Arquivo de categoria Sobre

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: O Medo Desnecessário da Morte

O Medo Desnecessário da Morte

É realmente patético ver o sentimento de grande tristeza e de falta de esperança das pessoas enlutadas pela morte de alguém próximo e querido, e ver como, em casos extremos, elas dedicam o resto de suas vidas lamentando por aquele que já faleceu. Vestem-se de roupas pretas e mesmo um sorriso é considerado um sacrilégio à memória do falecido, sem considerar que, com essa atitude mental, prolongam a permanência da pessoa que dizem amar, nas regiões inferiores do Mundo invisível, onde tudo o que é mau vive, movimenta-se e permanece em contato estreito com a parte mais inferior e egoísta da humanidade. Isso não é uma mera fantasia, mas um fato real, e pode ser demonstrado a qualquer pessoa que tenha uma mínima visão espiritual.

Uma das maiores bênçãos conferidas àqueles que estudam e acreditam nos Ensinamentos Rosacruzes é de que, gradualmente, são emancipados do medo da morte e do sentimento de que uma enorme calamidade acontece quando alguém muito próximo e querido passa para os Mundos invisíveis. Uma bênção flui tanto para os chamados “vivos”, como para os chamados “mortos”, quando o Espírito que está partindo recebe a ajuda e os devidos cuidados durante essa transição. Será, então, capaz de assimilar o panorama da vida, o que tornará a sua existência ‘post-mortem’ plena e proveitosa, por não ter sido perturbado por um grande pesar, uma grande tristeza e pelo choro histérico dos que estão ainda encarnados, ao seu redor. Durante os anos seguintes, poderá ser auxiliado por meio das orações deles.

Por outro lado, aqueles a quem chamamos “vivos” e que estudam esses Ensinamentos, estão aprendendo a praticar essa atitude altruísta em relação à morte, tão necessária para o crescimento anímico, porque eles percebem, como um fato real, que a morte do corpo, no momento oportuno, é a maior bênção que pode acontecer com a humanidade. Nenhum de nós possui um Corpo Denso que seja tão perfeito e apropriado para viver eternamente. Na maioria dos casos, os anos marcam os pontos fracos dos nossos veículos em grau crescente, cristalizando-os e endurecendo-os, cada dia mais, até tornarem-se um fardo que ficaremos muito satisfeitos em repousá-los. Temos, então, a esperança e o conhecimento de que a nós deve ser fornecido um novo Corpo e um novo começo numa época futura, e assim poderemos aprender muito mais das lições na escola da vida.

Essa é a época do ano[1] quando a Morte Mística, que todos estamos celebrando naturalmente, leva os nossos pensamentos e os da humanidade em geral para a questão da morte e do renascimento. Não há outro ensinamento que seja tão importante e de valor vital como o do renascimento. Atualmente e mais do que nunca, a humanidade precisa disso devido a carnificina de crueldade e matança que foi posto em prática nos últimos dois anos e meio na Europa[2].

A família humana está tão intimamente interligada que, comparativa e provavelmente, há poucas pessoas no mundo que não tenham perdido algum parente nesse conflito titânico. Ao mesmo tempo, é um dever e um privilégio daqueles que conhecem a verdade sobre a morte disseminar tal verdade ao máximo possível, entre aqueles que ainda estão na escuridão em relação a esse fato.

Portanto, eu fortemente sugerido aos Estudantes da Fraternidade Rosacruz a perceberem que somos todos guardiões de tudo o que possuímos, quer sejam bens físicos ou mentais, e que é nosso dever, na medida do possível, explicar esses importantes fatos da vida e do ser com tato e diplomacia para dar a conhecer àqueles que ainda os ignoram. Nunca sabemos quando teremos a oportunidade de fazer o bem sem olhar a quem. É certo que, mais cedo ou mais tarde, esses Ensinamentos, temporariamente esquecidos, devem retornar ao conhecimento de toda a humanidade, e devemos, sempre que possível, compartilhar com outras pessoas a pérola do conhecimento que encontramos. Se negligenciamos isso, realmente, estaremos cometendo um pecado de omissão, pelo qual, em algum momento, seremos cobrados.

Espero que você faça isso de coração e se dedique a difundir esse conhecimento, não somente quando o momento se oferecer, mas aproveitando todas as oportunidades propícias – porém, com toda a diplomacia e tato apropriado, para que o nosso objetivo não seja frustrado pela utilização de um método inadequado. Além disso, não é necessário rotular esse conhecimento. A Bíblia está cheia de exemplos que podem ser mostrados que essa doutrina era aceita pelos Mestres de Israel, que acreditavam nessa doutrina os quais enviaram mensageiros a João Batista perguntando se ele era Elias. Também especulando se Cristo era Moisés, Jeremias ou outro profeta demonstram evidências de sua crença. Cristo acreditava no renascimento, pois afirmou definitivamente que João Batista era Elias. Essa doutrina foi enunciada por São Paulo no capítulo 15 da 1ª Epístola aos Coríntios e também em outros trechos.

Você não pode prestar um serviço maior à humanidade do que lhes ensinando essas verdades.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 77)

[1] N.T.: próximo à Páscoa.

[2] N.T.: refere-se à Primeira Grande Guerra Mundial.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Cardápio típico Vegetariano do dia a dia em Mount Ecclesia em 1915

Um Cardápio típico Vegetariano do dia a dia em Mount Ecclesia em 1915

 

Café da manhã — 7:30 A. M.

Melão;

Flocos de milho torrados e creme;

Ovos mexidos com torrada;

Café e/ou leite.

——

Almoço — 12:00

Feijão de corda cozido;

Abobrinhas fritas;

Batatas marrons frescas;

Pão de trigo integral, manteiga

e mel;

Torta de creme;

Chá e/ou leite.

——

Ceia — 5:30 P. M.

Salada de aspargos;

Rabanetes frescos;

Pão quente com manteiga

e mel;

Torta de creme;

Chá e/ou leite.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Homem Misterioso

Um Homem Misterioso

O Conde de St. Germain, a quem o grande filósofo e escritor francês, Voltaire, chamou de “O homem que tudo sabe e que nunca morre”, é sem dúvida alguma, uma das mais surpreendentes e misteriosas figuras da história.

A Enciclopédia Britânica qualifica-o de “Homem Milagroso” e realmente não se conhece a sua origem até os dias de hoje. Sua vida, sua obra e seu desaparecimento final estão tão velados, que seu nome já é sinônimo de misterioso e de incógnito.

Nas cartas e memórias dos grandes vultos da história podemos encontrar os motivos que o animaram em seus fins e ações. Só dessa forma poderemos ter uma ideia estimativa desse homem que procurou apagar suas pegadas e as de sua obra.

Aparentemente, viveu durante centenas de anos um homem que parece ter podido transmutar metais comuns em ouro fino e seixos em pedras preciosas. Por centenas de testemunhas dignas de confiança sabemos que ele não envelhecia durante um período de cem anos. Parecia até tornar-se mais jovem. Temos também relatos de que o Conde poderia abandonar seu corpo físico à vontade, aparecendo, em questão de momentos, a seus amigos localizados a milhares de quilômetros de distância.

Nada se sabe do seu nascimento nem de sua linhagem. Rumores não autênticos indicavam-no como filho do príncipe Racoczy da Transilvânia. Outros acreditavam ser o rei de Portugal seu pai. Mas isso nunca foi confirmado. Apenas podemos descobrir que o conde apareceu cedo nos círculos das cortes europeias, pelo século XVIII. E desde seu aparecimento tornou-se pessoa célebre; fabulosamente rico, formoso e culto, possuindo aparentemente poderes sobrenaturais e conhecimentos incríveis.

Em seu fascinante livro “’Souvenirs de Marie Antoinette”, a Condessa d’Adhemar descreve a apresentação do St. Germain na corte de França: “No ano de 1743 correu o rumor de que havia chegado de Versailles um estrangeiro enormemente rico, a julgar pela magnificência de suas joias. De onde veio jamais se soube. Sua figura era agradável e graciosa. Suas mãos delicadas e seus pés pequenos. Suas pernas bem proporcionadas, realçadas por umas meias bem ajustadas. Seu sorriso mostrava dentes magníficos, barba muito bem tratada, cabelos negros, um olhar suave e penetrante, e seus olhos, oh! Nunca vi olhos semelhantes! Parecia ter 40 anos. Frequentemente era encontrado nos apartamentos reais, onde era admitido sem restrições…”.

Nos perigosos dias que precederam a revolução francesa, vamos encontrá-lo como constante conselheiro e confidente de Luís XVI, Maria Antonieta e de Madame Pompadour. Ele lhes predisse exatamente a revolução e os dias de terror. Apesar de deplorar os sofrimentos e o derramamento de sangue e as injustiças que se aproximavam, procurou fazer com que compreendessem o inevitável e a grande necessidade de mudanças como parte da evolução humana.

Profetizou o dia e a hora em que Maria Antonieta deveria morrer na guilhotina. E, mais tarde, temos o testemunho da própria rainha de que ele lhe apareceu na prisão em seus corpos sutis, assegurando-lhe que a guiaria no país além da morte. Por isso foi ela capaz de caminhar com soberba altivez para a guilhotina, sendo admirada por todos que a viram.

Madame de Pompadour o menciona repetidamente em suas memórias. Em uma delas disse: “Ele possui um conhecimento sólido de todas as línguas, antigas e modernas; uma memória prodigiosa; uma erudição da qual se vislumbra algo entre o esmero de sua conversação. Ele contava anedotas da corte de Valois e de príncipes ainda mais antigos, com detalhes tão preciosos, dando a impressão de ter sido testemunha ocular do que contou. Viajara por todo o mundo e o rei gostava de ouvir as narrativas de suas viagens pela Ásia, África, pelas cortes da Rússia, Turquia e Áustria. Parecia estar mais a par dos segredos dessas cortes do que os próprios embaixadores do rei. Em uma ocasião manifestou ter conhecido pessoalmente Cleópatra e de ter conversado com a rainha de Sabá”.

De qualquer maneira, essa é uma pretensão assombrosa, mas a nota de autenticidade é dada pelo famoso compositor Rameau, que declara tê-lo conhecido em Veneza no ano de 1710 e que, em 1795, o Conde St. Germain parecia consideravelmente mais jovem do que o era 85 anos antes.

Em sua biografia de Maria d’Antonieta, a Condessa d’Adhemar conta ter ouvido uma conversação entre St. Germain e a Condessa de Gergy, uma senhora já idosa:

“Há cinquenta anos, fui embaixatriz em Veneza. Lembro-me de tê-lo visto naquela ocasião, chamando-se Marquês Balleti. Sua aparência era como a atual. Só parecia estar em idade mais madura, pois agora é mais jovem do que antes”.

“Madame — respondeu o conde sorrindo —, tenho muita, mas muita idade.

— Mas então deve ter centenas de anos! Exclamou a condessa surpreendida.

— “É possível que eu seja muito mais velho”, respondeu ele, e fez Madame de Gergy lembrar-se de uma porção de detalhes que ambos conheciam do Estado de Veneza. Como a Condessa ainda não acreditasse, fez-lhe lembrar certas circunstâncias e observações.

— “Não! Não! Interrompeu a velha embaixatriz com voz trêmula. Já estou convencida; por certo sois um deus ou um diabo!”.

Marquês Balleti foi apenas um de tantos nomes assumidos pelo conde. Entre os anos de 1710 e 1822 esse homem surpreendente andou pelo mundo sob os mais diferentes nomes e títulos.

Lemos dele como sendo um agente jacobino em Londres; um conspirador em St. Petersburgo; um alquimista e perito artista em Paris; um aventureiro no México e um general russo em Nápoles. Também temos crônicas a seu respeito relatando que fundou e influenciou grandemente a muitas sociedades espirituais e entre elas estão os Francomaçons, os Rosacruzes, os Cavaleiros da Luz, os Cavaleiros Templários, os Illuminati, etc. Esses últimos foram dirigidos por ele nas suas reuniões nas cavernas do rio Reno.

Esse homem praticamente encontrou-se e conversou com todas as figuras históricas de alguma importância durante o século XVIII. Existem cartas pessoais indicando que o conde fez muitas pessoas jurarem que se calariam. Mas existem suficientes relatos indicando que ele deu conselhos altamente significativos a cada um. Horácio Walpole falou-lhe em Londres no ano de 1745; Clive, o conquistador da Índia, conheceu-o intimamente naquele pais em 1756; Madame d’Adhemar afirma que ele a visitou cinco vezes depois de sua suposta morte, ou seja, trinta e seis anos depois; o famoso Mesmer confessou que St. Germain era seu instrutor. E o escritor Bulwer Lintton era um dos seus amigos.

Uma indicação dos seus poderes telepáticos está contida em Recordações de Viena, de Franz Graffer: “St. Germain pouco a pouco fez-se esquisito. Por uns momentos ficou rígido como uma estátua; seus olhos, sempre expressivos, mais do que se poderia descrever, tornaram-se sem brilho e sem cor., mas, de repente, todo seu ser tornou a se animar; fez um aceno com a mão como se despedisse e afirmou: ‘Devo partir imediatamente. Precisam de mim em Constantinopla e depois na Inglaterra, para preparar as invenções que lhes serão entregues no próximo século: trens e barcos a vapor'”.

Considerando que isso foi escrito muito antes da invenção das duas máquinas a vapor, não podemos duvidar que ele operava em dimensões e sob leis desconhecidas do homem comum.

Notícias pouco fidedignas anunciam a morte do conde de St. Germain no ano de 1784, no Palácio de Carlos de Hesse (Alemanha). Uma autoridade escreveu: “Uma grande incerteza cerca os últimos anos de St. Germain, pois não se pode depositar nenhuma confiança no anúncio da morte de um iluminado feito por outro, pois pode ter servido aos interesses da sociedade, que se fizesse crer na morte do conde”.

H.P. Blavatsky escreve em data posterior: “Acaso não é absurdo supor que, se ele realmente morreu no lugar e no tempo indicados, fosse sepultado sem pompa nem cerimônias, nem supervisão oficial e sem o registro policial que acompanha os funerais de personagens da sua envergadura? Onde estão esses dados? Ele desapareceu da vida pública faz mais de um século, mas não existe registro desse acontecimento. Um homem, em torno de quem se fez tanta publicidade, não pode desaparecer sem deixar pegadas.

“Além disso, temos provas positivas atestando que ele continuou vivendo durante outros anos depois de 1784. Teve uma conferência particular muito importante com a Imperatriz da Rússia em 1785. Apareceu à princesa de Lombelle, quando ela esteve ante o tribunal, minutos antes de ser executada. Da mesma forma apareceu a Jeanne Du Barry, a concubina de Luiz XVI, quando, no cadafalso da guilhotina, durante os dias de terror, no ano de 1793”.

Inúmeras outras personalidades declararam ter visto e conversado com o Conde de St. Germain depois de sua morte.

Entre esses, encontra-se o Conde de Challon que declarou, numa reportagem, ter conversado com ele, longamente, em diferentes ocasiões, depois de 1784; aí está também a asserção de Madame de Genlis, de que lhe falou durante as negociações para o Tratado de Viena em 1821; afirmação de Madame d’Adhemar, dos seus diálogos com ele até o ano de sua morte em 1822 e da doutora Annie Besant, no órgão ‘Theosofist’ de janeiro de 1912, de que ela o encontrara e falara pela primeira vez em 1896.

Nos documentos oficiais da Franco Maçonaria, consta que ele foi eleito representante dos francos maçons franceses em 1785, detalhe esse mencionado na Enciclopédia Britânica. Na Grande Biblioteca Ambrosiana, de Milão, está registrado que ele presidiu a uma reunião da Grande Loja, juntamente com Cagliostro, St. Martin e Mesmer, no ano de 1867. Logo, devemos forçosamente deduzir que não existe um documento autêntico sobre a morte de St. Germain. Sua partida deste mundo é tão misteriosa como seu aparecimento. Se é que partiu realmente.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – de maio/1959 e na de maio/jun/1988)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: A Guerra Mundial e a Fraternidade Universal

A Guerra Mundial e a Fraternidade Universal

Em quase todas as correspondências, nós recebemos cartas comentando sobre a guerra[1], e com raras exceções, não encontramos nelas expressão de partidarismo, mostrando que os autores têm um ponto de vista mais elevado do que o inculcado pelos vários Espíritos de Raça e que, normalmente, recebem o nome de “patriotismo”. Essa é a única atitude coerente com os princípios da Fraternidade Rosacruz. Nós estamos todos unidos numa associação internacional; estamos todos procurando pelo Reino que deve substituir todas as já superadas nações, e o fato de termos nascido em diferentes partes do mundo e nos expressarmos em línguas diferentes, não revoga o mandamento de Cristo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, nem nos escusa por desempenharmos o papel de “ladrão”, e não de “samaritano”. Cabe a cada um de nós, na Fraternidade Rosacruz, se elevar acima das barreiras da nacionalidade e aprender a dizer o mesmo que Thomas Paine[2]: “O mundo é a minha pátria e fazer o bem é a minha religião”. Devemos deixar de ser meramente nacionalistas e nos esforçarmos para nos tornarmos universais em nossas percepções, compreensões e reações aos sofrimentos dos outros.

Contudo, há uma guerra que vale a pena lutar, uma guerra na qual podemos, legitimamente, empregar toda a nossa energia, uma guerra que devemos persistir com zelo implacável, e um dos Estudantes coloca isso tão bem que o melhor que podemos fazer é transcrever sua carta:

“Ao refletir sobre a guerra, surge esse pensamento: quando os seres humanos se cansarem da desagradável e chocante luta entre as diferentes nações vizinhas e semelhantes, largarem suas armas e a paz predominar, então a partir desse continente, sobrecarregado com o pó dos amigos e adversários, com seus rios correndo avermelhados com o melhor sangue dos impérios, surgirá uma nova Europa e uma civilização superior substituirá a destruída.

E um grande número de mortos desconhecidos, moribundos, revelará um poder muitíssimo maior para a paz mundial do que o vivido anteriormente. Assim, das paixões desenfreadas dos seres humanos, a Deidade, justa e amorosa, traz o bem final.

Se os homens e as mulheres tivessem também uma décima parte da vontade para travar uma guerra contra o seu verdadeiro inimigo, que está dentro do seu coração, ao invés de pegar em armas contra um suposto inimigo de um lado da fronteira imaginária inexistente na boa face do mundo de Deus, então o Príncipe da Paz poderia reinar. Todas as armas mortíferas seriam jogadas no limbo e a promessa gloriosa se realizaria: “Paz na Terra e Boa Vontade entre os Homens”.

E assim, por mim mesmo, resolvi não cessar com meus esforços até que o último vestígio de maldade, erro e ódio sejam eliminados, e a sublime Trindade de “Bondade, Verdade e Amor reinem sem contestação interior”. Nessa luta real, me considero um pobre soldado e, geralmente, a curso da batalha se coloca na direção errada, contudo, não importa se eu falhe dez mil vezes, a lição deve ser aprendida e será aprendida. Algum dia, com um coração robusto, uma vontade indomável e uma persistência infalível, a vitória será conquistada e a paz reinará – a paz que ultrapassa toda a compreensão.

Unamo-nos todos ao nosso irmão nessa nobre luta, recordando as palavras de Goethe:

“De todo poder que mantém o mundo agrilhoado,

o homem se liberta quando o autocontrole há conquistado”.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 48)

[1] N.T.: a Primeira Grande Guerra Mundial.

[2] N.T.: Thomas Paine (1737-1809) foi um político britânico, além de panfletário, revolucionário, inventor, intelectual e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Max Heindel e a Grandiosidade da Sua Obra

Max Heindel e a Grandiosidade da Sua Obra

Toda e qualquer atividade sempre apresenta certos aspectos que se constituem em requisitos fundamentais para que seja executada com perfeição. Assim, para comprovar tal afirmativa vamos apresentar um exemplo ilustrativo. Um homicídio é cometido em um ponto qualquer da cidade. É óbvio que os primeiros movimentos em torno do caso partem das autoridades policiais, as quais após efetuarem as diligências costumeiras, descobrem o autor do crime e o detêm. Logo em seguida entram em ação os repórteres, pois um fato dessa natureza, invariavelmente, será publicado nos jornais, no dia subsequente àquele em que ocorreu. É lógico que o público tomará conhecimento da ocorrência conforme a exatidão, clareza, precisão e fidelidade com que for narrada. Indiscutivelmente, esses fatores pesam de maneira decisiva na elaboração de qualquer reportagem, porém, esta só poderia adquirir algo substancioso ou apresentar um conjunto harmônico, caso viesse a se estruturar na resposta às seguintes perguntas: Quem cometeu o crime? Quando? Onde? Como? Por quê? Este “por quê?” assume uma importância capital na análise da questão, pois, como todo efeito é gerado por uma causa, respondendo-se à tal pergunta, inevitavelmente atinge-se o cerne do acontecimento.

No campo espiritual a situação se nos depara em circunstâncias mais ou menos análogas, pois somente o conhecimento das causas, e dos efeitos decorrentes delas, é que pode levar o ser humano à solução de diversos problemas e do grande enigma que se resume nestas três indagações: donde viemos? Quem somos? Para onde vamos?

Atualmente a nau da humanidade singra um mar revolto, encapelado pelas ondas do materialismo e de doutrinas que, embora revestidas de belos princípios morais, ainda não demonstraram a seus seguidores que eles possuem dentro de si uma essência divina. Sim, o ser humano é espírito, mas já se convenceu inteiramente disso?

Felizmente, para contrabalançar esse estado de coisas, existem os movimentos impulsionados por comunidades espiritualistas-filosóficas no mais elevado sentido do termo, as quais procuram despertar, emancipar, esclarecer, mostrando ao ser humano o maravilhoso caminho da evolução, sua ascendência em espiral, os diversos veículos através dos quais o Ego se manifesta, os diversos mundos interpenetrando-se, proporcionando um apreciável estudo de Cosmogênese e Antropogênese, analisando os mais intrincados problemas que a humanidade encontra pela frente.

Sem querer expressar qualquer julgamento que se constitua em demérito aos demais movimentos filosóficos, colocamos a Fraternidade Rosacruz na vanguarda do neo-espiritualismo, porque embora as outras organizações lutem por um ideal semelhante, esse será alcançado com mais segurança por meio dos métodos rosacruzes, que diferem dos outros métodos num ponto básico: emancipam espiritualmente o estudante.

Além disso, a Filosofia Rosacruz concilia as exigências da razão com os ditames do coração, por meio de preceitos lógicos, simultaneamente científicos e devocionais.

Num mundo como o de hoje, onde ciência e religião permanecem divorciadas, muitos podem julgar que o ideal Rosacruz constitua mera utopia.

Aos que hesitam em acreditar na veracidade de tão maravilhosos preceitos, recomendamos que leiam a obra básica da filosofia Rosacruz: O Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel.

Mas, quando principiarem a leitura, dispam-se de todo juízo prematuro, abandonem quaisquer rasgos de unilateralismo e, ao penetrarem na essência de cada tópico, poderão constatar realmente que essa obra se fundamenta no conhecimento. Não foi o resultado de vãs divagações ou simples pretensão de se lançar ao mundo mais um ramo filosófico, entre tantos já existentes. Não foi um livro escrito para ser lido como outro qualquer, porque a profundidade encerrada em suas linhas denota um trabalho meticuloso, consciencioso e repleto de amorosidade. Qualquer ser humano, possuidor de pelo menos uma inteligência mediana, logo verificará que o Conceito Rosacruz do Cosmos não é uma obra dogmática, mas respeita a sagrada liberdade que cada um tem de aceitar ou não uma proposição conforme o que decide a consciência.

O autor teve o especial cuidado de, ao iniciar a obra, tecer considerações alusivas às possíveis interpretações dos conceitos emitidos, pois o entendimento errôneo por parte de alguns ou uma distorção maldosa por parte de outros poderiam suscitar uma ideia de infalibilidade na exposição efetuada sobre diversos temas. Porém, Max Heindel ressaltou sobremaneira tal fato, afirmando que, dizer-se que a referida exposição fosse infalível seria o mesmo que lhe atribuir onisciência, quando até os seres mais elevados às vezes se enganam nos juízos que fazem. O Conceito Rosacruz do Cosmos encerra apenas a compreensão do autor sobre os ensinamentos Rosacruzes, sobre o mistério do mundo, revigoradas por suas investigações pessoais nos mundos internos e sobre os estados antenatal e post-mortem do ser humano, concluindo por afirmar que não considera tal obra como sendo o alfa e o ômega, o último conhecimento oculto. Isso é prova fatal de que o autor não possuía nenhum outro interesse a não ser prestar um serviço digno ao gênero humano.

A leitura pausada de cada tópico tratado no O Conceito Rosacruz do Cosmos, acompanhada de profunda meditação, faz-nos concluir que essa notável obra é verdadeiramente um “alimento sólido”. Aqueles que procuram a luz, encontrá-la-ão no O Conceito Rosacruz do Cosmos, pois a necessidade premente de cada ser humano é de olhos para ver o esplendor que realmente existe.

Muitos podem objetar — apesar de todos os prós encontrados a favor de Max Heindel: quem nos pode proporcionar uma garantia definitiva da fidelidade dos relatos contidos no livro e das intenções íntimas do autor?

A esses responderemos aconselhando que estudem a biografia de Max Heindel. Ele nos deixou, como aval de sua magnífica obra, uma vida repleta de lutas, dificuldades, sofrimentos, estudos, pesquisas incessantes, e um coração transbordante de amor, coroando a modéstia que o caracterizava. Somente um homem assim, dotado de extraordinária envergadura espiritual, poderia suportar e vencer provas tão difíceis, que facilmente aniquilariam o indivíduo comum, pois, a vulgar tentativa de se alcançar uma glória perecível ou uma projeção egoísta, fatalmente ocasionaria a inexorável derrota ante os sérios obstáculos impostos pela própria vida. Daí concluirmos que unicamente um ideal impulsionou Max Heindel a encetar essa gigantesca obra: servir a humanidade.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1967)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Augusta Foss de Heindel

Augusta Foss de Heindel

A data de 27 de janeiro é muito significativa para a comunidade Rosacruz. Ela marca o nascimento, em 1865, de Augusta Foss de Heindel, esposa do iluminado místico-ocultista, fundador da Fraternidade Rosacruz.

Foi uma mulher incomum. Sua vida está indissociavelmente ligada a The Rosicrucian Fellowship. Graças ao seu espírito altruísta e sua elevada compreensão dos ideais rosacruzes, logrou cumprir importante missão. Sua colaboração decisiva tornou possível as obras da sublime realidade que se chama “Mount Ecclesia”. Augusta vendeu as propriedades e valores recebidos por herança e, espontaneamente, investiu esse dinheiro na compra do terreno e na construção dos primeiros edifícios da Sede Mundial. Como só acontece com as almas avançadas, naquela obra ela empregou também suas energias, seus brilhantes talentos, sua vida, enfim.

Heindel e Augusta Foss conheceram-se em 1898, numa conferência teosófica realizada na cidade de Los Angeles. Ele, vivendo uma fase das mais difíceis, buscava incessantemente respostas convincentes às dúvidas que o atormentavam. Já naquela época, como aconteceu até o final de seus dias, procurava o significado mais profundo da vida, na esperança de vislumbrar um alívio para o sofrimento humano. Notando a ansiedade que dominava a natureza perscrutadora dele, ela lhe facilitava livros capazes de ampliar seus conhecimentos.

Anos mais tarde, Max Heindel seria escolhido o mensageiro da Ordem Rosacruz, pelos Irmãos Maiores, cujos ensinamentos e método deveria trazer ao conhecimento do mundo ocidental.

Nessa epopeia maravilhosa, sempre pôde contar com o apoio e colaboração incondicionais de Augusta Foss.

Em 10 de agosto de 1910, contraíram matrimônio na cidade de Santana, Califórnia. Os anos seguintes revestiram-se de lutas e ingentes esforços. A consolidação de uma obra assim, de tamanha envergadura, só seria possível mediante uma dedicação plena e ininterrupta de energias. Tempos heroicos aqueles, em que um pequeno grupo de idealistas manteve uma fé inabalável no futuro grandioso da Fraternidade Rosacruz. Foram os alicerces espirituais daquele empreendimento.

Em 6 de janeiro de 1919, Max Heindel passava para o além. Muito havia ainda por fazer. Mas os trabalhos não sofreram solução de continuidade. A Senhora Heindel, com a ajuda de fieis Probacionistas, prosseguiu dirigindo todas as atividades esotéricas da Fraternidade.

Infatigável na lida diária, jamais deixou de orientar-se pelas diretrizes que seu falecido esposo recebera dos Irmãos Maiores. Sempre zelosa no trato dos negócios da The Rosicrucian Fellowship, portou-se com admirável firmeza quando alguns fatos ameaçaram abalar a unidade existente em Mount Ecclesia.

Sua vida constituiu um verdadeiro hino de caridade, uma vivência real do serviço amoroso e desinteressado. A esse respeito, destacamos algumas palavras contidas em sua última carta dirigida aos estudantes: “Todos têm a mesma oportunidade de servir. O serviço é o único caminho conducente à grandeza. Não importa quão eficientes sejamos para servir. Se nos vangloriamos de obras que realizamos, caber-nos-á somente nossa efêmera glória pessoal. Outra direção não devemos reconhecer a não ser a do Cristo. Nem sequer a dos Irmãos Maiores, porquanto eles não determinam, mas aconselham como amigos que são. Devemos trabalhar incansavelmente para remover os blocos de pedra que atravancam o caminho da humanidade. Isso pode ser feito da melhor maneira, seguindo a obra iniciada pelos Irmãos Maiores.”

O desenlace de Augusta Foss de Heindel ocorreu em 9 de maio de 1949, após algumas décadas preenchidas generosamente com incansável labor na Seara do Cristo.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – 02/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Centros e Grupos de Estudos da Fraternidade Rosacruz no Brasil e no Mundo – Endereços e Web-Sites

No Brasil:

Nome

Endereço

e-mails e sites

Centro Rosacruz de Campinas Avenida Francisco Glicério, 1326 – 8° andar – Conjunto 82 – Centro – Campinas – SP – 13012-100 contato@fraternidaderosacruz.com www.fraternidaderosacruz.com
Centro Rosacruz do Rio de Janeiro Rua Enes de Souza, 19 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – 20521-210 rosacruzmhrio@gmail.com www.rosacruzrj.org.br/ www.christianrosenkreuz.org/ www.fraternidaderosacruz.org
Centro Rosacruz de Santo André Avenida Doutor Cesário Bastos 366 – V. Bastos – Santo André – SP – 09040-330 fraternidaderosacruz.tripod.com/
Centro Rosacruz de São Paulo Rua Asdrúbal do Nascimento, 196 – Centro – São Paulo – SP – 01316-030 rosacruz@fraternidaderosacruz.com.br  www.fraternidaderosacruz.com.br/ www.fraternidaderosacruz.org.br
Centro Rosacruz de São Pedro Rua Vasco Altafin, 517 – Santa Cruz – São Pedro-SP – 013520-000  

No Mundo:

Argentina Australia Austria Belgium – Belgique Benin
Brasil Cameroun Canada Chile Colombia
Congo, Rep
Democratique du
Congo, Rep du Costa Rica Côte D’Ivoire Cuba
Dominican Republic Ecuador El Salvador England France
Gabon Germany Ghana Great Britain Italy
Mexico Netherlands Nigeria Paraguay Peru
Portugal Puerto Rico Romania Spain Sweden
Switzerland Togo Uruguay USA

 

ARGENTINA
Buenos Aires C.P. 1406 Centro Fraternidad Rosacruz Carabobo #836 (C)
Buenos Aires C.P. 1407 Centro Rosacruz Max Heindel Emilio Lamarca 232 e-mail us (C)
Cordoba C.P. 5008 Fraternidad Rosacruz “Max Heindel” de Cordoba Colombres 2113 – Bo. S. Martin (C)
Corrientes C.P. 3400 Centro Fraternidad Rosacruz Casilla Correo # 118 (Gral. Paz 1466) (C)
El Carril – Salta C.P. 4421 Centro Fraternidad Rosacruz de Salta Gral. Guemes 1295 (C)
Florida – Buenos Aires C.P. 1602 Grupo de Estudios Rosacruz Casilla de Correo No. 13
Sucursal Puente Saavedra
(GE)
Formosa CP 3600 Fraternidad Rosacruz de Formosa Coronel Bogado 2085 (C)
Mar Del Plata C.P. 7600 Centro Fraternidad Rosacruz “Max Heindel” Roca #1533 (C)
Neuquen C.P. 8300 Centro Fraternidad Rosacruz “Max Heindel” de Neuquen Casilla de Correo #710 (C)
Ramos Mejia – Buenos Aires C.P. 1704 Grupo de Estudiantes Rosacruz Rondeau 223 (GE)
Rosario – Santa Fe C.P. 2000 Centro Fraternidad Rosacruz de Rosario Avenida Francia 4846 (C)
San Juan C.P. 5400 Grupo de Estudios Rosacruz de San Juan Av. España 983 Sur (GE)
Santa Fe C.P. 3000 Centro Fraternidad Rosacruz Santa Fe de la Vera Cruz Lisandro de la Torre 3048 (C)
Tortuguitas – Buenos Aires C.P. 1667 Grupo de Estudio Rosacruz Max Heindel Ignacio Nuñez 3640- Bo. El Callao (GE)
Tucumán CP 4000 Fraternidad Rosacruz de Tucumán Pje. 1º de Mayo Nº 1147 e-mail us (C)
Viedma – Rio Negro C.P. 8500 Centro Fraternidad Rosacruz de Viedma Zatti 310 (C)
Back to top
AUSTRALIA
Melbourne
VIC 3109
Grupo Formal de Estudios Rosacruz de Melbourne 172 Blackbourne Rd
East Doncaster
e-mail us (GE)
Back to top
AUSTRIA
A-1224 Wien Studiengruppe Wien
(Study Group Vienna)
Postfach 37 e-mail us
e-mail us
Tel. 0664/ 101 2696
(SG)
Back to top
BELGIUM – BELGIQUE
Bruxelles 1160 ARC Centre de Bruxelles Bte 13 1346 Chaussée de Wavre (C)
Back to top
BENIN
Cotonou ARC Centre de Cotonou BP 860 e-mail us (C)
Parakou ARC Groupe d’Étude de Parakou BP 673 (GE)
Porto-Novo ARC Groupe d’Étude de Porto-Novo BP 409 e-mail us (GE)
Back to top
BRASIL
Campinas – SP
CEP 13012-100
Centro Rosacruz de Campinas Dirección: Avenida Francisco Glicério
1326 – 8° andar – conjunto 82 – Centro
Tel: 55 19 3886-3943
e-mail us
Home page
Redes Sociais
Redes Sociais
(C)
Rio de Janeiro 20521-210 Fraternidade Rosacruz Max Heindel Centro do Rio de Janeiro Rua Enes de Souza, 19 e-mail us
Home page
(C)
Santo André – SP CEP 09040-330 Fraternidade Rosacruz – Centro de Santo André Avenida Doutor Cesário Bastos 366 Vila Bastos e-mail us
Home page
(C)
São Pedro – SP 013520-000 Fraternidade Rosacruz de São Pedro Rua Vasco Altafin, 517
Santa Cruz – São Pedro
(C)
São Paulo – SP 01316-030 Fraternidade Rosacruz Sede Central do Brasil Rua Asdrúbal do Nascimento, 196 e-mail us
Home page
(C)
Back to top
CAMEROUN
Bafoussam ARC Groupe d’Étude de Bafoussam BP 313 e-mail us
TEL (237) 3.44.48.87
(GE)
Douala ARC Centre de Douala-Bassa BP 7818 (C)
Douala ARC Centre de Douala-Deido BP 8216 e-mail us
e-mail us
e-mail us
(C)
Douala ARC Centre de Douala-New-Bell BP 4411 e-mail us (C)
Douala ARC Groupe d’Étude de Douala-Bonaberi BP 2700 e-mail us (GE)
Edea ARC Center de Edea I BP 451 (C)
Yaounde ARC Centre de Yaounde BP 8058 e-mail us
Tél.: 98 99 67 / 22 20 07
(C)
Back to top
CANADA
Montreal, Qc
H2S 2H4
Fraternite Rosicrucienne,
Centre de Montreal
7003 Christophe-Colomb e-mail us
Home page
Tél.: 514 273-4242
(C)
Back to top
CHILE
Buin Grupo De Estudios Rosacruz Y/O Aravena Aguirre Oriana
Sargento Aldea #294
(GE)
Santiago Centro Centro Fraternidad Rosacruz Viollier #72, 3º Piso. (C)
Valparaíso Centro Fraternidad Rosacruz Max Heindel c/o Luis Muñoz O.
Casilla de Correo #1080
(C)
Back to top
COLOMBIA
Bucaramanga Centro Fraternidad Rosacruz Max Heindel Apartado Aereo #2719 (C)
Cali Centro Rosacruz Max Heindel Apartado Postal 402010 e-mail us (C)
Medellín Centro Fraternidad Rosacruz Cra 47 #61-58
Cel 321-638-0702
e-mail us (C)
Santafe de Bogota D.C. Centro Rosacruz Max Heindel https://centrorosacruz-mh-bog.com/
Apartado Aereo #51216
(C)
Back to top
CONGO, REPUBLIQUE DEMOCRATIQUE DU
Gisenyi (Rwanda) ARC Centre de Kisangani-Boyoma BP 311 e-mail us (C)
Gisenyi (Rwanda) ARC Groupe d’Etude de Goma BP 311 (GE)
Gisenyi (Rwanda) ARC Centre de Kisangani BP 311 e-mail us (C)
Kinshasa I ARC Centre de Kinshasa-Funa BP 14535 e-mail us (C)
Kinshasa I ARC Centre de Kinshasa-Tshangu BP 2503 e-mail us (C)
Lubumbashi ARC Groupe d’Etude de Lubumbashi-Mwanga BP 1417 (GE)
Lukala RF Groupe d’Etude
c/o Lubanzadio Kanba Jerome
BP 24
8 Av. Bandibu Q11
(GE)
Matadi ARC Centre de Matadi BP 306 (C)
Mbanza-Ngungu (B.C.) ARC Centre de Mbanza-Ngungu BP 131 (C)
Mbujimayi (K.O.) ARC Centre de Mbujimayi-Lubilanji BP 1090 e-mail us (C)
Muanda ARC Groupe d’Etude de Muanda BP 87 (GE)
Songolo RF Groupe d’Etude BP 13 (GE)
Back to top
CONGO, REP DU
Brazzaville ARC Centre de Brazzaville-Makelekele BP 6142 e-mail us (C)
Brazzaville ARC Centre de Brazzaville-Massina BP 3119 (C)
Brazzaville ARC Centre de Brazzaville-Moungali BP 4090 Poto Poto e-mail us (C)
Dolisie ARC Centre de Dolisie BP 224 e-mail us (C)
Owando Cuvette ARC Groupe d’Etude de Owando BP 185 (GE)
Pointe Noire ARC Centre de Pointe Noire BP 2553 e-mail us (C)
Pointe Noire ARC Groupe d’Etude de Pointe Noire BP 115 (GE)
Back to top
COSTA RICA
Pavas – San José Centro Rosacruz Max Heindel Apartado Aereo #518-1200 (C)
San José Fraternidad Rosacruz De Costa Rica Apartado Aereo #1350
(10-11) Y GRIEGA
(C)
Back to top
CÔTE D’IVOIRE
Abidjan 01 ARC Centre d’Abidjan BP 430 e-mail us (C)
Back to top
CUBA
Habana CP 13400 C. Fraternidad Rosacruz de Cuba Apartado Postal No. 34004 (C)
Back to top
DOMINICAN REPUBLIC
Santo Domingo Fraternidad Rosacruz Dominicana Max Heindel Apt. Postal 613 (C)
Santo Domingo Grupo De Estudios Rosacruz De Santo Dominigo Apartado Postal 14-2 (GE)
Back to top
ECUADOR
Quito Centro Fraternidad Rosacruz Max Heindel Casilla 17-21-772 (C)
Quito Grupo Formal de Estudios Rosacruz Max Heindel de Quito Santiago 366 y Versalles
Casilla Postal No. 17-03-82
(GE)
Quito Grupo de Estudios Rosacruz Mitad Del Mundo Casilla Postal No. PIC-1721-142 (GE)
Back to top
EL SALVADOR
San Salvador Centro Fraternidad Rosacruz Apartado Aereo #2549 (C)
Back to top
ENGLAND – GREAT BRITAIN
London NW10 4DE The Rosicrucian Fellowship London Centre 21 Drayton Road e-mail us
www.trflondoncentre.org
Meetings on Sundays
(C)
Back to top
FRANCE
Besançon Cédex F-25001 ARC Centre de Besançon BP 1033 (C)
Grans 13450 ARC Centre de Salon de Provence c/o M J. Peloux
BP 35
(C)
Lamadeleine Val des Anges 90170 ARC Centre de Belfort Cidex 184 – Rue Principale e-mail us (C)
Marcq-en-Baroeul 59700 ARC Centre de Lille 19 Ch de la Passe d’Arme e-mail us (C)
Mayres 34700 ARC Centre de Languedoc-Pyrénées c/o Mme M Rey (C)
Nice 06200 ARC Centre de Nice c/o Mme O. Dufaye: Héliotrope II
61 Bis Corniche Fleurie
(C)
Paris 75005 ARC Centre de Paris 13 rue Pascal e-mail us
Home page
Tél/fax/répondeur: 01 45 35 26 27
(C)
Sorede 66690 ARC Centre de Perpignan BP 5 e-mail us
Tél/fax: 04 68 89 28 64
(C)
St Quentin 02480 ARC Groupe d’Etude de St Quentin c/o J.P. Barriere
17 rue du brûle Ollezy
e-mail us
Home page
(GE)
Toulouse 31400 ARC Centre de Toulouse 8 Blvd Griffoul Dorval e-mail us
e-mail us
Home page
Home page
Tél: 05 61 85 15 45
(C)
Back to top
GABON
Libreville ARC Centre de Libreville BP 010495 e-mail us (C)
Back to top
GERMANY
70186 Stuttgart Rosenkreuzer Freundeskreis
Chartered Center Stuttgart
c/o Hannelore Jurthe
Neue Strasse 121 e-mail us
Home page
Tel 0049 (0) 5105 8 43 80
Fax 0049 (0) 5105 8 28 05
(C)
Back to top
GHANA
The Rosicrucian Fellowship Home page (C)
Tema The Rosicrucian Fellowship Tema Center (C)
Back to top
ITALY
Messina – Sicilia CP 98124 Grupo De Estudio Formal de Messina c/o Mauricio Sindoni
Via A. Salandra isol. 40 int.40
(GE)
Padova 35122 Gruppo Studi Rosacrociani di Padova – Padova Center CP 582 e-mail us
Home page
Tel. 049 616929
(C)
Roma (Fiumincino) 00054 l.Associazione CE.R.C.O. Via Monte Nozzolo No. 9 e-mail us
Tel. 339/3423994
(C)
San Benedetto a Settimo Associazione A.R.C.O. C.P. 33 – Pisa 56021 Home page
Tel. 346 3722365
(C)
Roma
(Ostia Lido) 00122
Asociazione Rosacrociana Oceanside A.C.R.O. On Line Via CAPO MELE 37 e-mail us
e-mail us
Home page
Tel. 06.5667682
(GE)
Back to top
MEXICO
México D.F. CP-06000 Centro Fraternidad Rosacruz de México Apartado Postal No. M–7569 e-mail us
Home page
(C)
México D.F. CP-03920 Grupo Formal de Estudios “Max Y Augusta Heindel” Goya 24–B–201 Col. Insurgentes Mixcoac e-mail us (GE)
Back to top
NETHERLANDS
Laag-Soeren 6957 AR The Rosicrucian Fellowship 4 Prof. Huetlaan (C)
Back to top
NIGERIA
Lagos R.F. Centre Lagos 304 Borno Way – Yaba e-mail us (C)
Shogunle Lagos State Ikeja Study Group c/o Mr. S.A. Akpan
12 Araromi St
(SG)
Back to top
PARAGUAY
Asunción CP 1209 Fraternidad Rosacruz del Paraguay Casilla de Correo #1714 Home page (C)
Back to top
PERU
Jesus Maria – Lima 11 Centro Fraternidad Rosacruz Edif. Los Fresnos 807
Entrada 2
Residencial San Felipe
(C)
Back to top
PORTUGAL
Lisboa 1500 Fraternidade Rosacruz de Portugal R. Manuel Murias, 12, 5o, Esq. e-mail us
Home page
Tel: 217 152 100
(C)
Lisboa – Codex 1703 Centro Fraternidad Rosacruz “Max Heindel” Apartado 5108 (C)
Minde 2396 – 909 Centro Rosacruz Max Heindel Apartado 46 (C)
Back to top
PUERTO RICO
Caguas 00725 Centro Fraternidad Max Heindel de Caguas” Baldorioty #44 (C)
San Juan 00921-2704 Centro Fraternidad Rosacruz “Max Heindel” 955 Reparto Metropolitano, Calle 29 SE (C)
Back to top
ROMANIA
Hofstade 9308
BELGIUM
M. Adrian Anastasiu 11 Molenstraat Contact
person
Back to top
SPAIN – ESPAÑA
Barcelona 08031 Asociación de Estudiantes de Filosofia Rosacruz Max Heindel Apartado Postal 10123 e-mail us
Home page
(C)
Blanes-Girona 17300 Asociación de Estudiantes de Filosofia Rosacruz Max Heindel Apartado Postal 335 e-mail us
Home page
(C)
Las Palmas de Gran Canaria Las Palmas, 35007 Grupo Formal de Estudios Rosacruz de Gran Canaria C/Montevideo, 34 – 3° e-mail us
TEL 34-28-272200
(SG)
Back to top
SWEDEN
Back to top
SWITZERLAND – SUISSE
Genève 28 CH-1211 ARC Centre Romand CP 203 e-mail us
Home page
(C)
Back to top
TOGO
Atakpame ARC Centre d’Atakpame c/o Abace Mustapha BP 93
Collège St Albert
(C)
Kpalime ARC Centre de Kpalime BP 297 e-mail us (C)
Lomé ARC Centre de Lomé BP 4155 e-mail us (C)
Back to top
URUGUAY
Montevideo CP-11100 The Rosicrucian Fellowship Center Maldonado 1216 (C)
Back to top
USA
Los Angeles CA 90026 Centro Fraternidad Rosacruz de Los Angeles 1025 Rosemont Ave (C)
Miami FL 33172 Centro Fraternidad Rosacruz
“Max Heindel” de Miami
175 Fointainebleau Blvd, Suite 2D-4 e-mail us
305-227-1318
954-557-4971
(C)
Tampa Bay FL Rosicrucian Study Group of Tampa Bay – Florida e-mail us
Home page
(SG)
Back to top

 

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Caminho da Preparação e o Caminho da Iniciação Rosacruz

No Caminho da Preparação, que é o que precede o Caminho da Iniciação Rosacruz, entendemos o que bem disse o Cristoque suas ovelhas O conheciam pela voz”.

Todo verdadeiro Aspirante Rosacruz, quando se defronta pela primeira vez com um dos livros de filosofia ou após ouvir um dos nossos expositores, diz: “é o que vinha procurando há tempo. Finalmente achei”. E se lhe perguntamos donde lhe vinha essa aspiração, responde: “é uma questão interna; tinha intuição de que devia ser assim; parece-me lógico”. Isso revela que trazemos conosco o desenvolvimento anímico preparatório que nos habilita a etapas superiores de desenvolvimento nesta vida.

Então, lá dentro de nós alguma coisa estala, uma vozinha atravessa o véu de carne e reconhecemos o que já estudamos! E então lembramos a frase do Mestre a São Tomé: “bendito o que não vê, mas crê”. Realmente, como disse São Paulo, “a fé é a substância das coisas esperadas”.

É muito natural que o Aspirante almeje a Iniciação para conquistar maior capacidade de serviço ao próximo. Contudo isso pressupõe esforço e perseverança. Assim também faz o indivíduo que estuda anos a fio, com afinco, para formar-se médico e habilitar-se a curar.

Quem busca a Iniciação por mera curiosidade de coisas diferentes e fantásticas, ou com intuitos interesseiros, não tem fibra para conquistá-la.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 01/1964)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: “Almas Perdidas” e Atrasadas

“Almas Perdidas” e Atrasadas

Pediram-nos uma lição sobre as “Almas Perdidas” e Atrasadas. Nosso correspondente quer saber dos Ensinamentos Rosacruzes como esse assunto é tratado. Como essa questão foi tratada anteriormente nesse livro, na Carta de Abril de 1912 (nº 17), a replicamos aqui:

“Pelos ensinamentos da lição do mês passado, compreendemos que não há absolutamente qualquer fundamento em relação ao ponto de vista, comumente aceito, sobre as almas perdidas. Não há uma só palavra na Bíblia que leve em si a ideia que costumamos atribuir à palavra “para sempre”. A palavra grega é aionian e significa “um período de tempo indefinido, uma era”, e quando lemos na Bíblia as palavras “eternamente e para sempre”, deveríamos interpretá-las “por séculos e séculos”. Além disso, como é uma verdade da natureza que “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, uma alma perdida significaria que uma parte de Deus se havia perdido e, naturalmente, isto é inconcebível.

Depois que escrevi a lição anterior, ocorreu-me outro ponto que mostrará como a “perda” de um Período está relacionada com o próximo. Devem lembrar-se que falamos dos espíritos de Lúcifer como atrasados do Período Lunar, e dissemos que não poderiam achar campo para a sua evolução no presente esquema de manifestação. Os Arcanjos habitam o Sol, os Anjos têm a seu cargo todas as Luas, mas os espíritos de Lúcifer foram incapazes de residir em qualquer desses luminares. Não podiam ajudar na geração, pura e desinteressadamente, como o fazem os Anjos, uma vez que atuavam sob as forças da paixão e dos desejos egoístas, pelo que houve necessidade alojá-los num lugar separado. Assim, foram colocados no Planeta Marte, fato bem conhecido pelos antigos astrólogos, que atribuíam à Marte a Regência sobre Áries, que tem domínio sobre a cabeça (lembrem-se que o cérebro é construído por forças sexuais subvertidas), e também comprovaram que aquele Planeta é o Regente de Escorpião, que governa os órgãos de reprodução. Áries está na primeira Casa de um horóscopo e denota o princípio da vida; Escorpião está na oitava, significando a morte; nisso está contida a lição de que tudo o que é gerado pela paixão e pelos desejos está condenado à dissolução. Assim, Marte é esotericamente e astrologicamente “o Diabo”; e Lúcifer, o chefe entre os Anjos caídos, é realmente o adversário de Jeová, que dirige a força de fecundação vinda do Sol por meio da atividade lunar.

No entanto, os Espíritos de Lúcifer estão ajudando o processo de evolução. Deles recebemos o ferro que, por si só, torna possível viver numa atmosfera oxigenada. Foram e continuam sendo os agitadores para o progresso material, portanto, não temos o direito de antagonizá-los. A Bíblia tacitamente proíbe-nos de ultrajar os deuses. Conforme lemos na Epístola de São Judas, nem o Arcanjo Miguel ousou ultrajar Lúcifer, e no livro de Jó fala-se como estando entre os filhos de Deus. O seu Embaixador na Terra, Samael, é o Anjo da morte, representado por Escorpião, mas é também o Anjo da vida e da ação simbolizada por Áries. Se não fossem pelos ativos impulsos marcianos, talvez não sentíssemos as dores tão agudamente como as sentimos, nem tão pouco poderíamos progredir na mesma proporção, e é seguramente melhor “cansar-se do que enferrujar-se”.

Deste modo, podemos constatar que estas “ovelhas perdidas” de uma era anterior, recebem todas as oportunidades de recuperar o seu atraso no atual esquema de evolução. Estão atrasadas, e como atrasadas aparecem sempre como más, mas não estão “perdidas para além da redenção”. Podem salvar-se servindo-nos, provavelmente mediante a transmutação de Escorpião em Áries, quer dizer, a geração em regeneração.”

Nós confiamos que essa leitura possa esclarecer o assunto para ele. Ficaríamos felizes se outros Estudantes formulassem perguntas de interesse geral e nos enviassem para elucidações nessas cartas, embora exista uma sessão para perguntas na revista “Rays”, onde nem todos os Estudantes são assinantes. Também, os problemas colocados aqui, talvez devessem ter uma abordagem um pouco mais íntima aqui do que é possível numa revista que, eventualmente, será lida por um público menos conhecedor da Filosofia do que nossos Estudantes.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 76)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Fonte de Inspiração

O último dia 23 de julho foi uma efeméride marcante para os Estudantes Rosacruzes. Nessa data, os Centros e Grupos comemoram o aniversário de nascimento de Max Heindel. Não se trata de mera homenagem póstuma. Muito mais do que isso, procura-se evocar, reverentemente, a figura e o trabalho do fundador da Fraternidade, como fontes perenes de inspiração em que se converteram.

Rememorando aspectos de sua obra, passagens de sua vida e traços de seu caráter, sentimos como que renovada nossa disposição em trilhar tão áspero e, ao mesmo tempo, luminoso caminho. Áspero, porque o crescimento anímico não prescinde do sacrifício e da renúncia para tornar-se uma realidade na vida do aspirante. Jornada pouco convidativa para os débeis e acomodados, ascese gloriosa para os espíritos intimoratos, essa é a vereda da evolução, iluminando pelo conhecimento e experiência os passos corajosos dos idealistas.

A contribuição espiritual de Max Heindel em benefício da humanidade constitui algo de valor inestimável. Dia a dia seus ensinamentos são corroborados pela ciência oficial, abrindo, ao ser humano, horizontes de maior amplitude.

À medida que o tempo passa, acentuam-se os conflitos humanos, exigindo rápidos e eficazes remédios. Não há mais lugar para paliativos. Não se concebe, definitivamente, recursos protelatórios. O mundo deve conhecer as causas de seus sofrimentos e neutralizá-las por meio de persistentes esforços.

Atualmente, a nau da humanidade singra um mar revolto, encapelado pelas ondas do materialismo. No campo oposto encontramos doutrinas que, embora revestidas de belos princípios morais, ainda não demonstraram a seus seguidores a realidade da Essência Divina que as anima. São incompletas.

O ser humano é espírito. Mas quantos já se convenceram inteiramente disso?

Ciência e religião permanecem divorciadas, embora a distância que as separa tenha sofrido considerável redução. Cientistas e religiosos ainda não lograram conciliar os pontos de vista que defendem, chegando a um denominador comum.

Diante de uma análise superficial desse quadro, alguém pode até julgar mera utopia o ideário da Rosacruz. Puro engano. Os ensinamentos rosacruzes constituem, justamente, fatores capazes de tornar a religião científica e a ciência religiosa, por promover a união entre o intelecto e o coração. Satisfazem a Mente tanto quanto a natureza devocional do ser humano. Aos hesitantes em crer na veracidade e poder de transformação desses maravilhosos preceitos, tomamos a liberdade de recomendar uma leitura atenta, seguida de profunda meditação, da obra básica Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel.

Contudo, ao principiarem a leitura, sugerimos despirem-se de todo juízo prematuro. Abandonem quaisquer rasgos de unilateralismos. Ao penetrarem na essência de cada tópico constatarão como a obra acima referida fundamenta-se num conhecimento de ordem superior. Ela não se configura como o resultado de prolongadas divagações filosóficas ou exaustiva especulação intelectual. Não brotou da pretensão de lançar ao mundo mais um ramo filosófico, entre tantos já existentes. Não é um livro escrito para ser lido como outro qualquer.

Um ser humano dotado de uma inteligência mediana logo verificará que o Conceito Rosacruz do Cosmos não é uma obra dogmática, mas respeita a sagrada liberdade de cada um aceitar ou não uma proposição conforme delibere sua consciência.

O autor teve o especial cuidado de, ao iniciar a obra, tecer considerações alusivas às possíveis interpretações dos conceitos nela emitidos. Admitia que o entendimento errôneo de alguns ou uma distorção maldosa por parte de outros poderia suscitar uma ideia de infabilidade na exposição efetuada sobre diversos temas. Porém, Max Heindel acautelou-se, afirmando que dizer-se que a referida exposição é infalível seria o mesmo que atribuir-lhe onisciência, quando até os seres mais elevados às vezes se enganam nos juízos que fazem. O Conceito encerra apenas a compreensão dele sobre os ensinamentos rosacruzes a respeito do mistério do mundo, revigorada por suas investigações pessoais nos mundos internos e sobre os estados antenatal e pós-morte do ser humano. Concluiu afirmando que não considera tal obra como sendo “o alfa e o ômega”, o último conhecimento oculto.

Percebe-se, daí a honestidade de propósitos do autor, cuja única meta consistia em prestar um digno serviço ao gênero humano. Todas as suas obras constituem um “alimento sólido”, capaz de nutrir o espírito em suas necessidades essenciais.

Todavia, apesar dessa argumentação alguém ainda pode objetar: — afinal, quem pode oferecer uma garantia cabal e definitiva da fidelidade dos relatos contidos no livro e das intenções íntimas do autor?

A tal indagação respondemos: estudando a biografia de Max Heindel. Ele nos deixou, como aval de seu magnífico trabalho, uma vida repleta de lutas, dificuldades vencidas, sofrimentos pacientemente suportados, estudos, pesquisas incessantes, e um coração transbordante de amor. Era um ser humano modesto. Nada reivindicava a seu favor. Riquezas materiais e honrarias nunca o deslumbraram. Foi trabalhador infatigável, companheiro de todas as horas, o primeiro a servir.

Somente alguém assim, dotado de extraordinária envergadura espiritual, poderia suportar e vencer provas tão difíceis, que facilmente aniquilariam o ser humano comum.

Os resultados de seus esforços estão aí, beneficiando tantos quantos se integraram à Fraternidade Rosacruz e mesmo outros que nunca se propuseram a fazê-lo. “Pelos seus frutos vós os conhecereis”, afirmou o Cristo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho/1978)

Idiomas