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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O último renascimento de um ser humano como gorila

O último renascimento de um ser humano como gorila

Aqui está uma das mais marcantes histórias que eu já ouvi: um gorila irá renascer como humano em seu próximo renascimento.

Uma vez, dois Auxiliares Invisíveis estavam indo para uma clareira numa parte densa da selva na África quando a Auxiliar Invisível olhou para baixo e viu uma cativa nos braços de um gorila que estava dormindo. “Olhe! Há uma mulher branca”, ela falou para seu companheiro. “Vamos lá salvá-la.”

Eles desceram e perguntaram para a mulher se ela queria ajuda para sair daquela situação.

“Sim, por favor” me tire daqui”, ela falou.

Ela estava deitada nos braços do gorila, e se ela se movesse ele iria acordar. Quando ela se levantou, ele acordou e também se levantou. Os Auxiliares Invisíveis estavam se perguntando como conseguiriam tirá-la de lá. Todas as vezes que eles tentavam tirá-la do gorila, esse se levantava e grunhia para eles. Eles estavam com medo que se eles tentassem pegá-la à força, ele a faria em pedaços.

Ela precisava de roupas e contou a eles como o gorila tirou suas roupas, e que cada vez que ela fazia novas roupas de casca ou grama, ele as tirava novamente. Ele não a machucou, mas a protegeu dos outros gorilas, das cobras e dos animais selvagens da selva. Ele providenciou comida para ela e sempre se manteve próximo a ela e distante dos outros para que nada pudesse machucá-la.

Com o passar do tempo ela ficou com a pele totalmente bronzeada e a pele dos seus pés se tornou tão dura que ela conseguia andar sem machucá-los. Ela aprendeu que para viver dependia de seu gorila protetor, e começou a ensiná-lo tudo que podia. Ela disse que em um certo momento ele se tornou inquieto e desconfortável e ela ficou com medo que a deixasse, então durante a noite ela se amarrava a ele com seus longos cabelos. Ele aprendeu a amá-la de seu modo peculiar e ela sabia que estaria viva, enquanto ele cuidasse dela. Quando perguntaram como ela foi parar naquele lugar, ela contou que acompanhava alguns viajantes que estavam caçando na selva. Eles foram atacados pelo bando de gorilas e ela viu os gorilas matarem a todos.

Os Auxiliares Invisíveis solicitaram permissão para levar essa mulher e eles disseram que poderiam levá-la. Um dos Auxiliares Invisíveis disse a ela para mandar o gorila buscar alguma comida. Ela o fez, e então os Auxiliares Invisíveis disseram para que ela se deitasse. Então, os dois Auxiliares Invisíveis a ergueram e a carregaram até uma vila pequena, onde encontraram algumas pessoas que deram roupas para ela se vestir. Os Auxiliares Invisíveis falaram para ela procurar o Cônsul e conseguir um passaporte para voltar para casa.

Algumas noites depois um altíssimo Irmão Leigo foi até àqueles mesmos Auxiliares Invisíveis e disse para eles irem aquela vila onde levaram aquela mulher e compelir o Cônsul a dar a ela o passaporte e o dinheiro para as despesas para ela poder voltar para casa. Ele deu a Auxiliar Invisível o poder para fazer esse trabalho e disse para que ela fosse mais firme para resolver esse caso.

Quando os Auxiliares Invisíveis chegaram à vila, encontraram a pobre mulher em uma casa velha com algumas pessoas pobres. Ela vestia algumas roupas rasgadas. Quando ela viu os Auxiliares Invisíveis, implorou para que a levassem de volta à selva para seu amigo gorila e a deixasse morrer com ele, porque ele era bom para ela, mesmo de sua maneira, e a amava. Os Auxiliares Invisíveis contaram a ela que vieram para levá-la de volta para sua casa.
“Vocês não podem fazer nada por mim, já que ninguém acredita na minha história”, ela lhes disse.
Os Auxiliares Invisíveis pediram que ela os levassem ao escritório do Cônsul.

“Ele não irá recebê-los”, ela falou.

Eles foram e solicitaram ao guarda, que estava na porta de entrada, que queriam ver o Cônsul.

“Ele não está acordado’, disse o homem.

“Vá acordá-lo e diga que queremos falar com ele sobre um assunto importante, e não fique aí me olhando”, disse o Auxiliar Invisível.

O homem foi e depois de um tempo o Cônsul voltou com o homem e convidou os três estrangeiros a entrar. O Cônsul estava bravo e queria saber o que queriam com ele.

“Eu quero um passaporte e dinheiro para essa mulher poder voltar para sua casa na Europa”, disse um dos Auxiliares Invisíveis.

“Eu não a conheço e não tenho nenhum registro sobre ela”, ele disse. “A mulher que ela diz ser se perdeu há cinco anos, e nenhum dos integrantes do grupo foi encontrado”. Ele pegou seu livro de registros e perguntou à mulher para dizer o nome dos outros integrantes do grupo, onde viviam e a idade deles.

Ela fez isto e ele ficou atônito. “Eu preciso saber na cidade dela se os pais dela ainda vivem ou não”, disse ele.
“Ambos estão vivos”, disse o Auxiliar Invisível. “Escreva aos pais dela e peça a eles que escrevam uma carta, e que o Prefeito da cidade coloque um selo nela”.

O Cônsul escreveu uma carta e colocou um selo nela. Um Auxiliar Invisível contou que o outro iria entregar a carta, enquanto ele fazia o passaporte. O Auxiliar Invisível foi até a cidade onde a mulher vivia, encontrou seus pais e entregou a carta a eles.

A mãe gritou de alegria, se sentou e imediatamente começou a responder a carta. Ela contou ao estranho onde o Prefeito morava e ele foi lá para que ele carimbasse a carta. O Auxiliar Invisível gastou uns vinte minutos e quando ele voltou com a resposta, o Cônsul olhou para ela e quase desmaiou porque viu um carimbo familiar datado e carimbado no papel.

“Você é casado?”, a Auxiliar Invisível perguntou.

“Sim, eu tenho esposa”, ele respondeu.

“Chame sua esposa aqui para ajudar a essa mulher?”, disse a Auxiliar Invisível.

“Eu tenho empregados para esse tipo de serviço”, disse o homem.

“Faça como eu disse”, a Auxiliar Invisível falou com uma voz firme.

“Sim, Vossa Alteza”, o Cônsul respondeu e foi buscar sua esposa.

Ela veio correndo, mas quando a Auxiliar Invisível olhou para ela, ela parou abruptamente. “O que você quer que eu faça?”, ela perguntou.

“Limpe essa mulher e lhe dê algumas roupas para viajar”, a Auxiliar Invisível respondeu.

“Sim, Vossa Alteza”, a mulher do Cônsul falou, e levou a mulher para um outro cômodo.

Elas retornaram em meia hora e os Auxiliares Invisíveis quase não reconheceram a mulher. Seu cabelo estava penteado e ela estava muito bem vestida. Até suas unhas tinham sido feitas. Todas viram que ela estava muito linda.

O Cônsul lhe deu o passaporte e quinhentos dólares. “Temos pouco tempo para tomar o barco”, ele falou. Então, ele pediu aos Auxiliares Invisíveis para retornarem depois que a mulher tivesse partido.

Os Auxiliares Invisíveis se despediram da mulher no barco. Ela chorou e disse que não queria ir para casa, mas queria voltar para seu amigo na selva. Ela pediu aos Auxiliares Invisíveis para cuidar dele e eles disseram que fariam isto.

Os Auxiliares Invisíveis voltaram para a casa do Cônsul. Ele e sua esposa estavam no escritório e eles se ajoelharam aos pés da Auxiliar Invisível. “Senhora Anjo, eu suplico por perdão”, o Cônsul falou: “Eu não sabia quem era essa mulher, quando ela veio aqui na primeira vez.”

“Levante-se”, ela falou. “Não sou um Anjo. Sou apenas uma Auxiliar Invisível da humanidade”.

“Rogo que me diga como posso fazer o que você faz e ser um Auxiliar Invisível”, ele falou. Sua esposa falou que ela também gostaria de saber e a Auxiliar Invisível contou a eles e mostrou todos os ensinamentos e o que eles deveriam fazer. Ela contou a eles que teriam oportunidades em sua posição de fazer maiores trabalhos.

“Nós faremos isto”, o Cônsul prometeu. “Se você conseguir trazer o gorila que é amigo dessa senhora, eu cuidarei dele e o domesticarei”.

A Auxiliar Invisível disse a essas duas pessoas para irem para a cama e se deitarem juntos, e que ela os levaria ao gorila. O homem e sua esposa fizeram isso, e depois que a Auxiliar Invisível os colocou para dormir os quatro foram encontrar com o gorila na selva.

Eles o encontraram morto. Ele havia retornado com frutas para a mulher, e quando descobriu que ela havia sumido seu coração se partiu. Os Auxiliares Invisíveis chamaram o Espírito-Grupo, e ele os contou o que havia acontecido.

Ele falou que esse gorila iria renascer como um menino e no futuro sua amiga iria ter a chance de ensinar a ele, porque ela seria uma verdadeira missionária para os seres humanos atrasados de todas as raças.

O Cônsul e sua esposa, em seus Corpos de Desejo, puderam ver e ouvir o Espírito-Grupo e estavam surpresos. “Com certeza eles devem ser Anjos ou Deuses, pois nenhum ser humano consegue fazer o que eles fizeram”, o Cônsul falou.

O Espírito Grupo falou que a mulher trouxe o gorila ao estágio humano com sua bondade, e ele contou sobre o destino maduro que causou seu problema. Uma vez ela havia largado umas pessoas na selva e nessa vida ela devia pagar aquela dívida, e fez isto muito bem.

Uma cobra imensa apareceu e a Auxiliar Invisível a chamou e ela se aproximou, mas o Cônsul e sua esposa se afastaram. Então os Auxiliares Invisíveis levaram o homem e sua esposa para casa.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Consciência do Auxiliar Invisível – Parte I

A Consciência do Auxiliar Invisível
Parte I

A Fraternidade Rosacruz ensina que os Auxiliares Invisíveis são aqueles que vivem uma vida digna de altruísmo, durante o dia, em seus corpos físicos. Aqueles cujo desenvolvimento evolutivo já ultrapassou de muito o ser humano comum e conquistaram o privilégio de se tornarem úteis, durante a noite, quando seus corpos estão repousando, agindo em benefício da humanidade, por meio da instrumentalidade dos Irmãos Maiores da Rosacruz.

Assim, enquanto estão funcionando em seus veículos superiores poderão ser vistos trabalhando fielmente na Vinha do Cristo.

Os Auxiliares Invisíveis são reunidos em grupos, de acordo com seus temperamentos e habilidades, sob a orientação de outros Auxiliares que são médicos. O trabalho global dos grupos sob a direção dos Irmãos Maiores são os espíritos propulsores da Equipe.

Max Heindel nos instrui sobre os dois graus de Auxiliares Invisíveis: os conscientes e os inconscientes. Estes últimos são os que trabalham inconscientemente nos Mundos invisíveis enquanto seus corpos dormem.
A experiência de um Auxiliar Invisível inconsciente pode ser comparada a um sonho que não é recordado quando desperta. Contudo, é uma experiência perfeitamente real e, como tal, forma parte do panorama da vida e é presenciada pelo Ego quando, no estado post-mortem, revive sua existência inteira.

Toda a evolução, incluindo a Iniciação, é um problema de expansão de consciência. A lagarta não rasteja ao longo do galho, transforma-se em crisálida e finalmente emerge na borboleta alada, fendendo o espaço azul?

São três realidades num mesmo mundo. Contudo, sob o ponto de vista de consciência a vida-borboleta passou através de três mundos diferentes. Da mesma forma, o Espirito Virginal existe somente num mundo: o Universo de Deus em sua infinita manifestação. Somos uma ideia Epigênese espiritual na Mente de Deus, uma criação eternamente perfeita, que foi, é e será. Entretanto, como a consciência se desenvolve no caminho da evolução, vemos passar através de vários planos ou mundos, cada qual representando um estado particular de consciência.

De cada plano, como Egos, aprendemos uma infinita variedade de sensações. Sob um aspecto vemos o Mundo de Deus à semelhança do Universo Físico que, aos cinco sentidos, parece algo inerte, sujeitos à impiedosa ação das leis naturais e do domínio de inteligências cruéis. Neste plano físico estamos envoltos em um casulo da materialidade, um corpo inerte. Podemos facilmente imaginar, como Max Heindel, que a Iniciação vem pela prática dos preceitos.

Em que consiste essa prática?

No uso adequado das leis do pensamento. Ainda é Max Heindel quem nos diz: “A Mente é o caminho”. De fato, a totalidade do caminho da Iniciação está sob a direção dos Senhores de Mercúrio, cujo trabalho de individualização e libertação pela razão se vai tornando cada vez mais potente na evolução humana, na medida em que seu Planeta vai emergindo da Noite Cósmica. Daí que o Caduceu seja usado como símbolo de Iniciação, pois Mercúrio rege o poder da razão pura (Gêmeos), bem como a Virgindade do Espírito Virginal puro e não contaminado pela materialidade. Eis a chave de completo método de desenvolvimento espiritual, tal como nos é dado pela Ordem Rosacruz.

Desnecessário é dizer que a consciência do Auxiliar Invisível de modo algum é idêntica à do Iniciado. Todavia, é um dos aspectos subsidiários do desenvolvimento ascendente. Não se trata de uma consciência definida, porém, já é algo maravilhoso para ser grandemente desejado por todo Aspirante a esferas mais amplas de serviço. O Auxiliar Invisível é um aspecto do esforço pelo qual a borboleta emerge, com as asas pintadas, do casulo da materialidade. Nesse grau temos uma noção de nosso lugar no caminho, percebendo o grau em que a luz se manifesta nos lugares sombrios da alma, durante o sono.

A consciência do Auxiliar Invisível é comparável ao Arco-íris pelo qual os heróis ancestrais cavalgam para atingir o Valhala, pois representa uma transição para a consciência espiritual e não a consciência integral em si mesma.

Há também na consciência do Auxiliar Invisível certa gradação de conhecimento, que poderá ser avaliada quando comparada com a consciência ordinária de vigília. Observe o leitor, fisicamente, como se dá o despertar diário. Um indivíduo se desperta completamente e logo depois se situa em seu ambiente, reconhecendo-se perfeitamente distinto de tudo o que rodeia. Esse é um extremo. O outro é um completo despertar de consciência noturna do Ser.

O Ego fica completamente desperto e consciente durante o sono, podendo observar e raciocinar, conversar com outros Seres Invisíveis, mais ou menos conscientes do que ele mesmo pode investigar trechos da superfície Terrena, ver a história em formação no outro lado do mundo. Esta última consciência é como a completa consciência de vigília no Mundo Físico, porém, em ambiente diferente.

“Lá”, as leis da natureza nos aparecem como reflexos de nossa própria alma; são fenômenos psíquicos e não fenômenos materiais, objetivos. Contudo, operando nesse estado de consciência, o neófito está apto a relacionar-se com acontecimentos materiais, a viajar para países estrangeiros e mesmo produzir impressões sobre o mundo da matéria. Eis porque o mundo integral da matéria é meramente um efeito de causas operantes nos Mundos superiores.

Max Heindel comparava relacionamento de causa e efeito a uma imagem lançada sobre uma tela por um estereoscópio. Se você muda o “slide”, a imagem da tela automaticamente se muda. É inútil tentar mudar a imagem sem previamente mudar o “slide”, porque o “slide”, em tal caso, é o arquétipo da imagem projetada na tela. Ora, as coisas e circunstâncias deste mundo são as imagens da tela.

Por isso devemos aprender a, primeiramente, olhar o que temos na mente. Ali é que devemos mudar o arquétipo mental. Os mínimos resultados seguirão os efeitos daquela causa. Se o “slide” que introduzimos na consciência é uma imagem do mal e do sofrimento, a imagem, na tela material, é correspondente. Esse é o segredo do Auxiliar Invisível, a Chave da Iniciação e da Libertação final.

A consciência do Auxiliar Invisível varia de acordo com o desenvolvimento das qualidades anímicas citadas em “O Conceito Rosacruz do Cosmos”: Vida Anímica, Luz Anímica e Poder Anímico (planos superiores do Mundo do Desejo).

Isso é assim explicado para atender à tendência de separação, de acordo com os conceitos de espaço e tempo que nos limitam neste Mundo.

Mas, as coisas espirituais têm um sentido global. Por isso, tanto os estudos metafísicos como os matemáticos exigem amor e muita dedicação. Quando hajamos conquistado um completo despertar nos planos internos, não haverá má compreensão a respeito. Mas até lá tomamos muita confusão mental como realidade e semi-despertamentos serão confundidos com verdadeiras experiências comum ou de um sonho real (passeio anímico).

Certa vez foi feita uma pergunta a uma Probacionista sobre seu trabalho nos planos internos, à noite. A descrição que ela fez foi a de um sonho comum ou de um sono real (passeio anímico?).

-“Oh, era real eu sei que era! Exclamou ela veementemente – “porque depois fiz uma verificação”.

A questão era saber se ela havia estado consciente quando o “sonho” se realizou, pois, sua descrição era de um sonho real. Mas verificamos que ela não estava consciente nessa ocasião e nem em outras ocasiões embora conhecesse teoricamente bem estas questões.

A respeito de sonhos esclarece-nos Max Heindel: “antes que o aspirante aprenda a deixar voluntariamente o corpo pode trabalhar em Corpo de Desejos durante o sono, porque em certas pessoas o Corpo de Desejos pode organizar-se antes da separação dos Éteres Superiores. Sob tais condições é impossível ter a memória de nossa atividade fora do Corpo Denso e observar, conscientemente, o que lá fazemos, porque não nos acompanham os Éteres Luminoso e Refletor, veículos dos sentidos e da memória. Todavia, se trabalhamos fora, embora inconscientemente, temos como sinal a ausência de sonhos confusos. Cessarão os sonhos desconexos; depois de um lapso variável de tempo os sonhos se tornarão mais vívidos e perfeitamente lógicos. O Aspirante sonhará que esteve em certos lugares com determinadas pessoas conhecidas ou não, conduzindo-se de modo tão razoável com se estivera em estado de vigília aqui. Se lhe aparece um lugar no sonho, ser-lhe-á possível, quando voltar ao Corpo e já em estado de vigília, comprovar a realidade do sonho, dirigindo-se àquele lugar e comprovando “in loco” certos detalhes que tenha observado no sonho. Verificará, também, que poderá visitar, durante suas horas de sono, qualquer lugar que deseje sobre a face da Terra, investigá-lo mais completamente do que estando no seu corpo material, em virtude da facilidade de acesso a todos os Lugares, não importando estejam fechados. Persistindo mais, chegará um tempo em que não precisará mais das horas de sono para anular a conexão entre os veículos, mas poderá deixar o corpo voluntariamente quando queira.

As experiências de muitos Probacionistas se enquadram nos “sonhos reais” ou “voos anímicos”. Sonhos reais são acontecimentos astrais. Todavia o inteiro despertar depende do desenvolvimento do Corpo-Alma, por meio de um reto viver e serviço altruísta. Aquele que se preocupar muito com seu desenvolvimento, a miúdo esquece a chave dele, que é o esquecimento de si e a amorosa entrega aos demais. Só os dois Éteres Superiores, convenientemente desligados, podem formar, com a parte superior do Corpo de Desejos, o veículo em que se funciona desperto, imprimindo no cérebro físico a imagem de uma jornada nos planos internos.

Convém advertir: há um sonho comum em que sonhamos que estamos despertos. Ocorre com bastante frequência.

Estamos no leito, dormindo, sonhando que nos levantamos, nos vestimos e estamos pronto para ir ao serviço.

Nisso soa pela segunda vez o despertador (na verdade a primeira vez), abrimos os olhos e, admirados, descobrimos que nem tínhamos levantado, pois estávamos dormindo. O mesmo pode suceder ao neófito que sonha que está desperto como um Auxiliar Invisível. É o que Du Maurier chama de “sonhos verdadeiros”, causados pelo mencionado fato de em algumas pessoas o Corpo de Desejos organizar-se antes da separação do Corpo Vital.

Naturalmente tais sonhos são reais, acontecimentos astrais, mas o neófito, em tais casos, não está realmente desperto fora de seu corpo. Apenas sonha que o está, como Auxiliar Invisível. Sob tais sutis condições, como saber se o neófito estava ou não desperto? Para responder a essa pergunta devemos fazer outra. Pela manhã, quando você despertou, estava mesmo desperto ou sonhando que o estava? Só poderá perceber a diferença quando se levanta, desperto. Nada sabe a respeito enquanto está sonhando. Isto é precisamente o que acontece em relação à consciência do Auxiliar Invisível.

Há definição para a consciência de Vigília? É descritível? Não. Apenas podemos mencioná-la, porque é uma experiência conhecida de todos.

Nossa opinião é que a maioria dos Auxiliares Invisíveis opera nessa consciência do sonho verdadeiro. Sonham real e acuradamente que são Auxiliares Invisíveis. Comparamos esse tipo de conhecimento com o do sonâmbulo que sonha que se levantou, vestiu-se e se pôs a descer as escadas. Está ele desperto, consciente, no lato sentido do termo? Naturalmente que não! Ele está apenas sonhando que está desperto. No entanto, está em condições de executar não somente as ações normais, peculiares a pessoas despertas, como também, muitas vezes, a fazer proezas que demonstram coragem e capacidade inexistentes em seu estado normal. Diz Max Heindel que o Auxiliar Invisível, à semelhança do sonâmbulo, é hábil e aparentemente inteligente em seu trabalho, mas, como o sonâmbulo que desperta subitamente, muitas vezes fica paralisado pelo medo, diante de situações imprevistas.

O vago estado do sonâmbulo é também comum ao Auxiliar Invisível que, em sentido oposto, é um sonâmbulo. A diferença é que o Auxiliar Invisível caminha, enquanto sonha, com um corpo que, de fato, se tornou um canal de ação onírica.

Tal corpo é o “Soma Psuchicon” (soma psíquico ou corpo psíquico) a que alude São Paulo, e que os Rosacruzes chamam de “o Corpo-Alma”. Neste ponto surge, outra pergunta: se tal sonho é real, será ele visível a outra pessoa que, desperta embora em seu Corpo físico, disponha de capacidade visual para perceber o Mundo do Desejo? Sim, pode e acontece. Sabemos de exemplos em que o “sonho” de um homem foi visto mentalmente por outro, à distância e no tempo comprovado, pois o sonhador despertou e olhou o relógio.

Porém, mesmo a consciência de sonho real não é a consciência média dos Auxiliares Invisíveis, em sua totalidade.

Para alguns, apenas, pois eles são, geralmente, inconscientes. Sua lembrança, pela manhã, quando despertam, é de que simplesmente sonharam, nada mais.

Max Heindel disse que a primeira parte (primeiras horas) do período de sono é dedicado à restauração das energias perdidas e preparação para o dia seguinte. “O Mundo do Desejo é um oceano de harmonia. Nele o Ego mergulha, deixando os veículos inferiores no sono. Seu primeiro cuidado é restaurar o ritmo, a harmonia do Corpo de Desejos e a Mente. Essa restauração é obtida gradualmente à medida em que as harmoniosas vibrações do Mundo do Desejo fluem através deles. Há lá uma essência que corresponde ao fluído vital que interpenetra o Corpo físico por intermédio do Corpo Vital. Esses veículos superiores (Mente, Corpo de Desejos), mergulham, por assim dizer, nesse “Elixir de Vida”. Quando já se encontram restaurados e vigorizados, eles iniciam o trabalho sobre o Corpo Vital, deixado com o Corpo Denso, sobre o leito. Então, o Corpo Vital começa a especializar a energia solar novamente, reconstruindo o Corpo Denso, usando, particularmente nisso, o Éter Químico. Essa atividade durante o sono é que forma a base para a atividade do dia seguinte.

Não nos devemos deter em sonhos comuns, embora vívidos, belos e convincentes, porque são puramente fenômenos astrais, conforme demonstramos no decorrer deste trabalho. A consciência de sonho real e desenvolvimento superior seguinte, que constitui a consciência desperta do Auxiliar Invisível, apresenta muitas armadilhas sobre as quais é de nosso dever prevenir o neófito. Tal advertência é de suma importância. Porque de seu conhecimento depende a ativação dos dois Éteres Superiores, na formação do Corpo-Alma.

Max Heindel enfatiza o ponto que o medo poderá ser eliminado da consciência, pelo amor. Ele confessa haver encontrado nesse medo um sério obstáculo, nos períodos iniciais de seu trabalho Iniciático. E recomenda ao Estudante e Probacionista, que pensem bastante e muitas vezes sobre o trabalho do Auxiliar Invisível, a fim de se irem habituando com a ideia de ficarem ausentes do Corpo, sem receios, porque a estocada do medo corta imediatamente a consciência psíquica, precipitando o neófito de volta ao Corpo Denso.

Um Probacionista nos conta como, na aurora de um dia, despertou com uma recordação fresca e aguda, de algum contato com os irmãos da Rosacruz. Estava perfeitamente consciente e ainda sentia o penetrante perfume de rosas em seu quarto. Enquanto estava deitado, as correntes perfumadas pareciam fluir através de seu corpo, de tal forma que lhe parecia flutuar nelas. Subitamente, porém, viu que “estava flutuando”, flutuando acima de seu próprio corpo, que jazia no leito. Sentiu a cutilada do medo e teve a consciência de que mergulhava no corpo. “Era como entrar numa nuvem de pontos; maiores do que aqueles que vemos no ar; quando tudo se normalizou, a nuvem se fechou sobre a cabeça, quase como acontece com a água. Ao abrir os olhos se encontrava no Mundo Físico.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 11/1966)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Salvando um homem perdido na floresta e uma mulher incrédula

Salvando um homem perdido na floresta e uma mulher incrédula

Aqui está uma história de um homem perdido que foi salvo da morte na floresta.

Uma noite, dois Auxiliares Invisíveis encontraram um homem que estava perdido há três dias. O pobre homem disse que precisou caminhar para se manter vivo, devido ao tempo frio, e que estava com muita fome. “Eu orei por dois dias e duas noites para que alguém me ajudasse”, disse ele.

“Você deveria ter orado pelo perdão de seus pecados, pois, se a ajuda física não chegasse, certamente, você morreria de qualquer maneira”, disse o Auxiliar Invisível.

“Rezei da melhor maneira que pude, e comecei a ver todas as coisas que eu já havia feito”, disse o homem. “Eu vi um urso e uma raposa em armadilhas, e senti sua fome e dor. Eu até rezei por eles”.

O Auxiliar Invisível perguntou ao homem onde ele morava.

“Eu não sei dizer, mas eu quero ir para casa”, disse o homem que sofria.

O Auxiliar Invisível disse à sua companheira que fosse soltar o urso e a raposa e ajudá-los no que fosse possível, e assim ela se afastou feliz. Mas, ela logo retornou e disse que tinha libertado a raposa, mas não podia fazer nada com o urso.

“Me dê uma mão aqui com esse homem, pois ele está inconsciente e pode congelar até a morte”, disse o Auxiliar Invisível.

Os Auxiliares Invisíveis levaram o homem para a casa mais próxima, que ficava, aproximadamente, cinco quilômetros de distância, e esse era o seu lar. Os Auxiliares Invisíveis deixaram o homem aos cuidados da esposa e disseram que precisavam retornar para libertar um urso.

“Esse homem não é mais importante que um urso?” ela perguntou.

Um dos Auxiliares Invisíveis lhe disse que voltariam, mas que precisavam ir até o urso preso. O Auxiliar Invisível viu imediatamente que o urso estava congelando e com fome e que a perna presa na armadilha já estava congelada.

Esse Auxiliar Invisível finalmente acalmou o urso e conseguiu libertá-lo, que se deitou aos pés do Auxiliar Invisível.

Porém, logo depois o urso morreu de dor, fome e frio. Os Auxiliares Invisíveis retornaram a casa do caçador e a esposa os deixou entrar. Um dos Auxiliares Invisíveis lhe contou que o urso estava morto, pois chegaram tarde demais para salvá-lo. A esposa do caçador começou a retrucar com os Auxiliares Invisíveis enquanto eles cuidavam do homem. O Auxiliar Invisível disse a esposa com que frequência deveria alimentar e que tipo de alimento seu marido poderia ingerir.

Depois disso, os Auxiliares Invisíveis falaram à esposa sobre seus ensinamentos. Eles puderam observar que a mulher não acreditava neles, pois estava em desvario, enquanto eles falavam. O Auxiliar Invisível finalizou dizendo que ela deveria tomar cuidado porque não sabia com quem estava falando.

“Eu não quero saber das bobagens de que você está falando”, disse ela.

Um dos Auxiliares Invisíveis enviou um pensamento ao outro para desaparecerem dali, e ambos desapareceram. A mulher exclamou: “Anjos!” e desmaiou.

Os Auxiliares Invisíveis voltaram a ficarem visíveis e ajudaram a mulher a retomar a consciência. “Oh, por favor Anjos, perdoem-me”, ela disse, “eu não sabia que existiam Anjos reais”.

“Tudo o que disserem, eu farei com prazer”.

Os Auxiliares Invisíveis disseram-lhe que ajudasse a todos que ela pudesse, mas sem se magoar, independentemente, da cor, raça ou religião que praticassem.

“Fico feliz em poder ajudar”, disse a mulher.

Os Auxiliares Invisíveis disseram-lhe adeus e, usando as suas auras, desapareceram. Seu marido, também viu as auras dos Auxiliares Invisíveis.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Salvando um Garimpeiro da Morte certa

Salvando um Garimpeiro da Morte certa

Nossa próxima história trata-se de um garimpeiro que foi salvo da morte.

Uma noite durante a retrospecção, um Auxiliar Invisível viu um homem cair de um barranco de grande extensão de profundidade. O Auxiliar Invisível tentou sair de seu corpo de maneira muito rápida para ir ao socorro desse homem, mas foi impedido de fazê-lo. Mais tarde, o Auxiliar Invisível foi informado de que esse homem precisava de um pouco de tempo para rever o panorama de sua vida e se corrigir de alguns de seus hábitos não bons. Passado esse tempo, o Auxiliar Invisível foi enviado para salvá-lo.

Ele encontrou o homem sobre uma ponta de pedra que o mantinha em segurança. O homem iria morrer de fome, pois era impossível descer dali sozinho. A distância até o chão era de aproximadamente 8 metros, porém, lá em baixo havia um enorme covil de cobras cascavel. Não tinha como se manter vivo naquele lugar, pois estava muito quente. E esse acidente ocorreu em um lugar montanhoso no Oeste.

O homem era um garimpeiro e havia encontrado um pouco de ouro. O homem que estava com ele o empurrou, enquanto estavam atravessando o barranco para chegar até o outro lado. O Auxiliar Invisível sabia que o homem morreria a não ser que fosse ajudado rapidamente. O Auxiliar Invisível se virou e perguntou a sua companheira: “Você tem medo de ir comigo ajudá-lo?”

“Não, irei”, disse ela.

Os Auxiliares Invisíveis foram até o homem e o levantaram.

“Não me deixe cair”, disse o pobre homem. “Eu quero viver e ser um homem melhor. Eu vi os principais acontecimentos da minha vida passar diante de mim, e eu quero fazer todo o bem possível, enquanto viver os poucos anos que me restam”.

Um dos Auxiliares Invisíveis lhe perguntou quanto tempo ele estava fora de casa.

“Estou aqui há vinte e cinco anos”, disse o garimpeiro. “Eu tive uma discussão com minha namorada e saí de casa. Nunca mais voltei e nem escrevi aos meus pais ou a ela”.

O Auxiliar Invisível disse ao homem que escrevesse para casa, tanto a sua namorada como a seus pais que estavam vivendo na esperança de que ele voltasse para vê-los e também a seu filho, que tinha cerca de vinte e cinco anos.

“Eu vou voltar e fazer o que é certo”, disse o homem. “Eu tenho uma pequena quantia no banco. Meu relógio caiu da minha mão e está lá embaixo entre aquelas cobras. E a foto de minha namorada está dentro dele. Eu gostaria de não o ter perdido, mas acho que já se foi”.

O Auxiliar Invisível procurou sua companheira e quando a avistou estava lá embaixo entre as cascavéis com o relógio na mão. Ele a chamou suavemente e pediu para que subisse, pois estavam saindo daquele lugar. Depois que ela voltou, ele disse a ela que nunca mais fizesse aquilo, pois poderia ter sido atacada pelas cobras e isto a faria correr para casa, para seu Corpo Denso.

O parceiro do garimpeiro tinha continuado seu caminho, mas pensando que ficaria com todos os bens do seu companheiro. O Auxiliar Invisível disse ao garimpeiro que fosse até a cidade para descansar e depois pegasse seus pertences e fosse para casa de seus pais. Ele foi instruído a se casar secretamente com sua namorada. O homem disse que o faria, e os Auxiliares Invisíveis estavam prontos para irem embora, quando o garimpeiro disse que queria resolver as pendências com o homem que o empurrou sobre o barranco.

“Não, ele terá seu acerto de contas em breve”, disse o Auxiliar Invisível.

“Apenas pegue o que você tem no banco e vá para casa”. Depois disso, os Auxiliares Invisíveis continuaram com seu trabalho.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como um Iniciado cura o doente? Pela invocação de um poder superior ou por sua própria concentração? Há alguma diferença entre os dois métodos? Se houver, qual é?

Pergunta: Como um Iniciado cura o doente? Pela invocação de um poder superior ou por sua própria concentração? Há alguma diferença entre os dois métodos? Se houver, qual é?

Resposta: Da forma como a pergunta foi feita, é difícil respondê-la. Embora conheçamos certos métodos de cura, acreditamos também que a escolha é uma questão de temperamento, e os diferentes métodos de cura são provavelmente usados em períodos diferentes por todos os Iniciados conforme a exigência do momento.

Sabemos que, em certas ocasiões, Cristo dirigiu-Se ao Pai ao realizar uma cura. Outras vezes, quando Ele se encontrava no meio de uma multidão e alguém O tocava, Ele percebia que esse poder saía d’Ele e, sem dúvida, curava aquele que havia absorvido essa força. Todos os que seguiram Seus passos, evidentemente variaram seus métodos conforme a ocasião. Mas, em última análise, o poder curador é o mesmo, pois ele emana do nosso Pai que está no céu e que é o Grande Médico, e cada Iniciado ou curador absorve tanto do Seu divino poder quanto é capaz de reter, dando-o, em seguida, de acordo com a necessidade de quem recorre a Ele.

Há um artigo: “Como os Rosacruzes Curam os Doentes“, no departamento de “Serviço e Auxílio de Cura”, publicado na revista “Rays from the Rose Cross”, em setembro, 1915, que descreve o nosso método e certamente esclarecerá o assunto. (Ver mais detalhes no livro Princípios Ocultos de Saúde e Cura). Na mesma revista, há um artigo de Stuart Leech, M.D., mostrando como ele evitou realizar uma operação cirúrgica visitando o paciente a noite, quando estava fora do seu corpo. Ele materializou as mãos dentro do corpo do paciente e extirpou o mal, de forma que, na manhã seguinte, o paciente estava curado sem ter a necessidade de se sujeitar ao bisturi.

Provavelmente esse fato tornará claro que o Iniciado e o Auxiliar Invisível dispõem de um considerável campo de ação e total liberdade para lidar com as condições mórbidas do corpo. Como já foi dito antes, o bálsamo curador vem do nosso Pai que está no céu, e não importa quem realize o trabalho ou que método use para o enfermo recuperar a saúde, a glória e a honra pertencem unicamente a Deus.

(Perg. 44 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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As Faculdades Espirituais e sua Ética

As Faculdades Espirituais e sua Ética

Muitas pessoas não se dão conta de que os homens ou mulheres com os quais nos relacionamos diariamente talvez sejam, alguns, é claro, possuidores de algum grau de Vidência. Há vários estágios de desenvolvimento espiritual dos quais constantemente ouvimos falar.

As exibições dessa faculdade geralmente são feitas por videntes negativos, pouco ou nada conhecedores das forças com as quais se põem em contato. Outras vezes essas demonstrações são realizadas por aqueles que, tendo obtido um insignificante conhecimento das coisas espirituais, “atrevem-se a pisar onde os Anjos temem voar”.

O clarividente positivamente desenvolvido sabe, por experiência, que uma única demonstração não convence ao incrédulo, servindo-lhe apenas para exigir mais uma. Um ser espiritualizado, compreendendo as forças que o cercam, nunca prostituirá seu dom com a finalidade de auferir benefícios materiais.

Jamais o empregará com propósitos banais, sabendo que poderá perdê-lo se o fizer. Nem a salvação e muito menos as evoluções podem ser compradas. Cristo curou e alimentou as multidões, mas não usou Seus poderes para fugir ao Gólgota.

É possível convivermos com um clarividente positivo sem nunca o sabermos. Ele não se identificará como tal.

Durante muitos anos certo homem foi meu sócio em vários negócios. Há pouco tempo, entretanto, é que, em uma palestra casual, descobri tratar-se de um estudante de filosofia oculta. Isto, todavia, não é de se admirar, como parece à primeira vista. Revendo os vários anos de relacionamento com esse esoterista, percebi nunca tê-lo ouvido pronunciar a menor crítica ou ofensa a quem quer que fosse. Em circunstâncias onde o ser humano comum age com intolerância, ele sempre manifestou condescendência. Sempre respeitou todas as religiões e as opiniões alheias, embora tivesse seus pontos de vista. Quando eu desrespeitava as coisas sagradas em sua presença, ele me repreendia sutil e silenciosamente.

Esse homem me intrigava e eu o interrogava o mais que podia. As respostas fluíam com simplicidade e paciência, exceto quando eu me tornava impertinente. Quando, por exemplo, eu lhe perguntava sobre sua condição de grau 33 na Maçonaria, ele imediatamente mudava de assunto. Mais tarde vim a compreender como minha pergunta era indiscreta.

O espírito possui diversos veículos Corpos Denso, Vital, de Desejos e o veículo Mente, os quais usa para adquirir experiência e evoluir. O Corpo Denso é formado de matéria deste mundo em que vivemos e, naturalmente, é visível a quem tenha os órgãos da visão perfeitos. Os outros veículos são formados de substâncias pertinentes às regiões onde têm origem.

Da mesma forma como um indivíduo portador de cegueira não pode perceber o mundo ao seu redor, o ser humano profano não distingue os corpos mais sutis nem os mundos a que se relacionam.

O grande inventor Thomas A. Edison, pouco antes de seu falecimento declarou que a ciência nos últimos cem anos fizera notáveis progressos no campo da física, mas no próximo século o grande campo de investigações seria o da metafísica; sabe-se, através de relatório elaborado pela senhora Edison, que nos últimos anos que precederam a morte de seu esposo, ele esteve ocupado em aperfeiçoar uma máquina que possibilitaria o contato com os planos espirituais. Os cientistas ocultistas afirmam que o único instrumento perfeito para tal função deve ser desenvolvido pelo ser humano e dentro de si mesmo. Edison pode ter-se enganado ao pensar em aperfeiçoar tal instrumento fora de si próprio, mas por outro lado, pode ser que fosse dotado de visão espiritual e pretendesse demonstrar sua existência àqueles que não a possuem.

Encontramos as “chaves” da clarividência positiva no desenvolvimento do corpo pituitário e da glândula pineal. O reto viver, por sua vez, é a chave desse desenvolvimento. Da mesma forma como os vários graus de visão espiritual podem ser desenvolvidos, outras faculdades superiores são suscetíveis de florescimento.

Uma delas é a possibilidade de ingressar nos planos invisíveis da natureza e neles funcionar conscientemente.

Depende da habilidade de cada pessoa, em efetuar a separação dos éteres superiores dos inferiores do Corpo Vital. Isto se torna realidade mediante uma vivência pura e amorosa, mesclada com práticas devocionais e serviço altruísta e desinteressado prestado ao próximo.

Os Éteres de Luz e Refletor formam o chamado “Vestido Dourado de Bodas”, simbolizado pela estrela dourada do Emblema Rosacruz. Constituem, nessa circunstância, um verdadeiro corpo espiritual, através do qual o Ego percorre livremente os mundos internos, enquanto o Corpo Denso jaz repousando. O indivíduo dotado de elevado desenvolvimento anímico, pode, durante o sono, utilizar seus veículos superiores para trabalhar como Auxiliar Invisível, principalmente no labor de curar os enfermos.

Muitas vezes, durante o sono, encontramos amigos ou nos achamos em lugares estranhos. Em várias ocasiões, tais experiências são consideradas como meros sonhos. Às vezes, porém, são experiências reais que muito nos impressionam quando despertos.

No primeiro estágio, o Auxiliar Invisível é inconsciente. Mais tarde, como decorrência normal de seu desenvolvimento, torna consciente. Qual o requisito básico para alguém tornar-se um Auxiliar Invisível? É simples: primeiramente deve converter-se em um Auxiliar Visível, isto é, deve servir da maneira que puder aqui no mundo material. Não há outro caminho.

Hoje em dia, com essa profusão de livros sobre ocultismo e psiquismo à venda nas livrarias, fala-se muito em sexto sentido. Um dos primeiros sinais de desenvolvimento do sexto sentido consiste na receptividade às vibrações dos planos suprafísicos. Nesta classe encontramos a maioria dos estudantes de filosofia oculta. O simples fato de serem estudantes esoteristas e aceitarem a verdade contida nos ensinamentos abraçados, demonstra sua sensibilidade às vibrações suprafísicas. O importante é desenvolverem suas faculdades espirituais sempre no sentido positivo.

(Traduzido de ‘The Rosicrucian Magazine’)
(Revista ‘Serviço Rosacruz’ 04/79 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Ajudando uma Moça e acompanhando um Homem Mau ao desencarnar

Ajudando uma Moça e acompanhando um Homem Mau ao desencarnar

Um dia, os Auxiliares Invisíveis encontraram uma jovem, que era prisioneira, que tinha solicitado ajuda deles. Havia cinco anos que esta jovem e seus pais estavam orando pedindo ajuda. A menina estava em algum lugar nas montanhas num prédio velho e bem construído, mas num país vizinho. Os Auxiliares Invisíveis a encontraram no porão dormindo em cima de um pouco de palha. Eles a acordaram.

“Por favor, deixe-me ir para casa, pois estou morrendo”, disse ela.

“Quanto tempo você esteve aqui?” – Perguntou um dos Auxiliares Invisíveis.

– Não sei – disse ela. “Fui trazida para cá em agosto de 1931. Minha casa fica na costa oeste. Eu fui transferida de lugar umas cinco ou seis vezes desde que fui sequestrada. Uma mulher me traz as refeições, mas eu não tenho comida suficiente, e eu estou lentamente morrendo de fome”.

A mulher contou aos Auxiliares Invisíveis onde ficava sua casa. Ela já fora muito bonita, mas sua aparência, atualmente, era pele e osso.

Os Auxiliares Invisíveis olharam ao redor para ver uma maneira de tirá-la dali. Eles não encontraram nenhuma maneira; porém um Auxiliar Invisível pegou na sua mão e chamou a mulher que lhe trazia comida.
“Quem trouxe essa moça aqui?” – Perguntou o Auxiliar Invisível.

“Eu não sei onde estão os dois homens, mas o patrão está lá em cima”, disse ela. “Ele nunca desce aqui”.

O Auxiliar Invisível enviou uma chamada mental para o sequestrador, que chegou armado. Ambos, o homem e a mulher, ficaram tão agitados que eles mal sabiam sobre o que estavam falando.

O homem disse que tinha raptado a moça por dinheiro, mas que não havia conseguido nada. Então ele decidiu mantê-la prisioneira até morrer. Assim, ele levaria seu corpo para casa e o colocaria na varanda da casa de seus pais à noite.

– Nós viemos para levá-la para casa – disse o Auxiliar Invisível. “Pegue algumas roupas para ela”.

O homem malvado riu. “Bem, vocês podem morrer como ratos”, disse aos Auxiliares Invisíveis.

Ele levantou sua arma para atirar num dos Auxiliares Invisíveis, mas eles pediram para as Salamandras ou Espíritos do fogo que aquietassem o fogo; então, sua arma somente clicou. O Auxiliar Invisível pegou a arma do homem que estava assustado e tremendo de medo. O Auxiliar Invisível lhe solicitou, enfaticamente, para encontrar algumas roupas para a mulher e também trazer cobertores grossos. Pediram a mulher que lhe trazia comida para que fosse com o homem para buscar as coisas que eram necessárias.

Os dois saíram e trancaram a porta. “Agora vocês três podem morrer”, gritou o homem malvado e saiu.

A jovem começou a chorar, e os Auxiliares Invisíveis lhe disseram que iriam tirá-la dali. Os Auxiliares Invisíveis desapareceram e subiram para o salão onde estavam o homem e a mulher, se materializaram diante deles e exigiram as roupas. O homem estava paralisado de medo. “Pegue algumas roupas dela e um cobertor, e dê quinhentos dólares” disse ele. “Não. Dê a ela mil dólares e a deixe ir”.

A Auxiliar Invisível pegou as roupas e o cobertor. “Ninguém nos impedirá, uma vez que podemos atravessar qualquer coisa”, disse ela.

Os Auxiliares Invisíveis desceram até o porão e abriram a porta. Vestiram a mulher e a levaram para cima, embrulhada no cobertor. No topo das escadas, eles foram recebidos por dois cães grandes e ferozes. Os cães começaram a se arrastarem em direção aos Auxiliares Invisíveis sobre seus estômagos, e eles choramingaram ao invés de rosnar. O Auxiliar Invisível solicitou ajuda para tirar a moça da casa, pois achava que os guardas poderiam começar a atirar neles e podia ferir a moça. O outro Auxiliar Invisível disse que não precisaria de nenhuma ajuda.

Os Auxiliares Invisíveis disseram às Salamandras para aquietassem o fogo até que eles saíssem. Eles enrolaram a mulher no cobertor e saíram pela porta. Eles criaram uma espécie de escudo em forma de nuvem ao redor dela por meio do pensamento. Depois disso, os Auxiliares Invisíveis flutuaram no ar e a levaram para a pequena cidade onde ela morava, a deixando em segurança em casa, com seus pais.

“Agora vou voltar para aquele lugar para ver se há mais gente mantida em cativeiro”, disse o Auxiliar Invisível a seu companheiro. A Auxiliar Invisível disse que ela também iria. Quando os Auxiliares Invisíveis voltaram à casa do sequestrador, o homem estava conversando com a mulher.

Um Auxiliar Invisível apareceu na sala e perguntou ao homem se havia mais prisioneiros naquele lugar e ele disse: “Sim”.

“Mostre-nos onde eles estão”.

O homem foi a um quarto, destrancou uma porta, e disse aos Auxiliares Invisíveis que havia uma mulher no armário na outra sala.

Os Auxiliares Invisíveis começaram a atravessar o chão. Quando chegaram ao centro da sala, o homem ergueu uma porta de armadilha, e os Auxiliares Invisíveis entraram em um lugar escuro. Um Auxiliar Invisível gritou e agarrou o outro, pois ela tinha esquecido que não estava em seu corpo físico e, portanto, não podia ser ferida.

“Acalme-se”, disse o Auxiliar Invisível. “Nada podem te machucar”.

“Eu tenho medo”, a senhora Auxiliar Invisível respondeu a ele.

“Vá para casa”, disse seu companheiro.

“Me leve para fora e eu irei”, ela respondeu. Nesse momento, ela viu alguns crânios. “Oh! Olhe para esses crânios”, ela disse. “Olha! São quatro”.

“Sim, quatro pessoas pagaram o preço”, disse ele. “Venha, vamos sair daqui”.

Os Auxiliares Invisíveis se desmaterializaram rapidamente, retornaram até o homem e se materializaram.

“Não queremos mais confusão, companheiro” – disse o Auxiliar Invisível.

O homem deu um salto, assustado.

“Sim, seu tempo acabou, e eu tenho um lugar para você”, disse o Auxiliar Invisível.

“Eu não quero morrer”, disse o homem com muito medo. “Eu te darei um milhão de dólares para me salvar”.

“Eu não posso fazer nada”, disse o Auxiliar Invisível. “Olhe para sua vida, e veja o que você fez”.

O homem começou a contar e disse: “Eu sou culpado de sete assassinatos. Olhe para as pessoas que eu chicoteei e roubei! Olhe para todo o gado que já envenenei e as casas que eu queimei! Razão pela qual, eu não fiz nada de bom!”. E ele caiu morto.

Este homem malvado estava revendo os acontecimentos que ele tinha feito durante sua vida, pouco antes de morrer, até quando ele era um bebê. Chamamos isso de panorama da vida.

Os Auxiliares Invisíveis levaram o homem para a região fronteiriça, que é uma região entre o Primeiro Céu e o Purgatório.

“Levem-no para próximo da atmosfera da Terra”, disse um dos responsáveis. “Mantenha sua companheira perto de você. Não, melhor deixa-la aqui”.

“Eu quero ir”, disse a Auxiliar Invisível.

O Auxiliar Invisível a manteve do seu lado, e eles levaram o homem para baixo. O que eles viram foi muito terrível para se colocar em palavras, e nenhum dos dois Auxiliares Invisíveis desejou ir àquela região nunca mais. Esse homem maligno tinha criado todos os tipos de entidades enormes, feias e ferozes, por meio dos seus maus pensamentos e ações.

(IH – de Amber M. Tuttle)

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Histórias Recorrentes da do “Homem Rico e Lázaro”

Considere a história do homem rico e Lázaro. O homem rico não estava preparado para encontrar Deus, mas Lázaro estava. Isto mostra que vale viver a vida e estar preparado para ir ao Céu ao invés de ir ao Purgatório. A história é a seguinte:

“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e cada dia se banqueteava com requinte. Um pobre, chamado Lázaro, jazia à sua porta, coberto de úlceras. Desejava saciar-se do que caía da mesa do rico… E até os cães vinham lamber-lhe as úlceras”.

“Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”.

Isto significa que o homem rico estava no Purgatório, sofrendo devido suas maldades e desejos; enquanto Lázaro estava no Primeiro Céu aproveitando tudo de bom que ele havia feito durante sua vida passada, e sentindo a gratidão de tudo que havia feito em seus muitos atos de bondade.

“Então exclamou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”.

Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro, por sua vez, os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado”.

“E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós'”.

“Ele replicou: ‘Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai,”

“pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'”.

Abraão, porém, respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'”.

“Disse ele: ‘Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrependerão'”.

“Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão’ “. (Lc 16: 19-31)

Os Auxiliares Invisíveis acham que isto é verdade, porque eles, às vezes, encontram pessoas no Purgatório, os quais perguntam se tem como ir até seus familiares e dizer-lhes que passem a ter uma vida boa e que viva o melhor possível, para que não tenham que sofrer após sua morte. Ouvi falar de dois casos deste tipo. Nos dois casos, o Auxiliar Invisível disse que não seria bom, uma vez que os parentes não acreditariam de qualquer forma. Outra noite dois Auxiliares Invisíveis encontram uma estudante de uma Escola de Ocultismo, a quem haviam conhecido alguns anos atrás. Ela tinha falecido há algum tempo quando a encontraram no Purgatório. Ela os chamou enquanto estavam a caminho de uma missão.

“Desculpe por não ter tido uma vida melhor” – disse ela. “Fui a reuniões no Centro de estudo, mas não acreditava realmente que os ensinamentos eram verdadeiros e não tentei fazer o melhor. Por favor, me ajude a sair daqui”.

“Você deve orar a Deus” – disse o Auxiliar Invisível – “e prometer-Lhe que procurará viver melhor quando outra chance lhe for dada”.

“Eu farei isto” – disse a senhora. “Por favor, vá e diga as minhas filhas que os ensinamentos são verdadeiros e que sejam boas. Não quero que elas sofram como estou sofrendo agora”.

Os Auxiliares Invisíveis não poderiam ir até suas filhas, porque não as conheciam. Mesmo se pudessem ir até elas, as filhas não acreditariam neles.

(Do Livro: Auxiliares Invisíveis – Amber M. Tuttle)

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Algumas pessoas estão prontas quando a morte chega a elas e possuem condições de ajudar desde desencarnadas

Algumas pessoas estão prontas quando a morte chega a elas e possuem condições de ajudar desde desencarnadas

Algumas pessoas estão prontas quando a morte chega a elas. Em uma noite de setembro, uma Auxiliar Invisível foi enviada para fazer o que ela estava apta a fim de ajudar uma outra Auxiliar Invisível mais avançada (uma Irmã Leiga) que foi assassinada em um lugar distante. Ela correu para confortar esta pobre Irmã Leiga que estava aterrorizada. Ela tinha sido baleada e morta por soldados. Eles jogaram seu corpo juntos com outros formando uma pilha de corpos com o intuito de queimá-los, pois não tinham tempo para enterrá-los.

A Auxiliar Invisível a levou a sua casa, sentou com ela em sua cama e a consolou. A Irmã Leiga disse-lhe como lamentava era ter sido assassinada. Sabia tudo sobre condições post-mortem. Ela abraçou a Auxiliar Invisível para demonstrar a sua gratidão pela sua bondade e simpatia. Ela contou a sua nova amiga que o seu corpo iria ser queimado com gasolina. Quando isso acontecesse ela iria sentir muita dor porque seu corpo ainda estava conectado com seus veículos superiores pelo Cordão Prateado.

A angustiada Irmã Leiga se perguntava porque ela tinha que ser assassinada e seu corpo queimado. Uma outra Irmã Leiga mostrou a essa Irmã Leiga, recém assassinada, e a sua nova amiga, por meio da Consciência de Júpiter, que era o seu destino morrer dessa maneira. Elas viram essa Irmã Leiga tinha sido responsável pelo assassinato de muitas pessoas e por seus respectivos corpos serem queimados, há exata cinco vidas anteriores à atual. Ela sofreu muito depois disso.

Finalmente, ela seguiu o caminho do discipulado e, em uma vida mais tarde, ela se tornou uma Irmã Leiga. Na vida atual ela vinha fazendo bem o trabalho atribuído a ela. Ela havia nascido em um país, e depois tinha imigrado para um país vizinho para ali viver.

A Auxiliar Invisível acompanhou a Irmã Leiga até que seu Cordão Prateado se rompeu pelo fogo, e então ela levou para a entrada do Purgatório. Lá a senhora responsável disse esta Irmã Leiga que ela poderia ser levada diretamente para o Primeiro Céu, ou ela poderia continuar seu trabalho como uma Auxiliar durante vinte quatro horas por dia, pois ela foi autorizada a continuar seu trabalho de ajudar os outros.

Esta Irmã Leiga não tinha nenhuma experiência purgatorial para passar e estava ansiosa a renunciar a seu descanso no Céu. Ela havia limpado o átomo-semente de seu coração e, por isso, ela estava realmente preparada para a morte. Ela pagou uma dívida de Destino Maduro que tinha feito cinco vidas antes, e, agora, ela está livre para trabalhar continuamente pela humanidade até quase o momento de um próximo e novo renascimento.

Não muito longe daqui, estes mesmos Auxiliares Invisíveis e sua parceira receberam a bela Irmã Leiga em algum lugar, enquanto trabalhavam como Auxiliares. Ela perguntou a jovem Auxiliar Invisível se poderia ser sua amiga pelo mundo e ajudar neste trabalho, uma vez que não era permitido se materializar.

“Tenho muitos amigos em minha terra nativa”, ela disse, “que gostaria de ajudar, mas não devo me materializar pelo fato de ser contrária a lei espiritual e, também, poderia assustá-los”. A Auxiliar Invisível disse que estaria feliz em ajudá-la naquilo que estivesse ao seu alcance.

(I.H. – AMBER M. TUTTLE)

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A Princesinha Aleijada

A Princesinha Aleijada

Era uma vez, não há muito tempo atrás, um lugar onde habitava uma menininha cujo nome era Emaline. Seus amigos e as crianças da vizinhança a chamavam de Princesinha Aleijada.

A casa pequenina em que ela morava era cercada de um gramado verde e lindas flores guarneciam o caminho no tempo de verão. Num canto do quintal erguia-se um grande olmo.

Cada dia, Emaline sentava-se ao lado de uma ampla janela de onde ela podia ver as flores no quintal, pessoas passando na rua e observar os pássaros construindo seus ninhos no grande olmo.

Embora essa menininha não pudesse andar, eram muitas as alegrias de que ela desfrutava ao observar as crianças brincarem, ou quando passavam em seu caminho para a escola. Todos a conheciam e a amavam e nunca deixavam de acenar-lhe quando passavam por ela, ou de parar quando tinham tempo para conversar uns minutinhos e dividir com ela suas flores, doces, ou o que tivessem.

Assim, Emaline era muito feliz e grande era sua satisfação quando os pássaros vinham colher as migalhas que ela jogava para eles, no peitoril da janela.

Do lado de fora de sua janela havia uma caixa onde ela plantou pequenas sementes que sua mãe lhe tinha dado e, pelo cuidado amoroso que ela lhes dedicou, eram, agora, uma mistura de lindas cores. Sua fragrância era fonte de contínuo prazer para Emaline. Como ela amava esses amigos amorosos que inclinavam suas cabeças na brisa e pareciam estar sempre sorrindo para ela!

Sobre uma pequena mesa bem a sua mão, encontravam-se livros de contos de fadas e de aventuras. Eram muitas as horas agradáveis que a Princesinha Aleijada passava na Terra das Fadas onde tudo era radiante e adorável.

Ao seu lado, numa cadeira, podia-se quase sempre encontrar um enorme gato amarelo, todo enrolado, dormindo. Ele adorava que Emaline alisasse seu pelo e mostrava sua satisfação ronronando sonoramente, esticando suas garras, empurrando primeiro uma pata, depois a outra, na almofada em que ficava deitado. Emaline explicava que ele estava tocando órgão para ela.

Mas, a despeito de todas essas coisas que tornavam a sua vida feliz, Emaline crescia sem poder mover-se e ansiava intensamente por andar, correr e pular, como via as demais crianças fazerem diariamente. Então, ela ficava triste e perguntava a sua mãe:

– Por que sou assim, Mamãe? Por que Deus me castiga assim?

– Minha querida, você não deve pensar que Deus castiga você, sua mãe respondia, aproximando-se e ajoelhando-se ao seu lado, colocando gentilmente seus braços fortes em torno de seu corpo frágil, para confortá-la. Eu não sei porque você é assim, mas Deus e bom demais para punir e, em Sua grande sabedoria, sabe o que é melhor para nós.

Diante disso a menininha suspirava, desejando ter a fé de sua mãe e que Deus lhe mostrasse o motivo de sua deficiência.

Era um belo dia de junho e Emaline desejou, durante todo o dia, poder andar na grama úmida e verde, poder subir no olmo para ver os passarinhos que sabia estarem lá. Quando a Sol se pôs por detrás das montanhas distantes e as sombras começaram a surgir, ela sentia-se muito agitada e desalentada porque lhe era negado o grande privilégio de poder andar.

Depois que sua mãe a colocou na cama, entre os frescos lençóis, ela permaneceu pensando por um longo tempo. Finalmente, ela rezou pondo toda sua alma na prece, pedindo para ser capaz de andar algum dia. Se pelo menos Deus mostrasse porque era inválida, talvez fosse mais feliz, pensou ela.

Emaline não sabia há quanta tempo estava dormindo quando ouviu uma voz dizer-lhe:

– Vem comigo e eu te mostrarei.

Ela não ficou surpresa quando uma figura vestida de branco a tomou pela mão e flutuaram suavemente sobre os vales e montanhas como se estivessem voando, até que chegaram a um lindo palácio branco, circundado por altos muros de pedras.

– Este é o lugar onde você morou um dia, disse a companheira de Emaline.

– Ela deve saber, pensou Emaline e não disse nada, mas apreciou com admiração o cenário ao seu redor.

Urna garotinha estava brincando nas escadas de mármore que levavam ao palácio e, enquanto elas a observavam e aproximou-se uma empregada que levou a criança para dentro do palácio.

Elas seguiram as duas e parecia estranho a Emaline que ninguém notasse a presença delas. Lá dentro estavam damas e cavalheiros muito distintos e uma tal grandeza no mobiliário como a Princesinha Aleijada nunca vira antes.

Na ocasião, a garotinha estava vestida para sair e, junto com a empregada, dirigiu-se e entrou em uma carruagem que saiu em direção ao portão. O condutor estalou seu chicote e elas foram embora.

– Assim, a garota cresceu e tornou-se uma mulher mimada, caprichosa, explicou a guia de Emaline. Observe-a como mulher!

Ela virou-se e viu uma linda mulher que vinha pelo grande portão desse mesmo palácio, andando altivamente em direção à carruagem que a aguardava, entrou nela e foi embora, exatamente com o fez quando menina.

– Vamos segui-la, murmurou a guia.

Elas observaram a carruagem passando rapidamente pelas ruas, todas as pessoas paravam, contemplando-a num silêncio de temor enquanto ela passava. Na face de alguns Emaline viu o desprezo e estremeceu.

– E assim ela segue na vida, negligenciando os membros que Deus lhe deu para andar. Ela não tem a menor simpatia pelos que trabalham pelo seu pão diário. Isto é muito triste; agora vamos voltar para casa, disse a companheira de Emaline.

Na manhã seguinte, a Princesinha Aleijada surpreendeu sua mãe com esta pergunta:

– Mamãe, a senhora acha que já moramos aqui na Terra, antes?

– Oh, sim, querida. Creio que sim, mas por que você pergunta?

– Um dos mensageiros de Deus mostrou-me na noite passada onde eu morava e porque sou inválida, e tudo e por minha única culpa. Oh, mamãe! Vou ser muito boa de agora em diante, Emaline exclamou.

– Que estranho, pensou sua mãe, mas somente abraçou-a e disse:

– Você sempre foi boa, querida, pois ela estava acostumada as singularidades de sua pequena filha.

Assim, enquanto os dias de verão iam passando, a pequena Emaline sentava-se a sua janela e cantava alegremente, olhando as crianças, os pássaros e as flores.

Ela lia historias para as crianças, enxugava suas lágrimas, e elas encontravam auxilio e simpatia nas mãos da Princesinha Aleijada.

Lágrimas de simpatia rolaram de seus olhos quando um dia, sentada perto da janela, viu um passarinho com uma asa quebrada cair bem abaixo de sua janela. Sua mãe o salvou e juntas ataram a asa quebrada e cuidaram do passarinho até que ele ficou novamente bom.

Um dia, um médico famoso veio à cidade onde Emaline morava e sabendo da existência da Princesinha Aleijada que possuía um coração terno, veio vê-la. Quando estava sentado numa grande cadeira, de frente para Emaline, perguntou a ela, numa voz cheia de amor e compreensão, o que significaria para ela ser capaz de andar.

– Oh, senhor, ela murmurou, estou muito feliz como sou, mas seria maravilhoso poder andar. Aí eu poderia ir a todos os lugares, ajudando as crianças que necessitassem de ajuda. Há muitas assim, o senhor sabe.

Os olhos do médico estavam muito ternos enquanto olhava para a menininha e ele lhe disse que voltaria pela manhã.

Durante a noite, Emaline abriu seus olhos em admiração para a figura toda de branco que estava ao lado de sua cama.

– Não tenha medo, ele disse, eu sou o médico e vim na qualidade de Auxiliar Invisível, em meu corpo espiritual, para curá-la. Eu posso deixar a meu corpo físico, como você vê, mas devo retornar a ele pela manhã.

Ela adormeceu imediatamente e só acordou na manhã seguinte. Lembrou-se, então, do que vira a noite e, descobrindo-se, colocou suavemente o seu pé no chão e ficou parada alguns minutos, com medo de se mover.

– Eu posse andar! Ela disse.

Parecia haver agulhas e alfinetes picando o seu pé, mas ela prosseguiu valentemente e colocou sua mão nas costas de uma cadeira, para apoiar-se. Deu primeiro um passo, parou, deu outro passe ate chegar a sua cadeira que estava perto da janela onde se sentou, tremendo de excitação, e foi lá que sua mãe a encontrou. Admiração, , Alegria estampavam-se no rosto de sua mãe, quando a viu sentada em sua cadeira. Emaline logo a convenceu que podia andar e com a ajuda de sua mãe praticou alguns passos, indo da cama para a cadeira, ate que ficou exausta e sua mãe aconselhou-a a descansar até que o médico chegasse.

Foi com um rosto brilhando de amor e gratidão que ela relatou ao médico tudo o que ocorrera desde que ele partira no dia anterior e como ele veio a ela durante a noite.

Grande foi a alegria quando se espalhou a notícia de que a Princesinha Aleijada podia andar.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para as Crianças – Vol. I – Matilda Fancher – Fraternidade Rosacruz)

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