Da mesma forma que o Sol, os raios dos Planetas e da nossa Lua têm realmente influências sobre a nossa saúde.
Infelizmente, são poucos os que aceitariam o fato de que tanto nosso estado mental como o físico são influenciados pelos raios astrais (Sol, Lua e Planetas) e que são alterados com o movimento dos respectivos Astros.
No entanto, a Astro-diagnose, ensinada na Astrologia Rosacruz – a ciência e a arte de obter conhecimento científico a respeito das doenças e enfermidades e suas causas, segundo as indicações dos Astros, assim como os meios para controlar e curar a doença – está, lentamente ganhando ascendência no mundo.
É a ciência que não porá de lado a velha escola de medicina e de diagnose; mesmo porque aquela é a complementação dessa!
Assim, confiamos que a medicina atual aceitará, com o tempo, esse novo método.
Atualmente há muitos médicos que, voluntariamente, cooperam com as novas escolas de osteopatia, cura natural, quiropraxia, etc. e essas pessoas de mentalidade aberta e compreensiva estão dispostos a aceitar um método mais avançado de diagnose quando se lhes demonstre sua eficácia e notem como é digno de confiança.
A dependência total de sintomas externos para identificar as doenças e a confiança unicamente na ação de remédios custaram milhões de vidas em tempos passados. Mas o ser humano se torna, agora, mais esclarecido, com mentalidade bastante ampla para se prender teimosamente a velhos métodos que provaram, por meio de muitos erros e sacrifícios de muitas vidas, serem inadequados. A ciência médica, com seus instrumentos aperfeiçoados, raios X, diagnose pela íris, exames de sangue, etc., deu grandes passos em direção a melhores métodos de diagnose. Mas não está longe o tempo em que se admitirá, publicamente, que o melhor caminho a seguir é saber, previamente, onde está o elo humano mais fraco para entender, por meio da ciência dos Astros, onde o praticante pode encontrar o problema. Então, os médicos poderão chegar mais rápido às causas das doenças e, também, poderão conhecer quais os melhores métodos de cura. Quando eles forem capazes de usar a chave da alma – o horóscopo – poderão descobrir o tratamento mais adequado que cada enfermo poderá melhor responder. Ainda mais, eles conhecerão o caráter do paciente; se sua vontade é fraca e se é de natureza negativa ou emocional. Então, de acordo com as informações obtidas, serão guiados em seus métodos de tratamentos.
O Estudante Rosacruz que estuda e pratica a Astrologia Rosacruz utilizando a astro-diagnose possui facilidades especiais para julgar quão profundamente a doença está enraizada pelas posições e Aspectos dos Astros que estão afligindo.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Às vezes a união de um casal lhe oferece um filho não desejável ou então um filho malformado. Nestes casos surge uma questão: “Deve o casal aceitar o filho nessas condições, uma verdadeira carga?” Para responder a isso é preciso considerar o ponto de vista oculto.
Do ponto de vista puramente materialista a ideia da morte é que a vida termina simplesmente porque o Corpo Denso se torna incapaz para sua função. Trata-se de um erro. A vida é eterna como ensinam ambas, a Bíblia e a Ciência oculta. O Espírito individual que habita o Corpo Denso, ainda que no início, não pode ser destruído. Infelizmente, porém, a forma física que teria que evoluir, ganhando experiência nessa Terra, é destruída.
Proceder assim é tão repreensível quanto quebrar qualquer outra Lei de Deus que governa nosso Universo.
“Não matarás“, uma lei básica da Humanidade, embora se refira somente à forma, aquele que desafiá-la, praticando o abortamento ou de outra maneira, assume imensas dívidas que chamamos de Destino Maduro.
Outro ponto importante a considerar refere-se à força criadora do ser humano, cujo uso abusivo para a gratificação dos sentidos constitui-se na “grande transgressão” de que fala o Salmo 19:12.
Esse é o “pecado” (ação contrária à lei espiritual) que deverá ser expiado através da Lei de Consequência em Corpos e Mentes sãos ou doentes e incapacitados.
Quando se considera a grande dificuldade envolvendo a atividade dos Senhores do Destino para trazer de volta ao Mundo Físico um Ego, e ainda todas as causas e efeitos que participam desse evento, no mínimo deve-se pensar bem antes de realizar um abortamento ou aborto. Vejamos resumidamente como a ciência oculta descreve esse processo.
Após ter se fortalecido na inefável harmonia do Mundo superior chamado de Terceiro Céu (mencionado por São Paulo em ICor 12:2), o Ego sente o desejo de novas experiências no Mundo Físico e começa a contemplar um novo renascimento. Os Anjos do Destino, então, reveem o desenvolvimento do Ego, seus débitos, e determinam quais experiências esse Ego deve encontrar na Escola da Vida a fim de continuar sua evolução. Determinam também onde e quando essas experiências podem ser obtidas na Terra. Ajudam ainda a construir um arquétipo apropriado para a vida que se aproxima. Este arquétipo influenciará a estrutura do Corpo Denso que está para ser formado.
Com isto, uma série de cenas começa a se tornar visível ao Espírito. O panorama da nova vida destinada a ele, conhecendo os principais eventos, iniciando no berço e terminando no túmulo.
Em alguns casos vários panoramas podem ser mostrados. De tal modo que um Ego avançado pode escolher entre eles.
Uma vez escolhida a vida que irá viver o Espírito, o Ego, possuindo somente as forças dos 4 Átomos-sementes (do Corpo Denso, do Corpo Vital, do Corpo de Desejos e da Mente) inicia sua descida no Mundo Físico. Às forças da Mente da última vida são despertadas de sua latência no Átomo-semente e começam a atrair da Região do Pensamento Concreto materiais pelos quais tem afinidade. O mesmo acontece com os Corpos de Desejos, Corpo Vital e o Corpo Denso.
Este material reunido adquire a forma de um grande sino, aberto em cima, no topo onde estão localizados os átomos semente.
Na época conveniente a construção do novo Corpo e sua localização no ambiente apropriado são efetuados pelos quatro grandes Seres conhecidos como Senhores do Destino ou Anjos do Destino. O Corpo Vital é construído pelos habitantes dos Mundos invisíveis e pelos Espíritos da Natureza de tal modo a formar um tipo especial de cérebro. Entretanto o próprio Ego, que retorna, incorpora a quintessência de seus Corpos Vitais anteriores e, além disso, realiza um pequeno trabalho original.
O Corpo Vital, tendo sido moldado pelos Senhores do Destino, dará forma ao Corpo Denso. Órgão por órgão. Essa matriz ou molde é então colocada no útero da futura mãe. O Átomo-semente para o Corpo Denso localiza-se na cabeça de um dos espermatozóides do sêmen paterno.
Quando ocorre a fecundação o Corpo de Desejos da mãe trabalha sobre o óvulo fecundado durante um período que varia de 18 a 21 dias. Durante esse período o Ego permanece fora em seu Corpo de Desejos e na bainha mental, sempre em contato muito próximo com a mãe. Após o término desse período o Ego entra no corpo da mãe. Os veículos em forma de sino dirigem-se para baixo sobre a cabeça do Corpo Vital e o sino fecha embaixo. O Ego então toma consciência do seu instrumento, impõe sua individualidade e se opõe à formação de células sanguíneas nucleadas pela mãe.
As células velhas gradualmente desaparecem, de tal forma que quando o Cordão Prateado é atado aos tecidos vivos, todos os núcleos desaparecem; e o Ego assume controle absoluto de seu veículo, uma herança preciosa.
Como podemos ver, ao redor da terceira semana o feto já é um ser vivo, um Ego retornando para o Mundo Físico para mais um dia na escola da vida. O pequeno desenvolvimento do feto não permite a comunicação no plano físico, mas o Ego lá está e com muito esforço. Temos então o direito de removê-lo à força, negando-lhe a oportunidade para a qual esperou tanto tempo?
Vemos que o abortamento não mata o Espírito que é eterno, mas destrói o Corpo Denso, essencial para seu desenvolvimento e para a aquisição de experiências na Terra. Não importa o estágio em que o feto é destruído, as conseqüências são mesmas.
Para aprender suas lições, certos Egos necessitam, por algum tempo o habitar um Corpo Denso defeituoso. Se ocorre um abortamento de um feto defeituoso, seu Ego terá bloqueado seu processo evolucionário.
Além de influenciar o Corpo Denso, um arquétipo tem a função de energizar a estrutura desse Corpo pelo período de tempo durante o qual o Corpo Denso esteja programado para permanecer na Terra.
Assim, um abortamento realizado mesmo em um Corpo defeituoso faz com que o Ego permaneça com a consciência em estado comatoso até o término do período de tempo planejado para sua existência na Terra, isto é, até a época em que ocorreria a morte natural do Corpo Denso.
Conclui-se então que, do ponto de vista oculto, o abortamento é crime; trata se de um claro exemplo do mau uso do livre-arbítrio.
Nestes casos, o abortamento só serve para aumentar as dívidas contraídas pelos responsáveis, que certamente terão que pagar um preço terrível nas vidas futuras pelas ações presentes.
Toda vida iniciada pela concepção deve ser respeitada. A época da morte deve ser decidida pelos Senhores do Destino, em sua sabedoria, e não pelo ser humano, em sua ignorância.
Qual seria a solução para essa prática imoral? A solução está no autocontrole. Os seres humanos precisam aprender a não permitir que o poder da luxúria dirija suas vidas. A mera supressão da atração sexual não constitui uma virtude em si própria. A força criadora deve ser usada, sempre que possível, dirigida a canais mais elevados.
Em vez de buscar gratificação física quando surgem os impulsos de natureza inferior, o ser humano deve tentar focalizar seus pensamentos e imaginação em algo que ele deseja criar: um poema, uma invenção, um quadro, uma composição musical ou outra coisa qualquer. Verificará então que atingiu duplo propósito, pois o processo de transmutação ou regeneração será claramente estimulado.
O exercício físico isolado é de grande ajuda, porém torna-se muito mais efetivo quando acompanhado de pensamentos criativos.
A meditação sobre elevados e inspirados assuntos tem o poder de transformar as forças impregnadas de fluidos sexuais. Estes fluidos são realmente os condutores da força etérica, o verdadeiro agente criador.
Uma passagem das escrituras ou um poema inspirado pode ser o canal para o direcionamento dos pensamentos e da força criadora às correntes elevadas.
Pelo direcionamento consciente das correntes de puro amor do coração para os centros criadores do cérebro, a atividade sexual tem possibilidade de ser transmutada em atividade da Mente e do Espírito com o nascimento correspondente nos planos mentais e espirituais.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP em setembro e outubro/1993)
Todos sabemos que a Lua controla as marés e que muitos fazendeiros plantam batatas, beterrabas “na escuridão da Lua”, enquanto que os vegetais que crescem na superfície, como o alface, desenvolvem-se melhor quando plantados “à luz da Lua”.
Pouco, porém, têm-se falado a respeito da influência lunar sobre as cirurgias. Na verdade, a posição da Lua exerce uma influência poderosa sobre a saúde na espécie humana. Felizmente, nossa época vem se tornando mais e mais uma época de irvestigação onde os indivíduos pensantes desejam conhecer a verdade dos fatos.
A Astrologia Rosacruz é uma ciência que, quando bem estudada, prova ser de valor inestimável para numerosas fases da vida.
De acordo com a Astrologia Rosacruz, as diferentes partes do Corpo Denso são regidas por seus respectivos Signos. Áries governa a cabeça, Touro o pescoço e o cerebelo e assim por diante. Um médico cirurgião pode facilmente verificar a afirmação de Ptolomeu, o “pai da Astrologia”, que existe uma pressão sanguínea maior na parte do Corpo Denso regida pelo Signo no qual a Lua se movimenta em determinada ocasião.
Por exemplo, considerando-se uma cirurgia nasal, o especialista não deveria efetuá-la quando a Lua estiver em Áries, mas sim esperar poucos dias até que a Lua entre em Touro ou Libra. Dessa forma, teria uma menor possibilidade de hemorragia. Melhor ainda se operasse quando a Lua estivesse no Signo oposto aquele que rege a parte anatômica a ser operada.
Considerando a importância do assunto, cremos ser aconselhável se reportar à obra Astro-diagnose: Um Guia para a Cura Definitiva, de Max Heindel e Augusta Foss Heindel que, juntamente com a Efemérides do ano corrente, possibilitará a fácil localização da Lua em qualquer dia.
Mais fácil, ainda, é recorrer à Folha Astrológica Rosacruz, ou à Datas e Períodos: Tratamento e Cirurgias editada mensalmente pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil.
(de Hamilton Petito – Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP novembro-dezembro/1994)
Álcool, palavra árabe que significa “algo sutil”, trata-se de produto tóxico causado por microrganismo aeróbico agindo sobre o açúcar. Sua ingestão continuada leva ao alcoolismo.
Admite-se que o ser humano beba por várias razões, sendo a mais frequente, a perda da estabilinade emocional.
O alcoolismo, como os narcóticos, destrói o ser humano, pois divorcia o ser humano animal do ser humano real. Constitui-se, então, na maior fonte do mal, da imoralidade, delinquência e das doenças mentais.
A verdadeira natureza do álcool constitui-se em uma composição para repetir a bebida e não para deixá-la, enfraquece também a vontade de abandoná-la. Ambos são fatores contrários às boas intenções. Trata-se de um veneno para as células e, ao contrário do que muitos pensam, não estimula, mas deprime.
Adormece a maioria das nossas faculdades, pode adormecer nosso senso de decência e a força do comedimento, tornando-nos anormalmente exaltados, pode adormecer o controle da força muscular acarretando marcha vascilante e fala pastosa, pode levar ainda ao estupor e a demência.
O álcool nunca exerce um efeito único sobre o ser humano. Aumenta a pressão arterial, rouba o oxigênio celular, endurece e degenera as artérias, prejudica a digestão, contrariamente à crença popular. É falsa a aparente estimulação atribuída ao álcool, os testes mostram na realidade uma diminuição da habilidade e da precisão nas manobras delicadas.
Diminui a força muscular, causa sangramentos no estômago e intestino, e aumenta a incidência de câncer do aparelho digestivo. Deteriora a fibra cardíaca e diminui a resistência às infecções por comprometer o sistema imunológico. O fígado é um dos mais atingidos, pois, na sua função de retirar o álcool da corrente sanguínea, acaba sofrendo um depósito de gordura, podendo ainda chegar à cirrose hepática com morte por sangramento. Em virtude dessa sobrecarga hepática e má oxigenação dos pulmões, sobrecarrega os rins pelo aumento da eliminação das substâncias tóxicas.
Além de tudo isso, o efeito mais deletério e mais evidente ocorre no cérebro e no sistema nervoso.
Mediante uma ação inibitória sobre os centros cerebrais, o álcool diminui todas as faculdades mentais, tais como o raciocínio inteligente, percepção, memória, julgamento, estudo comparativo de pessoas e objetos, cautela, rapidez de ação e comedimento moral. Amortece a consciência, altera as emoções e paralisa a vontade. Responde menos ao amor, à compaixão, ao medo, etc.
Não se pode esquecer que é por meio de todas essas qualidades que o Espírito atua no Corpo Denso, o físico. Assim, o exercício do autocontrole e a capacidade apropriada de julgamento são os primeiros poderes do Espírito a serem alterados. Isso leva à perda da vergonha e do autor-respeito, sem capacidade para julgar apropriadamente. O indivíduo faz coisas tolas e as considera inteligentes; atira a discrição para o alto; corre riscos desnecessários e perigosos.
Compromete, em seguida, a medula espinhal e os nervos, levando à dor e queimação deles , por determinar um quadro de inflamação denominado neurite.
Quando uma pessoa vive de acordo com as leis estabelecidas por Deus para governar nosso progresso no caminho em espiral de evolução, o movimento do Espírito é livre em seus veículos. Dessa forma ocorre o avanço espiritual pela escada evolucionária.
Por outro lado, se as Leis de Deus ou da Natureza são desprezadas, tais como no caso da ingestão de bebidas alcoólicas, os veículos cristalizam-se, tornando-se comprometidos. Se a desobediência persiste, os verdadeiros poderes do Espírito são afetados.
As bebidas alcoólicas contêm um espírito, o espírito da decadência. Trata-se, porém, de um falso espírito. Essa é a razão pela qual, quando ingeridas pelo corpo denso, têm um efeito direto sobre o espírito humano.
Quando um Ego vive uma vida pura, em alguma época durante o curso de sua evolução, o fogo espinhal do espírito entra em vibração tal, que faz vibrar a Glândula Pineal e o Corpo Pituitário. Então, o fogo espinhal se movimentará entre esses dois órgãos, unindo-os através de um arco, com uma das extremidades positiva (a Glândula Pineal) e a outra, negativa (o Corpo Pituitário).
Essa iluminação espiritual tornará o Ego capaz de ver o que antes era invisível a ele. Todas as visões dependem da frequência das vibrações. O fato de as vibrações produzidas nesses dois órgãos serem de mesma frequência que as dos Mundos invisíveis, torna possível a visão suprafísica.
Quando um indivíduo introduz álcool no seu Corpo Denso, sua vibração se torna consideravelmente acelerada e uma pressão elevada é aplicada ao canal espinhal. Uma pressão elevada além de certo limite pode resultar em visão do Mundo do Desejo.
No Mundo do Desejo cada camada tem sua própria frequência vibratória e é habitada por seres que vibram de acordo com as condições particulares lá existentes. Quando o fogo espinhal é inflamado por legítimos ideais, nobres e elevados, o Ego, que vive uma vida pura, cria uma vibração que o correlacionará corn os mais elevados reinos do Mundo invisível, nos quais tudo é harmonia e beleza.
As nocivas vibrações produzidas pelo Espírito do álcool correlacionam o Ego às regiões grosseiras e bestiais em que o ódio, a sensualidade, a paixão, o desejo e outras emoções malévolas da humanidade, criaram pensamentos-forma habitados por entidades de baixa classe tais como as que são vistas pelas vítimas do alcoolismo.
O álcool cega o indivíduo ao conhecimento espiritual e centra sua consciência no plano físico, o que conduz à mais grosseira forma de materialismo.
Confunde também a Mente e estimula o Corpo de Desejos o qual assume o controle do corpo físico. Se permitimos que o Corpo de Desejos assuma o controle sobre nós, deliberadamente estaremos concordando com o enfraquecimento da vontade.
Sabendo que a natureza inferior só pode ser superada pelo exercício da vontade e que o progresso no caminho da evolução só pode ser percorrido após a superação da vontade inferior, não é dificil imaginar o efeito deletério do álcool no alcoólatra crônico.
Além disso, o álcool gradualmente queima o isolamento que separa a consciência de um individuo do Mundo do Desejo. O ser humano fica assim, sujeito a uma invasão de entidades astrais que não consegue excluir de sua aura. Passa então a beber mais e mais e progressivamente se coloca sob o domínio daquelas entidades. Esse é um verdadeiro caso de obsessão.
Estamos atualmente no arco ascendente da evolução durante o qual estamos sensibilizando e espiritualizando nossos veículos. O álcool, necessário e importante no início da nossa evolução, torna-se agora um grande mal, pois opõe-se ao atual propósito da evolução.
A sensibilização dos nossos veículos deve ser realizada de maneira positiva por meio do desenvolvimento do auto-domínio e da força de vontade e não de maneira negativa, pelas vibrações anti-horárias produzidas pelo álcool.
Consequentemente, a Onda de Vida Humana precisa, cedo ou tarde, caminhar para a completa abstinência de bebidas alcoólicas. Aqueles que não o fizerem perderão seu lugar neste Dia Evolucionário. Essa seria uma grande catástrofe para o indivíduo e para toda a humanidade. Por todas essas razões devemos sempre apregoar os malefícios causados pelo álcool.
Não creio que estejamos aptos a recuperar a maioria dos alcoólatras, mas, por meio do treinamento moral e da educação religiosa, talvez possamos salvar aqueles que ainda não foram contaminados.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de setembro-outubro/1992)
Toda cura digna desse nome – a cura verdadeira – é acompanhada de ensino, porque seria de pouco benefício sermos curados, se nós, por ignorância, adoecêssemos novamente pelos mesmos erros que nos levaram à primeira enfermidade.
Alguém pode estar fadado a pagar alguma dívida do passado com sofrimento físico ou mental, sendo a morte, inclusive, uma penalidade ou destino maduro. Mas, esses fatos não desculparão essa pessoa por violar leis conhecidas, em desafio ao bom senso e à razão.
Pode estar “escrito” — como dizem os fatalistas — mas, a vontade treinada do mortal está destinada a conquistar os Aspectos astrais adversos e o ser humano real, em vibração com o infinito, é capaz de frustrar o destino. Os egípcios compreendiam a lei livre arbítrio e escreveram essa sentença que expressa o não ser conquistado, superado ou subjugado sobre as portas de seus templos: “serei o que eu quiser ser”, absolvendo, assim, o ser humano real da condenação da predestinação.
É, no entanto, certo de que aquele de quem é dito estar marcado por doença ou morte prematura — embora pela força de vontade possa escapar — irá, pela falta de vontade, cumprir seu destino. Ou seja, as características do rosto, da cabeça, das mãos, dos pés e dos Astros que acompanham uma pessoa têm relação com sua existência física, material — ou melhor, natural —, e somente entrando em harmonia com o Cristo pode tal pessoa superar a natureza inferior que é dominada pelos Astros.
Essa susceptibilidade, no entanto, de nenhuma maneira isenta alguém do dever de escolher ou fazer esforço e apenas no grau em que, apesar da deficiência de más condições ou efeitos astrais desfavoráveis, nós tentamos alcançar o domínio, nossas chances aumentam para vidas posteriores. Em suma, não podemos julgar uma vida pelos seus frutos aparentes, sem levar em consideração a quantidade desconhecida de frutos que só Deus pode medir, Quem criou cada ser humano! O quanto alguém firmemente tentou, mesmo os mais próximos e os mais compassivos não podem saber.
Esse pensamento deve dar uma pausa ao espírito crítico, que é capaz de culpar um ser humano por todos os fracassos e perdas da graça da saúde, seja mental ou física. Nessa vida, muitos nunca restabelecerão a saúde física ou mental, mas quem sabe que humilhação de alma e de corpo leva um coração triste ou um corpo torturado para o túmulo?
Nada, além da fé em outras vidas e outras chances, pode reconciliar o amor e a justiça de Deus com os estados terrenos e as profundas tristezas e angústias mortais. Não é verdade que não possamos escolher nossos pais, já que o ato de retorno do Ego está sob leis que o obriga a buscar o ambiente certo; no entanto, esse fato não nos isenta do dever de nos preparar, o mais cuidadosamente possível, para a próxima geração. Povos antigos, unidos por razões de Estado, como os romanos se casavam para que as famílias pudessem ter cada vez mais influência política. Ainda hoje vários povos, a grande maioria no oriente, se casam inteiramente para o benefício dos pais, objetivando ajudá-los economicamente.
Nós, nessa época moderna e mais instruída, precisamos considerar a possibilidade de construir corpos com mais materiais das Regiões superiores dos Mundos Físico, de Desejos e do Pensamento, do que materiais das Regiões inferiores, e construir para o bem universal e para o aperfeiçoamento do bom caráter, pois somente o caráter influencia a eternidade. O Ego, por si só, é objeto de estudo e esforço valioso nesse desenvolvimento. A verdadeira educação é um desdobramento que amplia a alma para além das linhas familiares ou nacionais; assim, o patriotismo deve ceder, junto à teologia e aos atos eclesiais que são dogmáticos, antes de que a única Religião verdadeira surja, cuja tônica é o amor e a Fraternidade.
Em qualquer situação de guerra (seja entre as nações ou países, seja em pandemias – onde o inimigo de todos é um) as grandes paixões das almas — Religião, patriotismo, patriarquismo, matriarcado, política, reforma social, proteção primeiro da sua nação e, se sobrar, das outras, etc. — até arrastam os vínculos mais delicados e sufocam, por um tempo, todas as chamas do amor familiar, do senso de justiça e da misericórdia, chamas que pertencem à humanidade; contudo, no final, essas vermelhas paixões dos corações das pessoas que vivem e prosperam em países democráticos irão se elevar como uma maré imensa que varrerá, diante de si, o fanatismo do nacionalismo.
As mesmíssimas influências da verdadeira cura que trabalham para o bem físico, com o fim de salvar e restaurar os Corpos Densos enfermos, serão enviadas, em uma torrente de elevação espiritual e vivificante, para banir esse pesadelo de devastação e para reunir os seres humanos no amor fraternal, liquidando suas diferenças. “A Terra e toda a sua plenitude são do Senhor” (Sl 24:1), “Ele vive e reina para sempre.” (Rm 11:36).
Assim como é permitido as pessoas sofrerem e pecarem, tendo essa experiência a capacidade de mostrar o caminho para a saúde e felicidade, também as nações devem se desenvolver nessas maneiras tortuosas e medonhas que volta e meia observamos.
Os seres humanos devem conhecer o bem e o mal, devem discernir (eis a dádiva mais rara) e devem, afinal, escolher o melhor caminho. Doenças desesperadoras requerem remédios heroicos e parece que a doença, entre os seres humanos, da inquietação, da insatisfação, da inveja, da malícia e de toda falta de caridade, que congestionou os centros da assim chamada civilização, realmente precisava ser removida por uma cirurgia — um corte profundo para descobrir a úlcera que está no coração do mundo, atrapalhando e atrasando o dia da Fraternidade Universal.
Que aprendamos essa lição: qualquer tipo de guerra é tão perversa quanto fútil. Que possam “transformar suas espadas em arados e suas lanças em podadeiras.” (Is 2:4).
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1916 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Ao considerarmos os deficientes físicos e mentais como membros de uma classe à parte, é necessário primeiro entender que o Espírito nunca é deficiente. Ele teve inúmeras vidas anteriores aqui, no decorrer das quais plantou certas sementes que lhe deram, como frutos, experiências apropriadas. As experiências que não puderam ser colhidas em uma única vida, foram adiadas para a vida seguinte ou para vidas posteriores, quando, então, seus frutos foram colhidos. Nenhum de nós, no entanto, é capaz de expressar em um único Corpo Denso tudo aquilo que conseguiu adquirir durante as inúmeras vidas anteriores. Por conseguinte, temos muitas anomalias aparentes, trazidas à luz por meio das investigações de pesquisadores psíquicos que descobriram que pessoas ignorantes, pertencentes nesta vida à classe camponesa, sob determinadas condições, eram capazes de falar grego e hebraico, como também discorrer eruditamente sobre assuntos ocultos. Torna-se evidente que o Espírito pode ser comparado a um diamante bruto que está sendo, gradualmente, lapidado pelo esmeril da experiência. Em cada vida, uma nova faceta permite a entrada da luz que acrescenta algo a essa luz já obtida através das facetas esmerilhadas em muitas vidas anteriores. Graças a esse processo, chegaremos finalmente à luz perfeita que nos tornará divinos.
Devido à nossa percepção limitada, julgamos certos atos maus e outros bons, quando, de um ponto de vista mais amplo, trata-se simplesmente de uma questão de experiência. Algumas características ou facetas do diamante espiritual parecem ser bastante perfeitas nesta vida. Diríamos que, por não se destacarem do normal, consideramo-las perfeitas. Outras são diferentes do resto e, por esse motivo, é que, em nossa ignorância, chamamo-las deficientes. Ocorre o mesmo com os Corpos Densos. Embora, na realidade, nenhum de nós possua um Corpo perfeito, adotamos um modelo padrão, e tudo que não corresponda a esse padrão é considerado por nós como defeituoso ou deficiente. Permitimos às pessoas que mentalmente não são muito diferentes de nós, que vivam sem serem molestadas, mas isolamos as que têm um modo de pensar decididamente diferente. Não damos muita importância às deformidades comuns do Corpo Denso, mas chamamos de deficientes aos que diferem essencialmente do nosso padrão. Alguns julgam ter o direito de destruir tudo ou todos que não estejam dentro dos padrões que consideram ser os normais.
Na realidade, o Corpo Denso normal resulta de um certo modo de vida que era padrão em existências anteriores. Mas, as chamadas Mentes deficientes e Corpos Denso deficientes são o resultado dos esforços realizados pelo Espírito para ter a liberdade de mover-se ao longo de linhas de pensamento ou ações não convencionais. A genialidade e a idiotice sempre foram irmãs gêmeas, e qualquer médico que tentar abreviar a vida de um ser, por julgá-lo deficiente, é tão responsável por privar o mundo de um grande gênio quanto de livrá-lo de uma pobre criatura que se tornaria um fardo para si mesma e para os outros durante sua miserável existência. Portanto, mesmo sob esse ponto de vista, a sociedade iria contra os seus próprios interesses se permitisse, a quem quer que seja, decidir arbitrariamente se deve deixar ou não uma criança viver. É o dever de todo médico fazer tudo quanto puder para prolongar a vida no Corpo Desno, para que o Espírito possa adquirir a experiência pela qual nasceu. Se essa vida tiver que ser ceifada, as Leis da Natureza (que é Deus em manifestação) se encarregará de fazê-lo.
Eis o que ficou conhecido como o caso Bollinger: o bebê Bollinger, nascido de Allen e Anna Bollinger, nasceu com várias anormalidades físicas em 1915. O cirurgião Harry J. Haiselden aconselhou os pais de Bollinger a renunciar à cirurgia que poderia ter salvado a vida do bebê. Haiselden então trouxe este caso para o público através de uma conferência de imprensa e argumentou que uma “morte por misericórdia” era mais humana. Haiselden atraiu apoiantes e críticos através do seu apoio à eutanásia nos Estados Unidos. Ao contrário de Jack Kevorkian, Haiselden não ajudava pacientes que desejavam ser sacrificados. Em vez disso, Haiselden escolheu praticara eutanásia em bebês que nasceram com deformidades físicas. Depois do caso de Bollinger, Haiselden começou a negar tratamento que salvasse vidas também a outros bebês e defendendo a eutanásia de indivíduos que não podem cuidar de si mesmos.
A investigação do caso Bollinger mostrou que o Ego fora uma freira em sua vida passada e que morrera queimada na fogueira. Como resultado, os frutos dessa vida se perderam e, de acordo com a lei da mortalidade infantil, foi necessário que o novo Corpo Denso morresse logo após o nascimento. Nenhuma operação poderia ter-lhe salvo a vida, mas isso não afasta o fato de que o médico foi negligente no cumprimento do seu dever, por não ter-se esforçado no sentido de preservar a vida. Não conviria publicar, numa revista pública, as causas que se originaram nessa existência prévia, que a levaram à tragédia fatal e que a conduziram, neste presente nascimento, a ter uma deficiência. Basta dizer que esse Espírito já está no Primeiro Céu, onde receberá a instrução moral que lhe devolverá os frutos da experiência acumulada no decorrer dessa tão infeliz vida passada.
Desse modo, ao renascer dentro de alguns anos, provavelmente passará a possuir um Corpo Denso sem aquelas deficiências.
Há pessoas que “exigem” uma saúde perfeita e acreditam ter direito a ela. Esquecem que nesta existência ou em outra anterior perderam o direito dado pelo Criador por desobediência às Leis da Natureza, que são as Leis de Deus. Por meio da dor e da enfermidade aprendem uma dura lição. Só quando essa lição tiver produzido seus frutos e elas passarem a viver “sem pecado”, o direito à saúde lhes será restituído.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de abril-maio-junho/2006)
(Este texto é uma resposta de Max Heindel ao provável projeto de lei que permitiria o uso da “eutanásia legalizada” ou execução legal de pessoas idosas, enfermas, padecendo e que desejam a morte.)
À primeira vista e do ponto de vista de pessoas não versadas nos ensinamentos do ocultismo, tal medida pareceria ser altamente louvável. A maioria das pessoas ao ver um animal sofrendo as dores da agonia, sem esperança de recuperação, se sentiria, levada pelos instintos humanos, a pôr fim ao seu sofrimento, e a perguntar: “Por que não deveríamos fazer o mesmo em relação aos nossos companheiros homens e mulheres? Por que deveríamos mantê-los vivos, vendo-os sofrer atrozmente durante meses ou anos a fio, quando sabemos não haver esperanças de recuperar sua saúde? Além disso, eles desejam a morte para pôr fim ao seu sofrimento”. Do ponto de vista comum, isso até merece uma aprovação. Mas, quando passamos a ter conhecimento da Lei de Consequência, e a saber que aquilo que semeamos colheremos agora ou numa futura existência, coloca a questão sob uma luz diferente.
Não podemos escapar às nossas dívidas. O sofrimento que se abate sobre nós é necessário para ensinar-nos uma lição ou suavizar nosso caráter. O unico meio de encurtar o sofrimento é, por meio de esforço, descobrir por que nos encontramos numa condição que nos traz tanta amargura. Se for um câncer do estômago, até que ponto maltratamos esse órgão? Seria por um excesso de alimentos de natureza não adequada ao nosso organismo? É o coração? Quantas vezes perdemos a calma enfurecendo-nos como loucos e exercendo uma tremenda pressão nessa parte do corpo? Será que outros órgãos do nosso organismo estão fracos e debilitados?
Podemos estar certo que, de alguma forma, seja nesta vida ou em outra anterior, abusamos do nosso corpo de modo a causar os atuais sofrimentos. Do contrário, não estaríamos sofrendo agora, e quanto mais cedo levarmos a lição a sério, começando a viver uma vida melhor e muito mais em harmonia com as Leis da Natureza que violamos, mais cedo o nosso padecimento cessará.
Alterar as condições está sempre ao nosso alcance, embora não possamos remediar num dia o que levou anos ou vidas para ser destruído, mas, não há outro meio pelo qual uma cura permanente seja efetuada. Mesmo que leis venham a ser aprovadas e o sofrimento possa ser abreviado, temos a certeza de que, quando a pessoa assim libertada do seu corpo renascer, o seu novo veículo tenderá a desenvolver a mesma doença que evitou de uma forma tão imprópria.
Além do mais, como foi plenamente explicado no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, este nosso Corpo Denso, o físico, é formado de acordo com um molde invisível chamado arquétipo e, enquanto esse arquétipo persistir, o nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos que surgem para pôr fim a uma vida conforme o plano dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.
Um suicídio, no entanto, é diferente. Nesse caso, o arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais. Portanto, incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá, durante esses anos de sua existência “post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa. Se o plano acima mencionado for aprovado como lei, e as pessoas forem autorizadas a utilizar o serviço de outros para cometer suicídio (porque essa ação significa realmente um suicídio), não há dúvida que sofrerão em sua existência “post-morten”, da mesma maneira que o suicida que prepara o próprio veneno ou que corta a própria garganta. É um projeto muito perigoso também sob outros aspectos, e confiamos que tal prática não será sancionada por lei.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de janeiro-fevereiro/2006)
O ser humano que se mantém sereno é aquele cujo sangue é puro. Isso significa: um sangue limpo de resíduos de alimentos inadequados, de pensamentos negativos ou de ações inconvenientes.
O sangue é um dos mais elevados produtos do Corpo Vital, nos dá vitalidade e é responsável de prover nutrientes a todas as partes do corpo, garantindo, dessa maneira, saúde para todos os nossos corpos, possibilitando uma atividade constante, voltada para o serviço, aspiração de todo Estudante da Filosofia Rosacruz.
Recentes pesquisas científicas comprovaram que toda doença, não importando sua intensidade ou gravidade, surge pela contaminação do sangue, apontando para esse fato como a causa fundamental de todas as moléstias que atormentam à humanidade. Portanto, se essa é a causa, devemos, de maneira imperiosa, fazer alguma coisa para reverter esse fato.
Pesquisadores das mais importantes universidades do mundo realizam estudos no sentido de encontrar elementos que ajudem a limpeza do sangue, como meio de conservar a saúde e de prevenir as doenças. Recentemente, eles confirmaram o que nosso amigo e irmão Max Heindel nos aconselhou no início do século: o suco da uva é o maior purificador de sangue que existe na natureza.
Além de limpar, seu princípio ativo revitaliza nossas células, equilibrando nossos sistemas e permitindo que nossa capacidade de regeneração entre em funcionamento.
Pesquisadores da Universidade de Munique acompanharam inúmeros casos de doenças tais como reumatismo, pressão alta, diabetes, doenças dos rins, inclusive câncer, que foram curados com a terapia da uva, supervisionada por eles. A uva foi muito acertadamente chamada “a rainha das frutas” pelo seu altíssimo valor terapêutico e de ajuda à humanidade. Ela confirma o ditado hipocrático que nos diz: “Faça do seu alimento, o seu melhor medicamento”.
A uva deveria ser um complemento alimentar a ser introduzido na nossa dieta, já que nos ajudaria a conseguir equilíbrio para nossos sentimentos, pensamentos e ações. Ela foi usada por nosso Amado Jesus Cristo como água de vida.
Manter nosso sangue limpo de impurezas é fator imprescindível para manter-nos saudáveis e disponíveis para um serviço cada vez mais responsável em favor da humanidade.
Dica: procure comer ou beber dessa fruta separadamente dos outros alimentos, para assim, aproveitar ao máximo seu princípio ativo.
(Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz-SP em maio-junho/1999)
É de bom alvitre que cada indivíduo, de vez em quando, dê um balanço em suas atividades cotidianas, a fim de verificar se não são essas as causas das perturbações que está sentindo.
Certas dores de cabeça, irritações nervosas e indisposições para o trabalho originam-se, muitas vezes, do excesso de repouso ou da longa permanência do corpo em má posição. Em tal atitude, o indivíduo está contrariando o próprio organismo, que requer movimento e que, não sendo atendido, protesta, através daquelas manifestações de mal-estar, aparentemente oriundas de outras causas mais graves.
Muitos neurastênicos devem a êsse errôneo comportamento a sua lastimável irritabilidade. Ficam horas e horas a trabalhar sentados, ou em posição incômoda, irregular e, sentido-se abalados em sua saúde, não se lembram de atribuir ao abuso do repouso e da postura forçada o mal de que padecem.
Após um dia de atividade sedentária, curvado o corpo e preocupado com sua tarefa, sem conceder à sua energia física a liberdade de que ela necessita, qualquer um de nós há de, por força, sentir falta de um pouco de exercício, de expansão, por assim dizer, da nossa reprimida vitalidade. O mal-estar geral e o nervosismo que então venham a assaltar-nos, possivelmente desaparecerão com um simples passeio. Andar, caminhar a passos firmes e fortes, é excelente meio de indenizar o organismo dos prejuízos que sofreu durante a sua longa parada.
Sei, por experiência própria, que nem sempre se pode interromper o serviço, para tirar o corpo da situação forçada a que ele se acha submetido, mas, logo após o serviço costumo remediar a minha inatividade física com uma caminhada compensadora. Deixando o trabalho, vou a pé pelas ruas, marchando o mais possível com vigor e tranquilidade. Tal exercício constitui um verdadeiro reconstituinte.
Andar, realmente, é uma alegria, depois de todo um dia sem liberdade de movimento. Se as pessoas que se sentem nervosas, indispostas e com tendência para se recolher ao leito, raciocinarem acerca da possível causa disso, talvez sejam levadas, muitas vezes, a concluir que o remédio está bem ao alcance das suas mãos, isto é, dos seus pés.
Experimentem, pois, andar. Andando, além de corrigir um erro prejudicial à saúde, proporcionará ao espírito, momentos de agradável e útil distração.
Por onde se pode provar que as nossas pernas fornecem, às vezes, remédios contra o entorpecimento que lhes infligimos. Basta que as tenhamos em ação, e era uma vez o nervosismo, o desânimo e outros pequenos aborrecimentos físicos e morais, de grandes e graves consequências.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1969)
Alguém já disse que “cavamos nossa própria sepultura com os dentes” (James Howeil), e não falta razão a quem assegura: “que à humanidade se assemelha a esses ardentes devotos que desejam ir para o céu e não fazem na vida outra coisa que ganhar o inferno”.
Desejamos viver muito, ser belos, fortes e sadios e não sacrificamos um só de nossos vícios ou de nossos hábitos de vida para conseguir tais coisas, porque ficamos esperando tudo do acaso ou de alguma receita mágica que, de maneira milagrosa, repare as pesadas faltas.
Somos tão incorrigíveis que se estudarmos os métodos de vida de cada enfermo e observarmos como come e bebe, não tardaremos em reconhecer que todos têm estado a cavar sua própria sepultura, no submeter-se a uma alimentação desordenada e caprichosa, amiúde excessiva e defeituosa, porém quase sempre constituída de alimentos preparados e acondicionados pela indústria da alimentação, isto é, por alimentos deliciosamente condimentados e ajustados ao seu paladar, mas destituídos de seus mais valiosos elementos nutritivos, que são as vitaminas naturais.
Claro que na alimentação deles abundam as carnes, os pescados, e toda classe de alimentos enlatados e arrumados de acordo com as mais sábias recomendações da dietética moderna; em troca, faltam-lhes os alimentos vivos, tais como as frutas, os legumes, as hortaliças, etc., que nenhuma empresa industrial tem interesse em popularizar.
Ninguém ignora que a humanidade está positivamente enferma, que cada dia aparecem novas modalidades patológicas e que raro é o indivíduo, aparentemente sadio, que não se sinta profundamente abatido e fatigado ou tenha que se lamentar de alguma deficiencia funcional ou de alguma doença mais ou menos grave.
O mesmo nervosismo de nosso tempo, as deficiências várias, as enfermidades degenerativas, a velhice prematura e outros distúrbios orgânicos são consequência de um estado de coisas cuja causa é mais remota que aquela que suspeitamos.
Claro que não pouca culpa têm, nesse estado de coisas, outras causas, porém as mais imediatas devem imputar-se a nossos errôneos métodos de vida, aos vícios, à libertinagem e até ao atual desequilíbrio terapêutico com que cada qual receita a si mesmo os mais perigosos tratamentos.
Somos enfim, “os artífices de nosso próprio destino”, e até os mais diretos causadores dessa enfermidade do dia aparecem esboçados pelos mais variados sintomas.
São numerosas as causas de nossos erros dietéticos. Claro que ao faltar o controle do alimento, depende de nosso capricho, e a confecção dos variados pratos torna-se, então, uma arte que só atende ao gosto e ao sabor de cada um. Por isso o manjar é preparado tendo mais em conta o deleite e prazer da boa mesa, que as suas condições digestivas ou nutritivas.
Um dos perigos mais graves, sem embargo, se esconde em cada alimento preparado, refinado e envasado pelas indústrias de conserva. Ninguém ignora que, para que sejam belamente apresentados e conservados, requerem o concurso de corantes e antisséticos, que cada industrial emprega com mais ou menos conhecimentos científicos.
É certo que as grandes empresas se valem de técnicos graduados, de verdadeiras eminências químicas, já que o negócio é tão fabuloso que compensa esses gastos, mas nenhum procedimento tem podido evitar o uso desses elementos daninhos, exceto os doces nos quais o açúcar se encarrega de conservá-los. Porém, as carnes, os pescados, sardinhas, salsichas, etc., têm que se valer desses elementos para serem apresentados ao consumidor e preservados de sua decomposição.
Entre os elementos e venenos químicos mais comumente usados, figuram, principalmente, o ácido bórico, o bórax, usado ainda no leite condensado, na carne em lata, margarina, etc.; o formaldeído, que conserva as carnes, e o salitre, que lhes dá a cor rosada; os sulfitos, que evitam o crescimento de cogumelos no envasamento dos vinhos; o fluoreto de sódio que evita a decomposição das margarinas e demais gorduras; os ácidos salicílico e benzóico que se usam para conservar alguns sucos de frutas; o ácido sulfuroso, que dá boa coloração às frutas secas; a formalina, que se usa para conservar e dar bom aspecto ao toucinho; e, finalmente, o sulfato de cobre, o ácido acético, que melhoram a aparência e sustentam a cor verde dos pepinos, azeitonas, etc.
A lista das substâncias mais ou menos perigosas que se usam na fabricação, conservação e apresentação dos alimentos, é interminável: numerosos ácidos, tais como o tartárico, cítrico, cremor de tártaro, as anilinas e demais corantes atacam e dissolvem o estanho das latas em que estão acondicionados os alimentos e este estanho contém também algumas partículas de arsênico.
Ressalte-se que as mais graves dessas manipulações de alimentos são realizadas nos grandes moinhos de arroz, que destituem esse cereal da parte mais importante dele, que é a película fina que o matiza de uma cor pardacenta em que se encontra a vitamina mais imprescindível, o complexo B; ademais, se isso não fosse o bastante, alguns o clareiam ainda mais com gesso francês. A farinha de trigo, por sua vez, é submetida a um processo de clareamento com gases nitrosos, e outros procedimentos químicos a privam de suas vitaminas ao separar a cutícula do grão, em que também se encontra a vitamina, resultando, por isso, ser o pão integral mais nutritivo do que o pão branco.
As manipulações feitas com o trigo nas padarias e confeitarias, com pós de ovo e outras alterações, são um escândalo que se deve dar a conhecer, pelos perigos que encerram.
As bebidas e os licores em forma de refrescos que se vendem em todas as partes, assim como os doces e caramelos, todos sem exceção, estão contaminados.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1969)