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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Poder do Perdão na Cura

Em nossas relações diárias com vizinhos e amigos, somos, às vezes – talvez muitas vezes –, sujeitos a sentimentos negativos como insultos, críticas embaraçosas e desapontamentos.

Consideramos que nossos semelhantes nos feriram de alguma maneira. Podem sempre atribuir motivos contra nós.

Essa centelha de punição ou injúria psicológica alimenta a chama do ressentimento ou acende o fogo da hostilidade aberta.

Na reação, quando percebemos essas injúrias, nós tentamos nos envolver com ideias que parecem nos justificar.

Os argumentos procedem, sem que um ouça o que o outro tem a falar. A ruptura pode ser temporária ou permanente. Pode deixar cicatrizes emocionais que afetam nossa saúde ou, talvez, ferir um espectador inocente.

Se olharmos em nosso íntimo e nos conscientizarmos do que aconteceu, em geral, achamos que existe algo negativo que o nosso “inimigo” em nós despertou. Somos sensíveis demais? Quais são os medos, inseguranças ou debilidades internas que nosso “inimigo” nos expôs? Se nós analisarmos mais tarde, podemos achar a mesma fraqueza em nós do que no “inimigo”.

Perdão é a força curativa da fraternidade. O verdadeiro perdão significa tolerar as fraquezas em ambos: em nós e nos outros. Perdão é o passo positivo para a aliança humana, baseada no reconhecimento de problemas idênticos e da necessidade de solução. Perdão é o produto da força espiritual interna sobre o qual morre a explosão dos sentimentos negativos; uma mentalidade livre de egoísmo que se identifica com outro ser humano em espírito de amor.

Devemos nos exercitar no poder do perdão para que possamos nos iluminar e ser capazes de acender o farol da verdadeira fraternidade espiritual, “que é o bálsamo de Gileade, a única panaceia para os males do mundo”.

(Traduzido da Revista: “Rays from the Rose Cross” e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – agosto/1984-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como cultivar a importantíssima virtude, para o Estudante Rosacruz, da paciência

Como cultivar a importantíssima virtude, para o Estudante Rosacruz, da paciência

Vocês precisam de paciência para que, depois de terem feito a vontade de Deus, possam receber a recompensa”[1].

Sem dúvida, São Paulo viu a impaciência dos “Pequeninos”, como os Estudantes de hoje, ansiosos para “colher onde não haviam semeado” e se queixam de seu lento progresso. Primeiro a natureza e depois o espiritual, o crescimento do anterior e a analogia do superior. São necessários vinte e oito anos de vida terrestre para fazer da personalidade do ser humano um bebê primogênito; isto é, um indivíduo fisicamente adulto e seguro. É provável que um ser eterno e imortal possa desenvolver e definir um caráter cristão e uma profunda raiz espiritual em poucos anos?

O Espiritual só pode se desenvolver quando a Natureza cede, pois em um jardim a planta preferida floresce exatamente na proporção em que as ervas daninhas são arrancadas e o cultivo é restabelecido.

Nosso Salvador Cristo não prometeu transformar o ser humano. Ele prometeu “Poder” para se tornarem Filhos de Deus e “acreditar em Seu nome”. O poder de se tornar uma árvore ou flor perfeita está em uma semente, o pequeno começo do crescimento espiritual, está na “crença n’Ele”.

O jardineiro tem um trabalho a fazer: manter todas as ervas daninhas afastadas e cultivar a terra. A vida cresce na semente.

Quando alguém aceita a Cristo com o coração, ele dá a vida que crescerá para a perfeição espiritual para o cultivo. Os frutos do Espírito são todas as belas qualidades da alma que tornam uma vida nobre e útil, porém, não são vistas ao mesmo tempo produzidas em sua plenitude. A aparente mudança pode ser grande em relação à de um mundano – egoísta, mercenário, vaidoso e impuro – porém, leva tempo para desenterrar as velhas raízes e ervas daninhas, cujas sementes tendem a ter uma periodicidade de aparecer.

Muitos que se consideram firmemente estabelecidos no bem-estar, são pegos dormindo e derrubados por algum defeito do passado por falta de vigilância. A espiritualidade, em seus estágios iniciais, é facilmente desviada do coração por influências mundanas; ninguém precisa de uma amamentação mais prolongada para manter seu poder afetivo. O cérebro é o elo de conexão e os pensamentos mentais devem estar focados para alcançar seu ideal, a fim de se manter longe das muitas tentações que o mundo oferece, especialmente aos jovens.

Os Ensinamentos Rosacruzes apelam para os Cristãos que, de certa forma, se afastaram dos desejos da natureza e que, talvez, tenham sido plenamente experimentados e provados que estão carentes das qualidades que satisfazem a alma; contudo, a Natureza morre lentamente, as exigências da santidade são difíceis e, especialmente nos Cristãos com mais idade física, retroceder não é incomum. Muitos chegam a qualquer novo ensinamento para os obter “os pães e os peixes”, enquanto que um grande número se unem a uma igreja popular para curar seus males corporais e permanecer ali a fim de continuar recebendo as bênçãos da saúde. Esse motivo parece ser depreciativo para o crescimento da alma, mas, não se pode entrar em contato com a Espiritualidade sem sentir sua influência para a elevação; e assim, com o tempo, aqueles que chegam por razões egoístas podem se tornar seguidores sinceros da fé. Há muitas almas vacilantes indo de um culto a outro para encontrar descanso para as solas dos pés, e onde a Verdade for encontrada em maior medida, a grande multidão virá para o “pão da vida”. Elas podem ser muito sinceras, honestas, mas de modo alguns estão prontas para a Iniciação. As plantas que, às vezes, dão flores e frutos em abundância precisam ser transplantadas várias vezes antes de mostrarem seu verdadeiro vigor e, quando finalmente chegam ao lar permanente, ainda precisam esperar longos meses e até anos de desenvolvimento, antes que o fruto nasça. Somente a maturidade do tempo traz a produtividade total.

Analise as lágrimas de qualquer um dos pais ou mães da Igreja, os Santos que se mantiveram na fé e terminaram o caminho para Deus; o caminho deles, certamente, não foi de rosas. Morrer diariamente para si mesmo, para as paixões da Natureza inferior, para a adoração material; sacrifícios diários na cruz do Corpo Denso, com olhos fixos no Senhor, com Cristo interno repleto no coração, com todos os presentes no altar na consagração à humanidade. Os Cristãos são compostos de vários tipos e qualidades, parecido com os tipos das embarcações marítimas: alguns parecem apenas com barcos a remo amarrados à costa, com medo de se aventurar sozinhos; outros mais ousados, mas com medo de águas profundas; outros, então, como um navio veloz para passageiros, preparado para a viagem, bem equipado, o Capitão em seu posto, de olho na bússola. E mesmo assim, algumas vezes, batem em uma rocha ou falham em resistir a um vendaval, e afundam. Existem outros que parecem submarinos que exploram os segredos das profundezas.

Tais são nossos líderes na Fraternidade Rosacruz, talvez profundamente envolvidos nos segredos do governo, em missões importantes, guardiões avançados na pesquisa, difíceis de se encontrar, difíceis de destruir, vencedores do inimigo das almas. Depois, existem as aeronaves; essas são símbolos dos Irmãos Maiores, que navegam em outro elemento. Pois, Eles estão no ar, na atmosfera clara de um ar rarefeito, e enxergam além das brumas que escondem o passado e o futuro da nossa visão limitada. Esses tipos de pessoas não surgiram em um só dia. Há muito tempo de desenvolvimento entre o barco a remo frágil e o submarino ou a aeronave.

A paciência deve ter seu ciclo de trabalho terminado: a alma deve crescer de maneira ordenada, primeiro a folha, depois a espiga e depois a espiga cheia de milho. Um dia de cada vez, uma falha superada, um ato altruísta, um pensamento amoroso verdadeiramente universal; através de todos e de cada um de nossos passos no “Caminho”. Não adianta se preocupar, não adianta se apressar; é uma daquelas situações onde é melhor fazer isso bem devagar, pois se você fizer isso muito depressa, você cometerá erros. Somente o tempo e a paciência podem curar a alma de sua incapacidade e levá-la à estatura total de “Uma pessoa em Cristo Jesus[2]. A sequoia, a maior árvore do mundo, leva milhares de anos para atingir sua altura elevada, e as outras árvores de mais de cem anos parecem pequenas mudas delas, em comparação.

Estruturas fortes e permanentes avançam lenta e seguramente, contudo, são construídas para durar, suportar os vendavais, o estresse da vida. Aos Estudantes da Filosofia Rosacruz é muito bom o manter essas verdades, constantemente nas suas Mente (e não aumentar os encargos da sede de um Centro Rosacruz, escrevendo com espírito de crítica, de impaciência, como alguns que conheço. O escritor está longe, e mesmo assim, acaba entrando em contato com outros Estudantes que também demonstram essa falta de compreensão da vida). Os meios de crescimento, cultivo e poder da alma estão nas nossas mãos, em nossos lares e no ambiente ao nosso redor. Aqui e agora é o nosso lugar e hora para começar de novo, a cada dia abençoado para desenvolver um corpo espiritual, para preparar as glórias prometidas aos fiéis até o fim. “Você tem pouca força se cair no dia da adversidade”[3].

(Publicado na: Rays From The Rose Cross – jan/1916 – Traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

[1] N.T.: Hb 10:36

[2] N.T.: IICor 12:2

[3] N.T.: Pb 24:10

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