A anêmona, flor da transformação, está envolta em todo o mistério do período inicial, quando os Anjos caminhavam com os seres humanos e os instruíam na tradição das ciências celestiais. Adônis, de acordo com a antiga lenda, era o amado da deusa Vênus. Mesmo morto, o sangue fluiu de suas feridas e, ao tocar a terra, misturou-se com as lágrimas de luto de Vênus, e vejam! Lá surgiu em milagre a anêmona, a adorável e frágil flor dos ventos. No sangue está o mistério dos processos de transformação do ser humano, cuja tônica é a pureza. O corpo de um ser Iluminado é sempre adornado com flores ou estrelas interiores. Esses são centros de luz ou ímãs de força espiritual. Assim, a anêmona é a representação daquela força formada dentro do próprio templo sagrado do ser humano por meio do poder redentor do amor, ou a deusa Vênus da antiga lenda. Mais detalhes? Leia aqui: A Anêmona – A Alma dos Ventos.
Os Anjos conversam entre si e com os mortais por meio da cor. Uma reunião de Anjos, quando envolvidos em orações de cura para a concessão de bênçãos sobre à humanidade, aparecem como uma glória de nuvens matizadas, que salpicam o céu nas horas do amanhecer ou no pôr do Sol. A brancura nevada da flor de Jasmim reflete a paz divina; sua fragrância, as orações dos Anjos. Do coração dessa flor oriunda de uma semente, flâmulas de boa vontade irradiam para todo o mundo; de suas pétalas são transmitidos os poderes. Mais detalhes? Leia aqui: A Flor da Paz – A Lenda do Jasmim.
O mel é o açúcar preparado pelas abelhas. É, assim, um açúcar natural, que não precisa passar pelos processos artificiais de purificação para ser utilizado na alimentação do ser humano. Dessa maneira, é superior a todos os outros açúcares que têm necessidade de ser submetidos aos métodos de preparo, purificação ou refinação a fim de que possam ser expostos no comércio como artigos alimentares.
O mel é, entre os açúcares, o que melhor se presta à alimentação do ser humano. Espécies de açúcares há, na natureza, como a glicose (açúcar de uva) e a levulose (açúcar de fruta) que se apresentam em moléculas pequenas podendo ser absorvidas sem que seja necessário sofrer a ação dos sucos digestivos. Outras espécies, como o açúcar comum, a sacarose, também chamada açúcar de cana, têm moléculas maiores, de forma que, para serem absorvidas pelo organismo, necessitam, em primeiro lugar, serem transformadas, sob a ação dos sucos digestivos, em moléculas menores.
Ora, o mel é um açúcar ideal para a alimentação, porque em sua composição entram 40% de levulose e 34% de glicose. Como vimos acima, essas duas espécies de açúcar não necessitam sofrer a ação dos sucos digestivos para a necessária absorção. O mel só contém 2% de sacarose, açúcar cujas moléculas têm de ser transformadas, pelos sucos digestivos, noutras menores, para serem absorvidas. Vê-se, dessa maneira, que a quase totalidade dos açúcares contidos no mel, uma vez ingerida, pode ser imediatamente absorvida, passando ao sangue onde vai fornecer calor e energia.
Além do alto teor de açúcar, o mel contém ainda sete vitaminas do grupo B e vitamina C. Possui minerais em quantidades que não podem ser desprezadas.
Em média, o mel apresenta a seguinte composição química:
Água ………………………………….. 17,7 %
Levulose (açúcar de frutas) …… 40,5 %
Dextrose (açúcar de uva ) …….. 34,0 %
Sacarose (açúcar de cana) ……… 1,9 %
Dextrina e gomas …………………. 1,5 %
Minerais ……………………………. 0,18 %
Total…………………………………. 95,78 %
Os componente restantes, para perfazer os cem por cento, são representados por aminoácidos, ácidos orgânicos, traços de proteínas, compostos aromáticos, etc. Entre os minerais, estão o cálcio, cobre, manganês, fósforo, enxofre e outros.
Como se vê cerca de oitenta por cento da composição do mel é constituída de açúcares, princípios alimentares que fornecem calor e energia ao organismo. Ainda têm a vantagem de não sobrecarregar os órgãos digestivos para sua digestão, pois em torno de setenta e cinco por cento deles são formados por glicose e levulose, açúcares que são imediatamente absorvidos sem necessitar da ação dos sucos digestivos.
Em virtude de suas qualidades, recebeu, a levulose, a denominação de rainha dos açúcares. Quase duas vezes mais doce do que o açúcar de cana, tem paladar que bem se poderia qualificá-lo de sabor agradável por excelência. É muito difícil de obter essa variedade de açúcar em estado de pureza, pois quase sempre se apresenta, nas frutas, misturadas com outras espécies de açúcar. Dificilmente também pode ser obtida em estado sólido (cristalizada). No mel é representada pela parte líquida, isto é, quando no mel se encontram cristais, esses nunca são formados de levulose, somente de glicose e sacarose.
A dextrose, também denominada de glicose, é um tanto diferente da levulose. É a parte sólida do mel, no entanto, pode ser vista no estado líquido nesse alimento. Cristaliza-se, a glicose, com facilidade e como a proporção de água é, mais ou menos, a metade de glicose, os cristais dessa depositam-se com facilidade no fundo do continente, formando, dessa maneira, o mel granulado.
O mel é ótimo alimento, como fonte de energia. É sadio e não apresenta o perigo das contaminações, pois nele não se podem desenvolver bactérias ou micróbios causadores de moléstias no gênero humano.
O mel contém várias vitaminas do grupo B (tiamina, niacina, riboflavina, piridoxina, etc) e vitamina C.
Se bem que não se possa apresentar o mel como ótima fonte de vitaminas, no entanto, não é completamente destituído delas. Usando-se o mel como alimento, ingere-se pequena quantidade das vitaminas requeridas para a utilização dos açúcares de que se compõe esse produto alimentar. Visto que muitas vitaminas do grupo B são necessárias para a utilização dos açúcares por parte do organismo humano, pode-se calcular que a cota de vitaminas, do total requerido pelo mel, encontra-se presente nele.
Assim ficou provado que o mel fornece aproximadamente 1/25 da vitamina exigida para sua utilização.
Fornece ainda 1/8 de riboflavina e 1/10 de niacina de que o organismo necessita para utilizar os açúcares contidos nesse precioso alimento.
O mel vem sendo considerado, nos Estados Unidos da América, como ótimo suplemento do leite na alimentação das crianças. Por suas várias qualidades, tais como fácil digestão, absorção rápida, sabor agradável etc., está sendo recomendado com muita aceitação nos hospitais pediátricos nos EUA, havendo até estabelecimentos dessa ordem que somente empregam o mel no cardápio infantil. Resultados animadores estão sendo obtidos. Experiências clínicas modernas provam que o mel favorece a fixação do cálcio no organismo infantil em desenvolvimento. Em hospitais infantis da Áustria e da Suíça, vêm-se fazendo o mesmo com resultados excelentes. Pode o mel ser usado, como substituto vantajoso do açúcar de cana. É inteiramente dispensável descrever todos os usos e empregos do mel, tão vastos como os do açúcar comum, esse, porém, não possuindo muitas das vantagens do concorrente produzido pelas benéficas abelhas.
O mel é produto alimentar de tão alto valor que, anualmente, nos EUA se dedica a ele uma semana de propaganda, feliz iniciativa que visa difundir os conhecimentos e virtudes desse ótimo produto alimentar, a fim de incrementar-lhe o uso.
No Brasil, pelo menos no Estado de São Paulo, também já se tem tentado fazer o mesmo, com resultados ainda incipientes, pois além da pequena divulgação o povo quase sempre se desinteressa por essas campanhas que não se relacionam com futebol ou com o Carnaval.
O povo brasileiro, mormente em São Paulo e nos demais estados sulinos, onde são grandes as facilidades de aquisição e obtenção do mel, nessitam aprender a se utilizar desse artigo indispensável a um bom e equilibrado regime alimentar.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1969)
Para a Lei de Atração que opera em todos os departamentos da vida e, portanto, em todos nós, não há favoritos nem exceções, reunindo pessoas de caráter similar como também levando-as inevitavelmente a estados de saúde ou de enfermidades por força de condições de existências passadas geradas por pensamentos, palavras e ações.
A Mente é o elo entre o Ego e seus Corpos e são esses que permitem ao Ego transmitir suas ordens pelo pensamento e pela palavra a fim de que se produza a ação. A Mente é o elemento focalizador pela qual as ideias, envoltas pela imaginação do Ego, projetam-se no plano material. Primeiramente, são pensamentos-formas, que, quando o desejo de as realizar ocorre, possibilitam ao ser humano vivenciá-las no Mundo Físico, tornando-as o que designamos como realidades “concretas”.
Embora possamos querer saúde se, ao mesmo tempo, formos indulgentes para com os pensamentos de temor, suspeição, impaciência, ciúmes, ódio e muitos outros afins, tais pensamentos antagônicos se manifestarão como condições desarmoniosas em nossos Corpos e em nosso ambiente, assim como contra pessoas, fazendo com que nossas auras se transformem em magnetos atrativos de pensamentos inferiores ou negativos.
Ao contrário, pela manutenção de pensamentos e desejos reveladores de bondade, simpatia, confiança, fé, esperança, coragem e outros afins, fazemo-los tornarem-se em realidade “concreta”. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa forma, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4:8).
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz-SP de janeiro-fevereiro/1994)
Resposta: Cristo disse: “O Céu está dentro de nós”. Mesmo assim, é-nos revelado que no momento em que deixou Seus Discípulos, Ele ascendeu ao Céu. Para entender isso, precisamos analisar a constituição de um Planeta. De acordo com o princípio hermético “como é em cima, assim é embaixo”, entenderemos melhor se analisarmos primeiro a constituição do ser humano. O ser humano tem o Corpo Denso que vemos com os nossos olhos, mas, esse Corpo não é tão sólido quanto aparenta, pois é permeado por vários veículos invisíveis.
É composto de sólidos, líquidos e gases da Região Química do Mundo Físico, e a ciência nos diz que são interpenetrados pelo Éter, pois o Corpo do ser humano não é diferente de todos os outros elementos existentes no Mundo. Tanto no sólido mais denso quanto no gás mais rarefeito, a ciência atesta corretamente que cada pequeno átomo vibra num mar de Éter.
Esse Éter ainda é matéria física, uma porção considerável e especializada pelo ser humano, e forma uma contraparte exata do nosso Corpo Denso, além de projetar-se em torno de 3,8 cm além da sua periferia. É essa parte que os médicos de Boston pesaram, colocando pessoas agonizantes sobre balanças – veja essa história completa no livro: O Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel. Notaram que, quando do último suspiro, alguma coisa com certo peso abandonava o Corpo Denso, e o prato da balança que sustentava o peso caía ao chão, com rapidez surpreendente. Os jornalistas declararam que os médicos haviam pesado a alma. Porém o que eles de fato pesaram foi esse Corpo Vital composto de Éter que deixa o Corpo Denso, na hora da morte. Temos um veículo ainda mais sutil, o Corpo de Desejos, que é composto pelo que os ocultistas chamam de substância de desejos, podendo ser visto, por aqueles que têm o sexto sentido desenvolvido, como uma nuvem ovoide envolvendo o Corpo Denso por todos os lados. Esse último localiza-se no centro do Corpo de Desejos, como a gema está no centro de um ovo, com a única diferença: enquanto a clara envolve a gema, mas não a interpenetra, esse Corpo de Desejos permeia totalmente tanto o Corpo Vital quanto o Corpo Denso. Há ainda um material mais sutil na composição do ser humano que podemos denominar de “matéria mental”, o veículo Mente, composta da substância da Região Concreta do Mundo do Pensamento, o material onde formamos os pensamentos-formas que envolvem o Ego interno. O Mundo é constituído de forma similar.
Além desse Mundo visível composto de sólidos, líquidos e gases e interpenetrado pelo Éter, há também um Mundo do Desejo que permeia cada uma das duas Regiões do Mundo Físico indo até o espaço, além do ar e do Éter. Em seguida, há o Mundo do Pensamento, que também penetra toda região do nosso Planeta, do centro à periferia estendendo-se no espaço ainda mais além que os outros dois Mundos. Durante a vida terrena, o ser humano permanece neste Mundo visível, Mas, após a morte, conforme os atos aqui praticados poderá ficar vinculado a esse plano, visto que as regiões do Purgatório – que está nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo – estão em toda parte ao nosso redor e também embaixo no mais recôndito da Terra. Num certo sentido, o Primeiro Céu – que está nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo – também está aqui, pois a matéria que o compõe nos rodeia, mas o Primeiro Céu em si, o local onde os Espíritos liberados geralmente permanecem, encontra-se além da nossa atmosfera. Pode-se dizer, na verdade, que o Segundo Céu – que está na Região do Pensamento Concreto – também está dentro de nós, pois o material com o qual é constituído está aqui. Os Espíritos que nele se encontram poderiam nos visitar, ainda que as condições aqui, e as tendências de pensamentos, etc., seja, depreciativos para o seu trabalho e desenvolvimento. Por isso, eles preferem ficar no ponto mais afastados e longe do nosso Planeta, onde a pura substância mental não é maculada por nossos pensamentos egoístas e prejudiciais. O Terceiro Céu – que está na Região do Pensamento Abstrato – é um local onde pouquíssimos Espíritos, no presente estágio de desenvolvimento, têm alguma consciência. Quase todos nós somos guiados nas atividades do pensamento mais pelas emoções e sensações concernentes às coisas concretas do que pelo pensamento abstrato, que é a faculdade peculiar àquele elevado plano. Quando pensamos no amor geralmente o relacionamos a alguma pessoa. Esse é um pensamento concreto. Mas no amor, em termos abstratos, pouquíssimos são capazes de pensar. Podemos imaginar uma casa, um animal, etc., eles são concretos, mas não gostamos de pensar numa proposição abstrata tal como: “o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos de um triângulo”. A maioria dentre nós tem pouquíssima consciência no Terceiro Céu, consequentemente, pouquíssimo do material desse mundo pode ser encontrado na constituição do nosso Planeta.
(Pergunta nº 61 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Esse axioma hermético também é escrito de várias maneiras: “Assim como em cima, é embaixo. Assim como embaixo, é acima.”; “Aquilo que está embaixo é como aquilo que está em cima, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo.”; “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”; “Assim como é em cima, assim é embaixo. Assim como é dentro, assim é fora.”.
Essa é a chave para conseguirmos medir e compreender o que está fora do nosso alcance. Afinal, nada está fora do nosso alcance quando realmente queremos alcançar. Seja em cima, seja em baixo, sempre conseguiremos alcançar quando queremos. E, assim, descobrimos que o gigantesco não passa de um padrão repetido do minúsculo. Afinal, já sabemos que os Planetas orbitam ao redor do Sol, assim como os elétrons orbitam ao redor de seu núcleo.
Por isso que esse axioma revela como podemos entender o microcosmo e o macrocosmo, como podemos entender o invisível e o visível. O fato do nosso veículo Mente estar no seu primeiro estágio de desenvolvimento, chamado de estágio mineral, é que nos faz termos a necessidade de aprender por comparação, por referência. Como exemplo, veja o método utilizado pela ciência material: um cientista só pode chegar a uma conclusão se puder comparar, ter uma referência. Também vemos isso com um músico: só sabe que está afinado quando não está desafinado.
O Mundo, o ser humano é o átomo são regidos pela mesma lei.
Nossa Terra densa está, agora, em seu quarto estágio de solidificação, que é o mais denso que ela pode atingir nesse Esquema de Evolução. O primeiro estágio foi no Período de Saturno; o segundo no Período Solar; o terceiro no Período Lunar e o quarto, agora, no Período Terrestre.
A Mente, o Corpo de Desejos e o Corpo Vital são menos sólidos do que o quarto veículo, o Corpo Denso, já que são formados de materiais mais sutis do que os materiais da Região Química do Mundo Físico, dos quais o Corpo Denso é composto.
O Corpo Vital, o primeiro menos sólido, é composto de materiais da Região Etérica do Mundo Físico. O Corpo de Desejos, o seguinte menos sólido, é composto de materiais do Mundo do Desejo e, finalmente, a Mente, o menos sólidos dos outros três, ainda sendo um veículo – e não um Corpo – é composta de materiais da Região Concreta do Mundo do Pensamento.
No lado esquerdo do Diagrama acima, vemos a parte do Caduceu de Mercúrio que mostra o Esquema de Evolução. A serpente negra do Diagrama 15 indica o caminho cíclico e tortuoso da Involução, e compreende os Período de Saturno, Solar, Lunar e a metade Marciana do Período Terrestre. Durante esse intervalo, a vida, que está evoluindo, construiu seus veículos, mas só adquiriu plena e clara consciência do mundo externo na última parte da Época Atlante.
A serpente branca representa o caminho que seguirá a humanidade através da metade Mercurial do Período Terrestre e dos Períodos de Júpiter, de Vênus e de Vulcano.
Vemos nele que o quarto Período, o Período Terrestre, dividido entre a metade marciana e a mercuriana, é o mais denso de todos os Períodos. E justamente no ponto em que a metade marciana termina e a metade mercuriana começa é o Nadir da Materialidade.
Nos pesos atômicos dos elementos químicos há uma disposição semelhante. O quarto Grupo marca o Nadir da Materialidade. Para vermos isso, conforme demonstrado no lado direito do Diagrama acima, que é o Modelo do “Vis Generatrix” de William Crookes feito em 1898, construído por seu assistente, Gardiner (De: Proc. R. Soc. Lond. 63, 408), veja a figura abaixo.
A escala vertical representa o peso atômico dos elementos de H = 1 a Ur = 239. Os elementos ausentes são representados por um círculo branco. Elementos semelhantes aparecem um embaixo do outro. Com esse modelo, Crookes estava tentando visualizar a relação hipotética entre vários elementos em três dimensões.
Dos 7 Grupos, o Grupo 4 (encabeçado pelo elemento Carbono) é onde encontramos o elemento mais denso, no caso, o Silício.
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Cristo-Jesus disse: “Eu não venho trazer a paz, mas uma espada”. Muitas pessoas foram incapazes de conciliar essa declaração com os ensinamentos de Cristo sobre o amor e a paz. No entanto, há, sim, uma explicação dessa afirmação que nos permite conhecer seu verdadeiro significado e, também, saber o que será necessário antes que a paz possa reinar na Terra. No Evangelho Segundo São João, 10:16, lemos que Cristo-Jesus também disse: “Haverá um rebanho e um pastor”. Isso indica que TODAS as pessoas eventualmente devam chegar a um estado de unidade sob Sua liderança.
A história tem sido amplamente um registro de conflitos e guerras entre raças e nações. Diferenças de ideais, religiões, características físicas, idiomas e formas de governo fomentaram a separatividade e desse fato, associado ao egoísmo inato do ser humano imperfeito, resultou a competição contínua e a turbulência ao longo dos séculos.
A primeira raça foi estabelecida no final da Época Lemúrica, quando “havia uma pequena parte da humanidade nascente que estava suficientemente avançada para que a mente germinativa lhe pudesse ser dada e o Espírito pudesse começar lentamente a atrair seus veículos”. O início das nações separadas foi promovido durante a terceira parte da segunda metade na Época Atlante. Grupos de pessoas que tinham hábitos e gostos semelhantes se uniram e fundaram novas colônias. As raças foram colocadas sob os cuidados dos Espíritos de Raça (os Arcanjos), que deram para os líderes delas leis escritas, recompensas instantâneas e punições. Os Arcanjos guiaram as raças para diferentes climas e diferentes partes da Terra. Os Espíritos de Raça promovem o patriotismo e instigam guerras, quando tais medidas drásticas são necessárias, intensificando assim a separatividade que existe entre os diferentes povos.
Obviamente, enquanto a humanidade permanecer dividida em raças e nações, povos e países, falantes de um idioma comum ou filiações nacionais, grupos étnicos ou tipos essenciais de indivíduos com base em traços observáveis (ou quaisquer outras terminologias mais “politicamente correta” do momento), cada uma promovendo agressivamente seus próprios objetivos e propósitos, a “paz na Terra” e a “boa vontade entre os homens” não serão possíveis. Somente quando todas as nações e raças, povos e países acima se unirem em Fraternidade Universal é que a paz será possível.
O ser da onda de vida humana (seja homem ou mulher), cujo destino é crescer, progredir e desenvolver seus potenciais internos respondendo às influências espirituais direcionadas a ele, deve se tornar autossuficiente, emancipado de todas as influências externas, incluindo as dos Espíritos de Raça.
A vinda do Raio de Cristo como Espírito Planetário interno da nossa Terra iniciou a emancipação dos seres humanos não apenas dos poderes envolventes dos Espíritos da Raça, mas também de seus próprios desejos contaminados por Lúcifer. As vibrações do Poder de Amor do Cristo, irradiando de dentro da Terra, purificaram a matéria de desejo do Mundo do Desejo do nosso Planeta e tornaram possível a todos nós garantir substâncias de desejos, emoções e sentimentos mais puras para ser utilizada pelo nosso Corpo de Desejos. Seu Poder de Amor funciona, particularmente, através do nosso Corpo Vital, e “quando nos libertamos das labutas do Corpo de Desejos e vivemos de acordo com as vibrações do Corpo Vital, ficamos imbuídos do Espírito de Cristo. Então e somente então, com certeza, abandonamos o princípio nacional e patriota e nos tornamos capazes de ser irmãos uns dos outros”.
Aqui reside a chave para estabelecer paz e harmonia em nossa Terra. À medida que o poder do divino Amor de Deus, manifestado a nós por meio de Cristo, cresça e se expresse de dentro de cada um de nós, somos capazes de nos libertarmos da nossa escravidão à consciência nacional. O patriotismo não é mais o estreito “meu país, certo ou errado”, mas agora abraçaremos o bem-estar de todas as outras pessoas no mundo. Perdemos o desejo competitivo e começamos a considerar o interesse dos outros tanto quanto o nosso.
Sabemos que as Leis imutáveis do Amor divino e da Justiça operam em nosso universo, trazendo a cada pessoa o que lhe é devido ou o seu imposto. Todo indivíduo criou o que chegou até ele e somente ele pode mudar suas condições ou resgatar. Isso se aplica também às nações. A menos que reconheçamos plenamente esses fatos e ajamos de acordo, não poderemos trazer paz ao mundo.
A nossa paz é verdadeiramente uma herança divina. Somos essencialmente Espírito diferenciado em Deus para revelar os poderes divinos latentes em nós. Somos Deuses em formação e só podemos reivindicar nossa herança divina aprendendo a viver de acordo com a Lei do Amor. Essa Lei move toda a vida manifestada para uma perfeição cada vez maior. A vida “É”; ela não pode morrer. Somente a forma perece ou muda. Chegamos repetidamente à vida na Terra para redimir nossa injustiça passada e transformar a Centelha divina em uma Chama ainda mais gloriosa.
Sempre conosco estão as Forças da Luz e do Amor. “Todo aquele que quiser” pode abrir seu coração ao influxo divino e enviá-lo novamente à humanidade. Os sábios olharão para a vida de Cristo-Jesus e terão coragem. A Vida DELE era perfeitamente positiva. ELE viveu de maneira construtiva. ELE amou. ELE curou. ELE ensinou.
ELE forneceu o poder e apontou o caminho para a unificação de todos os seres da onda de vida humana em paz e amor. SEU caminho é o único caminho para a paz permanente.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto de 1985 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Pergunta: Nos Ensinamentos Rosacruzes, você afirma que permanecemos no Purgatório por um tempo equivalente a um terço da duração da vida terrena, para que nossos pecados possam ser expiados antes de entrarmos para o céu. Como, então, reconciliar esse Ensinamento com as palavras de Cristo ao ladrão agonizante: “Hoje estarás comigo no paraíso[1]?”
Resposta: O Novo Testamento foi escrito em grego, uma língua que não se usavam sinais de pontuação. A pontuação foi inserida em nossa Bíblia pelos tradutores posteriores a ela e, muitas vezes, a pontuação muda radicalmente o significado de uma frase, como a seguinte história ilustrará:
Num serviço religioso, alguém entregou um pedido para que o pastor lesse: “Um marinheiro indo para o mar, sua sogra deseja as orações da congregação pelo seu retorno seguro para esposa e filho”. O pedido não estava com pontuação, mas tudo indicava que a sogra do jovem estava muito solícita para que ele voltasse em segurança para sua esposa e filho e, por isso, desejava as orações da congregação. Se o pastor tivesse lido o pedido sem a vírgula, implicaria no fato de que o marinheiro, indo ver sua sogra, desejava as orações da congregação por seu retorno seguro para esposa e filho, e alguém naturalmente pensaria que a senhora, em questão, fosse uma pessoa intratável, uma vez que o jovem achou necessário pedir as orações da congregação antes de enfrentá-la. Nesse caso, se as palavras de Cristo forem lidas assim: “Em verdade vos digo hoje, estarás comigo no Paraíso”, elas implicariam que o ladrão estaria com o Cristo em algum momento futuro não definido. Mas onde a vírgula foi colocada antes da palavra “hoje”, como está na Bíblia, dá a ideia normalmente sustentada pelas pessoas.
O fato de que essa ideia está totalmente equivocada pode ser comprovado pela observação do Cristo logo após Sua Ressurreição, quando Ele disse à mulher: “Não me toque, porque ainda não subi para meu Pai”[2]. Se Ele prometera ao ladrão que estariam juntos no Paraíso no dia da crucificação, e três dias depois declarou que ainda não havia ido para lá, o Cristo teria incorrido numa contradição que, naturalmente, é uma impossibilidade. Ao colocar a vírgula, conforme sugerido, reconcilia totalmente o significado das duas passagens e, além disso, São Pedro nos diz que naquele intervalo Ele trabalhou com os espíritos no Purgatório[3].
(Pergunta nº 98 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Lc 23:43
[2] N.T.: Jo 20:17
[3] N.T.: 1Pe 3,18-19; 4,6
Muitas vezes para que se possa alcançar uma certa evolução é necessário que se quebre a robustez da saúde física e quanto mais forte e vigoroso seja o instrumento físico, tanto mais drástico deverá ser o método para quebrantá-la. A essa fase pode seguir-se outra menos dura em que a saúde se encontra em estado de “flutuação”, até que finalmente possamos reajustar-nos de tal forma que consigamos manter a saúde no Mundo Físico e até, se nos capacitarmos para isso, obter faculdades que nos permitem atuar nos Planos Superiores.
Quando compreendermos a filosofia superior e vivermos a vida que é ensinada por ela, nosso corpo se tornará extremamente sensível e precisará de muito mais cuidado do que os povos que não seguem esse caminho espiritual. Eles não possuem um sistema nervoso tão delicadamente organizado. Os que se interessam pelas questões espirituais têm uma sensibilidade extraordinária e, portanto, conforme progredirmos, temos que cuidar mais e mais desse instrumento. Mas também aprendemos as leis da natureza dele e como nos ajustarmos a elas. Se aplicarmos nosso conhecimento, será possível termos um instrumento sensível e mantê-lo em boa saúde.
Há casos, todavia, em que a enfermidade é necessária para produzir certas mudanças no Corpo Denso. São os precursores de uma elevação no desenvolvimento espiritual e, nessas condições, naturalmente, a enfermidade é uma benção e não uma infelicidade. Em geral, todavia, pode-se dizer que o estudo da filosofia superior tende sempre a melhorar a própria saúde, porque “conhecimento é poder” e quanto mais soubermos tanto mais capazes seremos de dominar a situação, sempre que pusermos nossos conhecimentos em prática e viver a vida, que não sejamos simples ouvintes da palavra, mas seus executores, porque nenhum ensino nos pode beneficiar se não o pusermos em prática em nossa existência e o vivenciarmos diariamente.
(Publicado no ECOS da Fraternidade Rosacruz-SP em julho-agosto/2005)