Resposta: A Terra nem sempre foi como é atualmente. A ciência nos diz que houve um tempo em que era uma névoa ígnea incipiente. A Bíblia nos mostra que mais remotamente houve um período anterior a essa névoa, quando a Terra era incandescente e luminosa como o fogo; um tempo em que reinava a escuridão.
Houve quatro Épocas ou estágios ao todo, no desenvolvimento da Terra. Primeiro, houve uma Época sombria, chamada na terminologia Rosacruz de Época Polar. Nela a substância que formava a Terra era uma massa escura, quente e gasosa. No segundo estágio, chamado de Época Hiperbórea, a massa escura foi ignificada. Lemos na Bíblia que “Deus disse: ‘Faça-se a luz’ e se fez a luz“. Depois veio o estágio em que o calor dessa névoa ígnea, em contato com o espaço frio, gerou umidade e essa umidade era mais densa próxima ao núcleo ígneo, onde o aquecimento correu, do que na sua periferia – “Deus separou as águas das águas”, isto é, a água mais densa próxima ao núcleo ígneo do que aquela em forma de vapor mais distante dele. Finalmente, ocorreu uma incrustação, tal como sempre ocorre onde a água é fervida continuamente formando, assim, crosta da Terra, a terra seca.
Quando aquela crosta foi totalmente formada, não havia água na superfície terrestre, mas como a Bíblia diz: “Uma névoa subiu à superfície”, e nenhuma erva ainda germinava na face da Terra. Naquela Época, no entanto, começou a aparecer a vegetação e a humanidade nascente vivia ali. Mas, não era uma humanidade constituída como a de hoje. A sua forma aparente era muito diferente e não era tão evoluída como somos atualmente. Na verdade, o corpo e o espírito não estavam perfeitamente concêntricos; os espíritos pairavam parcialmente do lado de fora dos seus corpos e, portanto, “os olhos do ser humano ainda não haviam sido abertos”.
Antigas histórias folclóricas que ouvimos falar na Alemanha, e em diferentes lugares do Velho Mundo, falam deles como os Nibelungos. “Niebel” significa névoa e “ungen” são crianças. Eles eram os “filhos da névoa”, pois a atmosfera clara de hoje ainda não existia; o Sol se assemelhava ao arco de névoa que vemos em torno de uma lâmpada em algum poste na rua num dia muito nebuloso, devido à densidade da névoa que se elevava da Terra.
Enquanto a humanidade vivia nesse estado, não era mentalmente tão desenvolvida como o é hoje. Os seres humanos não podiam ver as coisas existentes fora de si, mas tinham uma percepção interna. Distinguiam as qualidades da alma de todos os que viviam ao seu redor, e suas percepções eram espirituais e não físicas. Naquele tempo não existia nenhuma nação, a humanidade formava, então, uma imensa fraternidade. Todos estavam parcialmente fora de seus corpos e, portanto, em contato com o Espírito Universal, bem diferente da situação atual em que a humanidade está obscurecida pela separatividade do egoísmo, que faz com que cada ser humano se sinta distinto e separado de todo o resto da humanidade; em que a fraternidade é esquecida e o egoísmo impera.
Quando se progride ao ponto de compreender e vivenciar os benefícios da fraternidade, em que a pessoa se esforça em abolir o egoísmo e a cultivar o altruísmo, então estará capacitada a passar pelo rito do Batismo. Entrará na água como um símbolo de seu retorno às condições ideais de fraternidade existente quando toda a humanidade vivia, por assim dizer, na água. Por essa razão, é que vemos Jesus, como o arauto da Fraternidade Universal, no início de seu ministério entrando nas águas do Jordão e ali sendo batizado. Ao se reerguer das águas, o Espírito Universal pousou sobre Ele em forma como de uma pomba, e desde aquele momento não era simplesmente Jesus, mas Cristo Jesus, o Salvador potencial do mundo imbuído do Espírito Universal que, finalmente, retirará de sobre todos os males do egoísmo e devolverá a humanidade às bênçãos da fraternidade que serão realizadas quando o Espírito Universal se tornar imanente em toda a humanidade.
(Pergunta nº 97 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” -Vol. I-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A saúde do ser humano está completamente relacionada com a condição do Corpo Vital.
Esse veículo interpenetra o Corpo Denso e se estende além da periferia desse último aproximadamente quatro centímetros. É composto de quatro Éteres: O Éter Químico, que permite a assimilação dos elementos para o crescimento físico, o Éter de Vida, que trabalha para a propagação da espécie, o Éter Luminoso, que abastece o corpo físico com o calor e através do sistema nervoso e dos músculos, abre a comunicação com o mundo exterior através dos sentidos, e o Éter Refletor, que permite ao Ego dominar seus veículos para a ação no mundo material por meio do pensamento. O Éter Químico e o de Vida formam a matriz dos Éteres inferiores e o Éter Luminoso e Refletor formam a matriz dos Éteres superiores.
O Éter Químico e de Vida formam uma matriz para o Corpo Denso, e cada molécula do corpo está encaixada em uma malha de Éter que o permeia e infunde-lhe vida. Por meio desses Éteres as funções físicas, tais como assimilação, excreção, respiração, etc., são conduzidas. A densidade e consistência dessas matrizes de Éter determinam o estado de saúde.
Aqueles que possuem a visão etérica podem observar que a doença se manifesta no Corpo Vital antes de se manifestar na parte correspondente do corpo físico. Do mesmo modo observa-se que a melhoria da condição da pessoa doente, ocorre primeiramente no Corpo Vital e depois na contraparte física.
Durante a saúde, o Corpo Vital especializa uma superabundância de força solar, que se irradia, em linhas retas, a partir da periferia do Corpo Denso, combatendo germes hostis à saúde. Quando, devido à vida imprópria, o Corpo Vital torna-se extenuado e incapaz de atrair para si suficiente energia solar, sua irradiação torna-se deficiente e resulta em uma saúde debilitada.
Desde que a vida imoral endurece os Éteres do Corpo Vital é óbvio que é essencial para a saúde uma observância das leis espirituais que governam a vida dos seres. Quanto mais vivermos de acordo com os ensinamentos de Cristo, mais harmonia e bem-estar traremos para o Corpo Vital e, consequentemente, para a sua contraparte, o Corpo Denso.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – maio-junho/1995)
Os Estudantes da Filosofia Rosacruz sabem que Lúcifer, a falsa Luz da Época Lemúria, implantou a paixão, inaugurando a procriação do pecado e, consequentemente, o surgimento da tristeza, da dor e da morte. Sabem que Cristo, a verdadeira Luz da vindoura Nova Galileia, inaugurará a imaculada Concepção e pregou o Evangelho da redenção do pecado pelo amor.
É um fato científico que o estado do sangue afeta a Mente e vice-versa; sangue puro é, portanto, indispensável para uma mentalidade sadia.
Uma Mente pura pode transcender a paixão, somente um corpo são pode gerar outro corpo são. Os Irmãos Maiores da Rosacruz têm almejado curar o corpo para que possa abrigar uma Mente pura e um amor puro, pois cada purificação sobre o Corpo Físico é um passo adiante para o dia da vinda do Senhor, pelo qual todos nós anelamos mui ardentemente.
Essa é a razão para as atividades de cura e é o significado do nosso tema “Mente pura, Coração nobre e Corpo são”.
Essa declaração feita por Max Heindel deixa claro que a cura definitiva necessita de educação nos princípios ou nas leis superiores ou espirituais, que regem a vida do ser humano.
Não é suficiente que tenhamos nossas dores temporariamente aliviadas e nossas doenças temporariamente “curadas”. Devemos perceber que não podemos ter uma cura definitiva até que aprendamos a controlar nossos pensamentos, sentimentos e emoções.
Somente dessa maneira a causa espiritual da doença poderá ser removida de dentro de nós.
Temos sido egoístas, gulosos, ciumentos, intolerantes, mentirosos, desconfiados? Então podemos estar certos de que o nosso sangue foi afetado por esses desequilíbrios e que esse sangue contaminado foi transportado para dentro dos tecidos afetando todo o organismo.
Temos sido amáveis, bondosos, tolerantes, úteis? Então podemos estar certos de que esses pensamentos e sentimentos, também afetaram o corpo e o sangue, mas, por esse lado, beneficamente.
Pureza de vida e de pensamento é o caminho principal para a saúde. Todo aquele que se propuser a seguir os passos de Cristo, harmonizando-se com o Seu amor, conquistará uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – julho-agosto/1995)
A cor talvez nos permita conceber, melhor do que por outro modo qualquer, a unidade de Deus e dos Sete Espíritos ante o Trono. Veja-se o Diagrama 11, abaixo:
O branco de um triângulo surge de um fundo negro. O branco é uma síntese, contém todas as cores, como Deus contém em Si todas as coisas do nosso Sistema Solar.
O ser humano não entende o grande mistério do preto e, portanto, tende a associá-lo ao mal. Ele deve possuir sabedoria suficiente para rasgar o Véu de Isis, antes que seu mistério possa ser compreendido.
Como toda criação é inerente ao próprio Deus, a grande luz branca contém em si todas as cores do espectro. E ela brinca diretamente com a divindade dentro do ser humano. Quando sua divindade latente é despertada, ele entra em sintonia com a luz branca como um poder.
Dentro do triângulo branco há três círculos: azul, vermelho e amarelo. Todas as outras cores são simples combinações dessas três cores primárias. Esses círculos correspondem aos três aspectos de Deus, que não tem princípio e que terminam em Deus, se bem que só se exteriorizam durante a manifestação ativa.
Ou seja, é através do azul que Deus-Pai manifesta o Princípio da Vontade, enquanto Cristo manifesta o Princípio da Sabedoria através do amarelo. Vermelho é a cor pela qual o Espírito Santo manifesta o Princípio da Atividade. Portanto, temos uma Santíssima Trindade de cores em toda a Terra.
Quando se misturam essas três cores, conforme se vê no Diagrama 11, aparecem quatro cores adicionais: três cores secundárias, mistura de duas primárias, e uma cor, o índigo, que contém toda a gama de cores, formada das sete cores do espectro.
Assim, notemos que cores secundárias do espectro são laranja, verde, roxo e índigo. Laranja é uma combinação de vermelho e amarelo. Verde é uma combinação de amarelo e azul. Roxo ou violeta é uma combinação de vermelho e azul. Índigo é uma combinação de laranja, verde, azul e roxo (lembrando que: o olho humano é relativamente insensível à frequência do índigo). Um estudo das várias combinações de cores em relação ao desenvolvimento físico, mental, moral e espiritual do ser humano é um assunto muito fascinante.
Essas diferentes cores representam os Sete Espíritos ante o Trono. Diferentes são também os Sete Espíritos, que têm diferentes missões no Reino de Deus, o nosso Sistema Solar.
Os sete Planetas que gravitam em torno do Sol são os Corpos Densos dos Sete gênios Planetários. Seus nomes são: Urano, Saturno, Júpiter, Marte, a Terra, Vênus e Mercúrio.
O azul está em sintonia com o mistério do preto. Pensamos nele como uma cor nebulosa ou intangível. Está associado a mechas de fumaça azul em espiral acima da chaminé, topos e névoas azuladas envolvendo altas montanhas. É através do azul que nos esforçamos para penetrar nas misteriosas profundezas do mar ou nos confins do céu. Então dizemos que Deus fala ao ser humano a partir do Infinito e através da cor azul.
O amarelo indica alta inteligência e sabedoria e, também, uma evidência de uma Mente espiritualizada ou Crística.
O vermelho puro e claro indica força, resistência e elevado estado de perfeição física.
Verde é a cor que tipifica equilíbrio e descanso. No espectro, é a ponte, por assim dizer, entre a personalidade representada por vermelho ou laranja e o espírito representado por azul ou roxo. Verde é sereno, restaurador, curativo. É composto, como já foi dito, de amarelo, a cor de Cristo, e azul, a cor atribuída a Deus-Pai.
A cor laranja é uma combinação de vermelho e amarelo. O vermelho tipifica a personalidade; o amarelo, a mentalidade. Revela um despertar para os valores da verdadeira sabedoria.
O roxo ou violeta é uma combinação de vermelho e azul. Em outras palavras, significa purificação e transmutação da personalidade em espiritualidade. Revela uma natureza espiritualizada, tornada nobre pela tristeza.
O índigo é derivado de uma combinação de laranja, verde, azul e roxo. O raio índigo ainda não é bem entendido, portanto não é de uso geral. O ser humano não tem plena consciência do poder concentrado na mistura das cores secundárias. Um maior uso do raio índigo se prolonga até algum dia futuro.
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O ser humano, necessariamente, é sempre um peregrino do tempo, um andarilho dos labirintos da ilusão, um espectador, um turista da exposição maravilhosa que foi construída por um Mestre Artesão, um observador de eventos nos quais ele tem uma parte, mas que estão além e não são o seu Eu real. Se ele for sábio, absorverá as lições de ilusão da vida, seguro de seus enganos e limitações.
Eu digo que ele é necessariamente um peregrino. Pois é apenas nos labirintos do tempo que pode obter as faculdades, poderes e dons necessários, se quiser se tornar um mestre da ilusão. O verdadeiro lar do espírito está em outro lugar, no reino da Realidade, onde não há “mudança, nem sombra de mudança”. Não foi um místico, sábio e perspicaz, quem disse: “Aqui não temos uma cidade permanente, mas buscamos uma que seja”?
E, novamente, “não feito por mãos, eterno nos céus”? Pode parecer uma meta distante, uma jornada sem fim, mas algum dia chegaremos ao lugar onde poderemos fazer para nós mesmos “roupas de peles” e usar à vontade; naquele dia, nós nos tornaremos como nossos Irmãos mais velhos, os nascidos da Mente e Filhos da Sabedoria, aqueles “sem pai, sem mãe… sem princípio de dias nem fim de vida”.
Para conhecer essa consumação é necessário manejar de forma sábia a vara de poder que cria e dispersa à vontade, conforme a necessidade do espírito. Essa faculdade só pode ser adquirida experimentando tudo aquilo que o tempo pode oferecer e percebendo que o ser humano não está sujeito à passagem dos dias, mas permanece à parte deles, embora vestido com as roupas que estão sujeitas.
O peregrino está em uma jornada atemporal, já que seu fim seja a perfeição e seu objetivo, a eternidade. Ele está sempre buscando um caminho que vá do melhor para o melhor, do menor para o maior, da ilusão à realidade, da separação à união, do fragmento ao todo…
O microcosmo está sempre ansioso pelo macrocosmo. Seus fundamentos são sempre os mesmos: o ganho de experiência e sabedoria por meio de uma série de excursões pelos curiosos atalhos dessa ilusão conhecida como tempo. Porque o tempo é a maior de todas as ilusões. Acreditamos que vivemos pela graça de um relógio, dos dias que passam, das horas que marcam os anos; mas quando alguma crise se abate sobre nós, então sabemos que um minuto pode abranger um século e um dia, parecer um segundo, quando já passou. É então que percebemos o significado da frase, “para Ele um dia é como mil anos e mil anos, como um dia”. Inspirado por essa declaração profética, um dos maiores poetas do mundo escreveu sobre o monge que não conseguia entender como isso poderia ser verdade, mesmo em relação ao Deus que ele adorasse; então, quando ele saiu em uma manhã para caminhar, antes do café da manhã, ouviu por dez minutos (ele pensou) o canto de um passarinho cuja música fosse transcendentalmente doce. Quando voltou ao mosteiro, descobriu que os dez minutos tivessem sido mil anos para o mundo que ele ignorou enquanto ouvia.
A razão pela qual o tempo do peregrino parece ser a única realidade enquanto ele está experimentando é que ele deve estar continuamente vestindo e retirando “roupas de peles”, pois é somente por meio delas que ele pode ganhar experiência. No entanto, é igualmente por meio delas que o tempo consegue impor seu espetáculo de sombras como se fosse realidade.
Para essas “roupas”, descanso, comida e abrigo são necessidades. Uma das maiores imposições do tempo é a exigência de que, enquanto o peregrino começa a vida como uma criatura nova e ágil, com o passar dos dias ele envelhece, seus músculos se tornam mais rígidos, o brilho se afasta de suas bochechas, seu passo torna-se menos seguro, seu olho menos aguçado, seu entusiasmo se afasta — até que, por fim, a ilusão se completa e ele se torna um morador idoso nos corredores do tempo, diminuído por suas depredações, encolhendo-se diante das rajadas dos dias que se aproximam. Entretanto, essa mesma concepção é uma prisão, uma cela estreita feita para prender o peregrino na ilusão de que a vida seja uma coisa que possa ser medida com o passar dos anos, quando na realidade é incomensurável.
A vida é poder, força e vitalidade sem fim. Porque por algumas horas, dias e anos um pouco dela fica retida dentro do corpo físico, não significa que seja cativa desse corpo. A vida é tão imortal, eterna e sempre jovem quanto o Espírito do universo e sua extensão de atividade é tão imensurável quanto. A vida não começa com cada novo corpo que nasce no mundo. Não envelhece com o passar dos anos: nunca envelhece. Ela meramente permanece por algumas horas no mundo da ilusão, adquirindo um pouco da sabedoria e da força que o Ego que veio encontrar. Quando as “cascas” tornam-se inadequadas para seu florescimento posterior, ela as deixa cair para retornar ao seu próprio habitat verdadeiro, aguardar um momento favorável para assumir a ilusão de um novo tempo e acumular um novo estoque de conhecimento.
No entanto, mesmo o ser humano que cede mais plenamente ao engano do tempo, reconhecendo que envelhece com o passar dos anos, ainda guarda rebelião em sua Mente contra o que chama de necessidade da idade, o enfraquecimento das faculdades, a mão paralisada que não obedece mais às suas ordens… O espírito imortal que mora dentro dele conhece seu parentesco com as estrelas. Ele anseia pelo toque dos ventos da eternidade para encher seus pulmões e renovar suas energias. Seu verdadeiro lar está em outro lugar. Ele é um cidadão da esfera mais ampla, de uma perspectiva mais ampla, de uma visão mais ampla e nunca se contenta com a limitação dos anos.
O espírito do ser humano começa sua peregrinação pelos intermináveis corredores do tempo como uma centelha viva do Divino, mas que deve crescer, através da sabedoria acumulada por suas muitas jornadas, e se tornar uma chama envolvente, um fogo vivo que irá, por incontáveis eras do infinito, brilhar para iluminar outras Centelhas em seu caminho de expansão. A princípio, e por muitos renascimentos, essa Centelha não consegue perceber, enquanto habita em seus “casacos de pele”, que possui outra casa além das estrelas que abandonou temporariamente.
No entanto, à medida que mais e mais frutos da experiência se acumulam na casa real do peregrino, vislumbres começam a aparecer. Cenas surgem diante do olho interno, uma experiência vem, à qual ele responde: “Eu já tive isso”. As paisagens se revelam para sua visão e ele diz: “Já estive aqui”. Velhos amigos são recebidos e calorosamente saudados com uma lembrança de outros lugares claramente diante dele.
Antigos inimigos também são enfrentados e dívidas, canceladas. Uma grande expansão de consciência ocorre. Quando isso acontece, a vida no corpo e fora dele se torna uma aventura maravilhosa, não no tempo, mas nos campos infinitos da eternidade. Cada vez mais colhemos no corpo o que semeamos e devolvemos isso ao Lar como feixes de luz.
O peregrino agora vislumbra o grande plano de evolução, que está sendo cumprido de forma lenta, mas segura. O drama é visto através dos véus do tempo, porém não é menos real e impressionante por isso. Surge uma novo ser que, do pó da decepção, reconhece o fruto das oportunidades que não foram aproveitadas, em outro dia distante, quando, em outro corpo, ele descuidadamente deixou de lado o papel que deveria ter desempenhado e outro assumiu a função que deveria ter escolhido. Pela agonia da perda, ele aprende três coisas: primeiro, qualquer coisa que não fosse dele ele não poderia reter; segundo, o que ele tira dos outros deve ser pago, embora seja com gotas de sangue; terceiro, e o melhor conhecimento de todos, o que é verdadeiramente seu não pode ser tirado dele.
À luz obtida com o drama da evolução e sua parte nele, o peregrino deixa de se preocupar, de se afligir, de abrigar inquietação. O vertiginoso turbilhão do tempo diminui e se torna uma vibração constante, segura e silenciosa que o leva mais rápida e infalivelmente em direção ao seu objetivo. Nenhum obstáculo, nenhum atraso, nenhuma decepção podem prejudicar a serenidade do seu progresso. Nenhuma perda pode deprimi-lo, nenhum triunfo ou prazer pode atrasá-lo por muito tempo, porque ele sabe que isso é apenas outra fase da novela de sombras mágicas do tempo e usa todos os eventos, todos os pensamentos e todas as emoções como degraus para pavimentar o caminho que leva da ilusão para a vida, do tempo para a eternidade.
Ele aprende outra coisa importante: ele não é escravo de suas “túnicas de peles”; se ele recorrer ao seu próprio Eu eterno, incansável e sempre ansioso, ele poderá ser jovem, embora seu cabelo esteja branco e seus membros se tornem lentos, incertos. Seguro em seu conhecimento acumulado durante eras, ele percorre os corredores do tempo, absorvendo novas experiências e transmutando-as no ouro da sabedoria eterna que perdurará quando o tempo não existir mais. Ele sorri da própria dor, o que o torna irmão de todos os que sofrem e o permite ser seu consolador. Ele aceita a adversidade, porque ela traz consigo a força para resistir. Ele aprende a trazer para sua consciência os sofrimentos do grande órfão, a humanidade — toda sua agonia, todas as decepções esmagadoras que parecem ameaçar a vida do espírito; todos os desesperos que não conhecem mitigação; todas as esperanças que morrem antes de florescer, deixando apenas uma dor maçante para trás; as separações que parecem intermináveis e os dias de dor que parecem nunca cessar…
O peregrino aprende a trilhar o caminho com o coração partido, com lágrimas interiores que sempre caem pelas tristezas do mundo, mas também com o pleno conhecimento de que um dia as ilusões passarão, os olhos se abrirão de verdade e, então, essas coisas também morrerão.
Tudo isso ele faz para ser considerado digno de ter levado a termo sua crucificação na cruz da matéria, de ter mantido seu lugar com plena paciência, resistência e sacrifício para que outro universo possa surgir no grande drama da Evolução e outras Centelhas da Chama possam ter seu Dia de evolução nela. Naquele dia ele saberá que será totalmente um com tudo o que vive e esse conhecimento tornará doce o presente trilhar do Caminho.
Por fim, chegará o tempo em que o peregrino perfeito se tornará um cidadão do reino da luz, com a escuridão sendo um sonho do passado, a bem-aventurança, uma realidade viva e a agonia, estando para sempre terminada. A paz eterna estará à sua disposição. Ele só precisará estender a mão para obter a meta que conquistou por meio da angústia e da alegria de muitas vidas.
Então a escolha é oferecida a ele. Ele pode ter a paz da perfeição, a glória da plena união com o “Eu Superior”, o amor puro que o espera. Ou pode voltar e, tomando o caminho da renúncia, ajudar aqueles que ficaram para trás, seus próprios irmãos e irmãs ainda tateando na ilusão do tempo.
E quando ele faz a grande renúncia, quando se liga ao mundo que conquistou, o peregrino se torna a coisa mais sagrada que a terra pode produzir, sua flor mais bela e portadora do título mais digno: “Salvador dos Homens”.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro-dezembro/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Observação — numerosos pedidos foram feitos para que um serviço fúnebre que os membros da Fraternidade Rosacruz e outras pessoas, que veem a vida como nós, possam usar, ao se despedirem do corpo de um amigo, fosse ensinado. Portanto, publicamos um relatório estenográfico do discurso de despedida que Max Heindel fez para Frances Lyon, nossa estimada amiga e colega de trabalho.
Depois da música de órgão, o público cantou “Mais perto de Ti, meu Deus”. O Emblema do Funeral Rosacruz, uma cruz branca e pura com uma rosa branca no centro, foi então revelado e Max Heindel deu a saudação Rosacruz, como de costume.
“Minhas queridas irmãs e irmãos, que as rosas floresçam em vossa cruz”. O público respondeu: “Na vossa também”.
Max Heindel então disse:
Uma das provas do valor da religião é o conforto que nos dá quando a dor e a tristeza põem à prova nossos corações. Para cumprir sua missão a religião deve trazer-nos conforto, particularmente por ocasião da separação final de nossos entes queridos. Quando a morte nos aflige, quando Deus quer terminar a vida terrena atual dos nossos parentes e amigos, quando nossos recursos humanos tenham sido esgotados, então procuramos, na religião, a coragem e a fortaleza que nos permita suportar a carga da nossa grande perda e da nossa tristeza.
Como preenchem esses requisitos os Ensinamentos Rosacruzes? Em primeiro lugar, eles nos dizem que a morte não é o fim; e, também, como, sob a Lei de Consequência, o fruto de nossas ações nesta vida, sejam boas ou más, deve ser colhido em algum tempo futuro, pois a Bíblia nos diz: “Aquilo que o homem semear, isso mesmo colherá”.
Sabemos ser impossível cancelar nossos atos bons ou maus pelo simples fato de morrer, como também o é compensar nossos credores mudando-nos para outra cidade. A dívida continua existindo e, algum dia, e em algum lugar, deve ser liquidada. Nossas recompensas também são devidas, em momento oportuno, e a lei imutável da causalidade, portanto, envolve a continuidade da vida e o renascimento em algum momento futuro, conforme expresso por Sir Edwin Arnold:
“O espírito jamais nasceu!
O espírito nunca deixará de ser!
Nunca houve tempo em que ele existisse;
O fim e o princípio são sonhos,
O espírito permanece para sempre independente dos nascimentos e das mortes;
A morte não tem nenhuma influência sobre ele,
Embora pareça morta sua habitação”
“Assim como tiramos uma roupa usada
E apanhamos outra, dizemos:
‘Hoje usarei essa!’
Assim também o espírito abandona sua veste de carne
E parte para voltar a ocupar
Nova habitação, recém-construída”.
Alegramo-nos quando uma criança nasce e choramos quando a morte chega, porque não percebemos que tal conduta é exatamente o oposto do que deveria ser. Na verdade, o espírito está aprisionado nesta capa de barro desde o nascimento, estando sujeito por muitos anos às dores, sofrimentos e enfermidades das quais toda carne é herdeira. Verdadeiramente, a existência concreta é necessária para aprender certas lições — e dessa forma o espírito se beneficia —; mas logicamente, se o choro deve ser tolerado, então devemos chorar quando o espírito nasce neste mundo e devemos nos alegrar quando a morte chega para liberá-lo da dor e do desconforto da existência física.
E, se pudéssemos ver e conhecer o alívio que eles sentem, certamente nos alegraríamos. Pense em como uma pobre alma, acorrentada a uma cama de tortura por anos, deve se sentir, ao despertar no mundo invisível, capaz de mover-se livremente e sem dor para onde quiser. Eles se sentem cheios de alegria e não é nosso dever refrear nosso próprio sentimento de perda, que está realmente enraizado no egoísmo, e nos alegrar com eles, oferecendo-os a Deus para que Ele acelere sua nova jornada?
Aprouve a Deus chamar nossa amiga Frances para uma obra maior, para campos mais amplos em outro mundo, onde ela não precisa de um corpo físico e, por isso, deixou esta vestimenta. Assim como uma criança comparece à escola dia após dia, para adquirir conhecimentos, tendo noites de descanso entre os dias de escola, enquanto desenvolve o seu corpo da infância até a estatura do adulto, assim também o espírito frequenta a escola da vida durante uma sucessão de vidas habitando uma série de corpos terrestres de qualidade sempre melhorada, com os quais ganha experiência. É como disse Oliver Wendell Holmes:
“Constrói mansões mais duradouras, minha alma,
À medida que passam as velozes estações!
Abandona tua cripta anterior!
Que cada novo templo, melhor que o anterior,
Te separes do céu com cúpula maior,
Até que afinal te libertes,
Trocando tua concha por um oceano irrequieto de vida!”
Portanto, sabemos que Frances vai voltar, porque ela precisa voltar, em algum local, algum dia, com um corpo melhor e mais nobre do que esta vestimenta frágil que ela descartou. Sabemos que, pela lei imutável da causalidade, ela precisa retornar; isso é tão certo quanto a pedra que, atirada ao ar, cai de volta à terra; ela vai retornar para que, por repetidas vidas de amizade e relacionamentos, sua natureza amorosa possa ser ampliada e aprofundada dentro do Oceano de Amor em que tudo deve se misturar: gota com gota. A morte, então, perdeu seu aguilhão, no que nos diz respeito, não porque somos problemáticos e amamos menos nossos amigos ou parentes, mas porque estamos firmemente convencidos, porque temos conhecimento real e absoluto de que não existe Morte.
A morte não existe. Os Astros escondem-se
para elevarem-se sobre novas terras.
E sempre brilhando no diadema celeste
espalham seu fulgor incessantemente.
A morte não existe. As folhas do bosque
convertem em vida o ar invisível;
as rochas quebram-se para alimentar
o musgo faminto que nelas nascem.
A morte não existe. O chão que pisamos
converter-se-á, pelas chuvas do verão,
em grãos dourados ou doces frutos,
ou em flores com as cores do arco-íris.
A morte não existe. As folhas caem,
as flores murcham e secam;
esperam apenas, durante as horas do inverno,
pelo hálito morno e suave da primavera.
A morte não existe; embora lamentamos
quando as lindas formas familiares,
que aprendemos a amar, sejam afastadas
dos nossos braços
Embora com o coração partido,
vestido de luto e com passos silenciosos,
levemos seus restos a repousar na terra,
e digamos que eles morreram.
Eles não morreram. Apenas partiram
para além da névoa que nos cega aqui,
para nova e maior vida
dessa esfera mais serena.
Apenas despiram suas vestes de barro,
para revestirem-se com traje mais brilhante;
não foram para longe,
não foram “perdidos”, nem partiram.
Embora invisível aos nossos olhos mortais,
continuam aqui e nos amando;
nunca se esquecem
dos seres amados que deixaram.
Por vezes sentimos sobre nossa fronte febril
sua carícia, um hálito balsâmico.
Nosso espírito os vê, e nossos corações
sentem conforto e calma.
Sim, sempre junto a nós, embora invisíveis
continuam nossos queridos espíritos imortais
pois todo o universo infinito de Deus
É VIDA. – A MORTE NÃO EXISTE! .
Não temos motivos para afligir-nos porque o Cordão Prateado partiu-se e o corpo está para retornar ao pó de onde veio, pois sabemos que o espírito que chamamos de Frances nesta vida esteja mais vivo do que nunca; na verdade, está conosco agora e tão visível para alguns de nós como quando habitou a vestimenta que agora enviamos ao fogo para que os elementos possam ser transmutados em outras formas pela alquimia da natureza.
Antes de enviá-lo ao Crematório, cantaremos o Hino de Encerramento Rosacruz usado no Serviço do Templo Rosacruz.
Os serviços feitos no corpo de Frances Lyons foram realizados na Pró-Ecclesia, no dia 31 de agosto, às oito horas da manhã, e o corpo foi então enviado para San Diego, onde o crematório o reduziu a cinzas.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de dezembro/1912 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Abril/2021:
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MAIO – Mês da Harmonia
Quando o Sol passa pelo Signo de Touro no mês de maio, a força de Cristo ascende mais e mais até a aura espiritual da Terra. O Discípulo que está caminhando pela Trilha da Santidade, segue a estrela da luz ascendente de Cristo e penetra em uma esfera na qual se encontra interiormente harmonizado e fortalecido pelo poder criador da música.
Quando o Sol passa de Áries para Touro, uma pessoa sensitiva percebe uma mudança na atmosfera psíquica da Terra, das muitas carregadas radiações masculinas de Áries ao suave e carinhoso padrão do Signo de Vênus, governado por Touro. A Lua, também feminina por natureza, está em Exaltação nesse Signo, que enfatiza ainda mais a terna e amável disposição dos nativos de Touro. Por isso, sob essas influências, se celebra o Dia das Mães, precisamente no segundo domingo de maio, quando os atributos femininos dos céus estão no Ascendente.
Assuntos abordados durante as Reuniões de Estudos desse mês:
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cosmogênese e Antropogênese – Parte II
Grande Arquiteto do Universo é o Ser Supremo (Poder, Verbo e Movimento).
Grande Arquiteto do nosso Sistema Solar é o Deus (Vontade, Atividade e Sabedoria) – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Deus Pai, é o mais elevado Iniciado dos Senhores da Mente; Deus Filho, Cristo, o mais elevado Iniciado dos Arcanjos e Deus Espírito Santo, Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos.
Sim, são diferentes, porque são diferentes manifestações de um mesmo Deus.
Deus é Um, mas ao mesmo tempo Ele é Trino, incorporando o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, os princípios da Vontade, da Sabedoria e da Atividade. Todos são um Poder Espiritual definido, intimamente relacionados, funcionando como uma Unidade.
Deus aparece em um tríplice papel durante a manifestação, por meio do exercício das três funções divinas: a criação, a preservação e a dissolução.
São os Espíritos Planetários, os Anjos Estelares. Essas Inteligências Divinas são superiores a todos os outros Seres do nosso Sistema Solar, tendo a responsabilidade pela evolução de todos os seres vivos que aqui se encontram.
Cada Espírito Planetário influencia a humanidade e trabalham instruindo os Espíritos Virginais. São Eles:
Não. O Verbo é o centro divino criador para a disseminação do amor e da luz do Cristo Cósmico.
Sim, as Entidades que alcançam um elevado grau de perfeição assumem a função do Espírito Planetário, que se retira, e permanece guiando seu Regente. É o que deve acontecer conosco, quando conseguirmos liderar a Terra sem o auxílio de Cristo. Ele se retirará e continuará guiando o Sol de quem é o Regente.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – O Princípio
São também chamadas de Hierarquias Zodiacais:
As Hierarquias Criadoras Teofins (Áries) e Xeofins (Touro) nos prestaram auxílio no princípio desse Esquema de Evolução e se retiraram já no Período de Saturno. No princípio do Período Terrestre as 3 (três) Hierarquias: Serafins (Gêmeos), Querubins (Câncer) e Senhores da Chama ((Leão) também se libertaram. Diz-se que as Hierarquias Criadoras se retiram ou se libertam quando já aprenderam tudo.
Assim, hoje 7 Hierarquias Criadoras estão ativas: Senhores da Sabedoria (Virgem), Senhores da Individualidade (Libra), Senhores da Forma (Escorpião), Senhores da Mente (Sagitário), Arcanjos (Capricórnio), Anjos (Aquário) e Espíritos Virginais (Peixes).
Os místicos, com base na Lei de Titus-Bode, afirmam que Netuno e Plutão não pertencem realmente ao nosso Sistema Solar. Eles pertencem a um Sistema Solar vizinho ao nosso, tanto que suas influências são sentidas apenas por pessoas já com um nível de desenvolvimento Crístico elevado. Esses Planetas não foram ejetados do Sol como os outros sete.
Involução: traz o Espírito à matéria pela sua cristalização em Corpos. Adquirimos os nossos Corpos e nos despertamos como Tríplice Espírito, que é o que somos de fato: um Ego. É também o período dedicado à aquisição da consciência do “Eu”, e à construção dos veículos por cujo intermédio nos manifestamos, ou seja: reconhecemo-nos como um “ser separado”, um indivíduo. Quando atingimos o nadir da materialidade, na Região Química do Mundo Físico, dominamos tudo que precisávamos aprender com os sólidos, líquidos e gases.
Evolução: liberta o Espírito da matéria pela espiritualização dos Corpos e sua conversão em Almas. É a fase de sutilização da Forma e evolução do Espírito. Estamos no processo de aprender a dominar os nossos Corpos e a convertê-los em Almas. É a fase em que desenvolvemos a nossa consciência até convertê-la em divina onisciência – o que chamamos de expansão da consciência.
Epigênese: É a terceira força. É a atividade criadora original do Espírito; é a alavanca, e a Mente é o ponto de apoio sobre o qual a Involução torna-se Evolução. Baseia-se no fato de podermos fazer algo novo, algo original, que não havíamos escolhido no Terceiro Céu.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – Os Mundos
Portanto, tudo no Mundo é espaço cristalizado através desses dois Polos. As formas minerais, vegetais, animais e humanas são cristalizações em torno do Polo Negativo (Substância-Raiz-Cósmica).
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Esquema da Evolução – Os Sete Períodos
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Abril:
O Sangue
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que nós, como Egos, governamos o nosso Corpo Denso por meio do sangue e isso é feito por meio do calor do sangue. Assim, está no sangue o ponto de aderência ao Corpo Denso.
O sangue é um dos produtos mais elevados do Corpo Vital, tanto por ser o condutor de alimento para todas as partes do corpo, quanto por ser o veículo direto do Ego.
Podemos ver isso no Livro do Levítico, na Bíblia: no versículo décimo-quarto do capítulo décimo sétimo: proíbe-se aos judeus comerem sangue, porque “… a alma de toda carne está no sangue…”. No versículo décimo-primeiro do mesmo capítulo, estas palavras: “… porque a alma da carne está no sangue, o mesmo é o mediador da alma”, porque a palavra empregada é neshamah, que significa “alma”, não “vida”.
O rubor da vergonha é outro fato que mostra a ligação do Ego com o sangue: este, impelido à cabeça, esquenta demais o cérebro, paralisando o pensamento.
O medo é um estado de autodefesa do Ego contra algum perigo externo. Em tal situação o Ego impele o sangue para o centro do corpo; o rosto empalidece, pois, o sangue abandona a periferia do corpo e perde calor; o pensamento paralisa-se; o sangue fica “gelado”; o corpo treme e os dentes batem como quando a temperatura desce devido às condições atmosféricas.
No estado febril o excesso de calor produz o delírio.
Quando o sangue não é demasiado quente, as pessoas vigorosas são mental e fisicamente ativas, enquanto as pessoas anêmicas são sonolentas. Em uma, o Ego tem maior controle, noutra menor.
Quando em certa situação, é preciso pensar e agir rapidamente, o sangue dirige-se rápido ao cérebro.
Mas quando uma alimentação copiosa ou pesada centraliza a atividade do Ego nos órgãos digestivos, o ser humano tem dificuldades em se concentrar para pensar, estando na consciência de vigília. Então fica sonolento.
Enfim, esses exemplos tendem a provar que, durante as horas de vigília, o Ego controla o Corpo Denso por meio do sangue.
A maior quantidade dirige-se sempre ao ponto do corpo em que, num determinado momento, o Ego desenvolve sua principal atividade.
Só quando o sangue tem ou está próximo da temperatura normal é que o Ego pode usar o corpo como veículo de consciência.
O cérebro e o sistema nervoso são as mais elevadas expressões do Corpo de Desejos.
São receptores das cenas do mundo externo, mas para formar as imagens mentais dessas cenas, o sangue transporta o material. Por isso, quando o pensamento está em atividade, o sangue flui à cabeça.
Com exceção dos pulmões, o coração é o único órgão do corpo através do qual passa todo o sangue em cada ciclo.
O sangue é a expressão mais elevada do Corpo Vital, porque nutre todo o organismo físico.
Em certo sentido, é também o veículo da Memória (ou Mente) Subconsciente, e está em contato com a Memória da Natureza, situada na divisão mais elevada da Região Etérica.
O mais fugaz sentimento, pensamento ou emoção é transmitido aos pulmões, de onde é injetado no sangue.
O sangue, ao passar pelo coração, ciclo após ciclo, hora após hora, durante toda a vida, grava os acontecimentos no Átomo-semente, enquanto permanecem frescos.
Prepara um arquivo fidelíssimo da vida que, depois, na existência pós-morte, se imprimirá indelevelmente na alma.
O coração está permanentemente em estreito contato com o Espírito de Vida, o Espírito do amor e da unidade, o que o torna o foco do amor altruísta.
Na visão espiritual, o sangue vermelho sem núcleo não é um fluido, mas um gás – isso fica mais fácil de se ver quando o sangue flui pelas artérias que são profundas no corpo.
O fato de o sangue sair sob forma líquida quando nós nos ferimos não é argumento contra essa afirmação.
No momento em que abrimos a válvula de uma caldeira de vapor, o gás também se condensa em líquido, mas se criarmos um modelo de caldeira em vidro e observarmos a forma como o vapor age dentro dela, veremos apenas o pistão movendo-se para frente e para trás impulsionado por um agente invisível, o vapor ativo.
Similarmente, assim como o vapor ativo da caldeira é invisível e gasoso, também o sangue ativo do corpo humano é um gás, e quanto mais elevado for o estado de desenvolvimento de qualquer Ego renascente, maior capacidade terá para eterizar seu sangue.
A Ressurreição
A Ressurreição de Cristo não é só um acontecimento histórico para uma mera celebração eclesiástica. É um festival cósmico recorrente. É um incremento anual, tanto físico como espiritual, de vida, para a experiência presente e para o desenvolvimento futuro do ser humano.
Só quando essa experiência for assimilada interiormente, poderemos compreender o significado transcendental dos sagrados Mistérios da Páscoa.
Durante a experiência da Morte Mística, o Discípulo se conscientiza das ilusões da matéria e das limitações da vida finita.
A consciência da Ressurreição produz a comprovação da unidade de toda a vida em Deus.
A pedra da separação foi removida.
Por isso, quem passou por essa sublime experiência sabe que nenhum dano pode afetar uma parte sem ferir o todo, e que nada bom pode suceder a alguém sem que, ao mesmo tempo, beneficie a todos.
Quem chega a conhecer a glória da Ressurreição não pode mais ferir e nem matar, nem sequer a seus irmãos menores do reino animal, posto que eles são expressões viventes da mesma vida que vive e se move, e tem o seu ser no ser humano.
Com a consciência da Ressurreição, a paixão do Corpo de Desejos não regenerado se converte na compaixão do espírito, que tudo abarca.
O recém-nascido é banhado na dourada refulgência do Cristo Ressuscitado, e se faz um com Ele, na comprovação de que a morte se converteu na vitória da vida eterna.
A Ressurreição marca a culminação do Caminho da Iniciação para as Iniciações ou Mistérios Menores.
Assinala, igualmente, o triunfo definitivo da vida sobre a morte.
A meditação sobre a experiência transcendental da Ressurreição proporciona uma compreensão e reverência maiores pelo significado interno daquela saudação que os Cristãos esotéricos se dirigiam, durante a radiação do amanhecer da Páscoa, à luz de sua própria iluminação interior: “Cristo é nossa Luz”.
Planeta Terra
Assim como a sensação, nos animais e no ser humano, é devida a seus Corpos Vitais separados, assim as sensações do nosso Planeta Terra, são especialmente ativas por meio de uma das divisões do seu interior, que chamamos de Sexto Extrato.
Toda desintegração da crosta dura produz uma sensação de alívio, e toda solidificação é fonte de dor.
Quando uma torrente de chuva lava a encosta da montanha, arrastando a terra para os vales, a terra sente-se mais aliviada.
Aonde a matéria desintegrada se deposita de novo, como no baixio que se forma na foz de um grande rio, produz-se uma correspondente sensação de opressão.
Para se compreender o prazer que a Terra experimenta quando se quebra uma rocha, e a dor que lhe produzem as solidificações, devemos recordar que a Terra é o Corpo Denso, (o Corpo Físico) de um Grande Espírito, o Regente do Planeta, um raio do Cristo Cósmico, o qual para nos fornece um meio em que pudéssemos viver e obter experiências, teve de cristalizar seu corpo até à condição de solidez atual.
Contudo, na medida em que a evolução prossiga e aprendamos as lições correspondentes aos extremos de concretização, a Terra se tornará mais branda e seu Espírito se libertará cada vez mais.
Foi isto o que São Paulo quis significar quando disse que toda a “criação geme e sofre, esperando o dia da libertação”.
Os Anjos
Uma das funções dos Anjos é ser o Espírito-Grupo do Reino Vegetal (também designado como Plantae, Metaphyta ou Vegetabilia). Hoje são conhecidas mais de 300.000 espécies de plantas, das quais a maioria, mais de 280.000, são plantas com flor. Os Anjos são perfeitamente aptos a construir o Corpo Vital porque no Período Lunar, quando eram humanos, o Éter era o estado mais denso da matéria. Assim, da mesma forma que nós, seres humanos, estamos nos tornando especialistas na matéria química (sólidos, líquidos e gases) da Região Química do Mundo Físico, os Anjos são especialistas na matéria etérica (Éter Químico, Éter de Vida, Éter Luminoso e Éter Refletor).
A existência dos atuais vegetais começou no Período Lunar. Os Anjos eram humanos, pelo que no presente, estão relacionados especialmente com a vida que ocupa o Reino Vegetal; são os responsáveis pela evolução de cada ser desse Reino (é o seu Espírito-Grupo).
A capacidade dos Anjos em serem especialistas em Éter, habilita-os a serem Guias apropriados para os Reinos que possuem Corpo Vital, nós, os animais e os vegetais, relativamente às funções vitais de propagação, nutrição, etc. Portanto, além de Espírito-Grupo, os Anjos têm outras funções nesse Esquema de Evolução.
Os Anjos aprenderam a obter conhecimento sem necessidade de cérebro físico. Seu veículo inferior é o Corpo Vital. Pertencem a uma evolução diferente e nunca estiveram aprisionados em um corpo tão denso e pesado como o nosso; o Corpo Denso ou Corpo Físico. A Sabedoria foi-lhes concedida como uma dádiva, sem necessidade de laborioso pensamento através de um cérebro físico.
Os Anjos não experimentaram divisão alguma dos seus poderes anímicos e podem, portanto, exteriorizar sua dual força anímica sem reservar nada egoisticamente. A força exteriorizada com o propósito de criar outro ser é Amor. Os Anjos exteriorizam todo o seu amor, sem egoísmo nem desejo e, em troca, a Sabedoria Cósmica flui neles. Os Anjos amam sem desejo.
Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
O físico que afirma que o tempo corre em duas direções
Lendo o artigo “O físico que afirma que o tempo corre em duas direções (e de que modo isso afeta como entendemos o Universo)” de Carlos Serrano (@carliserrano) publicado no publicado na BBC News Mundo, (https://www.bbc.com/portuguese/geral-55805371), em que o físico britânico Julian Barbour questiona as explicações tradicionais do Big Bang e propõe uma nova concepção do tempo., nos leva a algumas reflexões, segundo os Ensinamentos Rosacruzes:
“Na visão tradicional da física, a entropia aumenta implacavelmente com o passar do tempo, o que significa que um dia nosso Universo atingirá seu estado máximo de entropia: terá se expandido tanto que será uma desordem total”.
Quando olhamos pela ótica dos Ensinamentos Rosacruzes, pensamos se o Ser Supremo seria capaz de permitir isso?
Julian Barbour desafia essa ideia. Ele propõe “que o Universo de dois lados, com um tempo que avança em duas direções”, ou ainda “o tempo não avança inevitavelmente em direção à entropia total. O que ele prevê é o inverso: um Universo cada vez mais complexo e estruturado que cresce sem fronteiras”.
Quando o Ser supremo (o Grande Arquiteto do Universo) criou o Universo e organizou essa esfera com Sua Consciência, colocou tudo em funcionamento de uma forma ordenada: o Sol, os Planetas com seus movimentos e suas órbitas. Essa movimentação ordenada influencia as variações climáticas, as estações do ano, as alterações de marés, e outras atividades da vida aqui na Terra. Tudo funcionando em harmonia – a isso chamou de COSMOS, campo de evolução de milhares de seres. Portanto, sabemos que o Ser Supremo não permitiria que essa desordem acontecesse, pois toda a obra da criação cessaria, e consequentemente, toda possibilidade de desenvolvimento desses milhares de seres.
Segundo a Ciência oculta, toda existência (quer dizer; todas as formas, Mundos no espaço e quaisquer formas que possa haver neles) é Espírito. Assim como a atmosfera que nos rodeia e o espaço entre Mundos. Existe um intercâmbio constante entre a forma dissolvendo-se em espaço e o espaço cristalizando-se em forma.
“Em sua teoria, o tempo não avança inevitavelmente em direção à entropia total. O que ele prevê é o inverso: um Universo cada vez mais complexo e estruturado que cresce sem fronteiras. Na verdade, em vez de dissipação, Barbour prefere dizer que a energia se espalha”
Quando estudamos os Mundos Invisíveis, aprendemos que o tempo não existe nos Mundos Superiores onde Cristo tem os Seus veículos, o Tríplice Espírito.
Sabemos que nossa evolução engloba 7 Mundos: 1) O Mundo de Deus, 2) O Mundo dos Espíritos Virginais, 3) O Mundo do Espírito Divino, 4) O Mundo do Espírito de Vida, 5) O Mundo do Pensamento, 6) O Mundo do Desejo e 7) Mundo Físico. Sabemos ainda que cada um destes Mundos está sujeito a leis especificas e que as leis de um Mundo são praticamente inoperantes nos outros. Por exemplo:
O Espírito é capaz de ultrapassar o tempo e o espaço, e viajar por esses Mundos, porque é superior a essas condições físicas interdependentes. Mas para isso ele necessita de treinamento para aprender a funcionar nesses Mundos, pois precisa aprender a funcionar em seus veículos superiores.
Neste momento estamos limitados pela forma, ao Mundo Físico. Estamos presos neste Corpo Denso e muitos de nós só têm consciência deste Mundo Físico, ou até pior ainda: somente da Região Química do Mundo Físico, ainda que não totalmente, mas sabemos que existem muito mais conhecimentos nos Mundos superiores, só ainda não temos condições de obter por falta de instrumento para compreendê-lo, uma ferramenta, um veículo, um Corpo.
“Para Barbour, sua concepção de tempo e Universo carrega uma mensagem para a vida. “Carpe diem”, aproveite todos os dias, diz o físico de 83 anos.” “todo ser humano vive com uma certeza indiscutível, ele alerta: “Não quero ser melancólico, mas você e eu vamos morrer”. “E acima de tudo, conclui o cientista, não importa em que direção o Universo se mova, “meu conselho é não perder tempo”.
Sabemos que a vida no Mundo Físico é, na realidade, uma passagem por uma escola de experiências, período no qual se dá a nossa evolução espiritual. Em cada Renascimento, nesta escola da vida, recebemos certas lições que ajudamos a escolher quando estamos no Terceiro Céu e nos preparando para renascer, para o nosso crescimento anímico, as quais devem ser estudadas, aprendidas e sublimadas. Os trabalhos não feitos são oportunidades perdidas, e que deverão ser executados mais à frente ou em vidas futuras. Portanto não devemos desperdiçar tempo e nem nos recusarmos aos trabalhos apresentados.
Aqui não é nosso lar. Estamos aqui de passagem. Nosso verdadeiro lar é o Lar Celeste, na casa do Pai.
A morte é uma necessidade. Mas morremos apenas para o Mundo Físico, pois a vida continua nos planos espirituais até o próximo Renascimento. Cada novo nascimento, em novos ambientes, nos oferece novas oportunidades de aprender as lições que necessitamos, para nossa evolução espiritual. Portanto, aproveitemos cada momento e cada oportunidade que nos é dada.
Barbour acredita que todos podem ter uma mudança de atitude em relação à vida, pensando no bem dos outros. “Acho que podemos salvar o mundo se as pessoas se acostumarem com a ideia de serem pessoas melhores para os outros”.
“Cumpre-nos buscar sempre o bem oculto em todas as coisas. O cultivo dessa atitude de discernimento é particularmente importante.” (Conceito Rosacruz do Cosmos).
O Espírito humano é uma chispa do Infinito, portanto todo ser humano é, em essência, bom e capaz de ver o bem em todas as coisas. Ele tem uma bondade inata, portanto possui também uma extraordinária capacidade de fazer o bem. Imaginem se todos os seres humanos fossem educados para o amor, em vez de para o egoísmo e até para o ódio, o quanto poderíamos fazer e sermos diferente nesse Mundo.
O bem está nos pequenos atos de bondade praticados diariamente. Podemos influenciar os outros com o entusiasmo, a alegria. Agindo com otimismo somos capazes de executar nossas tarefas com êxito maior do que costumeiramente.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
Resposta: Antes de falarmos sobre “raios propícios para a procriação”, temos que considerar um corpo que utiliza a força sexual criadora somente para a procriação. Se temos um corpo onde gastamos a força sexual para gratificação dos sentidos, então podemos estar sobre a influência dos melhores raios para a procriação e não os sentiremos! É como não termos uma ferramenta própria para executar uma atividade. Só que nesse caso nãos existe a hipótese de improvisação. Quando estávamos sob a guarda dos Anjos, utilizávamos a nossa força sexual somente para fins de procriação, aí sim, os Anjos, nos momentos propícios para a procriação, nos enviavam para a melhor posição na Terra para ficarmos sob as influências dos melhores raios para a procriação. A partir do momento que tomamos as rédeas da evolução e usamos e abusamos da força sexual, ficamos sem o instrumento adequado para responder `a essa benéfica influência. Resumindo: primeiro purifiquemos o nosso corpo, gastando a força sexual somente para a procriação e por meio do serviço amoroso e desinteressado, de todos os meios, mas priorizando por meio de atos e obras, focando em servir ao irmão e a irmã considerando exclusivamente a sua divina essência (que é a base da Fraternidade), dar vazão a parte da força sexual não utilizada para a procriação. Somente assim vamos nos preparando para responder “aos raios propícios para a procriação” que estão por toda parte e à nossa disposição.
Resposta: É por isso que devemos, todas as noites, por mais dificuldades que tenhamos, oficiar o Exercício Esotérico da Retrospecção. Ele é a melhor maneira de praticar a doutrina da Remissão dos Pecados (Perdão dos Pecados). Estude esse exercício com todo cuidado e atenção e o pratique a cada noite, melhorando sempre, e você verá essa doutrina operar na sua vida. Junte a ele o exercício matutino da Concentração (aquela que é detalhada no livro” Conceito Rosacruz do Cosmo”), e você terá a mais eficiente e eficaz prática do Perdão dos Pecados. Para ajudá-lo a melhorar, pratique a Concentração durante o dia; ela lhe ajudará a focar, a esvaziar a Mente e a dominar o seu Corpo de Desejos. Aqui você encontra um Curso, nos fornecido pela Fraternidade Rosacruz da Alemanha: http://www.fraternidaderosacruz.com/index.php/ebook-biblioteca-fraternidade-rosacruz/ger-westenberg/1952-livro-curso-de-concentracao-por-ger-westenberg.
Resposta: Sugerimos que estude sobre o “conceito de Deus”, pois dependendo do ponto onde se está no Esquema de Evolução, para nós, seres humanos, “Deus” tem um conceito bem diverso. E para compreender a questão de Caim, Abel, Moisés, Josué, Davi, Salomão, João Batista, Jesus e outros líderes da humanidade, sendo humanos, é imprescindível que, antes, aprenda sobre isso. Para tal, dê uma lida aqui: http://www.fraternidaderosacruz.com/images/LivrosDigitalizadosPDF/O%20Conceito%20Rosacruz%20do%20Cosmos%20300316.pdf; pág. 214, a partir de: “Durante as idades anteriores… Até pág. 215: …em algum tempo futuro.”. Boehme, como muitos outros antes de Max Heindel, sempre escreveram para seres humanos que já tinham um certo grau de conhecimento dos mistérios ocultos. Ou seja: já se supunha que o leitor já sabia de que “Deus” estava se falando, quando ele falava de Caim. Uma vez entendido de que “Deus” está se falando, naquele contexto, entenda que lições, que regras, que leis e que consequências estávamos envoltos.
Resposta: Para começar a trilhar o Caminho Rosacruz você deve se tornar um Estudante Preliminar. Para isso você deve fazer o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, todo grátis. Mais informações é só clicar aqui: https://fraternidaderosacruz.com/site/como-se-inscrever-no-curso-preliminar-de-filosofia-rosacruz/.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Toda semana, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos de amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da Cura.
Datas de Cura:
Maio: 01, 08, 15, 22, 28
“Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro,
e tu me curaste” – Salmos 30:2
O essencial não é ser poeta, artista ou filósofo, mas sim que cada qual seja digno de seu trabalho e dele tenha alegria e consciência do que faz.
O anelo de fazer as coisas bem-feitas, o entusiasmo resultante da satisfação de realizá-las é a sã recompensa dos fortes, dos que têm um amplo coração e o espírito limpo.
Dentre todas as atividades da natureza, nenhuma obra bem-feita vale menos ou vale mais, pois todos somos algo necessário e valioso na trajetória do mundo. Assim, o que constrói uma torre, o que ergue uma cabana, o que tece os mantos imperiais e o que costura o traje humilde do operário, o que fabrica sandálias delicadíssimas de seda e o que prepara a rude sola que protege o pé do lavrador. Todos somos “Algo”. Todos estamos nivelados com a força reguladora que reparte os dons e impulsiona as atividades. Um grão de areia tanto pode desequilibrar como sustentar uma pirâmide, um gesto pode salvar ou destruir uma vida, uma gota de água faz murchar ou desenvolver um loureiro. Todos somos algo, representamos algo, fazemos viver algo, ansiamos por algo.
O que semeia o grão que sustenta o nosso corpo vale tanto quanto aquele que lança a semente do saber que nutre o nosso espírito. Pois ambos estão envolvidos em algo transcendente, nobre e humano – ampliar a Vida.
Esculpir uma estátua, polir uma joia, aprisionar um ritmo, animar uma tela são coisas admiráveis. Tornar fecunda a terra estéril e povoá-la de florestas e mananciais, ter um filho, educá-lo e amá-lo, ensinando-o a desvendar o coração e viver em consonância com a harmonia de mundo, tais coisas são eternas.
Ninguém se envergonhe do seu trabalho, ninguém repudie sua obra se nela colocou o entusiasmo e a diligência de seu amor fecundo. Ninguém inveje ninguém. Pois ninguém poderá aumentar o dom alheio nem diminuir próprio. A inveja é um caruncho das madeiras podres, nunca das árvores louçãs. Amplie e eleve cada qual o que é seu. Defenda-se e abrigue-se contra todo o mau intento, pois segundo a palavra de Deus, Ele nos dá o pão nosso de cada dia na satisfação proveniente do labor legítimo. O pessimista, o mau, o faminto e o destituído de alma, o que tudo nega, o incapaz de admirar e de querer, o nocivo e o néscio, o jactancioso, o tolo, o que nada fez e que tudo censura, o que jamais foi amado e repudia o amor. Mas, o que trabalha e o que ganha o seu pão, que nutre a sua alegria, o justo, o nobre, o bom – para esses o futuro acenará com seus ramos carregados de flores. Quer talhem rochas quer cinzelem poemas, ninguém se sinta diminuído O cume espiritual do ser humano é o serviço amoroso e desinteressado aos demais.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de julho-agosto/1991)
Hipertensão arterial ou pressão arterial elevada ocorre em cerca de 15% da população dita branca. Um pouco mais na população dita negra.
Quando medimos a pressão arterial sempre temos 2 valores: a pressão máxima e a pressão mínima. Quando o médico diz que alguém tem pressão 12 por 8, quer dizer na verdade 120 por 80, porque a pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio. Para simplificar, usaremos nesse artigo a maneira de dizer mais simplificada e já adotada pela população.
Dizemos que ocorre hipertensão quando a mínima, repito, a pressão mínima, está elevada, pois, a máxima pode elevar-se por estresse, por exercícios físicos acentuados, por refeições pesadas, etc. E geralmente não causam mal algum. A pressão mínima, esta sim, quando elevada e se não tratada, acelera a aterosclerose (endurecimento das artérias), causa obstrução das artérias coronarianas e das artérias cerebrais, podendo levar ao infarto do miocárdio e aos derrames cerebrais. Pode, ainda, causar o aumento do tamanho do coração e, mais tarde, ocasionar a insuficiência cardíaca; causa lesões renais e da retina (membrana que reveste internamente o olho).
Portanto, quando lhe disserem que sua pressão arterial está 17, pergunte logo: “Dezessete por quanto?”. Você perguntará qual é a sua pressão mínima.
E quando é que você deve começar a se preocupar? Bem, quando a mínima estiver persistentemente entre 9 e 10, dizemos que a hipertensão é leve, quando a mínima estiver entre 10 e 11, dizemos que a hipertensão é moderada, e quando é maior que 11 é dita severa. Esse critério é relativo, pois não serve para os mais idosos para os quais são normais valores mais altos, isto é, 10 de mínima pode ser considerada sem risco importante para idades acima de 60 anos.
E o que causa a pressão alta? Para 90% das pessoas hipertensas, a hipertensão não tem causa aparente. Esse tipo de hipertensão, de causa desconhecida, é chamado pelos médicos de hipertensão essencial. Dentre as causas conhecidas que fazem a pressão subir estão as doenças renais e as das glândulas suprarrenais, glândulas localizadas acima dos rins. Também podem aumentar a pressão arterial: tabaco (cigarro, charuto, etc.), a obesidade (excesso de peso), anticoncepcionais orais anti-inflamatório, medicamentos com derivados da cortisona anfetaminas (drogas usadas para tirar o apetite), excesso de hormônios da tiroide, cafeína e cocaína.
Quando a hipertensão é leve, deve-se tentar corrigi-la sem medicamentos, ou seja, emagrecendo, parando de fumar, eliminar a bebida alcoólica e reduzindo a ingestão de sal. Mas não só o sal de cozinha. Às vezes, o médico tem dificuldades para baixar à pressão alta de um paciente que jura usar pouquíssimo sal na comida. Isso porque ingere alimentos com grande quantidade de sal, sardinha enlatada, bacalhau dessecado, bacon, “os embutidos” (presunto, salame, mortadela, etc.), bolachas salgadas, caldo de carne concentrado, carne seca, linguiças, conservas, salsichas, queijos e pizza. Para nós, vegetarianos, torna-se mais fácil o controle, porém, não se pode esquecer que pães de queijos, azeitonas, vegetais em conservas, massas temperadas, etc. podem conter muito sal.
Além de emagrecer, parar de fumar, eliminar a bebida alcoólica e o sal, existem outras medidas que podem ser valiosas para reduzir a pressão arterial.
Se tudo isso não der resultado e a sua pressão mínima permanecer em 10 ou mais, procure seu médico para orientar o seu tratamento.
(Por H. Petito – Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de janeiro-fevereiro/1996)
Resposta: Lamentavelmente as pessoas atribuem suas más qualidades a hereditariedade, culpando seus pais por elas, ao passo que o mérito das boas qualidades atribui a si mesmos. Contudo, o fato mesmo de diferenciarmos o que se herda do que é propriamente nosso demonstra que existem dois aspectos da natureza humana: a forma e a vida.
Somos atraídos ao nascer e viver com as pessoas que convivem conosco devido a Lei de Causa e Efeito (ou Consequência) e a lei de Associação (ou Atração). A mesma lei que faz com que os músicos procurem a companhia de outros músicos e ser reúnam nas salas de concertos, ou que os apostadores se juntem nos hipódromos ou nas casas de jogo ou que as pessoas estudiosas se reúnam nas bibliotecas ou nos centros de cultura, também faz com que as pessoas de tendências e gostos semelhantes nasçam na mesma família.
Quando ouvimos uma pessoa dizer: “Sei que sou extravagante, mas não posso evitá-lo, é característica da minha família”.
Isso é a expressão da Lei de Associação (Atração) e quanto mais cedo reconhecermos que devemos vencer os nossos maus hábitos e cultivar a virtude em seu lugar, em vez de atribui-los alei da Hereditariedade, tanto melhor para nós.
O ser humano é essencialmente Espírito e vem para o Mundo Físico, em cada novo renascimento, equipado com uma natureza mental e moral que é absolutamente sua, tomando dos seus pais somente os materiais necessários para formar o seu corpo físico, o Corpo Denso.
Portanto, a hereditariedade só é verdadeira no que se refere aos aspectos materiais do Corpo Denso, mas, não relativamente às qualidades anímicas que são absolutamente individuais.
O Ego que renasce faz algum trabalho em seu Corpo Denso, incorporando nele a quinta essência das suas qualidades anímicas físicas passadas (para a grande maioria das pessoas é um trabalho bem pequeno em comparação com o que herda dos pais). De qualquer modo, nenhum corpo é uma mistura exata das qualidades dos pais, embora o Ego se veja limitado a utilizar os materiais fornecidos geneticamente pelo Corpo do pai e da mãe. Daí um músico renascer onde possa obter o material preciso para formar mãos ágeis e ouvidos delicados com suas sensitivas fibras de Corti e o ajuste correto dos três canais semicirculares. A composição destes materiais está, todavia, sob o controle do Ego, até o ponto citado.
No feto, na parte inferior da garganta, bem por cima do esterno, existe uma Glândula Endócrina chamada Glândula Timo, que é maior durante o período da gestação e que vai se atrofiando gradualmente com o crescimento da criança e sua função desaparece quase que completamente em torno dos quatorze anos, em geral, quando os ossos já estão devidamente formados. A ciência tem ficado muito intrigada com a utilidade dessa Glândula e várias teorias foram propostas a respeito. Uma dentre essas teorias, sustenta que essa Glândula fornece o material necessário à formação dos corpúsculos vermelhos do sangue, até que os ossos estejam devidamente formados na criança, de modo que esta possa fabricar seus próprios corpúsculos. Essa teoria é correta. Durante seus primeiros anos, o Ego que habita o corpo da criança não está na plena posse do mesmo e reconhecemos que a criança não é responsável pelos seus atos, pelo menos antes dos sete anos e, às vezes, até os quatorze. Durante este período a criança não é responsável legalmente pelos seus atos e assim deve ser, porque o Ego que está no sangue só pode agir adequadamente no sangue de sua própria criação, de modo que no corpo infantil, no qual o sangue é fornecido pelos pais mediante a Glândula Timo, a criança na realidade não é dona de si mesma.
É por esse motivo também que as crianças não falam de si como “eu”, mas se identificam com sua família. São o “filhinho da mamãe ou a filhinha do papai”. As criancinhas dizem: “Maria quer isto” ou “Joãozinho quer aquilo”, porém tão logo alcancem a idade da puberdade e começam a gerar seus próprios corpúsculos sanguíneos, começam a ouvir de forma positiva: “Eu farei isto”, “Eu quero aquilo”. Desde esse momento começam a afirmar a sua própria individualidade e a se distinguir de sua família.
Em vista de tudo isto, podemos concluir que o sangue, bem como o corpo, durante os anos da infância é herdado dos pais. Por esse motivo a tendência a certas enfermidades também vem com o sangue: não a enfermidade, mas a tendência. Depois dos quatorze anos, quando o Ego começa a gerar seus próprios corpúsculos sanguíneos, dependerá muito da própria pessoa o fato de tendências se manifestarem ou não.
(Extraído do livro: Princípios Ocultos de Saúde e Cura” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)