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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Cristo já não se encontra no Sol? E se Ele vive no coração da Terra, como já ouvimos muitos ensinarem, como Espírito Planetário, como poderá Ele vir, se já está aqui?

Detalhando melhor a minha dúvida: Sabemos que Cristo, por ocasião do Equinócio de Setembro, envia um dos Seus Raios e atinge o centro da Terra, em 24 e 25 de dezembro, no Solstício de Dezembro, época em que se comemora o Natal. Muito bem. Agora, em determinada lição lemos o seguinte: “O Corpo Vital de Jesus, por meio do qual o Cristo entrou na Terra, é Seu único meio de VOLTAR ao Sol. Portanto, a segunda VINDA será no Corpo Vital de Jesus”. Então Cristo já não se encontra no Sol? E se Ele vive no coração da Terra, como já ouvimos muitos ensinarem, como Espírito Planetário, como poderá Ele vir, se já está aqui? E se Ele está confinado à Terra, como Espírito Terrestre, que força é essa que nos vem pela época de Natal, sabendo-se que ela vem de fora para depois penetrar até o centro do Planeta? Não é do próprio Cristo, que tem Sua morada no Sol? Então, como podem conciliar-se essas duas afirmações ao mesmo tempo; isto é, Cristo enviando um Raio de Sua Consciência anualmente, enquanto aprendemos que Ele voltará ao Sol através do Corpo Vital de Jesus? Se esse Raio, que chamamos de Cristo, somente teve entrada no corpo da Terra por ocasião da morte de Cristo-Jesus no Gólgota, de onde então nos vinha a vida, essa força que vemos fazer tudo ressurgir e regozijar-se pujantemente, dando novo alento e novas cores à Natureza?

Resposta: Cristo, como o mais elevado Arcanjo, o mais elevado Iniciado da Onda de Vida arcangélica, embora sendo perito manipulador do Corpo de Desejos, que é o corpo mais denso dos Arcanjos, tem seu veículo costumeiro, seu plano de ação, no Mundo do Espírito de Vida, o PRIMEIRO PLANO CÓSMICO, onde não há divisão e de onde a vida interpenetra tudo, onde reina a fraternidade no cotidiano. Ora, esse impulso de vida e de amor, emanado para toda a criação do Mundo do Espírito de Vida, é um impulso do Filho, o Segundo Aspecto da Trindade em nosso Sistema Solar, obra que está a cargo de Cristo, graças à sua elevação. Mas o impulso dessa vida sobre nosso Planeta foi diferente, antes e depois do acontecimento do Gólgota. Antes do Gólgota governava Javé ou Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos, que exerce o papel do Espírito Santo em nosso Sistema Solar. Ele recebia, na Lua, o impulso de vida provindo do Mundo do Espírito de Vida e o refletia sobre a Terra em forma de Religião de Raça e de Leis. Esse sistema funcionou, como dizem os Evangelhos, até João, o Batista, precursor do Cristo. Então encarnou Cristo, aliás, uma centelha, uma chispa do Cristo Cósmico, no corpo de Jesus, por ocasião do Batismo no Jordão. João Batista, o mais elevado dos nascidos de mulher, como elevado Iniciado dos Essênios, reconheceu a grandiosidade de Jesus, o “vaso divino”, bem como a magnitude do ato a que era chamado a ministrar, da incorporação da Chispa Crística.

Com o derramamento do sangue de Jesus Cristo no Calvário e a penetração do Cristo em nosso Globo, nosso Planeta foi purificado. O esplendor que se emanou deixou os circunstantes ofuscados e se diz que houve trevas. Depois, o Cristo subiu até o Mundo do Espírito Divino, o Plano do Pai do nosso Sistema Solar, para fortificar-Se. É o que significa “baixar aos Infernos e subir aos Céus, onde se encontra a destra de Deus”, como aprendemos no “Credo”. Desde então, como prometera Cristo estar conosco até a consumação dos séculos — isto é, até que terminem estes tempos de aperfeiçoamento terrestre para uma nova época —, ainda UMA CHISPA DELE volta todos os anos, começando a descer no Equinócio de Setembro e fecundando toda a natureza. Pelo Natal Ele está novamente no centro do nosso globo, espargindo seu impulso de vida e amor a todas as criaturas vivas (plantas, animais, seres humanos). Depois Ele Se retira e no Equinócio de Março retorna ao Seu Plano.

Do exposto tiramos as seguintes conclusões.

a) A vida sempre interpenetrou a criação, porque Deus, como um Todo, está em toda parte. Mas, segundo a evolução de cada pessoa, como de cada Planeta ou estrela, assim esse impulso é assimilado. Antes de Cristo esse impulso nos vinha como impulso de Javé ou Jeová, a primeira ajuda dada a nós. Ele veio inaugurar o segundo passo, a segunda ajuda, diferentemente dada; isto é, já não por intermédio da Lua, mas diretamente, como impulso de vida e de amor.

b) Funcionando de um PLANO CÓSMICO que tudo interpenetra, tem o Cristo essa capacidade de, por assim dizer, dividir Sua Individualidade e funcionar ao mesmo tempo em vários lugares. É o início da faculdade de estar em toda parte, que todo Iniciado atinge quando chega a funcionar no Mundo do Espírito de Vida.

c) A segunda vinda de Cristo, que não será provisória, mas definitiva, porque teremos criado a condição de funcionar em Seu Reino, em Sua Aura, em Seu Plano de Consciência, será pelo Corpo Vital de Jesus, o instrumento de que necessita, porque, como Arcanjo, jamais criou neste Plano físico.

d) O Verdadeiro Espírito Planetário não é o Cristo. Agora Ele está sendo, até que a Terra seja capaz de levitar sozinha, graças à elevação de um certo número de pessoas capazes de sustentar este Campo de Evolução. Então o Espírito Planetário exercerá a sua função, pois todo Planeta tem seu Espírito interno.

e) O Sol, como centro do nosso Sistema Solar, é o foco da irradiação da Trindade Criadora desse Sistema. Como o Pai funciona no Mundo do Espírito Divino, o Filho no Mundo do Espírito de Vida e o Espírito Santo na Região Abstrata do Mundo do Pensamento, vemos que esses três Planos constituem a atmosfera principal do Sol e através dela essa Trindade age sobre os Planetas, satélites e todos os seres criados que estão em evolução nesse Esquema, Caminho e Obra de Evolução.

Aconselhamos o perguntante a reler no Conceito Rosacruz dos Cosmos esses pontos e extrair, das entrelinhas, as conclusões que expusemos e outras ainda, exercitando desse modo a sua capacidade epigenética.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Cuidado Indispensável com o nosso Corpo mais evoluído e, como reflexo, o Cuidado com os outros Corpos e a Mente

O Espírito conta com vários instrumentos para sua manifestação e aquisição de experiências: o Corpo Denso, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente. São ferramentas da mais elevada importância. De sua qualidade depende o trabalho que se pode realizar em cada existência.

A formação dos Arquétipos desses veículos antecede cada vida terrestre. O seu grau de aperfeiçoamento é a medida dos esforços e cuidados despendidos em pretéritos renascimentos.

Esses veículos, embora compostos de matéria diferenciada em densidade e vibração, interrelacionam-se. A ação de cada um reflete nos demais. Assim é que estados mentais depressivos e emoções descontroladas podem debilitar o Corpo Vital, sujeitando o Corpo Denso a enfermidades e doenças. Explosões emocionais, vias de regra, interferem no processo digestivo. A gastrite nervosa tornou-se uma doença comum nas modernas e desumanas civilizações urbano-industriais. Por outro lado, as condições do Corpo Denso também influem no estado psicoemocional das pessoas.

Como o Corpo Denso é o mais antigo e desenvolvido dos veículos do Espírito, nele devem centrar-se grande parte dos nossos cuidados. Qualquer profissional, para bem desempenhar suas funções, jamais prescindirá de conservar seus equipamentos e instrumentos de trabalho em perfeitas condições de uso. Paradoxalmente, uma minoria apenas mostra-se consciente e zelosa em manter o Corpo Denso como o mais útil – na presente fase de evolução – instrumento a serviço do Espírito.

A superlotação dos hospitais, sanatórios e clínicas, o faturamento em escala crescente das indústrias farmacêuticas confirma o que foi dito. Apesar do grande avanço científico, a humanidade continua enferma. Percebe-se como a negligência com o Corpo Denso se contrapõem tratamentos inadequados.

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental recomendam um trabalho preventivo em relação à saúde física.

Prescrevem hábitos de higiene e uma dieta natural como primeiras medidas para evitar enfermidades. Não seria mais lógico evitar ou abandonar o uso do fumo do que onerar o orçamento familiar com medicamentos (que provocam efeitos colaterais) ou qualquer outro tratamento das vias respiratórias? O tabagismo é reconhecido pela ciência como um dos hábitos causadores do câncer. Igualmente desastrosos são as bebidas alcoólicas e as drogas: debilitam o organismo, provocam dependência e podem converter o viciado num verdadeiro farrapo humano.

Como o objetivo dos Ensinamentos Rosacruzes é ensejar condições de elevação do ser humano, a Fraternidade Rosacruz considera como ponto de honra em seu trabalho divulgar as linhas mestras da saúde corporal, emocional e mental. Várias obras de Max Heindel abordam esse assunto, destacando-se o Conceito Rosacruz do Cosmos e Princípios Ocultos de Saúde e Cura.

Outro elemento valioso para se estabelecer um seguro esquema individual de preservação da saúde é o estudo da Astrologia Rosacruz espiritual. Essa ciência, talvez a mais antiga de todas, oferece, pelo estudo do tema natal do indivíduo, a possibilidade de se conhecer o quadro geral de suas tendências. Obviamente, as condições de saúde figuram nesse quadro, tornando viável uma ação preventiva. Isso é válido, igualmente, para os aspectos emocional e mental.

Embora o Corpo Denso mereça cuidados especiais, os demais veículos também são importantes no contexto geral da nossa evolução. Devem ser estudados com profundidade para que o nosso desenvolvimento ocorra harmoniosamente. A diligência nesse trabalho determina o progresso do Aspirante à vida superior.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – agosto/1984-Fratenidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cura Rosacruz: a Tríade para você ser bem-sucedido no processo de cura

Considerando que:

  1. recebemos muitas dúvidas de como funciona, como proceder e como se inscrever
  2. há uma insistente e persistente utilização errônea desse método e com consequente não alcance da cura

… vamos, resumidamente, apresentar as três condições suficientes e necessárias, como funciona e como usar corretamente para que o irmão ou a irmã doente ou enfermo alcance a Cura Rosacruz, ou seja, elimine a causa da doença ou enfermidade e não somente os seus efeitos (pois se for focado somente nesses, com certeza, a doença ou enfermidade “voltará”) e, depois, apresentar o que denota usar erroneamente esse método de Cura Rosacruz com o consequente não alcance da Cura Rosacruz.

Essas condições forem instituídas por Max Heindel, sob a orientação direta dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, desde a primeira reunião de cura que ocorreu numa noite de terça-feira, em 23 de junho de 1914 e, desde então, já tem curado definitivamente as doenças e enfermidades de milhões de irmãos e irmãs, que a utilizam corretamente.

Existem três fatores no processo de Cura Rosacruz:

  1. O Poder do nosso Pai Celestial: compreendamos que todo o Universo está impregnado pelo Poder do Pai, sempre à nossa disposição para curar definitivamente todas as doenças e enfermidades, de qualquer natureza que sejam: isto é absolutamente certo;
  2. O Curador: é o foco, o veículo por cujo intermédio se infunde a energia no Corpo do paciente. É escolhido criteriosamente utilizando as Leis de Compatibilidade e de Receptividade Sistemática dentre os Probacionistas e Discípulos de um Centro Rosacruz que tenha um Templo. Se for um instrumento adequado, consagrado, harmonioso, real e bem harmonizado com o Infinito, não há limites para as obras maravilhosas que o Pai realizará por seu intermédio quando a oportunidade se apresentar a um paciente;
  3. O Paciente: com ânimo obediente, sobre o qual possa agir o poder do Pai por intermédio do Curador que Cura definitivamente, de tal forma que dissipe todas as doenças e enfermidades corporais. O Paciente é definido como uma pessoa que coopera e ativa – que também quer ajudar e não só ser ajudada – esforçada para que, finalmente, aprenda a obedecer às leis de Deus, que governam o Universo e, assim, alcance a saúde permanente tanto na vida atual, como nas futuras.

Uma observação importantíssima: o trabalho de Cura Rosacruz é realizado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, por meio de um grupo de Auxiliares Invisíveis que eles estão instruindo. Ou seja, ninguém de um Centro Rosacruz, seja Estudante, Probacionista ou até Discípulo, tem autorização para “participar” da Cura Rosacruz, seja por meio de:

  • procedimentos terapêuticos, incluindo imposição das mãos, “energizações”, “magnetismos”, “transmissão de pensamentos” e outros afins;
  • medicamentos (de quaisquer tipos ou denominações que se dê);
  • aconselhamentos, consultas, orientações para tratamentos e afins;
  • levantamento de horóscopos, “leitura” de horóscopos, “descrições” de configurações;
  • preenchimento do Formulário para Solicitação de Auxílio de Cura, “assinatura” da Folha mensal em nome do Paciente.

Se o fizer: está se enganando, enganando o irmão ou irmã Paciente e profanando o Método de Cura Rosacruz.

A participação de Probacionista e Discípulo de um Centro Rosacruz no processo de Cura Rosacruz é somente como um Curador, harmônico com o Paciente, e sob orientação e, ainda, de uma forma totalmente anônima, amorosa e desinteressadamente. E a sua atuação é restrita durante noite, depois de ter executado o Exercício Noturno da Retrospecção e de ter restaurado seu Corpo Denso, durante o sono.

Lembrando, agora, o processo que deve ser seguido para a execução do Método de Cura Rosacruz:

  1. O Paciente obtém uma cópia impressa do Formulário para Solicitação de Auxílio de Cura;
  2. O próprio Paciente preenche o Formulário (veja as exceções, onde não é o Paciente que deve preencher);
  3. O Formulário completamente preenchido deve ser enviado, via Correios, para o Centro Rosacruz que tem um Departamento de Cura (alguns o endereço já está no próprio Formulário;
  4. O Departamento de Cura do Centro Rosacruz ao receber o Formulário executa os procedimentos para inserir o Paciente no processo do Método de Cura Rosacruz e envia o primeiro conjunto de material com as orientações para o Paciente executar (sobre a execução, considere os desmembramentos das exceções no preenchimento do Formulário – item 2, acima);
  5. O Paciente segue as orientações recebidas (colocando-as em prática no seu dia a dia);
  6. O Paciente envia mensalmente formulário semanal que coleta a assinatura do paciente, via Correios, no início do mês que segue a coleta das assinaturas (veja as exceções, onde não é o Paciente que deve preencher).
  7. E assim se segue o Processo até o Paciente alcançar a Cura (e isso sempre acontece, se o Paciente fizer sempre a sua parte, com paciência, respeitando as suas limitações e considerando o “tempo de Deus” e jamais o seu, pois a “vontade de Deus” sempre deve ser considerada). Para mais informações sobre isso, especificamente, veja aqui.

IMPORTANTE: Qualquer um desses três fatores que faltar, a Cura Rosacruz não avançará, não evoluirá e não será alcançada pelo Paciente. Qualquer avanço ou resultado positivo não deve ser atribuído a esse processo de Cura Rosacruz. É pura ilusão de quem o faz.

Isso colocado, vamos enumerar alguns procedimentos e comportamentos nos quais não funcionará a Cura Rosacruz:

  1. Escrever no “papelzinho” – que tem uma variante que é enviar via correio esse “papelzinho” – que existe em alguns Centros Rosacruzes o nome do Paciente, ainda que com caneta tinteiro, e colocar na “gavetinha” que também existe em alguns Centros Rosacruzes. Isso é apenas a tangibilização de um desejo da pessoa para com o Paciente, normalmente alguém conhecido, para que esse “melhore a saúde”. É louvável, mas não será objeto da ação da Cura Rosacruz;
  2. Enviar os “formulário semanal das assinaturas” preenchidos para o um Centro de Cura, sendo que o Paciente não está inscrito (ou seja, não há um Curador previamente selecionado), achando que com isso usufruirá da Cura Rosacruz. É impossível, pois não há nenhuma conexão harmônica entre os eflúvios do Curador com o Corpo Vital do Paciente;
  3. Preencher o Formulário com caneta esferográfica, hidrográfica ou outras quaisquer que não tenha tinta nanquim;
  4. Entrar no Templo de um Centro Rosacruz e rezar achando que está usufruindo da Cura Rosacruz. O que é bom aqui é se banhar na egrégora espiritual que um verdadeiro Templo de um Centro Rosacruz tem. Auxilia na manutenção do equilíbrio espiritual do irmão ou da irmã que frequenta, renova o ânimo e a centralização na meta de servir amorosa e desinteressadamente a divina essência de cada irmão e irmã que se relacionará. Mas daí entender que alcançará a Cura Rosacruz está muito distante;
  5. “Pular” assinaturas semanais; não oficiar os Rituais solicitados; não colocar em prática os ensinamentos fornecidos em cada material enviado; não ajudar os irmãos e irmãs que estão à volta do Paciente, com a desculpa de que está “mais precisando do que eles” ou que “o doente aqui sou eu” ou, ainda, “não tenho tempo”. Enfim, não cumprir com a parte de “Paciente ativo, que coopera, que quer definitivamente ser curado, que faz a sua parte no processo”.
  6. Não enviar, no início do mês seguinte, o formulário com as assinaturas semanais ou, pior ainda, “esperar” juntar vários meses para enviar tudo de uma vez;
  7. “Enviar” digitalmente via e-mail seja o Formulário para Solicitação de Auxílio de Cura ou o formulário de assinaturas;
  8. “Achar que está curado” e parar de fazer a sua parte no processo de Cura Rosacruz. Exames médicos e o parecer do irmão ou irmã profissional de saúde (sim, o tratamento físico é indispensável para recomposição da parte química do seu Corpo Denso), como especialista médico do assunto, é que terá que apontar que “os sintomas desapareceram”, “o órgão está funcionando normalmente”, “a sua doença não existe mais”.

Caro irmão ou irmã se ainda tem alguma dúvida, por favor, é só nos dizer e escrever para o e-mail cura_rosacruz@fraternidaderosacruz.com que prontamente lhe responderemos.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Bênção da Imaginação

Você já leu ou estudou a Ode à Imortalidade de William Wordsworth[1]? É maravilhoso como experiência da alma. Esse poema foi escrito parcialmente em 1803 e concluído em 1806, há mais de dois séculos; mas, como todas as coisas que valem a pena é sempre novo e aplicável. Sobre os sentimentos que o levaram a escrevê-lo, o autor diz: “Nada foi mais difícil para mim na infância do que admitir a noção da morte como um estado aplicável ao meu próprio ser”.

… Uma criança

Que apenas respire forte,

Enchendo-se de vigor,

Que sabe ela sobre a morte?

“Mas não foi tanto de sentimentos de vivacidade animal que a minha dificuldade veio, mas de uma sensação de indomabilidade do espírito dentro de mim… Muitas vezes era incapaz de pensar nas coisas externas como tendo uma existência externa e comungava com tudo o que via como algo não separado, mas inerente à minha própria natureza imaterial” …

“Aquela vivacidade e esplendor de sonho que investem os objetos e as vistas na infância, cada um, creio eu, se olhar para trás poderá testemunhar”.

“Nos últimos anos deplorei como todos nós temos razão para fazer uma subjugação de caráter oposto e me regozijei com as lembranças expressas nestas linhas”:

IX

(…) Mas, pelas questões obstinadas

De senso e coisas externadas

Distantes de nós, sublimadas;

Vagos temores da Criatura

Nos seguintes versos o autor dá suas ideias sobre a infância, a respeito dessa natureza agindo sobre ele.

I

Houve um tempo em que a relva, a fonte, o rio, a mata

E o horizonte se vestiam

De uma luz grata,

— Visto que assim me pareciam —,

E da opulência que nos sonhos é inata.

Hoje está sendo tal como foi outrora; —

Seja o que for, eu,

Na luz ou breu,

Eu não verei jamais o que se foi embora.

II

O arco-íris vai, vem,

E a rosa nos faz bem;

Alegre, a lua nota

Que o céu está completamente nu; à luz

De estrelas, a água brota

E é belo o que ela reproduz;

A aurora é sempre um nascimento;

E contudo, eu sei muito bem

Que a glória passou por nós em algum momento.

IV

(…), Mas uma, uma Árvore existe,

Uma Planície que em minh’alma inda persiste,

Lembrando o que se foi e hoje e me deixa triste:

E o Amor-Perfeito

Diz: Que foi feito

Do vislumbre visionário?

Dos sonhos? Do esplendor vário??

Acima estão os fatos que perturbam o poeta e as questões que as contemplações desses fatos geram. Com a verdadeira intuição de poeta, ele passa a explicar o assunto (versos 59 a 72):

V

Nosso nascer não passa de sono e de oblívio:

A Alma que nasce com nós, nosso Astro Vital,

Vive longe de onde vive o

Trajeto de seu fanal;

Não no esquecimento inteiro

Nem na nudez por inteiro,

Mas, arrastando nuvens de glória, viemos

De Deus — nele vivemos —:

É o Céu que a nós circunda e a nossa meninice!

As sombras da prisão começam a cobrir

O Menino que cresce;

Mas ele vê a luz, sabe aonde ela vai ir

E sabe que ela o acresce;

A Juventude, em sacerdócio à Natureza,

Viaja ao Leste numa empresa

Guiada pela

Visão mais bela;

E ao largo o Homem vê que sua vida acaba

E que na luz do hábito ela enfim desaba.

VI

A Terra enche o colo com prazeres seus;

A Terra possui ânsias que ela mesma mantém,

E, possuindo um algo maternal também,

E honesta em seu intuito,

A Terra, ama-de-leite, empenha-se

P’ra que o filho adotivo, a Humanidade, abstenha-se

De todos seus apogeus

E do que nele for trajetória e for muito.

VIII

Você, cujo semblante exterior desmente

Teu valor inerente;

Você, grande Filósofo, que mantém ainda

A herança; você, que é a Visão entre a cegueira,

Que, surdo e mudo, lê a profundeza infinda

Sempre assombrada pela mente altaneira, —

Ó Vidente! Ó Profeta!

Que a verdade afeta

E a quem nós procuramos de qualquer maneira,

Por toda a vida, presos no escuro da cova;

Você, sobre quem flui a Fonte da Existência

Que escraviza ao mesmo tempo que renova,

Algo impossível de se ignorar a presença;

A quem a cova

É cama solitária sem sentido ou luz

Do que lá fora luz,

Um lugar onde se descansa e onde se pensa;

Você, Criança, ainda ilustre na amplitude

Da aérea liberdade de tua atitude,

P’ra quê, com dores tão solenes, provocar

Os anos a te darem o que eles vão te dar,

Assim tão cega e santa imersa na batalha?

Não tarda e teu espírito cai no retardo

De uma rotina que imporá a ti um fardo

Que pese e quase como a vida se equivalha!

Não é de se admirar que Cristo disse: “a menos que se tornem como uma criança, de maneira nenhuma entrareis no Reino dos Céus”. Na verdade, as criancinhas ao nosso redor, que recentemente deixaram o Mundo Celeste, ainda têm esse estado agarrado a elas; elas estão real e verdadeiramente parcialmente no Céu. Para elas, toda a natureza externa parece fazer parte do seu próprio ser; não há uma compreensão nelas deste mundo e do que tudo isso significa. Sua gloriosa imaginação torna real tudo o que elas veem a seu respeito, da maneira que desejam.

Aqui em Mount Ecclesia esses fatos são apresentados a nós todos os dias por nosso pequeno e maravilhoso mascote, Herman Miller. “Poderoso Profeta! Vidente abençoado!” se aplica a ele em todos os detalhes; há para ele uma luz no mundo que não brilha para nenhum de nós e ele é uma fonte constante de admiração para todos aqui. De acordo com nosso conhecimento do fato de que o seu Corpo Vital ainda não foi formado e não será concluído até o sétimo ano de vida, não nos esforçamos para lhe ensinar coisa alguma, mas ele se interessa por muitas coisas curiosas, que lhe dão experiência e ensino; isso é mais do que poderia ser transmitido pelo esforço de enchê-lo com algo que já preparamos e que estamos fadados a enfiar em sua garganta, seja ele capaz de engolir ou não.

Esse método de enfiar informação nas crianças para torná-las precoces infelizmente resulta, muitas vezes, em atrofiamento para o resto da vida. Durante aqueles primeiros sete anos, a contraparte do Corpo Vital, que está, então, em processo de gestação (a saber, o Espírito de Vida), atua através da criança como uma imaginação poderosa e ensina pela intuição o que ela deve saber, de um modo muito mais eficiente do que nosso melhor currículo poderia ser.

Herman tem uma pequena carroça de quatro rodas com pedais que ele empurra e por vários meses ele a chamou de seu Ford; mas em agosto passado, quando uma família veio de North Yakima para Mount Ecclesia, Herman começou a ter novas ideias, observando o automóvel Overland do Sr. Swigart e andando nele, além de ter observado como se lubrificava e cuidava daquele automóvel. A primeira coisa que notou foi que era preciso encher os pneus. Imediatamente ele pegou de um dos jardineiros uma velha bomba que tinha sido usada para borrifar água nas flores do jardim. Seu “Ford” havia adquirido pneus imediatamente e agora era necessário enchê-los com frequência para que o “Ford” andasse melhor.

Ele tem a qualidade de “tempo musical” com perfeição e pode imitar quase qualquer som mecânico, entre outros o barulho de um motor à gasolina e é um verdadeiro prazer ouvi-lo ligar o motor. Primeiro, os ruídos espasmódicos e separados que imitam as primeiras explosões; depois, o estágio laborioso e lento da explosão; finalmente, conforme o motor ganha velocidade, as explosões tornam-se mais regulares, frequentes e menos trabalhosas; ele faz tudo com perfeição, de modo que quase se acreditaria que ele deu partida em um motor de verdade.

O automóvel Overland do Sr. Swigart tinha um arranque automático e luzes elétricas. Imediatamente Herman foi até Roy, nosso impressor e eletricista, e lhe pediu uma velha bateria elétrica. Isso ele instalou em seu “Ford”; além disso, ganhou uma lâmpada velha e queimada para fazer a luz elétrica, mais um fusível que seria a chave. Em seguida, seu “Ford” foi equipado com as melhorias mais recentes. Mas, aconteceu que o Sr. Swigart queimou o interruptor em uma viagem e imediatamente o “Ford” de Herman desenvolveu os mesmos sintomas. Ele começou a queimar o interruptor de sua partida elétrica regularmente; ele sempre foi, no entanto, capaz de consertar e fazer funcionar. Para todos os efeitos, no que lhe diz respeito, aquela pequena carroça é um carro moderno e de primeira classe, equipado com todas as melhorias modernas, no qual ele anda todos os dias. De manhã, ele sai apressado e pega seu “Ford” na garagem; então ele caminha para o refeitório; ali ele para e toma seu café da manhã; em seguida, ele dá uma volta pelo terreno e, às vezes, o usa como um caminhão para recolher pedras para a Sra. Heindel, que ele então deposita em pilhas na esquina das estradas. Ao meio-dia ou à noite ele é sempre visto no refeitório com seu “Ford”, que fica do lado de fora, esperando por ele até que ele termine sua refeição.

Há apenas um problema em seu “Ford”; apenas um detalhe em que é inferior: não sobe colinas ou ladeiras. Outro dia ele conheceu o homem da garagem, que vinha levar alguns passageiros para o depósito. Esse homem estava intensamente interessado em sua ideia mecânica e deu-lhe um livro com fotos, mostrando as várias partes do motor. Ficamos muito surpresos outro dia, quando Herman apareceu e nos disse que agora ele conhecia tudo sobre motores; sabia como iniciá-los e gerenciá-los. Ele então nos mostrou na foto o que era a embreagem, o freio, o botão de arranque e o botão magneto. Em seguida, foi questionado sobre como ligaria a máquina; imediatamente disse que pressionaria o botão do magneto (ele sabia a diferença entre este botão e o da lâmpada), o botão de arranque, tiraria o pé do freio e soltaria a embreagem. Ele havia estudado todo o problema sozinho e certamente ficamos mais do que surpresos, pois ele estava certo em todos os detalhes.

Bem, é uma velha história a de que toda mãe pense que seu ganso seja um cisne. Nós, em Mount Ecclesia, certamente desejamos algo de Herman, quando ele crescer, e acreditamos que, ao deixá-lo passear pelos primeiros anos da sua vida sem treinamento sistemático algum, ao mesmo tempo respondendo a todas as suas muitas perguntas como responderíamos a uma pessoa adulta, tratando seus problemas com a mesma consideração séria que daríamos a um adulto, ele aprenderá a recorrer a essa maravilhosa fonte de imaginação e intuição, a contraparte do Corpo Vital, o Espírito de Vida, a imaginação e intuição agora cultivadas não o deixarão nos anos posteriores, mas o capacitarão a visualizar as coisas que ainda estão nos Mundo espirituais e trazê-las para o reino material, como fazem todos os inventores.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro de 1916 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: William Wordsworth (1770 – 1850) foi um dos maiores poetas e escritores do Romantismo inglês. Os trechos abaixo é do poema Ode: Intimations of Immortality. Uma das obras-primas de Wordsworth, a ode canta a compreensão comovente do narrador maduro de que a relação especial da infância com a natureza e a experiência se perdeu para sempre, embora a memória inconsciente desse estado de ser permanece uma fonte de sabedoria no mundo. O poema de 11 estrofes foi escrito no estilo da ode Pindárica irregular.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Lavabo de Bronze do Tabernáculo no Deserto

O Lavabo de Bronze, no Tabernáculo no Deserto, era um grande lavatório redondo, mantido sempre cheio de água. É dito na Bíblia que estava sobre as costas de doze grandes bois, também feitos de bronze e que as partes posteriores desses 12 grandes bois estavam voltadas para o centro do lavatório. Entretanto, na Memória da Natureza parece que esses animais não eram grandes bois, mas representações simbólicas dos doze Signos do Zodíaco. Naquele tempo, a humanidade estava dividida em doze grupos, um grupo para cada Signo zodiacal. Cada animal simbólico atraia um raio particular e, tal como a água benta usada atualmente nas igrejas católicas é magnetizada pelo padre, durante a missa, assim também a água desse Lavabo era magnetizada pelas Hierarquias divinas que guiavam a humanidade.

“Faça uma bacia de bronze, com a base de bronze, para as abluções. Coloque-a entre a tenda da reunião e o altar; depois a encha de água. Nela, Aarão e os filhos dele lavarão as mãos e os pés. Eles se lavarão com água, quando entrarem na tenda da reunião, para que não morram; farão o mesmo quando se aproximarem do altar para oficiar, para queimar uma oferta a Javé.” (Ex 30:18-20).

Não pode haver dúvida quanto ao poder da água benta preparada por alguém que tenha um caráter muito forte e magnético. Ela adquire ou absorve os eflúvios do Corpo Vital de quem a preparou, e as pessoas que a usam se tornam receptivas às suas sugestões em um grau proporcional à sensibilidade delas. Consequentemente, o Lavabo de Bronze, nos antigos Templos de Mistérios Atlante, onde a água era magnetizada pelas Hierarquias divinas de poder imensurável, era um fator poderoso para guiar o povo de acordo com os desejos desses poderes instituídos.

Por isso, os sacerdotes estavam perfeitamente sujeitos aos mandatos e ordens de seus líderes espirituais invisíveis, e por meio deles, o povo foi guiado cegamente. Era exigido dos sacerdotes que lavassem as mãos e os pés antes de adentrar no Tabernáculo. Se essa ordem não fosse obedecida, a morte aconteceria imediatamente, assim que o sacerdote entrasse no Tabernáculo. Portanto, podemos dizer que, como a palavra-chave do Altar de Bronze era “justificação”, então a ideia central do Lavabo de Bronze era “consagração”.

Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos[1]. Temos o exemplo do jovem rico[2] que perguntou a Cristo o que ele deveria fazer para ser perfeito. Ele afirmou que havia cumprido a lei, mas quando Cristo lhe ordenou: “Segue-me”, ele não pôde, pois possuía muitas riquezas que o prendiam tão firme como uma prensa. Como a grande maioria, ele ficaria feliz se pudesse somente escapar à condenação e, como muitos, ele não estava muito interessado em se esforçar para alcançar a merecida recompensa pelo serviço. O Lavabo de Bronze é o símbolo da santificação e consagração a uma vida de serviço. Assim como Cristo iniciou Seus três anos de ministério por meio das águas batismais, assim também, o Aspirante ao serviço no antigo Templo devia se santificar na corrente sagrada que fluía do Mar Fundido. E o Maçom místico que se esforça para construir um templo “sem ruído de martelo” e nele servir deve, também, se consagrar e se santificar. Ele deve estar disposto a desistir de todos as posses terrenas para poder seguir o Cristo Interno. Embora ele possa preservar seus bens materiais como um depósito sagrado e usá-los como um administrador sábio usaria as posses de seu patrão. E devemos estar realmente prontos para obedecer ao Cristo Interno quando Ele disser: “Siga-Me”, ainda que a sombra da cruz apareça sombria no final, pois, para os propósitos superiores, sem esse total desapego da vida para a Luz não pode haver progresso. Do mesmo modo, como o Espírito desceu sobre Jesus quando ele emergiu da água batismal da consagração, também o Maçom místico, que se banha no lavabo do Mar Fundido, começa a ouvir vagamente a voz do Mestre dentro do seu próprio coração, lhe ensinando os segredos do Ofício para que ele possa usá-los em benefício dos outros.


[1] N.T.: Mt 22:14

[2] N.T.: Aí alguém se aproximou dele e disse: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?”. Respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? O Bom é um só. Mas se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos”. Ele perguntou-lhe: “Quais?”. Jesus respondeu: “Estes: Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho; honrarás pai e mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Disse-lhe então o moço: “Tudo isso tenho guardado. Que me falta ainda?”. Jesus lhe respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me”. O moço, ouvindo essas palavras, saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens. (Mt 19:16-30; Lc 18:18-30)

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quais foram os presentes dos Reis Magos?

Resposta: A Bíblia nos diz que eram ouro, mirra e incenso. O ouro sempre foi considerado o símbolo do Espírito nas antigas lendas e na simbologia. Na história do Anel dos Niebelungos, dramatizada por Wagner, nós observamos como as donzelas do Reno brincavam com o elemento aquoso no fundo do rio Reno. A água era iluminada pela chama do ouro. Essa lenda nos reporta ao tempo em que esses filhos da névoa viviam nas maravilhosas condições da primitiva Atlântida, onde formavam uma vasta fraternidade, inocentes e infantis, e o Espírito Universal ainda não havia interpenetrado nos corpos separados.

O ouro que jazia sobre a rocha, no fundo da água, era o símbolo do Espírito Universal iluminando toda a Humanidade. Mais tarde, ele é roubado e fundido num anel por Alberico, o Niebelungo, que renega o amor para possuir esse ouro. Então, se torna o símbolo do Ego separado na presente Era sem amor e de egoísmo. O ser humano que se tornou sábio e percebe os males do egoísmo oferece ouro ao Cristo, como um símbolo de seu desejo de retornar ao Espírito Universal do Amor.

O segundo presente, a mirra, é uma planta aromática muito rara e escassa que cresce na Arábia. É o símbolo da Alma. Dizem as lendas dos santos que ao se santificarem eles exalavam um aroma. Isso é considerada uma fábula piedosa, mas é um fato real que um indivíduo pode se tornar tão santo que passe a exalar um aroma delicioso.

O terceiro presente, o incenso, é um símbolo do Corpo Denso, que foi eterizado por uma vida santa, pois o incenso é um vapor físico. O ministro do interior da Sérvia, um dos conspiradores que planejou o regicídio nesse país há menos de uma década, escreveu suas memórias. Parecia, segundo ele, que quando queimavam incenso no momento em que convidavam as pessoas para se juntar em sua conspiração, invariavelmente conseguiam convencê-los. Ele não sabia o porquê, simplesmente mencionou isso como uma curiosa coincidência. Mas, para o ocultista o assunto está claro.

Nenhum espírito pode trabalhar num determinado Mundo sem um veículo feito do material desse Mundo. Para funcionar no Mundo Físico, para ir e vir, necessitamos ter um Corpo Denso e um Corpo Vital; ambos feitos dos vários graus de matéria física – sólidos, líquidos, gás e Éter. Podemos obter tais veículos pelo método comum, passando pelo útero até o nascimento, ou podemos extrair o Éter do Corpo Vital de um médium e usá-lo temporariamente para se materializar, ou ainda usar a fumaça do incenso.

Assim, constatamos que os presentes dos Reis Magos são o Espírito, a Alma e o Corpo, dedicados ao serviço da Humanidade. Dar-se é imitar Cristo, e seguir Seus passos.

(Pergunta nº 95 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Jesus não comia peixe? Por que então os Rosacruzes são vegetarianos?

Resposta: Após a Ressurreição, Cristo apareceu certa vez entre Seus Discípulos enquanto eles estavam em uma sala segura. Eles não O reconheceram de imediato e não acreditaram que o Seu corpo fosse um Corpo Denso. Mas, o veículo em que Ele apareceu foi o Corpo Vital de Jesus, e isso foi possível a Ele, como o é para qualquer outra pessoa capaz de funcionar nesse veículo, atrair matéria da Região Química existente ao redor de Si e construir, por algum tempo, um Corpo Denso perfeitamente tangível. Para convencê-los de que Ele era o mesmo de antes, pediu algo para comer e recebeu um pedaço de um favo de mel e alguns peixes. Afirma-se que ele comeu, mas não comeu peixe, pois, alguém que tivesse sido criado entre vegetarianos rigorosos, como os Essênios, não teria comido o peixe, da mesma forma não teria comido carne, se tivesse sido colocada diante dele.

Conta-se, também, um relato que Buda morreu após ter-se fartado de comer carne de javali, o que é altamente divertido para qualquer pessoa que tenha conhecimento do fato de que ele ensinou a seus discípulos uma vida simples e inofensiva – a sustentar o corpo com os alimentos mais puros e de melhor qualidade como aqueles que vieram diretamente do solo – e foi movido por uma enorme piedade diante da visão do sofrimento que envolvia tanto o ser humano como o animal. O Aspirante esotérico compreende que antigamente o javali era um símbolo do conhecimento esotérico. Uma pessoa pode transmitir seu conhecimento; pois, quanto mais damos, mais recebemos – mas, pelo menos a mesma quantidade de conhecimento sempre permanecerá. Essa verdade foi ensinada em um símbolo da Mitologia nórdica: no Valhalla, os guerreiros que haviam lutado o bom combate se sentavam ao redor de mesas banqueteando-se com a carne de um javali, que era constituída de maneira que, sempre que cortavam uma parte de sua carne, essa crescia outra vez, de modo que sempre havia o suficiente, não importando o quanto fosse cortada ou consumida. O Buda, durante a sua vida terrena, fartou-se desse conhecimento sagrado e, quando morreu, estava repleto dele.

No entanto, o investigador tem uma ideia errada. Os Rosacruzes não ensinam que todos devem ser vegetarianos imediatamente. Na verdade, eles ensinam que a alimentação vegetariana gera uma abundante energia, muito mais do que alimentos carnívoros. Essa energia não é apenas física, mas espiritual, de forma que, se o ser humano levar uma vida sedentária e tem uma predisposição voltada ao material, comprometido, talvez, em transações comerciais sórdidas ou em outras ocupações de esforço estritamente material, essa energia espiritual não encontra ventilação e será capaz de causar distúrbios sistêmicos. Somente aqueles que levam uma vida ativa ao ar livre, onde a abundante energia gerada pela alimentação vegetariana pode se exteriorizar, ou que transmutam essa energia em esforços espirituais, podem prosperar numa dieta vegetariana. Além disso, reconhecemos que a hereditariedade de muitas gerações tornou o ser humano parcialmente carnívoro, de modo que, para a maioria das pessoas, a mudança de uma dieta mista para uma dieta vegetariana deverá ser gradual. A dieta adequada para uma pessoa não é a mesma indicada para outra pessoa; vide o velho provérbio de que “o que é alimento para um pode ser veneno para outro”, e não podem ser estabelecidas regras rígidas, que se aplicarão igualmente a todas as pessoas. Portanto, tudo o que comemos, e tudo o mais que se relacione à nossa Personalidade deveria ser determinado por nós mesmos, individualmente.

A Bíblia diz verdadeiramente que não é o que entra pela boca que nos contamina. Se desejamos nos sustentar com alimentos repugnantes, é o intenso, urgente e anormal desejo que é o pecado, e não o alimento em si. Se uma pessoa está em um lugar onde não pode obter os alimentos puros que deseja e anseia, ela deve ingerir o alimento que pode ser obtido, mesmo que seja a carne, sem repugnância, com a mesma gratidão, com que ele fosse ingerir um alimento puro. Não será contaminado, devido à sua atitude mental.

(Pergunta nº 106 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Por que jornais como Wall Street Journal valoriza a Religião?

Em 3 de novembro de 1906, The Wall Street Journal publicou um editorial sobre esta questão: “Existe um declínio de fé?”. Ele mostra que o efeito da Religião é um fator de longo alcance na vida empresarial do mundo e levou a certos pensamentos que apresentaremos após o leitor ter lido o artigo que, abaixo, reimprimimos.

Existe um declínio de fé?

“Quem acredita em uma vida futura é um cidadão de dois mundos. Ele se move neste mundo, mas seus pensamentos e inspirações mais elevadas estão fixas no futuro. Para tal pessoa o que acontece aqui e agora não é sem importância, mas é infinitamente menos importante do que o que acontecerá no futuro. Ele considera sua vida aqui apenas uma preparação para a vida futura. Suas experiências aqui, sejam de alegria ou tristeza, são de valor para ele apenas porque o capacitam a atender melhor às demandas eternas da vida após a morte. Ele não é indiferente às recompensas que podem advir, neste mundo, para a indústria, o esforço e a oportunidade; mas, fracasso, doença, pobreza, abuso — o que isso significa para uma pessoa que acredita que vai desfrutar dos privilégios sublimes da eternidade? Ele mede tudo pelo infinito. Riqueza, luxo, poder, distinção — ele pode não desprezar isso, mas os considera apenas temporários — meros deleites que são dados como testes para o seu caráter.”

“A fé na vida eterna aplaina todas as desigualdades e injustiças da vida presente, sob o grande peso do infinito. Faz com que os pobres se sintam ricos e dá aos desafortunados uma sensação de herança do Todo-Poderoso. Isso faz com que os ricos tenham um senso de grande responsabilidade e tutela.”

“Mas não é necessário para esta discussão considerar se tal fé é razoável ou não. The Wall Street Journal não se preocupa com discussões teológicas. Não está a favor de, ou contra, credo algum, porém bastante interessado nos efeitos econômicos e políticos de qualquer mudança no pensamento, nos hábitos e na vida dos seres humanos. Se houve um declínio acentuado na fé religiosa, esse fato deve ter um significado profundo e de longo alcance, porque altera as condições básicas da civilização e torna-se um fator nos mercados. Ele muda os padrões e afeta os valores das coisas que são compradas e vendidas, dizendo respeito aos interesses imediatos daqueles que nunca tiveram tal fé, quase tanto quanto diz respeito à vida daqueles que tiveram fé e a perderam.”

“A questão, portanto, é de importância prática, imediata e tremenda para Wall Street, tanto quanto para qualquer outra parte do mundo. Houve um declínio na fé e na vida futura? Em caso afirmativo, em que medida isso é responsável pelos fenômenos especiais de nossos tempos? A busca ávida por riqueza repentina; o luxo e a ostentação desavergonhados; a extravagância grosseira e corruptora; “o mau uso de grandes fortunas”; a indiferença à lei; o crescimento da corrupção; os abusos do grande poder corporativo; a agitação social; a disseminação da demagogia; os avanços do socialismo; os apelos ao amargo ódio de classe… Para descobrir que conexão existe entre a decadência na fé religiosa e a agitação social do nosso tempo, devido, por um lado, ao uso opressor do poder financeiro e, por outro, à agitação das classes, pode ser proveitosa a investigação por uma comissão de especialistas do Governo, se for possível para ele entrar em tal empreendimento.”

“Quaisquer que sejam as crenças pessoais de um ser humano, ninguém prefere fazer negócios com uma pessoa que realmente não acredita em uma vida futura. Se houver menos pessoas com essa fé no mundo, isso fará uma grande diferença; e se a fé deve continuar a declinar, isso exigirá ajustes. Certamente existem, na superfície, muitos sinais desse declínio. Talvez, se for possível sondar profundamente o assunto, possamos descobrir que a fé ainda seja grande, mas não se expresse mais da maneira antiga. Mas, somos obrigados a aceitar as indicações superficiais. Essas incluem uma queda na frequência à igreja; o abandono do culto familiar; a entrega do domingo, cada vez mais, ao prazer e ao trabalho; a separação dos religiosos da educação secular sob as severas exigências do não-sectarismo; o crescimento de uma geração não instruída, ao contrário dos nossos pais, no estudo da Bíblia; a secularização de uma parte da própria igreja; e sua incapacidade de ganhar a confiança do povo trabalhador. Se esses são realmente sinais de decadência da fé religiosa, então, de fato, não há problema mais importante diante de nós do que descobrir algum substituto adequado para a fé ou tomar medidas imediatas para conter um declínio que contém em si as sementes de desastre nacional.”

Agora, à luz dos Ensinamentos Rosacruzes vamos tentar compreender os métodos ocultos que promovem a fé.

Sim, há uma razão oculta para o declínio da fé e é inútil falar sobre remédio antes que a causa seja encontrada, pois nenhuma medida aleatória levará a humanidade de volta e permanentemente ao caminho da retidão. Vamos primeiro considerar algumas das causas comumente dadas e depois entenderemos melhor aquela que é científica e oculta.

Frequentemente, ouvimos dizer com desprezo que a razão pela qual as igrejas permanecem vazias é que o padre, o pastor ou o ministro não tem uma mensagem nova, mas está continuamente revisando as velhas histórias da Bíblia. A censura perde força quando se pergunta: “Aprendemos a Bíblia de cor?”. Esperamos que uma criança repita a tabuada indefinidamente até que saiba e possa aplicá-la. É mais importante que conheçamos a Bíblia completamente do que a criança se lembre da tabuada; portanto, a repetição é necessária.

Os atenienses, na Colina de Marte, sempre procuravam alguma coisa nova que lhes desse o que discutir, mas algo mais é necessário para o crescimento da alma. São Paulo especificamente nos informa que embora possamos conhecer todos os mistérios e todo o conhecimento, se não tivermos amor, isso vale nada para nós.

A reprovação dos bancos vazios repousa particularmente sobre as igrejas católicas e as protestantes de todas as denominações e pode não ser impróprio, portanto, fazer uma comparação entre o seu método e o método da igreja Cristã primitiva, lá no início do Cristianismo, como comunicado por Cristo Jesus. Se estamos ansiosos para aprender, devemos colocar o preconceito de lado e nos esforçar para ver os méritos e deméritos de cada um, de maneira imparcial.

Vamos, primeiro, olhar para a igreja católica ou protestante comum ou tradicional, em que o padre, pastor ou ministro se esforça para levar o Evangelho ao povo. Quase todos os bancos estão vazios e entre os presentes as mulheres superam os homens em seis para um ou mais. O padre, pastor ou ministro geralmente é sincero e se esforça para ser eloquente, quando se dirige à Deidade em oração. Mas ele ouviu a reprovação da repetição tantas vezes que teme que um serviço se assemelhe a outro, ainda que seja no mínimo grau. Uma nova oração, um novo sermão, uma nova canção do coro, tudo o mais novo possível para escapar daquela censura terrível. Ele quase se torna uma pilha de nervos por causa do pensamento assustador de que seu povo pode considerá-lo “velho”.

A seguir, vamos a uma igreja católica ou protestante “popular” para ver quais métodos ela usa. O padre, pastor ou ministro nessas igrejas é sempre “progressivo” e “atualizado”. Algumas vezes, há um salão, um ginásio ou alguma coisa que promova atividades físicas, de dança, de entretenimento anexado ao estabelecimento. Todas as noites da semana há uma reunião ligada a algum entretenimento. Há piqueniques, festas, bailes e jantares na igreja. Algumas vezes pode haver reuniões para homens e reuniões para mulheres, encontros de jovens e até para crianças geralmente são combinadas, de modo que o todo seja uma fantasmagoria deslumbrante, sem momento algum de tédio durante a semana — e no domingo, ah! esse é o verdadeiro mimo, a grande atração, então o padre, pastor ou ministro se diverte como só ele sabe. Ele é auxiliado por um coral alegre e feliz, às vezes acompanhado dos mais diversos instrumentos (de preferência os mais modernos), treinados por um regente ou um animador de festas. A música não é particularmente religiosa (muitas vezes “adaptadas” e com ritmos que “agitem”), pois toda boa música recém-vinda do mundo celestial fala ao ser espiritual e desperta as memórias do nosso lar eterno; mas é um prazer para o amante da música e atrai centenas.

Entre a abertura e o encerramento do programa musical vem o chamado “sermão”. Como exemplo relatamos um fato em que certa vez uma pessoa ficou horrorizada ao entrar em uma igreja e ver no púlpito esta inscrição: “Não prego o evangelho”. As outras palavras da frase, “Ai de mim, se”, estavam escondidas do outro lado do púlpito e o efeito deve ter sido surpreendente, para dizer o mínimo.

Mas é um lema que pode estar no púlpito de mais de uma Igreja “popular” ou “progressista”, pois embora o “sermão” possa começar com uma citação da Bíblia, geralmente essa é a única referência à palavra de Deus. O resto é uma excelente oratória sobre qualquer tópico relativo a uma questão local ou nacional que seja vívida; ou, se houver escassez de fontes sociais e políticas, há sempre os problemas de temperança e pureza. É verdade que estão velhos e gastos, “como os Evangelhos”, mas promovendo um show, enlouquecendo e estimulando a ações no mínimo de gosto duvidoso, ainda é possível apelar para o cansado gosto por sensacionalismo que é, em última instância, desenvolvido pela maioria dos seus ouvintes. Mas a essa altura, o padre, pastor ou ministro “progressista” recebe um chamado para construir outra igreja, em outro lugar.

Isso é universalmente admitido: sob o pastorado contínuo de uma pessoa, os frequentadores da igreja perdem o interesse. Não porque seus padres, pastores ou ministros não sejam sinceros e trabalhadores, a grande maioria é exemplar em todos os sentidos, mas de alguma forma eles não conseguem manter seu controle sobre o povo. Algumas denominações atribuem as igrejas sob sua jurisdição a seus padres, pastores ou ministros por determinado período e, ao final desse tempo, transferem-nos a outra seção para trabalhar lá por algum tempo.

Muito pode ser dito a favor e contra esses vários esquemas, mas isso está além da presente discussão. Apenas um remédio para a falta de interesse parece ter potência suficiente para encontrar a aprovação geral como produtor de entusiasmo pelo menos temporário: shows, o avivamentos.

Lá, as pessoas se aglomeram para ouvir um estranho, sempre de personalidade forte, dominante e agressiva, com uma voz que pode falar em oitavas, desde um baixo chamado de súplica, pegando o pecador esmagado, até o grito de clarim que soa como o estalar da desgraça para os recalcitrantes. Como o padre, pastor ou ministro “progressista”, ele é habilmente auxiliado por uma equipe treinada, coro e conjunto musical, todos arranjados para fazer um poderoso apelo às sensações, desejos e emoções. As pessoas são “convertidas” aos milhares e a Religião (?) ganha uma nova vida naquela comunidade.

Mas, infelizmente, apenas por um tempo. É um fato que não precisa mais do que uma simples declaração: depois de pouco tempo, apenas uma pequena e lastimável porcentagem dos convertidos permanecem e o pobre padre, pastor ou ministro deve continuar trabalhando para manter a aparência de Religião em uma comunidade cada vez mais negligente com os assuntos espirituais.

Esse estado de coisas tornou-se tão notório que relativamente e cada vez mais menos pessoas entram para seminários ou escolas de preparação para pastores e ministros. Há, portanto, um declínio de frequentadores na igreja e de padres, pastores ou ministros que, se continuar, pode ter apenas um fim: a extinção da igreja católica ou protestante “desse tipo”. Não olhe somente no seu país, mas observem outros países.

Quando investigamos os métodos da igreja católica tradicional – deixando de lado a questão dos dogmas e outras particularidades que são corretas para o Cristianismo popular e que trabalham muito mais pelo coração do que pela Mente –, para fins de comparação e para chegar à conclusão correta a respeito do seu poder de atração, devemos primeiro notar o contraste absoluto entre o serviço ali e aquele nas igrejas protestantes “populares”. Se ouvirmos por um momento o que é dito nas denominações protestantes “populares”, descobriremos que cada pastor ou ministro tem um tema diferente; mas podemos ir a qualquer igreja católica tradicional, em qualquer parte do mundo, e descobriremos que todos estão usando o mesmo ritual no altar, em determinado dia.

O que o padre pode dizer do púlpito é insignificante perto de todo esse fato importante, pois as palavras são vibrações e elas são criativas, como demonstrado quando areia e esporos formam figuras geométricas em resposta à voz de um cantor. A missa cantada em inúmeras igrejas católicas tradicionais espalhadas pelo mundo reverbera com poder cumulativo por todo o universo como um poderoso hino, afetando todos os que estão em sintonia com ela, aumentando seu fervor religioso e lealdade à sua igreja de maneira inacessível aos isolados e casuais esforços de indivíduos, por mais sinceros que sejam.

O ritual tem um poder cumulativo. Há um efeito oculto do esforço concentrado e obtido pelo uso de leituras idênticas em todas as igrejas católicas no mundo, de modo que o efeito cumulativo pode ser sentido por cada católico que está sintonizado com elas. Esse efeito seria muito mais forte, se o serviço fosse realmente oculto e cantado com certa intensidade, como é na missa.

Assim, para resumir esta fase do assunto, as tentativas individuais e persistentemente contínuas de pregadores protestantes “populares” para guiar seu povo mediante sermões novos e originais são um fracasso, enquanto esforços centrados em rituais uniformes, repetidos ano após ano, conforme apresentado, por exemplo, pela igreja católica tradicional, mantêm um mínimo do Cristianismo Popular, a terceira das quatro Dispensações.

Para compreender esse mistério e aplicar o remédio com inteligência, é necessário compreender a constituição de uma pessoa, tanto durante os anos de crescimento como na idade adulta.

Além do corpo visível da pessoa, que vemos com nossos olhos físicos, existem outros veículos, mais refinados, que não são vistos pela grande maioria da humanidade; no entanto, eles não são apêndices supérfluos do corpo físico, mas, na verdade, muito mais importantes pelo fato de serem as fontes de toda ação. Sem esses veículos mais refinados, o corpo físico – o Corpo Denso – seria inerte, sem sentido e morto.

O primeiro desses veículos chamamos de Corpo Vital, porque é a avenida da vitalidade que fermenta a massa inerte do corpo mortal nos anos de vida e nos dá força para nos mover.

O segundo é o Corpo de Desejos, a base das nossas emoções e sentimentos, o corpo que estimula o corpo visível a agir. Esses três veículos, juntamente com a Mente, constituem a Personalidade, que é então percebida pelo espírito.

Cada um dos Corpos que nomeamos tem sua própria natureza essencial e podemos dizer que a palavra-chave do Corpo Denso é “Inércia”, pois ele nunca se move, a menos que seja impelido por esses corpos invisíveis e mais sutis. A palavra-chave do Corpo Vital é “Repetição”. Isso é facilmente compreendido, quando consideramos que, embora ele tenha o poder de mover o corpo, é apenas por impulsos repetidos e do mesmo tipo que aprendemos a coordenar os movimentos do corpo conforme nós, o Ego – o Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado –, desejamos. Se formos a um instrumento musical como um órgão pela primeira vez e nos esforçarmos para tocar, não seremos imediatamente capazes de mover os dedos da maneira desejada para produzir os tons adequados; executar até os mais simples movimentos coordenados dos dedos, necessários para fazer a harmonia apropriada, requer nossos esforços repetidos. Por causa dessa necessidade de repetição, é uma máxima oculta que todo desenvolvimento oculto começa com o treinamento do Corpo Vital.

O Corpo de Desejos, que sentimos como nossa natureza emocional, por outro lado, está sempre buscando algo novo. Esse desejo de mudança de condição, mudança de cenário, mudança de humor, o amor pela emoção e sensação ocorre devido às atividades do Corpo de Desejos, que se assemelha ao mar durante uma tempestade, cheio de ondas, sacudindo-se para cá e para lá, ao acaso e sem desígnio, onde cada onda é poderosa e destrutiva, porque é desenfreada e sem fidelidade ao poder dirigente e central.

A Mente, na verdade, é o foco através do qual o Ego se esforça para subjugar a Personalidade e guiá-la de acordo com a habilidade adquirida durante seu período evolutivo. Mas, atualmente, apenas uma quantidade muito pequena de pessoas pode fazer isso; a maioria é, portanto, guiada principalmente por seus sentimentos, desejos e emoções, sem muita receptividade à razão ou ao pensamento racional.

Reconhecendo o grande e maravilhoso poder das emoções, dos desejos e sentimentos e sua receptividade ao “ritmo”, que pode ser aceito como sua palavra-chave, a teologia progressiva, também chamada de “moderna”, se dirigiu ao Corpo de Desejos, e concentrou seus esforços em apelos a esse veículo. É essa parte da nossa natureza que gosta das diversões do sensacional pastor, ministro ou padre do “teatro de variedades”. É esse veículo que balança e geme sob o discurso rítmico do revivalista, ele próprio vibrante de emoção. Subindo e descendo na medida bem calculada da voz do falante, a unidade de tom é logo estabelecida, um estado de hipnose real em que a vítima não pode evitar de se converter, “se arrependendo do caminho do pecado que, até então, trilhou,” do mesmo jeito que a água não pode evitar correr morro abaixo. Eles percebem de forma poderosa, mas breve, a enormidade dos seus pecados e estão igualmente ansiosos para começar uma vida melhor; contudo, infelizmente a próxima onda de atração em sua natureza emocional lava tudo o que o pregador disse, todas as suas resoluções, e eles ficam exatamente onde estavam antes, para grande desgosto e tristeza desse mesmo pregador, seja pastor, padre ou ministro.

Assim, todos os esforços para elevar a humanidade pelo trabalho sobre o instável Corpo de Desejos são, e sempre devem se mostrar, fúteis. Isso, as Escolas de Mistérios, como o é a Fraternidade Rosacruz, de todas as épocas reconheceram e, portanto, dedicaram-se à mudança no Corpo Vital, trabalhando em sua natureza, que é a repetição. Para esse propósito, todas as verdadeiras Escolas de Mistérios escreveram vários rituais adequados à humanidade em diferentes estágios do desenvolvimento dela e, dessa forma, promoveram o crescimento da alma de modo lento, mas seguro, independentemente do ser humano estar ciente de que estivesse sendo estimulado internamente dessa maneira. Por exemplo, o Antigo Templo de Mistérios dos Atlantes, que chamamos de Tabernáculo no Deserto – e que tanto estudamos na Fraternidade Rosacruz –, tinha certos ritos que foram prescritos no monte, pela Hierarquia Divina ou Criadora que era o mestre deles naquele momento. Certos ritos eram realizados durante os dias da semana; outros eram, especificamente, usados no Sabbath e, afinal, mais alguns eram praticados nos festivais nos dias da Lua Nova e no grande festival solar. Não era permitido a pessoa alguma, incluindo o Sumo Sacerdote, alterar esse ritual, que poderia resultar ao transgressor dores, sofrimentos e até pena de morte.

Também entre outros povos antigos encontramos evidências de um ritual — os hindus, os caldeus e os egípcios o usavam em seus serviços religiosos; entre os últimos temos, por exemplo, o chamado Livro dos Mortos como uma evidência do valor oculto e do escopo de tais serviços ritualísticos. Mesmo entre os gregos, embora fossem notoriamente individualistas e ansiosos por dar expressão à sua própria concepção, encontramos o ritual nos mistérios. Mais tarde, durante a chamada Era Cristã, temos o mesmo ritual de inspiração ocultista na igreja católica como meio de promover o crescimento anímico por meio do trabalho no Corpo Vital.

Tudo isso não quer dizer que não houve abusos dentro desses vários sistemas de Religião, nem que os Sacerdotes sempre foram homens Santos e que suas mãos estiveram limpas e imaculadas, quando ministravam o Sacrifício ou o ritual. É fato que os abusos, às vezes, se tornavam tão grandes que fossem necessárias reorganizações. O movimento protestante foi inaugurado por Martinho Lutero para fugir dos abusos que surgiram dentro da igreja católica. Mas, todos esses sistemas tinham em si o cerne da verdade e do poder no fato de trabalharem para o desenvolvimento do Corpo Vital e, portanto, por mais corruptos que fossem os Sacerdotes, o ritual sempre reteve seu grande poder. Consequentemente, quando os “reformadores” abandonaram o ritual, eles estavam exatamente na mesma posição que os atenienses da Colina de Marte, sendo forçados a buscar continuamente algo novo. Em cada denominação há um desejo pela verdade; cada uma das seitas hoje luta para resolver o problema da vida à sua própria maneira, no entanto, cada uma toca uma nova nota de maneira aleatória e, portanto, todas estão falhando, enquanto, por exemplo, a igreja católica, com todos os seus abusos, ainda exerce uma influência maravilhosa sobre seus adeptos, por causa do poder do ritual.

É de conhecimento oculto que o nascimento é um evento quádruplo e que o nascimento do Corpo Denso é apenas uma etapa desse processo. O Corpo Vital também passa por um desenvolvimento análogo ao crescimento intrauterino do Corpo Denso; ele nasce por volta do sétimo ano de vida. Durante os próximos sete anos, o Corpo de Desejos amadurece e nasce por volta do décimo quarto ano, quando chega a adolescência. A Mente nasce por volta dos vinte e um, quando começa a idade da responsabilidade do homem e da mulher. Esses fatos ocultos são bem conhecidos, de uma forma ou de outra, pela igreja católica.

Enquanto os padres, pastores ou ministros dessas igrejas “progressivas”, “modernas” ou “atualizadas” trabalham sobre a natureza emocional, que está sempre em busca de algo novo e sensacional, sem perceber a futilidade da luta e o fato de que esse veículo é o mais desenfreado, o que leva as pessoas dessas igrejas a buscar algo novo e sensacional, a igreja católica, de alguma forma ocultamente informada, concentra seus esforços nas crianças. “Dê-nos a criança até o sétimo ano e ela será nossa para sempre”, dizem eles, e estão certos, focando na catequese.

Durante esses sete anos importantes, eles impregnam os flexíveis Corpos Vitais pela repetição. As muitas orações repetidas, os rituais, o tempo e a melodia dos vários cantos, tudo isso têm efeito poderoso no Corpo Vital que está em crescimento. Tampouco importa que o ritual esteja em língua desconhecida, pois para o Ego essa mensagem vibratória é um cântico de cor divina, inteligível a todos os espíritos. Nem importa que a criança repita isso como um papagaio, sem entender, desde que repita o que lhe é dado. Quanto mais, melhor, pois essas vibrações ocultas são, assim, incorporadas ao seu Corpo Vital, antes de ele se estabelecer, e aí permanecerão por toda a vida. Cada vez que uma missa é entoada pelos servos da igreja, em qualquer parte do mundo, o poder vibratório e cumulativo do seu esforço agita aqueles que têm as linhas de força afins em seus Corpos Vitais de tal maneira que são atraídos para a igreja com uma força, geralmente, irresistível. Isso segue o mesmo princípio de que, quando um diapasão é tocado, outros de afinação idêntica começam a cantar.

Alguns católicos se voltaram contra a igreja católica, mas subconscientemente e no íntimo permaneceram católicos até o dia da morte, pois o Corpo Vital é extremamente difícil de mudar e as linhas de força embutidas nele, durante seu período de gestação, são praticamente mais fortes do que a vontade de qualquer indivíduo.

Segue-se, portanto, que se mudássemos a tendência do mundo, de buscar o prazer e a gratificação dos sentidos, excluindo a Religião, faríamos bem em começar com as crianças pequenas. Se as reunirmos no altar, ensinarmos a amar a casa de Deus, agregarmos certas orações universais e partes do ritual na formação de seus Corpos Vitais, cultivando em todos o ideal de reverência por um lugar sagrado, então, aos poucos construiremos em torno da estrutura de pedra física um templo invisível de Luz e Vida; (isso tem significado literal, porque tais templos são visíveis à visão espiritual), como descreve Manson, no livro “The Servant in The House” de Charles Rann Kennedy, nas seguintes palavras:

“Temo que você não considere isso uma preocupação totalmente substancial. Tem que ser visto de certa maneira sob certas condições. Algumas pessoas nunca veem isso… Você deve entender que esta não seja uma pilha de pedras e madeira morta ou sem sentido. É uma coisa viva. Ao entrar, você ouve um som, o som de um poderoso poema entoado. Ouça por bastante tempo e você aprenderá que é feito de batidas de corações humanos. Da música sem nome das almas dos seres humanos; isto é, se você tiver ouvidos. Se você tiver olhos, verá a própria igreja, um mistério iminente de formas e sombras que saltam do chão à cúpula. O trabalho de um construtor incomum”.

“Seus pilares sobem como troncos musculosos de heróis e a doce carne humana de homens e mulheres é moldada em torno de seus baluartes, forte, inexpugnável. Os rostos das crianças riem de cada pedra angular; seus admiráveis vãos e arcos são as mãos unidas de companheiros; nas alturas e nos espaços estão inscritas as inúmeras reflexões de todos os sonhadores do mundo. Ainda está sendo construído, sendo construído… Às vezes, a obra avança em trevas profundas; às vezes, em luz ofuscante. Agora sob o peso de uma angústia indescritível; aqui, ao som de grandes risos e gritos heroicos como o brado de um trovão. Às vezes, durante a noite pode-se ouvir as pequenas marteladas dos companheiros trabalhando na cúpula, os companheiros que subiram”.

Quando tivermos construído tal igreja, descobriremos que qualquer um que entre estará mais do que ansioso para permanecer “em sintonia com o infinito”.

Lembremos que como Estudantes Rosacruzes é sumamente importante termos um coração nobre, pois se formos só pelo conhecimento intelectual, estaremos deixando de praticar uma das máximas que São Paulo nos ensina na Bíblia, qual seja: o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica (e o amor só se sente com um coração nobre, e jamais com um coração duro). Normalmente quem caminha só pelo intelecto deprecia a Religião Cristã (aqui hoje entendida como Cristianismo Popular, já que com seu coração duro nem consegue conceber o que seria, de fato, o Cristianismo Esotérico), porque acham que falta a ela uma concepção intelectual do Universo.

Afinal: “ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver Amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine” e este amor deve ser utilizado no serviço e no auxílio aos nossos semelhantes.

Por fim, como lemos, relemos e estudamos no livro de Max Heindel Carta aos Estudantes: “Espero que todos os Estudantes Rosacruzes compreendam que vivemos numa terra Cristã e, assim, somos Cristãos de coração. Todos somos Cristos em formação. A natureza do amor está desabrochando em todos nós, portanto, por que não nos identificarmos com uma ou outra das igrejas cristãs que acalentam o ideal de Cristo? Alguns dos melhores Estudantes Rosacruzes da Fraternidade Rosacruzes são membros ativos de igrejas Cristãs. Muitos estão famintos pelo alimento que temos para lhes dar. Não podemos compartilhar desse alimento com eles mantendo-nos afastados. Prejudicamo-nos pela negligência em não aproveitar a grande oportunidade de ajudar na elevação da igreja cristã.

Naturalmente, não há coação nisto. Não pedimos que se unam ou cuidem da igreja, mas se formos até ela com espírito de ajuda, afirmo-lhes que experimentarão um maravilhoso crescimento de alma em um curto espaço de tempo. Os Anjos do Destino, que dão a cada nação e povo a Religião mais apropriada às suas necessidades, nos colocaram em uma terra Cristã, porque a Religião Cristã favorece um amplo crescimento anímico. Mesmo admitindo que a igreja tenha sido obscurecida pelo credo a pelo dogma, não devemos permitir que isto nos impeça de aceitar os ensinamentos que são bons, porque isso seria tão infrutífero como centralizar a nossa atenção sobre as manchas do Sol recusando ver a sua luz gloriosa. Medite sobre este assunto, querido amigo e amiga, a tomemos por lema deste mês; Maior Utilidade, para que possamos crescer, empenhando-nos sempre no aperfeiçoamento das oportunidades surgidas.”

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1916 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Consciente ou inconscientemente estamos construindo um novo Corpo: para que, para quando e por quê?

A parte do Corpo Vital formada pelos dois Éteres superiores, o Éter Luminoso e o Éter Refletor, é a que podemos chamar de Corpo-Alma; quer dizer, ela é a que está mais intimamente ligada ao Corpo de Desejos e a Mente e, também, a mais receptiva ao toque do Espírito do que se acha a parte formada pelos dois Éteres inferiores.

O Corpo-Alma é o veículo do intelecto, e responsável por tudo que faz do indivíduo, um ser humano.

Nossas observações, nossas aspirações, nosso caráter, etc., são devidos ao trabalho do Espírito nesses dois Éteres superiores, que se tornam mais ou menos luminosos de acordo com a natureza de nosso caráter e hábitos.

Outrossim, do mesmo modo que o Corpo Denso assimila partículas de alimento e assim adquire carne, os dois Éteres superiores assimilam nosso bem agir durante a vida e assim também crescem em volume.

De acordo com nossos feitos nessa vida atual, aumentamos ou diminuímos desse modo à bagagem que trouxemos ao nascer.

Se nascermos com um bom caráter, expresso nesses dois Éteres superiores, não nos será fácil mudá-lo porque o Corpo Vital tornou-se muito, muito firme durante as miríades de anos em que o desenvolvemos.

Por outro lado, se fomos frouxos, negligentes e indulgentes em relação aos hábitos que consideramos maus, se formamos um mau caráter em vidas anteriores, aí vai ser difícil superá-los porque isso estabeleceu a natureza do Corpo Vital, e anos de constante esforço serão precisos para mudar sua estrutura.

É por isso que os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental afirmam que todo desenvolvimento místico tem início no Corpo Vital.

Cada vez que prestamos serviço a alguém nós aumentamos o brilho de nosso Corpo-Alma.

É o Éter de Cristo que atualmente movimenta o nosso globo, e é bom lembrar que se desejamos um dia trabalhar pela Sua libertação, precisamos que um número suficiente desenvolva seus Corpos-Alma ao ponto em que eles possam fazer a Terra flutuar. Então, poderemos carregar Seu fardo e libertá-Lo da dor da existência física.

A Parábola do Banquete Nupcial é muito bem aplicada nesse contexto:

O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrou as núpcias do seu filho. Enviou seus servos para chamar os convidados para as núpcias, mas estes não quiseram vir. Tornou a enviar outros servos, recomendando: ‘Dizei aos convidados: eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados já foram degolados e tudo está pronto. Vinde às núpcias’. Eles, porém, sem darem a menor atenção, foram-se, um para o seu campo, outro para o seu negócio, e os restantes, agarrando os servos, os maltrataram e os mataram. Diante disso, o rei ficou com muita raiva e, mandando as suas tropas, destruiu aqueles homicidas e incendiou a cidade. Em seguida, disse aos servos: ‘As núpcias estão prontas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas e convidai para as núpcias todos os que encontrardes’. E esses servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, de modo que a sala nupcial ficou cheia de convivas. Quando o rei entrou para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial?’ Ele, porém, ficou calado. Então disse o rei aos que serviam: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes’. Com efeito, muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mt 22:2-14 Lc 14:20-24)

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O Credo Cristão está baseado na autoridade divina?

Resposta: Há três formas do Credo Cristão. Uma delas é conhecida como o Credo dos Apóstolos, embora não tenha sido composto pelos Apóstolos, mas se supõe que incorporam suas crenças. Outro Credo foi formulado e adotado no Concílio de Nicéia e é chamado de Credo Niceno. O Credo Atanasiano era ainda o mais recente. Eles não tinham mais autoridade divina do que qualquer outra contenda dos seres humanos a respeito da Bíblia.

No entanto, a própria Bíblia oferece um credo, na passagem em que afirma que “Pois não há, debaixo do céu, outro nome, exceto o de Cristo Jesus, dado aos homens pelo qual devamos ser salvos[1]. E isso está em harmonia com o ensinamento oculto, pois Jeová foi o autor de todas as antigas Religiões de Raça, em que o temor de Deus se opunha aos desejos da carne e uma lei foi imposta ao ser humano para refrear essa tentação. As Religiões de Raça agem educacionalmente de acordo com a natureza do desejo pelos meios mencionados, mas serão suplantadas, no devido tempo, pela Religião de Cristo. Essa Religião de fraternidade e amor eliminará o medo gerado pela lei de Jeová. Ela se esforçará para eliminar as nações com suas leis, lutas e contendas, trabalhando sobre o Corpo Vital de forma que a humanidade possa ser inteiramente movida pelo amor e não pela lei. Contudo, isso não é o definitivo. Quando o Reino for totalmente estabelecido, Ele deve entregá-lo ao Pai. A Religião do Pai será algo ainda mais elevado do que a Religião do Filho.

(Pergunta nº 111 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: At 4:2

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