Arquivo de categoria Últimas Novidades

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quais os tipos de indivíduos que encontramos na Terra fronteiriça ou Região Limítrofe?

Ali encontramos os que não têm interesse pela Vida Superior – a vida espiritual enquanto renascidos aqui –, os de tendências materialistas, que negam a existência post-mortem. Tais indivíduos se colocam além de qualquer possibilidade de ajuda e sofrem mais do que qualquer outra alma. Ademais, ao saírem de tal plano e se elevarem aos planos celestes, quando são chamados a formar, segundo suas faculdades e sentido de harmonia e lógica, os futuros veículos e ambientes, seus pensamentos cristalizantes, suas formas desvirtuadas de pensar e sentir influem desfavoravelmente na construção dos arquétipos, gerando futuros corpos com deficiências físicas e, geralmente, com tendências consuntivas.

Eis porque a causa mais comum da tuberculose e outros tipos de doenças que vão consumindo, aos poucos, o Corpo Denso é o materialismo. Algumas vezes o sofrimento produzido por tais corpos decrépitos provoca um rápido despertar do Ego, levando-o de volta às leis de harmonia e de uma vivência superior, permitindo o normal andamento de seu processo evolutivo.

Porém, muitas vezes essas mentalidades resistem à evidência dos fatos e recrudescem sua revolta e insatisfação. Daí que maior interesse das forças que trabalham através dos diversos movimentos espiritualistas, seja o de iluminar e transformar essas mentalidades, em que jaz o maior dos perigos, porque vão perdendo o seu contato com o Ego e a necessária influência d’Ele, tornando-se um proscrito e infeliz.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama – Os Sete Dias da Criação

Notem que grandes Hierarquias Criadoras sempre ajudaram a ajudam os Espíritos Virginais a desenvolverem forma e consciência. Havia muitas Hierarquias, mas por enquanto nos ateremos só às principais, àquelas que realizaram o trabalho mais importante em cada Período.

A primeira coluna mostra que o Período de Saturno é o primeiro dos sete Períodos. Nesse primeiro estágio os Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma.

Aqui começamos a parte desse Esquema de Evolução que conhecemos como estado de Involução inconsciente, caracterizado por nos trazer á mate´ria pela cristalização em Corpos.

Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito Divino; B e F estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; C e E estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; D estava localizado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.

No Período de Saturno, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Senhores da Chama, devido à brilhante luminosidade dos seus Corpos e aos seus grandes poderes espirituais. Na Bíblia são chamados “Tronos”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.

Por repetidos esforços durante a primeira Revolução, os Senhores da Chama mps deram o germe do nosso atual Corpo Denso (em pensamento-forma) e despertaram em nós o nosso veículo Espírito Divino.

A onda de vida Senhores da Mente passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o primeiro Dia da Criação.

Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Solar.

A segunda coluna mostra, então, o Período Solar que é o segundo dos sete Períodos. Demos o segundo passo na evolução da Consciência e da Forma.

Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; B e F estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; D estava localizado no Mundo do Desejo.

No Período Solar, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Querubins e Senhores da Sabedoria. Na Bíblia são chamados “Querubins”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.

Os Querubins despertaram em nós o nosso veículo Espírito de Vida. Já os Senhores da Sabedoria nos deram o germe do nosso atual Corpo Vital (em pensamento-forma).

A onda de vida dos Arcanjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Mundo do Desejo.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o segundo Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Lunar.

A terceira coluna mostra, então, o Período Lunar que é o terceiro dos sete Períodos. Demos o terceiro passo na evolução da Consciência e da Forma.

Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Região Abstrata do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Mundo do Desejo; D estava localizado na Região Etérica do Mundo Físico.

No Período Lunar, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Serafins e Senhores da Individualidade. Na Bíblia são chamados “Serafins”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.

Os Serafins despertaram em nós o nosso veículo Espírito Humano. Já os Senhores da Individualidade nos deram o germe do nosso atual Corpo de Desejos (em pensamento-forma).

A onda de vida dos Anjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Etérica do Mundo Físico.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terceiro Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Terrestre, o Período que estamos atualmente.

Perceba: os três primeiros Períodos mencionados (de Saturno, Solar e Lunar) pertencem ao passado. Nós estamos, agora, no quarto ou Período Terrestre.

A quarta coluna mostra, então, o Período Terrestre que é o quarto dos sete Períodos. Demos o quarto passo na evolução da Consciência e da Forma.

Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Região Concreto do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados no Mundo do Desejo; C e E estavam localizados na Região Etérica do Mundo Físico; D estava localizado na Região Química do Mundo Físico.

No Período Terrestre, na terminologia Rosacruz, a principal Hierarquia Criadora que nos ajuda é denominada Senhores da Forma.

No Período Terrestre os Senhores da Mente alcançaram o estado Criador e emitiram de si, dentro do nosso ser, o núcleo do material com o qual estamos procurando agora construir uma Mente organizada, ou seja, os Senhores da Mente nos deram o germe da nossa atual Mente (em pensamento-forma). “Poderes das Trevas” foi o nome que lhes deu São Paulo, e que vemos na Bíblia.

A onda de vida humana, nós, estamos passando o nosso estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingimos o ponto mais denso que deveríamos atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Química do Mundo Físico.

Como o alimento apropriado nutre o Corpo no sentido material, assim também a atividade do espírito no Corpo Denso, manifestada como reta ação, pelos impactos externos e pela experiência promove o crescimento da Alma Consciente. No Período Terrestre começamos a extrair a Alma Consciente do Corpo Denso.

Note que a Involução compreende os Período de Saturno, Solar, Lunar e a metade marciana do Período Terrestre. O caminho da Evolução seguirá a humanidade através da metade mercurial do Período Terrestre e dos Períodos de Júpiter, de Vênus e de Vulcano.

Durante os Períodos de Saturno, Solar e Lunar e na metade passada do atual Período Terrestre, os Espíritos Virginais construíram inconscientemente seus diferentes veículos sob a direção de exaltados Seres, os quais guiaram seu progresso, despertando-os gradualmente até adquirirem seu estado atual de consciência de vigília. Esse período é chamado “Involução”.

Os três Períodos e meio restantes serão dedicados ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.

Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o quarto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Júpiter.

A quinta coluna mostra, então, o Período de Júpiter que é o quinto dos sete Períodos. Demos o primeiro passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.

Perceba que os Globos estarão na mesma posição do Período Lunar: A e G estavam localizados no Região Abstrata do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Mundo do Desejo; D estava localizado na Região Etérica do Mundo Físico.

No Período de Júpiter, o ser humano funcionará em Corpo Vital, como funciona agora em Corpo Denso.

No Período de Júpiter seremos o que podemos dizer “super-homens”: as imagens internas, como de sonho, estarão sujeitas à nossa vontade e não serão meras reproduções dos objetos exteriores. Será uma combinação das imagens internas com os pensamentos e ideias desenvolvidas conscientemente durante o Período Terrestre, isto é, será uma Consciência pictórica consciente de si. A Mente será, até certo, ponto vivificada. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.

A Alma Intelectual cresce pelo exercício da memória, que liga as experiências passadas às experiências presentes e os sentimentos por elas engendrados. Origina a simpatia e a antipatia, que não têm existência independente da memória. Sentimentos que resultassem somente das experiências seriam evanescentes. No Período de Júpiter extrairemos a Alma Intelectual do Corpo Vital.

Os animais, nossos irmãos mais jovens, serão “humanos” no Período de Júpiter.

Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o quinto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Vênus.

A sexta coluna mostra, então, o Período de Vênus que é o sexto dos sete Períodos. Demos o segundo passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.

Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; B e F estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; D estava localizado no Mundo do Desejo.

No Período de Vênus, o ser humano funcionará em Corpo de Desejos – que alcançará a sua perfeição –, como funciona agora em Corpo Denso.

No Período de Vênus seremos o que podemos dizer “semideuses”: uma consciência objetiva, consciente e criadora. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.

Os desejos e as emoções mais elevados do Corpo de Desejos formam o crescimento da Alma Emocional. No Período de Vênus extrairemos a Alma Emocional do Corpo de Desejos.

Os vegetais serão “humanos” no Período de Vênus.

Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o sexto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Período de Vulcano.

A sétima coluna mostra, então, o Período de Vulcano que é o sétimo dos sete Períodos. Demos o último passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.

Perceba que os os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito Divino; B e F estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; C e E estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; D estava localizado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.

No Período de Vulcano, o ser humano funcionará na Mente – que alcançará a sua perfeição –, como funciona agora em Corpo Denso.

No Período de Vulcano seremos o que podemos dizer “homens-deuses”: alcançaremos a perfeição, ao final do Período de Vulcano, onde poderemos imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão.

Amalgamaremos a Tríplice Alma com a Mente.

Os minerais de hoje serão a “humanidade” do Período de Vulcano.

O Período de Vulcano é o último Período do nosso plano evolutivo. Pode-se dizer que o Período de Vulcano corresponde à semana, que inclui todos os sete dias.

Depois disso se seguirá um largo intervalo de atividade subjetiva durante o qual os Espíritos Virginais absorverão todos os frutos do Período setenário de Manifestação. Passado esse intervalo, submergir-se-ão em Deus, de Quem vieram, para, ao alvorecer de outro Grande Dia, reemergirem como seus Gloriosos Colaboradores. Durante a passada evolução as possibilidades latentes foram transmutadas em poderes dinâmicos. Tendo adquirido Poder de Alma e Mente Criadora, frutos de sua peregrinação através da matéria, terão avançado da impotência à Onipotência, da ignorância à Onisciência.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Imaculada Conceição

A doutrina da Imaculada Conceição ou Imaculada Concepção é um dos mais sublimes mistérios da Religião Cristã e, talvez por essa razão, tem sido mais encarada pelo lado material do que qualquer outro dos mistérios.

A ideia popular, mas errônea, é que há 2.000 anos, um indivíduo chamado Jesus Cristo nasceu sem a necessidade da cooperação de um pai terreno e que esse incidente é tido como único na história do mundo.

Na realidade, não é assim. A Imaculada Conceição já ocorreu muitas vezes na história do mundo e será universal no futuro.

O fluxo e refluxo periódico das forças materiais e espirituais que afetam a Terra são as causas invisíveis das atividades físicas, morais e mentais exercidas sobre o nosso globo. De acordo com o axioma hermético “como em cima, assim é em baixo”, uma atividade semelhante ocorre no ser humano, que é uma edição menor da Mãe Natureza.

Os animais têm vinte e oito pares de nervos espinhais e, atualmente, estão em seu estado lunar, perfeitamente sintonizados com os vinte e oito dias que a Lua demora para circundar o Zodíaco. O Espírito-Grupo regula o acasalamento dos animais em estado selvagem. Por isso, neles não existe o abuso.

O ser humano, no entanto, encontra-se em estado de transição: progrediu demasiado e por isso mesmo não obedece às vibrações lunares, porque tem trinta e um pares de nervos espinhais. Mas ainda não está sintonizado com o mês solar de trinta e um dias e se acasala em qualquer época do ano; daí o período menstrual da mulher, o qual, em condições apropriadas, é utilizado para formar parte do corpo de um filho mais perfeito que o do seu pai ou de sua mãe.

De igual modo, o fluxo periódico da humanidade se converte em espinha dorsal do adiantamento racial; o fluxo periódico das forças espirituais da Terra, que ocorre no Natal, resulta o nascimento de Salvadores que, de tempos em tempos, renovam os impulsos para o avanço espiritual da raça humana.

A Bíblia possui duas partes: o Velho e o Novo Testamento. Depois de relatar resumidamente como foi formado o mundo, o Antigo Testamento nos fala da “Queda”.

Nós entendemos que a “Queda” foi ocasionada pelo abuso ignorante da força sexual do ser humano, em ocasiões em que os raios interplanetários eram adversos à concepção dos melhores e mais puros veículos. Desse modo, o ser humano foi se aprisionando gradualmente em um Corpo Denso, cristalizado pela pecaminosa paixão e, consequentemente, dentro de um veículo imperfeito, sujeito ao sofrimento e à morte.

Então começou a peregrinação através da matéria e por milênios temos vivido neste duro e cristalizado corpo que obscurece a luz dos Céus ao Espírito interno. O Espírito é como um diamante encerrado em uma crosta grosseira e os lapidadores celestiais, os Anjos do Destino, estão continuadamente procurando remover essa crosta a fim de que o Espírito possa brilhar através do veículo que anima.

Quando o lapidário encosta o diamante na pedra polidora, ele emite um gemido, como se fosse um grito de dor, à medida que a cobertura opaca se desprende. Aos poucos, o diamante bruto que é submetido às aplicações da pedra transforma-se em gema de transcendental brilho e pureza.

Do mesmo modo, os seres celestiais que zelam pela nossa evolução nos oprimem fortemente contra a pedra polidora da experiência. Dores e sofrimentos resultam disso e despertam o Espírito que dorme dentro de nós. O ser humano que até este momento se contentou com as coisas materiais, que tem sido indulgente com os sentidos e com o sexo, sente descontentamento e isso o impele a buscar uma vida mais elevada.

No entanto, a satisfação dessa sublime aspiração é normalmente acompanhada de uma luta muito severa, por parte da natureza inferior. Foi durante essa luta, que São Paulo exclamou com toda a angústia de um coração devoto e aspirante: — “Infeliz homem que sou… Porque eu não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero… Porque eu me deleito na lei de Deus, segundo o homem interior, mas sinto nos meus membros outra lei que repugna à lei do meu Espírito e que me faz cativo na lei do pecado, que está nos meus membros.” (Rm 7:19-24).

Quando se espreme uma flor, liberta-se a sua essência e, assim, enche-se o ambiente com a sua grata fragrância, que deleita o olfato de todos os que tenham a sorte de estar próximos. Os golpes do destino podem envolver um homem ou uma mulher que tenha chegado ao estado de eflorescência, mas isso servirá para mostrar a doçura da natureza e exaltar a beleza da alma, até que brilhe com fulgor, marcando o seu possuidor com um halo luminoso.

Essa pessoa encontra-se no caminho da Iniciação. Ela aprende como o licencioso uso do sexo, sem ter em conta os raios astrais, fizeram-na prisioneira do corpo; como está acorrentada a ele e como, por meio do uso apropriado dessa mesma força sexual, em harmonia com os Astros, poderá gradualmente melhorá-lo e sutilizá-lo, obtendo afinal a libertação da existência concreta.

Um construtor naval não pode fazer um barco de carvalho usando madeira comum. Nem o ser humano colhe uvas de espinheiros; semelhante atrai semelhante e um Ego de natureza passional, quando se encarna, é arrastado para pais da mesma natureza; deste modo, o seu corpo será concebido em harmonia com o impulso do momento, pela satisfação dos sentidos.

A alma que provou da taça da tristeza devido ao abuso da força criadora e bebeu sua amargura, gradualmente buscará pais cada vez menos dominados pelos instintos passionais, até que por fim obterá a Iniciação.

Havendo sido instruída, no processo da Iniciação, sobre a influência dos raios astrais no parto, o próximo corpo será gerado por pais Iniciados, sem paixão e sob a constelação mais favorável para o trabalho a que o Ego se propôs.

Por isso, os Evangelhos (que são fórmulas de Iniciação) começam com o relato da Imaculada Conceição e terminam com a Crucifixão, ambos ideais maravilhosos que teremos de alcançar, porque somos Cristos em formação e alguma vez passaremos pelo nascimento místico e pela morte mística anunciados nos Evangelhos. Por meio do conhecimento poderemos apressar o dia da nossa libertação, em vez de frustramos estupidamente o nosso desenvolvimento espiritual, como agora fazemos.

Em relação à Imaculada Conceição, prevalecem incompreensões em todos os sentidos, como: a perpétua virgindade da mãe depois do parto; a baixa posição de José como suposto pai adotivo, etc. Vamos rever rapidamente esses pontos, como são revelados na Memória da Natureza.

Em algumas partes da Europa, classifica-se de “bem-nascidos” ou mesmo “altamente bem-nascidos” as pessoas de classe elevada, filhos de pais que têm lugar preponderante na sociedade. Tais pessoas, por vezes, olham com desdém os de modesta posição.

Nada temos contra a expressão “bem-nascidos” e desejaríamos mesmo que todos fossem bem-nascidos; isto é, que fossem filhos de pais de alta posição moral, sem nos importar a sua hierarquia social.

Existe uma virgindade da alma que é independente do estado do corpo, uma pureza da Mente que conduz quem a possui ao ato da geração sem a mancha da paixão e torna possível que a mãe tenha o filho em seu seio com um amor inteiramente isento do desejo sexual.

Antes de Cristo, isso teria sido impossível. Em tempos remotos, na jornada do ser humano sobre a Terra, era mais desejável a quantidade do que a qualidade e daí a ordem: “Crescei e multiplicai-vos”. Além disso, foi necessário que o ser humano esquecesse temporariamente sua natureza espiritual e concentrasse suas energias sobre as condições materiais. A indulgência em relação à paixão sexual atingiu esse objetivo e a natureza de desejos teve amplitude em suas funções. Floresceu a poligamia e quanto mais filhos tivesse um matrimônio, mais se honrava, enquanto a esterilidade era vista como a maior aflição possível.

Por outro lado, a natureza de desejos foi refreada pelas leis dadas por Deus e a obediência aos mandatos divinos foi forçada por castigos aplicados aos transgressores, tais como guerras, pestes ou fome. Recompensava-se a rigorosa observância desses mandatos e os filhos, o gado e as colheitas do ser humano “reto” eram numerosos; ele obtinha vitórias sobre os seus inimigos e a taça da felicidade transbordava para ele.

Mais tarde, quando a Terra estava suficientemente povoada, depois do dilúvio Atlante, a poligamia foi decrescendo cada vez mais, tendo como resultado a melhoria da qualidade dos corpos e, na época de Cristo, a natureza de desejos podia ser refreada, no caso dos mais avançados entre a humanidade; o ato gerador tornava-se possível sem paixão, para que os filhos fossem concebidos imaculadamente.

Assim eram os pais de Jesus. Diz-se que José era um carpinteiro; todavia ele não era um trabalhador de madeira, mas um “construtor” no mais alto sentido. Deus é o grande Arquiteto do Universo. Abaixo de Deus existem muitos construtores de diferentes graus de esplendor espiritual. Todos estão ocupados e comprometidos na construção de um templo sem ruído de martelos e José não era uma exceção.

Por vezes, perguntam-nos por que os Iniciados são sempre homens e nunca mulheres. Não é assim: nos graus inferiores existem muitas mulheres; mas quando é permitido a um Iniciado escolher o sexo, normalmente prefere um Corpo Denso que é positivo, masculino, pois a vida que o conduziu à Iniciação espiritualizou o seu Corpo Vital e o tomou positivo sob todas as condições, de modo a ter, então, um veículo da mais alta eficiência.

No entanto, há épocas em que as exigências de natureza evolutiva requerem um corpo feminino, como por exemplo para prover um corpo do mais refinado tipo, a fim de que receba um Ego de grau elevadíssimo. Então, um alto Iniciado pode tomar um corpo feminino e passar novamente pela experiência da maternidade, depois de, talvez, ter deixado de fazer por várias vidas, como foi o caso do formoso caráter que conhecemos como Maria de Belém.

Em conclusão, recordemos os pontos expostos: somos Cristos em formação; algum dia cultivaremos qualidades tão imaculadas que nos tornem dignas de habitar corpos imaculadamente concebidos.

Quanto mais depressa começarmos a purificar as nossas Mentes, tanto mais rápido alcançaremos esse objetivo. Em última análise, isso depende apenas da honestidade dos nossos propósitos e da força da nossa vontade.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1969)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que significa a salvação e a “condenação eterna”?

Resposta: As Religiões ortodoxas dizem que aqueles que praticaram o bem nesta vida serão salvos, ou seja, irão para um céu não muito bem definido, e que aqueles que falharam em alcançar essa salvação são mergulhados em um inferno do qual não temos muito conhecimento, exceto que é um lugar de sofrimento. Uma vez todos julgados, bons e maus, vão para seus respectivos lugares; não há redenção para as almas perdidas e nenhum perigo de uma queda para aqueles que foram salvos.

Tal interpretação está radicalmente errada, se recorrermos ao dicionário grego como fonte autorizada, pois obviamente, o significado depende da palavra traduzida como “eterna“. Essa palavra é aionian, e no dicionário é traduzida como “um tempo, um período indefinido, uma vida toda” etc. Podemos, então, perguntar para nós mesmos qual é o verdadeiro significado da passagem citada e, com o objetivo de descobrir esse significado será necessário ter uma visão mais compreensiva da vida.

No início da manifestação, Deus, uma grande chama, diferencia um vasto número de chamas ou centelhas incipientes dentro de Si mesmo, não de Si mesmo, pois é um fato real que “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”. Nada pode existir fora de Deus. Portanto, dentro de Si mesmo, Deus diferencia essas incontáveis almas. Cada uma delas é potencialmente divina, cada uma encerra todos os Seus poderes como a semente encerra a planta, mas da mesma forma que a semente deve ser enterrada no solo para germinar a planta, também é necessário que essas centelhas divinas sejam imersas em veículos materiais para que possam aprender lições que só serão assimiladas e se tornarão ativas como faculdades em uma existência separada como a que existe no mundo.

O mundo pode ser considerado uma escola de treinamento para os espíritos em evolução. Alguns deles começaram cedo e se empenharam diligentemente na tarefa que tinham pela frente; consequentemente, progrediram rapidamente. Outros começaram mais tarde e ficaram atrasados. Eles são, portanto, deixados para trás no Caminho da Evolução; mas, no final, todos atingirão a meta da perfeição. Em consequência desse fato, existem várias classes desses espíritos peregrinos e, antes que um grupo ou classe de espíritos possa ser promovido a um degrau acima na evolução, é necessário que atinjam um determinado nível de proficiência. Eles são salvos de uma condição inferior, já que a superaram. Uma vez adquirido esse grau de eficiência, eles são promovidos para outra classe, em uma outra época. Mas, entre um grande número, sempre há os atrasados, e esses são condenados a permanecer dentro da classe na qual se encontram até que alcancem o estágio de crescimento necessário para o avanço. O plano é similar ao método em que as crianças de uma escola são promovidas a uma classe superior nos exames anuais, se conseguirem atingir certo grau de conhecimento; do contrário, estarão condenadas a ficar para trás – não para sempre, mas apenas até que outro exame anual prove que elas conseguiram se qualificar.

O que precede não é uma representação distorcida ou errada do significado da palavra “aionian”. Foi usada em outras partes da Bíblia de uma maneira que corrobora a nossa afirmação. Por exemplo, na Carta de São Paulo a Filemon, quando lhe devolve o escravo Onésimo com as seguintes palavras: “Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre”. A palavra “para sempre” é a mesma palavra “aionian” que é traduzida como “eterna” quando se refere à condenação e à salvação e, facilmente, podemos ver que, nesse caso, pode significar apenas uma parte de uma vida, pois nem São Paulo nem Filemon, dessa forma, viveriam para sempre.

(Pergunta nº 92 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Volume I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Gratidão atrai Saúde

No Primeiro Céu, quando vivenciamos o processo panorâmico, após abandonar o Corpo Denso, os bons atos da nossa vida são a base do sentimento. Ao chegarmos às cenas em que ajudamos a outrem, viveremos de novo toda a alegria de bem agir e sentiremos toda a gratidão emitida por aquele a quem ajudamos. Quando vemos de novo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltaremos a sentir toda a gratidão que emitimos ao nosso benfeitor. Daqui ressalta a importância de apreciar os favores que nos têm sido feitos, a gratidão produz crescimento anímico. (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).

Em uma de suas lições mensais, “O povo escolhido por Deus”, Max Heindel relembra a seus Estudantes a necessidade de se expressar gratidão pelos Irmãos Maiores, por ter recebido os Ensinamentos Rosacruzes que satisfazem a alma de maneira que o espírito possa evoluir por meio da gratidão.

Talvez não tenhamos percebido que, na mesma proporção que o nosso espírito amadurece, há um aumento no poder que atrai, para o nosso corpo, as forças de cura; isso pode ser verdade, porém todos os distúrbios resultam de uma origem espiritual.

Mas, à medida que progredimos espiritualmente e equilibramos os nossos veículos superiores, eliminamos as congestões que resultaram em doenças.

Nunca deveríamos esquecer que somos divinos e que temos uma força latente ilimitada. Quando nos conscientizarmos de nossas transgressões e começarmos a obedecer às leis que violamos, apagaremos de nossos veículos superiores as condições que se manifestaram em aflições nos corpos físico, emocional e mental, e começaremos a expressar a divindade interna.

Quando formos curados, não esqueçamos de agradecer aos nossos companheiros, os nossos Irmãos Maiores e, acima de todos, ao nosso Pai Celestial, que nos proporciona todas as riquezas da vida.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de maio-junho/1995)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Processo da Digestão: exemplos de combinações que lhe fará bem

Como é sabido que os alimentos se agrupam em vários tipos que exigem digestões diferentes umas das outras, é lógico que também os separemos conforme a espécie, evitando ingeri-los na mesma refeição. Os alimentos ricos em hidratos de carbono, como provém principalmente dos cereais e tubérculos, começam sua digestão na boca, sob a ação da ptialina.

Mas, os alimentos proteicos, como os feijões, os ovos e o queijo recebem maior contribuição no estômago, sob os efeitos da pepsina do suco gástrico, em ambiente ácido.

Os sucos que digerem os hidratos de carbono e os que atuam sobre as proteínas, são elementos diferentes, que não se comportam bem quando forçados a estarem juntos. E quando forçados causam fermentações.

Visto como a fermentação pode destruir até pouco mais de 80 % dos nutrientes ingeridos, acontece que, mesmo as pessoas que comem bem, podem estar malnutridas.

Portanto, comer bem é mais do que comer alimentos de boa qualidade, é comer de tal maneira que o máximo dos nutrientes sejam incorporados.

Para ajudar na escolha das combinações mais adequadas para seu organismo, a tabela de grupos de alimentos e das suas relações aceitáveis, encontra-se ao lado. As setas indicam quais os alimentos podem ser combinados favoravelmente:

  1. Exemplos de proteínas: feijões, ervilhas, grão de bico, soja, vagens, queijos, ovos e que combinam com hortaliças (exemplos: alface, couve, repolho, agrião, endívia, cenoura, beterraba, rabanete, chuchu, beringela, pepino, pimentão) e oleaginosas (exemplos: nozes, avelã, amêndoas, castanhas do Pará, caju, amendoim, azeitonas, sementes de girassol, de gergelim, de abóbora).
  2. Exemplos de cereais: grãos amiloides como: arroz integral, trigo integral, centeio, cevada, aveia, milho e que combinam com hortaliças (alface, couve, repolho, agrião, endívia, cenoura, beterraba, rabanete, chuchu, beringela, pepino, pimentão) e oleaginosas (exemplos: nozes, avelã, amêndoas, castanhas do Pará, caju, amendoim, azeitonas, sementes de girassol, de gergelim, de abóbora) e com frutas e leite.
  3. Exemplos de hortaliças: alface, couve, repolho, agrião, endívia, cenoura, beterraba, rabanete, chuchu, beringela, pepino, pimentão e que combinam com hortaliças e oleaginosas (exemplo: nozes, avelã, amêndoas, castanhas do Pará, caju, amendoim, azeitonas, sementes de girassol, de gergelim, de abóbora) e com frutas e leite e, ainda, com tubérculos feculentos (batata, mandioca, batata-doce, cará, mandioquinha)
  4. Exemplos de oleaginosas (exemplos: nozes, avelã, amêndoas, castanhas do Pará, caju, amendoim, azeitonas, sementes de girassol, de gergelim, de abóbora) que combinam com tubérculos feculentos (batata, mandioca, batata-doce, cará, mandioquinha)

** outras combinações não são favoráveis.

Aqui valem três dicas:

  1. Não ingerir líquidos durante as refeições e só fazê-lo após uma hora dela;
  2. Dar um espaço de 4 horas entre as refeições principais;
  3. Sucos de frutas devem ser tomadas 20 minutos antes das refeições.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho-agosto de 1997)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Uma ideia geralmente aceita que cada alma individual teve um começo, não obstante constituída de tal maneira a ser imperecível. Há argumentos ou passagens da Bíblia que esclareça isso?

Pergunta: Uma ideia geralmente aceita que cada alma individual teve um começo, não obstante constituída de tal maneira a ser imperecível. Isso foi posto em dúvida por uma pessoa que acredita ser a morte o fim de todas as coisas; eu gostaria de encontrar alguns argumentos ou passagens da Bíblia de modo a poder convencê-la de que está equivocada. Poderia me ajudar?

Resposta: Embora haja um número considerável de meios pelos quais é possível demonstrar que a morte não é o fim de tudo, tememos que nem mesmo “uma montanha” de argumentos convencerá uma pessoa daquilo que ela não está pré-disposta a crer. O questionador deve estar lembrado da parábola contada por Cristo, a respeito da morte de um rico e de um mendigo chamado Lázaro (Lc 16:19-31). Quando o rico desejou que fosse permitido a Lázaro voltar à Terra para avisar seus irmãos, Abraão disse: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite“. Essa é a questão. Já ouvimos cientistas jactarem-se de não crer na vida post-mortem mesmo que vissem realmente um Espírito. A lógica e a razão os tornaram convictos, para sua inteira e completa satisfação, de que não há Espírito. E considerariam estarem sofrendo de alucinações se vissem realmente um fantasma.

Também não nos é possível extrair citações categóricas da Bíblia. A palavra “imortal” não parece no Antigo Testamento. Aparece a expressão “mortal, deves morrer”, e a vida longa era olhada como uma recompensa à obediência. A palavra “imortal” também não ocorreu nos quatro Evangelhos, porém nas Epístolas de São Paulo ela aparece seis vezes. Em uma das passagens ele fala de Cristo ter trazido à luz a imortalidade por meio da revelação. Noutra ele nos diz que “essa mortalidade deve revestir-se de imortalidade“. Na terceira passagem ele torna claro que a imortalidade é proporcionada aos que a procuram. Num quarto trecho ele fala de nosso estado, “quando este mortal revestir-se de imortalidade“. Numa quinta passagem, declara que “somente Deus é imortal“, e na sexta passagem é uma adoração do Rei Eterno, imortal e invisível. Vemos, pois, que a Bíblia não ensina, por nenhum meio, que a alma é imortal, mas por outro lado ela diz enfaticamente, “a alma que peca deve morrer“. Isto seria uma impossibilidade se a alma fosse inerente e intrinsecamente imperecível. Também não podemos provar a imortalidade da alma usando passagens tais como lemos no Evangelho Segundo São João no capítulo 3 e versículo 16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”. Se basearmo-nos nessa citação, para provar que a alma é eterna, possuída de uma vida interminável, também devemos aceitar as passagens que dizem serem as almas condenadas a um tormento eterno, como o exigem algumas denominações ortodoxas. Na realidade, essas passagens nada provam de uma felicidade ou um tormento eterno. Se tomarmos o dicionário Grego de Liddel e Scott, veremos que a palavra traduzida por “eterno” na Bíblia, corresponde à palavra grega “aionian”, que significa “um tempo, um período indefinido, uma vida toda”, etc. Vemos essa expressão empregada corretamente na Epístola de São Paulo a Filemon, quando lhe devolve o escravo Onésimo com as seguintes palavras: “Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre”. A palavra “para sempre” é a mesma palavra “aionian” que é traduzida como “eterna” quando se refere à condenação e à salvação e, facilmente, podemos ver que, nesse caso, pode significar apenas uma parte de uma vida, pois nem São Paulo nem Filemon, dessa forma, viveriam para sempre.

Qual é, pois, a solução? Será a imortalidade apenas uma invenção da fantasia, incapaz de ser comprovada? Certamente que não, porém é necessário que façamos uma diferença rigorosa entre alma e Espírito. Essas duas palavras são tomadas, frequentemente, como sinônimas, sem o serem. Temos na Bíblia a palavra hebreia Ruach, e a palavra grega Pneuma, ambas significando Espírito, enquanto que a palavra hebreia Neshammah e a grega Psuke significam alma. Em acréscimo a essas, temos a palavra hebreia Nephesh, que significa sopro, respiração, mas que foi traduzida por vida em alguns lugares e por alma em outros, de acordo com as conveniências dos tradutores da Bíblia. É isso que causa a confusão. Por exemplo, narra-se no Livro do Gênesis que Jeová formou o ser humano do pó da terra e soprou em suas narinas a respiração, o fôlego (nephesh) e o ser humano tornou-se uma criatura que respira (nephesh chayim), e não uma alma vivente tal como está no Livro do Gênesis, capítulo 2, versículo 7.

Com referência à morte, lemos no Livro do Eclesiastes capítulo 3, versículo 19-20, e também em outros trechos, que não há diferença entre o ser humano e o animal, “como morre um, assim morre o outro; e todos tem o mesmo folego (nephesh, novamente)”. Isso parece indicar que o ser humano não tem preeminência sobre as bestas e que todos vão para o mesmo lugar. Há, porém uma distinção bem definida entre Espirito e corpo, pois sabemos que “quando o Cordão Prateado se rompe, o corpo volta ao pó de onde foi tirado e o Espírito retorna a Deus, de onde saiu”. A palavra morte em parte alguma está associada a Espírito, e a doutrina da imortalidade do Espírito é ensinada de modo conclusivo pelo menos uma vez na Bíblia Evangelho Segundo São Mateus capítulo 11, versículo 14, onde Cristo diz, referindo-se a João Batista: “É este o Elias“. O Espírito que deu alma ao corpo de Elias renasceu como Joao Batista. Deve, pois, ter sobrevivido a morte corporal e ter sido capaz de continuar a viver. Para obter ensinamentos mais profundos e definitivos sobre este assunto, devemos, porém procurar um ensinamento místico, e aprendemos no Livro “Conceito Rosacruz de Cosmos” que os Espíritos Virginais, enviados as asperezas deste mundo como Raios de Luz da Chama Divina (que é nosso Pai que está nos céus), devem primeiro sofrer um processo de involução na matéria, cristalizando-se cada raio num Tríplice Corpo. Receberam, então, uma Mente que se tornou o ponto de apoio sobre o qual a Involução se transforma em Evolução. E a Epigênese, a divina habilidade criadora do Espírito, é a alavanca com a qual o Tríplice Corpo espiritualiza-se em Tríplice Alma e amalgama-se com o Tríplice Espírito, sendo a alma o extrato da experiência com a qual o Espírito é levado da ignorância até a onisciência, da impotência à onipotência, tornando-se, finalmente, semelhante a seu Pai que está nos céus.

É-nos impossível, com nosso intelecto racional limitado, compreender a magnitude dessa tarefa, mas percebemos (intuitivamente) que há um caminho longo para chegar à onisciência e a onipotência. E isso deve exigir muitas vidas. Vamos, portanto a Escola da Vida do mesmo modo que as crianças vão as escolas aqui na Terra. E, assim como há noites de descanso entre um dia escolar e outro, há também noites (a morte) entre nossos dias na Escola da Vida. A criança sempre retoma a lição no ponto em que foi deixada no dia anterior. Também nós, quando voltamos a renascer, retomamos as lições da vida no ponto em que foram deixadas na existência anterior.

Quanto à pergunta de porque não nos lembramos de nossas existências passadas, a resposta é simples. Não nos lembramos claramente do que fizemos há um mês, um ano ou há vários anos atrás; como, pois, esperamos lembrar-nos do que está muito mais recuado no tempo? Só se tivéssemos um cérebro diferente, harmonizado a consciência de vidas anteriores. Não obstante, há pessoas que recordam de suas existências passadas, e muitas mais pessoas estão cultivando essa faculdade cada ano que passa, pois é uma faculdade latente em todos os seres humanos.

Portanto, o neófito que transpôs os umbrais da Iniciação para os Mundos invisíveis é sempre levado ao leito de uma criança moribunda. Ele vê o Espírito sair e cuida de observar esse Espírito no Mundos invisíveis até que ele se apresente para um novo renascimento. Uma criança é escolhida para esse fim, pois está destinada a renascer dentro de um ou dois anos. Desse modo, dentro de um espaço de tempo relativamente curto, o neófito vê com seus próprios olhos como um Espírito cruza os umbrais da morte e volta a entrar na vida física, através do ventre materno. Ele tem, então, a prova. A razão e a fé devem bastar aqueles que não estão preparados para o conhecimento direto, que “não é cobrado em ouro, mas por meio uma vida de abnegado e amoroso serviço aos demais”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 04/1974 – pela Fraternidade Rosacruz – SP – traduzido da Revista Rays From the Rose Cross)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os tons emitidos por Deus e Seus auxiliares, por exemplo, no Período de Saturno

Todo o Sistema Solar é um vasto instrumento musical, que é Deus. No Período de Saturno, os tons emitidos por Ele e Seus auxiliares são representados pelos tons produzidos pela oitava mais baixa da escala musical.

Foram esses tons, começando com o mais baixo, que construíram, sucessivamente, os sete Globos do Período de Saturno nos quais toda a vida existia, assim iniciando o seu lento, mas seguro, desenvolvimento.

As teclas brancas de um piano de todas as oitavas musicais produzem os tons construtores, positivos; e as teclas pretas produzem os tons assimilativos, negativos.

Ambos os tons são necessários para produzir resultados (Vontade, Amor, Atividade – Pai, Filho e Espírito Santo; assim como é em cima, assim é embaixo).

As ondas de vida que trabalharam conosco durante o Período de Saturno foram: Áries, Touro e Leão.
A nota-chave de Áries é Re Bemol maior.
A nota chave de Touro é Mi Bemol maior.
A nota chave de Leão é Lá Sustenido maior.

Note que as teclas pretas no piano são assimilativas e foi, durante a primeira Revolução deste Período de Saturno, que a Hierarquia Zodiacal de Leão, Senhores da Chama, conseguiram implantar, na estrutura em evolução do ser humano, o germe do Corpo Denso. Nessa época, cada ser humano era um Espírito Virginal diferenciado puro, que tinha como Campo de Evolução o Mundo do Espírito Divino, que é o Mundo da vontade pura, o Mundo mais elevado que compõe o Caminho da Evolução.

 (trecho do Livro: A Escala Musical e o Esquema de Evolução, digitalmente publicado pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Motivo de uma aparente contradição: um método de libertação espiritual não atrai tanta gente

Muitas vezes tenho-me perguntado em minhas meditações porque, sendo a Filosofia Rosacruz, tão obviamente um método de libertação espiritual, de elevação moral, de vivência amável e confortadora não atrai para si verdadeiras multidões.

“Exatamente por esses mesmos motivos”, segreda-me uma vozinha suave.

Não é fácil libertarmo-nos dos tabus que orientaram toda a nossa vida pregressa. Tampouco é fácil aprendermos a andar com os nossos trôpegos pés, sem “muletas morais”, sobre as quais possamos jogar o peso da culpa de nossas fraquezas e às quais possamos voltar arrependidos, para logo em seguida incidirmo-nos mesmos erros.

Aprendemos com a Filosofia Rosacruz a nos responsabilizarmos por nossas próprias ações, na conscientização de nossa própria individualidade Cristã; aprendemos a observar e discernir, e tirar o máximo proveito das lições que a própria vida nos ensina. O preceito “orai e vigiai” está sempre vivo. Ainda assim, quando, por força dos velhos hábitos, reagimos em desacordo com as normas que passaram a se constituir em vivência Cristã, recolhemo-nos em nossa alma e, do solo pedregoso onde fomos lançados pela força avassaladora de nossa Personalidade ainda deseducada e viciosa, levantamo-nos novamente, humildes, mas esperançosos e continuamos, corajosamente, nossa caminhada por sabermos, embora falíveis e fracos, que estando sintonizados na luz de Cristo, que nos ampara, teremos novas oportunidades para servir.

Embora continuemos, aparentemente, a viver uma vida comum, damo-nos conta de uma mudança sutil em nossos velhos hábitos e temos a coragem de assumir nossa nova roupagem perante aqueles que nos rodeiam. O fumo, a bebida alcoólica e os alimentos à base de carne animal de nossos irmãos menores são coisas do passado e não nos deixam saudades. E a causa é porque estamos conscientes da presença de Deus, afastamo-nos discretamente de toda conversa picante; porque é nossa obrigação mantermos a Mente, a via de comunicação do Cristo Interno, sempre aberta e desimpedida, esforçamo-nos (embora nem sempre com sucesso) para expulsar os pensamentos capciosos sugeridos pelo nosso Corpo de Desejos indisciplinado.

Passamos a construir a nossa volta, uma amável carapaça contra as críticas ditas em tom brejeiro, suscitadas pelos nossos novos hábitos, por sabermos que tudo que foge à regra geral causa estranheza.

Mesmo sabendo que conseguimos galgar um degrau na escada do desenvolvimento espiritual não nos orgulhamos, pois sabemos que a ascensão à nossa frente é infinita e é nossa obrigação ajudarmos aqueles que encontramos no caminho a subir em direção à Luz que vislumbramos no horizonte distante.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 02/1980 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 13 – O Princípio e o Fim dos Sexos

Tudo que se manifestou durante a curva descendente da involução subsiste até alcançar o ponto correspondente do arco ascendente da evolução.

Os atuais órgãos de geração degenerarão e se atrofiarão.

Os órgãos femininos foram os primeiros a existir como unidade separada. De acordo com a lei que diz que “o primeiro será o último”, serão os órgãos femininos os últimos a atrofiar-se.

Os órgãos masculinos começaram a diferenciar-se depois e, já agora, começam a separar-se do Corpo.

Agora vamos ver a razão de ter que ser assim:

Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos (na qual trabalharam Jeová e seus Anjos), o Ego começou a agir ligeiramente em seu Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o ser humano não tinha plena consciência de vigília, tal como possui hoje, mas com metade da força sexual, construiu o cérebro para expressão de pensamento, na forma já indicada. Estava mais desperto no Mundo Espiritual do que no Físico, mal podia ver seu Corpo e era inconsciente do ato de propagação. A afirmação da Bíblia de que Jeová adormeceu o ser humano, nesse ato é correta. Não havia nem dor nem perturbação alguma relacionada com o parto. Sua obscura consciência do ambiente não o inteirava, ao morrer, da perda do Corpo nem, ao renascer, da entrada noutro Corpo Denso.

Recorde-se: os Espíritos Lucíferos eram uma parte da humanidade do Período Lunar, os atrasados da onda de vida dos Anjos. Eram demasiado avançados para tomarem um Corpo Denso físico, mas necessitando de um “órgão interno” para aquisição de conhecimento podiam trabalhar por meio deum cérebro físico, coisa fora do poder dos Anjos ou de Jeová.

Esses espíritos entraram na coluna espinhal e no cérebro e falaram à mulher, cuja imaginação, conforme já se explicou, tinha sido despertada pelas práticas da Raça Lemúrica. Sendo a consciência predominantemente interna, pictórica, e porque tinham entrado em seu cérebro por meio da medula espinhal serpentina, a mulher viu aqueles espíritos como serpentes.

No preparo da mulher estava incluído assistir e observar as perigosas lutas e feitos dos seres humanos que se exercitavam no desenvolvimento da vontade. Muito frequentemente os Corpos morriam nas lutas.

A mulher surpreendia-se ao ver essas coisas tão raras e tinha obscura consciência de que algo estranho acontecia. Embora consciente dos espíritos que perdiam seus Corpos, a imperfeita percepção do Mundo Físico não lhe dava poder para revelar aos amigos que seus Corpos físicos tinham sido destruídos.

Os Espíritos Lucíferos resolveram o problema “abrindo-lhe os olhos”. Fizeram-na ciente dos Corpos, o seu e o do homem, e ensinaram-na como podiam conquistar a morte, criando Corpos novos. A morte não poderia mais dominá-los porque, como Jeová, teriam o poder de criar à vontade.

Assim, Lúcifer abriu os olhos da mulher, e ela, vendo, ajudou o homem a abrir o seu. Desta maneira, de forma real, se bem que obscura, começaram a “conhecer” ou a perceberem-se uns aos outros e, também, ao Mundo Físico. Fizeram-se conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. O ser humano deixou de ser um autômato. Converteu-se num ser que podia pensar livremente, à custa de sua imunidade à dor, às enfermidades e à morte.

Como vimos, o ser humano obteve o conhecimento por via cerebral, com o concomitante egoísmo, à custa do poder de criar sozinho, e a vontade livre à custa da dor e da morte. Quando aprender a empregar a inteligência para o bem da humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e guiar-se-á por um conhecimento inato muito superior à atual consciência manifestada por via cerebral, tão superior a esta como a sua consciência de hoje é superior à consciência animal.

A queda na geração foi necessária à construção do cérebro, que é um meio indireto de adquirir conhecimento. Será sucedido pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza. Então, sem cooperação alguma, o ser humano poderá utilizar esta Sabedoria na geração de novos Corpos. A laringe falará novamente a “Palavra perdida”, ou “Fiat Criador”, outrora empregada pelos antigos lemurianos sob a direção dos grandes instrutores, para criar vegetais e animais.

Será um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada ou a fórmula mágica poderá criar um Corpo novo.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

Idiomas