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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Não esqueça, para não se decepcionar por não ter bem-compreendido

Se você estivesse se preparando para entrar em uma universidade ou faculdade como Yale, Harvard, Stanford ou qualquer outra desse tipo, seria obrigado a fazer sua inscrição ou vestibular e, se aceito, seria instruído a se apresentar em determinado dia, quando as aulas começassem. Na Escola Fraternidade Rosacruz também há uma regra: os alunos que desejam entrar nessa Escola devem fazer a inscrição no Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz e não podem começar antes de serem devidamente aceitos e informados sobre quando poderão começar. Sem essa inscrição e sem atender a esse Curso, o aluno não se torna um Estudante Rosacruz e muito menos começa a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Ou seja, não alcançará o desenvolvimento espiritual Cristão-Rosacruz promovido por essa Escola e, obviamente, nem as nove Iniciações Menores e nem as quarto Iniciações Maiores (ou Cristãs) promovidas pela Ordem Rosacruz.

Intelectualmente falando o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz parece muito fácil, mas é uma ilusão. Tanto que muitos desistem (!) e os motivos são os mais diversos possíveis, mas todos eles são justificativas que, no fundo, levam a pessoa “não entender porque, de fato, desistiu”. A cada vez que tenta recomeçar, fica mais difícil continuar. Aí, ou em um esforço extremo de força de vontade própria ele consegue, ou desiste de vez (e, aqui, algumas vezes desdenhando ou “falando mal”, afinal “é sempre muito fácil ver o “cisco” nos olhos de outra pessoa, embora a “trave” seja muito evidente nos nossos.”).

Quem dá o ritmo dos Cursos sempre é o Estudante Rosacruz. Respostas que demonstram que ele estudou (a começar não sendo um “copia/cola”, mas também não “fugindo” da resposta, oferecendo um texto que beira o prolixo, ao invés de focar na resposta exata que a pergunta solicita) o faz caminhar mais rápido no Curso. Normalmente isso se traduz em respostas curtas, precisas e que respondem o que foi perguntado e nada mais! Do contrário, irá mais devagar. Há de perceber que nas doze Lições que compõe o Curso, há algumas lições que são verdadeiros pontos de inflexão para o Estudante Rosacruz: ou passam por elas como facilidade e a partir delas aceleram a aprendizagem, ou “empacam” nela e demoram para respondê-las (quando não desistem). São verdadeiras “provas” que demonstram se o interesse do Estudante Rosacruz é sincero e está em harmonia com o esperado pelo Irmão Maior ou se torna desarmônico e, portanto, não cria o ponto de contato, que é a marca de um verdadeiro Estudante Rosacruz com os Ensinamentos Rosacruz.

E mais: no intervalo entre o recebimento de uma lição e outra, o Estudante Rosacruz – ávido para aprender e passar para frente o conhecimento, aplicando-o – se dedica a aprimorar os seus Exercícios Esotéricos, a se aprofundar em um determinado assunto esotérico, aproveitando o extenso material que tem a sua disposição (a grande maioria de graça). Queremos, portanto, reiterar, a fim de evitar decepções e aborrecimentos, que aqueles que tem pressa, entendam que o merecimento parte dele e não da Escola Fraternidade Rosacruz e, quanto mais ele se desenvolve, mais sutis tornam as “lições não escritas” que ele deve se aplicar para aprender e que para ele, muitas vezes, “aparecem” como provas, tentações, desculpas por falta de tempo ou quaisquer outras distrações que ele pode nomear como razão para “tirar o pé”.

Por outro lado, cada etapa que passar e se dedicar o seu crescimento anímico seguirá a passos largos e as “verdades que aceitou como prováveis” começam a ser “provadas” para ele de um modo inquestionável, que muito o anima e renova a força de vontade em caminhar para frente e para cima em busca de ser um “colaborador consciente na obra bem feitora dos Irmãos Maiores a serviço da humanidade”.

(Publicado no Echoes from the Mount Ecclesia de junho/1915 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

História da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – De 1961-1972

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria José A. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.

Atividades de Divulgação

Em novembro de 1961, a Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP começamos a importar os livros da Filosofia Rosacruz e a entregá-los nas principais livrarias, em consignação.

Em Outubro de 1963 foram proferidas conferências em estações de rádio e no Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro.

Em 1963, nas comemorações da Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro-RJ esteve presente uma caravana de São Paulo, constituída de oito irmãos representantes dos diversos Núcleos de Estudos de São Paulo.

Primeiro Congresso da Fraternidade Rosacruz no Brasil – Rio de Janeiro – RJ – 1963
Primeiro Congresso da Fraternidade Rosacruz no Brasil – Rio de Janeiro – RJ – 1963
Primeiro Congresso da Fraternidade Rosacruz no Brasil – Rio de Janeiro – RJ – 1963
Primeiro Congresso da Fraternidade Rosacruz no Brasil – Rio de Janeiro – RJ – 1963

No primeiro semestre de 1964 foram proferidas palestras para os irmãos presidiários na Casa de Detenção de São Paulo.

Em julho de 1964 foram proferidas três conferências na Biblioteca Municipal de São Paulo, em comemoração ao 99° aniversário de Max Heindel.

Em abril de 1965 foi importada, a expensas da irmã Lilly Roth, uma máquina Braile, com a qual foi vertido muitos escritos aos irmãos e irmãs com deficiência visual.

Durante todo o ano de 1965 conseguimos auditório na Prefeitura Municipal de São Paulo para proferir conferências mensais, em homenagem ao centenário e nascimento de Max Heindel. Digna de menção foi a reunião solene de 23 de julho, com presença de altas Autoridades, cobertura dos jornais, rádio e televisão. O salão ficou superlotado e o Coro da Fraternidade Rosacruz brilhou!

Em 1 de agosto de 1965 realizamos uma reunião de confraternização com irmãos de Rosário e Formosa (Argentina) e de Assunção (Paraguai).

Em 27 de dezemobro de 1965 fizemos o encerramento do “Ano de Max Heindel”, reunindo o grande coral e representantes de todo o país.

Em 1967 o irmão Antônio Sampaio divulgou a Filosofia Rosacruz através do jornal “Diário de Jacareí”.

Em 1968 a Sede Central do Brasil fez difusão pelas rádios Gazeta e Difusora, desta Capital.

Em 1969 e em 1973 oferecemos livros de Max Heindel as principais bibliotecas de São Paulo.

Os Cursos

Continou a inauguração de novos Cursos.

O Curso Bíblico Rosacruz foi traduzido pelo irmão Fidalgo. Em janeiro de 1963 a Sede Mundial autorizou-nos ministrar esse curso, mas apenas em marco de 1968 foram revisadas pelo original inglês e sua impressão levada a efeito em 1973, tendo sido lançado em 12  de fevereiro de 1973.

Os Cursos de Astrologia Rosacruz, composto de três etapas, num total de 55 lições, foi autorizado pela Sede Mundial em janeiro de 1963.

Além desses Cursos oficiais por correspondência, a Fraternidade Rosacruz foi propiciando cursos orais diversos.

Eis algumas dessas atividades:

1959 – Curso de Esperanto.

1962 – Curso de Corte e Costura.

1963/66 – Círculo de Estudos Rosacruzes aos sábados.

Agosto de 1965 – Curso de Naturismo.

1966 – Filmes educativos mensais.

1968/70 – Curso de inglês.

1969 – Cozinha Vegetariana

aos sábados:

Curso oral de Astrologia Rosacruz, aos Estudantes Regulares e Probacionistas;

  • Curso oral das lições do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, para os Estudantes Preliminares.

As Publicações

  • Em 1969 foi obtida a autorização ampla para editar todas as obras de Max Heindel, concedida pela Sede Mundial. Nesse mesmo ano foram feitas promoções no sentido de reforçar o Fundo Editorial.
  • Em maio de 1969 foi redigido e publicado o folheto “Lei de Consequência”, com ajuda da irmã Paula Lissenko.

Serviço Social

  • Em maio de 1966 forma distribuídos um grande lote de retalhos ao Posto de Obstetrícia Estadual, em São Caetano do Sul.
  • Em julho de 1966 houve uma participação intensa na Campanha de Auxílio de Inverno de Campos do Jordão.
  • Já em outubro de 1966 foi feita a Campanha de Natal para as crianças que se encontravam no Juizado de Menores desta Capital.
  • Em março de 1968, novamente,  houve uma participação intensa na Campanha de Auxílio de Inverno de Campos do Jordão.
  • Em setembro de 1968 também houve uma participação intensa na Campanha de Natal para as pessoas de baixa renda de São Paulo-SP, terminada em dezembro com a entrega do que foi arrecadado.
  • Em janeiro de 1967 a irmã, Assistente-Social, Maria José Serra Coimbra começou a orientar o Serviço social da Sede Central do Brasil. Facilitou cursos, a interessados, no Serviço Social e no Instituto Adolfo Lutz.
  • Em março de 1969 foi iniciada nova orientação no Serviço Social: mediante sindicância local e direta, foi feita a seleção de famílias necessitadas, às quais passamos a entregar alimentos e dar orientação para superar as dificuldades.
  • Em maio de 1969, novamente,  houve uma participação intensa na Campanha de Auxílio de Inverno de Campos do Jordão, entregando agasalhos arrecadados em julho do mesmo ano na Organização Auxílio Fraterno e no Albergue Noturno daquela cidade.

Os recursos para tais auxílios e assistência regular às famílias inscritas advieram de donativos especialmente destinados a esse fim; objetos doados que foram depois rifados; e, principalmente, os bazares beneficentes das irmãs.

  • Depois de 1969 a assistência convergiu para a manutenção direta das famílias selecionadas.

Alteração nos Estatutos

  • Em fevereiro de 1966 os estatutos foram alterados para esclarecer especialmente, com os dizeres de praxe, que a Fraternidade Rosacruz se dedica à assistência social.
  • Em julho de 1969 foi obtida a inscrição no Serviço Social do Estado.

Confraternizações

  • Em 22 de setembro de 1968 foi realizada a Festa de Aniversário da Sede com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
  • Em 22 de dezembro de 1968 foi realizada a Festa de Natal Rosacruz com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
Jogral José Gonçalves Siqueira; Gilberto A V Silos; Álvaro Batista; Rosária Medeiros
Rosália Medeiros cantando e sobrinha da Terezinha Grosso no Piano
Nelson Marques cantando e sobrinha da Terezinha Grosso no Piano
Professores Ayrton e Rita Vilaça sentado Antonio Munhóz
Poetisa Eliza Barreto
Poetisa Ivete Tânnus
Tereza Vantre com seus 85 anos declamando poesia
  •  Em 22 de dezembro de 1969 foi realizada a Festa de Natal Rosacruz com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
Francisco Phelipp Preuss
Severino Guimarães da Fraternidade Rosacruz de  Santo André-SP
Lázaro Antunes do Grupo de Estudos Rosacruz da Penha-São Paulo-SP
  • Em 20 de dezembro de 1970 foi realizada a Festa de Natal Rosacruz com vários números musicais e participação de Estudantes e simpatizantes de vários núcleos da Fraternidade Rosacruz:
Irmão Antonio Munhóz
Irmão José Augusto Pinto Coelho
Maestrina Ruth Tirelli

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Fontes:

  • Revista Serviço Rosacruz de 1962, de setembro de 1976 e de outubro de 1980 – Fraternidade Rosacruz – SP – São Paulo
  • Entrevistas com Estudantes Rosacruzes
  • Notas nos Versos dos originais das fotografias em papel
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Amor Nascido da Dor – A Lenda da Flor da Paixão

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. As emoções pertencentes aos planos inferiores do Reino conhecido como Desejo, emitem suas notas de vida em uma massa rodopiante de forma e cor e, aqui também, os Anjos encontram trabalho para fazer. Fora desse redemoinho de sorrisos e lágrimas, de esperanças e decepções, de medo e dor, em que a maior parte da humanidade constrói tão inconscientemente, ainda assim, constantemente, os Anjos auxiliares estão ativamente empenhados em tecer padrões de flores que tomarão forma e crescerão na Terra. Muitas flores vivem e florescem como símbolos dessa influência gerada pelos pensamentos e desejos de homens e mulheres no mundo. Mais detalhes? Leia aqui: O Amor Nascido da Dor – A Lenda da Flor da Paixão

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Diagrama: As Funções de “Reis e Sacerdotes” ao longo da nossa Evolução

O Diagrama (seguinte) mostra os três momentos que são detalhados no texto abaixo:

Primeiro Momento (Época Lemúrica): quando cada ser humano era uma unidade criadora completa, macho-fêmea, bissexual e regida por um Hierarca, Melquisedeque, que exercia o duplo cargo de Rei e Sacerdote.

Segundo Momento (Época Atlante e Época Ária): quando a divisão da raça em homens e mulheres, e a divisão de governo em Estado e Igreja, causaram guerras e lutas. Estado abraça a causa da “Paternidade e do Homem” e eleva o ideal masculino das Artes, Ofícios e Indústria, encarnado em Hiram Abiff. A Igreja abraça a causa da Maternidade e da Mulher e mantém erguido o ideal feminino do amor e do lar, encarnado na Madona e seu filho. São os interesses conflitantes entre o homem e a mulher, o lar e o trabalho, a Igreja e o Estado, que causam as lutas econômicas, a guerra e as disputas com as quais a humanidade é atormentada e faz com que todos desejemos e oremos pelo reino da paz.

Terceiro Momento (Época Nova Galileia): quando um Cristo divino que, como Melquisedeque, exercerá o cargo duplo de Rei e Sacerdote e reinará sobre uma humanidade purificada e glorificada que se elevou do amor-sexo ao amor-alma.

Agora, vamos detalhar cada Momento a fim de entendermos como isso se deu e como se dará daqui para frente.

Entre todos os personagens mencionados na Bíblia, nenhum é mais misterioso do que Melquisedeque (ou Melchizedek). Não teve pai, mãe ou outro parente terrestre e mantinha o duplo cargo de rei e sacerdote. São Paulo, em sua Epístola aos Hebreus, nos fornece muita informação a respeito, mostrando a ligação entre Cristo e Melquisedeque, ambos Reis e Sumo-Sacerdotes, ainda que de dispensações diferentes:

Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de várias maneiras aos nossos pais, pelos profetas, a nós falou nestes últimos dias pelo Seu Filho, a quem Ele constituiu herdeiro de todas as coisas, por quem Ele fez também os mundos *** Nenhum homem toma para si esta honra, senão aquele que é chamado por Deus, como foi Arão. Assim também Cristo não Se glorificou para se tornar Sumo Sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: `Tu és meu Filho, hoje Te gerei.’ Como Ele também diz em outro lugar Tu és um Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, o qual nos dias de Sua carne, quando Ele ofereceu, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que O podia salvar da morte e foi ouvido quanto ao que temia, e, embora fosse o Filho, ainda aprendeu a obediência pelas coisas que padeceu; e, tornando-se perfeito, tornou-se a causa de eterna salvação para todos que O obedecem; chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação. * * * Porque este Melquisedeque, que era rei de Salem, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava de destroçar os reis, e o abençoou; a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salem, que quer dizer rei de paz; sem pai nem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. *** E aqui certamente recebem dízimos os homens que morrem (os Levitas); ali, porém, Ele acolhe aquele de quem se afirma que vive. *** De sorte que, se a perfeição tivesse podido ser realizada pela lei e seu sacerdócio, que necessidade havia de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não segundo a ordem de Arão? *** Porque é manifesto que nosso Senhor procedeu da tribo de Judá, tribo da qual Moisés nunca atribuiu o sacerdócio. E muito mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque, se levantar outro sacerdote que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo o poder da vida eterna, porque dele assim se testifica; `Tu és sacerdote através dos séculos, segundo a ordem de Melquisedeque.’ *** Jesus tornou-se, por isso mesmo, o fiador de uma aliança melhor: *** mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo; *** porque a lei constituiu sumos sacerdotes a homens débeis, mas a Palavra de Deus que era desde a lei, constituiu o Filho, consagrado para sempre. A suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote que está assentado nos céus à direita do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor erigiu, e não o homem: *** E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão; de sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as mesmas coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes, porque Cristo não entrou num santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós diante de Deus; *** Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais elevado, quanto é mediador da melhor aliança, que está confirmada em melhores promessas; porque se aquela primeira aliança fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança. Não como a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito; como não permaneceram na minha aliança, eu para eles não atentei, diz o Senhor. *** Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor: “porei as minhas leis no seu entendimento, e em seus corações as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo; e não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conheça o Senhor: porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior”.

É necessário juntar inteligentemente a narrativa da Bíblia, para que possamos obter um esboço do futuro desenvolvimento que foi delineado pelas Divinas Hierarquias para constituir nossa evolução. A compreensão deste plano é nossa evolução. A compreensão deste plano é essencial para o completo entendimento da relação Cósmica entre a Maçonaria e o Catolicismo; é também necessário entender integralmente a finalidade do Mar Fundido e aprender como fazer, com discernimento, esta maravilhosa liga. Como diz São Paulo, estas coisas são difíceis de dizer, mas tentaremos apresentar em linguagem simples, o mistério de Melquisedeque e do Mar Fundido, para que possamos, como foi expresso na Bíblia, ajudar a iluminar do menor ao maior dos homens, para que todos conheçam o objetivo da evolução e tenham a oportunidade de alinharem-se com os acontecimentos Cósmicos.

Para compreendermos o mistério de Melquisedeque devemos retroceder à Época relacionada com a existência do ser humano na Terra, a Época Hiperbórea. A Terra estava, então, em uma condição extremamente aquecida. O ser humano em formação era bissexual, masculino-feminino, como muitas das nossas plantas atuais, com as quais se parecia por ser inerte e por faltar-lhe desejo e aspiração. Naquele tempo, o ser humano era o tutelado dócil das Hierarquias Divinas que o guiavam fisicamente, sendo isto veladamente referido na Bíblia como “Reis de Edom”. Mais tarde, na Época Lemúrica, quando o corpo do ser humano se cristalizou e condensou um pouco mais, a humanidade foi dividida fisicamente em sexos. Porém, como a consciência dos homens ainda estava focalizada no mundo espiritual, eles eram inconscientes do ato físico da geração, como somos agora da digestão. Não conheciam nascimento nem morte e eram totalmente inconscientes da posse de um veículo físico, mas, com o tempo, sentiram-no no processo gerador. Então, foi dito que “Adão conheceu Eva”. Nessa época, os Espíritos Lucíferos, os Anjos caídos e habitantes do belicoso Planeta Marte, ensinaram os seres humanos a comer da Árvore do Conhecimento, nome simbólico do ato gerador. Assim, gradativamente, seus olhos abriram-se e tornaram-se conscientes do Mundo Físico, mas perderam o contato com o mundo espiritual e com os Anjos guardiães, que tinham sido, anteriormente, seus guias benevolentes. Somente alguns dos mais espiritualizados conservaram sua visão superior e a comunhão com as Hierarquias Criadoras. Eram os profetas, que agiam como mensageiros entre os divinos guias invisíveis e seus respectivos povos. Porém, com o decorrer do tempo, a humanidade desejou escolher seus próprias guias e exigiu reis visíveis; sabemos que os Israelitas repudiaram a divina liderança e exigiram um rei e daí Saul ter sido designado. A seguir, o duplo cargo de Governante e Sacerdote, abrangendo a liderança temporal e espiritual, foi também dividido, pois nenhum ser humano que estivesse capacitado em problemas do mundo para exercer com eficiência o cargo de Rei, era bastante santo para também exercer a liderança espiritual de seus irmãos e vice-versa. Um verdadeiro sacerdote, capaz de guiar espiritualmente seu rebanho, não pode controlar, ao mesmo tempo e bem, riquezas materiais como governante de um domínio temporal. Assim como a Política, no seu aspecto mais elevado, visa dirigir as massas focalizando somente seu bem-estar físico, o Sacerdócio, exercido benevolentemente, procura guiá-las unicamente para o progresso da alma. Portanto, é natural que o conflito aconteça após essa separação, mesmo que ambos, governantes espirituais e temporais, sejam movidos pelos motivos mais elevados e altruístas. Melquisedeque era o nome simbólico das Hierarquias Criadoras que desempenharam o duplo cargo de sacerdote e rei na orientação dos seus tutelados bissexuais, e enquanto eles reinaram houve paz sobre a Terra. Mas logo que os cargos de Rei e Sacerdote foram separados e os sexos divididos, é fácil compreender pela razão acima apresentada, que o reino cheio de paz de Melquisedeque foi seguido por uma era de guerras e conflitos, tal como acontece na atual dispensação. Antigamente, os fatores unificantes de um cargo duplo no governo e o sexo duplo do seu povo, impediam o conflito de interesses que agora existe, e que continuará até que um outro regente divino se apresente para incorporar as qualidades do duplo cargo de Rei e Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e até que a geração pelo sexo seja abolida. É significativo observar-se que a narrativa bíblica começa no Jardim do Éden, onde a humanidade era macho-fêmea e inocente. No capítulo seguinte, falam-nos da divisão dos sexos, da transgressão à ordem de não comerem da Árvore do Conhecimento e dos castigos impostos – o parto doloroso e a morte. Daí por diante, o Antigo Testamento fala de guerras, lutas e contendas, e, no último capítulo, faz a profecia de que um Sol de justiça surgirá trazendo a cura em suas asas. O Novo Testamento começa com um relato sobre o nascimento do Cristo, que proclamou um Reino do céu que está para ser estabelecido. Posteriormente, Ele é chamado de Rei e Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, unindo em si o cargo duplo. Também é dito que no céu não haverá matrimônio, ninguém será dado em casamento, pois a soma psuchicon, ou corpo-alma, que São Paulo disse ser o veículo que usaremos no Reino do Céus (Icor 15), não está sujeito à morte nem à desintegração. Assim, não haverá morte, e o nascimento dos corpos gerados pelo casamento será dispensável, pois São Paulo nos diz que “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus”. Portanto, o casamento será desnecessário e o choque de interesses, devido à luxúria do sexo e do amor ao poder, desaparecerá e o amor das almas será santificado pelo espírito da paz.

Este é o plano que os Filhos de Caim, os Artífices, e os Filhos de Seth, os Sacerdotes, e seus respectivos seguidores devem amalgamar para ficar unidos no Reino de Cristo. Já vimos como Hiram Abiff, o Filho da Viúva, deixou seu pai, o espírito Lucífero Samael, depois do batismo de fogo no Mar Fundido e como recebeu a missão de preparar o caminho do reino para seus irmãos, os Filhos de Caim, pelo desenvolvimento de suas artes e ofícios como construtores do templo – Maçons – ensinando-os a preparação da Pedra Filosofal, ou Mar Fundido. Assim, os fisicamente negativos Filhos de Seth devem aprender a deixar seu pai Jeová e é natural que o primeiro a dar este passo seja uma grande alma.

Como a suprema habilidade dos Filhos de Caim foi focalizada em Hiram Abiff na ocasião do seu batismo de fogo, assim também a sublime espiritualidade dos Filhos de Seth foi centralizada em Jesus na ocasião de Seu batismo nas águas do Jordão. Quando Ele se ergueu dessa água, estava na mesma situação que Hiram ao emergir do fogo; cada um tinha deixado seu pai, respectivamente Jeová e Samael, e cada um estava pronto para servir o Cristo. Por isso, o Espírito Cristo foi visto no Batismo descendo sobre o corpo de Jesus, o qual foi habitado e usado por Cristo durante Seu ministério. Jesus, o Espírito, deixou aquele corpo e foi-lhe dada a missão de servir as igrejas enquanto seu corpo estava sendo usado por Cristo para divulgar os novos ensinamentos e seu sangue estava sendo preparado como um “Abre-te-Sésamo” para o Reino de Deus, uma Panaceia para ser usada pelos Seus irmãos, os Filhos de Seth, do mesmo modo que o Mar Fundido serve os Filhos de Caim.

Na Epístola aos Hebreus, São Paulo deu-nos algumas alusões acerca do Mistério de Melquisedeque na qualidade de Sumo Sacerdote, e enfatizou a necessidade absoluta do sangue como um complemento para o Serviço do Templo. Mostrou que era exigido que o Sumo Sacerdote oferecesse primeiro sangue pelos seus próprios pecados, antes de oferecer sacrifício pelos pecados do povo, e que este sacrifício duplo devia ser efetuado ano após ano. Ele indicou o sacrifício no Gólgota como o que representou isto, uma vez e para sempre, proporcionando um caminho de redenção por meio do sangue de Jesus. Durante o regime de Jeová, o sangue da humanidade tornou-se impregnado de egoísmo, que é o fator separativo nesta era. O sangue deve ser purificado deste pecado antes que a humanidade seja unida e entre no Reino de Cristo. Esta foi uma tarefa gigantesca, pois a humanidade estava tão impregnada de egoísmo, que raramente alguém fazia um favor a outro. Por esta razão, o panorama “post-mortem” da vida, na época de Cristo, nada continha que pudesse impulsionar uma vida no Primeiro Céu ou dar-lhe progresso espiritual. Quase toda existência “post-mortem” das pessoas era consumida na expiação purgatorial de suas más ações, e mesmo suas vidas no Segundo Céu, onde o ser humano aprende a fazer trabalho criativo, era infrutífera. Então, o Rei Salomão foi chamado novamente à arena da vida para cumprir uma missão em benefício e bem-estar dos seus irmãos, os Filhos de Seth. Estava qualificado para este trabalho porque era realmente generoso, como foi revelado pelo pedido que fez quando Jeová apareceu-lhe em um sonho e perguntou-lhe o que ele queria receber, como presente, quando subisse ao trono. Salomão respondeu a Deus: “Tu mostraste grande misericórdia com David meu pai e me colocaste para reinar em seu lugar; agora, Oh! Senhor, confirma Tua promessa dada a David meu pai, porque me fizeste rei de um povo que é como o pó da terra em multidão. Dá-me agora sabedoria e conhecimento para que eu possa sair e estar diante deste povo, pois quem pode julgar Teu povo tão numeroso?” E Deus disse a Salomão: “Porque isto estava no teu coração e não pediste riquezas, opulência, poder ou glória, nem a vida dos teus inimigos, nem ainda pediste vida longa, mas pediste sabedoria e conhecimento para ti, para que possas julgar o meu povo sobre o qual Eu te fiz rei; sabedoria e conhecimento te serão dados e Eu te darei riqueza, opulência e glória como ninguém dos reis possuiu antes de ti, nem haverá ninguém semelhante depois de ti”.

Esta característica de altruísmo desenvolvida em vidas anteriores, preparou o espírito de Salomão, que habitou o corpo de Jesus, para a alta missão a que foi destinado, isto é, servir como um veículo para o generoso e unificante Espírito Cristo, com o propósito de acabar com a divisão entre os Filhos de Seth e os Filhos de Caim, unindo-os na Fraternidade, formando o reino do Céu.

Quando Fausto fez o pacto com Mefistófeles, como é lembrado no antigo mito-alma daquele nome, ele estava prestes a assiná-lo com tinta, quando Mefisto disse: “Não, assina em sangue”. Quando Fausto perguntou a razão disso, Mefistófeles disse esperta e astutamente: “O sangue é uma essência muitíssimo peculiar!.A Bíblia diz que o sangue dos touros e bezerros não tirará os pecados e isso é compreensível, mas qual a explicação para o sangue de Jesus que é exaltado como uma panaceia? Para compreender esse grande mistério do Gólgota é necessário estudar a composição e função do sangue, do ponto de vista oculto.

Quando o sangue é examinado em um microscópio, parece ter um número de minúsculos glóbulos ou discos, porém, quando um clarividente treinado pode vê-lo enquanto circula através de um corpo vivo, constata que o sangue é um gás, uma essência espiritual. O calor é causado pelo Ego que está dentro deste sangue, pois, como diz a Bíblia, a vida está no sangue. Mefistófeles estava certo quando disse que o sangue é uma essência muitíssimo peculiar, pois contém o Ego e todo aquele que quiser obter um poder sobre o Ego, tem que possuir o seu sangue.

O Ego humano é mais poderoso que o Espírito-Grupo do animal, como podemos ver quando aplicamos o teste científico conhecido como hemólise. Sangue estranho de um animal superior, se inoculado nas veias de um de espécie inferior, causará a morte deste. Se tomarmos sangue humano e o injetarmos em um animal, este será incapaz de suportar as altas vibrações que estão no sangue do ser humano e morrerá. Por outro lado, um ser humano poderá ser inoculado com o sangue de um animal inferior sem sofrer danos. Nos tempos primitivos era rigorosamente proibido alguém pertencente a uma tribo casar-se dentro de uma outra tribo, pois era sabido, então, pelos guias da humanidade, que o sangue estranho mataria alguma coisa; sempre o faz. Lemos que Adão e Matusalém viveram vários séculos; naquele tempo era costume casarem-se em família, casar-se tão próximo quanto possível, para que os laços de sangue ficassem cada vez mais fortes. Assim, o sangue que circulava nas veias das pessoas naquela família continha as imagens de todos os acontecimentos referentes aos seus ancestrais; esses quadros eram guardados na mente, que é agora o subconsciente. Naquela época, eram conscientes e estavam sempre diante da visão interior das pessoas e cada família estava unida por este sangue comum, onde as imagens dos seus ancestrais permaneciam. Os filhos viam a vida dos seus pais e, em consequência, os pais viviam nos filhos; e, uma vez que as consciências de Adão, de Matusalém e de outros Patriarcas viveram durante séculos em seus descendentes, diz-se que viveram pessoalmente essa longevidade.

O matrimônio forada família era considerado um crime, como agora casar-se dentro dela é considerado um mal. Sabemos que entre os primitivos escandinavos, se alguém quisesse se casar em uma família estranha, era obrigado primeiro a misturar o sangue, que devia ser testado para ver se esse sangue se misturaria com o da família na qual desejava entrar. Desta forma, a hemólise foi sentida por muitos, pelo menos em algumas de suas fases. Se o sangue não se misturasse podia trazer “confusão de casta”, como diz o Hinduísmo; uma linha pura de descendência devia ser mantida, pois, de outra maneira, aquelas imagens ou visão interna se misturariam e se tornariam confusas. Este matrimônio na família ou tribo foi o que engendrou o egoísmo, o espírito de clã, o conflito e a luta no mundo. Para acabar com isso, a prática devia ser interrompida, e quando Cristo veio à Terra, Ele advogou a interrupção desse hábito, quando disse: “Antes que Abraão fosse, Eu sou”. De fato, Ele disse: “Eu não me importo pelo pai da raça, mas Eu me glorifico no Eu Sou, o Ego que era há muito tempo antes que ele fosse”. E Ele também disse: “Quem não deixa pai e mãe não pode seguir-Me”. Enquanto estivermos amarrados à família, à nação ou tribo, estamos ligados ao velho sangue, aos velhos caminhos e não podemos fundir-nos em uma fraternidade universal. Isto poderá ser alcançado quando as pessoas se casarem além das fronteiras, porque quando existem tantas nações, a maneira de uni-las é através do casamento. Deixemos Abraão, o pai da raça e da tribo morrer; deixemos o “Eu Sou” viver. Cristo tinha conhecimento do fato oculto de que a mistura do sangue em casamento entre diversas raças e famílias sempre mata algo; quando não mata o corpo, mata alguma outra coisa. Se cruzarmos um cavalo e um burro, teremos um híbrido, a mula; nela alguma coisa está faltando devido à mistura de sangue estranho, a saber, a faculdade da propagação que está faltando em todos os híbridos. De forma análoga, quando os casamentos ocorrem fora do círculo da raça ou família, alguma coisa é destruída, e, neste caso, são os quadros da visão interna. Os diferentes quadros de diferentes famílias se chocam e, em consequência, a clarividência, o contato com o mundo espiritual e com a memória da Natureza foi desaparecendo desde que a prática do casamento dentro do mesmo grupo cessou. Somente os escoceses das montanhas que se casam na clã, e os ciganos, retêm, de certa forma, esta segunda visão. Assim, vemos que o sangue é agora constituído diferentemente do que era nas idades primitivas da evolução humana. O corpo de Jesus era um veículo pioneiro, de máxima pureza, quando o Espírito Cristo entrou nele como um meio de ingressar no centro da Terra pelo idêntico caminho que, previamente, tinha sido percorrido por Hiram Abiff quando se lançou no Mar Fundido e foi conduzido pelo caminho da Iniciação para o centro da Terra, onde Caim, seu antepassado, habitava.

Essa viagem de Cristo é citada na Primeira Epístola de São Pedro 3:18-19, depois de Cristo ter-se libertado da carne pela morte violenta no Gólgota. Quando alguém morre, o sangue venoso com suas impurezas adere firmemente à carne e, portanto, o sangue arterial que corre fica visivelmente mais limpo do que em outras circunstâncias; está mais livre de paixão e de desejo. Sendo eterizado pelo grande Espírito Cristo, o sangue limpo de Jesus inundou o mundo, purificou grandemente a região etérica do egoísmo, e deu ao ser humano uma melhor oportunidade para atrair para si materiais que lhe permitirão formar propósitos e desejos altruísticos. A era do altruísmo foi aí inaugurada. Pela fé neste sangue e pela imitação da vida de Cristo, os Filhos de Seth foram preparados para eliminar de si a maldição do egoísmo; enquanto aos Filhos de Caim foi-lhes dado o emblema da Rosa e da Cruz, para ensinar-lhes como trabalhar fielmente no preparo do Mar Fundido, a Pedra Filosofal, e encontrar a Nova Palavra que os admitirá no reino, pois eles acreditam mais no trabalho do que na fé.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Outubro de 2021

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em outubro, com as seguintes sessões:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de outubro
  • Calendário para o mês de novembro
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para Novembro: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

CLIQUE AQUI: ECOS nº 65 – Outubro de 2021

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

Informação

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Outubro/2021:

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/

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https://www.instagram.com/frc_max_heindel/

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Encerramento)

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NOVEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Escorpião (outubro-novembro)

A força Crística dourada, descendo da fonte do Sol, tocando a partir do lado externo da atmosfera terrestre no Equinócio de Setembro passa pelo Mundo do Desejo durante o trânsito do Sol por Escorpião.

Biblicamente, bem como astrologicamente, Escorpião, o Signo que o Sol entra em torno de 20 de outubro, tem duas notas chaves para o neófito: a primeira sendo “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5:8) e a segunda, para o Discípulo iluminado: “publicarei coisas que têm sido mantidas em segredo desde a fundação do mundo” (Mt 13:34-35).

No Caminho da Santidade, o Discípulo utiliza o período de Escorpião para a transmutação, enquanto segue o dourado Raio do Cristo para o coração da Terra. Então, em cada fase da sua vida diária, ele se esforça para sublimar: o mal em bem, a escuridão em luz, os negativos em positivos.

Ele consagra-se, a si mesmo, a tarefa de transmutar o metal básico de sua natureza inferior no ouro puro do espírito. O laboratório físico onde ele realiza essa “Grande Obra” é o sistema nervoso central, especialmente a medula espinhal e o cérebro, os quais são comumente conhecidos como o Caminho do Discipulado.

Quando o fogo do espírito é despertado no Discípulo pela primeira vez, ele é sentido na base da coluna vertebral. À medida que o fogo do espírito ascende, este se unirá com o correspondente que vem de cima para baixo; gradualmente ambos se intensificam em volume e força, até que todo o corpo se enche de luz. Assim, ele alcança uma iluminação que é visível para aqueles que possuem visão interna.

É então, quando, pela primeira vez, a sua natureza inferior é, literalmente, consumida pelo fogo celestial, e ele próprio se torna uma tocha, tornando-o capaz de caminhar em sua própria luz através do Caminho de Luz, traçado por Cristo, em direção ao interior da Terra, onde o esplendor de Cristo habita em plenitude. Quanto maior sua sinceridade, mais ardente será sua devoção, mais intensa a sua aplicação e mais ele penetra no Caminho, em cada Semana Santa que ocorre, até que, finalmente, ele será declarado digno de participar da Festa da Luz que se celebra na Noite Santa.

Estudos Semanais de Filosofia Rosacruz

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Influência de Marte

Marte é representado como o anão Zangado – é passional, belicoso (inclinação para a guerra, para o combate) e maléfico em sua influência adversa. É do contra

Segue a simbologia:

Marte representa a energia que flui (como sangue) permitindo todas as formas de crescimento, sustento e progresso. Pode ser chamado “o braço direito” do sol.

A natureza intrínseca de Marte é “energia dinâmica”. Ele é que infunde à vontade e disposição em atingir um objetivo ou uma meta, o dinamismo, o espírito empreendedor, a iniciativa, capacidade de luta, ousadia para construir o mundo. 

Os choques emocionais, a impaciência, a rudeza, o mando altivo, o ódio

“Eu terei o que quero – custe aos outros o que custar”

O ferro, que é essencial para a produção do sangue vermelho e quente.

Para que tenhamos um Corpo de Desejos separado. O sangue quente nos dá as condições adequadas para controlar nosso Corpo Denso. Sem ele, o Ego não teria governo algum no Corpo.

Na última parte da Época Lemúrica. Nesse momento, o Corpo Denso tornou-se ereto e o Ego pôde, então, penetrar no seu Corpo e governá-lo.

Ele obteve a consciência cerebral do Mundo externo (a Região Química do Mundo Físico).

Ele precisou empregar parte da força sexual criadora na construção do cérebro e da laringe. O Ego passou então a ter a capacidade de expressar seu pensamento através da comunicação.

Adquiriu também a capacidade de criar nos três Mundos.

Cada ser individual passou a ter que procurar a cooperação de outro ser, que possuísse a parte da força procriadora que lhe faltava.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – As Raças e seus Líderes

Revolução – recapitulação do Corpo Denso

RevoluçãoRecapitulação do Corpo Vital

RevoluçãoRecapitulação do Corpo de Desejos

RevoluçãoMente, a partir do Período Terrestre

Os Senhores de Vênus e Senhores de Mercúrio.

Porque nesse momento havia uma pequena parte da humanidade nascente que estava suficientemente avançada para que a Mente germinativa lhe pudesse ser dada e o Espírito pudesse começar lentamente a atrair seus veículos.

  • Nós, no nosso estágio atual da Onda de Vida Humana, podemos efetuar algum trabalho que ajuda a evolução das outras Ondas de Vida?

Sim, temos muito trabalho e responsabilidade para com nossos irmãos das outras Ondas de Vida: Animal, Vegetal e Mineral e até mesmo, para com nossos irmãos atrasados da Onda de Vida Humana, como os antropoides. “Ajudando, seremos também ajudados”.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Influência de Mercúrio

  • Qual foi nosso Trabalho nos Períodos de Saturno, Solar, Lunar e metade Marciana do Período Terrestre?

Nosso trabalho inicial foi o de aprender a construir Corpos para funcionar no Mundo Físico, Mundo do Desejo e Mundo do Pensamento:

As condições da Terra se tornarão, gradualmente, mais etéreas e no Período de Júpiter o Globo D voltará a se localizar na Região Etérica do Mundo Físico, como estava no Período Lunar.

Ensinar-nos a arte de se dominar: o autodomínio.

Atualmente, estão trabalhando sobre nós, nos capacitando para o domínio próprio e incidentalmente, não propriamente, para o domínio dos demais.

Esse seu trabalho é somente o início da crescente influência mercuriana que ocorrerá nas três e meia Revoluções restantes do Período Terrestre.

Mercúrio nos ensina a sair e a voltar ao Corpo Denso segundo a nossa vontade, e a funcionar nos veículos superiores independentemente do Corpo Denso. Mercúrio é o educador mental da humanidade.

  • O que simboliza o Caduceu ou Cetro de Mercúrio?

Ele é o símbolo da Iniciação – e nos mostra diz de onde viemos, por que estamos aqui, e para onde vamos.

O bastão, ou o cetro, entrelaçada com duas serpentes que na parte superior tem duas pequenas alas ou asas, simboliza a peregrinação da Involução, e da Evolução, incluindo o caminho reto da Iniciação.

O bastão expressa o poder; as duas serpentes a sabedoria; as asas a diligência; e o bastão emblemático de elevados pensamentos.

A humanidade comum segue o caminho em espiral e o Iniciado segue o caminho reto e estreito que é a Iniciação (o cetro)

Ambos os caminho conduzem a Deus. A diferença é o comprometimento, a responsabilidade, o tempo evolutivo e o quanto queremos ser colaborativos nesse Esquema de Evolução.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A Raça Lemúrica

  • Qual o nosso objetivo da Época Lemúrica?

Nós, enquanto estávamos na Época Lemúrica e construíamos Corpos apropriados para aquela Época, os Lemurianos, buscávamos conhecer o nosso Corpo Denso e o Mundo Físico. Para percebermos o nosso Corpo Denso éramos dirigidos a grandes crueldades e atrocidades para os dias atuais; as dores entre outros atributos nos auxiliavam despertar da consciência do Mundo Físico.

  • Os métodos de evolução se diferenciavam para os homens e as mulheres?

Sim.

  • Quando renascíamos como homem éramos exercitados no desenvolvimento da Vontade, que é a contraparte espiritual de sua força sexual criadora positiva.
    • Quando renascíamos como desenvolvíamos a primitiva memória germinal, a imaginação (que é a contraparte espiritual de sua força sexual criadora negativa), a primeira ideia de bem e de mal.
    • Os que renascem em Corpos Densos do sexo feminino têm Corpos Vitais positivos sendo, portanto, mais sensíveis aos impactos espirituais do que quando renascem em Corpos Denso do sexo masculino, que têm Corpos Vitais negativos.
  • Quem foi o primeiro (a) a despertar para o Mundo Físico, quando renascíamos como homem ou Quando renascíamos como mulher?

Quando renascíamos como mulher.

  • Como era o método de propagação na Época Lemúrica?

A propagação da Raça e a função procriadora era exercitada em determinadas épocas do ano, quando as linhas de forças dos Astros (Sol, Lua e Planetas) formavam ângulos apropriados e sob a direção dos Anjos éramos levados para o lugar correto.

Éramos inconscientes do nascimento aqui, pois nossa inconsciência do Mundo Físico era análoga a nossa do atual momento quando estamos em um sono com sonhos; como a força sexual criadora não encontrava nenhum obstáculo, o parto se realizava- sem dor e a morte aqui também não era percebida; era como uma folha que cai de uma árvore que logo era substituída por outro broto.

  • Por que a Bíblia nos diz que Eva foi tentada pela Serpente?

É uma metáfora, pois na realidade os Espíritos Lucíferos, os chamados dadores da Luz, abriram o entendimento e nos ensinaram a empregarmos a obscura visão para obter conhecimento do Mundo Físico, o qual estavam destinados a conquistar.

Esse conhecimento ascendeu-se nossa coluna espinhal que fisicamente é muito parecida com uma serpente e nesse momento se deu a iniciação sexual sem o auxílio das forças astrais.

Quando renascíamos como mulher (Eva), em virtude de ter exercitado muito mais a imaginação, víamos essa inteligência aparecendo em nossa medula espinhal serpentina de maneira que quando recordamos essa experiência a serpente nos pareceu semelhante ou mais próxima da nossa visão.

  • Como era o lado espiritual do lemuriano?

O lemuriano era um mago por nascimento, sentia-se como um descendente dos deuses, um ser espiritual, não era necessário aos lemurianos revela-lhes a sua origem espiritual, nem os educar para exercerem as artes mágicas ou ensiná-los como funcionar no Mundo do Desejo e nos reinos superiores, pois eles possuíam esse conhecimento e podia exercer essas faculdades.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – A “Queda do Homem

  • Como os lemurianos viam seu Corpo Denso e as outras pessoas?    

Ele não sabia absolutamente nada sobre seu Corpo Denso; na verdade, ele não sabia que tinha um corpo.  

Ele não podia ver qualquer coisa fora dele, mas ele percebia seus semelhantes.

  • Como os lemurianos viam a Morte e o Nascimento físicos?

O nascimento e a morte não implicavam solução de continuidade da consciência, isto é, não existiam para os lemurianos. Quando os corpos dos lemurianos se inutilizavam, eles entravam em outro, totalmente inconscientes da mudança.

  • Como se dava a procriação na Época Lemúrica?

Os Anjos trabalhavam no Corpo Vital (o meio de propagação), regulavam a função procriadora e juntavam os sexos em certas ocasiões do ano, empregando as forças solares, lunares e planetárias, nos momentos e condições mais propícias para a fecundação.

A união dos participantes, ao princípio, era inconsciente, porém, mais tarde, produziu-se um conhecimento físico momentâneo. A gestação decorria sem incômodo algum e o parto realizava-se sem dor. Estando os pais submersos em sono profundo.

A propagação deixa de ser dirigida pelos Anjos e passa a ser dirigida pelos seres humanos. Estes ignoravam a operação das forças solares, lunares e planetárias e abusaram da função sexual, empregando-a para gratificar os sentidos. Daí resultou a dor que passou a acompanhar o processo da gestação e nascimento.         

Portanto foi uma queda de consciência. Embrutecemo-nos; caímos de sensibilidade, de vibração, de sintonia com o Divino. Foi a descida da Mente (masculino) e da emoção (feminino) ao submundo ou natureza inferior.  

Passamos a ter duas naturezas pós-queda: uma superior (imagem de Deus) e outra inferior (que atualmente é dessemelhante a Deus). A busca pelo reestabelecimento da condição antiga é meta do Aspirante a vida superior e a “Nova Jerusalém” só poderá ser uma verdade quando esta condição for alcançada pelo ser humano.

  • Como era a consciência do Ser Humano antes da Queda?

Antes da Queda a consciência não estava focada no Mundo Físico. O ser humano estava inconsciente da propagação, do nascimento e da morte.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Outubro:

Cultivando a percepção da verdade

Na Fraternidade Rosacruz, como o é em todas as verdadeiras escolas ocultistas, o Estudante Rosacruz é primeiramente ensinado a esquecer de tudo o que aprendeu ao lhe ser ministrado os Ensinamentos Rosacruzes, a fim de que não predomine o juízo antecipado nem o da preferência, mas para que mantenha a Mente em estado de calma e de digna expectativa.

Assim como o ceticismo efetivamente nos cega para a verdade, assim também essa calma atitude confiante da Mente permitirá à intuição ou “sabedoria interna” apoderar-se da verdade contida na proposição.

Essa é a única maneira de cultivar uma percepção absolutamente certa da verdade.

Não se pede ao Estudante Rosacruz que admita de imediato ser negro determinado objeto que ele observou ser branco, ainda que se lhe afirme.

Pede-se a ele sim, que cultive uma atitude mental suscetível de “admitir todas as coisas” como possíveis. Isto lhe permitirá pôr de lado momentaneamente até mesmo aquilo que geralmente se considera um “fato estabelecido”, e investigar se existe algum outro ponto de vista até então não notado sob o qual o objeto em referência possa parecer negro.

Certamente ele nada considerará como fato estabelecido, porque compreenderá perfeitamente quanto é importante manter a sua Mente no estado fluídico de adaptabilidade que caracteriza a criança. Compreenderá, com todas as fibras do seu ser, que “agora vemos como em espelho, obscuramente” e estará sempre alerta, anelando por “luz, mais luz”.

A grande vantagem dessa atitude mental quando se investiga determinado assunto, ideia ou objeto, é evidente. Afirmações que parecem positivas e inequivocamente contraditórias, e que causam intermináveis discussões entre os respectivos partidários, podem, não obstante, conciliar-se, conforme se demonstra em exemplo mais adiante.

Só a Mente aberta descobre o vínculo da concordância. Afinal, a única opinião digna de ser levada em conta precisa basear-se no conhecimento.

Há mais uma razão para que se tenha muito cuidado ao emitir um juízo: muitas pessoas têm suma dificuldade em retratar-se de qualquer opinião prematuramente expressa. Que o Estudante suspenda suas opiniões, de elogio ou de crítica, até que o estudo razoável da Filosofia Rosacruz convença do seu mérito ou demérito.

(*) Observe bem a foto acima. É uma foto real e não foi editada. A pedra é real, as árvores são reais, o solo é real e o céu é real. Agora, a única coisa que você tem a fazer é mudar seu ponto de vista. Experimente virar a figura “de ponta cabeça” ou de “cabeça para baixo” ou, ainda, cento e oitenta graus.

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Teia do Destino

É muito difícil tratar ou elucidar devidamente um assunto como o da a teia do nosso destino, quando nós ainda possuímos Mentes presentemente com capacidade reduzida.

Para compreender totalmente esse assunto precisaríamos da sabedoria de grandes seres como são os Anjos do Destino, que têm a seu cargo este intrincado departamento da vida.

No entanto, no presente estado, podemos sim ter informações muito importantes que nos ajudará a compreender tal teia e, assim, cumprir com o que planejamos no Terceiro Céu, antes de nascermos aqui mais uma vez.

Para que isto seja possível e, também, para que se possa efetuar investigações necessárias é necessário possuir a faculdade de sair, por livre e espontânea vontade própria, do Corpo Denso e funcionar fora dele, no Corpo-Alma, o qual é formado pelos dois Éteres superiores, estando também revestido pelo Corpo de Desejos e pela Mente.

Desse modo, nos acharemos na posse total de suas faculdades; sabemos tudo que conhecemos no Mundo Físico e temos a habilidade de trazer novamente à consciência física, as coisas que aprendemos fora.

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Relacionamento entre duas pessoas

A realidade do relacionamento entre duas pessoas não é uma coisa física ou de leis estabelecidas, mas da essência de sentimentos de duas pessoas entre si.

Quando existir intensa atração ou inimizade entre pessoas mostra que esta “essência de sentimento mútuo” nada mais é do que a continuação de contatos estabelecidos em renascimentos passados e que pode manifestar-se independente de idade, sexo ou relacionamento mundano.

É fácil observar que o primeiro contato destas pessoas aconteceu em vidas passadas e o relacionamento, quer seja, amor ou ódio terá continuidade nesta vida como se nunca tivesse havido uma interrupção no relacionamento.

O objetivo final para qualquer relacionamento entre duas pessoas é o cumprimento. Pelas leis divinas nenhum vínculo de ódio jamais será “pendurado ao vento”, pois isto negaria a Lei do Amor. O sentimento de ódio é “amor ao contrário” ou “amor na contramão”. É a consciência de contato com o Universo que volta para si mesma por meio de outra pessoa.

Enquanto não houver uma expressão ou transmutação de energia superior a consciência continuará expressando tudo aquilo que é negativo e destrutivo.

A lição não foi aprendida, portanto o ensino não pode ser suspenso. Há de voltarem em outras vidas para terminar o relacionamento com amor.

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Uso dos Ensinamentos Rosacruzes

Este é um assunto que deve ser considerado muito atentamente por cada um de nós: “Que uso estou fazendo dos Ensinamentos Rosacruzes que recebo?

Posso estar imaginando uma montanha no país dos sonhos, embora vivendo numa cidade, tão surdos aos apelos que me cercam e que me soam aos ouvidos, como se estivesse distante milhares de quilômetros”.

A menos que repartamos, por nosso modo de viver (que deve soar mais alto que as palavras), a verdade que encontramos, incorreremos numa grande responsabilidade, pois: “a quem muito é dado muito será exigido”.

Lembremo-nos que o “conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica” e que o serviço é o reflexo da verdadeira grandeza.

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Os Anjos

O ministério dos Anjos sobre o mundo é formoso e variado. Elevam, fortalecem e bendizem de mil maneiras diferentes. Desgraçadamente, no entanto, poucos seres humanos têm a consciência de sua proximidade ou de sua ajuda. As marés do mundo sensível cresceram tanto que cegaram os olhos das multidões, incluindo até a interrupção dos que creem na existência do mundo angélico.

As crianças são conscientes, com frequência, da presença dos Anjos, e desfrutam de sua amante proteção; mas, à medida que os anos passam e suas Mentes vão se centrando mais e mais nas coisas do Mundo terreno, as amáveis visões parecem que se evaporam ou são consideradas como extravagâncias da imaginação.

Só a castidade e a pureza podem restabelecer a sua clara visão. Se todos fôssemos puros como eram Jesus e Sua bendita Mãe, por exemplo, os Anjos e os seres humanos se confundiriam em uma vasta e gloriosa irmandade. “Só os puros de coração verão a Deus”, estudamos na Bíblia. E, do mesmo modo é que só os puros de coração verão e se comunicarão com os Anjos.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  1. Pergunta: Estou procurando por muito tempo explicação em uma coisa: em minha vigília minhas atitudes são coerentes com a maneira que penso. Durante o sono, fora do corpo, quando não lúcida, ajo completamente diferente. Chego a ter receio de mim mesma e vergonha, às vezes! Quando se mistura com a lucidez me pego sobrevoando em lugares escuros, como à noite! Não encontro ninguém. E quando lúcidos totalmente acontecem coisas maravilhosas e coerentes que o significado depois se perdem em mim quando acordo. O que me intriga é que me remonta a atitudes que não quero mais…. Estou lendo o livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” de Max Heindel e uma parte sobre Ego, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso como o Ego sendo responsável por todos esses, pelo que compreendi. Poderia me esforçar “conversar com esse Ego e trazê-lo de alguma forma à lucidez desse outros corpos? Teria o indivíduo a capacidade de ter nas mãos esse controle, principalmente do Corpo de Desejos? Dá impressão clara de que o Corpo de Desejos é totalmente ignorante, de mente própria e faz o que quer e separado de mim. Não sei se fui clara nessas explicações, mas me deixa apreensiva e pequena, hipócrita que não condiz com os meus olhos abertos de dia! O que poderia, em sua experiência de vida, em sua opinião, eu fazer? Como agir para não ser mais assim, duas personalidades? que é o que parece! Quero combater isso e não sei como, não tenho esse domínio, de mim…. ainda.

Resposta: É um caso de descontrole, falta de domínio. E que, ao invés de lhe ajudar, está lhe atrapalhando, mesmo quando “acontecem coisas maravilhosas e coerentes”. Pois isso lhe está fazendo perder o tempo tão rico quando, depois de restaurar nosso Corpo Denso, estarmos prontos para trabalharmos como Auxiliares Invisíveis inconscientes!!! Você (o Ego, o Espírito Virginal manifestado) – que não é os seus Corpos, nem a sua Mente – está perambulando pelas regiões inferiores do Mundo do Desejo. Além de perda de tempo, é perigoso!

Primeiro, respondendo as suas perguntas:

  1. Poderia me esforçar “conversar com esse Ego e trazê-lo de alguma forma à lucidez desse outros corpos”?

Não. Pois esse “Ego” é você! E com um estado de descontrole, como você vai dominar a situação?

  • Teria o indivíduo a capacidade de ter nas mãos esse controle?

Sem dúvida, com toda a certeza e esse é um dos objetivos que lhe ensina a Escola Rosacruz!

De jeito nenhum! Se o houvesse o Ego não teria escolhido o Coração (segundo assento do Corpo Vital) para buscar o domínio que precisa!

Lembre-se: o Corpo de Desejos é importantíssimo para nós, desde que dominado. Sem esse domínio, ele destrói o Corpo Denso. É por isso que temos que dormir.

  • Como agir para não ser mais assim, duas personalidades?

Não é uma questão de “duas personalidades”. Você só tem uma Personalidade (Corpo Denso, Vital, de Desejos e Mente Concreta)

  • O que poderia, em sua experiência de vida, em sua opinião, eu fazer?

PRIMEIRO DE TUDO: você está trilhando o Caminho Rosacruz (em outras palavras: é uma Estudante Preliminar ativa ou uma Estudante Regular ativa ou, ainda, uma Probacionista ativa)?

Se sim, o que vamos lhe dizer abaixo, funciona perfeitamente e resolverá o seu problema. Se não, não funcionará.

Pois aqui está a prática que é nos ensinada nos Cursos da Fraternidade Rosacruz (e para isso a conexão com o Irmão Maior tem que estar ativa):

Quando se deitar:

PRIMEIRO: faça a Oração do Estudante, curta, simples e extremamente eficaz.

SEGUNDO: repetir a seguinte oração: “que essa noite, enquanto meu corpo descansa docemente no sono, possa eu trabalhar fielmente na vinha de Cristo, já que meu Espírito não necessita de descanso” (como faz todos os verdadeiros Aspirantes Rosacruzes).

TERCEIRO: fazer o Exercício de Retrospecção (mesmo que durma no primeiro Efeito revisado, ou na primeira Causa, não se importe). Tente novamente noite após noite pois aqui a persistência e a disciplina é o que importa, pois você está conscientemente colocando o seu Corpo Vital (especialmente a parte superior dele) no domínio da situação.

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2. Pergunta: A Noite Cósmica ocorre quando todo o universo deixa de existir e dissolve no “Nada” ou apenas quando o nosso sistema solar age dessa forma?

Resposta: No nosso atual Esquema de Evolução as Noites Cósmicas ocorrem entre um Período e outro, onde habitamos 5 Globos escuros, sendo que no terceiro é onde ocorre o maior trabalho do Período anterior, seja de assimilação, seja de uniformização do que deveria ser aprendido por todos, de modo que todos fiquem nivelados em relação ao seu desenvolvimento. O que “dissolve” são os Globos do Período anterior (campos de evolução) e ao fim da Noite Cósmica, o primeiro Globo (campo de evolução) do Período subsequente é construído pelas Hierarquias Criadoras responsáveis pela Evolução dos seres nesse Esquema de Evolução.

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3. Pergunta: “Quando inspiramos, a informação é registrada. Quando expiramos, ela, não é? Ou seja, quando fazemos algo durante a expiração, isso não é armazenado no Átomo-semente?”

Resposta: Sim, quando inspiramos a informação é registrada, devido ao Éter. Quando expiramos NÃO há registro algum! Impossível fazer algo que só durante a expiração já componha um quadro inteiro, pois o Éter que registra tanto a causa como o efeito persiste durante um bom tempo ao nosso redor e, com certeza absoluta, será inspirado na próxima respiração. Se só expirarmos, o ar poderá se dissipar, mas o Éter, não.

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4. Pergunta: Eu sempre pensei que Deus sendo Justo e Imparcial, naturalmente cria, todos os seres de igual maneira, de um ponto comum, submetendo-os aos mesmos ditames para chegarem à perfeição relativa de que somos susceptíveis de atingir. Mas pelo que entendi, os Espíritos-Grupo, parecem seguir um caminho evolutivo diferente do nosso. Fiquei meio confuso.

Resposta: Há seres que começaram a sua evolução nesse Grande Dia de Manifestação que conhecemos como Esquema de Evolução, que começa com o Período de Saturno e vai até o Período de Vulcano e há seres que começaram em outros Dias de Manifestação e que estão nesse para completar seu aprendizado (se tornando deuses) ou continuar seu aprendizado (como o caso dos Anjos, Arcanjos, Senhores da Mente, Senhores da Sabedoria, Senhores da Individualidade e Senhores da Forma).

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5. Pergunta: O que são Espíritos Elementais ou Espíritos da Natureza?

Resposta: Espíritos da Natureza: é uma onda evolutiva de seres cujos corpos são compostos de um ou dois Éteres da Região Etérica do Mundo Físico. Nesse Esquema de Evolução atual seu trabalho é exercer funções conhecidas como Forças da Natureza. Há muitos Espíritos da Natureza diferentes. Os mais conhecidos são os Gnomos e Duendes (trabalham com a terra, as sementes, os minerais), as Fadas (com as flores e plantas), as Sílfides ou Silfos (com o vento e o ar), as Ondinas (com a água), as Salamandras (com o fogo). Agem sobre a orientação e ordens de seres que aprenderam a lidar com eles: Adeptos e Irmãos Maiores das Escolas de Mistérios, Anjos, Arcanjos, Senhores da Mente, Senhores da Sabedoria, Senhores da Individualidade e Senhores da Forma).

Elementais: são seres de uma onda de vida sub-humana. Nem bons, nem maus, dependem exclusivamente dos desejos que os seres humanos criam. Se uma pessoa cria um desejo inferior eles se aproximam e instigam à pessoa a criar mais desejos daquele tipo, se alimentam e chamam mais elementais para participar da fartura. O ser humano comum, que ainda não está em uma Escola de Preparação para a Iniciação, não sabe lidar com os elementais quando cria um desejo superior, ou seja, quando cria um desejo desse tipo, os elementais não se aproximam.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura:

Novembro: 02, 08, 15, 22, 30

“Curai-me, Senhor, e ficarei curado; salvai-me, e serei salvo, porque sois a minha glória.”
Jeremias, 17 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Atualmente, onde buscar a Luz Espiritual: no Oriente ou no Ocidente

Max Heindel

Hoje em dia, muitas pessoas, geralmente, olham para o oriente, quando empreendem a busca pela Luz Mística. No entanto, na verdade, o curso das estrelas é do leste ao oeste e os doadores de luz celestiais acima, assim como os lugares de luz terrestre, abaixo, são periodicamente movidos em direção ao oeste. Os sábios do Oriente, mencionados na Bíblia, não olharam para o leste em busca da estrela, mas a seguiram e foram com ela para o oeste. No antigo Templo de Mistério da Atlântida, chamado de Tabernáculo no Deserto, havia uma luz dentro do portão oriental, por onde o Aspirante entrava. Ele estava então voltado para o oeste e via a luz lá dentro; ou seja, a luz no Altar dos Sacrifícios.

Ele estava cego e procurando a luz; esta luz o confronta quando olha para o Ocidente. A lei era seu vigia para trazê-lo à luz que, então, brilhava para sua orientação; enquanto ele a seguia em sua jornada e caminhava para o oeste, em direção ao primeiro véu, outra luz aparecia: o Candelabro de Sete Braços no Lugar Santo. Esta era uma luz mais pura e sagrada do que a luz do Altar dos Sacrifícios, onde o fogo era alimentado com as carcaças fumegantes e sangrentas dos sacrifícios. A luz do Lugar Santo era alimentada com o mais puro azeite de oliva, feito especialmente para esse fim; portanto, era uma luz de ordem superior, acima daquela das carcaças que queimavam ao lado de fora. No entanto, o candidato prosseguia mais para o Oeste e, quando ele chegava à parte mais ocidental de todas, o Santo dos Santos, havia escuridão aparente onde estava a Arca da Aliança; mas acima dela havia uma luz espiritual, mencionada na Bíblia como a “Glória de Shekinah”, pairando sobre a Arca como o símbolo do ser humano purificado. Enquanto ele estava no portão leste e a luz brilhava resultado do Altar dos Sacrifícios, o Aspirante estava sem a lei dentro dele e obedecia à lei externa como se ela fosse um seu feitor.

Já nessa extremidade ocidental do Tabernáculo ele encontrava a Arca da Aliança com as tábuas da lei dentro dela, símbolo do fato de que o ser humano que chegou àquela altura tem dentro de si todas as leis da natureza e é um com elas. Portanto, ele as obedece prontamente; elas não são para ele um vigia e ele não agiria contrário a elas, mesmo se pudesse. O Pote de Ouro de Maná, simbolizando o pão que desceu do céu, o Cristo Interno, nos fornece outra chave para decifrar a natureza deste símbolo. A Vara de Aarão, com a qual operou os milagres no Egito, é como a lança do Graal, um símbolo do poder espiritual que pode ser empunhado por um ser humano que atingiu aquela Luz Espiritual do Oeste.

Contudo, o propósito dessa conquista é, e deve ser sempre, o serviço; portanto, as varas estavam sempre colocados nos anéis da Arca, para que ela pudesse ser movida a qualquer momento. Da mesma forma, o homem ou mulher elevado espiritualmente em quem brilha aquela maravilhosa Glória de Shekinah e que tem dentro de si as tábuas da lei, o Maná que caiu do Céu e a Varas Sagradas, está alerta ao menor chamado de serviço, para que ele ou ela possa se apressar em aliviar o sofrimento de seus irmãos e irmãs que estão para trás no Caminho da Evolução, em direção ao Oriente.

Também, sabemos que há seiscentos ou setecentos anos A.C. uma nova onda de espiritualidade iniciou-se nas margens ocidentais do Oceano Pacífico, para iluminar a nação chinesa. Hoje em dia, milhões de habitantes do Celeste Império professam a religião de Confúcio. Notamos o efeito posterior dessa onda na religiãode Buda, um ensinamento destinado a despertar as aspirações de milhões de hindus e chineses ocidentais. Em seu curso para Oeste, surge entre os gregos mais intelectuais, nas filosofias elevadas de Pitágoras e Platão, e por último, invade o mundo ocidental e alcança os precursores da Raça humana, onde assume a elevada forma da Religião Cristã.

O Cristianismo abriu gradualmente seu caminho para Oeste até a costa do Oceano Pacífico, onde vem reunindo e concentrando as aspirações espirituais. Ali alcançará um ponto culminante, antes de prosseguir através do Oceano para inaugurar no Oriente um despertar mais elevado e mais nobre, muito mais do que existente até agora nessa parte da Terra.

Esses são fatos místicos e a visão do autor os percebeu corretamente. Tudo muda à medida que vamos do Leste para o Oeste para promover o desenvolvimento do novo atributo que devemos desenvolver nesta Era de Peixes, para que a Era vindoura, a de Aquário, possa ser utilizada por quem esteja pronto.

Quando o autor foi para a Alemanha, em 1907, ele sentiu, de forma mais aguda, a opressão do Espírito-Grupo ali, como uma nuvem sobre a Terra, segurando o povo em suas garras. Assim como está registrado que nos tempos antigos Jeová foi à frente dos israelitas e estava como numa nuvem, assim o Espírito-Grupo das nações governa o seu próprio povo, refletindo sobre ele e desenvolvendo nele certas características. Portanto, as características dos europeus persistem, apesar da frequência crescente de casamentos internacionais, porque o Espírito-Grupo invariavelmente marca sua prole. Na América é diferente; esse é o caldeirão e nenhum Espírito-Grupo foi desenvolvido para guiar este lugar. Uma nova classe de Egos está renascendo, com traços de caráter e qualidades diferentes das que existem entre as pessoas mais velhas.

Quando investigamos as condições climáticas, também descobrimos que há uma grande diferença entre a atmosfera da América e da Europa; a atmosfera da América é elétrica e, particularmente no sul do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, o Éter é abundante em grau nunca experimentado em qualquer lugar da Terra. Isso tem um efeito muito brilhante sobre as pessoas que vivem nos diferentes países e o escritor não pode ilustrar tal característica de maneira melhor do que relatando um certo incidente e uma conversa que aconteceu no Templo da Rosacruz na Alemanha, que ele visitou, por ser convidado, para receber os ensinamentos incorporados no Conceito Rosacruz do Cosmos.

Por meio de um trabalho incessante dia e noite, por muito tempo, o autor conseguira fazer um esboço da filosofia. Isso, ele mostrou aos Irmãos Maiores, que o estavam instruindo, mas seu entusiasmo logo esfriou quando lhe disseram que, embora agora estivesse muito satisfeito com o resultado, assim que chegasse aos Estados Unidos, a atmosfera elétrica da América o faria olhar para as coisas de maneira diferente, que ele iria reescrever e tornar completamente distinto; ele supunha que isso fosse absolutamente impossível, na época; porém os Irmãos Maiores então disseram.

“Você foi convidado a vir para a Alemanha porque a atmosfera deste local, pesada, carregada pelo Espírito-Grupo, leva à persistência e perseverança, favorecendo a concentração, o pensamento profundo e uma grande percepção. Só aqui o esqueleto para tal livro poderia ser escrito; mas para terminá-lo e dar a ele um traço de vida que deve ter para lhe tornar sucesso entre as massas, a atmosfera elétrica da América é necessária”.

A atitude mental de um alemão, devido ao Espírito-Grupo na atmosfera, pode ser comparada a um ser humano que viaja de Berlim a Paris em diligência; vai levar muito tempo para chegar, mas no caminho ele vê pessoas de diferentes nações e se familiariza com cada passo da estrada, percebendo a paisagem e se familiarizado totalmente a cada passo do caminho, de modo que possa dar uma boa descrição, se ele depois precisar. Os processos mentais na América também são como seus métodos de viagem. Quando deseja ir de um lugar na América para outro lugar também na América, ele dorme à noite para não perder qualquer uma das preciosas horas comerciais da luz do dia, corre pelo país a uma velocidade a mais que ele possa e chega ao seu destino na madrugada do dia seguinte; ele não sabe coisa alguma dos locais por onde passou, mas chegou rápido: esse é o ponto essencial.

Vamos a um exemplo: um alemão teria usado, pelo menos, dois volumes para expressar sua opinião sobre todos os detalhes do projeto do Canal do Panamá. O presidente Roosevelt cobriu bem o assunto em um único discurso; ele chegou ao destino sem todos os detalhes.

Em outra ocasião, quando a questão da Sede Mundial estava em discussão, o escritor foi instruído a procurar um lugar com vista para o Oceano Pacífico, no sul do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, tendo ao fundo montanhas cobertas de neve. Tentamos primeiro comprar um lugar que parecia se adequar à descrição, em parte; mas os obstáculos foram se acumulando de modo que não pudemos aperfeiçoar a compra. Então Mt. Ecclesia foi encontrada e imediatamente reconhecida pelos Irmãos Maiores como cumprindo todas as condições exigidas.

O número de prédios está aumentando, o jardim está ficando mais bonito ano após ano. Este local já se tornou um destino para Estudantes Rosacruzes de muitos lugares que vêm aqui para reunir inspirações e levar de volta para suas casas a luz recebida aqui; com o passar do tempo, não podemos esperar que isso possa, de fato, tornar-se um centro de grande influência espiritual na obra do mundo. Vamos puxar o vagão das aspirações para entregá-lo à Estrela da Esperança; quanto mais elevado for o nosso ideal, melhor talvez vivamos de acordo com ele.

Uma coisa é certa — o templo espiritual que estamos construindo com nossas esperanças e aspirações, ao redor do santuário terrestre que já erigimos, está gradualmente crescendo mais e se tornando mais bonito, luminoso e mais parecido com aquele templo admirável que Manson descreve tão eloquentemente em O Servo da Casa. Pela Graça de Deus continuaremos na alegria e no contentamento. Como disse Manson: “Descobrimos ser verdade que, às vezes, o trabalho continua na escuridão quase total; mas ocasionalmente chegam os raios de esperança, as nuvens se desmancham e o sol da alegria e contentamento brilha para aliviar a carga”. Contudo, quer estejamos construindo nas trevas ou na luz ofuscante, é algo que podemos dizer: nunca cessamos em nossa persistência incansável. Ajudados pelas aspirações de milhares de Estudantes Rosacruzes mentalmente centrados neste lugar, o trabalho prossegue com alegria ou tristeza e, algum dia, a visão será realizada e Mt. Ecclesia, a sede da Fraternidade Rosacruz, dará sua cota total de luz para “o mundo que espera”.

Como o Sol, por precessão, está se aproximando da cúspide do Signo de Aquário, as influências uranianas e netunianas estão ficando cada vez mais fortes. Pessoas em todo o mundo estão atualmente sendo atraídas para o lado espiritual da sua natureza de uma forma, e com uma força, nunca vista. A onda do materialismo e do dogmatismo, tanto o religioso quanto o científico, está gradualmente recuando e, em seu lugar, este novo raio estelar está trazendo mais luz, mais amor pela humanidade.

A necessidade do ser humano é a oportunidade de Deus e não demorará muito para encontrar, aqueles que agora estão se preparando para a tarefa através do estudo adequado e de uma vida consagrada, um público pronto entre os povos onde anteriormente o prazer mundano era o objetivo principal da vida. Possa cada um que vê a luz mística aproveitar a oportunidade de se preparar adequadamente para o grande privilégio de levar luz aos povos e colher, assim, o óleo da alegria como a recompensa, ganhando oportunidades cada vez maiores de serviço no futuro, pelo trabalho do presente.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho/1915 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama: O Simbolismo Rosacruz

Quando investigamos o significado de qualquer mito, lenda ou símbolo de valor oculto é absolutamente necessário entendermos que, assim como todo objeto do mundo tridimensional deve ser examinado de todos os ângulos para dele obtermos uma compreensão completa, igualmente todos os símbolos têm também certo número de aspectos. Cada ponto de vista revela uma fase diferente das demais, e todas merecem igual consideração.

Visto em toda sua plenitude, esse maravilhoso símbolo contém a chave da evolução passada do ser humano, sua presente constituição e desenvolvimento futuro, mais o método de sua obtenção. Quando ele se apresenta com uma só rosa no centro simboliza o espírito irradiando de si mesmo os quatro veículos: os Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente significando que o espírito entrou em seus instrumentos, convertendo-se em espírito humano interno.

No entanto, houve um tempo em que essa condição ainda não havia sido alcançada, um tempo em que o Tríplice Espírito pairava acima dos seus veículos, incapaz de neles entrar. Então a cruz erguia-se sem a rosa, simbolizando as condições prevalecentes no começo da terça parte da Época Atlante.

Houve também um tempo em que faltava o madeiro superior da cruz. A constituição humana era, pois, representada pela Tau (T), isto na Época Lemúrica, quando o ser humano só dispunha dos Corpos Denso, Vital e de Desejos e carecia da Mente. O que predominava, então, era a natureza animal. O ser humano seguia os seus desejos sem reserva.

Anteriormente ainda, na Época Hiperbórea, só possuía os Corpos Denso e Vital, faltando o de Desejos. Então o ser humano, em formação, era análogo às plantas: casto e sem desejos. Nesse tempo sua constituição não podia ser representada por uma cruz; era simbolizada por uma coluna reta, um pilar (I).

Esse símbolo foi considerado fálico, indicando a libertinagem do povo que o venerava. Por certo é um emblema de geração, mas geração não é absolutamente sinônimo de degradação. Longe disso. O pilar é o madeiro inferior da cruz, símbolo do ser humano em formação, quando era análogo às plantas. A planta é inconsciente de toda paixão ou desejo e inocente do mal. Gera e perpetua sua espécie de modo tão puro, tão casto, que propriamente compreendida é um exemplo para a decaída e luxuriosa humanidade, a qual deveria venerá-la como um ideal. Aliás, o símbolo foi dado às Raças primitivas com esse objetivo. O Falo e o Yona, empregados nos Templos de Mistério da Grécia, foram dados pelos Hierofantes com esse espírito. No frontispício do templo colocavam-se as enigmáticas palavras: “Ser humano, conhece a ti mesmo”. Esse lema, bem compreendido, é análogo ao da Rosacruz, pois mostra as razões da queda do ser humano no desejo, na paixão e no pecado, e dá a chave de sua liberação do mesmo modo que as rosas sobre a cruz indicam o caminho da libertação.

A planta é inocente, porém, não virtuosa. Não tem desejos nem livre escolha. O ser humano tem ambas as coisas. Pode seguir seus desejos ou não, conforme queira, para aprender a dominar-se.

Enquanto foi como as plantas, um hermafrodita, ele podia gerar por si, sem cooperação de outrem; mas ainda que fosse tão inocente e tão casto como as plantas, ele era também como elas: inconsciente e inerte. Para poder avançar, necessitava que os desejos o estimulassem e uma Mente o guiasse. Por isso, a metade de sua força criadora foi retida com o propósito de construir um cérebro e uma laringe. Naquele tempo o ser humano tinha a forma arredondada. Era curvado para dentro, semelhante a um embrião, e a laringe atual era então uma parte do órgão criador, aderindo à cabeça quando o Corpo tomou a forma ereta. A relação entre as duas metades pode-se ver ainda hoje na mudança de voz do rapaz, expressão do polo positivo da força geradora, ao alcançar a puberdade. A mesma força que constrói outro Corpo, quando se exterioriza, constrói o cérebro quando retida. Compreende-se isso claramente ao sabermos que o excesso sexual conduz à loucura. O pensador profundo sente pouquíssima inclinação para as práticas amorosas, de modo que emprega toda sua força geradora na criação de pensamentos, ao invés de desperdiçá-la na gratificação dos sentidos.

Quando o ser humano começou a reter a metade de sua força criadora para o fim já mencionado, sua consciência foi dirigida para dentro, para construir órgãos. Ele podia ver esses órgãos, e empregou a mesma força criadora, então sob a direção das Hierarquias Criadoras, para planejar e executar os projetos dos órgãos, assim como agora a emprega no mundo externo para construir aeroplanos, casas, automóveis, telefones, etc. Naquele tempo o ser humano era inconsciente de como a metade daquela força criadora se exteriorizava na geração de outro Corpo.

A geração efetuava-se sob a direção dos Anjos, que em certas épocas do ano, agrupavam os humanos aptos em grandes templos, onde se realizava o ato criador. O ser humano era inconsciente desse fato. Seus olhos ainda não tinham sido abertos, e embora fosse necessária a colaboração de uma parceira, que tivesse a outra metade ou o outro polo da força criadora indispensável à geração, cuja metade ele retinha para construir órgãos internos, em princípio não conhecia sua esposa. Na vida ordinária o ser humano estava encerrado dentro de si, pelo menos no que tangia ao Mundo Físico. Isto, porém, começou a mudar quando foi posto em íntimo contato, como acontece no ato gerador. Então, por um momento, o espírito rasgou o véu da carne e Adão conheceu sua esposa. Deixou de conhecer-se a si mesmo,quando sua consciência se concentrou mais e mais no mundo externo, e foi perdendo a sua percepção interna, a qual não poderá ser readquirida plenamente enquanto necessitar da cooperação de outro ser para criar, e não tenha alcançado o desenvolvimento que lhe permita utilizar, de novo e voluntariamente, toda sua força criadora. Então voltará a conhecer-se a si mesmo, como no tempo em que atravessava o estágio análogo ao vegetal, mas com esta importantíssima diferença: usará sua faculdade criadora conscientemente, e não será restringido a empregá-la só na procriação de sua espécie, mas poderá criar o que quiser. Outrossim, não usará os seus atuais órgãos de geração: a laringe, dirigida pelo espírito, falará a palavra criadora através do mecanismo coordenador do cérebro. Assim, os dois órgãos, formados pela metade da força criadora, serão os meios pelos quais o ser humano se converterá finalmente em um criador independente e autoconsciente.

Mesmo presentemente o ser humano já modela a matéria pela voz e pelo pensamento ao mesmo tempo, como vimos nas experiências científicas em que os pensamentos criaram imagens em placas fotográficas, e noutras em que a voz humana criou figuras geométricas na areia, etc. Em proporção direta ao altruísmo que demonstre, o ser humano poderá exteriorizar a força criadora que retiver. Isto lhe dará maior poder mental e o capacitará a utilizar-se de tal poder na elevação dos demais, ao invés de tentar degradá-los e sujeitá-los à sua vontade. Aprendendo a dominar-se, cessará de tentar dominar aos outros, salvo quando o fizer temporariamente para o bem deles,jamais para fins egoísticos. Somente aquele que se domina está qualificado para orientar aos demais e, quando necessário, é competente para julgá-los no modo que melhor lhes convenha.

Vemos, portanto, que, a seu devido tempo, o atual modo passional de geração será substituído por um método mais puro e mais eficiente que o atual. Isto também está simbolizado pela Rosacruz, em que a rosa se situa no centro, entre os quatro braços. O madeiro mais comprido representa o Corpo; os dois horizontais, os dois braços; e o madeiro curto superior representa a cabeça. A rosa branca está colocada no lugar da laringe.

Como qualquer outra flor, a rosa é o órgão gerador da planta. Seu caule verde leva o sangue vegetal, incolor e sem paixão. A rosa de cor vermelho-sangue mostra a paixão que inunda o sangue da Raça humana, embora na rosa propriamente dita o fluido vital não seja sensual, mas sim casto e puro. Ela é, por conseguinte, excelente símbolo dos órgãos geradores em seu estado puríssimo e santo, estado que o ser humano alcançará quando haja purificado e limpo seu sangue de todo desejo, quando se tenha tornado casto e puro, análogo a Cristo.

Por isso os Rosacruzes esperam, ardentemente, o dia em que as rosas floresçam na cruz da humanidade; por isso os Irmãos Maiores saúdam a alma Aspirante com as palavras de saudação Rosacruz: “Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz”; e é por esse motivo que essa saudação é usada nas reuniões dos Núcleos da Fraternidade pelo dirigente, ocasião em que os Estudantes, Probacionistas e Discípulos presentesrespondem à saudação dizendo: “E na vossa também”.

Ao falar de sua purificação, São João (IJo 3:9) diz que aquele que nasce de Deus não pode pecar, porque guarda dentro de si a sua semente. Para progredir é absolutamente necessário que o Aspirante seja casto. Todavia, deve-se ter bem presente que a castidade absoluta não é exigida enquanto o ser humano não tenha alcançado o ponto em que esteja apto para as Grandes Iniciações, e que a perpetuação da Raça é um dever que temos para com o todo. Se estivermos aptos: mental, moral, financeira e fisicamente, podemos executar o ato da geração, não para gratificar a sensualidade, mas como um santo sacrifício oferecido no altar da humanidade. Tampouco deve ser realizado austeramente, em repulsiva disposição mental, mas sim numa feliz entrega de si mesmo, pelo privilégio de oferecer a algum amigo que esteja desejando renascer, um Corpo e ambiente apropriados ao seu desenvolvimento. Desse modo estaremos também o ajudando a cultivar o florescimento das rosas em sua cruz.

UM LEMBRETE MUITO IMPORTANTE:

A EXPOSIÇÃO PÚBLICA DO SÍMBOLO ROSACRUZ QUE CONTÉM A ROSA BRANCA VISÍVEL deve ser feita publicamente somente nos momentos em que os Rituais Rosacruzes (do Templo, de Cura, dos Equinócios e Solstícios, de Véspera da Noite Santa) forem oficiados com mais um detalhe: descobri-lo depois do Hino Rosacruz de Abertura e recobri-lo antes do Hino Rosacruz de Encerramento.

E Após o Ritual o Símbolo Rosacruz deve ser guardado, em local apropriado, não visível publicamente.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Causas das Adversidades do Aspirante à Vida Superior

Vamos ver a razão das provas que afligem o Aspirante à vida superior. Perceba a necessidade de abordar esse assunto porquanto, frequentemente, muitos Estudantes Rosacruzes indagam as causas dos sofrimentos que passaram a atormentá-los a partir do momento em que deram os primeiros passos no caminho da espiritualidade.

Considere que as adversidades ocorrem para o bem da alma aspirante, que constituem um sinal de progresso, devendo ser motivo de regozijo. Elas possibilitam-lhe uma rápida liquidação das dívidas contraídas debaixo da Lei de Causa e Efeito. Aceleram o processo de libertação que, no caso do ser humano comum, prolonga-se por várias existências.

As provas não devem ser encaradas como um sofrimento imposto pelas Hierarquias Criadoras, mas sim como um forte medicamento de efeito rápido e eficaz, um aprendizado acima de tudo. Indicam as mudanças que devem acontecer no caráter do Estudante Rosacruz, se efetivamente ele deseja trilhar a senda espiritual.

A evolução ocorre basicamente na consciência da pessoa, elevando-lhe a natureza de seus pensamentos, sentimentos, palavras e atos.

Não basta ao Aspirante à vida superior ampliar seu cabedal de conhecimentos. Isso diz respeito apenas à intelectualidade. É mister vivenciar esses conhecimentos, sem o que os resultados serão nulos. O conhecimento em si mesmo nada produz sem uma efetiva reforma de caráter. A esse respeito, o Cristo proclamou com muita sabedoria: “Não se coloca vinho novo em odres velhos, nem remendo novo em tecido velho”.

As provações geram, também, outros benefícios. Elas, por exemplo, fortalecem o indivíduo, fazendo-o desenvolver recursos de sobrevivência e criatividade. Com o passar do tempo ensejam autoconfiança, qualidade indispensável para o desenvolvimento anímico.

A vida ensina que o crescimento do indivíduo depende da somatória das pequenas vitórias morais do dia a dia. Enquanto outros decidirem por ele, não aprenderá a caminhar com os próprios pés, nem a voar com as próprias asas.

O Aspirante à vida superior deve assumir a responsabilidade pelos seus atos, agindo por vontade própria. Ação é o que muda o rumo das coisas. Ele deve aprender as lições e harmonizar-se com as leis divinas, não aceitando o sofrimento como uma punição, mas considerando-o um estímulo ao seu crescimento.

(Publicado no ECOS novembro-dezembro/2003 da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Considerações Sobre Transplantes

O assunto relativo aos transplantes tem sido objeto de indagações, dúvidas e discussões polêmicas.

A posição da Fraternidade Rosacruz é de rejeitar essa prática por razões de fundo espiritualista. Mas, mesmo de um ponto de vista científico materialista, este assunto é igualmente polêmico, com várias posições contrárias assumidas por cientistas e médicos de renome, conforme mostraremos a partir deste artigo.

De forma a melhor estruturar a apresentação, consideraremos primeiramente os aspectos concernentes ao receptor e ao doador dos órgãos transplantados.

De acordo com a lei que rege os transplantes, “o transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso pelo receptor, após o aconselhamento sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento”. Parágrafo único: “Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz, ou cujas condições de saúde impeçam ou comprometam a manifestação válida de sua vontade, o consentimento de que trata este artigo será dado por um de seus pais ou responsáveis legais”. (Lei nº 9434/97). A obtenção do consentimento esclarecido de um paciente como preliminar de qualquer procedimento investigativo e terapêutico é, nos dias de hoje, um dever legal e um imperativo moral. O consentimento esclarecido não é um mero papel assinado pelo interessado dizendo que concorda com o procedimento. Ele exige informações amplas, claras, honestas e acessíveis, exige a compreensão plena de quem as recebe.

Portanto, a lei exige que o receptor esteja consciente do passo que ele vai dar e de suas consequências.

Os transplantes de órgãos podem originar-se de outras espécies animais (xenotransplante), de seres humanos vivos (alotransplante intervivos) ou de seres humanos mortos (alotransplante de doador cadáver). A obtenção de órgãos de doador vivo tem sido muito utilizada, mas é questionável desde o ponto de vista ético. Este tipo de doação somente tem sido aceito quando existe relação de parentesco entre doador e receptor.

Quanto à utilização de órgãos de doador cadáver, o problema inicial foi o estabelecimento de critérios para caracterizar a morte do indivíduo doador. Primeiramente o critério era o cardiorrespiratório, depois, se tornou encefálico.

Aqui cabe uma pergunta: “Querer viver às custas do sacrifício de outros, sejam animais ou humanos, é correto”?

Como dissemos acima, o critério de morte para a utilização de órgãos destinados a transplantes foi mudado de cardiorrespiratório para encefálico porque, no primeiro, quando o coração e a respiração do indivíduo param, órgãos e tecidos começam a se degenerar. “Alguns órgãos como o coração, os pulmões e o fígado deterioram-se tão rapidamente que eles devem ser obtidos de corpos vivos”, disse o Dr. David Hill, anestesista britânico.

Sobre o critério de morte encefálica, o Dr. Paul Byme, ex-presidente da Associação Médica Católica do Vaticano diz que “em um paciente com morte encefálica, o coração bate, o corpo está quente, órgãos vitais como o fígado e os rins estão funcionando e há respiração, embora sustentada por um ventilador mecânico”.

Em maio de 2000, a Revista dos Anestesistas do Royal College of Anaesthetistis da Inglaterra recomendou, em seu editorial, a realização de anestesia geral nos doadores de órgãos para eles não sentirem DOR com a retirada de seus órgãos, devido à arbitrariedade dos critérios declaratórios de morte encefálica. Esta atitude foi determinada pelo fato de os anestesistas saberem que o paciente que tem órgãos retirados para transplante, a partir de como esta declaração de morte para fins de transplante é feita atualmente, reage dramaticamente à sensação de dor. Se o paciente está morto, por que fazer anestesia geral nos doadores de órgãos? E, na conclusão do editorial desta revista médica, lê-se: “Se uma pessoa não está morta, não deveria ter seus órgãos retirados.”

Quando uma pessoa morre. “os veículos superiores – Corpo Vital, Corpo de Desejos e Mente – podem ser vistos abandonando o Corpo Denso com um movimento em espiral, levando consigo a alma de um Átomo-semente denso. Não o átomo em si, mas as forças que, através dele, atuavam. O resultado das experiências vividas no Corpo Denso durante a existência que acaba de terminar ficou impresso neste átomo particular. Esse Átomo-semente despertará somente na aurora de uma outra vida física para servir novamente de núcleo como núcleo de mais um Corpo Denso a ser usado pelo mesmo Ego, por isso o amado Átomo-semente.

O Ego, durante três dias e meio, vê de trás para diante, todas as cenas de sua vida passada, impressas no Átomo-semente, panorama da vida, que servirá de base para sua permanência no Purgatório e no Primeiro Céu onde purgará o que foi errado e se fortalecerá com o que foi certo.

Assim como o bebê que vai nascer precisa de cuidados especiais para que seu Corpo Denso se forme perfeitamente e, na hora do nascimento, não aconteça nada que o prejudique, assim também o ser que abandona seu Corpo Denso, o físico, por ocasião da morte precisa de cuidados e, principalmente, de muita tranquilidade para que sua atenção não seja desviada da retrospecção do panorama da vida recém-finda e a consequente gravação, no Corpo de Desejos, das imagens contidas neste panorama, que constituirão a base das experiências depois da morte. Deste panorama dependerão o desenvolvimento da consciência e o incentivo para uma boa conduta nas vidas futuras. O impedimento, por qualquer motivo, da retrospecção eficiente do panorama da vida, implica em perda das experiencias da última vida e atraso na evolução do Ego. Para compensar este lamentável fato, o Ego tem a oportunidade de renascer e morrer, ainda criança, para ser enviado a uma escola especial nos mundos espirituais, recuperando assim parte da perda. Esta é uma das causas da mortalidade infantil que causa tanto sofrimento aos casais que desejam muito ter um filho.

A perda do panorama da vida acontece por vários motivos, entre os quais:

a) Quando o Espírito é incomodado por muitas lamentações por parte da família.

b) Quando a morte é por acidente:

c) Quando o corpo é cremado antes dos três dias e meio após a morte.

Vemos, portanto que uma morte natural e tranquila e o respeito aquele que partiu, fornece ao Ego condições de aproveitar as experiências que teve em sua vida e se preparar melhor para o futuro renascimento.

Vejamos, agora, o aspecto espiritual da situação do receptor do órgão transplantado. Acreditamos que as condições que dão origem a órgãos doentes resultam das próprias ações das vidas anteriores. Um órgão comprometido (coração, fígado, pulmões, rins, olhos, etc.) é somente o sintoma do problema que deve ter causa nas vidas passadas. A troca de partes não resolve o problema. A mudança de vida (pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, ações), focada mais na parte espiritual dessa vida, sim.

Tirar a vida do animal para prolongar a vida humana é eticamente errado. Deus dá a vida animal ou humana. Os mais evoluídos e individualizados são menos receptivos à troca de partes de seu corpo. O sistema imunológico protege a pessoa contra a intromissão de muitas substâncias e há razões metafísicas e biológicas para a rejeição individual de tecidos, órgãos e fluidos de outros.

Construímos nossos próprios corpos e eles refletem nosso próprio estado de consciência. Aquele que recebe um órgão de uma pessoa ou de um “banco” pode se beneficiar temporariamente, mas, a menos que ele viva a partir de então para transmutar a parte de sua natureza que resultou no órgão danificado, ele não terá este benefício na sua próxima vida.

Continuando a pesquisa feita sobre o assunto dos transplantes, coletamos algumas informações sobre pacientes que receberam transplantes.

Será que um transplante de órgãos pode mudar a atitude, o temperamento e os gostos do receptor? Parece que sim. Um executivo que recebeu um coração de um doador que era fã de uma determinada cantora começou a chorar quando ouviu uma canção cantada por ela algumas semanas depois da operação. Um outro executivo, agora com 70 anos, que recebeu um coração de um rapaz de 14 anos que morrera num acidente, começou a gostar de comer doces, o que nunca fizera antes, e a gostar de esportes radicais como ciclismo, caiaque e esqui. Uma mulher desenvolveu o gosto por comida mexicana depois da operação e disse ter voltado da mesma com um profundo sentimento de raiva. Seis meses após a operação, contatando a família do doador, ela pôde compreender o que estava sentindo. Ele era um rapaz que adorava comida mexicana e que tinha morrido numa briga.

Esses fatos mostram que os transplantes interferem com um aspecto essencial à evolução humana, especialmente em seu estágio atual, que é a individualidade. A incorporação de personalidades estranhas ao caráter desses receptores certamente fará com que, em próximas vidas, as lições previstas para uma determinada vida tenham que ser retomadas.

Isto posto, como acreditamos que tudo no nosso Universo segue um planejamento divino e que o destino de cada um e todos obedece a normas concernentes à evolução humana e suas necessidades, visando o progresso e o crescimento anímicos, nós, os espiritualistas, devemo-nos colocar em planos diametralmente opostos à prática dos transplantes, não só pelo respeito à vida, como também por serem violações às leis naturais (e, ainda, às leis humanas), já que tais práticas interferem no aprendizado do Espírito, nesta Escola que é a vida física, rumo ao desenvolvimento de sua consciência e à perfeição.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz do Rio de Janeiro-RJ – julho-agosto-setembro-2005)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pequena História da Fraternidade Rosacruz e sua ligação com a Ordem Rosacruz

A antiga Fraternidade Rosacruz consistia de seres altamente espiritualizados, puros e de incomensurável sabedoria. Eram alquimistas médicos e matemáticos, doze indivíduos do século XIV, que foram orientados por um ser conhecido como “Cristão Rosa Cruz”.

Esses seres trabalharam secretamente e formaram uma fraternidade conhecida como “Ordem Rosacruz”.

Os conhecimentos de tal Ordem foram ministrados à apenas alguns sábios, sendo que nada foi revelado até o ano de 1614, data da publicação da Fama Fraternitatis, o primeiro manifesto Rosacruz. Essa sociedade secreta ainda existe e ainda trabalha pela elevação da humanidade. Somente aqueles que possuem um amplo desenvolvimento espiritual são admitidos como membros no círculo interno do movimento Rosacruz.

Tais “médicos da alma” engajados no controle interno deste grande movimento estão intimamente associados à evolução do mundo. Esses irmãos trabalham de forma secreta, incansável e abnegadamente pelo bem da humanidade.

Em 1908, Max Heindel, que era de origem dinamarquesa, após ser testado em sinceridade de propósitos e desejo desinteressado em ajudar seus semelhantes, foi escolhido como o mensageiro dos Irmãos Maiores, para transmitir os ensinamentos Rosacruzes ao Ocidente, preparando a humanidade para a futura Era de Fraternidade Universal. Por meio de intensa autodisciplina e devoção ao serviço ele conquistou o grau de Irmão Leigo no Caminho para a Iniciações na exaltada Ordem Rosacruz.

Sob a direção dos Irmãos Maiores da Rosacruz, gigantes espirituais da raça humana, Max Heindel escreveu o Conceito Rosacruz do Cosmos, um livro que marcou época se tornando uma referência marcante para todos os pesquisadores da tradição ocultista ocidental e aspirantes à espiritualidade.

Por meio de seu próprio desenvolvimento ele foi capaz de verificar por si mesmo muitos aspectos dos ensinamentos recebidos dos Irmãos Maiores, sintetizados no Conceito Rosacruz do Cosmos, fornecendo um conhecimento adicional mais tarde corporificado em seus numerosos livros.

Uma das condições básicas na qual os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental foram dados a Max Heindel era que nenhum preço poderia ser estabelecido para eles. Tal condição foi fielmente observada por ele até o fim de sua vida terrestre e tem sido cuidadosamente cumprida pelos dirigentes da Fraternidade Rosacruz (The Rosicrucian Fellowship). Ainda que os livros da Fraternidade sejam vendidos a preços acessíveis, que garantam a continuidade de suas publicações, os cursos por correspondência e os serviços devocionais e de cura são inteiramente gratuitos. A Fraternidade Rosacruz é mantida através de doações voluntárias de seus Estudantes Rosacruzes e simpatizantes, não havendo taxas ou mensalidades obrigatórias.

Passado um determinado tempo e estando ainda tais ensinamentos sob a sua responsabilidade, foi instruído a retornar à América e revelar ao público tais ensinamentos, até então secretos. Nessa época, a humanidade tinha alcançado o estágio mais avançado da Religião Cristã, quando os mistérios (que Cristo menciona no Evangelho Segundo São Mateus 13:11 e Evangelho Segundo São Lucas em 8:10) tinham que ser ministrados a muitos e não apenas para alguns.

Quando Max Heindel chegou à América, ele publicou esses elevados conhecimentos em seu livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” que foi traduzido em diversas línguas e continua a ser editado em várias partes do mundo. Também estabeleceu a Fraternidade Rosacruz como uma Escola Preparatória para a verdadeira, eterna e invisível (pois está na Região Etérica do Mundo Físico) Ordem Rosacruz, a Escola de Mistérios do Mundo Ocidental.

Ainda que a palavra “Rosacruz” seja usada por várias organizações, a Fraternidade Rosacruz não tem nenhuma conexão com estas.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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