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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Elementais, a Obsessão e a Duração da Vida

Quando alguém morre durante uma discussão ou com um sentimento de raiva e vingança no coração, permanecerá durante algum tempo unido àquele ou àquela contra quem era dirigida sua raiva. Com frequência, tal Espírito desencarnado influencia uma alma negativa que ainda se encontre no Corpo Denso e que é impelida a executar uma vingança e a cometer um crime que a alma desencarnada deseja.

No futuro, quando a humanidade estiver mais iluminada e os juízes, advogados e jurados tiverem mais fé e conhecimento a respeito da vida após a morte, não condenarão um criminoso à morte, mas compreenderão que o assassino que é executado, sem um ambiente apropriado para rever o panorama da vida e a subsequente gravação no Átomo-semente, é arremessado sem preparo no Mundo do Desejo e aí poderá ser uma ameaça maior para a sociedade do que quando ainda no Corpo Denso, porque, então, será como uma fera selvagem solta de sua jaula. Terá mais liberdade para prosseguir sua vida de crime, embora invisível àqueles que “têm olhos, mas não veem”.

Se as autoridades, em vez de abrirem a jaula e libertarem o animal, procurassem domá-lo (se o colocassem em uma instituição onde pudesse ser ensinado a viver uma vida melhor), estariam livrando outros de cometerem crimes enquanto estivessem sob a influência do ódio desses espíritos invisíveis, apegados à Terra e ainda cheios de desejos. A pena capital, em vez de impedir, na realidade, promove o crime.

A humanidade está atualmente horrorizada com a onda de crimes que se espalha pelo mundo. Nenhum país está livre dessa realidade e a violência é encontrada principalmente nas grandes cidades. As autoridades estão tomando as maiores precauções para proteger os cidadãos, mas pouco têm conseguido. Nunca o crime foi cometido com tanta audácia, com tanta ganância, mulheres são violentadas, jovens desaparecem e ninguém mais ouve falar deles e o mundo encontra-se desorientado sem saber o que fazer para evitar essas coisas.

Pergunta-se com frequência: “Qual é a causa dessa degeneração?”. O ocultista pode dar a razão. Ele vê a condição no Mundo do Desejo. Sabe que a parte inferior desse Mundo está cheia de Espíritos apegados à Terra, presos ao plano físico, pessoas que perderam suas vidas durante situações em que estavam possuídos de ódio, raiva, cólera e/ou vingança (seja qual situação em que se encontravam, achando que tinham razão para tal ou não). Essas pessoas indignas estavam cheias de ódio e concupiscências quando, subitamente, foram arrebatadas para a outra vida. Tais almas ainda se apegam a seus desejos inferiores, procurando satisfazê-los.

Neste Mundo do Desejo estão também muitos Espíritos puros que compreendem essas condições, que permanecem nessas Regiões inferiores (enquanto puderem) com o propósito expresso de trabalharem com os mais fracos, ensinando-os e procurando guiá-los por caminhos mais puros. Mas, da mesma forma como, por exemplo, os que trabalham nas favelas, comunidades e outros locais onde há grandes necessidades materiais de uma grande cidade, no mundo material, só podem atingir determinado número de pessoas, assim também os Auxiliares Invisíveis só podem alcançar um número limitado de Espíritos. Muitas almas puras e altruístas, que ainda se encontram no Corpo Denso, também estão trabalhando amorosamente e ajudam esses trabalhadores invisíveis, enquanto estão fora do corpo adormecido. Esse é o campo de trabalho no qual os Probacionistas da Fraternidade Rosacruz são muito ativos. Eles fazem trabalhos filantrópicos nessas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Não permanecem até altas horas da noite em divertimentos ou leituras levianas, mas deitam-se cedo, não desperdiçam seu tempo com “sonhos inúteis” enquanto adormecem, mas estão ativamente empenhados em ajudar os que necessitam.

No entanto, se um Espírito com más intenções conseguir satisfazer seu desejo influenciando uma alma mais fraca ou alguém que, aqui, era um Clarividente involuntário, através do qual possa alimentar sua natureza inferior, ele levará mais tempo para superar seus desejos, e permanecerá apegado à Terra até que esteja totalmente purgado. Se uma pessoa morrer antes de ter dominado sua natureza inferior (cheia de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo), viverá entre seus semelhantes por algum tempo para satisfazer seu gosto pela bebida, pelo fumo, pelo dinheiro, pelo apego às coisas materiais e até por sangue. Mesmo o sensualista poderá procurar e obter satisfação influenciando outros, de maneira que, através deles, possa obter uma satisfação indireta.

Da mesma forma que o Espírito se desprende do seu Corpo Denso terreno naquilo que se chama morte, ele também se descarta de um envoltório mais fino chamado Corpo de Desejos, quando tiver concluído sua experiência no Mundo do Desejo. Então, passa para o Segundo Céu.

A “concha” do desejo descartada do assassino ou do sensualista, leva mais tempo para se desintegrar do que o da alma adiantada. A concha ou Corpo de Desejos descartado, dentro do qual ele construiu uma consciência separada, é atraída para aqueles com quem o Ego estabeleceu laços, aqueles com quem se associou, enquanto se encontrava no Corpo Denso. Essas “conchas” podem ser usadas por elementais que se prenderão a um Clarividente involuntário e se apresentarão como Lincoln, Gladstone, ou alguma pessoa famosa que, sem dúvida, já terá passado para o Segundo Céu há muitos anos. Para ilustrar melhor como esses elementais iludem o Clarividente involuntário, sem que esse suspeite disso, vamos relatar um fato. Max Heindel, enquanto vivia em seu Corpo Denso, alertava constantemente seus leitores contra a Clarividência involuntária ou negativa, indicando seus perigos, mas, desde que passou para a vida mais elevada, muitos Clarividentes involuntários alegaram ter recebido mensagens dele em inúmeras ocasiões. Não há dúvida que mensagens foram recebidas, cujos remetentes alegavam ser Max Heindel, mas eram, certamente, de entidades inferiores e não de um Espírito puro que tão fortemente se opôs à Clarividência involuntária ou negativa.

Falando dos elementais, devemos mencionar uma outra classe de entidades que se apossam de um Corpo Denso quando a oportunidade se apresenta. Encontram suas vítimas entre estudantes inexperientes de ocultismo, que tentam deixar o Corpo Denso. Enquanto se encontram fora, e talvez a alguma distância do corpo, se deixados sem proteção de um ser espiritual, muitas vezes são possuídos por uma dessas criaturas vis. Nossos manicômios estão cheios desses pobres infelizes.

Nos últimos anos, os jornais relataram muitos casos em que pessoas vagaram longe de casa e, após meses e até anos, foram encontrados usando outro nome, em um país longínquo, aparentemente vivendo uma vida dupla. Durante esse período esqueceram-se totalmente de sua vida anterior. Esse é um outro caso de obsessão, em que um Espírito apegado à Terra fica tão determinado a voltar à vida terrena, que usa a primeira oportunidade que se apresente para tomar posse do corpo de outra pessoa, expulsando-a de seu veículo. Muitos casos desse tipo de obsessão são encontrados entre os assim chamados loucos ou insanos.

Em casos desse tipo, o Ego, o proprietário real, segue seu Corpo Denso e permanece com ele, embora invisível aos olhos físicos, esperando a primeira oportunidade para recuperar o que lhe foi roubado. Quando é bem-sucedido, imediatamente lembra sua Personalidade perdida, mas o intervalo entre a hora em que saiu de seu lar e seu retorno a ele, é um vazio. Não traz consigo qualquer recordação daquele período.

O leitor pode perguntar: O que podemos fazer para proteger-nos contra a obsessão? Simplesmente manter uma atitude positiva da Mente, pois temer alguma coisa é atraí-la. Não devemos participar de grupos que promovam a Clarividência involuntária ou negativa buscando desenvolvimento e nunca procurar esse desenvolvimento usando exercícios respiratórios fornecidos por escolas orientais ou cristalomancia.

Os passatempos mais perigosos e sutis, entre todos os que atraem essas entidades invisíveis são a mesa que gira, a prancheta e a escrita automática, quando as pessoas que se sentam à espera de mensagens ignoram as condições existentes no Mundo do Desejo. O Clarividente involuntário tem, por vezes, algum conhecimento de seus visitantes desencarnados, muito embora não suspeite da má natureza dos que, através dele, se comunicam, acreditando serem amigos queridos, Anjos, a quem de boa vontade cede seu corpo para o trabalho negativo. Mas, a jovem sensível e emotiva que se diverte e a seus amigos, em total ignorância dos perigos envolvidos nessas experiências, atrai prontamente essas entidades indesejáveis, porque abriu a porta e convidou-as a entrar.

O suicida, a pobre alma que, através do desânimo, destrói seu Corpo Denso, é um dos mais aflitos espíritos apegados à Terra. Destruiu o templo que era o lugar de morada do Deus vivo.

A pessoa, durante sua vida terrena, está preparando o material com o qual construirá a matriz ou o arquétipo do corpo que deverá usar em sua próxima vida. Órgão após órgão é fortalecido ou enfraquecido por seus atos na vida atual. Mal sabe que seus excessos e abusos se refletirão mais tarde, isto é, carregará consigo em vidas futuras um corpo enfraquecido como resultado disso, enquanto uma vida casta e simples construirá um corpo sadio. “O homem colherá aquilo que semear.”

O Ego, após ter assimilado todas as experiências obtidas na vida passada, estará mais uma vez pronto a descer à matéria. Construirá, então, o arquétipo com o material que tiver sido reunido, assim como o quadro mental de um edifício é preparado pelo arquiteto antes que comece a erguer a estrutura. Da mesma forma, o Ego constrói seu próximo templo formando seu Arquétipo criador no Segundo Céu ou na Região do Pensamento Concreto, com o auxílio das Hierarquias Criadoras. A duração da vida é determinada pela força que o Ego coloca nesse Arquétipo. Ele começa a vibrar mesmo antes que seja envolvido pelo Corpo Denso e instila nesse uma vida que irá durar um determinado número de anos. Como mencionado anteriormente, a duração da vida no Corpo Denso foi preestabelecida pelo Ego com o auxílio das Hierarquias Criadoras antes do nascimento, mas o Ego pode, por uma vida pura e simples, prolongar esse tempo, como pode, por uma vida só de sensações e oportunidades negligenciadas, encurtar essa duração. Só a morte, que ocorre quando expira o tempo de vida determinado, pode interromper o sonoro movimento vibratório do Arquétipo que foi construído. O suicida interferiu com o curso da natureza. Ele, por falta de força de vontade para aprender as duras lições da vida, procura esquivar-se e destrói seu veículo, mas descobre que, após entrar no estado além da morte, está tão vivo quanto antes e que não pode cessar aquela vibração sonora. O Arquétipo deve viver o tempo de vida que lhe foi destinado, mas, tendo sido igualmente destruídos sua expressão natural e a passagem para a energia instilada dentro dele, ainda assim continua reunindo material que o Ego agora é incapaz de assimilar ou gastar, desprovido que está de um Corpo Denso. Assim, a existência do Ego nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo é muito desagradável. Ele fugiu do sofrimento, mas encontrou-o mais perto de si e deverá suportá-lo até a hora marcada para a morte natural do Corpo Denso. Somente aí, o Arquétipo se desintegra e o Espírito é libertado, para passar para o Primeiro Céu.

Podemos ver que a morte não transforma uma pessoa, da mesma forma que um pecador não se transforma em santo por despir sua veste exterior. O que a pessoa semeou durante sua vida terrena, deverá colher um dia, em algum lugar, mas tem a oportunidade de se arrepender e de purgar-se de seus pecados enquanto estiver na parte inferior do Mundo do Desejo. Ela pode até desejar permanecer naquelas Regiões após a morte, atormentando outros, voltando sempre aos lugares que o atraíam durante sua vida terrena. Pode ainda roubar alguma alma negativa de seu Corpo Denso mediante a obsessão, a fim de continuar sua vida de pecado e, assim, satisfazer seus desejos inferiores. “Os moinhos de Deus moem lentamente, mas moem extraordinariamente bem”. Algum dia, ela terá que pagar pelas ofensas cometidas, algum dia, por meio do sofrimento e da aflição, deverá purgar-se de todos os pecados e encontrar seu Criador em seu corpo espiritual purificado.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de julho-agosto-setembro 2008)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a relação entre hanseníase (antiga lepra) e o câncer?

Resposta: São duas doenças temíveis e, portanto, são de importância para essa discussão. A hanseníase (antigamente conhecida pelo nome de lepra) dita o flagelo dos tempos antigos, e o câncer, dito o flagelo dos tempos modernos.

Tanto uma como a outra o foco não se situa no Corpo Denso, mas sim no Corpo de Desejos, e ambas indicam que em algum lugar ou momento em vidas passadas ocorreu um mau uso e/ou abuso da força criadora sexual. A lepra, nos tempos antigos, era considerada uma visitação celestial direta num individuo por causa de seus abusos. Os primeiros Cristãos diziam que um leproso era um sermão descritivo ao vivo dos pecados de um ser humano.

Tanto a hanseníase quanto o câncer são manifestações destrutivas da força do Fogo. Conquanto elas destruam, elas também reabilitam. A morte decorrente de qualquer uma dessas condições temíveis trará regeneração numa vida futura. A pessoa que morre de câncer terá uma natureza de desejos grandemente purificada num Corpo Denso mais refinado e ambos serão mais receptivos à orientação e iluminação espirituais.

(do Livro: Questions and Answers on the Bible – Corinne Heline)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: De acordo com os Ensinamentos Rosacruzes quando Cristo voltará?

Resposta: A Bíblia diz verdadeiramente que “o dia e a hora ninguém conhece[1], e as pessoas que tentaram fixar uma certa data ou um certo ano para a Segunda Vinda definitivamente não compreenderam o objetivo da missão de Cristo na Terra. Seu ensinamento foi dado à humanidade à fim de que a lei, “Olho por olho e dente por dente”,[2] fosse abolida – para que a lei do temor (de Deus) pudesse ser absorvida pela Lei do Amor. Foi dito que “A lei e os profetas existiram até Cristo[3], mas sabemos que ainda hoje a lei existe e é necessária. Portanto, é evidente que aquela lei não foi abolida na vinda física de Cristo. É o despertar do Cristo Interno, a natureza interior do ser humano, que deverá abolir a lei.

São Paulo fala desse advento como o “Cristo sendo formado em nós[4], e até que o Cristo seja formado em nós não estaremos prontos para a Segunda Vinda. Angelus Silesius diz:

“Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma segue extraviada.

Olharás em vão a Cruz do Gólgota,

Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo novamente”.

A segunda vinda de Cristo dependerá em quanto tempo um número suficiente de pessoas se tornarão semelhantes a Cristo e sintonizados com o Seu princípio, de modo que, como diapasões do mesmo tom que vibram juntos quando um é tocado, para que sejam capazes de responder às vibrações Crísticas que serão estabelecidas no retorno do Salvador. Portanto, esse evento não pode ser calculado. Toda vez que nos esforçamos em imitar a Cristo e cumprir Seus ensinamentos, estamos acelerando Sua vinda; então vamos nos esforçar mais para isso.

(Pergunta nº 102 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Mt 24:36

[2] N.T.: Lv 24:19, Ex 21:24, Dt 19:21 e Mt 5:38

[3] N.T.: Lc 16:16

[4] N.T.: Gl 4:19

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O Credo Cristão está baseado na autoridade divina?

Resposta: Há três formas do Credo Cristão. Uma delas é conhecida como o Credo dos Apóstolos, embora não tenha sido composto pelos Apóstolos, mas se supõe que incorporam suas crenças. Outro Credo foi formulado e adotado no Concílio de Nicéia e é chamado de Credo Niceno. O Credo Atanasiano era ainda o mais recente. Eles não tinham mais autoridade divina do que qualquer outra contenda dos seres humanos a respeito da Bíblia.

No entanto, a própria Bíblia oferece um credo, na passagem em que afirma que “Pois não há, debaixo do céu, outro nome, exceto o de Cristo Jesus, dado aos homens pelo qual devamos ser salvos[1]. E isso está em harmonia com o ensinamento oculto, pois Jeová foi o autor de todas as antigas Religiões de Raça, em que o temor de Deus se opunha aos desejos da carne e uma lei foi imposta ao ser humano para refrear essa tentação. As Religiões de Raça agem educacionalmente de acordo com a natureza do desejo pelos meios mencionados, mas serão suplantadas, no devido tempo, pela Religião de Cristo. Essa Religião de fraternidade e amor eliminará o medo gerado pela lei de Jeová. Ela se esforçará para eliminar as nações com suas leis, lutas e contendas, trabalhando sobre o Corpo Vital de forma que a humanidade possa ser inteiramente movida pelo amor e não pela lei. Contudo, isso não é o definitivo. Quando o Reino for totalmente estabelecido, Ele deve entregá-lo ao Pai. A Religião do Pai será algo ainda mais elevado do que a Religião do Filho.

(Pergunta nº 111 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: At 4:2

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Jesus e Sua Sublime Missão

No Evangelho Segundo São Mateus em 1:21 lemos: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados“.

Mas não a um menino comum, pois Jesus não era um indivíduo comum, como qualquer outro da humanidade. É certo que ele é um Espírito Virginal; pertence à nossa humanidade. Podemos estudar o homem Jesus de Nazaré lendo todos os seus renascimentos na Memória da Natureza. Sabemos, por exemplo, que num de seus renascimentos ele foi o Rei Salomão. Aquele rei que lemos em 1 Reis 3, 4-14, quando Jeová o apareceu em sonhos e lhe disse para pedir qualquer coisa que quisesse que Ele o daria. Quando, então, Salomão respondeu:

Tu foste grande amigo de teu servo Davi, meu pai, porque ele andou na tua presença com sinceridade e a mim me tem posto como rei em seu lugar. Confirme-se, pois, agora, Oh Jeová Deus! Tua palavra dada a Davi, porque tu me colocaste como rei sobre um povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. Dá-me agora sabedoria e conhecimento para discernir entre o bem e o mal“.

Quando, então, Jeová replicou a Salomão: “Por quanto isso foi em teu coração, que não pediste riquezas, nem longos anos de vida, nem a vida dos teus inimigos, se não que tens pedido para ti sabedoria e conhecimento para julgar o meu povo, sobre o qual te pus por rei, sabedoria e conhecimento te são dados, e também o que não pedistes: riqueza e glória, em toda a sua vida, como jamais houve entre os reis“.
Esse é somente um dos exemplos de seus antigos renascimentos. Houve muitos outros, onde ele viveu sob diversas circunstâncias, sob vários nomes, do mesmo modo que qualquer um de nós, seres humanos. Com isso percorreu o Caminho da Santidade através de muitas vidas, vivendo a Vida Espiritual e preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.

Na vida que apareceu como Jesus, esse nosso irmão alcançou:

  • um Corpo Denso que é o mais perfeito que já se construiu e se construirá por qualquer um de nós nesse Grande Dia de Manifestação;
  • um Corpo Vital que é o mais perfeito que já se construiu e se construirá por qualquer um de nós nesse Grande Dia de Manifestação;
  • um Corpo de Desejos isento totalmente de paixões, desejos inferiores; formado exclusivamente de materiais de desejos das Regiões Superiores do Mundo do Desejo;
  • uma Mente extremamente pura, muito superior a qualquer outra da humanidade.

Ou seja: ele possuía um Tríplice Corpo e uma Mente da espécie mais pura que qualquer um de nós já pode construir.

Logicamente, para construir o seu Corpo Denso teve que contar com materiais da mais fina pureza que existe. Pois o Ser Humano para construir seu Corpo Denso necessita utilizar os materiais tomados dos corpos do Pai e da Mãe. Por isso, seu pai, José era um elevado iniciado. Pertencia aos Essênios. E durante muitas vidas também percorreu o Caminho da Santidade. Ele era tão puro que poderia realizar o ato da fecundação como um Sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal. Ele tinha a capacidade de expressar a vontade — força masculina — da maneira mais perfeita no ato gerador.

Com isso garantiu o melhor material para a construção do Corpo Denso de Jesus.

Por isso, a sua mãe, a Virgem Maria, era também da mais elevada pureza humana; por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus de Nazaré. Ela tinha a capacidade de expressar a imaginação — força feminina — da maneira mais perfeita no ato gerador. Só ela poderia fornecer o material mais puro para a construção de um Corpo Denso perfeito, como foi o de Jesus. Ela expressa a máxima pureza que um ser humano pode alcançar no ato gerador.

Mas, como pôde ocorrer uma concepção tão pura e isenta de dor, sofrimento e tristeza num ambiente tão impróprio como nós mesmos criamos aqui na Terra?

Então vejamos: Jeová, o Espírito Santo, o guia dos Anjos, aparece em várias partes da Bíblia como o dador de filhos. Seus mensageiros foram: 

  • a Sarah anunciar-lhe o nascimento de Isaac;
  • para Hannah anunciaram o nascimento de Samuel;
  • para Maria anunciaram o advento de Jesus, como lemos em Lucas 1:26-32: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus (…) e disse-lhe o anjo: ‘ Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! ‘ (…) ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás em teu seio e darás à luz um filho e lhe darás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo”.

O poder do Espírito Santo fecunda tanto o óvulo humano como a semente do grão na terra.

Antes do Pecado Original, nós procriávamos sob a orientação dos Anjos, em épocas propícias. Não tínhamos paixões, porque éramos guiados em tudo, até no ato gerador. Inocentes e inconscientes de tudo.

O Pecado Original se deu quando tomamos as rédeas da nossa evolução, inclusive do ato gerador. Essa transgressão utilizando da força sexual criadora sagrada, a nosso bel prazer, sem levar em conta corpos puros e condições estelares propícias, é o que, até hoje, nos traz sofrimentos, tristezas e dores.

Entretanto, quando uma vida santa purifica os desejos, o Ser Humano inunda-se com esse espírito puro e pode efetuar a função procriadora sem paixão. A concepção se torna imaculada. A criança que nasce sob tais condições é naturalmente superior, porque a concepção realizou-se como um rito sagrado de auto-sacrifício e não como um ato de auto-satisfação.

Nesse caso, criamos exatamente as mesmas condições que tínhamos quando procriávamos sob a orientação dos Anjos, só que com uma crucial diferença: o fazemos conscientes e sob a nossa responsabilidade.

De onde concluímos: que todo indivíduo vil tem que nascer de uma mãe vil e antes que nasça um Salvador é necessário encontrar uma virgem puríssima para que seja sua mãe.

Quando dizemos “virgem” não queremos falar de virgindade em sentido físico. Todos nós possuímos a virgindade física nos primeiros anos de nossas vidas, mas a virgindade do espírito é uma qualidade da alma (ou espírito), adquirida mediante vidas de pensamentos puros e aspirações elevadas. Não depende do estado do corpo.

Uma virgem verdadeira pode dar a luz a vários filhos e permanecer sempre “virgem”.

O que determina um Ser Humano ser concebido em pecado ou imaculadamente depende de sua própria alma, de suas qualidades anímicas. Porque se um Ser Humano que vai nascer for puro, casto ele também nascerá, e, naturalmente, de uma mãe também pura e de natureza formosa. E, nessa situação, o ato físico, que na maioria se realiza para gratificar a paixão e o desejo sensual, se efetua como uma oração, um sacramento, como um sacrifício.

Note a extrema oposição de sentimento: gratificação e sacrifício.

De modo que, a criança é concebida sem pecado nem paixão, ou seja, imaculadamente. Tal acontecimento não é um fato acidental. A vinda de uma criança por esses meios de pureza é previamente anunciada e a espera antecipada é marcada com impaciência e alegria.

Atualmente, há muitos casos de geração que se aproximam muito dessa Imaculada Concepção.

Aqui, realizam-se o ato gerador com puríssimo amor, e a mãe permanece tranquila, sem que seja perturbada durante o período de gestação e, assim, a criança nasce tão pura como numa imaculada concepção.

Com um Corpo Denso imaculadamente concebido, Jesus pode se dedicar ao objetivo específico da sua vinda como Jesus, ou seja: cuidar e desenvolver os seus Corpos Denso e Vital até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que deveria servir: fornecer o seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital para a imensa tarefa do Cristo.

Nesse intuito, imensa ajuda foi lhe prestada pela terceira seita que existia na Palestina: os Essênios. Eles formavam uma ordem extremamente devota, muito diferente das outras duas seitas, então existentes: os materialistas saduceus e os hipócritas e vaidosos fariseus.

Pouco se sabe sobre eles, pois evitavam o máximo possível toda menção de si ou de seus métodos de estudo ou de adoração. Mas, foram os Essênios que educaram Jesus e cuidaram do seu desenvolvimento espiritual. Esse seu desenvolvimento espiritual foi elevando-se de grau durante os trinta anos de utilização de seus Corpos. Jesus tinha passado por várias iniciações. Como o objetivo das primeiras iniciações e do exercitamento esotérico é trabalhar sobre o Corpo Vital, a fim de construir e organizar o Espírito de Vida, vemos que, com isso, Jesus tinha alcançado as mais elevadas vibrações do Espírito de Vida. O seu Espírito de Vida tornou-se o seu veículo superior mais evoluído.

Cristo, por seu lado, sendo um Arcanjo, funcionava muito bem no seu Corpo de Desejos, Mas como todo Arcanjo, era incapaz de construir um Corpo Denso ou um Corpo Vital para si. Agora, como Ele é o mais desenvolvido de todos os Arcanjos, ou em outras palavras, o mais elevado iniciado dos Arcanjos, estava acostumado em trabalhar no seu veículo mais inferior sendo o Espírito de Vida.

Ou seja: ele sabia construir um Corpo de Desejos, uma Mente e um Espírito Humano, mas vivia comumentemente no seu veículo Espírito de Vida.

Onde ele expressava facilmente os atributos desse veículo, quais sejam: altruísmo, fraternidade, união, amor, perdão, graça e gratidão.

Tudo o que nós precisávamos (e ainda muito precisamos) aprender para seguirmos na nossa evolução para frente e para cima. Assim, para ensinar-nos tudo isso, nos dar materiais de desejos para termos desejos nesse sentido, fundar a Religião Unificante do Filho, e com isso elevar-nos a mais um grau e para nos tirarmos das condições cristalizantes que estávamos, Ele precisou aparecer como um Ser Humano entre nós e, entrando num Corpo Denso, conquistar, de dentro, a Religião de Raça que nos afeta por fora.
Em outras palavras, acabar com a divisão entre os filhos de Seth e os filhos de Caim e uni-los numa única Fraternidade constituída do Reino dos Céus. Para isso usou de todos os veículos próprios e só tomou de Jesus os Corpos Denso e Vital.

Isso ocorreu quando Jesus tinha 30 anos de idade. Então, Cristo penetrou nesses corpos e empregou-os até o final de Sua missão, no Gólgota. Então, tornou-se a dupla figura que conhecemos como: Cristo-Jesus, nosso Salvador. O único ser que possuiu uma série completa de veículos desde o Mundo do Espírito de Vida, com o seu veículo Espírito de Vida, até o Mundo Físico, com o Corpo Denso de Jesus.

Nesses três anos, Jesus foi o que perdeu todo o crescimento anímico obtido durante os 30 anos terrestres, anteriores ao Batismo e contido no veículo cedido a Cristo.

Este foi e é o grande sacrifício feito para nós, mas, como todas as boas ações, esse sacrifício redundará em maior glória no futuro. Durante os três anos que duraram o trabalho de Cristo nos Corpos Denso e Vital de Jesus, ou seja: entre o Batismo e a Crucificação, Jesus adquiriu um veículo de éter, da mesma forma que um Auxiliar Invisível adquire matéria física sempre que for necessário materializar todo ou parte do corpo. Com ele seguia instruindo o núcleo da nova fé formado por Cristo.

Entretanto, um material que não combine com o Átomo-semente não pode adaptar-se definitivamente. Ele se desintegra tão logo se esgote a força de vontade nele reunida; portanto, isso foi apenas um paliativo, durante esses três anos.

Depois da morte do Corpo Denso de Cristo-Jesus, no Gólgota, os Átomos-sementes dos Corpos Denso e Vital foram devolvidos a Jesus de Nazaré. Exceto o seu Corpo Vital.

Por que esse não foi devolvido? Para que Cristo o utilize na sua segunda vinda.

E por que Cristo não poderia devolvê-lo? Não poderia Ele tomar de outro corpo vital de outro ser, mesmo de Jesus, quando necessitasse novamente? Certamente que não, pois existe uma Lei que determina que todo Ser deve sair de um lugar, pela mesma via por onde entrou. Cristo entrou na Terra, onde está agora confinado, através do Corpo Vital de Jesus. Deve sair também por este corpo. Se o Corpo Vital de Jesus fosse destruído, Cristo permaneceria neste ambiente tão limitado até que o Caos dissolvesse a Terra. É por isso que os Irmãos Maiores colocaram o Corpo Vital de Jesus num sarcófago de cristal para protegê-lo da vistas de curiosos e profanos. Eles conservam este receptáculo numa caverna nas profundezas da Terra, onde ninguém que não seja iniciado pode penetrar.

Então, Jesus de Nazaré construiu um novo Corpo Vital, trabalhando com as lojas esotéricas, sociedades secretas e igrejas. Os Cavaleiros da Távola Redonda, os Cavaleiros do Graal, os Druidas da Irlanda, os Trottes do Norte da Rússia são algumas das escolas esotéricas nas quais, Jesus trabalhou na Idade Média.
Note que a partir daqui nunca mais Jesus construiu para si um Corpo Denso, embora fosse capaz de fazê-lo. Isso porque o seu trabalho está totalmente dirigido na Região Etérica do Mundo Físico. Sem dúvida, Jesus é o mais elevado fruto que o Período Terrestre produziu, afinal: “Não há maior amor no homem do que aquele que dá a sua própria vida” e o fato de dar não somente o Corpo Denso, mas também o Corpo Vital é certamente o supremo sacrifício.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Novembro de 2021

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de novembro
  • Calendário para o mês de dezembro
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para dezembro: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em novembro, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 66 – Novembro de 2021

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Outubro/2021:

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Encerramento)

DEZEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Sagitário (novembro-dezembro)

O Advento começa no último domingo de novembro e culmina na áurea glória do Solstício de Dezembro. Para o Cristão esotérico abarca as três etapas ou graus que alcançam seu máximo à meia-noite da Noite Santa. Este período de preparação e progresso se refere não somente às quatro semanas de Advento, mas também a determinados estágios de desenvolvimento espiritual relacionados com estas quatro semanas.

A época do Advento se estende ao longo do mês de dezembro e é conhecida como o Festival da Luz. Os impulsos espirituais da estação preparam a humanidade para o derramamento de forças celestiais que acompanham o renascimento anual do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Depois do Advento temos o Solstício de Dezembro, que ocorre entre 21 e 24, e que culmina no grande Festival de 25 de dezembro. O Natal há de seguir sendo uma observância externa para o Aspirante até que Cristo nasça em seu interior. E dependente do nível em que experimente esse despertar, será capaz de participar no elevado êxtase espiritual da mais sagrada das estações.

À meia-noite do dia 24 de dezembro, a Noite Santa, os coros dos Anjos se transportam a tonalidades maiores, quando entoam, cheios de regozijos, a nota-chave da Terra: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

Na Noite Santa do Nascimento, o Aspirante confirma sua consagração para amar e servir do modo mais completo, a todos os que encontre em sua vida diária, porque dessa maneira receberá, de uma forma cada vez mais crescente, a Luz do Cristo dentro de si mesmo. Até que esse nascimento não tenha ocorrido em seu interior, não poderá conhecer os profundos júbilos de um verdadeiro Nascimento espiritual.

A nota-chave musical desse Planeta é harmonizada com o conto dos Anjos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens de boa vontade”. É a anunciação harmoniosa e rítmica dessa palavra planetária, ressoando, uma e outra vez, por toda a Terra, e produz o milagre da Noite Santa.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os Espíritos Lucíferes

Por que os Anjos não conseguiam se comunicar conosco via Corpo Denso?

Porque a Onda de Vida Angélica atingiu seu “nadir da materialidade” na Região Etérica do Mundo Físico. Ou seja: são peritos na construção de Corpos Vitais, mas não sabem construir Corpos Densos. Lembrando a máxima Rosacruz: um ser só pode habitar um Corpo que saiba construir.

E é aqui que entram os Espíritos Lucíferos que vendo uma oportunidade de nos ajudar e, assim evoluírem, aproveitou da nossa incipiente consciência que estava voltada para dentro, tornamo-nos cientes da existência do nossos Corpos Densos e, assim, fomos ensinados a conquistar a morte: criando Corpos Densos quando quiséssemos, e não somente quando os Anjos e os Arcanjos fizessem a sua parte na preparação para a procriação.

Ou seja: fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.

Quem eram os Espíritos Lucíferos?

Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sob a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.

Os Anjos Lucíferos estavam a meio caminho entre os seres humanos e os Anjos, muito mais avançados do que a nossa humanidade atual e atrasado em relação a onda de vida Angélica.

Como os Espíritos Lucíferos nos ajudaram?

  • Os Espíritos Lucíferos fizeram compreender que não devíamos ter apreensão quanto à morte do corpo; que possuíamos em nós a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos.
    • Começamos a “conhecer” os outros que estavam renascidos no momento que quiséssemos.
    • Fomos ensinados em como não ser escravos de poderes exteriores e convertendo-nos em nosso próprio dono e senhor, fomos conhecendo o bem e o mal.
    • Nos permitiram exercer o nosso livre arbítrio e desenvolver o nosso instinto criador.
    • Através da “Queda” tomamos as rédeas da nossa evolução. Conhecendo o bem e o mal, o certo e o errado e tendo a liberdade de agir, podemos cultivar a virtude e a sabedoria que nada mais é do que o conhecimento temperado com amor.
    • Todas essas coisas os Lucíferos nos ensinaram com o único propósito de que dirigíssemos a nossa consciência ao exterior, para que aproveitássemos e adquiríssemos conhecimentos. Estas experiências resultaram em dor e sofrimento, o que, antes, o ser humano não conhecia, mas deram também a inestimável bênção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução de seus poderes espirituais.

Se não tivesse havido a interferência dos Espíritos Lucíferos, quando nos ainda estávamos no Eden, como seria a humanidade hoje?

Estaríamos seguindo o plano original, com os Anjos nos auxiliando a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. A dificuldade que teríamos seria a profundidade em conhecer o bem e o mal por meio da experiência no nosso Corpo Denso. Ao atendermos a sugestão dos Espíritos Lucíferos “tomamos um atalho”, mas em deturpar a sugestão e usar e abusar da força sexual criadora geramos o nosso atraso, e experimentamos a dor e o sofrimento, o conhecer a morte na Região Química, considerando-a uma perda irreparável e todas as consequências que isso nos trouxe. Sabemos que alguns dos Espíritos Virginais da onda de vida humana atenderam a sugestão, mas nunca abusaram da força sexual criadora. São, hoje, irmãos que estão na vanguarda da humanidade.

Como os Espíritos Lucíferos tiveram liberdade de interferir na nossa evolução? Os anjos não estavam cientes dessa interferência?

Por respeito ao nosso livre arbítrio, exatamente como Deus, nosso criador, sempre o faz. Além disso, temos a Lei divina da Consequência que garante a colheita devido à escolha que fazemos (efeito da causa). Lembrando: os espíritos Lucíferos sugeriram, não obrigaram e nem “fizeram acontecer”. O uso da força sexual criadora, que é divina por ser do Espírito Santo, para construir algo (seja um novo Corpo para um irmão ou irmã que está necessitando renascer, seja uma ideia) é o único uso que é correto. Eles ensinaram como fazermos isso, por nós próprios. Se abusamos, não é culpa deles, não é?

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Época Atlante-

Por que a necessidade de sermos divididos em Raças?

Há uma distinção importantíssima entre os corpos (ou formas) de uma Raça, e os Ego (ou vidas) renascentes nesses corpos de Raça. A Raça pertence ao corpo e são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem.

Há um passo para cada um de nós, de uma Raça para a seguinte. Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau e quando essa Raça atinge o limite de sua evolução os corpos ou formas começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.

Quantas Raças existirão durante todo esse Período de Manifestação?

O número total de Raças em nosso esquema evolutivo, passadas, presentes e futuras, é de dezesseis:

  • Época Lemúrica: uma única RaçaRaça Lemúrica
    • Época Atlante (7 Raças): 1. Rmoahals; 2. Tlavatlis; 3. Toltecas; 4. Turânios; 5. Semitas; 6. Acádios e 7. Mongóis
    • Época Ária (7 Raças): 1. Ária; 2. Babilônio-Assíria-Caldeu; 3. Persa-Greco-Latina; 4. Céltica; 5. Teuto-Anglo-Saxônica; 6. Eslava e 7. descendentes da 6ª Raça.
    • Sexta Época (1 Raça): nascerá da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A.

Quais cuidados são tomados para o nascimento de uma Raça?

Um Grande Guia da Humanidade:

  1. Seleciona os mais apropriados dentre a velha linhagem
  2. Controla suas relações conjugais
  3. Novos corpos de Raça aparecem flexíveis e plásticos
  4. Egos renascem neles e tem grande margem de condições para melhorar esses veículos – por consequência, eles mesmos progridem
  5. Os Egos mais avançados nascem nesses corpos e melhoram-nos o mais que podem

O Propósito desse processo é produzir o tipo adequado de corpo para a futura Raça.

Qual a maior lição da Época Atlante?

Fomos ensinados a raciocinar e compreender que o “caminho do transgressor é muito duro” e “que devíamos temer a Deus ou guia condutor.

Quais as mudanças pelo quais passou o nosso Campo de Evolução – o Planeta Terra?

  • Continente Lemúrico foi destruído por cataclismos vulcânicos
    • Com um esqueleto mais denso, músculos e sustentação, todos nós podermos construir um cérebro e uma laringe
    • Com um cérebro e uma laringe, podermos obter o Átomo-semente da Mente e utilizá-la como um veículo

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Os dezesseis caminhos para a destruição

Por que chamamos “Caminhos da Destruição”?

Estamos falando das 16 Raças que se sucederam (e se sucedem) em nosso projeto evolutivo, desde o final da Época Lemúrica até a 6ª Época que virá.

Nelas as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.

Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.

Ou seja: há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras ao longo do caminho da evolução.

O que é Raça?

Raça tem origem no Italiano; “razza” referente a linhagem ou criação.

Designa qualquer agregado de pessoas como pertencentes a um grupo com os mesmos ancestrais, que compartilham as mesmas crenças, os mesmos valores, a mesma linguagem ou outro traço social ou cultural.

  1. O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?
  2. Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?
  1. Raça Lemúrica – uma única Raça
  2. A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas; Os Acádios e Os Mongóis
  3. Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.
  4. da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A., surgirá a última Raça.

Quais são as 16 Raças e quando elas aparecem?

  1. Época Lemúrica: Raça Lemúrica – uma única Raça
  2. Época Atlante (7 Raças): A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas; Os Acádios e Os Mongóis
  3. Época Ária (7 Raças): Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.
  4. Sexta Época (1 Raça): da união das diversas nacionalidades vivendo nos E.U.A., surgirá a última Raça.

O mago lemuriano era inocente; nunca abusou de seus poderes, por quê?

Porque o lemuriano ainda não tinha a mente misturada ao corpo de desejos, e consequentemente com a maldade. Ele vivia em espírito.

O que estimulou a construção dos olhos do lemuriano, já que não os tinha?

A própria luz. Nosso corpo é funcional, ao entrar em contato com a luz, desenvolveu os olhos e passou a ter a visão externa.

Quais os objetivos educacionais da Raça Lemúrica?

Desenvolver a imaginação para as meninas e a vontade para os meninos

Qual a faculdade que adquirimos quando obtivemos a Mente, tendo então uma forte força de Desejos?

A Faculdade de transmitir o que pensávamos. A astúcia é um material que usamos pelo corpo de desejos, que está hoje colado na nossa mente. Hoje o nosso pensamento está contaminado pelo desejo.

Como e por quem foi despertada nossa consciência do Mundo Físico?

Foi despertada pelos Senhores da Mente. Pegamos um atalho e escutamos a falsa luz, que eram os Espíritos Lucíferos

Explique a “Raiz do nariz” e o que fomos perdendo quando isto se definiu por completo?

Perdemos a visão dos mundos espirituais. A raiz do nariz fez com o corpo físico e vital se concentrizassem

O que significou a “Expulsão do Éden”?

Ganhamos a visão externa e perdemos a visão interna

Como as Raças entram em processo de Degeneração e o que realmente se degenera?

Degeneração: degenera o corpo físico, o Corpo Denso. Os mais evoluídos vão evoluindo seus corpos. Por isso as Raças se degeneram.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Novembro:

Por que não Eu?

Diz-se que está em má situação quem tiver apenas e tão somente boas intenções.

Quem está no mundo deve trabalhar, trabalhar e trabalhar! A sem obras é morta.

De nada adianta chegar à indigestão mental, ler, ler e ler; e não sair para o mundo, ir ao encontro dos seus irmãos tão ávidos de uma pequena ajuda. As ações sim é que falam por si.

E não precisamos sair às ruas, ir às comunidades, igrejas, etc., procurando onde ajudar.

Observemos, estejamos sempre atentos aos acontecimentos. Não precisamos nos deslocar para outros países, ou irmos a lugares distantes para nos doarmos. Olhemos ao nosso redor.

Há muitos irmãos e irmãs necessitados de ajuda, e estes muitas vezes se encontram do nosso lado, bem próximos, aguardando por uma palavra, um abraço, uma oração, um consolo e que lhe mostremos a saída, a solução, o caminho.

Quantas vezes passamos por alguém e nem o notamos?

Quantas vezes um “bom dia” mudaria o dia de alguém?

Muitas vezes constatamos nos nossos lares, nos nossos trabalhos, nas ruas, em reuniões, certas coisas a serem feitas, e simplesmente ignoramos, deixamos para alguém fazer. Nossa atitude muitas vezes é de esquivar-se.

Às vezes vemos tarefas simples que estão por fazer e deixamos para que outro o faça, e ainda pensamos: “por que eu devo fazer? por que eu?”. Simplesmente ignoramos.

Quando acordaremos para o trabalho no mundo? Quando pensaremos no “Serviço amoroso e desinteressado para com os nossos semelhantes”? No sentido real de ajuda.

Todo trabalho é digno e se alguém tem que fazê-lo, diga a você mesmo: “Por que não eu?”.

Afinal, o que desejamos, o que pretendemos no mundo? Desejamos ser Auxiliares Invisíveis – trabalhando enquanto em estado de vigília como um Auxiliar Visível consciente e à noite, depois da restauração do nosso Corpo Denso, como um Auxiliar Invisível consciente? Se sim, comecemos então com as pequenas e simples obras. As maiores virão e serão notadas.

Enxerguemos o irmão, a irmã, o amigo, a amiga, o próximo.

Cultivemos a Fraternidade aqui e agora.

Não façamos as coisas visando o nosso próprio bem.

O que nos torna um exemplo vivo é o SERVIÇO que executamos e a sinceridade com que o praticamos.

Muitos de nós não se fartam de ler, de buscar, de correr de Escola em Escola, só que se não pensarmos em ajudar o próximo, com certeza, seremos apenas grandes intelectuais, com algum conhecimento que não servirá para um Esquema de Evolução que foca na ação, no ato, no serviço, no agir.

Cristo quer que sejamos um exemplo vivo de AMOR fraternal, amor desinteressado. Essa é a realização dos Seus Mandamentos.

Se desejamos criar laços com a Fraternidade Rosacruz, comecemos já, nem que seja com orações, enviando pensamentos de amor e de ajuda aos demais. Procuremos saber a causa, a angústia e o sofrimento que estão passando nossos irmãos, nossas irmãs, na família, com os amigos, vizinhos, colegas de trabalho. Enxerguemos o outro.

Lembremos que estamos sendo observados o tempo todo. As nossas atitudes mostram quem somos.

A Deus não agrada largas e dispersas orações, nem discursos eloquentes, nem meditações profundas, mas sim uma vontade reta, uma intenção pura e uma doação sincera. No Ritual do “Serviço do Templo”, da Fraternidade Rosacruz, nós lemos todos os dias que o oficiamos: “O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus. O reconhecimento da unidade fundamental de cada um de nós com todos, a Comunhão Espiritual, é a realização de Deus. Para atingirmos essa realização, esforcemo-nos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da Fraternidade”.

Tenhamos então um coração puro.

Sirvamos onde tivermos que servir, que é onde exatamente estamos. Ajudemos sem olhar a quem.

Façamos ao outro o que gostaríamos que nos fizessem. Eis a regra de ouro!

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A Força de Atração e o Renascimento

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que renascemos aqui onde renascemos devido a uma das forças do Mundo do Desejo – a Força de Atração.

E isso tanto porque procuramos a “semelhança que atrai a semelhança”, como porque queremos pagar as nossas “dívidas de destino” o mais completo e rápido possível (!).

Isso é possível devido a que no Terceiro Céu (onde estamos nos preparando para mais um novo nascimento aqui) temos uma consciência muito mais clara do propósito da vida aqui e de qual é objetivo desse Esquema de Evolução que estamos inseridos.

Afinal, o nosso Corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho depende de nós, o Ego, o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado, que o guia, assim como a qualidade de uma melodia depende da habilidade do músico e do timbre do instrumento.

Um bom músico não pode se expressar plenamente num instrumento pobre, assim como nem todos os músicos podem tocar de modo igual o mesmo instrumento.

Que um Ego procure renascer como filho ou filha de um grande músico não significa necessariamente que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente sucederia se o gênio fosse herança física e não uma qualidade anímica.

A “Lei de Atração” explica, de maneira completamente satisfatória, os fatos que atribuímos à hereditariedade.

Sabemos que as pessoas de gostos análogos se procuram.

Se sabemos que um amigo vive em certa cidade, mas ignoramos o seu endereço, a lei de associação ser-nos-á guia natural no esforço para encontrá-lo.

Se for músico estará provavelmente em lugares onde se reúnem os músicos; se é estudante, procuramo-lo pelas livrarias, bibliotecas ou salas de leitura; ou se ele é esportista, busquemo-lo no hipódromo, nos campos de polo ou nos estádios, etc.

Não é provável que o estudante ou o músico, habitualmente, frequentem os lugares mencionados em último lugar, podendo também afirmar-se que a procura do esportista teria pouco êxito se feita nas livrarias ou em salões de música.

De modo semelhante, o Ego gravita ordinariamente em torno das associações de caráter semelhante ao seu.

Pode-se objetar: havendo na mesma família pessoas de gostos completamente opostos, e até inimigas ferrenhas, é a Lei de Associação que as reúne ali?

A explicação disso é a seguinte: durante as vidas terrenas o Ego estabelece relações com várias pessoas.

Estas relações podem ter sido boas ou não, implicando de um lado em obrigações que não foram liquidadas na ocasião, e de outro em injúrias e ódio entre o agravado e seu desafeto.

Mas a Lei de Consequência exige um exato ajuste de contas.

A morte não “paga tudo”, assim como, mudar de cidade não liquida nossos débitos financeiros.

No caso de dois inimigos, um dia se encontrarão de novo: o antigo ódio reúne-se na mesma família, pois o propósito de Deus é que nos amemos uns aos outros, devendo o ódio se transformar em amor.

Assim, ainda que sejam talvez necessárias muitas vidas em contendas, chegará o momento em que os inimigos aprenderão a lição e se farão amigos e mútuos benfeitores, ao invés de inimigos.

Em tal caso o Interesse (um dos dois Sentimentos do Mundo do Desejo) de ambos põe em atividade a Força de Atração, que os juntam.

Se tivessem simplesmente permanecido indiferentes um ao outro não poderiam achar-se associados.

Como entre as Leis de Deus temos que “todo relacionamento tem que terminar em amor”, então, eles voltam associados para ver se “dessa vez vai”

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Mente Pura – Coração Nobre – Corpo São

Eis o Lema Rosacruz. Notem também que o segundo nome do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” é Cristianismo Místico sendo definido como um tratado elementar sobre a evolução passada do ser humano, sua constituição atual e seu futuro desenvolvimento.

Essa obra básica da Fraternidade Rosacruz, desde o seu lançamento, no início do século XX, fez brotar muita gratidão e admiração em todo o mundo. Apesar disso, o próprio Max Heindel começou a sentir um grande receio de que o livro perdesse o seu objetivo.

Afinal, o propósito desse livro é o de satisfazer a Mente mediante a explicação intelectual do mistério do mundo, de forma que o lado devocional da natureza do Estudante Rosacruz pudesse desenvolver-se por conceitos que seu intelecto aprovasse. A obra abriu caminho à esta chamada do intelecto, dando grande satisfação à Mente investigadora.

A preocupação de Max Heindel era que os Estudantes Rosacruzes pudessem pender e se interessar pela concepção intelectual, de um modo tão imenso que nenhum desejo – tão fervoroso como necessário – de transcender o caminho do conhecimento e prosseguisse pelo caminho da devoção fosse praticado pelos Estudantes.

Se isso ocorresse, o livro certamente seria um fracasso, nas palavras de Max Heindel, pois “o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica”, segundo disse São Paulo. E o conceito do verdadeiro amor e em toda a sua plenitude só se consegue por meio do lado devocional do ser humano!

Para Max Heindel era fundamental que os Estudantes Rosacruzes se esforçassem para obterem através do Conceito Rosacruz do Cosmos, o que ele teve por intuição e orientação direta dos Irmãos Maiores, a verdadeira concepção espiritual. Também, para ele, se tornara necessário que os Estudantes Rosacruzes observassem (com o coração) o verdadeiro propósito do “Conceito Rosacruz do Cosmos”, seu objetivo e sua finalidade.

Ele sugeriu e comunicou a todos que ele pode que escrevesse em letras maiúsculas – e que sempre relessem e praticassem –, para que se lembrassem sempre: “ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”, e que mantivessem essa frase como marcador do livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Este amor ele desejou que sempre fosse utilizado no serviço e auxílio aos nossos semelhantes.

Pudemos ver aí uma grande preocupação de Max Heindel em não se perderem na intelectualidade.

O Conceito Rosacruz do Cosmos tem tudo que o Estudante Rosacruz precisa para alcançar o equilíbrio “cabeça-coração”, “ocultista-místico”.

O primeiro capítulo do livro onde temos o “Credo ou Cristo” já chama a atenção do leitor, quando lemos já em alguns dos seus versos:

“Não ama a Deus quem ao semelhante odeia, lhe espezinha a alma e o coração.

Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, por Deus mandado para aliviar o que leva pesado fardo, e dar paz ao triste, ao pecador e ao que luta.

Apenas uma coisa o mundo necessita conhecer, apenas uma bálsamo cura toda a dor, apenas um caminho conduz acima, aos céus, este caminho é COMPAIXÃO e AMOR.”

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A vida de cada pessoa é como um jardim

Nesse afortunado e fértil terreno só existe um único jardineiro: você.

A cada nova relação você planta uma nova semente. Algumas morrem antes mesmo de brotar, outras resistem ao tempo, mas muitas viram árvores repletas de flores e frutos.

Nesse jardim, a colheita é sempre obrigatória, semeie você o bem ou o mal.

Ao semear a raiva ou regar suas plantas com o ódio, os frutos nascem amargos, repletos de espinhos. No seu

sagrado quintal, algumas sementes não vão vingar, por mais que você tente. E tudo bem!

Algumas plantas não eram para fazer parte da paisagem.

A beleza e o perfume do seu jardim vão ficar eternizados quando você partir. Por isso, lembre-se sempre de cuidar das suas plantas com total devoção, e nunca deixe de espalhar, por cada canto que passar, generosas sementes regadas com muito amor.

O amor é base de tudo!!!

Semeie amor, sempre!!!!

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Oração do Estudante Rosacruz

Esta Oração define o procedimento correto que o Estudante Rosacruz deve ter, cotidianamente.

Viver de conformidade com o espírito dessa Oração, é necessário, mais do que necessário, é imprescindível, visto que as ações revestidas de tal caráter, têm efeitos contagiantes e é agradável ao Senhor Cristo.

Pois, deve existir a fé e devem existir as obras, pois a fé sem obras é coisa morta, e as obras sem a fé são de pouco valor.

A fé no ser humano é a força que abre os canais que nos comunicam com Deus, e é mediante a fé que nós podemos pôr em contato com Sua vida e Seu Poder.

A oração e a meditação constituem bases absolutamente essenciais para o crescimento da Alma.

Porém, se dependermos só da oração que sejam apenas palavras, pouco crescimento espiritual alcançaremos.

Para se obter resultados verdadeiros, toda nossa vida deve ser uma oração, uma perene aspiração. 

Devemos nos dar conta de que não são as palavras que mencionamos durante a oração que contam, senão a própria vida que conduz à oração.

Só há uma maneira de provarmos nossa fé: é mediante as obras que realizamos dia após dia.

O fator determinante que sanciona corretamente se a classe de trabalho que fazemos é espiritual ou material, é a atitude que adotamos ao fazê-lo.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  1. Pergunta: Estou procurando por muito tempo explicação em uma coisa: em minha vigília minhas atitudes são coerentes com a maneira que penso. Durante o sono, fora do corpo, quando não lúcida, ajo completamente diferente. Chego a ter receio de mim mesma e vergonha, às vezes! Quando se mistura com a lucidez me pego sobrevoando em lugares escuros, como à noite! Não encontro ninguém. E quando lúcidos totalmente acontecem coisas maravilhosas e coerentes que o significado depois se perdem em mim quando acordo. O que me intriga é que me remonta a atitudes que não quero mais…. Estou lendo o livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” de Max Heindel e uma parte sobre Ego, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso como o Ego sendo responsável por todos esses, pelo que compreendi. Poderia me esforçar “conversar com esse Ego e trazê-lo de alguma forma à lucidez desse outros corpos? Teria o indivíduo a capacidade de ter nas mãos esse controle, principalmente do Corpo de Desejos? Dá impressão clara de que o Corpo de Desejos é totalmente ignorante, de mente própria e faz o que quer e separado de mim. Não sei se fui clara nessas explicações, mas me deixa apreensiva e pequena, hipócrita que não condiz com os meus olhos abertos de dia! O que poderia, em sua experiência de vida, em sua opinião, eu fazer? Como agir para não ser mais assim, duas personalidades? que é o que parece! Quero combater isso e não sei como, não tenho esse domínio, de mim…. ainda.

Resposta: É um caso de descontrole, falta de domínio. E que, ao invés de lhe ajudar, está lhe atrapalhando, mesmo quando “acontecem coisas maravilhosas e coerentes”. Pois isso lhe está fazendo perder o tempo tão rico quando, depois de restaurar nosso Corpo Denso, estarmos prontos para trabalharmos como Auxiliares Invisíveis inconscientes!!! Você (o Ego, o Espírito Virginal manifestado) – que não é os seus Corpos, nem a sua Mente – está perambulando pelas regiões inferiores do Mundo do Desejo. Além de perda de tempo, é perigoso!

  • Pergunta: Por que muitas vezes há, na mesma família, muitos solteiros que morrem sem ter qualquer relacionamento? Eles devem ou precisam aprender com a solidão a valorizar um relacionamento que em vidas anteriores desrespeitaram?

Resposta: Quem disse que o objetivo de uma vida está em se casar? Se o irmão ou irmã tem plenas condições financeiras, emocionais, sociais, espirituais e de saúde deve fazer o sacrifício de ajudar a disponibilizar um Corpo para o irmão e a irmã que está na fila para renascer (e a fila é enorme!). No entanto, não há necessidade de se casar! Basta um relacionamento fraterno, de bem-querer, responsável e com amor ágape para a situação estar bem encaminhada! A amizade cultivada com as pessoas que estão a sua volta deve ser sempre fundamentada no mesmo amor entre um casal. Afinal somos todos irmãos e como tal é que devemos nos relacionar, e não se limitar em padrões externos: marido e esposa, pai e filho, mãe e filha, vizinho e vizinha, etc. Valorize a amizade e verá que maravilha!

Muitas vezes a solidão existe porque insistimos em querer nos relacionar com as pessoas que queremos e não as que estão a nossa volta! E pasme: fomos nós mesmos que escolhemos TODAS as pessoas a nossa volta!! Então, por que a rejeição agora? Semelhante sempre atrai semelhante!

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  • Pergunta: “Gostaria de ajuda para entender melhor os efeitos de um período de assimilação da vida, logo após a morte precário, interrompido, etc. É totalmente perdida a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias?  O aprendizado será quase completamente perdido? Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada? Se sim, como poderá ficar então a situação da humanidade desta época, em que em mínimas ocasiões não há interferências (uso de químicos no corpo do defunto, doação de órgãos, busca cada vez maior pela cremação às pressas, etc.) no tempo de “descanso” do corpo morto? Teríamos que recuperar em outra encarnação tudo o que foi perdido? Outra dúvida que me acomete: esta condição de assimilação interrompida está dentro das leis de causa e efeito, destino maduro, ou está fora dos planos dos Senhores do Destino?”

Resposta: Não necessariamente “tudo”. Depende do nível de perturbação. No entanto, sem dúvida, haverá perdas por falta de nitidez na gravação no Átomo-semente do Corpo de Desejos. No momento atual, sim, está havendo muita perda de muitas pessoas. Agora…tudo isso já estava previsto na vida dessas pessoas como uma “tendência”, uma “possibilidade”, sempre latente, que, ao escolherem determinados caminhos a despeito de outros, foi ativada pela própria pessoa. Será que houve realmente perdas significativas? Será que a pessoa estava obtendo as experiências que deveria obter, ou será que estava procrastinando? Será que com as possibilidades que temos hoje de nos desviarmos do que escolhemos para aprender (e, assim, adquirir experiências), desviamos tanto e tentamos tanto “deixar para depois” que, de fato, deixamos quando não houve a gravação suficiente nítida para ser parte fundamental da nossa vida post-mortem? Lembrando sempre que estamos sob a Lei de Causa e Efeito…colhemos o que semeamos…e nós é que sempre escolhemos.

Está surpresa pela quantidade de pessoas?

Então vejamos:

1ª Guerra Mundial: 20 milhões de mortos

2ª Guerra Mundial: 70 milhões

Mortos pelo Covid 19 (18/7): 598 mil

Reparem como sempre tivemos irmãos e irmãs “perdendo a eficiência da retrospectiva da vida quando o corpo não recebe a paz necessária nos, em média, 3,5 dias… O aprendizado será quase completamente perdido… Uma vida inteira de experiências seria quase que descartada”, pois nas guerras as situações são bem piores do que em uma pandemia e a gente nunca ficou alarmado???

Por que, então, só agora essa comoção? Corpo de Desejos nosso nos dominando e tentando nos envolver no medo, no temor e podendo nos levar à falta de fé?

Arrastando-nos para a descrença, o desespero e “a tomar remédios para depressão, ansiedade, pânico, etc.”!

Sem dúvida é importante nos fazer as perguntas sobre as possíveis causas (como explicamos acima), mas tenhamos a certeza de que Deus sabe o que faz com a sua criação, pois Ele é Amor e Luz!

E sempre agradecemos por estarmos aqui, muitos de nós meros expectadores e, se assim for, responsáveis por manter um ambiente de oração, de serviço, de amor e de muita fé.

À propósito, reparou com muitas pessoas não estão nem aí com ser Cristão, de fato e sem desculpas? E sendo Cristão, fazer a Retrospecção? Sim, porque esse exercício não é propriedade particular da Fraternidade Rosacruz. Com algumas pequenas diferenças também é ensinado nas verdadeiras Religiões Cristãs, desde os tempos de Cristo aqui.

Pois então: livre arbítrio, né?

Com o cumprimento da lei que se segue: Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito.

Qual, então, é o nosso papel como Estudantes Rosacruzes?

Orar…orar…orar.

Ficar vigilante, pois se tivermos alguma oportunidade explicar para o irmão e irmã a importância fundamental em fazer o Exercício de Retrospecção.

Afinal, como aprendemos, se formos constantes, firmes, persistentes e sempre executando esse Exercício, cada vez com uma qualidade melhor, quando morrermos não precisaremos de 3 dias e meio, quiçá nem de um 1 segundo, não é?

Por fim, tenhamos compaixões dos irmãos e irmãs que estão passando para o outro lado e perdendo boa parte das experiências que obteve enquanto aqui. E oremos para que aprendam no Purgatório que o “caminho do transgressor é duro” e não vale a pena continuar seguindo por ali.

  • Pergunta: Por que o Templo dos Irmãos Maiores fica na Alemanha?

Resposta: Na realidade não fica na Alemanha, nas terras da Alemanha, no espaço aéreo da Alemanha, mas sim na posição da Região Etérica do Mundo Físico onde atualmente está, em latitude e longitude o lugar que conhecemos como Alemanha. E a razão de estar nessa porção da Região Etérica do Mundo Físico é que essa porção é a que contém a maior quantidade de Éteres Luminoso e Refletor atualmente. Pode mudar? Sem dúvida. Basta outra porção da Região Etérica do Mundo Físico ter uma quantidade maior de Éteres Luminoso e Refletor. Todos que falaram até agora que o Templo mudou de lugar mentiram, pois quem “sabe não fala”, pois é Iniciado. E quem quer saber é curioso que utilizará essa informação para nada, a não ser para passar a ilusão “que tem informação privilegiada”, “ganhando” uma posição de destaque ilusório entre os seus.

Com certeza absoluta, se você tiver que saber onde ele se encontra, você saberá e a única razão para isso é porque você tem o mérito de poder participar de uma reunião que acontece na Região Etérica do Mundo Físico, estando ainda renascido aqui.

  • Pergunta: Se os negros são os remanescentes da Raça Lemúrica, não são eles inferiores, em evolução espiritual, aos remanescentes da Raça atlante e aos membros do Raça ariana, que são os brancos? Aliás, por que existem tais remanescentes? Por que Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa?

Resposta: Primeiro de tudo: não existe esse negócio de “Deus permitiu que a Raça branca se tornasse a mais poderosa”. Inclusive a Raça branca não é a “mais poderosa”. Também está atrasada nesse Esquema de Evolução (!). A grande maioria ainda tem lições que deveria aprender na Época Lemúrica e na Época Atlante que ainda não aprenderam e, pior, insistem em não aprender. A questão é que os irmãos e irmãs que conseguem construir um Corpo Denso com uma pele mais branca do que os demais também não quer mais dizer que estão mais avançados. Com a primeira vinda do Cristo, foi introduzida a miscigenação das Raças (multirraciais ou mestiças são as pessoas que não são descendentes de uma única origem. Um exemplo pode ser alguém com ancestralidade europeia e africana, ou com ancestralidade europeia e indígena) e, atualmente, é algo raríssimo ter um irmão ou irmã que seja de uma “Raça pura”. Atualmente, a questão não é mais somente a cor da pele, mas sim, a constituição dos órgãos, sistemas e demais partes do corpo. Isso é que faz o irmão ou a irmã aptos a aprender algumas lições que só poderiam experimentar com esse tipo de Corpo Denso.

Quanto aos irmãos e irmãs que são negros e que habitam regiões centrais do continente africano. É fácil identificá-los pelo seu comportamento onde utilizam meios de vida que utilizamos na Época Lemúrica mais acentuadamente (não são só reminiscências, mas sim estilo de vida). Quando falamos que é uma “Raça inferior”, o conceito Rosacruz disso é para descrever irmãos e irmãs que ainda não querem (e aqui é o segredo: a vontade própria, o livre arbítrio) aprender as lições da Época Atlante e nem da Época Ária. Obviamente, o contato desses irmãos e irmãs com irmãos e irmãs que já estão aprendendo lições daquelas Épocas vai, aos poucos, os auxiliando a entender a necessidade de seguirem para frente e para cima. Os irmãos e irmãs que constroem um corpo onde a pele é escura (para marrom até negro) e que já vivem em países da África que são conceituados como “ocidentalizados” ou que já vivem nos continentes americanos ou europeus já abraçaram as lições da Época Ária, apesar da dificuldade que ainda tem de construir um arquétipo de Corpo Denso mais adaptáveis ao ambiente americano, por exemplo.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura:

Dezembro: 06, 12, 20, 27

“Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte.” – Salmos 107:20 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Efeito Autotransformador da Retrospecção: um dos ensinamentos mais importantes da Fraternidade Rosacruz

Max Heindel afirma que o exercício de Retrospecção é um dos ensinamentos mais importantes da Fraternidade Rosacruz. E não há nenhum exagero nessa afirmação, se considerarmos o poder autotransformador dessa prática diária. A Filosofia Rosacruz tem como base o conhecimento e o seu objetivo é o aperfeiçoamento do ser humano em todos os sentidos. Ela oferece as ferramentas para essa melhoria interna, fato que pode ser constatado por quem se dedica diligentemente ao estudo, a meditação e reflexão sobre seus ensinamentos.

Max Heindel asseverou que a lógica, a coerência e a elevação desses ensinamentos conquistaram as Mentes e os corações de muitas pessoas no mundo todo. Ele, porém, não escondia sua preocupação em que lhes impressionassem apenas o intelecto com sua beleza filosófica, sem atingir o ideal mais elevado de torná-las melhores seres humanos, mais sensíveis, amorosos e solidários.

Esse exercício conduz ao autoconhecimento, passo inicial do processo de alquimia interna, sem o qual não há como aprimorar o caráter e desenvolver aquelas virtudes que iluminam a vida do Estudante Rosacruz.

Ninguém julgue, porém, tratar-se de um trabalho fácil. Deve ser realizado toda noite, antes de dormir, com o cuidado de, com a prática regular, não se tornar um automatismo. Deve ser feito conscientemente e esse processo de rememorar os fatos ocorridos e vividos deve revestir-se de sentimento, para que o praticante possa julgar o aspecto moral de sua conduta.

Se praticado com esse espírito de sincera devoção, todos os registros das más ações praticadas durante o dia serão apagados do Átomo-semente, e aqueles referentes às atitudes nobres e amorosas servirão de estímulo para o aperfeiçoamento do caráter. Conduz também ao processo de purificação dos pensamentos e emoções.

Assim, reduzirá o seu tempo no Purgatório e no Primeiro Céu, podendo até a chegar ao ponto de passar direto para o Segundo Céu!

O Estudante Rosacruz, porém, deve manter-se atento para que durante o dia evite cometer atos indesejáveis, mesmo sabendo que à noite, durante o exame retrospectivo, terá a oportunidade de apagá-los, pois assim procedendo evitará também cair num círculo vicioso.

O ideal é justamente criar um círculo virtuoso, ou seja, a experiência noturna deve promover uma vivência cada vez mais aprimorada nos ideais cristãos e o fortalecimento da consciência moral, de tal maneira que os desvios de conduta se tornem cada vez mais raros.

“Que as rosas floresçam em vossa cruz”

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Sinfonia de Lírios

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. As emoções pertencentes aos planos inferiores do Reino conhecido como Desejo, emitem suas notas de vida em uma massa rodopiante de forma e cor e, aqui também, os Anjos encontram trabalho para fazer. Essa é a história de uma mãe que perde a sua filhinha, Lily, que tanto amava os lírios. E como ela foi recompensada de uma maneira inusitada. Leia aqui: Uma Sinfonia de Lírios

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto

Antes de tudo, pode-se perguntar: por que um Estudante Rosacruz deve se aplicar em estudar com afinco o Tabernáculo no Deserto?

O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Afinal, não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo Interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado.

Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:

Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:

  • O Candelabro de Sete Braços ou o Candelabro de Ouro: ao sacerdote era exigido não permitir nunca que nenhuma lamparina se apagasse do candelabro. Todos os dias o sacerdote examinava uma a uma as lamparinas, limpava-as e as abastecia com azeite (Ex 25:31-40). Os três primeiros semicírculos do Candelabro representam os já passados Períodos de Saturno, Solar e Lunar. A haste central simboliza o atual Período Terrestre e a luz que precedia do Candelabro simbolizava o que devemos desenvolver dentro de nós (o Dourado Manto Nupcial, o nosso Corpo-Alma).
  • Os Pães da Proposição: duas pilhas de pães, cada uma com seis pães. Representavam as oportunidades para crescimento da alma, através dos doze Departamentos da vida, simbolizados pelas doze Casas do horóscopo, sob soberania das sagradas doze Hierarquias Divinas do Zodíaco.
  • O Altar de Incenso: o incenso queimado (doce aroma ao senhor) representa as ações virtuosas de nossas vidas; o serviço amoroso e desinteressado para com os outros. Este Altar de Incenso era feito de Acácia (Ex 30:1-6), não podendo ser estranho ao recomendado e nem mesmo ser utilizado para outros propósitos (Ex 30:7-10).
  • A Arca da Aliança, que continha em seu interior: o Pote de ouro do maná (Maná = Ego; Pote de ouro = Aura dourada do Corpo-Alma); a Vara de Arão = Divina força criadora; as Tábuas da Lei = a emancipação de toda a influência externa.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Essênios, Aqueles que Transformaram a Religiosidade

Séculos antes da era Cristã, os essênios, em sua grande ordem mística com ramos em muitas partes do mundo então conhecido, desejavam, como principal objetivo na vida, alcançar o aperfeiçoamento de seus membros em toda a justiça para que pudessem ser dignos de Deus e trazer ao mundo o Grande Messias. De acordo com os registros, tanto esotéricos e exotéricos, Jesus nasceu dentro dessa Ordem e foi treinado por eles durante os “anos ocultos da sua vida”, em seus vários ramos e centros; finalmente, depois foi enviado “para efetuar uma revolução moral e religiosa”.

Assim, com o passar do tempo, veio a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, que marcou época, nas cavernas do distrito de Kirbet Qumran, apresentando esses fatos. De acordo com a sabedoria dos essênios, não existe acaso no universo de Deus — todas os eventos são determinados por um plano ou destino e tudo acontece no tempo normal para eles, nada ocorrendo que não tenha sido predeterminado. Assim declaram os mestres da arte de viver, mestres que produziram um grupo de pessoas que se destacaram na retidão e no desenvolvimento dos “dons do espírito” e na obtenção da consciência cósmica mais do que qualquer um de seus sucessores.

Está registrado que nenhuma profecia deles falhou. Essa precisão significava sua sobrevivência nos dias de Herodes, o Grande, e sua dispensa de fazer os odiados juramentos, até mesmo o de fidelidade. A história nos conta que um essênio, um tal de Menahem, famoso não apenas por sua retidão, mas por sua presciência do futuro, conheceu Herodes quando ele era um menino de escola e se dirigiu a ele como “Rei dos Judeus”. Herodes pensou que Menahem não o conhecesse e estivesse brincando. Mas Menahem sorriu, deu-lhe um tapinha nas costas e disse: “Tu, no entanto, serás rei e começarás teu reinado feliz, pois Deus te achou digno disso. Lembre-se das palavras de Menahem. Essa garantia será salutar para você quando amar a justiça e a piedade para com Deus e a igualdade para com os seus cidadãos. No entanto, eu sei que você não será assim, pois posso enxergar tudo. Você obterá uma reputação eterna, porém se esquecerá da piedade e da justiça, que não serão ocultadas de Deus, e Ele, por isso, vai te visitar em Sua ira até o fim da sua vida”. Herodes deu pouca atenção à profecia do essênio na época, pois ele era um plebeu e não tinha qualquer ideia de que pudesse ser feito rei; mas tudo isso ocorreu, como previsto.

Mais uma vez, outro essênio, certo dia no templo, cercado por seus alunos, que ele havia iniciado na arte apocalíptica de predizer o futuro, um certo Judas, a história nos conta, viu Antígono passar. Judas profetizou uma morte súbita para ele, na hora definida de um dia definido, em um lugar muito especial — tudo ocorreu como previsto.

O grande historiador e judeu Josefo, que viveu no primeiro século d.C., esteve entre os essênios por um ano ou mais, deu os detalhes intrincados de suas vidas e trabalhos, da sua crença na reencarnação, na ressurreição e na comunicação com os Anjos. Ele sabia que estudassem assuntos como astrologia, numerologia, frenologia, profecia, vegetarianismo e saúde, cura, oração, meditação e muitos outros. Os essênios acreditavam que o ser humano devesse estudar os grandes livros sagrados da humanidade, todas as grandes contribuições para a cultura, porque sabiam que todos ensinavam a “mesma sabedoria eterna” e que as únicas contradições aparentes viriam da unilateralidade dos seguidores que tentavam interpretá-los. O objetivo do conhecimento não era fornecer alguns fatos ao indivíduo, mas abrir-lhe as fontes da verdade universal. À medida que o aluno lê, as palavras da verdade criam em seu corpo pensante poderosas vibrações e correntes de pensamento que entram em contato com o corpo pensante do grande Mestre que os deu à luz — tudo isso era bem conhecido por esses místicos.

Estranho narrar como uma profecia de Josefo, o historiador, salvou sua vida na época do levante judeu contra os romanos, quando ele nomeou governador da Galileia o general romano Vespasiano, retirando da resistência judaica a esperança. Josefo fugiu, mas foi levado até Vespasiano, que o teria enviado a Nero para ser destruído, caso o historiador não tivesse profetizado que seu captor, Vespasiano, iria se tornar imperador de Roma — o que se cumpriu conforme previsto.

A razão pela qual o grande historiador Plínio diz que os essênios são “eternos, de antiguidade sem data” e afirma que “eles existiam milhares de anos antes” de sua época é que os essênios não apenas reivindicam origem mosaica para sua Fraternidade, mas afirmam que alguns deles tiveram um começo ainda mais antigo, voltando ao tempo de Abraão e até antes. Alguns historiadores os identificam com os místicos Reis Pastores que governaram o Egito por volta de 2.000 anos a.C. Posteriormente, eles passaram pelo deserto para a Síria e depois para um país conhecido como Judeia, onde entraram em uma cidade chamada Salém, lugar em que, muito mais tarde, Melquisedec concedeu a Abraão os ritos místicos da Ordem a ser conhecida como a ordem dos Essênios. A história judaica de Ewald, entre outras, observa que “os essênios, ou pessoas que deixaram a grande comunidade para viver a vida santa, eram encontrados em Israel desde os tempos mais remotos e eram anteriormente conhecidos como nazireus (ou nazarenos)”. Assim, eles eram conhecidos no Livro dos Juízes e no Livro dos Reis como a “Escola dos Profetas” e nos tempos dos Macabeus como “Hasidees”. A Ordem não se autodenominava “Essênios”, o que significava “aqueles que aguardam” — esse era um nome dado por outros. Eles também eram chamados de “Amigos”, “Os Puros e Silenciosos”, “Os Trabalhadores Milagrosos”, “Campeões da Virtude”, “Nazarenos”, “Terapeutas”, “Aqueles que curam”, “Os Místicos da Roupa Branca”, o terceiro grupo de judeus cuja saudação foi “a Paz seja convosco”.

O historiador Filo concorda com Plínio quanto ao fato de os essênios serem eternos, “sendo um povo único, mais admirável do que qualquer outro no mundo”, e diz que “os membros da irmandade eram chamados de Campeões da Virtude”. Estrabão menciona os essênios em Heliópolis, Egito, “com quem Platão e Eudoxo se consultaram”. Solinus afirma que “os essênios diferem de todos os outros povos em sua constituição maravilhosa (sendo vegetarianos e vivendo, muitos deles, mais de 120 anos) e, segundo minha opinião, foram nomeados pela Providência divina para esse modo de vida. Eles renunciam ao dinheiro, aos prazeres conjugais e, ainda assim, são os mais ricos de todos os homens”.

Deve-se notar que, enquanto muitos dos essênios eram celibatários, homens e mulheres, e que alguns dos assentamentos fossem apenas para homens (os mosteiros), outros eram comunidades onde cada família tinha sua própria casa e jardim, fazia suas contribuições para a comunidade e iam para os edifícios da assembleia geral para certos ritos e cerimônias. Mulheres eram membros associados. Aqueles que não se casavam criavam órfãos para a comunidade essênia. As crianças estudavam de forma prescrita durante dez anos. Com a idade de vinte anos elas se tornavam elegíveis para membros, ocorrendo a admissão depois da aprovação satisfatória em um exame público com base nas disciplinas obrigatórias e em provas aceitáveis de caráter moral e sólido.

Epifânio, famoso historiador da igreja do século IV, ao falar dos essênios e de suas contribuições para a humanidade, declarou que “Jesus se juntou aos essênios” e que a Ordem, em conexão com suas curas, às vezes usava um Livro de Remédios atribuído ao Rei Salomão. Historiadores (ou obras) como Eusébio, Porfírio, Orígenes, Jerônimo, o Talmud, Midrashismo (estudo hermenêutico do Antigo Testamento) e a Bíblia, entre numerosos e diversos relatos, falam dos essênios.

Entre os historiadores modernos e representativos está Dean Humphrey Prideaux, que declara em seu livro sobre os descendentes dos essênios, Antigo e Novo Testamentos Conectados, que os essênios antecederam as Sagradas Escrituras e condenaram a escravidão, os líquidos fermentados, todos os alimentos à base de carne, a guerra e fabricação de instrumentos bélicos; também anteciparam o verdadeiro espírito do Cristianismo e da filosofia superior do século XX.

O Dr. Graetz, em seu livro A História dos Judeus, diz que “os essênios foram os que primeiro proclamaram o Reino dos Céus”, que João Batista viveu a vida de um nazireu, pertencente aos essênios, e passou a morar com outros essênios, próximo às águas do Jordão, aguardando penitentes que, ao serem batizados, ingressavam na Ordem dos Essênios.

Da mesma forma, uma pesquisa histórica mais meticulosa, a de A. A. Schultz sobre os essênios, compilada a partir de numerosos registros da Sociedade Literária e Filosófica de Liverpool, em 1896, encontra as afirmações acima em documentos escritos em hebraico, aramaico e grego.

A Maçonaria Mística, quando ainda era uma Escola iniciática, localiza o Cristianismo puro na doutrina dos essênios e consideram os “Irmãos do Manto Branco e Sem Costura, ou Ordem Mística dos Essênios, a fraternidade mais importante do mundo”.

Entre muitos dos relatos modernos que afirmam que Jesus e muitos dos personagens do Novo Testamento fossem essênios está o de Frederico II em uma carta a d’Alembert, datada de 17 de outubro de 1770. O rei-filósofo escreveu: “Jesus era claramente um essênio; ele estava imbuído da moralidade dos essênios, grande parte da qual vem de Zenão”.

Os Estudantes Rosacruzes sempre souberam que José e Maria, pais de Jesus, e Isabel e Zacarias, pais de João Batista, estivam associados à Comunidade da nova Aliança, às vezes chamada de “A Aliança”, e sob a influência de “Os Eleitos”, como os essênios se consideravam em virtude do que eles realmente sabiam ser sua missão histórica e divina. Eles transcenderam barreiras que dividiam classes, raças e religiões para incorporar o melhor de muitas religiões dentro de sua própria Ordem. Algo do Zoroastrismo poderia ser encontrado na saudação diária dos essênios ao Sol, possivelmente o Grande Espírito do Sol, o Ser Cósmico que brilhava dentro do Sol físico e radiante, o Ser de Luz, pois chegaria o tempo em que essa Individualidade cósmica tomaria a forma humana para Se tornar a Luz do Mundo. Além disso, o Evangelho Essênio de João dá testemunho do Logos Solar, a Luz do Mundo.

Então, em 1945, 1947 e anos posteriores, quando os Manuscritos do Mar Morto, parte da biblioteca dos essênios, foram descobertos nas cavernas perto do seu monastério, enterrados no distrito de Kirbet Qumran, confirmando muito do que apenas esotericamente era conhecido por alguns, a descoberta foi considerada por grandes estudiosos como marcante de uma época, o achado mais importante e notável dos últimos 2.000 anos. Esses pergaminhos tentam transformar o que se entende por religiosidade ou ortodoxia desde a época de Constantino e do Concílio de Nicéia, em 325 d.C. e as datas posteriores dos vários credos feitos pelo ser humano e acrescentados à doutrina da igreja. Os pergaminhos restaurarão a Religião do Mestre Jesus para a sua forma original, que foi temporariamente.

Um grande dia foi para a Religião do Ocidente, quando o menino beduíno chamado de “Maomé, o Lobo” estava cuidando de algumas cabras perto de um penhasco na costa oeste do Mar Morto e, escalando atrás de uma que havia se desviado, notou uma caverna que ele não tivesse visto antes; então, de forma preguiçosa, jogou uma pedra dentro dela. Houve um som desconhecido de algo sendo quebrado. Assustado, o menino fugiu; mas apenas para voltar um pouco depois com outro rapaz. Juntos, eles exploraram a caverna. Dentro, encontraram vários potes altos de barro, entre fragmentos de outros potes. Quando tiraram as tampas em forma de tigela, surgiu um cheiro muito ruim que vinha de protuberâncias oblongas e escuras que foram encontradas dentro de todos os frascos. Quando as retiraram da caverna, viram que estavam embrulhadas em pedaços de linho e revestidos com uma espessa camada de piche preto ou cera. Eles as desenrolaram e encontraram longos manuscritos, inscritos em colunas paralelas de folhas finas que haviam sido costuradas. Eles se maravilharam com os pergaminhos e os carregaram enquanto se moviam, finalmente contrabandeando-os, junto a outros bens, da Transjordânia para a Palestina, até Belém, onde foram vendidos e, finalmente, chegaram às mãos de estudiosos. Mais e mais cavernas com pergaminhos foram descobertas e os manuscritos foram vendidos, até que, em 1949, os beduínos receberam mais de US$ 87.000 pelo que encontraram. Desde então, eles vinham cortando os pergaminhos e vendendo por US$ 7,00, a polegada quadrada, até que finalmente os estudiosos garantiram algum policiamento e controle sobre esses valiosos manuscritos.

Os estudiosos fizeram vários relatórios sobre o grande significado dos pergaminhos. Quando o Dr. Trevor enviou cópias das colunas do rolo de Isaías para o Dr. W. F. Albright, de John Hopkins, um dos maiores arqueólogos vivos, ele escreveu de volta: “Meus parabéns por uma das maiores descobertas de manuscritos de todos os tempos”. Fixando a data da escrita deles por volta de 100 a.C., ele disse: “Felizmente, não pode haver a menor dúvida sobre a autenticidade do manuscrito. Os pergaminhos querem revolucionar nossa abordagem ao cristianismo”.

O grande erudito franco-hebraico Andre Dupont Sommer, professor de línguas semitas na Sorbonne, em Paris, foi ao Museu Palestino em Jerusalém, manipulou e examinou os pergaminhos que tinham 2.000 anos e, então, disse: “Esses textos nos dão conhecimento direto e imediato das crenças históricas e dos ritos da seita essênia; eles revelam numerosas e precisas semelhanças entre ela e a primitiva igreja Cristã. O essenismo, conforme revelado nos pergaminhos, mais do que qualquer outro movimento judaico, abriu caminho para o cristianismo. Os rolos, portanto, esclareceram um dos problemas mais cativantes da história das religiões, o da origem do Cristianismo”.

Mais tarde, sua observação de que “os rolos fizeram Jesus parecer uma reencarnação do grande Mestre Essênio da Justiça, que viveu por volta de 100 anos a.C.” despertou muita controvérsia na França. Essa ideia foi sugerida por outros e parece provável segundo as circunstâncias. Os essênios seguiram os ensinamentos de Melquisedeque, o Príncipe da Paz com quem Abraão conversou e a quem muitos consideram uma encarnação de Jesus, que disse: “Antes de Abraão, Eu sou; seu pai Abraão viu meu dia e se alegrou em vê-lo”. Portanto, se o Mestre foi Melquisedeque, há razão para acreditar que ele tenha sido uma encarnação posterior, conhecida como Mestre da Justiça, antes de finalmente aparecer como Mestre Jesus. (A única encarnação anterior de Jesus mencionada nos Ensinamentos da Bíblia da Sabedoria Ocidental é Salomão).

Marie Harlowe, escrevendo na Progressive World em 1957, diz: “A singularidade de Jesus é desafiada pela descoberta, nos pergaminhos essênios, de um indivíduo anterior e de caráter semelhante. O Mestre da Justiça estava em notável paralelo com a vida e os ensinamentos de Jesus, conforme relatados nas Escrituras Cristãs. Ele era um líder da comunidade e havia experimentado revelações especiais. Seus seguidores eram os pobres, que se autodenominavam ‘Eleitos de Deus’”.

Além disso, esse Mestre estava em desacordo com os sacerdotes e foi muito perseguido por eles. Sua doutrina dizia respeito ao Céu e ao Inferno e seu ritual mais importante era uma festa ou refeição sagrada. Ele foi condenado e executado entre 65-53 a.C.

Os pergaminhos essênios, escondidos em cavernas — alguns deles, sem dúvida, nos últimos dias antes da destruição de Jerusalém pelos romanos, sob Tito, em 70 d.C. — para serem preservados, possivelmente no intuito de, mais tarde, serem removidos para um lugar seguro, foram, alguns deles, mencionados em nossa Bíblia, como em “A Assunção de Moisés” ou um livro que menciona um Enoque, o sétimo a partir de Adão, que profetizava — entre outros registros que as autoridades da igreja ortodoxa descartaram como espúrios e não-canônicos. Também havia livros em que personagens similares a Jesus ensinavam de forma parecida com ele, fornecendo as fontes de suas informações e aprendizados que, junto de todas as referências feitas a eles, a igreja se esforçou para destruir totalmente. Mas,  em algumas ocasiões ela se atrapalhou. Agora, com a descoberta dos Manuscritos Essênios, tudo veio à luz.

Novamente, por causa das autoridades das igrejas ortodoxas, a quem certos estudiosos consultaram sobre a forma em que esse conhecimento da Religião revolucionária deveria ser apresentado ao público, tem havido muito atraso na América em relação à publicação desse conhecimento. Algumas das autoridades da igreja sugeriram, depois de tentar desacreditar os fatos, que se esperasse cinquenta anos ou mais e deixasse as coisas se ajustarem lentamente. Mas, os leigos estão vitalmente interessados e exigem mais verdade — eles encontraram um pouco dela em algum lugar. Eles aprenderam que os originais de muitos dos livros da Bíblia são diferentes dos que temos.

Entre os rolos importantes encontrados nas várias cavernas estão dois de Isaías, O Testamento de Levi, Os Testamentos dos Doze Patriarcas, muitos livros de Enoque, O Documento Zadoquita, o Manual de Disciplina, o Documento de Damasco, o Apocalipse de Lameque (a seção do Gênesis), Os Salmos de Ação de Graças, Hinos, o Comentário Habacuque, Os Apócrifos do Gênesis, Targum de Jó, As Guerras dos Filhos da Luz, um Apocalipse Essênio, entre outros. Os documentos descobertos em 1947 pertencem ao Estado de Israel; os coletados desde 1949 pertencem ao Estado da Jordânia e estão no Museu Palestino, em Jerusalém. Dez outras cavernas e centenas de outros documentos ou fragmentos foram descobertos recentemente.

Muitos dos pergaminhos essênios são escritos em aramaico, a mais antiga de todas as línguas, de acordo com o famoso estudioso sírio, Dr. George M. Lamsa. Ela remonta à planície de Shinar e o nome é derivado de Aram, o filho mais novo de Shem. Será lembrado que o Dr. Lamsa deu ao mundo ocidental a Bíblia dos originais manuscritos aramaicos, os textos da Peshitta — em 1940, o Novo Testamento e em 1957, o Velho Testamento. Essa foi uma tarefa monumental das mais antigas fontes sobreviventes da Bíblia, que foram preservadas na Turquia e no Irã pelos antigos Cristãos chamados de nestorianos. Eles introduziram o Cristianismo na China sob o nome de Doutrina Luminosa em 631, em memória da qual o Monumento Nestoriano foi erguido em Sianfu; da mesma forma, antes, os Cristãos de São Tomé, o discípulo do Mestre, foram os Nestorianos da Índia, sustentando verdades que agora estão sendo descobertas nos pergaminhos essênios.

Em todos os pergaminhos, especialmente no Comentário de Habacuque e no Manual de Disciplina, a pessoa mais importante é o Mestre da Justiça, que entrou em conflito com um rei-sacerdote perverso por quem provavelmente perdeu a vida. Os detalhes ainda não foram encontrados, então a polêmica continua. Muitos estudiosos, usando um fragmento do Comentário de Nahum, que fala do Leão da Ira, em suas suposições, referem-se a Alexander Jannaeus, filho de John Hyrcanus, como o mais provável rei-sacerdote perverso, vivendo como vivia, de 104 a.C. a 78 d.C. Josefo fala dele, indicando a crueldade bárbara usada por esse ímpio — era tão terrível que “ultrajava a sensibilidade dos judeus piedosos, que o viam como uma profanação total da sua Religião, seu templo e a lei”.

O historiador fala sobre o incidente mais interessante e quase inacreditável do arremessos de limão, quando Jannaeus estava celebrando a Festa dos Tabernáculos. Ele estava de pé no altar alto, o lugar mais sagrado em todo o Israel, exceto pelo Santo dos Santos, e estava empenhado em oferecer sacrifícios a Yahweh, em um dos atos mais sagrados de Israel. O sentimento reprimido da população se demonstrou no arremesso de limões contra o perverso rei-sacerdote. O povo tinha limões consigo como parte de suas ofertas votivas. O “sacerdote perverso” dos pergaminhos, no entanto, retaliou matando 6.000 dos mais piedosos do seu próprio povo como vingança, para enfatizar a importância da sua dignidade e autoridade sobre eles. O Mestre da Justiça denunciou tal pessoa. Ele pode ter incitado o incidente do lançamento de limão e, sem dúvida, pagou por isso com sua vida, já que teria exigido abertamente que o rei e sumo-sacerdote de Israel vivesse de acordo com o seu cargo. Nesse e em muitos outros aspectos ele se assemelha ao Mestre Jesus, que agora, em espírito e verdade, em uma espécie de segunda vinda, está retornando para nós em seu eu original e ensinamentos através dos Manuscritos Essênios, após séculos de deturpação e distorção por interesses mundanos e credos feitos pelo ser humano.

Jesus foi educado pelos essênios e atingiu um alto estado de desenvolvimento espiritual durante os trinta anos em que usou seu corpo. Pode-se dizer aqui, entre parênteses, que os essênios fossem a terceira seita que existia na Palestina, além das duas mencionadas no Novo Testamento — os fariseus e os saduceus. Os essênios eram uma ordem extremamente devota, muito diferente dos saduceus materialistas e inteiramente oposta aos fariseus hipócritas, que buscavam publicidade. Eles evitavam qualquer menção a si mesmos e seus métodos de estudo e adoração. A essa última peculiaridade se deve o fato de que quase nada se sabe sobre eles e de não serem mencionados no Novo Testamento”.

(Publicado na Rays from the Rose Cross de dezembro/1956 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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