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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Origem das suas Doenças está em sua Mente com as Emoções e os Desejos que Você justifica por meio dela

Dois advogados, associados na prática forense, tiveram uma séria divergência. Como resultado, dissolveram a sociedade. Depois de pouco tempo, um deles foi hospitalizado em virtude da pressão sanguínea elevada. À medida que a animosidade entre os sócios foi acentuada, a pressão do sangue aumentou.

O médico encarregado do caso tentou inutilmente aplicar todos os seus métodos de socorro. Sabendo algo a respeito da altercação entre os dois sócios, sugeriu finalmente que o único remédio eficaz para o seu paciente fosse ele reconciliar todas as discordâncias com o seu antigo sócio e esquecer tudo. Providenciou um encontro entre os dois, no qual dissecaram a coisa toda. Finalmente, concordaram em restabelecer a sociedade e esquecer as divergências do passado. Dentro de uma semana a pressão sanguínea do paciente retornou ao normal.

O ódio ou uma hostilidade arraigada constitui o uso mais ineficaz que uma pessoa possa fazer de sua Mente. Isso poderá causar muitos distúrbios, até mesmo nos olhos. Trata-se de uma das principais causas do glaucoma, uma doença dos olhos que cega totalmente a 20.000 pessoas por ano e faz com que um grande número de pessoas, que varia de cinco a dez vezes essa quantidade, venha a perder a visão de um olho.

Os especialistas descobriram que a pressão ocular aumenta sempre que uma pessoa começa a sofrer pela ação de outra. No Instituto de Psicanálise de Chicago, 2/3 dos casos de glaucoma foram tidos como bastante relacionados com algum evento emocional, tal como um conflito interno e crônico.

Os estudos feitos no Hospital de Nova Iorque e no Colégio Médico de Cornell, pelos Drs. Stewart Wolf e Harold G. Wolf, mostram que a raiva reprimida ou o ressentimento acarretam não apenas indisposições tais como uma pressão alta da corrente sanguínea, mas também indigestões e outras dores. O Dr. N. C. Oilbert, da Northwestern University, diz que a mesma emoção causa, frequentemente, ataques de angina pectoris (dor no peito) e que “provoca mais aflições e ataques do que qualquer outro distúrbio emocional”.

A cura mais rápida dos males causados pela cólera ou hostilidade represadas é o esquecimento. Quando esquecemos uma divergência, a coisa se desfaz, a causa desaparece. Não se tem de aturar mais o desgaste e a ruptura da Mente.

Outra emoção desagradável que provoca dificuldades sem fim é o aborrecimento, juntamente ao medo. Os males mais frequentes, resultado do aborrecimento, são as úlceras estomacais. Muitas vezes o aborrecimento causa sintomas de úlceras sem a ocorrência do fato físico. Na Clínica Mayo, um estudo do estômago feito com 15.000 pacientes mostrou que apenas 20% tivessem uma base física, concreta, para as suas queixas.

Uma das principais causas da alta pressão do sangue é o aborrecimento reprimido ou o ressentimento que se receia admitir. Talvez você abrigue uma aversão intensa à sua esposa, ao seu marido, ao seu irmão, à sua irmã ou alguém muito próximo; porém, você, por dever, reprime esse sentimento, procurando manter as aparências de uma relação familiar amistosa. Você gostaria de chorar no ombro de alguém, mas receia fazer com que ele penetre em seu íntimo.

Seria difícil comentar todos os males que possam resultar do aborrecimento ou do medo, mas devemos dizer que até o câncer faz parte deles. O Dr. Lawrence Le Shan, do Union, do Theological Seminary de Nova Iorque, diz que as histórias de ocorrência do câncer em pacientes por ele estudados revelam costumeiramente um modelo característico. Como exemplo, uma pessoa que contrai o câncer em idade avançada poderá ter sofrido um trauma psíquico ou um choque emocional durante a infância. Ele reporta, a partir desses estudos, que as relações emocionais trazem dores e desânimos; por exemplo, atribuindo um evento a uma falta que tenha praticado, a vítima responde com sentimento de culpa e autocondenação, sendo que o aborrecimento cria o desespero.

Diz ele que as viúvas, os viúvos e as mulheres e os homens divorciados ou separados são mais suscetíveis ao câncer do que os que mantêm um relacionamento sério, sincero e duradouro.

O Dr. Schindler, outra autoridade no assunto, comenta que 1/3 de todas as doenças de pele tratadas por dermatologistas é produzido pela reação dos vasos sanguíneos à ansiedade, ao aborrecimento, ao desgosto, etc. Muitos outros males podem ocorrer devido às tensões emocionais, inclusive a úlcera péptica, a bronquite asmática, a enxaqueca, a colite ulcerativa, a artrite reumatoide, a hipertensão e o hipertireoidismo.

Um estudo realizado com 1.660 residentes, na cidade de Nova Iorque, revelou que mais de 80% apresentavam sintomas de distúrbios emocionais, variando de brandos a acentuados. Assim, apenas uma pessoa entre cinco foi julgada suficientemente livre de problemas emocionais para ser considerada em bom estado.

“A maior parte de nossas emoções mais desagradáveis produz tensão muscular”, diz o Dr. Schindler. “Um dos primeiros lugares a apresentar tensão é o grupo de músculos da parte posterior do pescoço. Caso os músculos do esôfago inferior se contraiam, a coisa será séria”.

Uma vez que as tensões emocionais tenham participação tão importante nas dores físicas, as autoridades médicas são favoráveis a que os médicos recebam aulas de diagnóstico psiquiátrico no decorrer de seus cursos regulares de formação médica. O Dr. G. G. Robinson, do Hospital Johns Hopkins, acentuou essa necessidade já faz vinte anos.

Realmente, o “médico da família” costuma estar em uma posição mais favorável para diagnosticar os distúrbios emocionais do que o especialista, mormente em comunidades muito agrupadas, em que está familiarizado com todos os membros da família. Ele conhece os seus problemas financeiros e sociais, suas esperanças, ambições, frustrações e a maior parte das influências que modelam o comportamento perante a vida.

Diferentemente do desdobramento dos males orgânicos, um fato encorajador em matéria de males psicossomáticos é que nós, e apenas nós, possamos fazer o máximo em relação a eles. Um psiquiatra poderá unicamente nos ajudar a analisar os fatos.

Contudo, nenhum psiquiatra pode fazer com que nós paremos de odiar, de nos aborrecer, de nos atemorizar ou invejar. Ele nos poderá ajudar a localizar o mal, dizendo qual é sua causa, advertindo-nos de suas consequências e dando a coragem para que possamos superar o estado mental que o agrava; no entanto, o fator mais importante da cura somos nós mesmos, por meio da nossa força de vontade.

Para vencer o efeito destruidor das emoções, os médicos recomendam que o paciente assuma uma derivação criadora (um desvio positivo do ambiente interno ao externo) que faça com que sua Mente pense em algo fora de si próprio: substituir as fricções mentais por atividades físicas auxilia o reajustamento.

Os médicos sugerem que se aprenda a gostar de pessoas, cultivar amizades e criar uma disposição alegre. Cultivar o interesse por fazer coisas em benefício de outros, dizem, e dessa forma projetar nossa Mente para além de si mesma e de seus sentimentos discordantes.

Quando começamos a ter interesse genuíno em outras pessoas, esquecemos os próprios aborrecimentos íntimos e percebemos que não sejam, afinal, o pesadelo que imaginamos.

Tudo isso é o que podemos verificar claramente utilizando nossos sentidos físicos, ou seja, os efeitos de causas que não conseguimos identificar pelos nossos sentidos. Pois aprendemos na Fraternidade Rosacruz, em seu processo de Cura Rosacruz, que a doença é uma manifestação de ignorância, o único pecado. E que curar definitivamente (e não remediar) é a demonstração do conhecimento aplicado, a única salvação. Então, a doença é a manifestação da ignorância das leis que regem o Universo, cuja transgressão traz, como consequência, a enfermidade e a dor. Também aprendemos que Cristo é a incorporação dos Princípios da Sabedoria. Portanto, a saúde plena e permanente pode ser conquistada na mesma proporção em que o Cristo conquista nosso coração, ou seja: se forme em nós, o Cristo Interno.

Por meio dos Estudos Bíblicos Rosacruzes aprendemos que o pecado ou o agir erroneamente é a causa direta das doenças. Por exemplo, de acordo com o Levítico, a lepra era o resultado da calúnia. Míriã certa feita viu surgir-lhe a lepra logo a seguir ter falado mal de Moisés durante os anos no deserto (Nm 12); em Salmos, 31: “Por ser perverso e injusto resultou em dor nos ossos”; em Lamentações 1-20: “Devido a angústia, dores fortes nas vísceras”; em Jeremias 8:18: “Devido a profunda tristeza, dores fortes no coração”.

Hipócrates, o “Pai da Medicina”, viveu no quinto século A. C. Dedicou-se a arte de curar, fazendo-o com extrema amorosidade. Tratava o paciente como um todo: Corpo, Mente e Espírito. Atribuiu-se-lhe uma frase célebre: “Não há doenças, mas doentes”. Os doentes da alma acabam por adoecer fisicamente. A dor serve para alertar. O sofrimento significa que algo está errado.

Como a humanidade reluta em compreender e viver essas verdades, as Hierarquias Criadoras utilizam as alternâncias para alertá-la quanto às suas transgressões. Assim, “bem e mal”, “bom e mau”, “dor e prazer”, “alegria e tristeza”, servem de parâmetros para avaliação de conduta e estabelecimento de relação causa e feito. Se sofremos é porque produzimos alguma desarmonia. Só a harmonia nos trará a plenitude.

Entre os primeiros Cristãos acreditava-se que “as doenças provinham de sete pecados: a calúnia, o fluxo menstrual (hemorragia* – ver: Mt 9:20-22; Mc 5:22-43 e Lc 8:40-56), o falso testemunho, a falta de castidade, a arrogância, o roubo e a inveja”.

Cristo Jesus enfatizava, frequentemente, as mesmas verdades em suas conversas com os Doze, como no caso em que, após curar um paralítico dizendo: “Tem ânimo, meu filho, teus pecados estão perdoados. Levanta-te toma o teu leito e vá para tua casa“, “Ele lhes perguntou: “O que é mais fácil dizer: teus pecados estão perdoados ou dizer levanta-te e anda?”.

Notem: embora condições ambientais, mudanças climáticas, acidentes ou fatores hereditários, etc., pareçam constituir as causas determinantes da enfermidade, sua origem encontra-se em nós mesmos, em nossa conduta moral. Nossas doenças provêm de uma errônea maneira de viver, pensar e sentir. São o resultado de erros passados ou presentes. Decorrem de nosso descuido em não atender ao chamamento interno de nossa consciência que, constantemente, procura sobrepor-se a nossa natureza inferior.

“Vamos começar distinguindo os conceitos de duas palavras que, por razões históricas e descuidos, são mau interpretadas e, até, achadas com os mesmos significados: curar e sarar.A principal diferença consiste em haver ou não haver cooperação do paciente.

Uma pessoa pode curar outra com massagens ou drogas. Nestes casos, o paciente mantém-se passivo. Não há dúvida de que com tais tratamentos podem desaparecer as afecções e o doente restabelecer-se, mas em geral seu restabelecimento é apenas temporário.

A palavra cura vem latim com o sentido primitivo de ‘cuidado’, ‘atenção’, ‘diligência’, ‘zelo’. O verbo curo, curare, de largo emprego, com o significado de ‘cuidar de’, ‘olhar por’, ‘dar atenção a’, ‘tratar’.

A evolução semântica da palavra cura, tanto em latim, como nas línguas românicas, operou-se em várias direções, sempre em torno da ideia de ‘cuidar de’, ‘exercer ação sobre’, ‘tratar’.

Então para mudar a situação, para curar o sintoma, tomamos um remédio que até funciona  bem. Só que esquecemos que o nosso corpo fala e se expressa através de sensações de conforto, desconforto, dor, aumento de temperatura, etc., querendo nos avisar que algo está errado. Por exemplo, que comemos demais, bebemos demais, trabalhamos demais, estamos com fome, que estamos com sono, com frio, ou super-aquecidos. Tudo isto leva a um desequilíbrio dentro do nosso sistema. A função do sintoma é o da auto preservação do organismo. Precisamos aprender a ouvir o corpo/sintoma.

É importante reconhecer o valor e o poder dos remédios, uma vez que estando com dor, desconforto, não conseguimos elaborar, pesquisar, ou compreender a causa deste desconforto, sintoma, etc. neste momento da nossa vida. Os remédios são muito importantes sim, como uma espécie de bengala.”.

Já sarar vem do latim sanare, e evoluiu para sanar em espanhol e sarar em português (a substituição de n por r que se operou na língua portuguesa é explicada pela seguinte sequência na passagem do latim vulgar para o português arcaico: sanare > saar > sar > sarar).  Sarar é ‘ficar são’, ‘recuperar a saúde’, ‘tornar uma pessoa sã’, ‘dar saúde a (quem está doente)’, ‘emendar’. Assim, “Sarar” é radicalmente diferente porque, neste caso, se exige que o paciente coopere espiritual e fisicamente com quem cura. Ou seja: sarar é curar com a cooperação ativa do paciente.

Portanto, para sarar de uma doença: o paciente mantém-se ativo, o paciente coopera espiritual e fisicamente com quem cura. Com isso, o único resultado possível: a cura definitiva para o sofrimento do doente: “lição aprendida…ensino suspenso”!!!!

Agora, vejamos a relação da sentença: “A sem Obras é Morta”, que lemos na Epístola de São Tiago, Cap. 2, Versículo 20, e os trabalhos da cura definitiva, do sarar.

Para isso note que todos os casos em que Cristo sarou alguém, essa pessoa tinha que fazer alguma coisa: ou seja: tinha que cooperar com o Grande Médico, antes que a sua cura se efetuasse.

Alguns exemplos: “Estende a tua mão“, e quando a pessoa assim fazia, sua mão ficava sanada. Dizia a outro: “Toma o teu leito e anda“, e quando isso era feito, desaparecia a enfermidade. Ao cego mandou: “Vai e banha-te no lago de Siloé“, ao leproso: “Vai ao sacerdote e oferece o teu donativo“, etc.

Em todos os casos havia necessidade da cooperação ativa da parte daquele que desejava ser sanado. Eram simples pedidos, mas tais como eram, tinham que ser atendidos e a obediência auxiliava o trabalho do Curador.

O auxílio prestado pelo Departamento de Cura da Fraternidade Rosacruz é efetivo e real. Há mais de um século promove a Cura de muitas doenças e enfermidades. Cabe, entretanto, ao paciente colaborar, fazendo a sua parte. Cumpre-lhe observar certos princípios, sem o que tudo resultará em malogro. Enfatizando a importância de tais princípios, recordemos algumas passagens do Novo Testamento, em que Cristo-Jesus realizou algumas curas: Mateus – cap. 9, vers. 2: “E eis que lhe trouxeram um paralitico deitado num leito. Vendo-lhe a fé, Cristo Jesus disse: Tem bom ânimo filho: estão perdoados os teus pecados. Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa”.

“A cura permanente só é alcançada no final do ciclo de um processo, onde a doença é o último elo da corrente. Devido a Seus poderes cósmicos, Cristo-Jesus podia, com facilidade, curar instantaneamente qualquer pessoa de qualquer doença. Entretanto, se o enfermo não houvesse aprendido a lição concernente aos seus erros, sua enfermidade cedo ou tarde reapareceria. Somente quando o Átomo-semente em seu coração, que carrega a gravação de todos os esforços mal direcionados (pecados), tiver sido limpo pela repetição, reforma, e restauração, Cristo dirá ‘Levanta-te, estás livre’. Isto porque o Mestre pode mandar ‘Levanta-te e anda’, mas somente o próprio ser humano pode tornar isto possível, a fim de que Ele declare: ‘Teus pecados estão perdoados’”.

Quer buscar ajuda no Departamento de Cura da Fraternidade Rosacruz ou entender melhor como funciona a Cura Rosacruz? É só acessar aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/como-solicitar-inscricao-no-departamento-de-cura-rosacruz/

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1970-Fraternidade Rosacruz-SP-com adições da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Panaceia Espiritual: como é preparada e para que serve

Sendo uma emanação do Princípio Crístico, é o Espírito Universal que compõe o Mundo do Espírito de Vida que restaura a harmonia sintética do corpo.

O autor viu uma substância, no Templo dos Rosacruzes, com a qual o Espírito Universal poderia ser combinado tão rapidamente como grandes quantidades de amônia combinam-se com a água. Dentro da esfera central havia uma menor que continha certo número de pacotes cheios com aquela substância.

Quando os Irmãos se colocaram em certa posição e a harmonia de certa música preparou o caminho, subitamente os três globos começaram a brilhar com as cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Foi claro, à visão do autor, que durante a encantação, a esfera que continha os pacotes já mencionados começou a brilhar com uma essência espiritual que antes lá não estava. Alguns daqueles pacotes foram usados posteriormente pelos Irmãos com sucesso imediato. Diante deles, as partículas cristalizantes que envolviam os centros espirituais dos pacientes, caiam como que por um passe de mágica, e o paciente sentia bem-estar recuperando a saúde física.

Na ocasião da vinda do Cristo à Terra temos uma analogia entre esse acontecimento e a administração da Panaceia Espiritual, de acordo com a lei “como é em cima, assim é embaixo”… Como a imersão da Vida do Cristo no Gólgota começou a desmanchar a camada de temor acumulada pela lei inexorável que pendia como um manto sobre a Terra; como essa imersão iniciou para milhões de seres humanos o caminho da paz e da boa vontade, assim  também quando a Panaceia é aplicada, a Vida do Cristo concentrada nela contida, imerge no corpo do paciente e infunde em cada célula um ritmo que desperta o Ego aprisionado da sua letargia, devolvendo vida e saúde ao seu envoltório físico.

(Por Max Heindel, publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP – julho/agosto/1988)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Você Pode Ajudar a Vítima de um Ataque Cardíaco ou Infarto do Miocárdio

A vida de um irmão ou de uma irmã que sofre um ataque cardíaco ou infarto do miocárdio pode ser salva até mesmo por um leigo, desde que ele tenha conhecimento de alguns princípios básicos de ressuscitação cardiopulmonar.

Os princípios de ressuscitação são muito simples e podem ser aplicados por qualquer pessoa:

  1. Reconhecimento de parada cardíaca – Quando uma pessoa cai inconsciente, em local sem assistência médica, a primeira preocupação deve ser verificar se houve desmaio ou parada cardíaca. O reconhecimento é feito apalpando-se o pulso arterial no pescoço ou no braço, enquanto se procura sinal de respiração. Se houver pulsação, trata-se de desmaio. Caso contrário, é importante iniciar a ressuscitação cardiopulmonar.
  2. Respiração boca a boca – Após colocar o paciente em superfície dura, de costas e com a cabeça estendida para trás, inicia-se a respiração boca a boca. Para isso, tapa-se o nariz do paciente com a mão esquerda, enquanto se mantém o pescoço estendido levantando-o com a mão direita. Expira-se com a boca sobre a boca do paciente. Deve-se fazer pelo menos 12 respirações em dois minutos.
  3. Massagem cardíaca – Se após a respiração boca a boca não se registrar a volta do pulso, deve-se iniciar a massagem cardíaca comprimindo-se o coração do paciente com as duas mãos, numa frequência de 60 vezes por minuto. A cada cinco compressões cardíacas, faz-se a respiração boca a boca. A massagem cardíaca deve ser feita durante pelo menos 30 minutos ou interrompida antes disso, se for observada a volta da pulsação.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Onde a Batalha se desenvolve mais ferozmente, as Rosas florescerão

Eu olho e vejo uma planície onde uma luta terrível está acontecendo. As nações da Terra estão reunidas para matar e destruir. As paixões mais ferozes lutam lá; os instrumentos mais diabólicos de morte e destruição que as mãos do ser humano podem criar estão ali, alinhados uns contra os outros. O ar está cheio do trovão dos canhões, dos gritos dos feridos e moribundos, e vermelho é o chão com o sangue dos mortos. Então, a fumaça sobe e bloqueia minha visão.

Eu olho novamente, e eis! Tudo está quieto. É noite e o país desolado está coberto por uma capa de neve. A Terra está em paz. Além das colinas cobertas de neve, a Lua nascente lança seu brilho prateado sobre a planície.

Mais uma vez eu olho e eis! É primavera. O Sol nasce em toda a sua beleza e esplendor, e derrama seu brilho sobre a Terra. O ar está cheio do canto dos pássaros e do zumbido das abelhas. Lá, onde tão recentemente as paixões ferozes se enfureceram e o clamor da batalha aconteceu, as flores da primavera agora crescem e sorriem ao Sol; as rosas e as madressilvas florescem nas sebes; a cotovia voa alto cantando e pulando de alegria enquanto canta.

O mesmo Espírito de Cura trabalha na Natureza e no coração do ser humano. Não há mal que não possa corrigir, nem ferida que não possa curar. É a eterna juventude dentro de nós, é a beleza que nunca desaparece nem perece, é o amor que nunca cansa nem envelhece. Fora do naufrágio e ruína de um mundo desgastado pela guerra Ele ainda sussurra: “Eis que faço novas todas as coisas”.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro de 1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Caso de Possessão

Em vários artigos recentemente publicados sobre possessão, mencionei duas classes: a demoníaca e a elemental. Essa última é uma possessão ou a posse das faculdades do paciente, em maior ou menor grau, por uma entidade invisível (espiritual). Pode haver ou não intervalos lúcidos, mas no caso registrado abaixo eles foram numerosos. No ocultismo, não pretendo ser alguém que se aproxime da mestria, mas há muitas coisas sobre as quais posso dar conhecimento em primeira mão.

Não é da competência deste breve artigo descrever os motivos e a origem de entidades como elementais e Espíritos da Natureza, nem entraremos em algum dos planos superiores para descrever a forma ou constituição química dos elementais. O elemental é a mais simples de todas as influências externas que possuem e é a primeira influência externa, viva e real, ou ser real, com o qual o diagnosticador astromédico entrará em contato.

A verdadeira composição material do elemental é um elemento, daí o seu nome. É bom para o leitor lembrar que estamos falando aqui das vibrações que são mais elevadas do que as do plano físico e cotidiano, e que uma descrição completa do elemental nos levaria a uma dissertação prolongada sobre as forças que atuam ao longo da parte negativa e positiva dos polos ou os quatro Éteres. Basta dizer aqui que o elemental tem forma real e possui vida, principalmente a que é obtida da sua pobre vítima humana. O casuísta pode exigir prova dessa afirmação antes de prosseguir. Eu respondo que é auto demonstrável e que o caminho para a verdade e o aprendizado está aberto a qualquer um que esteja disposto a pagar o preço. Esse preço, no entanto, não é dinheiro e se o pesquisador for absolutamente materialista, ele fará bem em ler o Caibalion[1] ou literatura semelhante, antes de fazer mais pesquisas médicas.

É bom lembrar que o que há de mais fundamental, por exemplo, em uma planta é invisível aos olhos físicos. O conhecimento suprassensível é acessível a todos aqueles que buscam com diligência e persistência.

Ao relatar este caso, vamos nos ater tanto ao lado físico quanto for compatível com o assunto e descreveremos este como um caso típico e real de possessão elementar. Visite qualquer instituição para pessoas com alguma debilidade mental na Terra e muitos casos semelhantes poderão ser encontrados. Você pode argumentar como quiser e zombar o quanto quiser, mas a verdade não será mudada para se adequar a uma de nossas opiniões preconcebidas.

Sra. H., 26 anos, esposa de um mecânico honesto; mãe de três filhos; loira com algumas características marcantes de beleza feminina; tamanho médio, razoavelmente bem constituída; veio de uma família em que muitos são inteligentes, mas também neuróticos; seu pai morreu em uma instituição para débeis mentais; pulmões e coração em bom estado, sem história específica de problemas. Ela era organizada, trabalhadora e naturalmente de temperamento alegre. Durante o último parto, o trabalho de parto foi concluído em menos de uma hora sob a competente gestão do Dr. Muir, que a atendeu muitas vezes durante as sete semanas seguintes.

Na primeira semana do período de internação, ela foi esplêndida. Aproximadamente depois do nono dia, ela começou a ter peculiares ataques nervosos de vaga apreensão de perigo para seu bem-estar. Não houve febre em momento algum. O Dr. Muir, de maneira sutil, encaminhou o caso para mim no início da oitava semana. Fui chamado pela primeira vez em 19 de janeiro, às cinco horas da tarde, e a encontrei sentada na cama segurando uma bolsa de água quente sobre o seio esquerdo; seus cabelos estavam desgrenhados e o rosto exibia uma expressão maníaca; nenhum piscar de olhos; olhos afundados em suas órbitas; pupilas dilatadas; mãos e pés frios, mostrando circulação perturbada, embora o quarto estivesse confortavelmente quente; os batimentos cardíacos eram lentos e fracos, mas regulares. Ambas as pupilas estavam dilatadas e se recusavam persistentemente a contrair mesmo sob a influência de luz, hiosciamina, estricnina ou brometos.

Sua conversa era não racional e ela estava apreensiva, com medo de morrer imediatamente e fazia repetidamente a mesma pergunta aos atendentes sobre sua morte próxima. Independentemente das garantias em contrário, ela perguntava cem vezes ou mais por dia se seu coração iria parar ou se algum dia ela se recuperaria. Ela estava rapidamente ficando acamada e qualquer tribunal de insanidade teria julgado sem hesitação que ela fosse um caso adequado para uma instituição do Estado para pessoas insanas. Seu coração reagiu a uma injeção hipodérmica de estricnina; mas, as pupilas, as janelas da alma (do Ego), não se contraiam por meio de estimulante algum que eu aplicasse.

Havia várias sensações nervosas e metastáticas, simulando um tipo travesso de histeria. O atendente médico pode sentir uma sensação ou atmosfera mais calorosa quando está na presença do caso comum de histeria, seja na variedade travessa ou simiesca.

Seus intervalos lúcidos eram levemente perceptíveis. Os pentabrometos produziram um sono razoavelmente bom, embora um pouco perturbado por sonhos importantes para qualquer psicanalista.

Além de uma administração hipodérmica e da dosagem noturna de pentabrometos, prescrevi um tônico amargo para ser tomado após as refeições. Resolvi fazer tudo o que estava ao meu alcance como médico para salvá-la de ser internada em uma instituição para débeis mentais; mas, quanto mais eu fazia, mais graves se tornavam os sintomas, até o terceiro dia, quando decidi que o diagnóstico poderia ser modificado de prostração nervosa para um caso simples de possessão elementar que tinha seus sintomas psiconeuróticos produzidos por um fator além do ambiente físico e visível. As pupilas e a atitude eram patognemônicas.

Nesse extremo, iniciou-se um tratamento suprafísico para despojá-la da entidade obsessora. Não é conveniente informar o público sobre essa parte do tratamento neste momento. Quase imediatamente a pupila começou a alterar de tamanho, por assim dizer, a reagir em pontos, os intervalos lúcidos tornaram-se mais longos e, em dez dias, toda a pupila assumiu um aspecto normal. Dentro de 36 horas do início do tratamento modificado, uma confissão veio da paciente. Ela afirmou que desde os cinco anos de idade praticou a masturbação e continuou essa perversão sexual em intervalos ao longo da vida; também havia praticado duas vezes desde o último parto.

Os sintomas eram a manifestação direta desse elemental que atuava no plano etérico. Como um vampiro invisível, ele cresceu muito e estava roubando dessa bela mãe o seu próprio princípio de vida. Sem ajuda, ela era impotente para se livrar desse elemental.

Não há necessidade de falar sobre o tratamento, se houver viés no julgamento diagnóstico do leitor. Ao fazer um diagnóstico, é bom agir com calma em todos os casos neuróticos, pois devemos primeiro nos certificar de que os sintomas não têm origem física; além disso, não pode haver obsessão sem dilatação pupilar. É fácil perceber que não cometer erros no diagnóstico nesses casos é de muita importância para a reputação do diagnosticador e de grande importância para o pobre paciente. Na realidade, os nomes “histeria”, “neurastenia” e “psiconeurose” são vãos subterfúgios usados para acobertar as multidões da nossa ignorância.

Em poucas palavras, a paciente tinha uma predisposição neurótica, um ambiente hostil, o estresse da maternidade e uma prática maligna enfraqueceu ainda mais a sua autonomia física e mental, proporcionando, assim, uma condição ideal, um convite à influência externa. Muito cedo o elemental obteve dela uma área de consciência; como seus atos eram uma rendição de vida ao elemental, ele cresceu muito, alimentando-se do Éter de Vida e foi capaz de obter posse de mais áreas da sua consciência. Pouco a pouco o elemental se tornou a maior coisa dentro do templo, destronando o Ego humano do seu trono de razão.

Observação. — Embora a paciente possa realizar os seus afazeres domésticos, continua sob observação médica.

(Por um médico Probacionista, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro de 1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: O Caibalion (Kybalion), publicado em 1908 pela Yogi Publication Society sob o pseudônimo de “os Três Iniciados”, afirma conter a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegisto, tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Antiga Grécia. Seu material tornou-se um dos pilares do Movimento Novo Pensamento da década de 1910. Muitas das ideias apresentadas nesse livro anteciparam conceitos popularizados no século XXI, como por exemplo, a Lei da Atração.

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