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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cristo: Sua Trajetória e Sua Missão para nos salvar

Há milhões de anos atrás, um grandioso Ser solar que havia cumprido as Leis da sua esfera de ação com a máxima perfeição, tornou-se o Iniciado mais elevado da Onda de Vida dos Arcanjos. Esse Ser, chamado o Cristo Cósmico, funciona, normalmente, num veículo feito de substância do Mundo do Espírito de Vida, Mundo esse onde cessa toda a separatividade. Seu trabalho também se harmoniza e se relaciona com outros dois Grandes Elevados Iniciados de outras Ondas de Vida que também colabora com Deus na evolução criadora do Sistema Solar no Mundo de Deus.

No início da nossa jornada no Período de Saturno (o primeiro Período de um total de sete, que compõe o nosso atual Esquema da Evolução) foi fornecido o Átomo-semente do Corpo Denso, a nós, os Espíritos Virginais da Onda de Vida humana. Nessa jornada ou Esquema de Evolução, depois desse Período, passamos pelos Períodos Solar e Lunar e chegando ao início do Período Terrestre (o quarto Período). Lembramos, aqui, que cada Período é composto de 7 Globos e de 7 Revoluções em torno desses Globos de densidades diferentes. Nesse momento, nosso Campo de Evolução ainda estava no Sol. Com o tempo, verificou-se que o desenvolvimento desses Espíritos Virginais da Onda de Vida humana não acompanhava, com a mesma rapidez, os demais, atrasando a evolução do conjunto todo. Assim, os Planetas: Urano, Saturno, Júpiter, Terra, Marte, Vênus e Mercúrio foram expelidos do Sol, um a um, de forma a servirem de campo de atividades e evolução dos Espíritos Virginais em seus diferentes estados de desenvolvimento; cada um a distância exata necessária e com o tamanho e composições ideais para ser o melhor Campo de Evolução para cada grupo de Espíritos Virginais. Assim é que se formou o nosso Planeta, a Terra, separada do Sol, Campo de Evolução da nossa Onda de Vida humana.

A um certo tempo de evolução, já aqui no Planeta Terra, passamos a ser guiados e orientados pela terceira manifestação da Divindade ou o terceiro aspecto de Deus, nosso criador – o Espírito Santo, Jeová, o Iniciado mais avançado da Onda de Vida Angélica. É dele a autoria de todas as Religiões de Raça que serviu (e ainda serve, em algumas circunstâncias específicas) para nos conduzir a humanidade do Período Terrestre. Esse auxílio, prestado a toda humanidade nesta fase de desenvolvimento, teve a participação ativa de hostes de Arcanjos (como Espíritos de Raça) e Anjos (como Mensageiros e Anjos da Guarda) e foi prestado a partir de fora da Terra. Ou seja, foi necessário que as orientações para as nossas atividades na Região Química do Mundo Físico nessa época fossem dirigidas através de fontes exteriores.

Quando chegamos à metade quarta Revolução desse Período Terrestre, houve a necessidade de haver mais segmentações no nosso Campo de Evolução, a fim de facilitar a aprendizagem das lições que estavam reservadas para nós. Essas segmentações são chamadas de Épocas. Durante a Época Lemúrica e Atlante (a terceira e quarta das 7 Épocas, respectivamente) foi acrescentado um novo veículo em nossa evolução: a Mente. Também, foi na Época Atlante que surgiram, para nós, os seres atrasados da Onda de Vida dos Anjos, chamados Espíritos Lucíferos (ou Anjos Lucíferos ou, ainda, Anjos caídos). Eram atrasados porque não conseguiam evoluir no Esquema de Evolução dos Anjos sem a necessidade de um cérebro – tal como os Anjos que nunca precisaram de um – mas também não conseguiam construir um, já que, originalmente, os Anjos não necessitam. Naquela Época a nossa consciência ainda estava ligada aos planos superiores (ou seja: não estamos com a nossa consciência de vigília, focada na Região Química do Mundo Físico, como temos hoje). Os Espíritos Lucíferos sugeriram para nós que o cérebro era uma estrutura física, capaz de auxiliar-nos a entender como criar outros Corpos Densos, aqui nesse Mundo Físico, sem se sujeitar a direção de Jeová e dos Anjos (que era como era feito até então) e, assim, seríamos dono de nós mesmos e conheceríamos o bem e o mal.

Consequentemente, a grande maioria de nós (e não todos!) aceitou a sugestão e passou a viver dessa maneira: usando e abusando da força sexual criadora. Logo, derivando para ambições egoístas, aprendendo a mentir, a praticar a astúcia desenfreadamente, a desenvolver a vontade do “eu inferior”, a se revoltar contra os preceitos de Jeová. Sob a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito) tivemos castigos severos por desobediência a essa Lei. Fomos divididos em Raças e essas em nações. A fim de entender que o “caminho do transgressor é sofrido” e nos dar a oportunidade da escolha, sempre que preciso, uma Raça era utilizada para guerrear contra outra: uma que obedecia aos preceitos do seu Senhor (Jeová) contra outra que insistia em não obedecer. E o objetivo aqui era que cada um controlasse o seu Corpo de Desejos.

Como quando o Átomo-semente da Mente foi dado a nós, estávamos acostumados a caminhar somente pelo desejo inferior (satisfazendo-o a qualquer custo e preço), então associamos a Mente juvenil um instrumento da natureza de desejos. Conclusão: facilmente a Mente se tornou um meio de justificar e arquitetar pensamentos que evidenciasse o nosso “eu inferior” (a Personalidade) e deixou de servir o “Eu Superior” (a Individualidade). Renascimentos e renascimentos aqui praticando o abuso da força sexual criadora, por meio de ondas de paixões, desejos inferiores, sensualidades, astúcias e mentiras nos assolou e criamos dívidas e mais dívidas de Destino Maduro (aquele que só há uma maneira de pagar: expiando). Até que a cristalização do nosso Corpo Denso (e a incapacidade do nosso Corpo Vital em vivificá-lo) se tornou de tal grau que quase não era possível evoluir nele; assim como a própria Terra – o nosso Campo de Evolução – foi-se cristalizando em grande intensidade até que surgiu o perigo de que toda a nossa evolução humana poderia chegar a um grau tão alto de cristalização que poderia surgir à segunda Lua da Terra!

Para evitar esta calamidade foi necessário um novo nível de ajuda espiritual que viesse até nós. Cristo, o Espírito do Sol, era o único que poderia nos ajudar, porque ele trabalha e domina totalmente a substância do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo debaixo para cima onde cessa toda a separatividade, onde a fraternidade é um cotidiano, a partir do amor ágape – o amor verdadeiramente desinteressado e focado na divina essência do ser a que amamos. E isso foi feito por meio de um grande sacrifício cósmico. Ele, como qualquer outro Arcanjo, só conseguia construir, como veículo mais inferior, o Corpo de Desejos. Mas Ele precisava estar entre nós (viver o nosso dia a dia, para mostrar como a partir do nosso interior poderíamos sair dessa situação que nós mesmos nos colocamos), para sentir a dificuldade que estávamos sentindo e, assim, nos prescrever exatamente o que devíamos fazer para sair desse estágio perigoso. Assim, precisava se adaptar à existência material. Para isto teve que recorrer aos Corpos Vital e Denso de um ser humano. O mais indicado, pelo seu grau de evolução, foi o ser humano de Jesus. Ele cedeu, voluntariamente nesse renascimento, o seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital à Cristo.

O Corpo Denso e o Corpo Vital de Jesus foram aperfeiçoados e sutilizados em sua juventude e até aos 30 anos de idade pelos Essênios, de forma a sintonizarem-se com as vibrações elevadíssimas para que mais tarde esses veículos pudessem ser cedidos por Jesus, no Batismo, a Cristo, quando as ligações entre o Corpo de Desejos de Cristo e os Corpos Denso e Vital de Jesus foram feitas. Esse foi o Seu primeiro passo do sacrifício cósmico: entrar nesses veículos (Vital e Denso). A dualidade deste maravilhoso “Ser” conhecido por Cristo-Jesus tornou-se única entre todos os Seres dos sete Mundos que compõe o universo. Só Ele possui os doze veículos que unem diretamente o ser humano no Corpo Denso a Deus. Ninguém melhor do que Ele podia compreender, com maior compaixão, a nossa posição e as nossas necessidades e nos trazer alívio total.

Nos três anos de seu ministério, Cristo-Jesus ensinou a verdadeira Religião Cristã Esotérica: a unificação futura de todos nós. O amor impessoal, focado na divina essência de um ser, e a Fraternidade Universal são os dois grandes mandamentos de Amor que constituem o alicerce imediatamente necessário à nossa evolução espiritual.

A Crucificação ocorreu no momento em que Cristo-Jesus deu o passo final e se tornou o Espírito Planetário da Terra. O sangue que jorrou da coroa de espinhos e dos ferimentos do seu Corpo Denso penetrou no Planeta Terra libertando Cristo dos veículos de Jesus e tornando-O o Espírito Interno da Terra. Nesse instante a Terra foi permeada com o Seu Corpo de Desejos que lavou os pecados do mundo, não do indivíduo. Assim, purificou o Corpo de Desejos que estava contaminado da Terra – o Mundo do Desejo –, libertando-a das influências negativas, inferiores e cristalizantes que se haviam acumulado e sendo tão nefastas para a humanidade. A partir deste momento, todos nós, com vontade e esforço, temos condições de purificar os nossos veículos e acelerar o nosso desenvolvimento espiritual – se quisermos –, pois foi possível o acesso a esta substância espiritual pura.

Devido a este extraordinário sacrifício, Cristo agora vive parte do ano limitado e oprimido na nossa Terra, aguardando o Dia de Sua Libertação. Esse tempo é marcado pelo Equinócio de Setembro quando Cristo toca a atmosfera da Terra e termina no Equinócio de Março, que marca o fim do trabalho na Terra voltando ao seio do Pai, para preparar o seu retorno no próximo ano.

Cristo sente todo ódio, raiva, egoísmo, astúcia, discórdia e todos os outros desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que nós geramos todos os dias. Mas, Ele recebe também uma extraordinária ajuda dos Irmãos Maiores que trabalha, diariamente, para transmutar todo o mal em forma de pensamentos, sentimentos, palavras, atos, obras e ações em fatores positivos através de Sua força de vida. Mesmo sabendo que a maioria de nós não está ciente deste trabalho, nós como Estudantes Rosacruzes devemos procurar não expressar estes desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Se não o fizermos aliviaremos o sofrimento do nosso Salvador Cristo e apressaremos a Sua libertação.

A nossa dívida com o Cristo é imensa, e se quisermos começar a saldá-la, mesmo que muito modestamente, comecemos a praticar na nossa vida diária o serviço amoroso e desinteressado, servindo a divina essência do irmão e da irmã que vive ao nosso lado, no nosso cotidiano, seja quem for. Assim teceremos o Corpo-Alma, o veículo que encontraremos com Ele na Sua segunda vinda e nos possibilitará dar o próximo passo para frente e para cima nesse Esquema de Evolução. A decisão é nossa!

“Que as rosas floresçam em vossa cruz”

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hierarquias Zodiacais – Leão: A Força Vital do Universo

Todo ser vivo é uma demonstração da força mágica da vida. Quando o ser humano adquirir a compreensão da verdade e o conhecimento de como controlar esta força da vida e quando aprender a trabalhar conscientemente em harmonia com ela, ele se tornará um verdadeiro criador e controlará o processo da vida em seu próprio corpo.

O ensinamento esotérico anseia por sabedoria profunda e, à medida que o ser humano evolui ele se torna cada vez mais ciente de que conhecimento é força. A apresentação pública de trabalhos profundos, intelectuais e filosóficos de um tipo capaz de treinar um intelecto já bastante desenvolvido não precisa, necessariamente, trazer maldade ou injúrias a ninguém. A filosofia que pode ganhar a fidelidade de uma Mente elevada, precisa, também, combinar princípios de utilidade cósmica com a força racional do intelecto.

Uma filosofia, não importa o quanto possa ser intelectual, que seja dedicada ao Espírito de Serviço, pode ser pregada sem hesitação, pois não atrai o egoísta ou o ignorante que a repelirá como sendo monótona, árida e desinteressante. Estudo e trabalho deste tipo tornarão o ser humano livre e abrirão uma avenida de expressão (Câncer) para a força universal da vida (Áries), a força da criação (Touro) e para a vontade (Gêmeos) de Deus, o Ser Supremo.

O Controle das Energias Naturais

O treinamento esotérico traz o controle sobre as energias naturais. O conhecimento adquirido no Caminho da Iniciação cresce e, gradualmente, se dispersa até que a limitação e a cristalização autocriada sejam reconhecidas e transformadas em realização pelo Ego aspirante. O homem ou a mulher que possuam esta compreensão de vida podem dirigir as forças naturais para fins valiosos. Tais conhecimentos são úteis para o intelecto altamente desenvolvido e aumentam muito a força de servir a raça.

Se tais conhecimentos forem colocados nas mãos de gigantes intelectuais egoístas, eles se tornarão uma ameaça para a sociedade. Na Atlântida, o conhecimento da verdade esotérica foi dado a todos aqueles intelectualmente qualificados. Com o intelecto desenvolvido além da capacidade da alma, o resultado foi que os seres humanos se tornaram gigantes em conhecimento, mas também no mal. Seguiu-se a destruição de Atlântida. Enquanto a civilização de Atlântida alcançava um novo ápice no desenvolvimento das faculdades latentes, a negação obstinada dos princípios cósmicos levava à desintegração de um continente inteiro. É interessante notar que os selvagens de hoje não são nossos tipos ancestrais; são descendentes degenerados de grandes civilizações do passado (tanto da Lemúria quanto da Atlântida).

Assim, qualquer pessoa que divulgue o conhecimento ocultista precisa discriminar cuidadosamente e, se necessário, negar certas instruções àqueles que, moral e espiritualmente, ainda não estão prontos para recebê-las. Palavras revestidas pela língua do Espírito e alusões dadas para desenvolvimentos futuros permanecerão, para sempre, como uma porta escura àqueles que transformam o conhecimento em força para satisfação própria.

O ocultista, simbolicamente, é encontrado nos Signos masculinos, especialmente no primeiro dos Signos do fogo, Áries, a grande Hierarquia Criadora que se manifesta como a Força Vital do Universo. Dentro do Coração do ser humano e do centro da luz do universo existe uma força ainda mais potente que une o Coração e a Mente na elevada e iluminada força de Leão. Essa Hierarquia Criadora deu ao ser humano o impulso embrionário da forma física, o Corpo Denso.

O verdadeiro ocultista é aquele que dominou intelectualmente as teorias fundamentais da constituição do ser humano e do universo e desenvolveu, dentro dele, as forças de vida latente em todos. Uma vez que essas forças estejam universalmente reconhecidas, as bases da vida se alargam para além da concepção e os princípios físicos gerais da vida cotidiana se tornam ínfimos na imensidão do todo.

Todo aspecto da criação considerado em relação a essas Forças Criadoras, as Hierarquias Zodiacais, pode ser desenvolvido por qualquer pessoa que treine e discipline as faculdades do Espírito. A força da alma é continuamente gerada na vida de Deus e do ser humano e quando o fogo da vida (Áries) se combina com sua parceira feminina (Touro), o ser humano aprende a andar ereto, dedicado a seu posto superior, como um criador autoconsciente.

Não é o ser humano “Deus em formação”? É verdade quando se diz: “O que deve ser, será”, e a utilização da força do princípio vital na vida – Leão, a força vital do Universo – caracterizará o fluxo cada vez maior da força criadora do Espírito desperto.

Leão é o princípio criador na manifestação. Essa Hierarquia Criadora pode ser comparada a um grande Coração palpitante que se movimenta como um canal ardente de amor e criação. Em todas as ações Leão apresenta uma força e um poder semelhantes à dignidade e à capacidade de um rei. Leão é o governante de tudo, pois domina os mais exaltados, uma vez que esses se curvam diante de seu trono.

O Espírito imortal do ser humano desce sobre a matéria e passa da fonte de sua identidade, completamente consciente de Deus, às esferas sucessivas de densidade cada vez maior. A entrada para o ciclo do renascimento é feita por meio do seio de Câncer, a Mãe Cósmica, onde a semente da vida é alimentada e semeada para ser levada, mais tarde, em manifestações através da ajuda dos Senhores da Chama – a Hierarquia Criadora de Leão.

O reino de Leão é o mundo – não o mundo confinado à compreensão física limitada do ser humano, mas o mundo da vida, dentro e ao redor de nosso completo Esquema de Evolução. Leão dá sua maior dádiva para o ser humano usar e abusar: a dádiva da criação pelo Coração. Porém, poucos reconhecem a força, em potencial, contida no Coração de cada pessoa. Daí poucos a usarem e poucos a conhecerem. Contudo, dentro do Coração do ser humano está a chama imortal da vida espiritual que foi dada, pela primeira vez, à humanidade há muitas eras, quando a Hierarquia Criadora de Leão deu ao ser humano o Átomo-semente do Corpo Denso.

Em sucessivos Períodos de evolução o ser humano desenvolveu esse pequeno Átomo-semente em um veículo que está mais perto da perfeição do que todos os outros, do qual deveríamos, agora, fazer pleno uso. O Corpo Denso humano é o mais evoluído de todos os nossos veículos e contém os meios mais completos de individualização.

Como todo Ego se prepara para o renascimento através de Câncer, ele é primeiramente batizado com a força total de sua ação passada (ou destino), quando é reunida ao Átomo-semente permanente, seguro e preservado por Leão. É possível demonstrar o processo no qual esse pequeno Átomo-semente, um registro permanente de todo pensamento e toda ação na vida, é protegido dentro da estrutura interna do Coração humano.

Aqueles que podem usar essa grande força criadora podem dar vida e inspiração às Mentes insensíveis e áridas. Leão dá o poder para governar e a força para a vida. Leão é a chama vital que condensa a essência da alma, as experiências purificadas do ser humano, em ouro espiritual, no caminho da vida.

Leão rege o Coração no ser humano e no universo. O Coração de Leão pulsa para toda a natureza, pois ele está em todos e todos estão nele. Leão queimará e destruirá os infiéis, pois ele dá, para sempre, ao ser humano, o que o ser humano criou. A justiça desse Signo é rápida. Justiça e honestidade rigorosas, não vingança, são os prazeres de Leão. Leão é aquele princípio criador de esplendor no ser humano que se une com a força do Ser, em todas as suas particularidades. Todo aspecto da vida – todo pensamento, todo desejo, toda emoção, todo sentimento, toda palavra, ação, reação e todo ato – está registrado no Átomo-semente colocado no ventrículo esquerdo do Coração.

O diagrama que se segue é um esboço dos quatro compartimentos do Coração, uma designação das várias funções de cada um e a indicação do fluxo de sangue através dele todo. Reconhecemos a sabedoria de Deus na manifestação quando aprendemos como o objetivo da existência – experiência – está estampado no Átomo-semente, de maneira que o Espírito individual possa receber toda a atenção e oportunidades para progredir.

Há uma única parte do corpo humano que pertence ao ser humano: o sangue. Em outras partes do corpo, outros Seres (Hierarquias Criadoras) atuam, como o faz Leão no Coração. O ser humano se tornará senhor dessas outras partes em um futuro distante. O Ego controla o Corpo Denso por meio do sangue; esse é seu único meio individual de expressão. O Ego regula o sangue, e o sangue está marcado com impressões definidas de acordo com emanações particulares trazidas ao ser humano através dos pulmões (Gêmeos) e do ar que respiramos (Mercúrio).

A – Veia cava superior

B – Veia cava inferior

C – Artérias Pulmonares para os Pulmões

D – Ápice

E – Átomo-semente

F – Válvula Mitral

G – 4 Veias Pulmonares dos Pulmões

H – Aorta (para o corpo inteiro)

Compreendendo isto podemos nos deter no diagrama e descobrir que o Coração está dividido em 4 compartimentos: 2 aurículas e 2 ventrículos. O lado esquerdo fornece o sangue arterial purificado (regido por Júpiter) e o lado direito governa o sangue venal impuro (regido por Vênus).

O sangue impuro vai do corpo para a aurícula direita (A.D.) da parte superior do corpo acima do diafragma, através da veia cava superior e da parte inferior do corpo, abaixo do diafragma, para a aurícula direita através da veia cava inferior. O sangue é bombeado da aurícula direita para o ventrículo direito (V. D.), e do ventrículo direito o sangue vai para os pulmões (Gêmeos) via artérias pulmonares, para oxigenação. Aqui o ar respirado (regido por Mercúrio e Gêmeos) carregado de sutis emanações espirituais daquele momento, traz mais e mais experiências para o ser humano e essas impressões são levadas pelo sangue diretamente para o Coração. A medida que o ar respirado é levado aos pulmões, os princípios criadores dessas Hierarquias Zodiacais são misturados e usados de acordo com a habilidade do Espírito para responder às forças existentes.

Dos pulmões, o sangue purificado entra na aurícula esquerda (A.E.), por meio das 4 veias pulmonares e, então, através da válvula mitral, vai para o ventrículo esquerdo (V. E.) onde as impressões de todos os pensamentos e ações estão registradas no Átomo-semente como uma tinta indelével. Do ventrículo esquerdo, o sangue purificado é bombeado através da aorta para todo o corpo. A vida do corpo depende da função contínua do princípio vital no Coração (Leão). O Átomo-semente permanente, originalmente dado ao ser humano quando ele começou sua descida para a matéria, está localizado no ventrículo esquerdo do Coração. Esse permanente Átomo-semente é como um monumento para o progresso do Espírito. É importante notar-se que não existe um caminho, uma avenida exterior de entrada para o ventrículo esquerdo e para o Átomo-semente. Esta essência concentrada do Espírito está totalmente protegida no ápice do ventrículo esquerdo e nenhuma perturbação poderá penetrar neste compartimento isolado. A organização da natureza e a sabedoria de Deus protegem completamente este registro sagrado da viagem do Espírito, através da eternidade.

Portanto, sem dúvida, Leão é o indicador do destino; esse Signo e essa Casa no horóscopo representam condições acumuladas originadas do passado. Estas condições, indelevelmente estampadas no Átomo-semente, formam a força da vida ou, se não forem reconhecidas e compreendidas, a barreira para o progresso. Leão junta tudo que foi experiência no passado e com esta base estrutural de poder espiritual ornece ao Ego, em cada volta da roda do renascimento, uma força e consciência cada vez maior, autoconsciência de seu próprio sentido integral de unidade com o Criador.

A Armadura de Leão

Ouro puro é a armadura de Leão. A radiação fundida do Sol encobre este Signo como um manto, apresentando sempre os símbolos todo-poderosos de sua majestade. Leão ou o Sol dá liberdade à todas as coisas em crescimento. Nascimento e morte têm valores iguais.

Vida é a recompensa em ambos os casos:  uma física e a outra espiritual.

Leão nos diz que sua luz e sua força foram sacrificadas no altar do eu pessoal e exige que nos elevemos à altura de nossa glória plena e nos unamos ao fogo da vida. Somente quando Leão dá é que sua força cura, cria e faz todas as coisas novas; quando o poder é forçado, torna os seres humanos loucos. A vontade de criar precisa vir do Coração, assim como a força para reinar e para viver, que não podem ser tiradas só do corpo. Se o ser humano pudesse, simplesmente, escutar e entender a honra e a retidão das súplicas de Leão, não haveria destruição nem sacrifícios; mas a vida por uma vida é a lei da terra (Jeová) e uma contrabalança a outra. Estar ligado ao passado significa pagar pelo passado, portanto, compreenda e deixe que o futuro amor da humanidade seguirá os princípios do Coração.

Leão é o símbolo do fogo puro e radiante que brilha no Coração de todos os seres humanos bons e puros. Este é o caminho que glorifica Deus através da honra, justiça e integridade para todos. Todo aspecto da divindade tece a veste dourada do amor e da devoção; todo ponto bordado no Dourado Manto Nupcial (o Corpo-Alma) aumenta o fortalecimento do Espírito e o poder de Deus no Universo.

(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em junho de 1982)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Influência de Seres mais que Interplanetários

No princípio desse Grande Dia de Manifestação, Deus nos diferenciou dentro de si mesmo e nos deu o nome de Espíritos Virginais. Por isso que se diz que: “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser

Como lemos em no Livro do Gênesis: 1:26: “Os Elohim disseram: ‘Façamos o homem à nossa imagem e segundo nossa semelhança’”.

Com isso, todas as qualidades de Deus estão contidas em cada um de nós, ainda que latentes. Além delas também há um atributo importante de Deus contido em cada um de nós: o germe da vontade que torna possível originarmos novas causas, exercitando nosso poder criador. Assim, durante a Evolução essas qualidades latentes vão se transformando em poderes dinâmicos, enquanto a vontade independente produz a chamada Epigênese, a qual dá a Evolução algo mais que o simples desdobramento ou desenvolvimento de qualidades latentes.

Deus, nosso criador, é Uno. É assim que ele se apresenta no Seu Mundo, o Mundo de Deus. Quando deseja se manifestar torna-se Trino, torna-se Tríplice: Vontade, Sabedoria e Atividade.

Como nós fomos criados à Sua imagem e semelhança, também, quando não manifestado, somos uno: um Espírito Virginal. É assim que nos apresentamos no nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais, no nosso Plano Cósmico, o primeiro Mundo logo abaixo do Mundo de Deus (veja detalhes nos diagramas 6 e 14 do Livro Conceito Rosacruz do Cosmos).

Quando nos manifestamos, tornamo-nos Tríplice:

.. Espírito Divino, imagem e semelhança da VontadeDeus Pai.

.. Espírito de Vida, imagem e semelhança da SabedoriaDeus Filho.

.. Espírito Humano, imagem e semelhança da Atividade – Deus Espírito Santo.

Deus se manifesta na criação. Criando os Mundos e tudo que neles há. Diferenciando dentro de Si tudo que hoje existe. Mundos esses que são campos de oportunidade de evolução para as infinitas formas de vida. Ele é o Macro e o Microcosmo.

Nós, criados a Sua imagem e semelhança, mas como Deuses em formação, nos manifestamos na peregrinação pelos diversos Mundos que ele criou.

Como diz São Paulo em sua Epístola aos Romanos 8:16-17: “… somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros: herdeiros de Deus”. Somos o microcosmos.

Diz uma lenda que quando Deus criou os Mundos, disse aos Espíritos Virginais: “Meus filhos, eis a nossa morada. Percorra-a e conheça tudo que nela há. Pois, Eu a fiz para vocês”. E nós, filhos obedientes e cheios de gratidão, iniciamos a nossa peregrinação.

Lógico que em nosso Mundo (Mundo dos Espíritos Virginais) estávamos mais bem acomodados. Tínhamos a consciência divina. Mas não a consciência do “eu”, de indivíduos separados. Éramos omniscientes como Deus, mas não conscientes de nós mesmos.

Deus tem essa consciência individual. A consciência de diferenciar Ele de outro Deus de outro Sistema Solar. E aqui encontramos o objetivo dessa peregrinação pelos Mundos que Deus nos criou: tornarmo-nos conscientes de nós mesmos, como indivíduos separados. Convertendo-nos, Espíritos Virginais, em seres humanos e depois em Deuses.

Afinal, como disse S. Paulo: “Não sabeis que sois Deus em formação?

Contudo, em que consiste essa peregrinação?

Simplesmente, na nossa passagem pelos cinco Mundos mais densos situados logo abaixo do nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais.

E quais são eles?

¨      Mundo do Espírito Divino

¨      Mundo do Espírito de Vida

¨      Mundo do Pensamento

¨      Mundo do Desejo

¨      Mundo Físico

A passagem por esses Mundos tem como objetivos:

1-conhecermos como eles funcionam,

2-conhecermos para que servem,

3-conhecermos quais são as leis que os regem

E, principalmente, para mostrarmos ao nosso Deus, nosso criador, a gratidão que o temos por nos dar essa oportunidade de evolução.

Ora, para podermos passar por cada um desses Mundos existe uma Lei Cósmica que diz: “Nenhum ser, por mais elevado que seja, pode funcionar em qualquer Mundo sem um veículo construído com material desse Mundo”. Um exemplo claro está aqui quando da necessidade da cessão dos Corpos Vital e Denso de Jesus para que Cristo pudesse aparecer entre nós.

Assim, tínhamos que ter um veículo construído com material de cada um desses Mundos.

Então, vejamos:

¨ Para o Mundo do Espírito Divino, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito Divino

¨ Para o Mundo do Espírito de Vida, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito de Vida

¨ Para a Região Abstrata do Mundo do Pensamento, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito Humano

Todavia, e para a Região Concreta do Mundo do Pensamento, para o Mundo do Desejo e o Mundo Físico?

Não tínhamos veículos próprios. Além disso, não sabíamos como construí-los. Tudo bem, tínhamos veículos para o Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida e a Região Abstrata do Mundo do Pensamento, mas não sabíamos como trabalhar lá. E o que dizer do Mundo do Desejo e do Mundo Físico que nem veículos tínhamos?

Aqui entra a regra de ouro que permeia toda a evolução em todo o Universo: “O Serviço amoroso e desinteressado para com os outros”.

Em outras palavras: desde o início de tudo fomos ajudados, de um modo que sem essa ajuda não teríamos condições sequer de começar. Desde aqui começa a nossa ingratidão. Pois se estivéssemos conscientes da imensa importância dessa ajuda, o serviço amoroso e desinteressado seria praticado em nossas vidas como um hábito qualquer, sem a necessidade do mais mínimo esforço, mas… um dia aprenderemos.

Afinal, quem nos ajudou?

Como sempre acontece nessas horas, em qualquer Esquema de Evolução, seres mais superiores na escala evolutiva que nós.

Na terminologia Rosacruz esses seres são conhecidos como:

¨ Hierarquias Divinas ou Hierarquias Criadoras

¨ Ou Jerarquias Divinas ou Jerarquias Criadoras

.. Ou, ainda, Hierarquias Zodiacais ou Hierarquias Divinas

Primeiro, penetramos no Mundo do Espírito Divino. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito Divino. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.

Aí apareceu a primeira Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Chama. Assim chamados devido:

¨ à brilhante luminosidade dos seus corpos

¨ aos seus grandes poderes espirituais

Encontramos na Bíblia com o nome de Tronos na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.

Emitindo uma fortíssima luz dos seus corpos, projetavam suas imagens sobre a superfície desse nosso Planeta Terra. E através dessas projeções implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo Denso. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais dessa Região Química do Mundo Físico (sólidos, líquidos e gasosos) e, assim, construir um Corpo Denso (o nosso corpo físico).

Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo Denso a Hierarquia Criadora dos Senhores da Chama.

Mas, eles fizeram mais.  Foram eles que nos ajudaram:

¨ a penetrar no Mundo do Espírito Divino

¨ a despertar o nosso veículo Espírito Divino, para podermos funcionar nesse Mundo

Está aqui o porquê da relação entre o Espírito Divino e o Corpo Denso.

Depois, penetramos no Mundo do Espírito de Vida. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito de Vida. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.

Então apareceu a segunda Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Sabedoria.

Encontramos na Bíblia com o nome de Dominações na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.

Emitindo uma fortíssima sugestão dos seus corpos, projetavam suas imagens sobre a superfície desse nosso Planeta Terra. E através dessas projeções implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo Vital. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais dessa Região Etérica do Mundo Físico (Éter Químico, de Vida, Luminoso e Refletor) e, assim, construir um Corpo Vital.

Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo Vital a Hierarquia Criadora dos Senhores da Sabedoria.

Agora, nesse momento tínhamos, também, que ser ajudados para despertar o nosso veículo Espírito de Vida.

Para isso, recebemos ajuda de outra Hierarquia:  são conhecidos como Querubins, seres mais desenvolvidos que os Senhores da Sabedoria.

Foram eles que nos ajudaram a:

¨ a penetrar no Mundo do Espírito de Vida

¨ a despertar o nosso veículo Espírito de Vida, para podermos funcionar nesse Mundo

Está aqui o porquê da relação entre o Espírito de Vida e o Corpo Vital.

Está aqui, também, porque foram os Querubins que se prostraram na porta do Jardim do Éden quando fomos de lá expulsos.

Como lemos no Livro do Gênesis: 3:23-24:

O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado. E expulsou-o; e colocou ao oriente do Jardim do Éden Querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida

Em seguida, penetramos na Região Abstrata do Mundo do Pensamento. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito Humano. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.

Então apareceu outra Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Individualidade.

Encontramos na Bíblia com o nome de Virtudes na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.

Emitindo a substância formadora dos seus corpos, implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo de Desejos. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais do Mundo do Desejo (emoções, sentimentos, desejos) e, assim, construir um Corpo de Desejos.

Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo de Desejos a Hierarquia Criadora dos Senhores da Individualidade.

Agora, nesse momento, tínhamos, também que sermos ajudados para despertar o nosso veículo Espírito Humano.

Para isso, recebemos a ajuda de outra Hierarquia: são conhecidos como Serafins, seres mais desenvolvidos que os Senhores da Individualidade.

Foram eles que nos ajudaram a:

¨ a penetrar no Mundo do Pensamento, mais precisamente: na Região do Pensamento Abstrato

¨ a despertar o nosso veículo Espírito Humano, para podermos funcionar na Região Abstrata do Mundo do Pensamento

Está aqui o porquê da relação entre o Espírito Humano e o Corpo de Desejos.

Daqui por diante perdemos definitivamente a nossa omnisciência. Vimo-nos forçados a dirigir a nossa consciência para dentro, ali encontrando-nos separados e à parte de todos os outros.

E foi assim que nos vimos encerrados dentro de um tríplice véu.

O véu externo, o Espírito Humano, cerrou a consciência ao sentimento da unidade da Vida convertendo-nos em Ego, seres separados, prontos para sermos indivíduos.

Até esse ponto o que tínhamos para funcionar?

.. Um Corpo Denso

.. Um Corpo Vital

.. Um Corpo de Desejos

.. Um Espírito Divino

.. Um Espírito de Vida

.. Um Espírito Humano

Ainda tínhamos mais uma Região para penetrarmos: a Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Percebam que essa Região é que liga os Mundos inferiores:

.. Região Química do Mundo Físico

.. Região Etérica do Mundo Físico

.. Mundo do Desejo

Aos Mundos superiores:

.. Mundo do Espírito Divino

.. Mundo do Espírito de Vida

.. Mundo do Espírito Humano

Então apareceu outra Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Mente.

Encontramos na Bíblia com o nome de Poderes das Trevas na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.

Nesse nosso Período Terrestre, essa Hierarquia alcançou o estado de Criador, um Deus Criador.

Emitindo a substância formadora dos seus corpos, implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente da nossa Mente. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais da Região Concreta do Mundo do Pensamento (pensamentos-formas) e, assim, construir uma Mente.

Portanto, devemos a possibilidade de construir uma Mente à Hierarquia Criadora Senhores da Mente.

Com a Mente tornamo-nos capazes de focalizar e podemos focalizar nossos propósitos ou objetivos, enquanto Egos, em nossos veículos mais densos, pois precisávamos de algo que unisse o nosso Tríplice Espírito a esse Tríplice Corpo. Ela é o meio de união entre a Personalidade e a Individualidade, nós, o Ego.

E, assim, graças a um belo Serviço amoroso e desinteressado estamos aqui podendo evoluir, construir a nossa Tríplice Alma, fruto do nosso trabalho no nosso Tríplice Corpo.

Graças a esse serviço prestado é que temos o exemplo a seguir de: “o Serviço Amoroso e desinteressado para com os outros é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus”.

Ah! E que fim deram essas Hierarquias Criadoras?

.. Os Senhores da Chama, os Querubins e os Serafins elevaram-se da existência limitada à libertação

.. Os Senhores da Sabedoria, que nos ajudaram com o nosso Espírito de Vida, evoluíram e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito Divino

.. Os Senhores da Individualidade, que nos ajudaram com o nosso Espírito de Humano, evoluíram e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito de Vida

.. Outra Hierarquia apareceu, conhecida como Senhores da Forma, e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito Humano

.. Os Senhores da Mente continuam nos ajudando nesse veículo mais recente, a Mente

.. O nosso Corpo de Desejos, dado pelos Senhores da Individualidade, são objetos de ajuda da Hierarquia Criadora dos Arcanjos

.. E o nosso Corpo de Vital, dado pelos Senhores da Sabedoria, são objetos de ajuda da Hierarquia Criadora dos Anjos

Faltou um veículo. Qual? O Corpo Denso.

Pois é, qual a Hierarquia Criadora que está nos ajudando, nessa especialização de um corpo formado por sólidos, líquidos e gases?

A Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais, ou seja, nós mesmos!

E por quê?

Porque o mesmo serviço amoroso e desinteressado que todos esses Seres mais que Interplanetários prestaram a nós, também, estamos e sempre devemos prestar a todos os seres que necessitarem de Corpos Densos para evoluir.

Em particular, nesse momento do atual Esquema de Evolução, o Reino de vida mineral ou a Onda de Vida Mineral.

Ou seja, nessa Esquema de Evolução estamos nos desenvolvendo para sermos especialistas em construção e utilização de corpos formados de matéria da Região Química do Mundo Físico, de modo a poder ajudar Ondas de Vida que necessitam desse corpo para se manifestar nessa Região. Do mesmo modo que:

.. os Anjos são especialistas em corpos formados de matéria da Região Etérica do Mundo Físico

.. os Arcanjos são especialistas em corpos formados de matéria do Mundo do Desejo

.. os Senhores da Mente são especialistas em corpos formados de matéria da Região Concreta do Mundo do Pensamento

.. E assim por diante

Demonstremos a nossa gratidão a Deus e a todos esses Seres que nos ajudam nesse Esquema de Evolução, servindo ao irmão e à irmã no nosso entorno, sempre focando na sua divina essência e sempre da única maneira que é correta: amorosa e desinteressadamente, utilizando para isso todas as formas que temos: pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, palavras, atos, obras e ações.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O que são os conceitos de Polaridades, Vibrações e Oitavas aplicados durante a nossa Evolução aqui

Sabemos que há milhões de anos atrás, na Época Lemúrica desse Período Terrestre, metade da nossa força sexual criadora foi dirigida, pelos Anjos, para cima, para o lugar onde fica agora a nossa cabeça, para construirmos o nosso cérebro e a nossa laringe. Eles utilizaram a medula espinhal para transportar essa metade da força sexual criadora.

O objetivo disso foi transformar o nosso estado antigo de criadores divinos passivos, orientados em tudo por seres superiores, para criadores dinâmicos, conscientes e verdadeiros auxiliares de Deus no Seu atual Plano Divino. Portanto, através do uso do cérebro e da laringe podemos, agora, criar nesse Mundo Físico.

Assim, como o cérebro e a laringe foram criados a partir da metade da nossa força sexual, há uma forte relação deles com essa força sexual. Podemos perceber isso: no desenvolvimento pré-natal do feto, na mudança de voz que ocorre quando o menino alcança a puberdade e em alterações da capacidade mental consciente que se segue quando há abuso desenfreado da função geradora.

O ser humano é impelido a gerar filhos físicos pelo raio de amor de Vênus. Também, o ser humano é impelido a gerar filhos mentais e a expressá-los através da fala, pela laringe, pelo raio da razão de Mercúrio.

Portanto, Mercúrio e Vênus são criadores em suas funções: Vênus no plano físico e Mercúrio no plano mental. Ambos relacionados com os nossos Corpo Denso (ou físico) e Mente presentes.

Netuno é a oitava superior de Mercúrio. Porque é de sua mesma natureza. Só que Mercúrio é o portador da luz para o Sol físico, enquanto Netuno é o portador da luz para o Sol espiritual, chamado Vulcano entre os ocultistas, o qual é visível atrás do Sol visível. Por isso, poucos seres humanos atuais são capazes em absoluto de poder responder a ele.

Mercúrio é associado à razão e inteligência humana. Ele rege o sistema nervoso cérebro-espinhal – a bem da verdade, no cérebro, somente o hemisfério direito – meio de comunicação entre o espírito incorporado e a Região Química do Mundo Físico.

Netuno é associado à razão e inteligência sub e super-humana. Ele rege o canal espinhal ou medula espinhal, meio de comunicação entre o espírito e os mundos superiores.

Enquanto Mercúrio rege o hemisfério cerebral direito, Netuno rege sua oitava superior: a Glândula Pineal.

Enquanto Mercúrio rege o sistema nervoso cérebro-espinhal, Netuno rege sua oitava superior: a medula espinhal.

A intelectualidade, regida por Mercúrio, elevou-nos acima do animal e nos fez seres humanos.

A espiritualidade, regida por Netuno, a seu tempo, nos elevará acima do estado humano, fazendo-nos divinos.

É através de Netuno, que nós, com o nosso Espírito Divino, expressamos a luz e a vida do nosso Deus Pai como Vontade.

É essa Vontade que nós focalizamos no nosso Sistema Nervoso Voluntário do nosso Corpo Denso, governado por Mercúrio, e que, agindo através do cérebro, estimula o nosso corpo para a palavra e para a ação.

Assim expressamos a nossa vontade nesse Corpo Denso que agora habitamos.

Urano é a oitava superior de Vênus. Porque é de sua mesma natureza em um grau muito mais sutil, pois suas atrações são tão espirituais que não podem ser sentidas pelo ser humano comum de maneira completa. Por isso que o ser humano comum responde mais o lado negativo de Urano.

Vênus é associado às ligações amorosas e às relações consanguíneas. Ele rege a laringe meio de expressão entre o espírito incorporado e a Região Química do Mundo Físico.

Urano é associado a um amor mais abrangente, o altruísmo. Ele rege a segunda medula espinhal, meio de transmutação de todo o amor pessoal e inferior de Vênus em altruísmo, aquele sentimento que não exige correspondência no amor concedido aos outros.

Enquanto Vênus rege a laringe, Urano rege sua oitava superior: a Corpo Pituitário.

É através de Urano, que nós, com o nosso Espírito de Vida, expressamos o amor do Cristo. É esse amor que nós focalizamos no nosso Corpo Vital, onde Vênus estimula o nosso corpo a buscar a propagação da espécie e seu crescimento.

Assim expressamos o nosso amor e imaginação nesse Corpo Denso que agora habitamos.

O objetivo da construção dessa segunda medula espinhal, através da transmutação do amor de Vênus pelo altruísmo de Urano, é conquistar o domínio sobre o segmento simpático da atual medula espinhal e sobre o hemisfério cerebral esquerdo.

Assim, através da dupla medula espinhal tornamo-nos uma unidade criadora completa tanto no plano físico como no plano espiritual, pois voltamos totalmente a força sexual criadora para cima através dessa dupla medula, iluminada e elevada em energia potencial pelos fogos espirituais da espinha provenientes de: Netuno (vontade) e Urano (amor e imaginação).

“Quanto mais inferior seja o grau de consciência ocupado por um ser humano, na escala de evolução, tanto mais responderá aos raios astrais. Contrariamente, quanto mais elevado seja esse grau de consciência na subida da realização, mais o ser humano controlará e sobreporá as vibrações referidas, libertando-se das rédeas das Hierarquias Divinas” – Augusta Foss e Max Heindel.

As Hierarquias Zodiacais nos vigiam, similarmente a vigilância exercida amorosamente, tal como os pais responsáveis para impedir que seus filhos pequenos, em sua ignorância, cometam tolices que poderiam prejudicá-los ou invalidá-los para o resto da vida. Só que no caso das Hierarquias Divinas, são utilizados os Aspectos astrais (Sol, Lua e Planetas).

Na Época Lemúrica recebemos o que atualmente conhecemos como Átomo-semente do nosso Corpo de Desejos e o domínio do nosso Corpo Denso tornou-se um pouco maior com o desenvolvimento do sangue vermelho.

Houve a separação dos sexos e começamos a construir o cérebro e a laringe. A partir daqui temos seres humanos do sexo masculino e do sexo feminino e a necessidade da união entre eles para a procriação da espécie humana no Planeta Terra. O Mundo do Desejo era real para nós. Víamos o Mundo do Desejo tão nítido como vemos hoje o Mundo Físico. Nesse último tudo era novidade.

Corríamos perigo permanentemente porque pouco conhecíamos desse Mundo Físico. Perigo de destruir nossos veículos (Corpo Denso, Vital e de Desejos). Com o objetivo de nos ajudar a aprender utilizar esses nossos corpos, fomos colocados sob regras, leis e mandamentos.

O temor era a nota-chave daquela dispensação, pois: “o temor a Deus é o princípio da sabedoria.” (Pb 9:10).

A fim de que pudéssemos ter todas as gradações evolutivas individuais necessárias para o nosso desenvolvimento – e assim, aprender – foi adotada a influência dos Astros como instrumento. A vantagem disso é manter o livre arbítrio – pois “as estrelas compelem, mas não impelem” – e garantir todo tipo de gradação possível, como uma escada contínua de aprendizagem.

Nessa primeira etapa vieram as influências de Marte e da Lua. O regime era de disciplina. De Marte tínhamos a disposição em conquistar, em ganhar, em acumular, em garantir a sobrevivência aqui nesse Planeta com os nossos veículos. Isso nos ajudou muito a focar toda a nossa atenção aqui na Região Química do Mundo Físico. Através de suas influências inferiores buscávamos apenas a gratificação ilimitada dos nossos desejos inferiores, nas relações com os nossos semelhantes e, mais praticamente, com o sexo oposto.

Da Lua tínhamos a disposição em procurar o sexo oposto para procriar, garantindo a espécie humana no Planeta Terra e a focalização da nossa atenção na nossa incipiente personalidade: Corpo Denso, Vital e parte inferior do Corpo de Desejos. Para frear esse ímpeto descontrolado, o que poria em risco as pessoas em sua volta, já que incitava o egoísmo na conquista desse Mundo, veio a influência de Saturno.

A disciplina foi o preço pago pela liberdade ignorante de ação. Através de Saturno veio o látego da necessidade. As enérgicas manifestações se revelavam como: raios, trovões, terremotos e epidemias.

Já na Época Atlante, terminamos de construir o cérebro e a laringe e recebemos o, que hoje conhecemos como, Átomo-semente da Mente. Precisávamos desenvolvê-la e aprender a usá-la. Saturno muito ajudou nisso.

A disciplina individual feita por meio de: mandamentos, ordens e leis, de tributos a serem pagos aos Guias Divinos, os sacrifícios dos melhores bens materiais que cada um possuía, conforme a ofensa que houvesse cometido contra a lei, foi ajudando-nos a entender como tudo funcionava nesse Mundo Físico.

Gradualmente, o construtivo Marte e o sagaz Saturno fertilizaram o cérebro lunar em aprimoramento e, com o tempo, aprendemos a construir instrumentos físicos que nos ajudaram a realizar nossas primitivas ambições, a utilizar a astúcia e a se comunicar uns com os outros.

Ainda hoje em dia, uma boa parte da humanidade não evoluiu muito a esse respeito. Responde quase só à natureza inferior e às paixões animalescas. Seus prazeres são grosseiros e sensuais. Seu lema é: “vamos comer, beber e se divertir”. Seus prazeres se encaminham principalmente às bebidas alcoólicas e à prática do sexo. Para um homem assim, a mulher é um objeto de prazer egoísta e um animal de carga, e para a mulher, em relação ao homem, o mesmo raciocínio vale. Nesse caso, só o látego da necessidade, expresso por Saturno, o fará adiantar na senda da evolução.

Conforme fomos evoluindo, respondendo e aprendendo com as influências da Lua, de Marte e Saturno, adquirimos a oportunidade de aprendermos mais lições de como melhor utilizar nossos veículos aqui na Região Química do Mundo Físico.

Foi então que apareceram as influências de Mercúrio e Vênus.

Mercúrio para nos dar novo impulso ao nosso desenvolvimento mental e moral e elevar a bestial imaginação lunar a fim de respondermos ao mais inteligente e lógico raciocínio de Mercúrio.

Vênus para refinar as nossas emoções e elevar a bestial paixão marciana, a fim de respondermos ao mais formoso e terno amor de Vênus.

Vênus, ou como se expressaram, os Senhores de Vênus ensinaram-nos as artes plásticas, a pintura e a escultura (isso explica o mistério dos antigos monumentos). Ajudaram a colocar: beleza, leveza e harmonia nas nossas formas físicas, no nosso Corpo Denso. Ou seja: os ensinamentos de Vênus eram dados para serem inculcados e tornarem-se parte da nossa vida, do nosso corpo e da nossa alma.

Mercúrio, ou como se expressaram, os Senhores de Mercúrio ensinaram-nos a como utilizar o pensamento para o nosso proveito e proveito do próximo. Ajudaram-nos a pensar, raciocinar antes de sair agindo.

Naturalmente, na mulher predomina a faculdade da imaginação de Vênus, em razão da sua função maternal, cuja faculdade modela o Corpo. Daí que a compleição feminina apresente as graciosas linhas de uma beleza natural, ao passo que o homem predomina o intelecto, patrocinado por Mercúrio, tornando-se expoente da razão.

Também, nesse momento, aos poucos, o Sol começou a iluminar o nosso ponto de vista sobre a vida. Ajudando-nos a trabalhar com a nossa Individualidade (Tríplice Espírito), vamos dissipando parcialmente as nuvens de Saturno.

De Vênus aprendemos a dar tudo de nós aos que nos amamos, mas somente aos que nos amamos. Bem diferente de Marte, que sempre quer que retenhamos tudo para nós mesmos. Para chegar a isso tivemos que aprender a nos dominar até certo ponto, pelo menos para convertermos em um ser civilizado e participar da família dos tempos modernos.

Agora não faz mais sentido admirar as proezas típicas de Marte, e que considerávamos virtude, a valentia de atacar os outros e arrebatar-lhes as propriedades.

Triste é ver que ainda hoje esse impulso primitivo se impõe nas guerras econômicas e de conquista. A esperança é que os vislumbres que presenciamos do amor de Vênus substituindo os traços egoístas de Marte se tornem cada vez mais frequentes.

De qualquer modo, até agora, falamos do nosso desenvolvimento buscando somente o interesse pelas coisas que temos direito de propriedade: meu dinheiro, a minha família, os meus bens, os meus filhos, etc.

Os outros não nos importa. Somente importa a nós e a aqueles a quem amamos. Orgulhamo-nos das qualidades morais – orgulho de Vênus – e das qualidades intelectuais – orgulho de Mercúrio – dos nossos entes queridos. Dos outros chega a até ser difícil reconhecer se há alguma qualidade.

Ora, para evoluirmos, precisamos substituir o desejo de apropriação e aquisição egoísta de bens pelo impulso de beneficiar o nosso semelhante. Ou devemos substituir esse nosso egoísmo pelo altruísmo. Mas, como?

Através do advento da influência de Júpiter. Tal influência assinala aquele proeminente estado de altruísmo. Assim, para que possamos responder prontamente à influência de Júpiter devemos cultivar o altruísmo e vencer o egoísmo proveniente do poder raciocinador de Mercúrio, da valentia e paixão instintiva da Lua e de Marte.

O amor de Júpiter reconhece a essência e não leva em conta o Corpo. Responder a influência de Júpiter significa ter um grande coração e o manifestar em qualquer assunto ou momento relacionado com suas emoções ou com as coisas do mundo.

Nesse ponto a nossa natureza emocional terá, necessariamente, de ser elevada. E para isso, a influência de Urano inicia. Urano nos confere uma sabedoria intuitiva, independente do raciocínio. No mesmo instante ele transforma o amor que fixa num só objeto ou ser em compaixão, que se expande e incluí tudo o que vive, tudo o que se move e existe.

Aqui, então, podemos fazer o seguinte resumo:

  • Marte, Vênus e Urano representam três gradações no nosso desenvolvimento emocional.
  • Marte, nós respondemos como paixão animal e buscamos somente a gratificação ilimitada dos nossos desejos inferiores em todas as nossas relações.
  • Vênus, nós respondemos amenizando a brutalidade dos nossos desejos e paixões através do amor aos nossos entes e posses, estando prontos a fazer qualquer sacrifício por eles.
  • Urano, nós respondemos transformando a paixão marciana em compaixão e em faculdade da intuição, o amor venusiano que se dirige a um ente determinado, para todos os seres; é o amor divino, sobreposto às considerações materiais de toda espécie; sobreposto a Personalidade.

Sob a influência da Lua éramos dóceis e aceitávamos tudo sem questionar. Gostávamos de sermos guiados e orientados em tudo. Tínhamos uma mentalidade parecida com as das crianças, isto é, facilmente controlável, de modo a estar sempre pronto a ceder. Vivíamos num mundo de ilusões e sonhos, completamente autômatos.

Quando estávamos prontos, veio Mercúrio e nos ajudou a formar ideias e pensamentos. A utilizar a Mente como veículo poderoso para vivermos aqui nesse Planeta. Aprendemos a raciocinar. Mas é o frio poder raciocinador de Mercúrio que nos ajuda a alimentar o nosso egoísmo e como levar vantagens sobre os nossos semelhantes.

Aprendemos a raciocinar logicamente e chegar a conclusões através dessa sequência. Aprendemos a deduzir. Ou seja, aprendemos a ser frios e calculistas, a ter uma atitude mental constante.

Entretanto, não podemos explicar a razão do porquê a resposta que sempre encontramos é adequada e correta. Mas deve existir um modo de conseguir isso. Mas, como? Através da influência de Netuno. Só através dele é que podemos obter a resposta a qualquer pergunta, com a vantagem de poder explicar a razão por que aquela resposta é adequada e correta.

Aqui, então, podemos fazer o seguinte resumo:

  • Lua, Mercúrio e Netuno representam três gradações no nosso desenvolvimento mental.
  • Lua, nós respondemos sendo autômato, guiado em tudo, facilmente controlável, sem opinião própria, levado ao sabor do vento.
  • Mercúrio, nós respondemos questionando tudo, raciocinando; tendo ideias de tudo o que ocorre a nossa volta, procurando respostas sem ter a certeza de que ela é completa e certa.
  • Netuno, nós respondemos pelo poder da ideação, um poder criador que, mais do que qualquer outra qualidade, mostra a nossa semelhança com Deus: a Epigênese. Sob sua influência encontramos respostas adequadas e corretas para todos os nossos questionamentos.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que deveria Jesus perder a experiência correspondente aos trinta anos que já vivera, uma vez que ele havia ocupado esses veículos e os Átomos-sementes voltaram a ele depois que Cristo cessou de usá-los?

Pergunta: Por que deveria Jesus perder a experiência correspondente aos trinta anos que já vivera, uma vez que ele havia ocupado esses veículos e os Átomos-sementes voltaram a ele depois que Cristo cessou de usá-los?

Resposta: Essa pergunta decorre do que se declarou anteriormente, isto é, que quando Jesus deixou o seu veículo ao cargo do Cristo, ele perdeu com isso a experiência dos trinta anos que já vivera, e isso é verdade.

As experiências ficam realmente registradas no Átomo-semente, e quando Jesus recebeu esses Átomos-sementes após a morte no Gólgota, ele recebeu, desse modo, um registro da experiência, mas o Corpo Vital é que recebeu o impacto das experiências. Jesus viveu seu céu e seu inferno diariamente, como todo verdadeiro Probacionista o faz, e gravou a experiência no Corpo-Alma que foi entregue a Cristo.

O Corpo-Alma, os dois Éteres superiores que cresceram durante a vida na Terra, incluindo naturalmente os três anos em que foi habitado por Cristo, continua faltando a Jesus.

Aquele não será devolvido até que o Dia da Libertação e o Milênio tenham chegado e passado, de modo que o Cristo tenha completamente acabado a necessidade de utilizar o Corpo Vital que Ele recebeu de Jesus.

Então, naturalmente, o crescimento anímico alcançado por Cristo recairá sobre Jesus em decorrência da Lei de Atração, e ele se tornará muitíssimo mais rico do que o seria se não tivesse sacrificado o seu corpo dessa maneira. É por essa razão que declarei, como opinião pessoal, que Ele seria o mais elevado ser sobre a Terra, devido a esse fato.

(Pergunta nº 98 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol II-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que acontece com cada um de nós quando morremos?

Resposta: A morte é ocasionada pela ruptura da união entre o Átomo-Semente e o coração. Nesse processo, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente abandonam o Corpo Denso, pelo alto da cabeça. Contudo, na morte o Ego e os veículos superiores permanecem em contato com o Corpo Denso, por meio do Cordão Prateado, por três dias e meio aproximadamente, período em que ocorre a retrospecção do panorama da vida recém-finda. Todas as imagens contidas nesse panorama são gravadas no Corpo de Desejos que, posteriormente, serão impressas no Corpo Vital, através do sangue, e se tornarão a base da experiência post-mortem. Só depois dessa gravação é que se rompe o Cordão Prateado no seu segmento entre o Coração e o Plexo Celíaco.

Ao morrer, a pessoa pode ficar presa ao Mundo Físico ou se endereçar para o Purgatório, local em que os nossos maus atos e hábitos deverão ser purgados. Aqui sofremos intensamente toda a dor causada a outros. É a Lei de Causa e Efeito agindo e dando a cada um aquilo que necessita.

Quando termina a existência no Purgatório, o Ego ascende ao Primeiro Céu, que está situado nas três Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Aqui o indivíduo verá o panorama das boas obras da vida e voltará a sentir toda a gratidão que recebeu por sua benfeitoria. O Primeiro Céu é um lugar de alegria, sem vestígios sequer para a amargura.

A próxima etapa é o Segundo Céu; aqui a quintessência dos três Corpos é assimilada pelo Tríplice Espírito. O Segundo Céu é o verdadeiro lar do Ego humano; aqui ele permanece durante séculos assimilando o fruto da última vida e preparando as condições terrenas mais apropriadas para o seu próximo passo no progresso.

No Terceiro Céu o Ego se fortifica para a próxima imersão na matéria. Com a ajuda dos Anjos do Destino ele escolherá, dentre os panoramas de vida, como será sua próxima vida na Terra.

Para saber mais, Leia o Capítulo 3 do Conceito Rosacruz do Cosmos.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Tábuas da Lei dentro da Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto e a sua Significância Oculta

Como vimos, havia três coisas dentro da Arca da Aliança, que ficava na Sala Oeste do Tabernáculo no Deserto: o Pote de Ouro do Maná, o Bastão que floriu e as Tábuas da Lei. Vamos, agora, estudar as Tábuas da Lei.

As Tábuas da Lei continha os Dez Mandamentos:

Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniquidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Não pronunciarás o nome de Javé, teu Deus, em prova de falsidade, porque o Senhor não deixa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro. Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está dentro de teus muros. Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; e por isso. o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou. Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus. Não matarás. Não cometerás adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho contra teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.” (Ex 20:3-17).

Encontramos nos Ensinamentos Rosacruzes uma descrição rápida de cada um desses Dez Mandamentos:

  1. O primeiro grande Mandamento é: Amarás a teu Deus – toda a Filosofia Rosacruz é uma revelação de Deus em manifestação. Deus é conhecido pelos Seus atributos, e sabemos que Deus é Amor. No Serviço do Templo temos 15 qualidades do Amor!
  2. Não terás ídolos – tudo o que ocupa o lugar de Deus, em nossas Mentes ou em nossos Corações, é um ídolo. Temos ainda ídolos. Os seus nomes são: Eu, Dinheiro, Egoísmo, Família, Prazer, Tabaco, Bebidas alcoólicas, Sexo, Fanatismo religioso, Posição social, Popularidade e, também, as nossas Dores, Penas e Sofrimentos.
  3. Não blasfemarás – A blasfêmia define-se com o uso do Sagrado Nome irreverentemente, ou na invocação de um juramento. Estando o Sagrado Nome relacionado com a ideia do Criador, cada vez que se usa irreverentemente, produz-se um conflito de vibrações nos veículos mais elevados:  efeito danoso sobre a mente e as emoções, fortalecendo nossa natureza mais baixa.
  4. Guardarás o descanso do “Sabbath” – A palavra “shabbath”, como derivada da hebreia “Shabbath” significa – descansar. Não tem nenhuma relação com a palavra “shebha”, que significa sete, mas sim com: Saturno, Sol e Lua.
  5. Honrarás a Teu Pai e a tua Mãe – refere-se por completo à lei espiritual da geração. O guardá-la assegura-nos as melhores relações paternais nesta vida e nas futuras. A desobediência a esta Lei ocasiona muitas penas e sofrimentos na vida familiar.
  6. Não Matarás – continuamente desobedecido desde que o ser humano começou a combater com o seu vizinho. Não devemos destruir nenhum bem, em nós ou nos outros. E matamos não somente tirando a vida ao corpo, mas de muitas outras maneiras.
  7. Não Cometerás Adultério – desde a “queda do Homem”, os profetas e os videntes têm praticado o Mandamento da pureza geradora. Todavia, na época em que vivemos, ainda o vício social minando a saúde da humanidade e o progresso da raça para a vitória.
  8. Não Roubarás – Tudo o que nós temos é nosso, sob as grandes Leis de Causa e Efeito e do Renascimento. Se adquirimos algo por meio de roubo, perdemos por esse fato tudo o que nos parece ter ganho. Há outras classes de roubo diferentes das materiais.
  9. Não Mentirás – Max Heindel revelou muito acerca das causas e dos efeitos das mentiras no livro a “A Teia do Destino – O Efeito Oculto das Nossas Emoções”. A mentira tem a sua causa no desejo natural, geralmente egoísta e ignorante, pelo qual estamos sempre dispostos a afirmar as coisas que desejamos que sejam certas, prescindindo da verdade do assunto.
  10. Não Cobiçarás os Bens Alheios – A avareza é a obsessão de cobiçar os bens alheios. Eu quero alcançar o que quero ter, são os ritmos em que se movem os que cobiçam.

Vamos relembrar, também, que para entendermos o que essas Leis significam e como obedecê-las nessa Região Química do Mundo Físico, tivemos antes de completar o despertar do nosso Tríplice Espírito, a obtenção do nosso Tríplice Corpo e, finalmente, o elo entre os dois: a Mente.

Sem a obtenção da Mente nós não tínhamos a menor condição de entender e, portanto, obedecer ou não essas Leis.

Somente após a obtenção da nossa Mente – que, na terminologia Rosacruz, foi nos dada, como Átomo-semente, pelos Senhores da Mente, iniciando, para uns poucos, na última parte da Época Lemúrica e, para a maioria, na primeira e segunda parte da Época Atlante – é que começamos a precisar dessas leis para a nossa evolução.

Para entendermos os motivos para que necessitássemos um regime de Lei foi o rumo que tomamos a partir do momento em que começamos a utilizar a Mente e a partir dela, expressar nossos primitivos pensamentos em emoções, sentimentos, palavras e atos.

Ou seja: a nossa constituição estava completa; ficamos, então, equipados para conquistar o mundo e gerar força anímica pelo nosso esforço e experiência, tendo individualmente vontade própria e livre-arbítrio, exceto quando limitado pelas leis da natureza e por nossas próprias ações anteriores.

Só que, ao sentir nosso valor como seres humanos separados, começamos a ser astuciosos, nos apegar aos interesses individuais, nos tornamos ambiciosos, pedíamos recompensas pelas nossas obras.

A memória tornou-se um importante fator na vida da comunidade.

A recordação das proezas de alguns fazíamos eleger para Guia o que tivesse realizado feitos mais importantes.

Aos poucos fomos nos tornando soberbos, usamos a corrupção e aplicamos o engrandecimento pessoal; sujeitamo-nos a ambição e ao egoísmo; abusamos dos poderes que íamos adquirindo, oprimindo e nos vingando.

Arrogância e brutalidade reinavam.

É fácil compreender que tais abusos tinham de produzir terríveis condições.

E isso ocorria porque deixamos que a nossa natureza animal, o Corpo de Desejos, regesse a nossa Mente infantil naquela Época.

O que também levou a necessidade da existência de um regime de Leis foi a passagem necessária que tivemos que experimentar e que faz parte da nossa educação para com os seres divinos e com a aproximação consciente para o nosso Pai, Deus, nosso criador.

Essa educação efetua-se em quatro grandes etapas:

Na primeira, as Hierarquias Criadoras (na Bíblia conhecidas como Elohim) agem sobre nós, de fora, enquanto permanecemos inconscientes dos Mundos nos quais estávamos funcionando (Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico). Isso está veladamente referido na Bíblia como “Reis de Edom” e no mistério de Melquisedeque, “rei e sacerdote ao mesmo tempo”

Na segunda etapa, somos colocados sob a direção dos Mensageiros Divinos e Reis, a quem vemos, e a cujas ordens devemos obedecer. Os Guias da humanidade (na terminologia Rosacruz, conhecidos como Senhores de Vênus – alguns poucos eram também orientados pelos Senhores de Mercúrio) prepararam grandes Reis para o povo, revestidos de grande poder. Nós honrávamos esses reis com toda a reverência devida aos que, na verdade, eram reis “pela graça de Deus”.

Na terceira etapa somos ensinados a reverenciar as ordens de um Deus a Quem não vemos. Isso porque chegou o tempo de começar a guiar-nos por nós mesmos, a fim de prosseguir no desenvolvimento futuro. Aqui é que nos atrapalhamos e exercemos de uma maneira perniciosa essa relação. Podemos resumir essa passagem assim: “Anteriormente, vistes Aqueles que vos guiavam. Sabeis, porém, que há Guias de maiores graus de esplendor, superiores aos primeiros, que nunca vistes, mas que vos guiaram sempre, grau a grau, na evolução da consciência. Exaltado e acima de todos esses Seres gloriosos está o Deus invisível, criador do céu e da terra sobre a qual estais. Ele quis dar-vos domínio sobre toda a terra, para que possais frutificar e multiplicar-vos nela. Deveis adorar a este Deus invisível, mas adorá-Lo em Espírito e Verdade, e não fazer nenhuma imagem d’Ele, nem procurar pintá-Lo semelhante a vós, porque ele está presente em todas as partes e além de toda comparação ou semelhança. Se seguirdes os Seus preceitos Ele vos abençoará abundantemente e vos cumulará de bens. Se vos afastardes dos Seus caminhos, os males virão sobre vós. A escolha é vossa. Sois livres, mas devereis sofrer as consequências de vossos próprios atos”.

Finalmente, na quarta etapa aprendemos a nos elevar sobre toda ordem, a nos converter em uma lei em nós mesmos. Conquistando-nos a nós mesmos, aprendemos a viver voluntariamente, em harmonia com a Ordem da Natureza, que é a Lei de Deus.

Resumindo: quando o Aspirante estava no portão oriental como filho do pecado, a lei estava fora dele, como orientador para trazê-lo a Cristo. Exigia com severidade implacável um “olho por olho e dente por dente”. Cada transgressão trazia uma recompensa justa, e o ser humano estava circunscrito por todos os lados por leis que o ordenavam a fazer certas coisas e a não fazer outras. Contudo quando, por meio de sacrifício e serviço, ele finalmente chegou ao estágio de evolução representado pela Arca na sala ocidental do Tabernáculo, as Tábuas da lei estavam dentro dele. Então, ele se emancipou de toda a interferência externa em suas ações – não que ele infringisse alguma lei, mas porque ele trabalhava com elas. Assim como aprendemos a respeitar o direito de propriedade dos outros e, portanto, nos tornamos emancipados do mandamento “Não furtarás”, também aquele que guarda todas as leis, porque deseja fazê-lo, não precisa mais de um orientador externo, mas de bom grado obedece em todas as coisas, porque ele é um servo da lei e trabalha com ela, por escolha e não por necessidade.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Pote de Ouro do Maná, o Significado Oculto do Maná e do Pote que o guardava dentro da Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto

Era um dos três itens contidos na Arca da Aliança.

Atrás do segundo véu achava-se a parte chamada Santo dos Santos. Aí estava a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, o pote de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança.” (Hb 9: 3-4 e Ex 16:34)

Manas, mensch, homem ou ser humano são palavras diretamente associadas com o maná que desceu do céu. É o Espírito Humano que desceu do alto, do nosso Pai, para uma peregrinação através da matéria, e o Pote de Ouro onde foi guardado simboliza a aura dourada do Corpo-Alma.

Vamos detalhar um pouco o que significa o Maná e para isso vamos ver, primeiro, como se manifesta Deus, nosso criador, e como nos manifestamos, já que somos criados a Sua imagem e semelhança:

Entendamos Deus como a “essência cósmica criadora ou a vontade e a Mente criadora de um logos solar”. Deus se manifesta quando está criando, como agora, um Sistema Solar, e torna-se três aspectos: Pai, Filho e Espírito Santo. Ou seja: Deus se manifestou e se tornou três em um único Ser. Essa é a Santíssima Trindade.

Note que o nome “Pai” não quer dizer que o primeiro aspecto de Deus é masculino. Deus é bissexual, masculino-feminino, expressões da energia criadora dual, positiva-negativa. Designamos o primeiro aspecto como “Pai”, para enfatizar que quando o primeiro aspecto se manifesta para criar, é a Vontade (conhecida aqui como força masculina) que dá início ao processo. Junto com o segundo aspecto, Sabedoria, origina a primeira das duas forças necessárias para efetivar a criação: a Imaginação (conhecida aqui como força feminina). Com essa força concebendo a ideia, o terceiro aspecto, Atividade, agindo sobre a substância raiz cósmica, produz o movimento. Esta é a segunda manifestação da força. O movimento, por si só, não é suficiente para formar algo, há de haver um movimento ordenado. A Sabedoria é necessária para dirigir o movimento, para produzir, inteligentemente, resultados definidos.

Cada um de nós é um Espírito Virginal, criado “à imagem e semelhança de Deus”, como está na Bíblia.

Nós nos manifestamos quando estamos aprendendo no que Ele está criando, como agora nesse esquema de Evolução, ou seja: nesse Grande Dia de Manifestação. Afinal: “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”

Assim, também nos manifestamos em três aspectos no que conhecemos como Tríplice Espírito:

  • ESPÍRITO DIVINO, nossa expressão do Pai – Decisão de sempre fazer, executar, não desistir
  • ESPÍRITO DE VIDA, nossa expressão do Filho – Expressão do amor infinito e do conhecimento aplicado
  • ESPÍRITO HUMANO, nossa expressão do Espírito Santo – A ação, o mudar, o fazer

Agora, vamos entender como foi o nosso mergulho em Mundos mais densos, desde o início da nossa peregrinação, conhecido na terminologia Rosacruz como Caminho da Evolução, seguindo o Esquema da Evolução. Esse é mais um passo importante para entendermos o que é o Maná.

Fomos criados como chispas divinas, Espíritos Virginais e habitávamos o nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais. Mas a nossa meta é conhecer e aprender a trabalhar conscientemente em todos os outros Mundos, em “todos os domicílios da casa do Pai”.

Assim, no primeiro Período, conhecido na Rosacruz como Período de Saturno, mergulhamos para começar a conhecer os Mundos: do Espírito Divino, de Vida e do Pensamento. (Acompanhe olhando o desenho acima).

Passado as “sete revoluções sobre os sete Globos” desse Período, mergulhamos mais um nível e, além desses Mundos, começamos a conhecer o Mundo do Desejo. Entramos no Período Solar. Agora peregrinamos desde o Mundo do Espírito de Vida até o Mundo do Desejo.

Passado as “sete revoluções sobre os sete Globos” desse Período, mergulhamos mais um nível e, além desses Mundos, começamos a conhecer a Região Etérica do Mundo Físico. Entramos no Período Lunar. Agora peregrinamos desde a Região Abstrata do Mundo do Pensamento até a Região Etérica do Mundo Físico.

Passado as “sete revoluções sobre os sete Globos” desse Período, mergulhamos mais um nível e, além desses Mundos, começamos a conhecer a Região Química do Mundo Físico. Entramos no Período Terrestre. Agora peregrinamos desde a Região Concreta do Mundo do Pensamento até a Região Química do Mundo Físico. E nesse Período que estamos atualmente! Exatamente no Globo mais denso!

Concomitantemente com esse mergulho, a cada Período, foram despertados em nós cada um dos nossos veículos divinos e nos dado o Átomo-semente de cada corpo, na seguinte sequência:

E, finalmente, no Período Terrestre, foi nos dado o Átomo-semente da Mente, nos possibilitando a funcionar conscientemente na Região Concreta do Mundo do Pensamento, individualmente e sendo o elo entre nós, o Ego, o Tríplice Espírito e os nossos corpos.

Apesar da narrativa na Bíblia não estar estritamente de acordo com os acontecimentos, ela nos fornece os principais fatos do maná místico que caiu do céu. Quando queremos aprender qual é a natureza desse chamado pão, devemos retornar ao sexto capítulo do Evangelho Segundo de São João, que relata como Cristo alimentou as multidões com pães e peixes, simbolizando a doutrina mística dos 2000 anos que Ele estava iniciando, pois durante essa época, o Sol, por Precessão dos Equinócios, estava transitando pelo Signo dos peixes, Peixes, e as pessoas foram ensinadas a se abster , pelo menos um dia durante a semana (sexta-feira) e em certa época do ano, das panelas de carne que pertenciam ao Egito ou à antiga Atlântida.

Foram dadas a água Pisciana na porta do templo, e a Hóstia Virginiana na mesa da comunhão diante do altar quando adoravam a Virgem Imaculada, representando o Signo celestial de Virgem (que está em Oposição ao Signo de Peixes), e que entraram em comunhão com o Sol gerado por ela.

Cristo também explicou, naquela época, em uma linguagem mística, mas inconfundível, que o pão vivo ou maná era, nomeadamente, o Ego. Essa explicação é encontrada nos versículos 33 e 35, onde lemos: “porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.  (…) “Eu sou o pão da vida”. Esse, então, é o símbolo do Pote de Ouro do Maná que se encontrava na Arca. Esse maná é o Ego ou Espírito Humano, que dá vida aos organismos que nós observamos no Mundo Físico. Encontra-se escondido dentro da Arca de cada ser humano e o Pote de Ouro, ou Corpo-Alma ou a “Veste Nupcial”, também se encontra latente dentro de cada um. Ele se torna mais consistente, brilhante e resplandecente pela alquimia espiritual quando o serviço é transmutado em crescimento anímico. É a casa não construída por mãos, eterna nos céus, com a qual São Paulo desejava estar vestido, como disse na Epístola aos Coríntios. Todo aquele que se esforça em ajudar seus semelhantes, desse modo, acumula dentro si esse tesouro de ouro que é depositado no céu, onde nem a traça nem a ferrugem podem destruí-lo.

Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. “Pois o pão do Senhor é o que desceu do céu e trará Luz para o mundo… Eu sou (Ego Sum) o pão da vida.” (Joa 6; 33-35)

Nesse trecho do sexto capítulo do Evangelho de São João vemos como o Cristo explicou, em linguagem mística, mas clara, que o pão vivo ou maná, na verdade era o Ego:

 “Pois o pão do Senhor é o que desceu do céu e trará Luz para o mundo… Eu sou (Ego Sum) o pão da vida“.

Este é o símbolo do Maná que se encontrava na Arca.

Este maná é o Ego, que dá vida aos organismos que vemos no Mundo Físico.

Encontra-se oculto dentro da Arca de cada ser humano.

Portanto, a palavra “maná” não significa o pão que veio do céu, mas o pensador, o Ego, que desceu das esferas superiores.

Na Arca está o pensador, e ele está sendo levado para o Templo do Deserto durante o presente estágio de sua evolução.

Colocar o Maná dentro da Arca, comemora o tempo quando nós, o Ego, entramos na forma (ou seja: conscientemente dentro dos nossos 3 Corpos, que havíamos construído durante os 3 Períodos e meio que passamos) e nos convertemos em um Espírito interno individual, que, com a Mente, nos convertemos em um pensador.

Com isso, descobrimos o que significa o Maná!

Agora, vamos estudar qual é o significado do Pote de Ouro que guardava o Maná.

Como vimos nos slides anteriores, o que é agora o Corpo Denso, nosso corpo físico, foi o primeiro veículo adquirido por nós como uma forma de pensamento; passou por um imenso período de evolução e organização até ter se tornando no esplendido instrumento que é agora, servindo-o tão bem aqui; mas é resistente, rígido e difícil de ser trabalhado.

O segundo corpo que adquirimos o Corpo Vital, que também passou por um longo período de desenvolvimento e foi condensado à consistência de éter.

O terceiro veículo, o Corpo de Desejos, foi comparativamente adquirido mais recentemente e acha-se num estado comparativo de fluxo.

Por fim, adquirimos a Mente, que é apenas como uma nuvem sem forma, não merecendo ser chamada de corpo, sendo ainda apenas uma ligação entre os nossos três corpos e nós, o Espírito, o Ego.

Esses três corpos, juntos com o vínculo da Mente, são as nossas ferramentas na nossa evolução, e, contrariamente à ideia comum, a nossa habilidade para investigar os reinos superiores não depende dos mais sutis desses corpos tanto quanto do mais denso.

Vejamos o Corpo Vital: ele é a base da memória, sem a qual seria impossível trazer de volta à nossa consciência física as lembranças das experiências suprafísicas e delas obter, assim, total benefício. Ele é formado átomo por átomo como o nosso Corpo Denso, mas até estar treinado pelos exercícios esotéricos ele não é um instrumento adequado para funcionar sozinho. Já o nosso Corpo de Desejos tem apenas um certo número de centros sensoriais que não são realmente ativos na grande maioria das pessoas, e quanto à Mente, ela é uma nuvem sem forma para a grande maioria.

Assim, deveríamos compreender que temos que treinar nosso corpos superiores antes que possam ser de utilidade para investigar os reinos superiores. E a melhor forma de fazer isso é cumprirmos com as obrigações que estão ao nosso alcance. Assim apressamos o dia em que estaremos capacitados a usar os veículos superiores, pois esse dia depende somente, e tão somente, de nós.

A Filosofia Rosacruz nos ensina que todo desenvolvimento oculto começa com o Corpo Vital e a Repetição é a palavra-chave desse corpo.

Ele é composto de 4 Éteres: dois inferiores – Éter Químico (necessário para a assimilação e excreção) e Éter de Vida (promove o crescimento e a propagação) – e dois superiores – Éter Luminoso (veículo da percepção pelos sentidos) e Éter Refletor (o receptáculo da memória).

A parte do Corpo Vital formada pelos dois Éteres superiores é a que podemos chamar de Corpo-Alma.

No Tabernáculo do Deserto as principais verdades ensinadas agora pela Fraternidade Rosacruz, com respeito ao Corpo Vital, eram dadas ao aspirante à iniciação.

“Um impacto muito pequeno é feito sobre o Corpo Vital quando ideias e ideais nele penetram através do invólucro da aura, mas o que ele recebe de estudos, sermões, conferências ou leituras é de natureza mais duradoura, e muitos impactos na mesma direção criam impressões poderosas para o bem ou para o mal segundo sua natureza.”

No Tabernáculo, o aspirante à Iniciação sabia que todas as funções do Corpo Denso exclusivamente animal dependiam da densidade dos dois Éteres inferiores do Corpo Vital e que os dois Éteres superiores compunham o Corpo-Alma: o veículo do serviço nos Mundo invisíveis.

Assim, ele aspirava cultivar esse glorioso traje pela auto-abnegação, refreando as tendências da natureza inferior pela força de vontade, exatamente da maneira como fazemos hoje.

Notem uma coisa muito interessante: para os nossos Corpos e a Mente, nós os recebemos como Átomo-semente e daí os desenvolvemos até esse estágio. Para o Corpo-Alma é diferente: construímos ele desde o princípio, a partir dos 2 Éteres Superiores do Corpo Vital.

Todas as nossas observações, aspirações, nosso caráter, etc., são devidos ao nosso trabalho nos dois Éteres superiores, que se tornam mais ou menos luminosos de acordo com a natureza de nosso caráter e hábitos. Também, do mesmo modo que o Corpo Denso assimila partículas de alimento e assim adquire carne, os dois Éteres superiores assimilam nosso bem agir durante a vida e assim crescem em volume.

“De acordo com nossos feitos nessa vida atual aumentamos ou diminuímos desse modo a bagagem que trouxemos ao nascer. Se nascemos com um bom caráter, expresso nesses dois Éteres superiores, não nos será fácil mudá-lo porque o Corpo Vital tornou-se muito, muito firme durante os milhões de anos em que o desenvolvemos. Por outro lado, se fomos frouxos, negligentes e indulgentes em relação aos hábitos que consideramos maus, se formamos um mau caráter em vidas anteriores, aí vai ser difícil superá-los porque isso estabeleceu a natureza do Corpo Vital, e anos de constante esforço serão precisos para mudar sua estrutura. É por isso que os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental afirmam que todo desenvolvimento místico tem início no Corpo Vital.”

Observem bem isso: cada vez que prestamos serviço a alguém nós aumentamos o brilho de nosso Corpo-Alma. Portanto, Pote Dourado simboliza o Corpo-Alma o “Dourado Manto Nupcial”, que se encontra também latente dentro de cada um.

“Ele torna-se mais consistente, brilhante e resplandecente pela alquimia espiritual, quando o serviço é transmutado em crescimento anímico. É a casa não construída pelas mãos, eterna nos céus, vestimenta com a qual Paulo desejava ardentemente estar revestido, como disse na Epístola aos Coríntios. Todo aquele que se esforça em ajudar sem interesse seu semelhante acumula tesouros. no céu, onde nem a traça nem a ferrugem podem destruí-los.”

Só o trabalho aqui, estando encarnado, na Região Química do Mundo Físico, cumprindo com as nossas obrigações que assumimos conscientemente, quando estávamos para renascer, no Terceiro Céu, fará com que o Corpo-Alma cresça.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Música e a Construção dos Arquétipos dos nossos Corpos e da Mente

Observemos que as notas da escala musical: Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si formam um intervalo de sete tons, a base da Harmonia das Sete Esferas. As vibrações de Urano e Netuno só atuaram no progresso material do ser humano muito depois da época de Pitágoras. Contudo, os mais avançados da humanidade estão começando a sentir suas vibrações. Os tons destes dois Planetas acrescentados aos sete, perfazem nove, o número da humanidade.

Os sete tons maiores da escala, quando tocados corretamente, possuem dentro de si os poderes criativos e construtores de Deus. A manifestação dos tons menores é subjetiva ou assimilativa por natureza, portanto, não criativa. O lar dos 5 tons menores é o Terceiro Céu (Região do Pensamento Abstrato).

Quando o Espírito abandona o Corpo Denso no momento da morte, ele passa pelo Mundo do Desejo, o Mundo do Pensamento na Região do Pensamento Concreto (Segundo Céu), e o Mundo do Pensamento na Região do Pensamento Abstrato (Terceiro Céu), onde permanece algum tempo antes de voltar a renascer na Terra. Quando chega o momento do renascimento, ele deixa o Mundo do Pensamento na Região do Pensamento Abstrato e penetra no Mundo do Pensamento na Região do Pensamento Concreto.

Aí, a Música das Esferas põe imediatamente o Átomo-semente do Corpo Denso em vibração. Um dos sete Planetas vibra em particular harmonia com o Átomo-semente do Corpo Denso do Espírito. Cada tom planetário é modificado para adaptar se ao tom básico desse Planeta, em harmonia com o denso Átomo-semente do Corpo Denso do Espírito, tornando se, assim, o Regente planetário dessa particular vida terrena do Espírito.

Quando os tons dos vários Planetas se chocam com o ente do Corpo Denso, cada um, por Sua vez, ajuda a construir o Arquétipo do Espírito. Mais tarde, as linhas de força vibratórias, formadas no Arquétipo, atraem e ordenam adequadamente os átomos densos do Corpo Denso. Assim, tanto o Arquétipo quanto o Corpo Denso expressam, de forma acurada, a Harmonia das Esferas, exatamente como foi tocada durante o período da construção arquetípica.

O tempo transcorrido desde o momento em que o Espírito deixa o Terceiro Céu (Região do Pensamento Abstrato) até que penetre no corpo de sua futura mãe, é muito mais longo do que o período de gestação (9 meses), e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pelo Espírito que aspira renascer. Nem o processo da construção do Arquétipo é contínuo, pois, sob certos Aspectos (Quadraturas, Trígonos, etc.) os Astros podem produzir notas às quais os poderes vibratórios do Átomo-semente não podem responder. E, mais uma vez, o Espírito simplesmente sussurra tons que já aprendeu e, assim empenhado, aguarda um novo tom que possa utilizar para construir melhor o organismo pelo qual deseja se expressar.

Também é requerido tempo para atrair o material necessário nas sete Regiões do Mundo do Desejo para daí construir um novo Corpo de Desejos. O Arquétipo controla a quantidade do material, e o átomo semente do Corpo de Desejos a sua qualidade. Na Região Etérica do Mundo Físico, esse material precisa ser atraído para um novo Corpo Vital, e os Anjos do Destino e seus agentes também separam uma porção dele para formar a matriz etérica do Corpo Denso que será construído mais tarde.

Lembremo-nos que estamos trabalhando agora sob a influência dos sete tons no meio do teclado do piano, a oitava do meio, havendo três oitavas de cada lado dela. Completamos as lições pertencentes às três oitavas mais baixas. Estamos aprendendo agora as lições pertencentes à oitava do meio.

Observemos que as lições pertencentes à oitava mais baixa no teclado do piano, Período de Saturno, estavam empenhadas na construção do Corpo Denso (nota-chave de Leão, La# maior) e no despertar dos poderes negativos do Espírito Divino.

As lições pertencentes à segunda oitava do teclado do piano, Período Solar, estavam correlacionadas aos tons produzidos por aquela oitava e estavam empenhadas na construção do Corpo Vital (Virgem, nota chave Do natural), e no despertar dos poderes negativos do Espírito de Vida, a Onda de Vida de Câncer, nota-chave Sol# maior.

As lições pertencentes aos tons da terceira oitava no teclado do piano (Período Lunar) estavam correlacionadas aos tons produzidos por aquela oitava. Elas dizem respeito à construção do Corpo de Desejos (Libra, nota-chave Ré maior) e ao despertar dos poderes negativos do Espírito Humano (Gêmeos, nota-chave Fa# maior).

As lições pertencentes à quarta oitava ou tom do meio, Período Terrestre, relacionam se com a construção da Mente e com o desenvolvimento da Mente; o mais importante desses tons para a humanidade atual é Fa maior, a nota-chave dos Senhores da Mente, os Sagitarianos. O ser humano, tendo adquirido seus Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente precisa, durante o Período Terrestre, aprender a cuidar deles e a mantê-los em condições saudáveis. Isto depende quase inteiramente do estado da Mente.

Em geral, a Mente forma uma perfeita conexão entre o Espírito e seus três Corpos. No entanto, quando esta ligação se torna falha ou mesmo completamente rompida, sérios transtornos mentais poderão advir. Doenças mentais podem ocorrer na união da Mente descontrolada com o Corpo de Desejos, ou pelo prolongado som violento de uma ou de todas as vibrações astrais, sejam da Lua, Mercúrio, Urano ou Netuno. Usadas desta maneira, elas têm o poder de destruir a própria Mente e, também, os Corpos de Desejos, Vital e Denso, enquanto vibrações baixas, suaves, rítmicas desses Astros suavizam e curam. 

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Altar dos Sacrifícios ou o Altar de Bronze do Tabernáculo no Deserto

O Altar de Bronze, Altar dos Sacrifícios ou Alta dos holocaustos do Tarbernáculo no Deserto estava localizado dentro do portão leste[1] e era utilizado para o sacrifício de animais durante o serviço no templo.

Os varais serão enfiados nas argolas, de modo que fiquem dos dois lados do altar, quando este for transportado. Faça o altar com tábuas e oco, conforme o modelo que foi mostrado a você na montanha.” (Ex 27; 3-8).

Eis o que você deverá oferecer sobre o altar: dois cordeiros machos de um ano, cada dia e perpetuamente. Ofereça um dos cordeiros pela manhã e outro pela tarde. Com o primeiro, ofereça quatro litros e meio de flor de farinha amassada, com um litro e meio de azeite de olivas amassadas, e uma libação de um litro e meio de vinho. Pela tarde, ofereça o segundo cordeiro, junto com uma oferta e uma libação, como aquelas da manhã, uma oferta de suave odor queimada para Iaweh. Esse é o holocausto perpétuo por todas as gerações, na presença de Iaweh, junto à entrada da tenda da reunião, onde me encontrarei com vocês para falar. Aí eu irei me encontrar com os filhos de Israel.  E o lugar ficará consagrado com a minha glória.” (Ex 29; 38-43).

A ideia de utilizar bois e bodes como sacrifícios parece bárbaro para a mentalidade moderna, e não podemos alcançar a compreensão de que isso pudesse resultar em algo eficaz como efeito ao sacrifício. De fato, a Bíblia relata sobre isso detalhadamente e fornece uma explicação sobre o assunto, quando nos diz, repetidamente, que Deus não deseja sacrifícios, mas um espírito aquebrantado e um coração contrito[2], e que Ele não quer sacrifícios de sangue[3]. À vista desse fato, parece estranho que os sacrifícios fossem uma vez sido ordenados. Contudo, devemos entender que nenhuma religião pode elevar aqueles a quem lhe foi concebido ajudar, se seus ensinamentos estiverem muito acima do seu nível intelectual ou moral. Para apelar a um bárbaro, a religião deve ter certos traços bárbaros. Uma religião de amor nunca poderia ter sido atraente para aquelas pessoas; por isso, a elas foram fornecidas uma lei que exigia “um olho por um olho e um dente por um dente[4]. Não há, no Velho Testamento, qualquer menção à imortalidade, porque essas pessoas não poderiam compreender um céu e nem a ele aspirar. Entretanto, elas amavam as posses materiais e, por isso, foram instruídas que, se procedessem corretamente, elas e sua descendência habitariam na Terra para sempre e, que seu gado seria multiplicado, etc.

Elas adoravam as posses materiais e sabiam que o aumento dos seus rebanhos ocorria pela disposição de Deus, e dado por Ele segundo o mérito. Assim, elas foram ensinadas a agir corretamente na esperança de uma recompensa nesse mundo atual. Também foram dissuadidas de praticar o mal, devido ao rápido castigo que sofreriam em consequência da retribuição por seus pecados. Isso era a única maneira que elas entendiam. Elas não podiam fazer o bem pelo simples prazer de fazer o bem, e muito menos podiam compreender o princípio de se tornarem elas próprias “sacrifícios viventes” e, provavelmente, sentiam tanto a perda de um animal quando cometiam o pecado, assim, como nós sentimos as dores agudas da consciência por nossas más ações.

O Altar era feito de bronze, um metal não encontrado na natureza, porém, fabricado pelo ser humano a partir de cobre e zinco. Assim, simbolicamente, é mostrado que o pecado não estava originalmente previsto em nosso Esquema de Evolução[5], e é uma anomalia na natureza, bem como suas consequências, isto é, a dor e morte, que são simbolizadas pelas vítimas sacrificadas. Contudo, enquanto o próprio Altar era feito de metais compostos artificialmente, o fogo que queimava incessantemente era de origem divina, e era mantido aceso ano após ano com o mais zeloso cuidado. Nenhum outro fogo jamais foi usado, e podemos notar um resultado declarado que, quando dois sacerdotes presunçosos e rebeldes ousaram desobedecer a esse mandamento e usar um fogo estranho, eles depararam, como retribuição, uma morte horrível e instantânea[6]. Quando, uma vez prestado um juramento de lealdade ao Mestre místico, o Eu Superior, é extremamente perigoso desconsiderar os preceitos então fornecidos.

Quando o candidato aparece no portão leste, se encontra “pobre, nu e cego”. Naquele momento, ele é digno de compaixão, precisando ser vestido e trazido à luz, mas, isso não pode ser feito imediatamente no Templo místico.

Durante o período do seu progresso, da condição de nudez até que ele tenha sido trajado com as vestes resplandecentes do sumo sacerdote, há um longo e difícil caminho a ser percorrido. A primeira lição que lhe é ensinada é que o ser humano progride somente por meio de sacrifícios e sozinho. Na Iniciação Cristã Mística , quando o Cristo lava os pés dos Seus Discípulos, a explicação fornecida é que a menos que seja oferecida a decomposição dos minerais como forma de alimento ao reino vegetal, não haveria vegetação; também, se os alimentos vegetais não fossem o sustento para os animais, esses últimos não conseguiram se expressar; e assim sucessivamente – o superior está sempre se alimentando do inferior. Portanto, o ser humano tem uma obrigação para com os animais, e assim o Mestre lava os pés dos Seus Discípulos, simbolizando nesse humilde serviço o reconhecimento do fato de que eles O serviram como bases de apoio para algo mais elevado.

Do mesmo modo, quando o candidato é trazido ao Altar de Bronze, aprende a lição de que o animal é sacrificado por sua causa, dando seu corpo como alimento e sua pele como vestuário. Além disso, ele vê a densa nuvem de fumaça flutuando sobre o Altar e percebe dentro dela uma luz, porém, essa luz é muito tênue e muito encoberta pela fumaça para servir como orientação permanente para ele. Seus olhos espirituais são frágeis, portanto, não faria sentido expô-los imediatamente à luz das verdades espirituais mais elevadas.

O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Angelus Silesius diz sobre a Cruz:

“Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma segue extraviada.

Olharás em vão a Cruz do Gólgota,

Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo novamente.”

Essa ideia deve ser aplicada a todo símbolo e a toda fase da experiência mística.

Não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado. Devemos ser, tanto o Altar dos Sacrifícios como o animal sacrificado repousado sobre ele. Devemos ser, igualmente, o sacerdote que imola o animal e o próprio animal imolado. Mais tarde, devemos aprender a nos identificar com o Lavabo místico e devemos aprender a nos lavar nele, em espírito. Em seguida, devemos adentrar pelo primeiro véu, servir na Sala Oriental, e prosseguir através de todo serviço do Templo até nos tornarmos o maior de todos esses antigos símbolos, a Glória de Shekinah,ou isso de nada nos beneficiará. Em resumo, antes que o símbolo do Tabernáculo possa, realmente, nos ajudar, devemos transferi-lo do deserto para um lar em nossos corações, para que quando nós nos tornarmos em tudo que aquele símbolo é, também tenhamos nos tornados naquilo que ele significa em espiritualidade.

Vamos começar, então, a construir dentro de nós o Altar dos Sacrifícios, primeiramente, para que nele possamos imolar nossas transgressões e depois expiá-las no crisol do remorso. Isso é realizado, no moderno sistema de preparação para o Discipulado, por um exercício que se executa à noite[7], e que foi cientificamente elaborado pelos Hierofantes da Escola de Mistérios Ocidental para crescimento do Aspirante no caminho que conduz ao Discipulado. Outras escolas ensinaram um exercício similar, mas esse difere de todos os métodos anteriores, em um ponto particular. Depois da explanação dos exercícios, daremos a razão dessa grande e fundamental diferença. Esse método especial tem um efeito de longo alcance, que possibilita que se aprenda agora, não somente as lições que se deveria aprender, normalmente, nessa vida, mas a alcançar um desenvolvimento que, de outro modo, não poderia ser alcançado senão somente em muitas vidas futuras.

À noite, quando nos retiramos para dormir, o corpo deve estar relaxado. Isso é muito importante, pois quando alguma parte do corpo está tensa, o sangue não circula livremente; tal parte está temporariamente aprisionada, sob pressão. Como todo desenvolvimento espiritual depende do sangue, o esforço máximo para alcançar o crescimento anímico não pode ser feito, enquanto qualquer parte do corpo está sob tensão.

Quando o relaxamento ideal é alcançado, o Aspirante à vida superior começa a rever as cenas do dia, porém, não deve começar com as ocorrências da manhã e encerrar com os acontecimentos da noite. Ele as revive em ordem inversa: primeiro as cenas da noite, então os acontecimentos da tarde e, por fim, as ocorrências da manhã. A razão para isso é que no instante do nascimento, quando a criança inala a sua primeira completa respiração, o ar inspirado pelos pulmões carrega com ele uma imagem do mundo exterior e, à medida que o sangue passa pelo ventrículo esquerdo do coração, cada cena da vida é retratada em um pequeno Átomo-semente ali localizado. Cada inspiração traz consigo novas imagens que ficam gravadas naquele pequeno Átomo-semente, um registro de cada cena e de cada ação praticada durante toda a nossa vida, desde a primeira respiração até o último suspiro. Após a morte, essas imagens formam a base da nossa existência no Purgatório. Sob as condições dos Mundos espirituais, sofremos dores cruciantes de consciência tão agudas, inacreditáveis, por cada má ação cometida e, assim, nos sentimos desencorajados em continuar no caminho do transgressor. A intensidade das alegrias que experimentamos devido as nossas boas ações praticadas atua como um estímulo para seguir o caminho da virtude nas vidas futuras. Porém, na existência post-mortem esse panorama da vida é revisto na ordem inversa, a fim de mostrar, primeiramente, os efeitos e depois as causas que os geraram, para que o espírito possa aprender como a Lei de Causa e Efeito funciona na vida. Por esse motivo, o Aspirante, que está sob a orientação científica dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, recebe ensinamentos para realizar seu exercício noturno também na ordem inversa, julgando-se diariamente e, assim, ele pode escapar do sofrimento no Purgatório após a morte. Contudo, devemos compreender que não haverá mérito algum se as cenas do dia forem feitas superficialmente. Não é suficiente quando revemos uma cena em que nós tenhamos prejudicado seriamente e causado a alguém muita dor e sofrimento e dizer simplesmente: “Bem, lamento muito pelo que fiz. Eu gostaria de nunca ter feito isso”. Nesse momento, somos o animal sacrificado repousado sobre o Altar dos Sacrifícios e, a menos que consigamos sentir em nossos corações o fogo divinamente inflamado do remorso queimando até o mais profundo do nosso ser, devido às nossas más ações praticadas durante o dia, de nada valerá.

Durante a antiga Dispensação[8], todas os sacrifícios eram esfregados com sal, antes de colocadas no Altar dos Sacrifícios. Todos sabemos como dói e queima quando, acidentalmente, esfregamos sal em um ferimento recente. Esse salgamento nos sacrifícios naquele Antigo Templos de Mistérios simbolizava a intensidade da dor que devemos sentir, quando nós, como sacrifícios vivos, nos colocamos sobre o Altar dos Sacrifícios. É o sentimento do remorso, o profundo e sincero arrependimento pelo que fizemos, que erradica a imagem do Átomo-semente, limpando-o e deixando-o sem manchas e, assim como na antiga Dispensação os transgressores eram justificados, quando traziam uma oferenda para ser queimada ali no Altar dos Sacrifícios, assim também nós, nos tempos atuais, ao realizar cientificamente o exercício noturno de Retrospecção, eliminamos o registro de nossos pecados. É uma conclusão precipitada que não poderemos continuar, noite após noite, a executar esse sacrifício vivo sem nos tornarmos consequentemente melhores e, deixando pouco a pouco de cometer os erros, pois do contrário seremos obrigados a nos responsabilizar quando nos recolhemos para fazer o exercício noturno. Assim, além de nos purificar de nossas falhas, esse exercício nos eleva a um nível mais elevado de espiritualidade que, de outra maneira, não poderíamos alcançar na vida atual.

Também vale ressaltar que quando um indivíduo cometia um grave delito e se refugiava no santuário, ele encontrava proteção à sombra do Altar dos Sacrifícios, pois, ali, somente o fogo divinamente inflamado podia executar o julgamento. Ele escapava das mãos dos seres humanos, mas se colocava sob as mãos de Deus. Também, de modo semelhante, o Aspirante que reconhece suas más ações todas as noites, se refugiando no altar do julgamento vivente, alcança o santuário da Lei de Causa e Efeito, e “mesmo que seus pecados sejam escarlates, ficarão tão brancos como a neve.”[9].


[1] N.T.: No Átrio do Tabernáculo

[2] N.T.: Sl 51:19

[3] N.T.: Sl 51:18

[4] N.T.: Ex 21:24

[5] N.T.: Nosso Esquema de Evolução começou no Período de Saturno e vai até o Período de Vulcano.

[6] N.T.: Lv 10:1

[7] N.T.: Esse exercício noturno é chamado de Exercício de Retrospecção.

[8] N.T.: Primeira e Segunda Dispensações, de um total de quatro.

[9] N.T.: Is 1:18

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

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