Resposta: A Crucificação representa o mais importante evento na vida de Cristo-Jesus. Naquele momento, o Arcanjo Cristo penetrou no mais profundo do coração da Terra, transformando-se em seu Espírito Planetário. Na Bíblia estudamos que, naquele momento, a Terra foi tomada pela escuridão, mas aqueles que possuíam a visão interior, capazes de penetrar o véu da matéria e olhar para o interior do Planeta, viram-no ser iluminado por uma luz jamais comparada a nenhuma outra apreciada sobre a terra ou o mar.
No exato instante em que o Cristo se tornou o Espírito Planetário residente da Terra, Ele mudou os caminhos da Iniciação para toda a humanidade. A Iniciação pré-Cristã era efetuada no Mundo do Desejo que envolvia a Terra. O Senhor Cristo, por sua entrada no coração do Planeta, abriu um novo Caminho de Iluminação, que conduz ao mais íntimo do coração da Terra e ali o então iluminado atinge seu supremo clímax quando, face a face, e merecidamente, ouvirá do Sagrado Senhor Sua bênção iniciatória: “Fizeste-o bem, bom e fiel servo, aconchega-te na Paz de teu Senhor.” (Mt 25:21).
(Do Livro “Questions and Answers on the Bible” – Corinne Heline)
A análise esotérica dos Evangelhos mostra que os acontecimentos marcantes da vida de Cristo são em número de doze e se enumeram assim:
1 – Anunciação |
2 – Imaculada Concepção |
3 – Nascimento |
4 – Fuga para o Egito |
5 – Ensinamentos no Templo |
6 – Batismo |
7 – Tentação |
8 – Transfiguração |
9 – Getsemani |
10 – Crucificação |
11 – Ressurreição |
12 – Ascensão |
Estes doze passos sustentam uma conotação astrológica interessante, por isso que se diz, verdadeiramente, que a primeira Bíblia do ser humano foi o Zodíaco, em que ele aprendeu a ler as verdades espirituais. Lá ele decifrou os sinais enigmáticos que revela a vida dos Deuses Salvadores e, por ela, o Iniciado Cristão lê a história da vida do Cristo.
A roda zodiacal dos céus é feita por doze constelações de Signos, onde os Astros (o Sol, a Lua e os Planetas) viajam ao redor do céu, conforme podem ser vistas, tendo a Terra como referência. Antigos astrônomos descobriram que tais Signos celestiais pareciam ter influência sobre questões terrenas, e assim, se originou a ciência da Astrologia. Observou-se que as influências dos Astros eram mais fortes em alguns Signos do que outros. O Signo em que o Astro expressava seus maiores potenciais é que o regia e é considerado seu lar, onde o Astro revela sua pureza de influência, sem qualquer mescla com outras qualidades de diferentes naturezas. Do mesmo modo, um Astro é, igualmente, forte no Signo de sua Exaltação, embora de um modo diferente do que a regência. As qualidades de Exaltação de um Astro somente alcançam plenitude por meio da Iniciação, que liberta, dentro da Alma, o correspondente aspecto das forças astrais.
É interessante notar que a Exaltação e a Ressurreição foram utilizadas pelos primeiros Padres da Igreja em termos intercambiáveis, que compreendia a relação entre o desenvolvimento espiritual do ser humano e as estrelas no céu, acima dele. Eles sabiam que na Consciência de Cristo, a humanidade aprenderia a cooperar, inteligentemente, com os Poderes Cósmicos, cujas ações do destino do ser humano eram reveladas no horóscopo.
Quando astrólogos falam de Astros e Signos que os regem, eles se atêm, principalmente, a assuntos físicos e materiais. O Astrológo Rosacruz, um esoterista, que estuda o lado oculto da ciência das estrelas, fala sobre a Exaltação dos aspectos de um Astro considerando a sua natureza espiritual, conforme os seguintes assuntos:
Corinne Heline em A Bíblia – O Maravilhoso Livro das Épocas
Quando o Santo carregava a cruz na subida íngreme do Gólgota, o chão estava acarpetado de branco com sua beleza. Elas se aglomeraram amorosamente ao redor de Seus pés machucados, como se de bom grado pudessem consertar os pregos cruéis e a coroa de espinhos. Silenciosamente, suas faces brancas assistiam o apelo mudo da encenação da Crucificação. As frágeis pétalas estremeceram em compaixão com os tremores cósmicos que ocorreram quando o Espírito Mestre rompeu seu cativeiro de carne. Enquanto o sangue escorria devido a perfuração dos pregos e da coroa de espinhos, uma gota sagrada caiu profundamente no coração de uma pequena flor branca. Lá está aninhado. Quase imperceptivelmente, as pétalas se curvaram sob a homenagem; então suavemente, gentilmente elas flamearam em carmesim. Por todo o coração da Terra, essa força foi sentida, resultando em que, onde quer que essas flores místicas florescessem, elas mudariam de branco puro para vermelho-sangue. Mais detalhes? Leia aqui: A Lenda da Poinsétia
Resposta: Contrariando a opinião normalmente aceita, os quatro Evangelhos não são, absolutamente, a biografia de Jesus, o Cristo; são Fórmulas de Iniciação de quatro diferentes Escolas de Mistérios e, para ocultar seu significado esotérico, a vida e o ministério de Cristo também foram mesclados. Facilmente, isso poderia ser feito, porque todos os Iniciados, sendo individualidades cósmicas, possuem experiências similares. É correto dizer que Cristo falava à multidão por parábolas, mas o significado oculto era transmitido a Seus Discípulos em particular. São Paulo também dava leite aos fracos e carne aos fortes. Nunca houve a pretensão de transmitir os símbolos ocultos às pessoas comuns, ou de fazer da Bíblia “um livro aberto de Deus”, como muitos atualmente acreditam.
Ao ler na Memória da Natureza descobrimos que, no momento da crucificação, não houve apenas dois, mas vários, que foram crucificados. Naquela época, se aplicava a pena de morte para as mínimas transgressões e muitos foram penalizados com essas mortes bárbaras. Deste modo, aqueles que quisessem encobrir o significado oculto dos Evangelhos, não encontraram dificuldades em encontrar algo com que pudessem completar a história e obscurecer os pontos que são realmente vitais na crucificação. A parte da história que se relaciona aos ladrões é, portanto, um verdadeiro incidente, não tendo nenhum significado esotérico.
(Pergunta nº 99 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
O Sol do nosso Sistema Solar é o tríplice. Podemos ver o Sol físico. Por trás dele, ou escondido por ele, está o Sol espiritual, de onde vem o impulso do Espírito do Cristo Cósmico.
O Mistério de Cristo é tão sublime e tão poderoso em Sua importância que transcende qualquer definição humana. Tão profundo é o Seu significado que nunca pode ser dosado ou expresso por meras palavras; só pode ser sentido no silêncio da contemplação espiritual.
A diferença entre Cristo da Terra e o Cristo Cósmico é melhor entendido por meio de uma ilustração. Imagine uma lâmpada no centro de uma grande esfera oca de metal polido. A lâmpada envia raios de luz de si para todos os pontos da esfera e os refletirá em vários lugares. Do mesmo modo, o Cristo Cósmico – o mais alto Iniciado do Período Solar – envia Seus raios emitidos.
Quando tínhamos nos desenvolvido o suficiente, Cristo veio e encarnou aqui na Terra; então um raio do Cristo Cósmico veio aqui e encarnou no Corpo do nosso Irmão Maior Jesus. Após o sacrifício no Gólgota Ele entrou na Terra, e tornou-se Seu Espírito Planetário Interno.
Não foi outro, senão o Cristo que apareceu a Moisés no episódio da sarça ardente. Tal fenômeno foi reflexo do Cristo Cósmico, conforme Ele se aproximou mais da Terra, antes de Sua encarnação humana. Cristo é o Senhor do Sol e Chefe dos espíritos de Fogo, os Arcanjos. A Dispensação Cristã está intimamente guiada pela Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama. Assim, a Iniciação de Fogo é diretamente ligada aos Mistérios de Cristo.
Foi o Cristo Cósmico, localizado no meio da Glória Solar, que ensinou a Seus Discípulos os mistérios mais profundos da nova fé na nova Era, a Era de Peixes, que eles iriam, então, transmitir ao grupo de Discípulos mais próximos do futuro.
A Crucificação do Cristo Cósmico começa, todo ano, quando o Sol está em Libra, no Equinócio de Setembro, quando a Glória desce para o “Hades”[1] do Planeta Terra.
O Equinócio de Março é o momento em que o Cristo Cósmico é libertado dos grilhões terrestres que Ele se aprisionou, durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
A Estação do Advento se estende pelo mês de dezembro e é anunciada como uma Festividade de Luz. O impulso espiritual da estação prepara a humanidade para o derramamento das forças celestiais acompanhando o renascimento do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Esse período é seguido pela estação do Solstício de Dezembro que se estende de 21 de dezembro à 24 de dezembro e culmina com o dia seguinte, o 25 de dezembro, no Natal, o dia mais profundamente reverenciado em toda a Cristandade.
O Cristo Cósmico será a figura central da vindoura religião da Era de Aquário.
[1] N.T.: profundezas