpo estranho, as pessoas que iniciaram o treinamento esotérico podem simplesmente parar de comer carne não apenas porque sua sensibilidade é ofendida, mas também porque isso enfraquece uma força viva dentro delas e lhes dá a sensação de que carregam um peso morto em seu interior.

Razões adicionais para a eliminação do alimento à base de carne animal foram totalmente articuladas na literatura da Fraternidade Rosacruz. Elas incluem o seguinte.

  1. Maiores demandas impostas ao corpo, para processar os animais que são altamente organizados e estruturados, exigindo mais energia etérica e bioquímica para a digestão.
  2. Retenção mais curta da força vital e dos nutrientes, devido à desintegração mais rápida do produto animal, resultando a necessidade de refeições mais frequentes ou maiores.
  3. Substâncias insalubres, até mesmo venenosas ou cancerígenas, são introduzidas na ecologia do corpo, produzidas como bioprodutos do metabolismo animal, os catabólicos (os “restos” da digestão: ureia, ácido úrico e amônia), ou resíduos que são transportados no sangue animal e retidos nos fluidos dos tecidos.
  4. A existência de resíduo mais sutil, mas não menos impactante, do Corpo de Desejos do animal nas seguintes formas. (a) Produtos químicos que são nocivos e gerados pelo tratamento antinatural dado ao animal enquanto estava vivo ou pela apreensão da sua morte forçada. (b) A tendência de sentir e agir de maneira mais “animal”, o que entorpece os sentimentos humanos que são mais sutis e estimula a natureza marcial, violenta, até mesmo cruel. Ou, expresso de forma mais esotérica: os alimentos baseados em carne estimulam a vida instintiva da vontade, que atua principalmente nas emoções e paixões.
  5. Considerações de economia e praticidade. A dieta vegetariana é mais barata. Os alimentos vegetais estão universalmente mais disponíveis e são renováveis, tendo a “vida útil” muito mais longa do que os alimentos à base de carne; além disso, são muito menos propensos a ser fonte de contaminação e doença.
  6. A proteinização exagerada na dieta ocidental é a mentira de que a dieta vegetariana seja deficiente em proteínas.
  7. O argumento convincente da conservação da terra, que afirma que determinada área de plantações cultivadas para consumo humano e direto deva ser aumentada dezessete vezes para alimentar animais que fornecerão um valor alimentar equivalente.
  8. A crescente dívida de destino que recai sobre toda a humanidade, como onda de vida, exigirá equilíbrio em algum momento para corrigir as muitas formas de abuso contra os animais e compensar a dependência maciça da onda de vida animal como fonte primária de alimento.

Em última análise, podemos muito bem considerar algo mais pessoal, e até egoísta, que faz com que muitos humanos parem de usar alimentos à base de carne animal em sua dieta. A princípio, pode-se deduzir que a carne animal lute contra o desenvolvimento esotérico. Consequentemente, embora com relutância, fazemos o “sacrifício”.

No entanto, tendo uma vez interrompido esse hábito, agora atávico ou hereditário, descobriremos que, em todos os sentidos, nós e todas as formas de vida somos os favorecidos. Descobrimos também que a veemente resistência à descontinuidade do consumo de carne animal pela população em geral se baseia no medo de perder certos instintos básicos que são valorizados: paixões agressivas e emoções. Erroneamente, é dito que os homens, quando não as mulheres, vão se tornar menos “másculos” e fortes, menos capazes de enfrentar um mundo ameaçador. Quando a realidade e as bênçãos da vida espiritual forem reconhecidas de maneira mais geral, a humanidade perceberá que aquilo que se perde nos instintos mais grosseiros, nas luxúrias de sangue e inclinações egoístas será incomensuravelmente compensado com melhorias na vida interior da alma, com a paz e liberdade conquistadas por vivermos menos adversamente e mais em harmonia com nosso ambiente planetário.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de nov-dez/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que acontece quando um suicida vive apegado à Terra?

Pergunta: Lembra-se de Outram Court, um ex-estudante que cometeu suicídio? Bem, deixei completamente de pensar nele, pois acreditava estar seguro, onde se encontrava. Mas um dos meus colegas me contou que assistiu a uma sessão espírita em uma dessas noites e que Outram Court se apresentara. Para provar sua identidade ele insistia em falar inglês, embora também soubesse espanhol; como nenhum dos presentes entendia inglês, houve um atraso até que encontrassem um espírito conhecedor de ambas as línguas. Outram disse que ainda estava vivendo na casa do meu vizinho, onde se matara; estava sofrendo as torturas da fome e queria que lhe dessem comida. Mais tarde, durante a entrevista, passou a falar espanhol.

Desejo saber o que posso fazer. O pior é que não consigo me lembrar de coisa alguma que acontece durante o meu sono. E desejo tanto lembrar! O que posso fazer?

Resposta: Esta questão abre o vasto assunto da transição anormal para o além, tanto por acidente como por desígnio, juntamente às sensações experimentadas pelas pessoas que passaram pela porta da morte, que se comunicam através dos médiuns e pelo fato curioso que muitas das pessoas que chamamos de mortas não têm consciência de ter perdido seus corpos físicos.

Para elucidar a questão é necessário mencionar primeiro alguns fatos que dizem respeito ao ser humano e ao mundo em que vivemos. A observação diária, tanto quanto as pesquisas científicas, provam que a matéria existe e que se movimenta em condições que não podemos ver. A água evapora devido ao calor do Sol e se condensa novamente em forma de chuva. O Éter é tão necessário para transmitir a luz e a eletricidade como o ar, para a transmissão do som. O vento invisível, que é o ar em movimento, é tão seguramente uma força cósmica quanto a eletricidade, que se move no reino ainda mais sutil do Éter. Resumindo, estamos cercados por Mundos invisíveis de força e matéria que são tão real como o Mundo que conhecemos através dos nossos sentidos físicos.

Ao mesmo tempo que comemos as substâncias provenientes deste mundo denso, que é a Região Química do Mundo Físico, para sustentar os nossos corpos visíveis, assimilamos certa quantidade de matéria pertencente aos Mundos invisíveis, o que forma um revestimento para o Espírito, quando ele abandona o envoltório mortal. “O vento sopra onde quer e ouvimos a sua voz; mas não sabe de onde ele vem nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.

Sob condições normais, a saída do Espírito do corpo já inútil pode comparar-se à queda da semente da fruta madura. Mas quando o Espírito rompe a ligação antes do tempo previsto para a colheita através da morte, o veículo espiritual imaturo não pode ascender aos reinos superiores. Fica pairando nas proximidades do local que frequentava, tão ávido pelo sustento físico quanto a semente bruscamente arrancada da fruta verde. Pela própria natureza das coisas, a vontade não pode ser gratificada e uma intensa sensação de fome provocará no suicida o mais doloroso suplício. Às vezes, consegue um breve e temporário alívio, ao inalar os aromas de pratos muito condimentados.

Além do mais, da mesma forma que a polpa adere ao caroço quando este é arrancado violentamente da fruta ainda verde, alguns dos Éteres inferiores, e mesmo gases do corpo morto, aderem aos veículos superiores do suicida, ficando ele quase em um estado material, suscetível às sugestões grosseiras e sensuais em uma proporção não sentida pelas pessoas, enquanto estão no Corpo Denso. Se sua natureza é tal que sente prazer nisso, ele poderá afundar no mais profundo lamaçal do inferno, com grande prejuízo para seu bem-estar espiritual. No entanto, se tem aversão pelo que é grosseiro e sensual, a atmosfera de bestialidade na qual o suicida se encontra chocará a sua sensibilidade na proporção do seu refinamento, como muitos já expressaram ao autor. Disseram que o inferno ortodoxo, com o seu demônio, seria uma diversão suave, se comparado com o que sentiram. Alguns descrevem a dor, que comparamos a uma fome permanentemente insatisfeita ou uma dor de dentes que é persistente e latejante, mas que é sentida no corpo todo, ao invés de limitar-se à região dental.

A experiência de Outram Court confirma os ensinamentos anteriores dos Rosacruzes. Ele ainda está apegado à Terra, na mesma casa onde viveu, e o seu Corpo de Desejos evidentemente permanece muito denso, tão denso que, às vezes, ele não pode compreender que já morreu, vendo claramente o Mundo Físico e as pessoas; provavelmente senta-se à mesa com elas e tenta compartilhar o seu alimento, ou pelo menos o seu aroma. Não devemos estranhar que frequente as reuniões espíritas desses camaradas, pois essas pessoas estão em um estágio inferior de desenvolvimento, são muito sensuais e praticam, sem que estejam conscientes, a magia negra sob o pretexto de entrar em comunicação com os espíritos.

Há duas maneiras de ajudar tal Ego: uma é por comunicação direta com ele, à noite, usando a razão para lhe mostrar que ele está cometendo um erro que irá prejudicá-lo no futuro. Aconselhá-lo a suportar a dor pacientemente, até que o arquétipo sucumba na época em que deveria acontecer a sua morte. Podemos ou não ser bem-sucedidos, mas vale a pena tentar. Se o autor da carta estiver consciente a respeito do que lhe acontece à noite, poderia ter ido discutir o assunto com Outram Court exatamente como o faria, caso ambos se encontrassem no Corpo Denso. Apesar de não ter essa consciência, nada o impede de ajudá-lo. É a vontade que determina as nossas ações tanto lá como aqui e, se o consulente fixar de modo firme o seu pensamento, antes de dormir, no objetivo desejado, preparando-se com argumentos e concentrando todo o seu ser para ajudar Outram Court, este pensamento, o último antes do adormecer, será também o primeiro a penetrar nos Mundos invisíveis onde os que dormem e os que falecem encontram-se e conversam. Este pensamento passa a ser um tipo de “ideia fixa” que o acompanhará durante a noite, excluindo todos os outros pensamentos e desejos; sem dúvida, os resultados serão benéficos.

Outro método, para aqueles que não estão treinados na Concentração, é a Oração. Esse é um método apropriado para o presente caso, pois a atitude da prece frequentemente atua como um guia para essa pessoa e causa mudança no seu estado mental, o que a favorece espiritualmente. Então, os pensamentos-forma da oração tomam o lugar do Auxiliar Invisível. No entanto, são muito facilmente postos de lado, o que não os torna tão eficientes, e não podem emitir argumentos.

Aconselhamos sempre uma combinação desses dois métodos para os que não estão suficientemente treinados. Rezem pela pessoa que querem ajudar, estejam dentro do corpo ou fora dele, vivos ou mortos. Pensem no que gostariam de lhes dizer, antes de adormecer. Quando cruzarem a “Terra do Sonho”, se não estiverem ainda conscientes e não puderem interceder nem argumentar, seus sentimentos a respeito causarão alguma impressão e, se sustentados por algum tempo, o efeito será certamente perceptível.

Nosso amigo diz na sua carta que a mãe de Outram Court não compreendeu que ela própria já estava morta. Ninguém que tenha perdido o Corpo Denso pensa em si mesmo como “morto”. Na realidade, os chamados “mortos” se sentem muito mais vivos do que nós. Quando falecem normalmente, não sentem a doença nem a dor. Portanto, não podemos esperar que adotem o nosso ponto de vista, que é considerar o Corpo Denso como sendo o próprio ser humano, quando esse corpo é apenas uma vestimenta que usamos e gastamos. Suas consciências estão inteiramente focalizadas nos seus corpos espirituais, não tendo qualquer recordação do denso veículo que descartaram. Por outro lado, o suicida sente a cada momento a sensação de fome provocada pelas tentativas do corpo arquetípico de atrair para si matéria física. No entanto, sua sensação de não estar morto tem uma origem bem diferente da sensação similar da maioria daqueles que vivem agora nos Mundos invisíveis.

(Pergunta nº 11 em uma carta endereçada a Max Heindel, de Porto Rico, publicada no Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2″ – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A importância do Estudante Rosacruz conhecer, apreciar e estudar a boa música para desenvolver a sua Mente Abstrata

A importância do Estudante Rosacruz conhecer, apreciar e estudar a boa música para desenvolver a sua Mente Abstrata

A música desempenhou um papel, desde o início, no desenvolvimento do grande esquema cósmico, e que continuará a desempenhar até que o som final seja emitido e a perfeição realizada.

Max Heindel afirmou que Pitágoras não estava romanceando quando falava da música das esferas, pois cada uma das órbitas celestes tem seu tom definido e, juntas entoam uma sinfonia celestial. Ele confirma as declarações de Pitágoras, isto é, que cada Astro tem sua própria nota chave e viaja ao redor do Sol em tão variados índices de velocidade, que sua posição não pode ser repetida a não ser depois de aproximadamente vinte e sete mil anos. A harmonia celeste muda a cada momento, e, à medida que ela muda também as pessoas no mundo alteram suas ideias e ideais. O movimento circular dos Planetas ao redor do Sol no tom da sinfonia celestial, criada por eles, marca o progresso do ser humano ao longo do caminho da evolução.

Os ecos dessa música celestial chegam até nós no Mundo Físico. São nossas propriedades mais preciosas, muito embora sejam tão fugazes quanto uma quimera e não possam ser permanentemente criados. No Primeiro Céu esses ecos são, naturalmente, muito mais belos e permanentes. No Mundo do Pensamento, onde o Segundo e Terceiro Céus estão localizados, encontra-se a esfera do som.

Em nossa vida terrena, estamos tão imersos nos pequenos ruídos e sons de nosso limitado meio ambiente, que somos incapazes de ouvir a música produzida pelas esferas em marcha. O verdadeiro músico, seja consciente ou inconscientemente, sintoniza se com a Região do Pensamento Concreto, onde ele pode ouvir uma sonata ou uma sinfonia inteira como um único acorde resplandecente que, mais tarde, transpõe para uma composição musical de sublime harmonia, graça e beleza. O ser humano tem sido comparado a um monocórdio instrumento musical de uma única corda – que se estende da Terra aos confins longínquos do Zodíaco.

A vontade do ser humano teve sua origem na vontade de Deus. O músico, por meio de sua própria força de vontade, ouve esse poder da vontade de Deus expressa em sons e tons permeando o sistema solar. E, através de sua própria habilidade criadora nascida da vontade e da imaginação, ele é capaz de reproduzir em sons e tons, tanto os tons do poder vontade de Deus que criou o sistema solar, quanto Suas ideias tonais por meio das quais Ele materializou o Sistema Solar.

A música produz expressões de tom que procedem do poder mais elevado de Deus e do ser humano, isto é, da vontade. Portanto, podemos ver que terrível consequência o ser humano está construindo para si, ao profanar a música, ao introduzir nela todos os tipos de dissonâncias, ruídos estridentes e penetrantes, gemidos e desarmonias que afetam os nervos. Um conhecido filósofo expressou bem uma grande verdade cósmica quando disse: “Deixem me escrever música para uma nação e não me preocuparei com quem faça suas leis”. O termo músico aqui usado não se aplica ao cantor ou ao executante musical comum, mas a mestres criadores de música, tais como Beethoven, Mozart, Wagner, Liszt, Chopin, Bach e outros da mesma classe. A arquitetura pode ser comparada à música congelada; a escultura à música aprisionada; a pintura à música lutando para se libertar; a música à livre e flutuante manifestação do som.

A música é composta de três elementos primários: melodia, harmonia e ritmo. A melodia é composta de uma sucessão de sons harmoniosos sentidos pelos nervos auditivos que estão conectados ao cérebro – um órgão físico que contata a Mente. Portanto, é através do corpo mental que o Espírito é capaz de sentir a melodia produzida no plano físico. Um idiota ou uma pessoa insana não respondem à melodia. A harmonia consiste em uma agradável mistura de sons e está relacionada aos sentimentos ou emoções. Sentimentos ou emoções são expressões do Corpo de Desejos, em consequência, a harmonia pode ter um efeito tanto sobre o ser humano como sobre os animais, uma vez que ambos possuem corpos de desejos. Ritmo é um movimento medido e equilibrado, e é expresso pela força de vida que aciona gestos e outros movimentos físicos. O Corpo Vital absorve uma superabundância de força vital (energia solar) que passa para o Corpo Denso para mantê-lo vivo e em funcionamento. Daí o ritmo estar correlacionado ao Corpo Vital. As plantas têm um Corpo Vital e são sensíveis ao ritmo.

O ser humano tem dentro de seu cérebro sete cavidades que durante a vida são comumente consideradas vazias. Na realidade, estas cavidades estão cheias de uma essência do espírito, sendo que cada cavidade tem seu próprio tom e cor. Os tons produzidos por estas cavidades estão correlacionados àqueles dos Sete Espíritos diante do Trono:

As cavidades ou ventrículos, começando pela frente do cérebro, são:

(1) ventrículo olfativo,

(2) ventrículo lateral,

(3) terceiro ventrículo,

(4) quarto ventrículo,

(5) corpo pituitário,

(6) glândula pineal.

A sétima cavidade é o crânio, que reúne todos os elementos em um grande todo.

O Sistema Solar é um vasto instrumento musical. Assim como existem doze semitons na escala cromática, temos no céu doze Signos do Zodíaco. Assim como temos as sete teclas brancas ou tons no teclado do piano, temos os sete Planetas. Os Signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa de ressonância da harpa cósmica, e os sete Planetas são as cordas influenciando a humanidade de diversas maneiras, Na Bíblia notamos como a lira de sete cordas de Davi representa, astrologicamente, as notas chaves da corrente planetária sétupla. A nota chave de cada Planeta é composta da quintessência de seus sons reunidos. Uma amalgamação das tristezas e alegrias de nossa Terra, os sons de seus ventos e mares, o ritmo de todas as suas forças viventes combinadas, formam seu tom ou nota-chave. Da mesma maneira, e em escala sempre ascendente, soam as notas de toda a corrente planetária, sendo que sua união constitui a sublime Música das Esferas “… Não existe a menor orbe que observes que, em seu movimento, não cante como um Anjo”. Assim escreveu o grande poeta iniciado, Shakespeare. Esta música celestial é o produto daquele Verbo ao qual São João se referia quando escreveu: “No início era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… e nada do que foi feito, foi feito sem Ele.” (Jo 1:1-3).

 (Trecho do Livro “A Escala Musical e o Esquema de Evolução” – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida

A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida

Vejam essa estória já famosa:

“Jerry era um tipo de pessoa que vocês iriam adorar. Ele sempre estava de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava para ele: ‘Como vai você?’, ele respondia: ‘Melhor que isso, só dois disso!’.

Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, por quem todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão disso era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry prontamente estava lá, contando ao mesmo como olhar para lado positivo da situação.

Seu estilo de ser realmente deixava-me curioso. Por isso, um dia perguntei para Jerry: ‘Eu não acredito! Você não pode ser positivo o tempo todo. Como você consegue?’. Ele respondeu: ‘Toda manhã eu acordo e digo para mim mesmo: Jerry você tem duas escolhas hoje. Escolher entre:

  • estar de alto astral ou
  • estar de baixo astral

Então escolho estar de alto astral. A todo o momento que acontece alguma coisa desagradável, posso escolher:
– ser vítima da situação ou
– aprender algo com isso

Eu escolho aprender algo com isso.

A todo o momento que alguém vem reclamar da vida comigo, posso escolher:

  • aceitar a reclamação ou
  • apontar o lado positivo da vida para a pessoa.

Eu escolho apontar o lado positivo.’.

Então eu argumentei: ‘’Tá certo! Mas não é tão fácil assim!’. ‘É fácil sim’, disse Jerry. ‘A vida consiste em escolhas. Quando você tira todos os detalhes e enxuga a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas irão afetar o seu astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso. Em suma: você escolhe como viver a sua vida!’.

Eu refleti sobre o que Jerry disse. Algum tempo depois eu deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio. Nós perdemos o contato, mas frequentemente, sempre que tinha que tomar uma decisão, eu pensava nele. Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer tratando-se restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta e foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão estava trêmula e errou a combinação para abertura. Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte Jerry foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto socorro local. Depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo. Eu me encontrei com Jerry seis meses após o acidente. Quando eu perguntei: ‘Como vai você?’. Ele respondeu: ‘Melhor que isso, só dois disso! Quer ver minhas cicatrizes?’.

Enquanto eu olhava as cicatrizes, eu perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. ‘A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos…’, ele respondeu. ‘Então, depois quando eu estava baleado no chão, eu lembrei que eu tinha duas escolhas ou podia escolher:

  • viver ou
  • morrer

Eu escolhi viver. ‘Eu perguntei: ‘Você não ficou com medo? Você não perdeu os sentidos?’. Jerry continuou: ‘Os paramédicos eram ótimos; eles ficaram o tempo todo me dizendo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas quando eles me levaram de maca para a sala de emergência e eu via as expressões nos rostos dos médicos e enfermeiras, eu fiquei com medo.’. Nos seus olhos eu lia: ‘Ele é um homem morto.’. ‘Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa.’.

‘O que você fez?’, eu perguntei.

‘Bem, havia uma mulher grande e forte me fazendo perguntas. Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi que sim. Então eles pararam imediatamente para que eu continuasse minha resposta. Eu respirei fundo e respondi que era alérgico a balas…’.

Enquanto eles riam, eu disse: ‘Estou escolhendo viver; me operem como se estivesse vivo, não morto!’.

Jerry sobreviveu graças à experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular.

Eu aprendi com ele que todos os dias temos que escolher:

  • viver a vida na sua plenitude,
  • viver por completo.

A partir de então acho que atitude é tudo.”.

***

Esse livre arbítrio conquistado por cada um de nós, Egos – Espíritos Virginais da onda de vida humana manifestados –, é o grande propulsor da nossa Evolução. A vontade de melhorar sempre nos inclina a alterar as matérias: física, etérica, de desejos e mental continuamente, buscando aprender, com nossas experiências, como melhor utilizá-las. Isso implica numa mudança contínua da constituição dos nossos veículos: Corpo Denso, Vital, de Desejos e da Mente.

Aos poucos vamos tomando decisões corretas em todos os desafios que são colocados para nós. E isso reflete em alterações nas matérias que constituem nossos veículos. Temos que ter a consciência que nossa vida na Terra é um tempo de semear e que colheremos os frutos na nossa vida após a morte material. Com isso, nossas decisões devem estar em harmonia com esse objetivo. Como, então, devemos decidir qual o modo melhor de semear?

A situação em si, pouco importa. O que importa é a atitude. Se nos apercebermos, tal situação se repete através de infinitos matizes para inúmeras pessoas. Afinal, como lemos em Eclesiastes Capítulo 1 versículos de 9 a 11: “O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: nada há de novo debaixo do Sol. Mesmo que se afirme: ‘Olha: isto é novo’, eis que já aconteceu em outros tempos, muito antes de nós. Não ficou memória dos antepassados, Nem dos vindouros ficará lembrança para os que vierem depois”.

Além do mais, quer saibamos ou não, cada ato das nossas vidas apressa ou prolonga o fim dessa nossa existência terrestre, na medida em que a nossa atitude esteja ou não em harmonia com a lei. Se as decisões que tomamos nos levam para caminhos inadequados ao crescimento da nossa alma, nossa vida discordante destruirá o arquétipo.

Esse arquétipo nós mesmos construímos no Mundo do Pensamento, como molde vivente de tudo aquilo que escolhemos aprender nessa existência.

Enquanto estamos dispostos a aprender o que escolhemos, ou seja: nos dedicarmos sinceramente ao propósito da nossa existência, que é a aquisição de experiências, o nosso arquétipo vibrará harmoniosamente, reforçando as suas imagens:

Aumenta, assim, a vida desses veículos e, portanto, a nossa existência aqui. Se temos a plena consciência de que aqui é o tempo para semear o máximo possível para que colhamos o máximo possível na nossa existência após a morte física, então, nos esforçaremos o máximo para prolongar a nossa existência aqui, pois cada ano acrescentado de vida aumenta enormemente o nosso tesouro celestial.

Os anos adicionados darão mais tempo para o cultivo da Alma, e o fruto dos últimos anos poderá, facilmente, superar os colhidos na primeira parte da vida. Agora, para que façamos isso de modo mais eficiente possível, é indispensável cuidarmos dos nossos veículos com o maior zelo possível:

  • Para a Mente, alimentos superiores, como pensamentos e ideias altruístas, construtivas e ordenadas, conhecimento aplicado, domínio próprio e decisões harmonizadas com a lei;
  • Ao Corpo de Desejos, alimentos superiores, como desejos, emoções e sentimentos altruístas, edificantes, virtuosos, forças construtivas, entusiasmos, paciência, tolerância e afins;
  • Ao Corpo Vital, alimentos superiores, como repetição de coisas boas, formação de bons hábitos, amor, estabilidade e equilíbrio e afins;
  • Ao Corpo Denso, alimentos que supram as reais necessidades físicas, proteínas, vitaminas, sais minerais, compostos de fibras, grãos, frutas, legumes, verduras, muita água; praticando exercícios físicos, equilibrando todos os nove sistemas que compõe o nosso Corpo Denso.

De modo a chegarmos a idades avançadas com veículos que ainda sejam eficazes para adquirir as experiências que se apresentarem.

Por fim, resta-nos a pergunta: Como saber quando semear? Ou em outras palavras: Como alcançar o máximo grau de realização nessa existência, de modo que quando terminar possamos aproveitar o máximo de todas as oportunidades que nos foram apresentadas?

Os Astros e os Signos relatam a história. Elas mostram nossas faculdades e o momento mais propício, tanto para plantar as sementes da Alma como para auxiliar e curar todas as nossas enfermidades. Por isso, a Fraternidade Rosacruz tem muito empenho no estudo da Astrologia Rosacruz. O conhecimento dessa escrita astral é a força para melhor agir, e assim obter um maior crescimento anímico, da Alma.

Utilizando a Astrologia Rosacruz como orientação para as nossas vidas, podemos deixar de nos arrastar pela corrente da vida governando conscientemente o fluxo e refluxo da matéria, dentro e fora do nosso ser. Deixaremos de ser joguetes das circunstâncias. Só assim viveremos na consciência solar, determinando nossas experiências pela radiação do nosso próprio centro, e não pela resposta aos impulsos e tendências externas, sejam dos nossos planetas no nosso tema, seja advinda das circunstâncias.

Afinal, como lemos numa oração bem antiga, que devemos sempre repetir quando notamos estarmos sendo levados pela corrente da vida:

Eu não sou meu Corpo Físico, senão o Ego que o usa.

Eu não sou meus desejos, senão o Ego que os controla.

Eu não sou meus pensamentos, senão o Ego que os cria.

Essas coisas não são senão expressões temporais de mim, o Eu Eterno.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Primeiros Passos para a Aspiração Espiritual

A definição de “aspiração” implica numa persistência em realizar algo que se deseja ansiosamente. Assim, pode-se dizer que o Aspirante à vida superior é uma pessoa que anseia e deseja profundamente realizar os seus ideais espirituais. O verdadeiro Aspirante à vida superior não pode, por definição, ter uma vontade ou desejo morno ou fraco de se aperfeiçoar. Para que aspire, no verdadeiro sentido da palavra, é preciso que se dedique aos seus ideais espirituais com todo o entusiasmo, apesar dos muitos obstáculos e dificuldades que irá encontrar no caminho.

Pode se dizer que a Humanidade, de modo geral, evolui por meio de método lento e automático, isto é, de tentativa e erro. Contudo, o Aspirante à vida superior, pelo contrário, funciona conscientemente e tenta atingir os seus fins por meios bem definidos e apropriados à sua constituição individual. As suas palavras-chaves tônicas são persistência e esforço constante. Se não se empenhar continuamente, diariamente e incansavelmente em cumprir os seus deveres e os seus exercícios esotéricos, não poderá nunca atingir o objetivo espiritual.

O primeiro dever é desenvolver o seu Corpo-Alma; se isso não for prioridade na vida do Estudante Rosacruz, quando quer ser um Aspirante à vida superior, todas as tentativas de funcionar conscientemente nos Mundos invisíveis resultarão em desastre e frustração interna. Não existe nenhum guia ou causa exterior que lhe possa assegurar uma entrada segura, consciente e permanente nos planos espirituais. Somente o próprio Aspirante poderá fazê-lo.

É necessária a purificação de todos os veículos, iniciando pelo Corpo Denso. Isso implica na escolha dos alimentos de digestão fácil, pois quanto mais rápida for à extração de energia do alimento, mais tempo terá o organismo de recuperar antes da próxima alimentação a ser ingerida. É evidente que a ingestão de carne de mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e outros seres da onda de vida animal é nociva para a purificação dos veículos, pois aqueles que matam ou obrigam outros a matarem não podem avançar muito na senda da santidade. O Corpo é o Templo de Deus; corrompê-lo, destruí-lo ou mutilá-lo, tanto por atos como por omissões, não é digno de nenhum Aspirante à vida superior. O melhor que o Aspirante tem a fazer é encontrar alimentos que o organismo necessita para que seja um instrumento do Espírito, sendo saudável, forte e eficaz. O regime lacto-ovo-vegetariano é o mais indicado. Assim, cumprindo a primeira parte do lema Rosacruz: “Corpo São”.

A purificação do Corpo Vital é feita pela repetição dos bons hábitos, eliminação dos vícios e pelo desenvolvimento dos dois Éteres superiores – Éter Luminoso e Refletor – que ocorre quando nos esforçamos por ter uma vida pura, limpa e altruísta. A vitória do Corpo Vital sobre o Corpo de Desejos se dará pelo hábito de um equilíbrio inabalável das emoções, os sentimentos e desejos diante de toda e qualquer provocação ou situação adversa. Tendo um temperamento equilibrado, um comportamento sempre calmo e paciente ajudará a nos capacitar para cumprir todos os deveres mundanos e executar os exercícios esotéricos que temos que fazer, independentemente do caos externo que nos rodeia. Eventualmente quando as emoções, os sentimentos e desejos se tornam, gradualmente, mais equilibrados e a serenidade do Estudante se torna mais pronunciada, ele passa a viver a vida aqui em plenitude, esforçando-se por cumprir tudo aquilo a que ele mesmo optou no Terceiro Céu, quando escolheu o panorama dessa vida. A repetição e a oração incessante são indispensáveis à purificação do Corpo Vital, constituindo-se também de suma importância a oficiação dos Rituais e a execução dos exercícios esotéricos.

A purificação do Corpo de Desejos é feita pela transmutação das tendências das nossas emoções, dos nossos desejos e sentimentos passionais, indignos e maus – enfim, inferiores – em emoções, desejos e sentimentos superiores. Isso se faz preenchendo o nosso Corpo de Desejos de material das três Regiões superiores do Mundo do Desejo: Vida Anímica, Poder Anímico e Luz Anímica. Para isso, o Aspirante sublima as suas emoções, os seus desejos e sentimentos inferiores substituindo-os por emoções, desejos e sentimentos superiores, por exemplo, de: altruísmo, bondade, gratidão, gentileza, filantropia, fraternidade, amor incondicional, fé racional e afins. O “não cair em tentação” aqui é a chave. O Aspirante precisa utilizar sua força sexual criadora de forma que seja para fins de serviço amoroso e desinteressado, criando, aplicando e, por meio da Epigênese, colocando coisas novas, para ele, nunca colocadas em ação.

Os seis Exercícios Esotéricos Rosacruzes fornecidos no livro “Conceito Rosacruz dos Cosmos” – Retrospecção, Concentração, Observação, Meditação, Contemplação e Adoração ao Ser Supremo – são meios para atingir o ideal espiritual. Sem a aplicação nas suas execuções, obedecendo os critérios, as sequências e o modo detalhado naquele livro não se chegará a lugar algum como Aspirante à vida superior pelo método Rosacruz. A Retrospecção noturna e a Concentração matutina são os mais importantes exercícios esotéricos quando se começa a caminhada como Aspirante. A Retrospecção noturna prepara o Aspirante para se conhecer e para compreender as suas próprias complexidades de pensamento e de caráter mais sutis, no encadeamento do que ele entende como causa e efeito, arrependimento e reforma íntima; pois o autoconhecimento é indispensável para o avanço espiritual. A Concentração matutina é, também, imprescindível, porque tem a tarefa difícil de desenvolver uma disciplina mental intensa para o progresso espiritual, focando exclusivamente em um único assunto, e não se deixando levar por outros.

A paciência e a persistência em “fazer bem sem olhar a quem” – o serviço amoroso e desinteressado e, portanto, anônimo – são qualidades que o Aspirante deve aliar a todas as suas atividades, não só para promover o crescimento da alma como para evitar que se distraia com os “prazeres do mundo” que sempre estarão lhe atraindo – e cada vez com mais sutilidade, na medida que ele avança. Todas essas digressões terão de ser eliminadas uma a uma, primeiras as mais flagrantes, depois as mais sutis até que um dia, finalmente, após muito tempo de dedicação total, o Aspirante atingirá o caminho mais “reto e estreito” da via espiritual, via o conhecimento direto.

É preciso, também, aprender o discernimento em todas as coisas. Para o Aspirante à vida superior que está utilizando o método Rosacruz, os métodos orientais constituem um perigo, tanto para o seu desempenho, como para os seus Corpos, especialmente no que concerne a métodos que prometem um “despertar espiritual” ou “poderes psíquicos” de maneira rápida e fácil. Nunca é demais repetir que o avanço espiritual seguro se consegue unicamente com os esforços contínuos e, muitas vezes, penosos que segue um programa de autopurificação e de serviço a Deus e aos demais; processo este que o leva de degrau a degrau, sem pular etapas, sozinho e focado.

O Aspirante à vida superior também deve fazer o sacrifício de si próprio e não das coisas. Ele tem que aprender a colocar o amor, seus conhecimentos, suas energias, seu tempo, suas considerações e tudo o que é igualmente intangível, à disposição dos irmãos e irmãs que estão no seu entorno, estando sempre pronto para ajudar, para servir, ainda que seja por meio de um sorriso, de um cumprimento, de uma palavra amiga ou de uma ação efetiva. Automaticamente os velhos interesses vão sendo sacrificados também nesse processo de autocorreção. A consagração a uma vida regenerada e a intensidade desse ideal mitiga, eventualmente, a importância que ele dava aos assuntos mundanos que parecem tão significativos. Acontece, às vezes, que o Aspirante à vida superior tem até que sacrificar temporariamente certas relações pessoais, pois sucede que os chamados amigos e amigas ou até os familiares nem sempre acompanham ou aceitam as suas novas tendências ou atitudes. Cria-se, portanto, certa fricção e choque, que levam as relações a mudarem ou a se desintegrarem, às vezes, lenta, outas vezes rápida, e muitas inteiramente. Ele deve entender e praticar o seguinte conceito: “todas as relações devem ser completadas pelo amor dele para com o próximo”, aqui independentemente do que o próximo acha ou deixa de achar; mas durante algum tempo – uma ou mais vidas – o Aspirante poderá ter que aprender a enfrentar a situação com compaixão, paciência, compreensão e tato. Tudo isso faz parte das provas que ele terá que passar para polir e se purificar.

Essas provas e dificuldades são fornecidas ao Aspirante à vida superior com o único objetivo de que ele possa liquidar as suas dívidas de destino – geradas nos seus muitos renascimentos – mais rapidamente e, assim, libertar-se do que o liga ainda a um comportamento passado inaceitável, por ele próprio criado. Para isso, é mister que ele entenda que todos os seus problemas nada mais são do que oportunidades para aprender a lição da qual tanto se esquivou e, ao aplicar isso na sua vida, ao em vez de protestar e lamentar, avançará muito. Antes que lhe seja concedidos maiores poderes espirituais ou uma esfera de trabalho maior, é necessário que ele tenha dado provas da prática, por meio de atos, ações e obras do seu altruísmo em todas as esferas. É obvio que existe o perigo de se utilizar esses poderes espirituais de forma egoísta e sem discernimento; por isso, é preciso que ele mostre que é digno de recebê-los. E quanto mais ele se ocupa e se preocupa em saber em que estágio está, menos ele avança, mais ele se impacienta e mais aumenta a tendência em desistir. Por isso que o foco deve ser sempre em servir, amorosa e desinteressadamente, cumprindo com aquilo que se propôs nessa vida. Com toda certeza, quando estiver alcançando o estágio que é necessário, um Irmão Maior será atraído pela sua luz nos Mundos internos e virá até ele. Então começarão as outras etapas da sua evolução espiritual, para frente e para cima. Até lá, trabalhe, trabalhe e trabalhe como um colaborador, ainda que inconscientemente, “na obra benfeitora dos Irmãos Maiores para o serviço da Humanidade.”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Dicas para melhorar nossa capacidade de Observação

Dicas para Melhorar a Nossa Capacidade de Observação

 O emprego da faculdade de observação pelo Aspirante à vida superior é de inestimável valor, pois é por meio dessa habilidade que ele pode sutilizar seu Éter de Luz (um dos dois Éteres que compõem o Corpo-Alma) e restaurar o ritmo e a harmonia de seu Corpo Denso.

Esse é um dos Exercícios Esotéricos que o Estudante Rosacruz executa sempre.

A definição de observação dada por Max Heindel, em sua décima primeira conferência do livro Cristianismo Rosacruz, refere-se ao “uso dos sentidos como meio de obter informações a respeito dos fenômenos que ocorrem ao nosso redor”. Sob esta consideração, sugere-se que o Aspirante inicie, desde já, a criação do saudável hábito de observar todas as coisas que estão a sua volta. Há alguns exercícios que podem auxiliá-lo neste processo. São eles:

  • de ordem visual (como a observação dos detalhes das arquiteturas das casas, das árvores, do movimento, por exemplo),
  • de ordem auditiva (tais como as modulações dos sons, do ritmo da fala de nossos amigos, do canto dos pássaros, etc.),
  • de ordem tátil (como sentir a brisa em nosso rosto e até mesmo, o ritmo do caminhar quando se anda pelas ruas), entre outros. Deste modo, o Aspirante gradualmente torna-se consciente de todos os eventos pelo qual está inserido.

Adiante no texto da citada Conferência, Max Heindel dá uma explicação esotérica sobre a importância da observação. Ocorre que o Corpo Vital, independente da vontade do indivíduo, também funciona como um espelho, ou como uma película cinematográfica em movimento que não para, nem por um segundo, de captar as imagens do ambiente no qual o Aspirante está inserido. Semelhantemente, o Corpo Vital também capta as ideias que brotam de seu Espírito interno. O problema é que as pessoas, em sua maioria, não captam, de forma consciente, as mesmas informações que o Corpo Vital faz. Em outras palavras, a memória consciente, (estabelecida pela observação), não coincide com a memória gravada pelo Corpo Vital, e isso resulta em uma importante discrepância (ou entrechoques de vibrações) que gradualmente destrói o Corpo Denso. Para atestar o fato de que as pessoas possuem olhos, mas não veem, e ouvidos, porém não ouvem, pergunte qualquer detalhe sobre algum objeto, cena de filme, ou até mesmo algum sentimento que ela teve num determinado momento, e não raro receberemos uma resposta do tipo: “Não me lembro nem do que comi no almoço, como vou lembrar sobre o que você está me perguntando!”.
O fato é que, quanto maior for à discrepância entre as imagens gravadas pelo Corpo Vital e os eventos gravados na memória consciente pela observação, maior também será o tempo necessário para a restauração do Corpo Denso durante o sono. Há casos, por exemplo, em que as discrepâncias são tamanhas, que não resta tempo algum para trabalho nos planos internos. Se isso ocorrer com frequência, pouco crescimento espiritual será alcançado pelo Ego. Por isso, o Aspirante sincero, reconhece que pode (e é responsável) por tornar esse tempo maior ou menor, dependendo de sua capacidade em colocar em prática os ensinamentos dados pelos Irmãos Maiores. Pela observação, é possível fazer com que os entrechoques de vibrações das duas memórias ocorram com menor frequência e, deste modo, a restauração do Corpo Denso poderá ocorrer de maneira mais rápida.
Como auxílio neste processo, é de grande valia ao Aspirante, aprender a observar não apenas detalhes de objetos e fenômenos externos, mas também minúcias internas, pois é bem provável que o Corpo Vital também registre tais informações. É natural que neste ponto do texto, o leitor possa estar se perguntando: “que eventos são esses?”. Tais eventos são aqueles gerados pelo espírito (vontade), pelo Corpo de Desejos
(sentimentos e emoções), e pela Mente (pensamentos). A observação destes detalhes contribuirá fortemente no processo de redução dos entrechoques de vibrações entre as memórias.
De maneira geral, a maior parte das pessoas, quando está realizando uma determinada tarefa, observa apenas os procedimentos envolvidos para sua execução e seu resultado, (por exemplo, se alcançou ou não o objetivo). Porém, é importante que o Aspirante também observe, de maneira sincera e verdadeira, os motivos internos que o fez se movimentar nessa ou naquela direção. A chave para identificar tais motivos é
empregar o método do “Por que”. Alguns exemplos:  Por que agi desta maneira?

Respostas:

  1. O motivo foi “motivação por motivação”, pura e sincera, afinal, eu gosto de fazer aquilo que faço;
  2. Porque foi uma vontade de provar aos outros que eu posso realizar coisas;
  3. Não foi motivação, mas sim medo de não perder meu emprego/ amigo/ simpatia/ etc.;
  4. Porque tive a necessidade de provar para as pessoas, que sou capaz e não um incompetente;
  5. Porque tive vontade de fazer melhor que os outros, afinal sou um competidor inato;
  6. Porque tive interesses pessoais;

Além de observar o motivo pelo qual uma ação foi realizada, o Aspirante pode também observar o sentimento que o envolveu no momento em que estava executando tal tarefa. Exemplos:

  1. Durante a execução, independente do motivo, eu estava com tremenda ansiedade e medo de que alguma coisa terminasse de modo errado;
  2. Estava ansioso, mas não por medo, e sim porque sou perfeccionista demais e tudo tem que ser perfeito;
  3. Estava com raiva. Afinal só estou fazendo isso porque não quero perder meu emprego;
  4. Estava me sentindo feliz e alegre;
  5. Estava triste

É muito comum as pessoas não fazerem distinção entre sentimentos e pensamentos. Contudo, esses fenômenos são bem diferentes, embora possam ou não possuir afinidade entre si. Por exemplo, uma pessoa pode dizer: “Eu senti que num dado momento, as coisas poderiam ter saído errado”. Mas observe que tal relato não é
referente a um sentimento, mas sim a um pensamento. Normalmente os sentimentos são alegria, tristeza, raiva, ódio, rancor, medo, coragem, ansiedade, entre outros. Pensamentos são ideias mais ou menos elaboradas sobre os fatos. Com certeza, estes últimos podem estar embasados em um sentimento bom ou ruim. A comum astúcia que todos nós praticamos em maior ou menor grau, é um bom exemplo da Mente (pensamentos) aliada à parte inferior do Corpo de Desejos (“eu” emocional inferior). Dados provindos da neurociência cognitiva, também revelam a possibilidade de ativações primárias de áreas cerebrais emocionais, antes de áreas corticais pré-frontais (que são mais relacionadas a pensamentos conscientes), frente determinados estímulos. Isso é bem evidente em transtornos ansiosos, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Pânico, entre outros. Isso tolda a capacidade do Ego de tomar decisões de maneira rápida. No exemplo acima, sobre confusões entre pensamentos e emoções, provavelmente o sentimento da pessoa sobre a possibilidade de algo sair errado, era de medo e/ou ansiedade, pois esses sentimentos possuem boa afinidade com estes pensamentos.

Outro importante fator que o Aspirante deve aprender a observar é o COMO seu jeito de ser, (que é modulado pelos motivos, pelos sentimentos e pensamentos) gera impactos nos demais que convivem com ele. A chave para isso é utilizar o método do “COMO”. Exemplos:

  1. Como meu jeito ansioso, precipitado e/ou medroso afetou (ou afeta) meus colegas de trabalho, minha família, meus amigos, etc.?
  2. Como meu sentimento afetou na decisão ou no desfecho da ação que eu estava executando?
  3. Como as pessoas me “olham” em função desse meu jeito de ser?
  4. Como meu perfeccionismo afeta aos demais que convivem?
  5. Como minha felicidade, alegria, tristeza, raiva, entre outros sentimentos, influenciam na maneira que o outro se comporta em relação a minha pessoa?

É muito importante, o Aspirante ter em mente que a observação consciente dos fatos internos e externos, também fornece base para o exercício de Retrospecção. Normalmente, se o resultado de uma tarefa foi positivo, o Aspirante louva-se por tal resultado, de modo que seu comportamento seja reforçado para continuar a agir desse modo. Entretanto, se os eventos internos não forem considerados, é provável que essa faceta do fenômeno permaneça apenas no Corpo Vital do Aspirante, e, se isso acontecer, ficarão nele como discrepantes. Por isso, sugere-se ao Aspirante que também aplique seu critério pessoal de valores aos fenômenos internos que vivencia (o crivo da lógica).

Coletar informações, por meio de observações como estas, é muito importante para deixar seu exercício de Retrospecção mais rico e, desta maneira, aprender as lições desta e de próximas vidas, de restaurar o equilíbrio entre memória consciente e dados gravados pelo Corpo Vital, ter saúde e longevidade. Como o exercício de Retrospecção influencia diretamente no caráter, e “caráter é destino”, é bem provável que o Aspirante comece a notar grandes diferenças em sua vida conforme for mudando seu eu real, para seu “Eu Ideal” (isso é pessoal). Com o tempo novas sinfonias e orquestras vibrarão em sua vida, o que provavelmente o fará uma pessoa muito realizada e feliz.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Exercícios para Adquirir Conhecimento Direto – Retrospecção

Exercícios para Adquirir Conhecimento Direto – Retrospecção

O mais eficiente dos métodos existentes para nos fazer avançar no nosso caminho de realização espiritual é o exercício noturno da Retrospecção.

E executá-lo é extremamente simples:

“Após deitarmos à noite, relaxamos o nosso Corpo Denso (ou Físico) e começamos a nos recordar dos acontecimentos do dia na ordem inversa: primeiro os da noite, em seguida os da tarde e, finalmente os da manhã.” Utilizando a nossa capacidade de lembrar, de recordar, reproduzamos tudo o que aconteceu em cada acontecimento que nós vivemos: os pensamentos emitidos, os pensamentos recebidos; os sentimentos emitidos, os sentimentos recebidos; as palavras emitidas, as palavras recebidas; os atos cometidos, os atos assistidos. E vamos julgando a nós mesmos: censurando-nos onde couber a reprovação e elogiando-nos onde couber a aprovação.

Com ele avançamos a passos largos em várias direções:

  1. Restauramos mais rapidamente o ritmo dos nossos Corpos: Vital e Denso do que com o nosso Corpo de Desejos trabalhando a noite toda; com isso sobra muito mais tempo para trabalharmos fora do Corpo durante o sono nos processos de cura como Auxiliar Invisível, no início, Inconsciente e, após algum tempo, Consciente;
  2. Vivemos nosso Purgatório toda noite: com isso abreviamos nosso tempo no Purgatório depois da morte – pois incorporamos o senso da retidão, objetivo da existência purgatorial – podemos até escaparmos dessa existência totalmente;
  3. Vivemos nosso Primeiro Céu toda noite: com isso abreviamos nosso tempo no Primeiro Céu depois da morte – pois incorporamos o senso da gratidão, objetivo da existência no Primeiro Céu – podendo até não precisar passar por ele.
  4. Como consequência dos dois itens anteriores: adiantamos lições a aprender que estariam, normalmente, reservadas somente para vidas futuras. Com isso estaremos preparados para entrar no Mundo do Desejo, onde adquiriremos nossas primeiras experiências de vida consciente fora do nosso Corpo Denso.

Dicas para aumentar a eficiência do exercício de Retrospecção:

  • Primeiro de tudo: ele deve se tornar um hábito. E um hábito é algo que já não conseguimos viver sem ele é como se faltasse alguma coisa se nós não o fizéssemos.
  • Segundo: é errado supor que se deva pensar minuto por minuto a tudo que temos feito durante o dia que passamos, controlando, assim, todos os atos automáticos e todas as nossas ações diárias.

Se temos tal ideia desse exercício, logo descobriremos que o nosso sucesso é nulo ou que estamos perdendo um tempo precioso. É muito prosaico, ou indesejável que no nosso exercício de Retrospecção, nos detenhamos sobre fatos simples como o de ter comido uma fatia de pão com manteiga ou se ter amarrado o sapato.

O sucesso no nosso exercício de Retrospecção está em viver uma vida diária consciente e está no poder de pensar abstratamente. Se somos verdadeiros Aspirantes a vida superior, desempenhamos conscientemente toda nossa ação diária, somos igualmente conscientes das nossas palavras, dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos e dos nossos atos.

Se assim o for, nós notaremos, imediatamente, que, cada erro em pensamento, sentimento, palavra ou ato nos chama a consciência para corrigir.

Do mesmo modo, nós notaremos, imediatamente, que, cada acerto em pensamento, sentimento, palavra ou ato nos chama a gratidão por termos acertado.

Se assim procedermos durante o dia, o nosso exercício de Retrospecção será apenas de uma recordação de tudo o que se passou conosco durante o dia, e que está no nosso pensamento abstrato, pois lembrem-se: fizemos questão de cada pensamento, sentimento, palavra e ato durante o dia, foi analisado e, seu resultado (correção ou gratidão) alcançado.

Isso supera o trabalho do cérebro e, com o tempo, veremos como as experiências importantes e notáveis do dia se apresentarão com a rapidez do relâmpago tocando nossos corações e nossas mentes dependendo, logicamente, da tendência de cada um, seja místico ou ocultista, respectivamente.

Para nos colocar em disposição para o exercício, sigamos as seguintes sugestões:

  1. Após acabarmos de nos deitar, tomemos uma posição o mais confortável possível.
  2. Fixemos nosso pensamento sobre o emblema Rosacruz e deixemos aproximar de nós a Cruz com as Rosas até que ela se imponha a nós de maneira a mais luminosa possível.
  3. Depois disso, examinemos rapidamente tudo o que se passou durante o dia. Lembre-se: estamos utilizando o pensamento abstrato, superando o trabalho lento do cérebro.
  4. Em seguida, pelo choque ocasionado, importantes órgãos do Corpo Denso recebem vibrações elevadas graças às quais o caminho da liberação vai se desenhando.
  5. Depois do exercício – que não dura mais do que alguns instantes – elevemos ao abstrato.
  6. Após algum tempo de execução, passaremos conscientemente ao estado do sono onde os mundos espirituais nos esperam.

                                                                   Que as Rosas Floresçam em vossa cruz

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Tempo entre Renascimentos: a Regra e as Exceções

Como o Sol se move em sentido retrógrado entre as doze constelações com um movimento chamado Precessão dos Equinócios, o clima da Terra, a flora e a fauna vão sofrendo uma mudança lenta, criando assim um meio ambiente diferente para a onda de vida humana e para cada Era sucessiva. O Sol leva cerca de dois mil anos para passar por um dos Signos pela Precessão e, nesse período, o espírito nasce geralmente duas vezes, um como homem e outro como mulher. As mudanças que ocorrem nos mil anos decorridos entre as encarnações não são tão grandes que o espírito não possa extrair as experiências daquele ambiente, tanto como homem ou como mulher. 

No entanto, há casos em que esse período pode ser mudado. Nenhuma dessas leis é tão inflexível, pois elas são administradas por Grandes Inteligências em benefício da humanidade, de modo que as condições possam ser modificadas para atender às exigências dos casos individuais.

Por exemplo, no caso de um músico. Ele precisa encontrar o material com o qual construirá o seu corpo, em um lugar específico. Necessita de uma ajuda especial para formar os três canais semicirculares do seu ouvido, de modo que eles apontem, tão próximos quanto possível, para as três direções do espaço. Precisa também de ajuda para construir as delicadas fibras de Corti, pois a sua habilidade em distinguir as variações de tons dependerá dessas características. 

Em tais casos, quando uma família de músicos está em condições de dar à luz a uma criança, esse espírito pode ser conduzido para lá, embora devesse permanecer no Mundo Celestial ainda por uns cem anos. Contudo, talvez outra oportunidade para renascer não se apresentasse antes de duzentos ou trezentos anos, se a lei fosse observada. Naturalmente, tal pessoa terá ideias muito avançadas e não será apreciada pela geração com a qual irá conviver. Será mal interpretada, mas, mesmo assim, será melhor do que se tivesse nascido após o período estabelecido. Nesse caso, estaria atrasada no tempo.

Ou seja: o renascimento do Ego em questão pode ser antecipado. O tempo para o renascimento desse Ego pode ser antecipado de uns 200 anos, em relação ao período médio de renascimento. Os Anjos ou Senhores do Destino preveem que no caso dessa oportunidade não ser aproveitada, o Ego poderá gastar de quatro ou cinco centenas de anos, além do tempo necessário de permanência no céu antes de se apresentar outra oportunidade. Assim, o Ego renasce, antes do tempo programado.

É por isso que, frequentemente, constatamos gênios desconsiderados pelos seus contemporâneos, embora altamente apreciados pelas gerações seguintes, as quais podem entendê-los melhor.

Há uma classe de seres que goza uma vida especialmente formosa no Primeiro Céu: as crianças. Se pudéssemos vê-las, logo cessariam nossos pesares. Quando uma criança morre antes do nascimento do Corpo de Desejos, isto é, antes dos catorze anos, não vai além do Primeiro Céu porque não é responsável pelos seus atos, do mesmo modo que o feto que se contorce no útero não é responsável pelo incômodo que causa à sua mãe. Portanto, a criança não tem existência purgatorial. O que não foi vivificado não pode morrer, portanto o Corpo de Desejos de uma criança, junto com a Mente, persistirá até o novo nascimento. Por essa razão, essas crianças são capazes de recordar suas vidas anteriores, como é o caso que se narra em outro lugar.

Para tais crianças o Primeiro Céu é uma sala de espera onde permanecem de um a vinte anos, até que se apresente uma nova oportunidade para renascerem.

(Dos escritos de Max Heindel)

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A Revelação de São João, o Divino: a Besta que saiu do Mar

Vi então uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres havia dez diademas, e sobre as cabeças um nome blasfemo. A Besta que eu vi parecia uma pantera: seus pés, contudo, eram como os de um urso e sua boca como a mandíbula de um leão. E o Dragão lhe entregou seu poder, seu trono, e uma grande autoridade. Uma de suas cabeças parecia mortalmente ferida, mas a ferida mortal foi curada. Cheia de admiração, a terra inteira seguiu a Besta e adorou o Dragão por ter entregado a autoridade à Besta. E adorou a Besta dizendo: “Quem é comparável à Besta” e quem pode lutar contra ela?”. Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu então sua boca em blasfêmias contra Deus, blasfemando contra seu nome, sua tenda e os que habitam no céu. Deram-lhe permissão para guerrear contra os santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Adoraram-na, então, todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito desde a fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: ‘Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão; se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada’. Nisso repousa a perseverança e a fé dos santos.” (Ap 13:1-10)

Na simbologia oculta, “água” significa as emoções e a palavra “mar” costuma ser usada para indicar o Mundo do Desejo, cuja substância fornece o material para o Corpo de Desejos do ser humano e do animal. Desde a impregnação na Época Lemúrica e na Época Atlante pelos Espíritos Lucíferos no Corpo de Desejos do ser humano com o princípio demoníaco da paixão, muito mal (ação contrária às leis de Deus) foi cometido, e é a soma desse mal em todas as vida passadas que constituiu a “besta” subindo “do mar” ou o Guardião do Umbral, para ele.

O mal coletivo corporificado em todos as pessoas da Terra, o anti-Cristo é uma força poderosa no mundo. O ser humano, como uma entidade individual, é Sétuplo e Décuplo, sendo um Tríplice Espírito com um Tríplice Corpo e uma Tríplice Alma, conectados pela Mente.

Com relação ao Guardião do Umbral e como essa “besta” pode ser superada, Max Heindel diz o seguinte: “Quando o neófito entra no Mundo do Desejo conscientemente, após deixar seu Corpo Denso durante o sono, ele terá que passar por uma entidade. Essa é a personificação de todas as más ações de seu passado que, ainda não tendo sido expiadas, aguardam a erradicação em vidas futuras. Ele deve reconhecer e aceitar essa entidade como parte de si mesmo. Ele deve prometer a si mesmo liquidar, o mais rápido possível, todas as dívidas constituídas em sua péssima forma”.

“Essa entidade é um demônio e é neutralizada de outra forma, a qual representa todo o bem que um indivíduo fez no passado, e pode ser chamada de seu ‘Anjo da Guarda’. No entanto, essas forças gêmeas são invisíveis para o ser humano comum em todos os momentos, todavia, sempre potentes em sua vida”.

As pessoas que se esforçam para expiar os erros de seu passado, vivendo uma vida de pureza e serviço altruísta aos outros são aquelas que têm seus nomes: “Escrito no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo”.

Aqueles que continuam a responder com o mal dentro de suas próprias naturezas “Quem mata com a espada”, eventualmente, ficarão para trás na evolução e terão que recomeçar mais tarde.

(Publicado na: Rays From the Rose Cross – março/1916 – Traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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A Nossa Força Interior

 A Nossa Força Interior

Muitas oportunidades são dadas ao Aspirante à vida superior, durante sua peregrinação na Terra, para conhecer pessoas extraordinárias que realizam importantes obras contribuintes ao desenvolvimento espiritual da humanidade. Tais indivíduos parecem ter uma força interior tremenda e, por meio dela, conseguem transmitir amor, harmonia, paz e cura nos diversos lugares que percorrem. Contudo, o que, de fato, constitui a força interior que esses indivíduos possuem? O que eles fazem para identificá-la e cientificamente aumentá-la? Vamos ver algumas dicas que poderá auxiliar o Aspirante em sua busca por expandir sua força interior, uma vez que esse trabalho é individual e deve ser realizado subjetivamente.

Em verdade, todo ser humano como filho de Deus, possui dentro de si uma grande herança em poder espiritual que lhe torna capaz de realizar obras semelhantes às mencionadas. Porém, esses poderes estão ainda latentes na maior parte das pessoas, e muito trabalho deve ser realizado para que as belezas de Deus possam ser expressas, até que o Aspirante possa “caminhar na Luz, assim como Ele na Luz está”.

Como primeiro passo na busca por expansão interior, o Aspirante deve identificar e encontrar meios de superar resquícios antigos que estão enraizados em sua personalidade desde remotos tempos. Um dos mais importantes, o qual bloqueia a força interior, é a forte tendência que o ser humano comum possui de buscar fora de si respostas aos problemas vivenciados, sendo que a extrema expressão dessa tendência é a prática
de idolatrias.

No desenvolvimento psicológico comum do ser humano, essa tendência é fortemente expressada durante a adolescência, em que jovens realizam admiração exagerada a artistas, músicos, cantores, atores, entre outros, atribuindo-lhe valor, poder e uma admiração inacreditável, como se de fato estes artistas (símbolo externo a eles) possuíssem algo muito especial. Apesar de sabermos que tais comportamentos constituem uma “fase” natural de desenvolvimento da vida, eles também revelam o antigo resquício mencionado. Adultos por sua vez também atribuem profunda reverência e confiança a imagens de santos, a tatuagens, amuletos e ao conhecimento sobre astrologia, por exemplo, como se de fato todo o poder de ajuda estivesse nestes objetos ou ferramentas. O antigo hábito de beijar santinhos, de realizar pedidos, de ter medalhas no bolso para dar sorte, de acender velas e consultar astrologia antes fazer qualquer ato simples, são bons exemplos que podem auxiliar o Aspirante a identificar suas tendências de atribuirão externo um poder que deveria, na verdade, estar dentro dele. De fato, as imagens externas são excelentes lembretes para a Mente mineral recordar o símbolo embutido na imagem, mas atribuir a estas um poder capaz de solucionar nossas dificuldades é tão infantil quanto às crenças e comportamentos da humanidade primitiva no período da transição entre a Era de Touro e Era de Áries. Portanto, a primeira dica dada ao Aspirante que busca desenvolver seu poder interior consiste em conquistar poder sem apoios externos, sempre lembrando sua
origem Divina. Assim, ele mesmo será seu próprio amuleto, capaz de se guiar nos caminhos tortuosos da vida e de reger suas próprias estrelas.

O Aspirante perceberá que conforme for aumentando sua capacidade de reger seus comportamentos ao se livrar de amuletos externos, sua percepção de autoconfiança e sua consciência irão concomitantemente aumentando, o que revela que o poder de Deus está verdadeiramente maior nele. Deste modo, poderá ser mais útil no trabalho de libertação espiritual de si próprio e de seus semelhantes.

Os grandes Guias da humanidade já sabiam que esse resquício provavelmente contribuiria como obstáculo do desenvolvimento da humanidade. Por isso, deram o seguinte o mandamento: “Não farás para ti esculturas, nem figura alguma do que está em cima nos céus, ou embaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra; não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto”. A Filosofia Rosacruz ensina que o ser humano é Espírito e, como Espírito, teve que construir quatro corpos, cada um composto de materiais correspondentes a cada um dos Mundos que compõe seu campo de evolução. Os Corpos são: Corpo Denso; Corpo Vital; Corpo de Desejos e o veículo Mente. Os Mundos são: Mundo Físico, Mundo do Desejo e Mundo do Pensamento. O conhecimento que o Aspirante possui sobre a constituição dos corpos estabelece a segunda dica na busca por expansão da força interna, pois essa força depende dos materiais de nossos corpos. Pois, do mesmo modo que o corpo físico assimila partículas de alimentos para crescer, os demais corpos necessitam de alimentos específicos para que fiquem fortes.

Para o Corpo Denso e as Leis do Mundo Físico, a medicina e a ciência comum já provém e realizam constantes descobertas a respeito do que é necessário para se ter um Corpo Físico saudável. Vale reforçar que uma dieta ovo-lacto-vegetariana equilibrada e exercícios físicos regulares contribuem bastante para o desenvolvimento espiritual saudável do ser humano. Para o Corpo Vital, que também faz parte do Mundo Físico, a conferência XI do Livro “Cristianismo Rosacruz” descreve surpreendentemente o caminho para sutilizar o Corpo Vital. A persistência de manter uma alimentação saudável e exercícios físicos moderados permite que o Éter Químico do Corpo Vital seja sutilizado. A devoção bem aplicada e repetida também faz com que o Aspirante crie tendências puras de sentimentos e comportamentos, de modo que sua força sexual, gerada no Éter de Vida, eleve-se até coração e gradativamente o ser humano aprende a eliminar maus hábitos e traços de caráter indesejáveis. Os dois últimos Éteres do Corpo Vital, o Éter de Luz e o Éter Refletor, sutilizam-se pelo emprego da observação e do discernimento, respectivamente. A observação minuciosa dos acontecimentos ao redor do Aspirante, faz com que o Aspirante fique consciente de tudo que o Éter de Luz registra, e o discernimento capacita-o a excluir o falso do verdadeiro ou os obstáculos que obstruem o caminho. Tudo isso aliado a um serviço amoroso e desinteressado para com aqueles que necessitam de auxílio, promove a construção do Corpo-Alma, veículo este que melhor responde aos comandos do Ego.

Passando agora para o Mundo do Desejo e para o Corpo de Desejos, encontramos condições e leis que o Aspirante deve compreender para que aprenda a desenvolver um Corpo de Desejos forte. Duas são as forças presentes no Mundo do Desejo e os materiais que compõem o instrumento do ser humano nesse Mundo obedecem a estas mesmas leis. São elas: a força de atração e a de repulsão. As regiões inferiores do Mundo do Desejo possuem pouca força de atração e demasiada força de repulsão. Já as regiões superiores, possuem demasiada força de atração e nenhuma força de repulsão. O papel da força de atração é atrair formas de desejos que possuem natureza semelhante, independentemente de sua origem. Já a força de repulsão, por possuir natureza de rejeição, acaba por destruir todas as formas que a ativa.

Considerando apenas as regiões inferiores, onde a força de repulsão predomina, apenas há emoções primitivas e animalescas. Entre elas o sensualismo, a gula, o egoísmo, o orgulho, os interesses pessoais, a perda de controle emocional, a inveja, a ira, a cólera, entre outras emoções.

A dinâmica das duas forças ocorre da seguinte maneira: a força de atração, mesmo que em menor quantidade, atrai todas as formas que possuem natureza semelhante. Todavia, mesmo que essas formas inferiores se somem, a força de repulsão ali predominante acaba por destruir e eliminar todas elas. Do mesmo modo, sempre que uma pessoa alimenta ou faz uso desses sentimentos inferiores, inevitavelmente põe em movimento a destruidora força de repulsão que elimina os materiais de seu Corpo de Desejos. Assim, o Corpo de Desejos fica fraco, pequeno e vazio. Um sentimento de vazio toma lugar e a busca por preencher novamente esses espaços destruídos se inicia. A pessoa, então, fica num ciclo vicioso de emoções vazias como todo aquele que vive apenas para satisfazer seus desejos e nunca fica saciado.  Por outro lado, quando o Aspirante aprende a colocar em seu Corpo de Desejos materiais onde há apenas força de atração, as formas se atraem e se somam. Ao invés de se destruírem, permanecem com o indivíduo por um bom período de tempo. Sentimentos de plenitude, harmonia e paz se estabelecem. Assim, o Corpo de Desejos fica grande, forte e consistente, e com sua aura de desejos superiores, o Aspirante torna se capaz de curar e influenciar beneficamente todos os ambientes que estiver em contato e auxiliar seus semelhantes.

Finalmente, passamos para o último e mais jovem veículo do ser humano que foi necessário para que este se tornasse um ser completamente individualizado e fizesse uso de materiais do Mundo do Pensamento – Região Concreta. Como veículo mais novo, a Mente possui uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem é que ela não apresenta tendências robustas que dificultam o trabalho do Ego, assim como apresenta o Corpo de Desejos e o veículo dos hábitos que parecem ter vontade própria. A desvantagem é que, por ser jovem, a Mente não retém pensamentos com muita facilidade e pelo período de tempo necessário para poder conhecer a real natureza de um assunto. É bem fácil perceber a dificuldade de se manter concentrado sobre algum assunto. Desta dificuldade surgiu a astuta justificativa de que o ser humano não consegue impedir que pensamentos parem de fluir de sua Mente e, por isso, as pessoas se acostumaram a pensar displicentemente. Apesar de difícil, aquele que aprender a ter controle de sua Mente, terá em suas mãos a chave mestra do êxito em qualquer caminho que empreender.

Contudo, o desenvolvimento concomitante da pureza e do coração fornecerá a base para utilização da Mente na solução dos problemas e aquisição de conhecimento. Essa condição é fundamental para que haja expansão da força interior. Como dicas finais para construção da força interior, estão a compreensão do propósito da vida, do Universo, das Leis naturais e da prática dos exercícios da retrospecção (que auxilia na limpeza de materiais inferiores do Corpo de Desejos e da fortificação dos superiores) e de concentração pela manhã (que auxilia a dominar a Mente). Somente aqueles que conseguem ir além da teoria e encaram a vida como uma experiência científica governada por Leis justas e imutáveis, podem caminhar na senda da preparação. Estes não mais duvidam que todas as ações sempre geram resultados e, deste modo, se souberem direcionar seus atos, colherão frutos valorosos para seu desenvolvimento. É exatamente isso que significa trabalhar com as Leis do universo.

Todas as vezes que o Aspirante se depara com informações superiores, concordando que elas são importantes para seu desenvolvimento, deve tratá-las com profundo respeito e empregar grande parte de sua atenção a elas. Um conceito intelectual sobre ocultismo é bastante interessante, mas o resultado só será visível se houver prática dos conceitos. O Aspirante que aprender a tornar o conhecimento como parte de si (materializando em sua vida e na constituição de seus corpos os ideais que tanto almeja, utilizado o CAOS a seu favor) gradativamente iniciará o processo de vida e jamais conhecerá a morte. Assim fez São João Evangelista, Apóstolo de Cristo e Iniciado de alto grau. O Aspirante não deve ter comportamentos e pensamentos elevados apenas quando lhe for conveniente, mas alimentá-los todos os dias, caso contrário, seus corpos morrerão. 

Estamos falando de um poder interno tão importante que sua ausência seria fundamental para pouco ou nenhum desenvolvimento espiritual. Atualmente é comum receber queixas de estudantes a respeito da dificuldade que é seguir o método Rosacruz de desenvolvimento. Isso de fato é verdade, pois esse método, apesar de simples e exigir pouco nível de escolaridade para ser compreendido, esbarra exatamente nos muitos resquícios inconscientes que acompanham o Aspirante desde remotos tempos. Contudo, grave em si a seguinte verdade: “o esforço e a atenção necessária que uma pessoa emprega para se elevar e alcançar total domínio sobre sua vida é muito pequeno se comparado com os benefícios colhidos dessa prática” (frase extraída da Revista Rays from de Rose Cross, Abril e Maio de 1988). Que Deus lhe ajude a expandir seu poder interior.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

 

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