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A Lua na Tradição Oculta – Parte I – A Significância Espiritual da Lua Nova

A Lua na Tradição Oculta – Parte I – A Significância Espiritual da Lua Nova

Corinne Heline

Os primeiros ensinamentos do Templo foram dados quase no início da civilização. Nenhum desses ensinamento está perdido; mas, através dos tempos foram endereçados aos cuidados das Escolas de Mistérios e ainda estão disponíveis aos “poucos” que estão prontos para recebê-los. Muitos dos belos cerimoniais simbólicos e pertencentes aos antigos Templos de Mistérios foram incorporados às várias Religiões do mundo. Talvez os dois mais importantes desses cerimoniais, levados à primitiva Igreja Cristã, sejam o cerimonial do Batismo e o da Festa do Amor Místico que, na terminologia da igreja, é chamado de Eucaristia ou Sagrada Comunhão.

Esses dois cerimoniais, como observados nos antigos Templos de Mistérios, geralmente eram comemorados nas noites de Lua Nova e Lua Cheia. Os neófitos do Templo eram ensinados que esses são os pontos espirituais elevados de cada mês, porque nas noites de Lua Nova e Lua Cheia há uma liberação adicional de energias espirituais em todo o Planeta Terra, exterior e interiormente.

É significativo que em vários livros do Antigo Testamento o leitor seja advertido contra a participação nos festivais da Lua, e eles são o objeto de muitas repreensões veementes de vários profetas. A razão para isso é que os cerimoniais religiosos pertencentes à Era de Touro, embora belos e puros em suas concepções originais, no tempo do Antigo Testamento degeneraram em feitiçaria e sensualismo do tipo mais degradante. As assembleias da Lua Nova haviam se tornado conclaves sombrios e sinistros, sob a égide dos deuses e deusas da feitiçaria, enquanto as festas da Lua Cheia eram tempos de folia licenciosa, descritos no Antigo Testamento como a adoração ao bezerro de ouro. À parte desses festivais degenerativos, no entanto, havia verdadeiros Mistérios da Lua que eram celebrados nos santuários mais internos do Templo, que sempre foram uma forma da ordem celestial mais elevada e sagrada.

Para o Aspirante no Templo do Mistério, a Lua Nova é uma época de novos começos. É tempo de consagração e dedicação aos mais exaltados ideais aos quais ele aspira. No final de cada mês lunar, portanto, ele examina cuidadosamente, em retrospecto, todas as obras do mês que acabou de terminar e observa em que falhou em viver fiel a esses ideais, tentando descobrir o motivo dessas falhas.

Um dos mais notáveis videntes modernos disse que o único e verdadeiro fracasso que alguém pode conhecer é deixar de tentar; e, assim, o Discípulo do Templo de Mistério tem a oportunidade de rever suas falhas. Por mais lamentáveis que sejam, ele sabe que não são irremediáveis, porque não parou de tentar.

Logo após o festival da Lua Nova e a cada mês, o Discípulo é instruído a se doar a um ideal pessoal ou de um movimento que contribuirá, por menor que seja, para a elevação da humanidade e o aprimoramento do mundo. Isso é feito para provar sua abnegação total e irrestrita, em harmonia com o belo mantra Rosacruz: “O serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais agradável que conduz a Deus”.

Nos ensinamentos do Templo, o cerimonial batismal era, geralmente, observado nas noites de Lua Nova e a Festa do Amor Místico, ou Eucaristia, nas noites de Lua Cheia.

O serviço batismal que foi organizado para se harmonizar com a lei esotérica está disponível hoje. Simples na forma, ainda que rico em substância espiritual e poderoso em invocação da torrente cósmica.

Os Quatro Elementos são usados nesse cerimonial e cada um é dedicado ao serviço do Aspirante. Eles são: Sal, Óleo, Água e Fogo (Luz). O sinal da Cruz também é usado, como na igreja. A Cruz é um símbolo pertencente aos primeiros ensinamentos do Templo e sua assinatura é um ato litúrgico de “magia” espiritual que sela a unidade do ser humano com o cosmos. É um símbolo cósmico em ação. Ele invoca as bênçãos de Câncer, a Hierarquia do Norte; Capricórnio, a Hierarquia do Sul; Leão, a Hierarquia do Oriente; Aquário, a Hierarquia do Ocidente. Câncer representa os Elementos da Água; Capricórnio, os da Terra; Leão, o do Fogo e Aquário, o do Ar.

Uma bênção é pedida aos quatro grandes Seres que operam através dos Quatro Elementos Cósmicos que são tão importantes no trabalho evolucionário do nosso Planeta Terra e dos seres residentes nele.

Na bênção dos Quatro Elementos, o sinal da Cruz é feito primeiro no Coração e depois na testa; sendo o Coração o núcleo de amor do corpo e a cabeça, o centro da Mente. O ponto crucial dos ensinamentos do Templo sempre foi a unificação das forças da Mente com as do Coração. A Bíblia nos mostra que devemos aprender a pensar com o Coração e a amar com a Mente. Quando essas duas forças são estabelecidas em equilíbrio dentro do ser humano, ele “nasce” como um Iniciado. É a união das duas forças cósmicas que a Bíblia retrata simbolicamente como uma Festa do Casamento Místico. É com uma Festa do Casamento Místico que o Evangelho Segundo São João começa. São João foi o mais avançado dos Discípulos de Cristo e, por isso, seu Evangelho contém os ensinamentos do Templo mais exaltados já dados ao mundo.

Um por um, os Quatro Elementos Sagrados são abençoados para o serviço do Aspirante. Em primeiro lugar, o Elemento Sal, símbolo de pureza: a pureza do alimento que sustenta e nutre o Corpo Denso; a pureza do amor que desperta o Coração; a pureza do pensamento que ilumina a Mente; a pureza da ação que embeleza a vida. Aquele que realiza o rito batismal coloca suas mãos sobre o Sal em bênção e, então, faz o sinal da Cruz no Coração do Aspirante, dizendo: Cristo ensina que somente os puros de Coração verão a Deus”. Em seguida, o sinal da Cruz é feito na testa, com as palavras: “Quando a pureza é alcançada na consciência do ser humano, isso é conhecido como um grande poder espiritual. Do servo de Deus é dito que sua força é como a força de dez, cujo Coração é puro”.

Então as mãos são colocadas em bênção sobre o Óleo, que é o símbolo da harmonia, unidade, cooperação, da cura, do companheirismo, da fraternidade. Novamente o sinal da Cruz é feito no Coração, com as palavras: “Se andarmos na Luz como Ele está na Luz, seremos fraternais uns com os outros”. E novamente o sinal da Cruz é feito na testa, com as palavras: “Que a aspiração do seu pensamento o eleve sempre à realização harmoniosa com o ideal da Paternidade de Deus e da Fraternidade do Homem”.

Em seguida, as mãos são colocadas em bênção acima da vela acesa, pois o Fogo é o símbolo da fé e a fé tem sua casa no Coração. O sinal da Cruz é feito no Coração e as palavras são pronunciadas: “Que a bela fé de uma criança viva sempre e floresça em seu Coração”. O sinal da Cruz é, então, feito na testa, junto às palavras: “Cristo disse: se tiverdes fé como um grão de mostarda, tudo quanto pedirdes será feito a vós”.

Em seguida, as mãos são abençoadas acima da vela acesa. São João deu a única descrição perfeita da Luz quando disse: “Deus é Luz”. Ao que acrescentou: “Deus é Amor”. Mais uma vez o sinal da Cruz é feito acima do Coração: “Que este Amor-Luz celestial sempre brilhe em seu Coração e ilumine sua vida e a vida de todos aqueles que você encontrar”. Novamente o sinal da Cruz é feito na testa e as palavras de São Paulo são ditas: “Que esteja em vós aquela Mente que também estava em Cristo Jesus”.

Agora, as mãos são colocadas na Água; mais uma vez é abençoada e algumas gotas são colocadas sobre a cabeça do aspirante no encerramento da bênção: “Que você ande sempre na Luz como Ele está na Luz e que você sempre viva, mova-se e tenha seu ser n’Ele. Amém”.

O cerimonial do batismo ocupou um lugar de destaque na vida da primitiva comunidade Cristã. Foi observado em muitas estações; talvez a mais importante delas sendo o Sábado Santo, à noite, imediatamente antes do amanhecer da Páscoa. Foi nessa época que os recém-batizados foram encontrados esperando para tomar parte naquela gloriosa procissão da Páscoa, que ocorre nas altas esferas espirituais e que é conduzida por nosso bendito Senhor, o Cristo.

(Publicado na Revista New Age Interpreter – Corinne Heline – first quarter, 1963 – traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Relógio do Destino: os 12 Signos, o Sol e os Planetas e a Lua

Relógio do Destino – os 12 Signos do Zodíaco é o mostrador do Relógio analógico; o Sol e os Planetas são os ponteiros das horas (indicam o ano); a Lua é o ponteiro dos minutos (indicam o mês).

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Estrela Polar: uma estrela que está alinhada com o eixo de rotação da Terra, ou muito próxima desse eixo

Estrela Polar – é uma estrela que está alinhada com o eixo de rotação da Terra, ou muito próxima desse eixo.

A Estrela Polar faz parte de uma série de outras estrelas de magnitude moderada que devido a Precessão do Equinócio, periodicamente, intercalam de lugar nesse ponto e que, por se apresentar sempre fixa no correr dos anos, é natural ser utilizada como referencial na orientação dos seres vivos sobre a superfície terrestre.

Nesse sentido se entende que as Estrelas Polares podem se referir tanto à Estrela do Norte como à Estrela do Sul, embora a expressão seja usualmente utilizada para referir-se a Polaris, a estrela mais brilhante da constelação da Ursa Menor que é, atualmente, a única estrela brilhante que é próxima a um desses pontos.

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Carta de Max Heindel: O Desenvolvimento do Coração e a Iniciação

O Desenvolvimento do Coração e a Iniciação

Maio de 1917

Enquanto elaborava a lição deste mês, me ocorreu perguntar se vocês estão obtendo ou não, todos os benefícios proporcionados por essas lições.   Tudo depende da maneira como estão estudando, pois vocês não podem obter mais delas do que aquilo a que se dedicarem por si mesmos. Portanto, pensei que seria oportuno dedicar essa carta a uma pequena discussão sobre o método mais adequado de utilizá-las com o máximo de benefício possível.

Sabemos que o objetivo dos Ensinamentos Rosacruzes é desenvolver, equitativamente, a Mente e o Coração; fornecendo todas as explanações de uma maneira tão lógica que a Mente esteja pronta para aceitar e, assim, o coração fique livre e à vontade para trabalhar sobre o material recebido. Se vocês simplesmente lerem a lição e refletirem sobre ela, achando até lógica e racional a explanação sobre o assunto abordado mensalmente e, em seguida, a deixarem de lado e a esquecerem, de pouco valerá, pois utilizarão apenas o intelecto e não o coração. A maneira apropriada, após a lição ter sido assimilada e aceita intelectualmente, é praticá-la de uma forma devocional durante o resto do mês, em diferentes ocasiões, quando sentirem a necessidade e a predisposição para realizar esse exercício. Depois, deverão não pensar mais na lição, se esforçando para não raciocinarem sobre qualquer assunto que ela contenha, deixando o intelecto o mais longe possível que puderem. Esforcem-se para senti-la, pois, o sentimento é uma função do coração. Tentem visualizar os diferentes detalhes e assuntos nela contidos.

Por exemplo, a lição que acompanha esta presente carta aborda sobre a humanidade durante o estágio em que fomos hermafroditas. Ela nos recorda a entrada dos espíritos de Lúcifer, bem como o caminho da regeneração sob a orientação de Mercúrio. Se visualizarem ante sua visão interior a condição do ser humano durante os diferentes estágios que se sucederam, colherão grande benefício. Fazendo dessa forma, podem visualizar e sentir as mudanças que ainda estão por vir no futuro, pois na consciência interna de vocês permanecem latentes todos os sentimentos que experimentaram durante todas as vidas passadas da evolução, e será apenas uma questão de prática serem capazes de contatá-las, quando quiserem.

Lembrem-se do que foi dito no Conceito Rosacruz do Cosmos sobre o método de Iniciação que, em algum momento, quando chegarem a esse ponto, terão que retroceder ao longo do caminho que percorreram para sentir e ver, conscientemente, aquilo que trilharam de maneira inconsciente. Portanto, a prática acima mencionada é uma preparação. Quanto mais puderem ver por si mesmos, no estado de espírito indicado acima, mais profundamente poderão sentir a condição correspondente e perceberão a mão protetora e condutora das Hierarquias Divinas, que nos têm ajudado no caminho da evolução; assim, estarão melhor preparados para o tempo vindouro, quando tiverem que passar pelo processo da Iniciação. É seguro dizer que, dessa maneira, receberão muito mais benefícios da Iniciação do que se estivessem despreparados.

Nessa prática de sentir a lição, vocês encontrarão um auxílio muitíssimo grande para o progresso espiritual; e se usado corretamente, iluminará as lições e lhes fornecerá uma percepção espiritual que não poderá ser alcançada de nenhuma outra maneira. Portanto, sinceramente, eu espero que levem isso a sério e decidam praticar esse modo de estudar a lição regularmente, mesmo naquelas que, à primeira vista, possam lhes parecer monótonas e desinteressantes. Esse processo permitirá a vocês extrair as pérolas escondidas sob a superfície, com as quais jamais sonhariam.

(Carta nº 78 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Espíritos Planetários: inteligências espirituais internas de cada Astro

Espíritos Planetários – são as inteligências espirituais internas que são os responsáveis pela evolução de todos os seres vivos em cada Astro do nosso Sistema Solar.

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Sthanu: palavra sânscrita que significa “imóvel”, mas também significa “um pilar”

Sthanu – é uma palavra sânscrita que significa “imóvel”, mas também significa “um pilar”. Isto tem sido interpretado como indicando que alguns homens, devido a seus pecados, retrocedem ao imóvel Reino Vegetal.

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transmigração das almas: terminologia oriental para designar que admite a possibilidade do ser humano reencarnar em corpos animais ou até vegetais.

transmigração das almas – terminologia oriental para designar que admite a possibilidade do ser humano reencarnar em corpos animais ou até vegetais. O ser humano que evoluiu tanto a ponto de possuir uma alma separada e individual não pode retroceder, em seu progresso, e ocupar um corpo animal ou vegetal, uma vez que estes ainda estão subordinados a Espíritos-Grupo: o espírito individual é uma evolução superior à do Espírito-Grupo, e o menor não pode conter o maior.

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Kathopanishad: livro onde narra a origem das tradições orientais

Kathopanishad – Livro onde narra a origem das tradições do Vedanta, do Yoga e do Samkhya; registra o pensamento de uma época quando estas ideias ainda não estavam rigidamente divididas em sistemas autônomos.

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Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – 2021 – Março

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Para esse Mês Solar tome como material para os seus Exercícios Esotéricos: Cristo é libertado da esfera terrestre
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