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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são”

Os Estudantes da Filosofia Rosacruz sabem que Lúcifer, a falsa Luz da Época Lemúria, implantou a paixão, inaugurando a procriação do pecado e, consequentemente, o surgimento da tristeza, da dor e da morte. Sabem que Cristo, a verdadeira Luz da vindoura Nova Galileia, inaugurará a imaculada Concepção e pregou o Evangelho da redenção do pecado pelo amor.

É um fato científico que o estado do sangue afeta a Mente e vice-versa; sangue puro é, portanto, indispensável para uma mentalidade sadia.

Uma Mente pura pode transcender a paixão, somente um corpo são pode gerar outro corpo são. Os Irmãos Maiores da Rosacruz têm almejado curar o corpo para que possa abrigar uma Mente pura e um amor puro, pois cada purificação sobre o Corpo Físico é um passo adiante para o dia da vinda do Senhor, pelo qual todos nós anelamos mui ardentemente.

Essa é a razão para as atividades de cura e é o significado do nosso tema “Mente pura, Coração nobre e Corpo são”.

Essa declaração feita por Max Heindel deixa claro que a cura definitiva necessita de educação nos princípios ou nas leis superiores ou espirituais, que regem a vida do ser humano.

Não é suficiente que tenhamos nossas dores temporariamente aliviadas e nossas doenças temporariamente “curadas”. Devemos perceber que não podemos ter uma cura definitiva até que aprendamos a controlar nossos pensamentos, sentimentos e emoções.

Somente dessa maneira a causa espiritual da doença poderá ser removida de dentro de nós.

Temos sido egoístas, gulosos, ciumentos, intolerantes, mentirosos, desconfiados? Então podemos estar certos de que o nosso sangue foi afetado por esses desequilíbrios e que esse sangue contaminado foi transportado para dentro dos tecidos afetando todo o organismo.

Temos sido amáveis, bondosos, tolerantes, úteis? Então podemos estar certos de que esses pensamentos e sentimentos, também afetaram o corpo e o sangue, mas, por esse lado, beneficamente.

Pureza de vida e de pensamento é o caminho principal para a saúde. Todo aquele que se propuser a seguir os passos de Cristo, harmonizando-se com o Seu amor, conquistará uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – julho-agosto/1995)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Significado Esotérico de: “não a paz, mas sim a espada”

Eis que faço novas todas às coisas. E continuou: ‘Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras’.” (Ap 21:5), proclama a Presença na Revelação anunciando a visão etérica da cidade santa, a Nova Jerusalém.

Cristo, sem dúvida, veio ao mundo para tornar novas todas às coisas. Ele trouxe para a humanidade um novo Ensinamento de amor e fraternidade e permanece como Espírito Planetário, de onde podemos tirar proveito da nova e pura matéria do desejo, com a qual Ele penetra em nossa atmosfera. Quando Ele se manifestar novamente, na segunda aparição, Ele irá reinar sobre uma nova raça da humanidade regenerada, onde os Corpos Densos terão se tornado obsoletos.

Quando, finalmente, todas as coisas se tenham tornado novas, foi nos dito que uma era áurea nos espera. “Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!” (Ap 21:4).

Quando todas as coisas tiverem sido feitas novas estaremos vestindo nossos brilhantes e dourados trajes nupciais, o nosso Corpo-Alma. Não haverá mais Corpos Densos, acompanhados de doença e morte. Na dourada cidade etérica, experimentaremos a imortalidade da vida eterna alegre e completa, sem a presença da dor. Deus deverá, realmente, enxugar todas as lágrimas, porque o que as causou deverá ter se acabado para sempre. Os seres inferiores terão evoluídos para seres superiores, o material para o espiritual e, deste modo, terá sido revelada a renovação de todas as coisas.

O auge será glorioso, mas o processo de transição de nosso estado atual até o revelado será com dor e tormentos. O obsoleto não será vencido sem protestos, pois a regeneração raramente vem sem revolta. Mudanças vantajosas e verdadeiras são muitas vezes lentas para que seus efeitos possam ser profundos e duradouros. Mudanças superficiais, baseadas em caprichos e, portanto, efêmeras, são mais fáceis de conseguirem, mas seus efeitos deixam muito a desejar, não são de longo alcance.

Basta observar a Natureza para se notar como o processo de mudança é realmente ponderado e, muitas vezes, cataclísmico. São necessários séculos para que as condições físicas de uma época substituam, por completo, as de outra. Mudanças geográficas, climáticas, fisiológicas e biológicas não são feitas, jamais, de um dia para outro e quase que, invariavelmente, há um elemento perturbador no processo. Vulcões, terremotos, mudança violentas e prejudiciais nos padrões do comportamento do clima e a ascensão e queda “literal” dos continentes: tudo isto são fatores de tais alterações.

Mesmo em períodos mais curtos, mudanças menores são acompanhadas por destruição que precede a regeneração. Incêndios nas florestas são seguidos por novo crescimento.

“Anos de vacas magras” durante os quais a seca, a fome e as pragas se manifestam, são seguidos por “anos de vacas gordas” durante os quais as perdas do período anterior são recuperadas, muitas vezes seguindo-se métodos mais eficientes do que os usados anteriormente. Alguma coisa foi aprendida como consequência da miséria e as mudanças resultantes, mesmo que sutis e pequenas, foram, consequentemente, instituídas.

Mudanças espirituais são, também, acompanhadas de revolta. Para se evoluir do egoísmo, típico da humanidade materialmente orientada, todo Ego precisa travar sua própria guerra contra seu caráter inferior, de batalha em batalha, até que um caráter mais alto, permanentemente virtuoso, surja triunfante.

Todos nós, no caminho espiritual, conhecemos bastante bem as dificuldades, frustrações e o desespero, assim como os momentos de exaltação, que caracterizam esta luta. Livrando-nos de nossos antigos padrões de pensamento, a atitude e a conduta posterior são difíceis, porque todos nós temos certos vestígios de egoísmo e sentimentos inferiores profundamente enraizados dentro de nós.

Desde os tempos em que os fundamentos do verdadeiro Cristianismo foram introduzidos por Cristo-Jesus, as mudanças foram acompanhadas de resistência, agitação, protesto e derramamento de sangue, assim como crueldades cometidas em nome da chamada “Cristandade”.

A divulgação do Cristianismo ortodoxo mostrou traços de interesse próprio. Durante séculos a Igreja vigente foi intolerante a todas as divergências e críticas a ela dirigidas e, mais tarde, houve proliferação de divisões da Igreja com diferentes denominações, todos convencidos de que suas interpretações dos princípios cristãos representavam, se não a verdade em si, certamente a mais lógica, compreensível e racional versão da verdade.

Muitos membros dessas seitas se convenceram, através dos anos, de que somente seus pontos de vista estavam certos e que aquele, cuja interpretação divergisse da sua, tinha de ser convertido, evitado ou combatido.

Assim, muitas formas, dogmas, credos e rituais foram introduzidos, encobrindo, substituindo e, portanto, alterando a simples essência dos verdadeiros ensinamentos de Cristo, transmitidos à humanidade pelos primeiros Cristãos e seus descendentes espirituais.

Vemos, então, que não somente mudanças, mas o que pode ser chamado contra-mudanças, acompanharam a divulgação dos Ensinamentos. Intrinsicamente eles eram e são elaborados para acabar com a desunião humana e promover a fraternidade. Abnegação, sacrifício e compaixão são seus princípios. Os valores espirituais mais avançados eram, inicialmente, adaptados a um contexto material somente na quantidade necessária para desenvolver a vida espiritual, num plano material. Aos poucos, porém, estes conceitos sublimes foram ocultados pelas adaptações e adições materiais do ser humano com o tempo, e a mensagem louvada de Cristo ficou quase perdida diante da proliferação de armadilhas feitas pelo próprio ser humano.

Houve, naturalmente, Egos avançados (superiores) mesmo nos séculos mais obscuros, que viveram e mostraram o verdadeiro Cristianismo por meio de suas vidas, pela conduta, pelo amor e pelo serviço.

E estes Egos poderiam ser Cristãos ou não, mas tinham o Cristianismo dentro de si – e estão no plano mais evolutivo, no caminho da mudança, das “coisas novas”, mais perto da palavra revelada.

Para o resto da humanidade, porém, a era das grandes mudanças ainda está para vir. Mas, no século XIX, os princípios de serviço, sacrifício próprio e universalidade começaram a receber uma aceitação ativa em larga escala. Muitas pessoas estão, agora, fervorosamente empenhadas em utilizar um ou todos estes princípios em suas vidas, como também mais ativamente ligadas ao bem-estar de seus companheiros. Muitas destas pessoas não se consideram Cristãos.

Alguns se desencantaram com as leis rígidas e intolerantes da ortodoxia. Outros aderiram a outras fés ou a crenças religiosas não organizadas. Os princípios de Cristianismo esotérico, contudo, depois de mais de 2.000 anos de distorções humanas e deturpações, provará sua invencibilidade e sua eternidade. Eles estão emergindo agora, com consciência, para o idealismo de homens e mulheres sensíveis e de visão em todos os lugares.

Eventualmente, o Cristianismo esotérico (na realidade, o verdadeiro Cristianismo trazido pelo Cristo) servirá como a Religião unificadora de toda a humanidade. No momento, porém, o que é mais importante não é o nome sob o qual os princípios esotéricos são expressos, mas, o fato de que eles estão sendo enunciados num âmbito cada vez maior.

Podemos dizer que a era da mudança, em oposição à da contra-mudança, começou verdadeiramente. Há ainda, uma resistência, um egoísmo e uma ignorância bastante grande das verdades Universais pelas quais estamos trabalhando. Porém, podemos esperar um progresso encorajador de vivência cristã.

A Era de Aquário, a nossa frente, verá o refinamento destes princípios, só observados agora pelos olhos dos visionários.

Cristo veio a Terra para que todas as coisas se tornassem novas, mas Ele não prometeu que o processo de mudança seria agradável. “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada.” (Mt 10:34). A espada metafórica é o eliminar do velho, aquilo que não se adapta ao novo. Isto se aplica a instituições, costumes, atitudes raciais, formas de exploração material, mas, acima de tudo, se aplica ao estado interior de cada indivíduo. As condições exteriores que parecem regular nosso comportamento estão, na verdade, baseadas nas condições interiores da humanidade e do indivíduo, o que faz com que este estado permaneça mais tempo em vigor. Muitas vezes dizemos: “Não concordo com este procedimento, mas, por circunstâncias, sou forçada a isto”.

Devemos pensar, no entanto, que nada em que estejamos muito ou pouco envolvidos pode ser considerado alheio (externo) a nós, porque essa reação irá determinar seu efeito sobre nós mesmos. Portanto, “o que devemos dizer ou fazer, que nos é ainda muito difícil dizer ou fazer, é que mesmo que esta ou aquela condição exista, meu comportamento em relação a essa mesma condição será sempre o certo, o correto.”. Qualquer que seja a conduta do outro, a minha estará de acordo com os preceitos espirituais de compreensão, compaixão, bondade e ajuda.

Esta é a maneira pela qual devemos aplicar a espada a nós mesmos e abdicar totalmente do chamado desejo “natural” de vingança, justificação própria, proteção ou qualquer outro vestígio de egoísmo, vaidade ou orgulho. Devemos substituir estas atitudes por outras mais naturais e superiores, olhar todas as coisas dentro de um contexto universal, do bem comum e da maneira como elas se adaptam no plano divino para a evolução de todas as coisas. Estes mesmos fatores não se tornarão novos e nem poderiam, a não ser que este conceito seja o resultado do esforço de cada um de nós, o que refletirá na humanidade.

Cristo-Jesus nos disse que veio para trazer uma espada, mas Ele também nos advertiu para que a carregássemos. Cristo disse: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11:29-30). Isto quer dizer, simplesmente, que somos obrigados a carregar nossas próprias cruzes e segui-Lo, aderindo a Seus ensinamentos e vivendo a vida que Ele pregou e da qual Ele é o mais perfeito exemplo. Teremos que nos transformar em novos para que nos tornarmos seres espirituais compadecidos, destituídos de ambições e interesses materiais.

A melhor, mais rápida, mais segura e mais gratificante maneira de fazer isto é seguir os passos de Cristo, suportando o peso da experiência e da evolução, como Ele suportou e continua a suportar. Pode parecer, à primeira vista, que assumir nossas cargas espirituais seja difícil e, de certo modo, o é. O Caminho do Aspirante à vida superior se torna cada vez mais estreito e mais exigente e a necessidade de autodisciplina, autoconfiança e devoção total para atingir essa meta fica cada vez mais acurada. É, por vezes, muito difícil afastar os prazeres, o conforto e o auto engrandecimento da existência material, em favor da austeridade, do autossacrifício e de outras demandas feitas ao Aspirante à vida superior. Porém, as recompensas permanentes do esforço espiritual valem muito mais do que qualquer vantagem e conforto material temporário.

O Ego que aceita sua carga descobre que está em sintonia com a lei do “para frente, para cima, sempre”, o que caracteriza todo desenvolvimento. Sob esta lei, a inovação eventual de todas as coisas será inevitável. Depois, esta meta gloriosa de nossos esforços se tornará também antiquada, sendo substituída, por sua vez, por outro elevado estado de existência e consciência.

O Ego que permanece suficientemente adaptável para sempre cooperar com a lei do progresso contínuo, encontra uma tarefa muito mais fácil, no que se refere a sua evolução, do que aquele que adere obstinadamente ao “status quo” e permanece.

Sabemos que a evolução não admite ficar parado. As duas únicas alternativas que se nos apresentam são a regeneração ou a degeneração. Se, por conseguinte, não fizemos esforços para incluirmos na corrente da regeneração, nós nos encontraremos nas águas estagnadas da degeneração. A palavra regeneração é composta por duas palavras: “re” – que vem de “novamente”, e “generare” – que vem de “produzir, procriar ou criar”. Humanidade regenerada significa, portanto, a humanidade que foi criada novamente. Esta será a o tipo de ser humano que povoará a Nova Jerusalém, quando “todas as coisas se tornarem novas”.

Se optarmos pela regeneração, estamos, com efeito, nos recriando, nos tornando novos nos alicerces estabelecidos em vidas anteriores.

Todo renascimento, sem dúvida, é uma oportunidade para renovação, uma chance para nos tornarmos mais perfeitos e mais de acordo com as Verdades fundamentais, nas quais são baseados toda vida e todo progresso. Se todo Ego pudesse ao menos ficar ciente deste fato, desde seus primeiros anos de formação, que diferente aspecto de comportamento humano teríamos!

A Era da Nova Galileia chegará quando os seres humanos se provarem dignos. . . e “Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, somente o Pa.” (Mc 13:32).

Quanto mais cedo criarmos e fortalecermos dentro de nós as condições que visam uma recriação da humanidade, mais cedo seremos capazes de ajudar outros a assim agirem.

A perspectiva é empolgante e divertida, assim como atemorizante. Olhando para a história passada podemos traçar o desenvolvimento das realizações intelectuais, culturais e científicas do ser humano, desde os trabalhos mais primitivos na Idade da Pedra até seu alto grau de sofisticação atual. Algumas destas realizações são valiosas no sentido do desenvolvimento criativo do ser humano, no progresso material, outras concebidas para beneficiar a humanidade.

Muitos outros, porém, especialmente aqueles de décadas mais recentes, estão contribuindo muito para o desenvolvimento material universal, numa sociedade de consumo, angustiada.

Chegou a hora, portanto, de intensificar também nossa imagem espiritual. Conquistas materiais são somente acessórios temporários no quadro completo da evolução do ser humano, o progresso espiritual será infinito e eterno. Não há dúvidas de que o despertar para a regeneração humana já começou, porque as pessoas procuram a “verdade”, o “significado da vida”, a “identidade e o destino do indivíduo”, e sentem que não recebem essa resposta no mundo físico e material. Mais importante: seres humanos, em todos os cantos do mundo, se esforçam, mais do que nunca, para ajudarem seus irmãos.

A regeneração da onda de vida humana será feita deste material; o movimento já começou, façamos parte dele, o progresso deve ser também espiritual, progresso para nós e para cada ser humano.

(Traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross” e Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 10/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Novo Elemento, você sabe qual é?

O Novo Elemento, você sabe qual é?

Nossa Terra nem sempre esteve envolta em ar tal como a conhecemos, porque quando estávamos sem ele, o mundo não era sólido. Em realidade, no Período Solar encontramos as ori­gens do novo elemento: o ar. Quando esse se uniu ao verdadeiro fogo invisível, o Globo de Saturno conver­teu-se em uma esfera resplandecente de neblina ígnea, sob estas palavras de ordem: “Faça-se a Luz” (Gn 1:3). Nós não desenvolvemos os pulmões até fins da Época Atlante do Período Terrestre.

Para o ser humano é demasiado difícil imaginar os vastos períodos de “tem­po” entre a introdução do novo ele­mento e o desenvolvimento de um órgão físico para usá-lo. O cresci­mento evolutivo é um processo muito lento, porque atravessa ciclos a fim de que as imperfeições sejam eliminadas.

Surge, contudo, a necessidade de dar um passo definido para frente e, a me­nos que nos conservemos na vanguar­da e FORMEMOS os veículos re­queridos, retrocederemos, retrogradare­mos, e, assim, os corpos que já são inúteis ao novo desenvolvimento vão cristalizar-se ainda mais.

Como é de conhecimento dos Estudantes ocultistas, os atlantes, embora fossem dotados de órgãos respirató­rios incipientes, eram muito habilido­sos e encontraram meios de se deslo­car em sua densa e aquosa atmosfera. Com o passar do tempo, o desejo de explorar o que estivesse além do seu “horizonte” conhecido ensejou a invenção de naves aéreas. A arca é uma distorci­da reminiscência desse fato. Alcançavam, assim, o novo elemento para o qual estavam construindo pulmões. Nossos astronautas levam consigo uma boa carga de oxigênio para alcançar certa distância além da Terra, pois não podem viver em uma atmosfera mais rarefeita. No momento em que nos falta o ar, o Ego vê-se obrigado a abandonar o Corpo Denso.

O ar contém Éter, o quádruplo canal através do qual trabalham as forças espirituais. O ar atua como um con­dutor dessas correntes de energia. Como Estudantes da Fraternidade Rosacruz es­tamos familiarizados com a ideia de o ar estar impregnado de vibrações planetárias que inicialmente penetram os pulmões quando o bebê dá seu primeiro gemido. Esse momento é o ponto culminante do tra­balho dos Senhores do Destino, cuja cooperação com o plano evolucioná­rio conduziu o Ego ao lugar e tempo específicos para cumprir seu destino com os outros Egos que devam ser seus futuros pais terrestres.

Os Éteres contidos no ar registram cada pensamento, emoção e ato, transmitindo essas impressões aos pul­mões, de onde são injetados no sangue. Esses registros são os árbitros do futuro destino.

A essência do bem praticado converte-se em alma e essa, por sua vez, é incorporada ao espírito. No livro Mistérios Rosacruzes, Max Heindel afirma o seguinte: “Dessa maneira, os registros respiratórios de nossos bons atos constituem a alma que se salva”. O oposto também é verdadeiro: “O registro de nossas más ações também deriva de nossa respiração, no mo­mento em que são cometidas. A dor e o sofrimento que elas provocam obrigam o espírito a eliminar seu registro no Purgatório. A recordação do sofrimento é transformada pelo espírito em consciên­cia moral, para desistirmos da repeti­ção do mesmo mal em vidas posterio­res”.

Nós não compreendemos suficiente­mente que o ar que respiramos depois de estar em íntimo contato com nosso aspecto terrestre ou físico encontra-se carregado da tonalidade do nosso verdadeiro eu. O ar que conduziu os Éteres ao nosso corpo está impregnado com nossas emoções e pen­samentos, sendo logo expelido e lan­çado à atmosfera, já bem carregada. Eis o porquê de algumas pessoas parecerem “exalar” ou irradiar amor; enquanto outras, independentemente da aparência, envenenam o am­biente onde vivem.

Isso evidencia uma das razões pelas quais os Estudantes ocultistas deveriam selecionar, na medida do possível, os locais que frequentam, pois, a “má atmosfera” atrai forças negativas que dela se alimentam, aumentando o estímulo da natureza inferior. Algumas vezes é difícil compreender quão infimamente relacio­nados estão os departamentos e funções da nossa vida.

“Através” do ar, Jeová e seus Anjos puderam auxiliar o ser humano em certo período do seu desenvolvimento. Diz-se que “Jeová soprou um alento nas narinas do ser humano”. Essa é uma forma alegórica de afirmar que os Espíritos de Raça foram designados para ajudar o débil e inexperiente Ego humano a utilizar seus pulmões. É muito interessante o fato de que os Espíritos de Raça, funcionando no ar, limitem as tendências cristalizantes do Corpo de Desejos.

Está sob a responsabilidade de Jeová a geração de Corpos Densos e Seus Anjos regem Suas Leis nesse particular. Efetua-se esse trabalho mediante o Éter de Vida, acessível ao corpo humano por meio do ar inala­do. A habilidade dos Anjos em administrar as Leis da procriação torna-se mais clara ao recordarmos que o Cor­po Vital seja seu veículo mais inferior. Assim como nós manipulamos, dando o contorno desejado, madeira, metais e tantas outras coisas, de maneira análoga os Anjos, que nunca se subtraíram à Guia Divina, como aconteceu com a humanidade, operam o Plano Divino com maior facilidade do que o ser humano, quando esse trabalha com o mineral.

Os Espíritos raciais ou tribais, uma das funções dos Arcanjos, mantêm seu controle so­bre uma nação ou tribo mediante o ar inspirado pelo seu povo e a única for­ma de nos libertar, em alguma extensão, dessa potestade jeovista, é desenvolver as virtudes cristãs. Enquanto usarmos corpos físicos, ne­cessitaremos dos serviços de Jeová, permitindo-nos renascer até che­garmos ao Adeptado, condição em que poderemos criar novos corpos por meio de nossa vontade divinamente inspirada.

Na Época Lemúrica, vivíamos pró­ximos ao ígneo centro da Terra. Os atlantes habitavam as concavidades, pouco mais longe do centro. A raça ariana foi impelida pelos dilúvios a procurar as regiões elevadas onde agora vive. Os cidadãos da próxima Época habitarão no ar. Assim como os atlantes aprenderam a desenvolver pulmões, estamos lentamente forman­do um Corpo-Alma, o Dourado Vesti­do de Bodas, no qual funcionaremos nas condições etéricas da Nova Galileia. A união das duas correntes de evolução espiritual, a Igreja e o Estado, marcará o princípio da Nova Galileia.

O simples processo de respirar tem importantes implicações: podemos funcionar em um Corpo Denso pelo Éter Químico; propagar nossa espécie pelo Éter de Vida; construir um Corpo-Alma pelo Éter Luminoso e registrar pensamentos, emoções e atos, desde o instante do nosso nascimento, pelo Éter Refletor. A capacidade da Na­tureza de economizar eficazmente é fabulosa, demonstrando a sabedoria do Criador.

No presente, a inter-relação do nosso Corpo Denso com a ação recíproca e a função espiritual é um mistério que algum dia será revelado.

Em um artigo escrito por Max Heindel, em fevereiro de 1918, em Rays from the Rose Cross, abordou-se os perigos de se queimar incenso. É certo que os ingredientes devem ser selecionados por sua co­nhecida afinidade para atrair entida­des desencarnadas e elementais; contudo, “se o incenso foi elaborado por uma pessoa ignorante ou egoísta, constitui um veículo para espíritos de natureza similar, que se revestem com a fumaça e o odor, pe­netrando nos corpos presentes no lu­gar onde se processa a queima”. Pode nosso ar contaminado ser uma porta de entrada para espíritos inferiores? Isso pelo menos nos fa­z compreender a necessidade de purificarmos nossos pensamentos e começarmos a trabalhar em harmonia com as Potestades Divinas, exercitando nosso potencial divino e nosso aprendizado na Vinha do Senhor.

Somos afortunados em conhecer os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, porque nos indicam a for­ma de nos preparar para o uso mais perfeito do Éter, o elemento da Nova Era.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1975)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Na Sexta Época: os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores?

Pergunta: Agradeceria sua opinião sobre eu estar certo ou errado no seguinte: de acordo com os ensinamentos da Fraternidade, a Terra toda será etérica na Sexta Época, a Nova Galileia, incluindo humanos, animais, plantas e minerais. De fato, o processo de eterificação já está em andamento, tendo nós passado o nadir da materialidade “alguns milhões de anos atrás”. Isso significa que mesmo os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores. Assim não sendo, a Terra não seria toda etérica. Os pioneiros, pelo contrário, só terão os Éteres superiores compondo seu Corpo-Alma, e habitarão a atmosfera da terra do futuro podendo assim “Encontrar o Senhor no Ar”.

Resposta: Não cremos que aos humanos que não tenham desenvolvido um Corpo-Alma lhes seja permitido permanecer na Terra chegando à Sexta Época. Parece-nos ter sido deixado bastante claro nos Ensinamentos da Fraternidade que o Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, será essencial para os humanos poderem viver na Nova Galileia. Extraímos da “Coletâneas de um Místico” uma informação bem pertinente sobre o assunto.

“Tem sido ensinado em nossa literatura que quatro grandes épocas de desenvolvimento precederam a ordem atual das coisas; que a densidade das condições atmosféricas da Terra e as leis naturais prevalecentes numa época eram tão diferentes das de outras épocas quanto a constituição fisiológica correspondente da humanidade de uma época o era da de outras.”.

“…Carne e sangue teriam torrado no terrível calor de então (Lemúrica), e embora adequadas às presentes condições, diz-nos São Paulo que não poderão herdar o Reino de Deus. E então manifesto que antes que possa ser inaugurada uma nova ordem de coisas, a constituição da humanidade deve ser radicalmente alterada, sem se falar da atitude espiritual. Éons serão necessários para regenerar a inteira raça humana e adequá-la à vida em Corpos Vitais.

Por outro lado, nem um novo ambiente vem à existência num momento, mas terra e povo envolvem-se juntos desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando as névoas da Atlântida começaram a dissipar-se alguns de nossos antepassados tinham desenvolvido pulmões embrionários e foram forçados para as terras altas muito antes de seus companheiros. Vagaram ‘na vastidão deserta’, enquanto “A Terra Prometida” estava emergindo das brumas mais leves, e ao mesmo tempo seu pulmão em desenvolvimento propiciava-lhes a viver sob as atuais condições atmosféricas.

“Mais duas Raças nasceram nas bacias da Terra antes que uma sucessão de inundações as dirigissem para as terras altas; a última deu-se quando o Sol (por precessão) entrou no Signo de Água Câncer, há cerca de dez mil anos, conforme relataram os sacerdotes egípcios a Platão. Vemos assim não haver mudança improvisada em constituição ou ambiente para a inteira Raça humana ao alvorecer de uma nova época, mas um sobrepor-se de condições que tornam possível para a maioria, por ajuste paulatino, ingressar nas novas condições, embora a mudança possa parecer repentina ao indivíduo quando a alteração preparatória tiver sido realizada inconscientemente”.

No livro “Interpretação Mística do Natal”, diz Max Heindel: “Assim como os Atlantes cujos pulmões estavam subdesenvolvidos pereceram no dilúvio, também a nova idade encontrará alguém sem o ‘Traje de Bodas’, portanto despreparado para entrar, até qualificar-se em ocasião posterior”.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – nov/dez/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como serão os atrasados e os pioneiros na Sexta Época, a Nova Galileia? Os atrasados estarão no mesmo campo de evolução dos pioneiros?

Pergunta: Agradeceria sua opinião sobre eu estar certo ou errado no seguinte: De acordo com os Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, a Terra toda será etérica na Sexta Época, a Nova Galileia, incluindo humanos, animais, plantas e minerais. De fato, o processo de eterilização já está em andamento, tendo nós passado o nadir da materialidade “alguns milhões de anos atrás”. Isso significa que mesmo os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores. Assim não sendo, a Terra não seria toda etérica. Os pioneiros, pelo contrário, só terão os Éteres superiores compondo seu Corpo-Alma, e habitarão a atmosfera da Terra do futuro podendo assim: “Encontrar o Senhor no Ar”?

Resposta: Não cremos que aos humanos que não tenham desenvolvido um Corpo-Alma lhes seja permitido permanecer na Terra chegando a Sexta Época. Parece-nos ter sido deixado bastante claro nos Ensinamentos da Fraternidade que o Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, será essencial para os humanos poderem viver na Nova Galileia. Extraímos do livro Coletâneas de um Místico uma informação bem pertinente sobre o assunto.

“Tem sido ensinado em nossa literatura que quatro grandes épocas de desenvolvimento precederam a ordem atual das coisas; que a densidade das condições atmosféricas da Terra e as leis naturais prevalecentes numa época eram tão diferentes das de outras épocas quanto a constituição fisiológica correspondente da humanidade de uma época ou era da de outras.”

“.. Carne e Sangue teriam torrado no terrível calor de então (Lemúrica), e embora adequadas às presentes condições, diz-nos São Paulo que não poderão herdar o Reino de Deus. É então manifesto que antes que possa ser inaugurada uma nova ordem de coisas, a constituição da humanidade deve ser radicalmente alterada, sem se falar da atitude espiritual. Íons serão necessários para “regenerar a inteira a onda de vida humana e adequá-la à vida em Corpos Vitais.”.

“Por outro lado, nem um novo ambiente vem à existência num momento, mas Terra e povo envolvem-se juntos desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando as névoas da Atlântida começaram a dissipar-se, alguns de nossos antepassados tinham desenvolvido pulmões embrionários e foram forçados para as terras altas muito antes de seus companheiros. Vagaram ‘Na Vastidão Deserta’, enquanto ‘A Terra Prometida’ estava emergindo das brumas mais leves, e ao mesmo tempo seus pulmões em desenvolvimento propiciavam-lhes a viver sob as atuais condições atmosféricas.”

“Mais duas raças nasceram nas bacias da Terra antes que uma sucessão de inundações os dirigisse para as terras altas; a última deu-se quando o Sol (por precessão) entrou no aquático Câncer, cerca de há dez mil anos, conforme relataram os sacerdotes egípcios a Platão. Vemos assim não haver mudança improvisada em constituição ou ambiente para a inteira raça humana ao alvorecer de uma nova época, mas um sobrepor-se de condições que torna possível para a maioria, por ajuste paulatino, ingressar nas novas condições, embora a mudança possa parecer repentina ao indivíduo quando a alteração preparatória tiver sido realizada inconscientemente.”

No livro Interpretação Mística do Natal diz Max Heindel: “Assim como os Atlantes cujos pulmões estavam subdesenvolvidos pereceram no dilúvio, também a Nova Era, a de Aquário, encontrará alguém sem o ‘Traje de Bodas’, portanto, despreparado para entrar, até qualificar-se em ocasião posterior”.

(Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – nov/dez/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é a essência dos Ensinamentos Rosacruzes?

Pergunta: Qual é a essência dos ensinamentos Rosacruzes?

Resposta: A essência dos ensinamentos Rosacruzes é o evangelho do serviço.

Por nossa causa a Deidade se manifestou o universo. Algumas das grandes Hierarquias Criadoras nos ajudaram e outras ainda estão nos ajudando. Os Anjos estelares luminosos, cujos Corpos impetuosos nós vemos girando no espaço, trabalharam conosco por Eras, e no tempo devido o Cristo veio nos trazer o impulso espiritual necessário naquele tempo. Também é muito significativo que na parábola do juízo final Cristo não diz: “bem-feito, tu grande e filósofo erudita, que conhece a Bíblia, o Cabala, o “Cosmo” e toda a literatura misteriosa que revela o intrincado funcionamento da natureza”, mas Ele diz: “bem-feito, tu bom e fiel servo; entra-te na alegria do teu senhor. Porque eu estava com fome, e você me desde o que comer; Eu estava com sede, e você me desde o que beber”.  Nenhuma uma única palavra sobre o conhecimento; toda a ênfase foi colocada sobre fidelidade e serviço.

Há uma profunda razão oculta para isso: o serviço constrói o Corpo-Alma, a gloriosa vestimenta de bodas sem a qual nenhum ser humano pode entrar no Reino dos Céus, ocultamente nomeado: “A Nova Galileia”, e não importa se nós estamos conscientes do que está acontecendo, ou se estamos ou não acompanhando esse desenvolvimento. Além do mais, como o Corpo-Alma luminoso cresce interno e em torno da pessoa, essa luz a ensinará sobre os Mistérios sem a necessidade de livros, e aquele que é assim ensinado por Deus sabe mais do que todos os livros que o mundo contém. No devido tempo a visão interior será aberta e o caminho para o Templo mostrado. Se você quiser ensinar seus amigos, não importa o quão cético eles podem ser, eles vão acreditar em você se você pregar o evangelho do serviço.

Mas, você deve pregar pela prática. Você deve se tornar um servo do ser humano em si mesmo, se você quiser que seja acreditado: fale pouco, sirva muito. Se você quiser que eles sigam, você deve liderar ou qualquer um terá o direito de questionar sua sinceridade. Lembre-se: “tu és uma cidade em cima de um monte”, e quando você fala, todos têm o direito de julgá-lo pelos seus frutos; portanto: fale pouco e sirva muito.

(traduzido da FAQ da The Rosicrucian Fellowship)

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