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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook – Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.
  • O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz – Prefácio
Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz – Cap. 1 – A Significância Cósmica do Natal
Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz -Cap. 2 – Luz Espiritual – O Novo Elemento e a Nova Substância
Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz – Cap. 3 – O Sacrifício Anual de Cristo
Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz – Cap. 4 – O Místico Sol da Meia-noite
Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz – Cap. 5 – A Missão do Cristo e o Festival das Fadas

em publicação…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

Os Arquétipos são criados por forças arquetípicas que trabalham nas quatro Regiões inferiores do Mundo do Pensamento Concreto.

Arquétipos vivem, movem-se e criam, como a qualquer coisa mecânica feita pelo ser humano – mas sem racionalidade.

Quando o Arquétipo é construído e colocado em vibração, e enquanto a forma continuar vibrando, a vida é sustentada.

Quando o Arquétipo cessa de vibrar, a forma se desintegra.

Há 3 meios de você acessar esse Livro:

1. Em formato PDF (para download):

Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

2. Em forma audiobook ou audiolivro:

Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

3. Para estudar no próprio site (ou para fazer download ou imprimir):

ARQUÉTIPOS

 Dos Escritos de

Max Heindel

Fraternidade Rosacruz

 Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

1ª Edição em Inglês, 1950, Archetypes, editada por The Rosicrucian Fellowship

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

SUMÁRIO

PREÂMBULO.. 3

INTRODUÇÃO.. 4

A PERMANÊNCIA DO ARQUÉTIPO.. 6

EFEITOS NO ARQUÉTIPO.. 8

FORMAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO RENASCEMOS AQUI. 10

ALTERAÇÕES NOS ARQUÉTIPOS. 12

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS DOS NOSSOS CORPOS. 15

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS A PARTIR DA VINDA DE CRISTO.. 19

SITUAÇÕES DOS ARQUÉTIPOS DE ALGUMAS CLASSES DE PESSOAS. 23

ONDE SE ENCONTRAM OS ARQUÉTIPOS. 25

OS ARCHE TEKTON.. 30

AS FORÇAS ARQUETÍPICAS. 33

O ENVOLVIMENTO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO MORREMOS E QUANDO ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA RENASCER.. 34

                                                      

A PERMANÊNCIA DO ARQUÉTIPO

Não há palavras adequadas para exprimir o que o Espírito sente quando se encontra diante dessa presença, muito acima deste Mundo, onde o véu da carne esconde as realidades vivas debaixo de uma máscara; e muito além do Mundo do Desejo e da ilusão, onde formas fantásticas e ilusórias nos levam a acreditar que elas são algo muito diferentes do que são na realidade. Somente na Região do Pensamento Concreto, onde os Arquétipos de todas as coisas se unem no grande coro celestial, ao qual Pitágoras referiu-se como a “harmonia das esferas”, é que nós encontramos a verdade revelada em toda a sua beleza.  

(Do Livro: Capítulo XII – Do Livro Mistérios das Grandes Óperas-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Se não nos aplicarmos ao trabalho da vida, ou se nós persistentemente seguirmos um caminho que é subversivo ao crescimento da alma, nossa vida destruirá o Arquétipo. O renascimento em um ambiente alterado, então, nos dará a chance de recuperar as oportunidades que foram negligenciadas. Por outro lado, quando vivemos em harmonia com o plano da vida inscrito no Arquétipo de nosso Corpo Denso, há uma consonância construtiva em suas vibrações que prolonga a vida do Arquétipo e, consequentemente, também a vida do Corpo Denso.

Quando percebemos que a nossa vida na Terra é o tempo de semear, e que o valor de nossa existência post-mortem está em relação direta ao incremento que ganhamos em nossos talentos, será imediatamente evidente como sumamente importante que nossas faculdades devem ser utilizadas na direção correta. Embora esta lei se aplique a toda Humanidade, é insuperavelmente vital para as almas aspirantes, pois quando nós trabalhamos para o BEM com toda a nossa força e poder e a cada ano a mais vivido incrementa enormemente nosso tesouro celestial. A cada ano a mais vivido ganhamos maior eficácia no progresso da alma, e os frutos alcançados nos últimos anos podem, facilmente, superar os adquiridos na primeira parte da vida.

(Carta nº 33 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

EFEITOS NO ARQUÉTIPO

Os objetos no Mundo Físico ocultam sempre suas construções ou naturezas internas; nós vemos somente a superfície. No Mundo do Desejo vemos os objetos fora e dentro de nós mesmos, mas eles nada nos dizem deles mesmos, nem da vida que os anima. Na Região Arquetípica[1] parece não haver circunferência, mas, para onde quer que dirijamos nossa atenção, ali está o centro de tudo, e a nossa consciência, instantaneamente, se enche do conhecimento em relação ao ser ou à coisa que estivermos olhando. É mais fácil gravar num fonógrafo[2] o tom que nos chega do céu, do que mencionar as experiências que passamos naquele reino, pois não há palavras adequadas para expressá-las; tudo o que podemos fazer é tentar vivê-las.

(Carta nº 40 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

De acordo com isso, nós devemos perceber que cada ato de cada ser humano produz um efeito direto nos Arquétipos do corpo. Se o ato está em harmonia com a lei da vida e da evolução, fortalece o Arquétipo e possibilita um prolongamento da vida, na qual o indivíduo alcançará o máximo de experiência e obterá um crescimento anímico proporcional, de acordo com seu estado evolutivo e sua capacidade de aprendizagem. Deste modo, menos encarnações serão necessárias para ele chegar à perfeição comparado com um outro que desperdiça a corrente vital e tudo faz para escapar de seu destino ou com outro, ainda, que aplica sua força destrutivamente. Neste caso, o Arquétipo esgota-se e romper cedo. Aqueles, cujos atos são contrários à lei, encurtam as suas vidas e têm que renascer mais vezes que as pessoas que vivem em harmonia com a lei. Este é outro exemplo de que a Bíblia é exata quando nos exorta a fazer o bem para que possamos ter uma vida mais longa aqui.

Esta lei é aplicada a todos sem exceção, mas tem maior significado na vida dos que estão trabalhando, conscientemente, com a lei da evolução do que aqueles que não o fazem. O conhecimento destes fatos deve aumentar dez ou cem vezes o nosso zelo e interesse pelo bem. Mesmo que comecemos, como se costuma dizer, “tarde na vida” podemos facilmente acumular um “tesouro” maior nos últimos anos do que o obtivemos em algumas vidas anteriores. Acima de tudo, nós estamos conquistando a admissão para um começo mais cedo nas próximas vidas.

(Carta nº 96 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

FORMAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO RENASCEMOS AQUI

No momento em que o Ego está vindo para renascer, ele forma o Arquétipo criador de sua forma física no Segundo Céu com a ajuda das Hierarquias Criadoras. Esse Arquétipo é uma coisa sonora, vibrante, que é posta em vibração pelo Ego, com uma certa força que é proporcional à duração do tempo a ser vivido na Terra, e até que o Arquétipo cesse de vibrar, a forma, que é construída dos elementos químicos da Terra, continuará a existir.

Quando o Ego está descendo para o renascimento, ele desce através do Segundo Céu. Lá será ajudado pelas Hierarquias Criadoras na construção do Arquétipo do seu próximo Corpo Denso, e instila nesse Arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Esses Arquétipos são espaços ocos e eles têm um som ou movimento vibratório que atrai o material do Mundo Físico e coloca todos os átomos no Corpo para vibrar em sintonia com um pequeno átomo que está no coração, chamado de Átomo-semente, que como um diapasão dá uma afinação a todo o resto do material do corpo. No momento em que a plena vida seja vivida na Terra, as vibrações no Arquétipo cessam e o Átomo-semente é retirado, o Corpo Denso se decompõe e o Corpo de Desejos, no qual o Ego vai funcionar no Purgatório e Primeiro Céu, assume a forma do Corpo Denso. Então, o ser humano começa seu trabalho de expiar seus maus hábitos e atos no Purgatório, assimilando o que é bom de sua vida no Primeiro Céu.

Os parágrafos anteriores descrevem as condições normais, quando o curso da Natureza não é perturbado, mas o caso do suicídio é diferente. Nesse o ser humano tirou o Átomo-semente, mas o Arquétipo oco ou vazio, ainda continua vibrando. Ele se sente como se estivesse vazio e experimenta um sentimento corroendo por dentro que pode ser comparado às dores de uma fome intensa. O material para construção de um Corpo Denso está ao seu redor, mas tendo em vista que não possui o medidor do Átomo-semente, é impossível para ele assimilar essa matéria e construí-la num Corpo. Esse terrível sentimento de vazio dura o tempo que deveria durar sua última vida terrestre.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A Lei de Causa e Efeito é o árbitro que determinará como a vida deve ser vivida, e como algumas oportunidades de crescimento espiritual serão colocadas diante do Ego em vários momentos de sua vida terrestre. Se essas oportunidades forem aproveitadas, a vida continuará pelo caminho reto, mas se for ao contrário, será divergida, por assim dizer, para um beco sem saída, onde a vida será findada pelas Hierarquias Criadoras, que destruirão o Arquétipo no Mundo celestial. Assim podemos dizer que a duração de uma vida terrena poderá ser abreviada se negligenciarmos as oportunidades. Há também a possibilidade, no caso de algumas pessoas, quando a vida foi vivida intensamente, e onde a pessoa se esforçou de todas as maneiras para viver de acordo com as oportunidades dadas, de adicionar mais vida no Arquétipo e, assim a existência poderá ser prolongada, mas como foi dito, somente em casos excepcionais.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47 – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

ALTERAÇÕES NOS ARQUÉTIPOS

O ser humano, devido à sua natureza divina, é o único ser que possui a prerrogativa de desordenar o esquema do seu desenvolvimento e da mesma forma que pode pôr fim à sua vida usando a própria vontade, assim também, pode pôr um fim à vida do seu próximo antes que o tempo dele tenha findado. O sofrimento do suicida seria também o sofrimento das vítimas do assassinato, pois o Arquétipo do seu corpo estaria juntando material que lhe seja impossível assimilar. Mas, no seu caso, a intervenção de outras entidades impede esse sofrimento (dos assassinados) e ele será encontrado vagueando aqui e ali no seu Corpo de Desejos, num estado letárgico, pelo período que normalmente teria vivido.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 60-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Como já afirmei, a minha visão tonal e a capacidade de funcionar na Região do Pensamento Concreto era indiferente e principalmente limitada às subdivisões inferiores, mas uma pequena ajuda dos Irmãos naquela noite me permitiu entrar em contato com a quarta Região, onde se encontram os Arquétipos, e lá recebi os ensinamentos e a compreensão do que é contemplado como o mais elevado ideal e a missão da Fraternidade Rosacruz.

Vi nossa sede e uma multidão de pessoas, vindo de todas as partes do mundo para receber os ensinamentos. Vi-os saindo dali para levar bálsamo aos aflitos próximos e distantes. Ao passo que neste mundo é necessário investigar, a fim de descobrir alguma coisa; lá, a voz de cada Arquétipo traz consigo, como ao mesmo tempo, que impressiona a consciência espiritual, o conhecimento do que esse Arquétipo representa. Assim, naquela noite, recebi um entendimento que está muito além do que minhas palavras podiam expressar; pois o mundo em que vivemos se baseia no princípio do tempo, enquanto no reino superior dos Arquétipos tudo é um eterno agora. Esses Arquétipos não revelam sua história como esta é narrada, mas produzem sobre a consciência uma concepção instantânea de toda a ideia, muito mais clara do que poderia ser transmitida em palavras.

 (Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXI – Parte II-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A Região do Pensamento Concreto, como você deve se lembrar de nossos outros ensinamentos, é o reino do som, onde a harmonia das esferas, a música celestial, que penetra tudo que existe, da mesma forma que a atmosfera da Terra circunda e envolve tudo o que é terreno. Pode-se dizer que nessa região tudo está envolto e permeado de música. Vive e cresce pela música. Lá, a palavra de Deus soa adiante e forma todos os vários modelos que mais tarde se cristalizam nas coisas que nós contemplamos no mundo terrestre.

No piano, cinco teclas escuras e sete brancas formam a oitava. Além dos 7 Globos nos quais evoluímos durante um Dia de Manifestação, há cinco Globos escuros que atravessamos durante as Noites Cósmicas. Em cada ciclo de vida, o Ego retira-se por um tempo para o mais denso desses cinco, isto é, o Caos, o mundo sem forma onde nada permanece salvo, a não ser os centros de força conhecidos como átomos-semente. No início de um novo ciclo de vida, o Ego desce novamente na Região do Pensamento Concreto, onde a “música das esferas” imediatamente faz vibrar os Átomos-semente.

Há sete esferas; os Planetas de nosso Sistema Solar. Cada um tem sua nota-chave e emite um som diferente de todos os outros Planetas. Um ou outro, dentre eles, vibra em particular sincronia com o Átomo-semente do Ego, que então busca a encarnação. Então, esse Planeta corresponde à “tônica” da escala musical e, embora os tons de todos os Planetas sejam necessários para construir um organismo completo, cada um é modificado e feito para adaptar-se ao impacto básico dado pelo Planeta mais harmonioso, que é, portanto, o regente dessa vida, sua Estrela do Pai. Assim, como na música terrestre, também na celestial existem harmonias e dissonâncias, e todos influenciam sobre o Átomo-semente e ajudam a construir o Arquétipo. Assim as linhas vibratórias de força são formadas, que mais tarde atraem e organizam partículas físicas, como acontece com esporos ou areias que formam figuras geométricas sobre uma placa de bronze à vibração de um arco de violino.

Mais tarde, ao longo dessas linhas arquetípicas de vibração, o Corpo Denso é formado e se expressa com precisão à harmonia das esferas como era tocada durante o período de construção. Esse período, entretanto, é muito mais longo do que o período atual da gestação, e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pela vida que busca a manifestação física. Tampouco é contínuo o processo de construção do Arquétipo, pois sob os aspectos dos Planetas que emitem notas, às quais as forças vibratórias do Átomo-semente não podem responder, ele simplesmente sussurra sobre as que já aprenderam, e assim, engajado, espera por um novo som que possa usar na construção de organismo que se deseja para se expressar.

Portanto, sabendo que o organismo terrestre, que cada um de nós habita, é formado segundo linhas vibratórias produzidas pela música das esferas, nós podemos entender que as dissonâncias que se manifestam como enfermidades são produzidas primeiramente pela desarmonia espiritual interna. Torna-se mais evidente que, se pudermos obter conhecimentos precisos sobre a causa direta da desarmonia e saná-la, a manifestação física da doença logo desaparecerá. É essa a informação dada pelo tema astrológico da pessoa, pois nele cada Astro em sua Casa e Signo expressam harmonia ou discórdia, saúde ou doença. Portanto, todos os métodos de cura são adequados apenas na proporção em que levam em consideração as harmonias e discordâncias astrais manifestadas na roda da vida – o horóscopo.

(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXII – Parte III-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS DOS NOSSOS CORPOS

Nos Mundos celestes há imagens de modelos-Arquétipos. Na língua grega a palavra “apxn” significa “no princípio”, isto é, no início. O Cristo disse de Si mesmo, ou melhor, o Iniciado que já compreendeu Sua própria divindade diz: “Eu sou o princípio (apxn) e o fim”. Há nessa palavra “princípio” (apxn) o núcleo gerador de tudo que temos aqui.

No Templo (Tabernáculo) foi colocada uma Arca, a Arca de Aliança. Foi disposta de tal modo que suas hastes não poderiam ser removidas. Durante toda a viagem através do deserto as hastes deveriam permanecer imóveis. De fato, jamais foram removidas enquanto a arca peregrinava até ser conduzida ao Templo de Salomão. Temos aqui uma condição, onde um determinado símbolo, um Arquétipo, algo transportado desde o princípio, é elaborado de tal modo que possa ser reativado em determinadas ocasiões e reconduzido mais adiante. Nessa arca estava o núcleo ao redor do qual todas as coisas gravitavam. Havia o Cajado de Aarão, o Pote do Maná e, também, as duas Tábuas da Lei.

Nós acabamos de descrever o símbolo perfeito da verdadeira constituição do ser humano, pois, enquanto ele atravessa o vale da matéria e transita continuamente de um lugar a outro, as hastes, sob nenhuma hipótese, podem ser removidas. Elas permanecerão intactas até que chegue à condição simbólica descrita no Apocalipse. Onde se diz: “Aquele que triunfar, eu o farei um pilar no templo de meu Deus; e dali nunca mais sairá”.

Durante o transcorrer do tempo, desde o momento no qual o ser humano começou sua viagem através da matéria, ele possui esse espírito de peregrinação. Nunca ficou parado. Algumas vezes, o templo (Tabernáculo) era conduzido, assim como a Arca para um novo lugar. Assim também o ser humano está sempre sendo impelido de um lugar para outro, de um ambiente para outro, de uma condição para outra. Não é uma jornada sem objetivo, pois tem como meta a Terra prometida, a Nova Jerusalém, onde haverá paz. Mas, enquanto o ser humano estiver nesta jornada, deve estar ciente de que não haverá descanso e nem paz.

(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado, Capítulo XXVI – A Jornada Através do Deserto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Como está escrito no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmo”, com referência à constituição do nosso Planeta, o caminho da Iniciação passa através da Terra, da periferia ao centro, um estrato de cada vez e, embora nossos corpos físicos sejam delineados dessa forma pela força da gravitação, sua densidade evita que a traspassemos, tão eficazmente quanto a força de levitação que repele a classe despreparada mencionada nos recintos sagrados. Somente quando, pelo poder de nosso próprio Espírito deixamos nosso Corpo Denso instruído por e em consequência da maneira reta de viver, seremos capazes de ler o registro etérico com melhor proveito. Em um ponto mais avançado do progresso, o “estrato aquoso” da Terra será aberto ao Iniciado, que, então, estará num estado de desenvolvimento apropriado para ler o registro dos acontecimentos passados, impressos permanentemente na substância viva da Região das Forças Arquetípicas, onde o tempo e espaço são praticamente inexistentes, e onde tudo é um eterno Aqui e Agora.

(Do Livro: A Teia do Destino – Segunda Parte – O Cristo Interno – A Memória da Natureza-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

É curioso como a perpetração do suicídio em uma vida e o consequente sofrimento post-mortem, no tempo em que ainda existe o Arquétipo, muitas vezes gera nestas pessoas um medo mórbido da morte na próxima vida; de modo que, quando a morte ocorre naturalmente no curso normal da vida, os suicidas parecem frenéticos depois de abandonar o corpo e tão ansiosos em voltar ao Mundo Físico que, frequentemente, cometem o crime da obsessão da forma mais tola e impensada.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Quinta Parte – Obsessão do Ser Humano e dos Animais-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Uma máxima ocultista diz que “uma mentira é ao mesmo tempo assassina e suicida no Mundo do Desejo”. Os ensinamentos dos Irmãos Maiores, contidos no “Conceito Rosacruz do Cosmo” explicam que sempre que ocorrer um incidente, um pensamento-forma gerado nos Mundos invisíveis faz o registro deste acontecimento. Toda vez que se fala ou se comenta deste acontecimento cria-se uma nova forma de pensamento que se funde com o original e o fortalece, desde que ambos sejam verdadeiros e possuam a mesma vibração. Mas se uma mentira é contada sobre o ocorrido, então as vibrações do original e da reprodução não serão idênticas; eles se chocam e o atrito entre eles acaba destruindo-se mutuamente. Se o pensamento-forma verdadeiro e bom for suficientemente forte, conseguirá o domínio da situação e destruirá os pensamentos-forma baseados na mentira; consequentemente o bem vencerá o mal, mas se os pensamentos maliciosos e mentirosos forem mais fortes, estes podem vencer o pensamento-forma verdadeiro e, assim, destruí-lo. Depois, haverá discórdia entre eles e todos, por sua vez, serão aniquilados.

Assim, uma pessoa que vive uma vida pura, esforçando-se para obedecer às leis de Deus e lutando fervorosamente pela verdade e pela justiça, criará pensamentos-forma de natureza semelhante; sua Mente trilhará caminhos em harmonia com a verdade e quando chegar o momento, no Segundo Céu, de criar o seu Arquétipo para a vida futura, ele prontamente e intuitivamente, pela força do hábito adquirido na vida passada, alinhar-se-á com as forças da retidão e da verdade. Estas linhas, formadas em seu corpo, criarão harmonia nos novos veículos, e, portanto, a saúde será a consequência natural em sua próxima vida. Aqueles que formaram em vidas anteriores uma visão distorcida das coisas, que desprezaram a verdade, exercitando a astúcia, o egoísmo exagerado e a desconsideração pelo bem-estar dos outros, acham-se obrigados, no Segundo Céu, a ver as coisas de um modo oblíquo, porque este é o seu habitual modo de pensar. Portanto, o Arquétipo construído por eles incorporará linhas de erro e de falsidade; e consequentemente, ao renascer, ele terá uma fraqueza em vários órgãos, quando não em todo o ser.

(Do Livro: A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS A PARTIR DA VINDA DE CRISTO

Somente quando entramos nos reinos mais elevados, e particularmente na Região do Pensamento Concreto, é que as verdades eternas são percebidas. Por isso, devemos, necessariamente, cometer erros uma vez ou outra, apesar dos nossos mais sinceros esforços em procurar conhecer e dizer a verdade. Portanto, é impossível para nós construir um veículo totalmente harmonioso. Se isso fosse possível, tal Corpo seria realmente imortal, e nós sabemos que a imortalidade da carne não é o desígnio de Deus; pois segundo São Paulo: “A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus[3].

Contudo, sabemos que, atualmente, apenas uma pequena porcentagem de pessoas está disposta a viver em harmonia com a verdade, para confessá-la e professá-la diante dos seres humanos por meio do serviço e da vida reta e que não faz o mal. Sabemos, também, que isto aconteceu com muito poucos ao retrocedermos na história, quando o ser humano não havia desenvolvido o altruísmo que começou no nosso Planeta com o advento do Nosso Senhor e Salvador, Cristo Jesus. Nesse tempo, os padrões de moralidade eram muito inferiores e o amor à verdade quase desprezível para a maioria da Humanidade, que se encontrava absorvida em seus esforços para acumular riquezas e adquirir poder ou prestígio, quanto fosse possível. Portanto, as pessoas estavam, naturalmente, inclinadas a ignorar os interesses dos demais, e contar uma mentira não parecia, de modo algum, um ato repreensível, pelo contrário, muitas vezes era tida como mérito. Consequentemente, os Arquétipos estavam, constantemente, cheios de fraquezas, e as funções orgânicas do Corpo, atualmente, estão prejudicadas em um grau bastante elevado, particularmente os Corpos ocidentais porque estão se tornando cada vez mais forte e mais sensível à dor, devido ao crescimento da consciência do Espírito.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para Escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

A assimilação dos frutos de cada vida passada acontece antes que o Espírito desça para o renascimento e, consequentemente, o caráter gerado é totalmente formado e se expressa na sutil e móvel matéria mental da Região do Pensamento Concreto, onde o Arquétipo do Corpo Denso é construído. Se o Espírito que procura renascer é amante da música, procurará construir um ouvido perfeito, com os canais semicirculares devidamente situados e com o tímpano mais delgado e sensível à vibração; tentará formar dedos compridos e finos para executar os acordes celestes captados por seus ouvidos. Mas, se não apreciava a música em vidas passadas, fechava seus ouvidos aos acordes da alegria ou da tristeza, o desejo de se afastar da companhia dos demais, então formado, causaria a negligenciar a construir o ouvido, quando construísse o Arquétipo e, como consequência, esse órgão seria defeituoso em um grau proporcional à negligência causada, pelo seu caráter, em sua existência anterior.

Da mesma forma acontece com os outros sentidos; quem bebe de uma fonte de conhecimento e se esforça para compartilhar seu conhecimento com os que o rodeiam estabelece as bases para adquirir a faculdade de oratória em uma vida futura, porque o desejo de comunicar seu conhecimento o fará prestar uma atenção especial na formação e fortalecimento de seu órgão vocal, quando estiver construindo o Arquétipo de futuro Corpo. Por outro lado, aqueles que se esforçam por acessar os mistérios da vida por simples curiosidade ou satisfazer o orgulho de seu próprio intelecto negligenciam na construção de um órgão adequado para sua expressão e, ficam sujeitos à debilidade na voz ou ao impedimento na expressão da palavra. Dessa forma, vêm-lhes o reconhecimento de que a expressão é um bem valiosíssimo. Embora o cérebro de um indivíduo, assim aflito, não possa compreender a lição, o Espírito aprende que somos estritamente responsáveis pelo uso que fazemos de nossos talentos, e que devemos assumir nossas dívidas algum dia se negligenciamos em transmitir a palavra de Vida para Iluminar nossos irmãos ou irmãs no caminho, sempre, naturalmente que estejamos preparados para isso.

(Do Livro:  A Teia do Destino – Oitava Parte – Os Raios de Cristo Constituem o “Impulso Interno” – Visão EtéricaDestino Coletivo-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Quando o Ego está a caminho do renascimento passando pela Região do Pensamento Concreto, pelo Mundo do Desejo e pela Região Etérica, toma de cada uma delas certa quantidade de material. A qualidade deste material é determinada pelo Átomo-semente, baseado no princípio de que semelhante atrai semelhante. A quantidade depende do quanto de matéria será necessário e requerido pelo Arquétipo na construção feita por nós mesmos no Segundo céu. A partir da quantidade de átomos etéricos prismáticos apropriados para determinado Espírito, os Anjos do Destino e seus agentes constroem uma forma etérica que, então, é colocada no útero da mãe e, gradualmente, envolvida de matéria física formando o corpo visível da criança recém-nascida.

(Do Livro: A Teia do Destino – Quarta Parte – A Natureza dos Átomos Etéricos – A Necessidade de Equilíbrio-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Nas três regiões inferiores da Região do Pensamento Concreto se encontram os Arquétipos de tudo o que vemos no Mundo Físico, como minerais, vegetais, animais e humano, Arquétipos dos continentes, rios e oceanos; e aqui o Clarividente exercitado, cuja faculdade o capacita a alcançar esses planos mais elevados, vê também o oceano universal da vida fluente, em que todas as formas estão imersas; vê o mesmo impulso vital movendo-se de forma a forma em ciclos rítmicos, sustentando a forma especializada pelo Ego humano ou pelo Espírito-Grupo do animal e do vegetal.

Esses Arquétipos não são meramente modelos no sentido geral do termo, algo assim como uma coisa em miniatura, ou de material mais refinado. São Arquétipos criadores, modelando todas as formas visíveis, como vemos no mundo, à sua própria imagem e semelhança, ou melhor, às suas próprias semelhanças, porque frequentemente muitos Arquétipos trabalham juntos para formarem certas espécies, cada um dando parte de si mesmo para construírem a determinada forma. Eles são dominados e dirigidos pelas “Forças Arquetípicas” que são encontradas na quarta região. É da substância das quatro regiões inferiores que nossa Mente é formada, capacitando também ao ser humano a formar pensamentos e criar imagens que depois possa reproduzir no ferro, na pedra ou na madeira, de modo que por meio da Mente obtida desse Mundo, o ser humano se torna um criador no Mundo Físico, de modo análogo às Forças Arquetípicas.

Mas, o que é que dirige a Mente, assim como as Forças Arquetípicas dirigem os Arquétipos? É o Ego, o qual obtém suas vestimentas das três regiões superiores, que formam a chamada Região de Pensamento Abstrato, ou Região das Ideias.

(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência III – Visão Espiritual e Mundos Espirituais – Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

SITUAÇÕES DOS ARQUÉTIPOS DE ALGUMAS CLASSES DE PESSOAS

Há duas classes de pessoas para quem o processo purgatorial não começa de imediato: os suicidas e as vítimas de assassinato. No caso do suicida o processo não se inicia até que se complete o tempo em que o corpo deveria morrer no decurso natural, mas, nesse ínterim, ele sofre por seu ato de uma maneira tão terrível quanto peculiar. Ele tem a sensação de estar oco, por assim dizer, e de habitar num doloroso vazio, uma vez que o Arquétipo de sua forma contínua ativo na Região do Pensamento Concreto.

No caso de pessoas, jovens ou idosas, que morrem naturalmente ou por acidente, cessam as atividades arquetípicas; os veículos superiores sofrem, então, uma modificação na morte, de modo que a perda do Corpo Denso em si não produz nenhuma sensação de desconforto. Contudo, o suicida não experimenta tal mudança até que o Arquétipo de seu Corpo deixe de funcionar, no momento em que a morte teria ocorrido naturalmente. O espaço onde seu Corpo Denso deveria ocupar está vazio, porque o Arquétipo é oco, e isto o faz sofrer indescritivelmente. Assim, ele também aprende que não é possível ausentar da escola da vida sem causar consequências desagradáveis, e em vidas futuras, quando o caminho lhe parecer difícil, ele recordará em sua alma, que a tentativa covarde de fugir pelo suicídio só pode acrescentar-lhe maiores sofrimentos.

Há pessoas que se suicidam por razões altruístas, para livrar outros de um fardo, e estes naturalmente, são recompensados de outra maneira, mas não escapam do sofrimento do suicida, da mesma maneira que aquela pessoa que entra num edifício em chamas para salvar outros não está imune de se queimar.

A vítima do assassinato escapa a esse sofrimento porque, via de regra, fica em estado de coma até o tempo em que a morte natural deveria ocorrer, e neste caso deve-se ter o mesmo cuidado que se tem com as vítimas dos chamados acidentes, só que estas vítimas ficam conscientes imediatamente ou pouco depois da morte. Se o assassino for executado entre a época do crime e aquela em que sua vítima deveria morrer em circunstâncias naturais, o Corpo de Desejos comatoso deste é atraído magneticamente ao seu matador, seguindo-o aonde ele vá, sem um momento de trégua. A cena do assassinato passa, então, a apresentar-se sempre diante dele, causando-lhe os dolorosos sofrimentos e angústias que inevitavelmente deve acompanhá-lo com esta incessante repetição de seu crime em todos os horríveis detalhes. Isso continua por um tempo que correspondente ao período de vida do qual privou sua vítima. Se o assassino escapou da forca, de modo que sua vítima tenha passado além do Purgatório antes de morrer, o “cascão ou coscorão” da sua vítima subsiste para representar a parte de Nêmesis[4] no drama do crime revivido.

(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência V – MorteVida no Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

ONDE SE ENCONTRAM OS ARQUÉTIPOS

Assim, o cientista oculto atribui todas as causas à Região do Pensamento Concreto e nos diz como elas são geradas ali pelos Espíritos humanos e super-humanos.

Recordando que os Arquétipos criadores de todas as coisas que vemos no Mundo visível encontram-se no Mundo do Pensamento, que é o reino do som, estamos preparados para compreender que as Forças Arquetípicas estão constantemente agindo por meio desses Arquétipos que, então, emitem certo tom, ou, quando vários deles se agrupam para criar uma espécie de forma vegetal, animal ou humana, momento em que os diferentes sons se fundem em um grande coro. Esse tom ou coro é, conforme o caso, a nota-chave da forma assim criada, e enquanto isso vibra a forma ou a espécie perdura; quando ela cessar, também a única forma morre ou a espécie desaparece.

Uma confusão de sons não é música, do mesmo modo que muitas palavras juntas ao acaso não formam uma sentença, mas o som rítmico ordenado é o construtor de tudo o que existe, conforme diz São João nos primeiros versículos de seu Evangelho: “No princípio era o verbo… e sem Ele nada foi feito”; também diz que “o Verbo se fez carne”.

Vemos assim que o som é o criador e o mantenedor de todas as formas, pelo que, no Segundo Céu, o Ego se torna UM com as Forças da Natureza. Com elas trabalha sobre os Arquétipos da Terra e do mar, na flora e na fauna, provocando mudanças que gradualmente alteram a aparência e a condição da Terra, e assim proporciona um novo ambiente, feito por si mesmo, quando poderá colher nova experiência.

Nesse trabalho, o Ego é dirigido por grandes instrutores pertencentes às Hierarquias Criadoras, que são chamados Anjos, Arcanjos e outros nomes, constituindo-se Ministros de Deus. Eles instruem, de modo consciente, na divina arte da criação, tanto no mundo como em sua matéria existente. Eles ensinam como construir uma forma para si mesmo, dando-lhe os chamados “Espíritos da Natureza” como auxiliares, e dessa maneira, todas as vezes que o ser humano passa pelo Segundo Céu está servindo e aprendendo a se tornar um Criador. Ali ele constrói o Arquétipo da forma que posteriormente exteriorizará ao renascer.

 (Do Livro: O Cristianismo Rosacruz – Conferência VI – Vida e Atividade no Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Examinando mais minuciosamente as diversas divisões da Região do Pensamento Concreto, constatamos que os Arquétipos das formas físicas – não importam a qual Reino elas pertençam – encontram-se na sua subdivisão mais inferior, ou seja, na “Região Continental”. Nessa Região Continental estão também os Arquétipos dos continentes e das ilhas do mundo, os quais são moldados de acordo com esses Arquétipos. As modificações da crosta terrestre devem produzir-se primeiramente na Região Continental. Enquanto o Arquétipo-modelo não for modificado, as Inteligências, que para encobrir a nossa ignorância denominamos “Leis da Natureza”, não podem produzir as condições físicas que alteram a conformação da Terra e que são determinadas pelas Hierarquias que dirigem a evolução. Essas planejam as mudanças como o arquiteto projeta as alterações num edifício, antes que os operários lhe deem expressão concreta. Da mesma forma efetuam-se mudanças na flora e na fauna, devido às metamorfoses dos respectivos Arquétipos.

Quando falamos dos Arquétipos de todas as diferentes formas do Mundo Físico, não devemos julgar que esses Arquétipos sejam simples modelos, no mesmo sentido em que falamos de um objeto feito em miniatura ou feito de outro material diferente do apropriado ao seu uso final. Não são simples semelhanças nem modelos das formas que vemos em torno de nós, mas são Arquétipos criadores, isto é, modelam as formas do Mundo Físico à sua própria semelhança ou semelhanças, porque, frequentemente, muitos trabalham em conjunto para produzir certa espécie, cada Arquétipo dando de si mesmo a parte necessária para a construção da forma requerida.

A segunda subdivisão da Região do Pensamento Concreto denomina-se “Região Oceânica”. Poderia ser mais bem descrita como vitalidade fluente e pulsante. Todas as Forças que atuam pelos quatro Éteres que constituem a Região Etérica são vistas aqui como Arquétipos. É uma corrente de vida que flui através de todas as formas, assim como o sangue circula pelo corpo – a mesma vida em todas as formas. Nessa Região o clarividente treinado pode comprovar quanto é verdade que “toda vida é una”.

A “Região Aérea” é a terceira divisão da Região do Pensamento Concreto. Aqui encontramos os Arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das emoções, tais como os que experimentamos no Mundo do Desejo. Aqui todas as atividades do Mundo do Desejo parecem condições atmosféricas. Os sentimentos de prazer e de alegria chegam aos sentidos do clarividente como o beijo das brisas estivais. As aspirações da alma assemelham-se à canção do vento na ramaria do arvoredo, e as paixões das nações em guerra aos lampejos dos relâmpagos. Nessa atmosfera da Região do Pensamento Concreto encontram-se também as imagens das emoções do ser humano e dos animais.

A “Região das Forças Arquetípicas” é a quarta divisão da Região do Pensamento Concreto. É a Região Central e a mais importante dos cinco mundos onde se efetua a evolução total do ser humano. De um lado dessa Região estão as três regiões superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida e o Mundo do Espírito Divino. No lado oposto dessa Região de Forças Arquetípicas estão as três regiões inferiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Desejo e o Mundo Físico. Portanto essa região torna-se uma espécie de “cruz”, limitada de um lado pelos Reinos do Espírito e do outro pelos Mundos da Forma. E o ponto focal por onde o Espírito se reflete na matéria.

Como seu nome indica, essa Região é o lar das Forças Arquetípicas que dirigem a atividade dos Arquétipos na Região do Pensamento Concreto. Dessa Região é que o Espírito trabalha na matéria de maneira formativa. O Diagrama 1 demonstra essa ideia em forma esquemática: as formas, nos mundos inferiores, sendo reflexos do Espírito nos Mundos superiores.

Diagrama 1 – O Mundo Material: um reflexo reverso dos Mundos espirituais

A quinta Região que é a mais próxima do ponto focal pelo lado do Espírito, reflete-se na terceira Região, a mais próxima do ponto focal pelo lado da Forma. A sexta Região reflete-se na segunda, e a sétima na primeira.

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos: Os Mundos Visível e Invisíveis – O Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O suicida, que procurou fugir da vida, apenas descobre que está mais vivo do que nunca, e que se encontra na mais lastimável condição. É capaz de observar aqueles a quem, com seu ato, talvez tenha prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação de estar “oco”. A parte da aura ovoide, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e, ainda que o Corpo de Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso descartado, ele se sente como uma concha vazia, pois o Arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer, como um molde vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto deveria viver o Corpo Denso. Quando uma pessoa morre de morte natural, mesmo no vigor da vida, a atividade do Arquétipo cessa e o Corpo de Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar toda a forma. Mas no caso do suicida, o horrível sentimento de “vazio” permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – O Ser Humano e o Método de EvoluçãoMorte e Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Estrato Aquoso: nesse estrato estão as possibilidades germinais de tudo quanto existe na superfície da Terra. Aqui estão as Forças Arquetípicas que se ocultam atrás dos Espíritos-Grupo, como também as Forças Arquetípicas dos minerais, porque essa é a expressão física direta da Região do Pensamento Concreto.

(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Constituições da Terra e Erupções Vulcânicas – Número da Besta-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

OS ARCHE TEKTON

Diz-se que Jesus era o filho de um carpinteiro, mas a palavra grega é tekton e significa construtor; ARCHE é o nome grego de matéria primordial. Diz-se que Jesus era também um carpinteiro (tekton). É verdade, ele era um tekton, construtor ou maçom, um Filho de Deus, o Grande Archetekton. Com a idade de trinta e três anos, quando havia recebido os três vezes três (9) graus da Maçonaria Mística, Ele desceu ao centro da Terra. A mesma coisa faz qualquer outro tekton, maçom ou Phree Messen (filho da luz), como os Egípcios os chamavam que desce através dos nove estratos da Terra em forma de arco. Encontraremos, na época do primeiro advento de Cristo, tanto Hiram Abiff, o Filho de Caim, quanto Salomão, o Filho de Seth, renascidos para receber d’Ele a grande Iniciação dos Mistérios Cristãos.

(Do Livro: Maçonaria e Catolicismo – Parte VIII – O Caminho da Iniciação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Diz-se na Bíblia que José foi um carpinteiro, mas a palavra grega “tekton”deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto.

Archeem grego significa a substância primordial e um tektoné um construtor. Assim, Deus é o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres. Ele usa no Seu universo muitos tektonsou construtores de vários graus. Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da Humanidade – é um tektonou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektonsou construtores numa linhagem cósmica.

(Do Livro: Iniciação Antiga e Moderna – Capítulo I – A Iniciação Mística Cristã-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Goethe, o grande místico, finaliza, apropriadamente, sua versão (de Fausto) com o mais místico de todos os versos encontrados em qualquer literatura:

“Tudo que é perecível,

É somente uma ilusão.

O inatingível,

É aqui consumação.

O indescritível,

Aqui ele está pronto.

O Eterno Feminino,

É para nós uma atração.”

Esta estrofe confunde todos os que não são capazes de penetrar nos reinos onde ela é cantada, isto é, no céu.

Ele fala de tudo o que é ser perecível, mas somente uma ilusão, isto é, as formas materiais que estão sujeitas à morte e à transmutação são apenas uma ilusão do Arquétipo visto no céu. “O inatingível aqui é realizado” o que parecia impossível na Terra é realizado no céu. Ninguém sabe disso melhor do que quem é capaz de funcionar nesse reino, pois toda aspiração elevada e sublime se concretiza. Os indescritíveis anseios, ideias e experiências da alma, que mesmo não podendo se expressar, são claramente definidos no céu. O Eterno Feminino, a grande Força Criadora na Natureza, o Deus Mãe, que nos conduz pelo caminho da evolução, torna-se uma realidade. Assim, o mito de Fausto conta a história do Templo do Mundo, que as duas classes de pessoas estão construindo, e que serão finalmente o Novo Céu e a Nova Terra profetizados no Livro dos Livros.

(Do Livro: Mistérios das Grandes Óperas – Cap. VI – O Preço do Pecado e Os Caminhos da Salvação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O som gerado num vácuo não pode ser ouvido no Mundo Físico, mas a harmonia que procede da cavidade vazia de um Arquétipo celestial é a “Voz do Silêncio”, e essa se faz audível quando todos os sons terrestres cessam. Elias não a ouvia, enquanto a tormenta rugia, nem podia percebê-la durante a turbulência do terremoto, nem no ruído do fogo crepitante; mas quando os sons destrutivos e dissonantes deste Mundo se fundiram no silêncio, então “a pequena voz silenciosa” enviava suas ordens para salvar a vida de Elias (IReis 19).

(Do Livro: Mistérios RosacruzesMundo do PensamentoRegião do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

AS FORÇAS ARQUETÍPICAS

A outra classe de seres que devemos mencionar é a que a Escola de Ocultismo Ocidental chama de Forças Arquetípicas. Elas dirigem as energias dos Arquétipos Criadores, originados nesse plano: trata-se de uma classe de seres compostos de inteligências de graus muito diferentes e há um estágio na jornada cíclica do Espírito Humano do qual ele faz parte o qual e, também, trabalha. Porque, como o Espírito Humano também está destinado a converter-se em uma grande inteligência Criadora, em algum tempo futuro e se não houvesse ambiente em que pudesse gradualmente aprender a criar, não lhe seria possível adiantar-se, porque nada na natureza é feito repentinamente. Uma semente de carvalho plantada no solo não se converte numa árvore majestosa da noite para o dia, pois requer muitos anos de lento e persistente crescimento antes de alcançar a altura que tem esses gigantes das florestas.

(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo: III – O Mundo do PensamentoRegião do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Aprendemos anteriormente, ao estudar o Mundo do Pensamento, que cada forma desses Mundos invisíveis tem o seu Arquétipo, um molde oco vibratório, que emite certo som harmonioso. Esse som atrai e modela a matéria física em formas muito semelhantes às figuras geométricas que se formam numa placa de vidro cheia de areia, cujas bordas sejam postas em vibração por meio de um arco de violino; a areia modela-se em diferentes figuras geométricas, que mudam de forma quando o som muda.

O ENVOLVIMENTO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO MORREMOS E QUANDO ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA RENASCER

O pequeno Átomo-semente do Corpo Denso no coração é a amostra e o centro em torno do qual se agrupam os átomos do nosso Corpo. Quando esse Átomo-semente é forçado a retirar-se do Corpo na morte voluntária, aquele centro fica vazio, mesmo que o Arquétipo continue vibrando até o limite desta vida, como explicamos anteriormente, não pode atrair nenhuma matéria para esse molde oco do Arquétipo. Por esta razão, o suicida sente uma temível dor que corrói uma sensação de vazio que só poderia ser comparada a angústia da fome.

Neste caso, o intenso sofrimento continuará exatamente durante tantos anos quantos o indivíduo deveria viver em seu Corpo Denso. Ao expirar esse tempo, o Arquétipo sofre o colapso, tal como no caso da morte natural. Então cessa a dor do suicida e começa o seu período de purgação, como acontece com aqueles que morrem de morte natural. Contudo, a memória dos sofrimentos experimentados em consequência do suicídio permanecerá com ele em vidas futuras, e isso o refreará no caso de tentar repetir o mesmo erro.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Primeiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Depois que o Espírito fez sua escolha, desce ao Segundo Céu, onde é instruído pelos Anjos e Arcanjos sobre como construir um Arquétipo do Corpo que mais tarde habitará na Terra. Aqui também notamos a manifestação da grande lei da justiça, que decreta que devemos colher o que semeamos. Se os nossos gostos são grosseiros e sensuais, construiremos um Arquétipo que expressará esses defeitos; se, pelo contrário, somos de gostos refinados e estéticos, construiremos um Arquétipo de um refinamento correspondente, mas ninguém pode obter um Corpo mais perfeito do que aquele que é capaz de construir. Então, assim como um arquiteto que constrói uma casa, na qual há de viver depois, sofrerá incômodos se se descuidar de providenciar uma ventilação apropriada, assim também o Espírito se sentirá mal num Corpo construído deficientemente. Como o arquiteto aprende a evitar os erros e as imperfeições anteriores quando constrói uma nova casa, assim também o Espírito que sofre devido aos defeitos do Corpo que construiu para si próprio aprende, com o passar do tempo, a construir veículos cada vez mais eficientes.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Na Região do Pensamento Concreto, o Espírito também atrai para si os materiais da sua nova Mente. Assim como um imã atrai a limalha de ferro, deixando de lado as outras substâncias, do mesmo modo cada Espírito atrai somente a espécie de matéria mental que usou em sua vida anterior e mais aquela que tenha aprendido a usar em sua vida post-mortem. Depois disso, ele desce ao Mundo do Desejo, onde reúne o material para seu novo Corpo de Desejos, de natureza tal que possa expressar adequadamente as suas características morais. Em seguida, atrai certa quantidade de éter, que se incorpora ao molde do Arquétipo construído no Segundo Céu e que age como argamassa entre os materiais sólidos, líquidos e gasosos recebidos dos Corpos dos pais, que formam assim o Corpo Denso da criança, que renascerá no devido tempo.

(Do Livro:  Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Na Região do Pensamento Concreto todos os objetos sólidos aparecem como cavidades vazias de onde uma nota chave básica é continuamente tocada, assim, quem os vê, também houve dele a história completa de sua existência. Pensamentos-forma que não se cristalizara, ainda em ação concreta ou ser físico, não se apresentam ao observador como uma cavidade, mas ali, os pensamentos não são silenciosos. Ele fala uma linguagem inconfundível e transmitem, de uma forma muito mais precisa do que as palavras, a sua intenção, até que a energia dispendida pelo seu criador se esgote. Como vibram no tom peculiar à pessoa que lhes deu origem, é comparativamente fácil para o ocultista treinado investigar sua fonte.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 64-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Por outro lado, o que realmente causa a morte é o colapso do Arquétipo do Corpo Denso.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 105-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

O local em que crescerá esta parte do Cordão Prateado está indicado no Arquétipo, mas são necessários aproximadamente vinte e um anos para que a junção se complete.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 137-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Este Corpo Denso é formado de acordo com um molde invisível chamado Arquétipo e, enquanto este Arquétipo persistir, o nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos surgindo para pôr fim a uma vida conforme o plano dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o Arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.

Um suicídio, no entanto, é diferente. Neste caso, o Arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais, portanto, sendo incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá durante esses anos de existência “post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa.

(Do Livro:  Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 152-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

Ao mesmo tempo, ele vê um Arquétipo em fase de construção, que mostra a forma que terá a Terra nessa região quando um cataclismo ou uma série de cataclismos tiver destruído a atual configuração desse continente e do oceano adjacente. Talvez seja arriscado determinar quando começará essa remodelação da Terra, mas o Arquétipo ou matriz moldada em matéria mental e representando o pensamento criador do Grande Arquétipo e de Seus construtores estão tão próximo de conclusão que, ao julgar pelo progresso realizado durante os anos em que o autor observou a sua construção, parece seguro dizer que até a metade do século atual (1950), senão antes, as elevações se terão iniciado.

(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 155-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

F I M


[1] N.T.: Quarta Região do Mundo do Pensamento

[2] N.T.: Fonógrafo é um aparelho inventado em 1877 por Thomas Edison para a gravação e reprodução de sons através de um cilindro. É o precursor dos equipamentos eletrônicos que gravam atualmente.

[3] N.T.: ICor 15:50

[4] N.T.: Nêmesis é um substantivo masculino com origem no grego, que indica vingança ou indignação justificada.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Interpretação Mística do Natal

Esse livro se refere ao nascimento místico e à morte do grande Espírito Cristo, abordados sob o ponto de vista de um Clarividente.

O mais pronunciado materialista deve se convencer da divindade do ser humano, após ler as revelações do autor sobre o significado profundo do Cristo e os princípios por Ele proclamados.

Esperamos que a leitura cuidadosa e atenta desse volume sobre a vida sagrada de Cristo incentive uma maior veneração pela Religião Cristã, tornando-a mais aceitável à razão por meio da obra inspirada desse autor, cujo principal objetivo, enquanto viveu, foi o de trazer o ideal de Cristo e a vida simples de servir mais próximo dos corações das pessoas.

Há 3 meios de você acessar esse Livro:

1. Em formato PDF (para download):

A Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz

2. Em forma audiobook ou audiolivro:

Audiobook – A Interpretação Mística do Natal – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz

3. Para estudar no próprio site (ou para fazer download ou imprimir):

 

A Interpretação Mística do

Natal

Seis Dissertações Sobre a Questão do Natal do Ponto de Vista Místico, mostrando o Significado Oculto desse Grande Evento

Por

Max Heindel

Fraternidade Rosacruz

 

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Revisado de acordo com:

1ª Edição em Inglês, 1920, The Mystical Interpretation of Christmas, editada por The Rosicrucian Fellowship

10ª Edição em Inglês, 2012, The Mystical Interpretation of Christmas, editada por The Rosicrucian Fellowship

1ª Edição em Português, editada pela Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP – Brasil

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

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ÍNDICE

PREFÁCIO.. 5

CAPÍTULO I – A SIGNIFICÂNCIA CÓSMICA DO NATAL.. 6

CAPÍTULO II – LUZ ESPIRITUAL – O NOVO ELEMENTO E A NOVA SUBSTÂNCIA.. 10

CAPÍTULO III – O SACRIFÍCIO ANUAL DE CRISTO.. 16

CAPÍTULO IV – O MÍSTICO SOL DA MEIA-NOITE.. 21

CAPÍTULO V – A MISSÃO DE CRISTO E O FESTIVAL DAS FADAS. 26

CAPÍTULO VI – O CRISTO RECÉM-NASCIDO (incluído na 10ª edição) 31

PREFÁCIO

O conteúdo desse livro foi enviado em forma de cartas periódicas pelo autor aos Estudantes. Elas abrangem somente cinco[1] das suas noventa e nove composições em forma de carta. A principal característica dessas lições é o nascimento místico e a morte do grande Espírito Cristo, abordados sob o ponto de vista de um Clarividente. O autor recebeu essas preciosidades raras da verdade por meio da iluminação divina. O materialista mais pronunciado deve se tornar convencido da divindade do ser humano, após ler essas revelações do autor sobre a significância espiritual do Cristo e dos princípios que Ele proclamou.

Dezessete desses folhetos foram impressos em forma de livro sob o título: A Teia do Destino, incluindo os temas: O Efeito Oculto das Nossas Emoções, A Oração – Uma Invocação Mágica e Métodos Práticos para se Alcançar o Sucesso. Nove foram publicadas sob o título: Maçonaria e Catolicismo, como visto por de trás do cenário. As restantes sessenta e oito lições publicaremos no segundo volume da coletânea, conforme o tempo o permita[2].

Nós temos a esperança de que a leitura cuidadosa e atenta desse volume sobre a vida sagrada de Cristo estimule uma maior veneração pela Religião Cristã, tornando-a mais aceitável à razão por meio da obra inspirada desse autor, cujo principal objetivo, enquanto viveu, foi o de trazer o ideal de Cristo e a vida simples de um serviço mais próximo dos corações das pessoas.

28 de outubro de 1920

                                                                          Augusta Foss Heindel

CAPÍTULO I – A SIGNIFICÂNCIA[3] CÓSMICA DO NATAL

Mais uma vez, no decorrer de um ano, estamos às vésperas do Natal. A visão de cada um de nós sobre essa festividade não é a mesma e nem semelhante entre uma e outra. Para o religioso devoto é um período santificado, sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido. Para o ateu é uma tola superstição. Para o puramente intelectual é um enigma, pois está além da razão.

Nas igrejas a história é narrada de como na noite mais santa do ano, Nosso Senhor e Salvador, imaculadamente concebido, nasceu de uma virgem. Nenhuma outra explicação é fornecida; o assunto é deixado a critério do ouvinte que o aceita ou rejeita, de acordo com o seu temperamento. Se a Mente e a razão prevalecem, a fé é excluída; se ele pode acreditar apenas no que pode ser demonstrado aos sentidos, então, é forçado a rejeitar a narrativa como absurda e desarmônica com as várias e imutáveis leis da natureza.

Várias interpretações diferentes foram fornecidas para satisfazerem a Mente, principalmente as de natureza astronômica. Elas estabelecem de como na noite de 24 para 25 de dezembro, o Sol começa sua jornada do sul para o norte. Ele é a “Luz do Mundo”. O frio e a fome inevitavelmente exterminariam a Onda de Vida humana se o Sol permanecesse sempre no Sul[4]. Por isso, é um motivo de grande regozijo quando ele começa sua jornada em direção ao norte. Ele é, então, aclamado o “Salvador”, pois vem “salvar o mundo”, vem para dar o “pão da vida”, quando amadurece “o grão e a uva”. Assim, “Ele dá a sua vida” na cruz (quando cruza) do equador (no Equinócio de Setembro) e começa sua ascensão no céu (norte). Na noite em que começa sua jornada em direção ao norte, o Signo de Virgem, a Virgem Celestial, a “Rainha do Céu”, está no horizonte oriental à meia-noite e é, então, astrologicamente falando, seu “Signo Ascendente”. Portanto Ele “nasce de uma virgem”, sem intermediários, sendo assim “concebido imaculadamente”.

Essa explicação pode satisfazer a Mente quanto à origem da suposta superstição, mas o dolorido vazio que existe no coração de todo cético, esteja ou não ciente do fato, deve permanecer até que a iluminação espiritual seja alcançada, a qual fornecerá uma explicação aceitável tanto ao Coração como à Mente. Derramar tal luz sobre esse mistério sublime será nosso esforço nas páginas seguintes. A Imaculada Concepção será o assunto de uma lição futura; por hora queremos mostrar como as forças materiais e espirituais fluem e refluem alternadamente no decurso do ano, e porque o Natal é verdadeiramente um “dia santo”.

Digamos que concordamos com a interpretação astronômica como sendo válida, desse ponto de vista, como o que se segue é verdadeiro, quando contemplamos o mistério do nascimento sob outro ângulo. O Sol nasce, ano após ano, na noite mais escura. O Salvador do Mundo Cristo também nasce, quando a escuridão espiritual da Humanidade é a maior. Há um terceiro aspecto de suprema importância, isto é, não há nenhuma futilidade nas palavras de S. Paulo quando ele fala do Cristo sendo “formado em você”[5]. É um fato sublime que todos somos Cristos-em-formação, de modo que quando compreendemos que temos que cultivar o Cristo interno antes que possamos perceber o Cristo externo, mais apressaremos o dia da nossa iluminação espiritual. Nesse sentido, novamente citamos o nosso aforismo preferido, de Angelus Silesius[6], cuja sublime percepção espiritual fê-lo proferir:

“Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma segue extraviada.

Olharás em vão a Cruz do Gólgota,

Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo novamente.”

No Solstício de Junho a Terra está mais distante do Sol, mas o raio solar a atinge quase em ângulo reto, em relação ao seu eixo no hemisfério norte, assim resultando no alto grau da atividade física. Nessa ocasião, as radiações espirituais do Sol são oblíquas nessa parte da Terra e são tão fracas como os raios físicos, quando esses são oblíquos.

Por outro lado, no Solstício de Dezembro, a Terra está mais perto do Sol. Os raios espirituais caem em ângulos retos na superfície da Terra no hemisfério norte, promovendo a espiritualidade, enquanto as atividades físicas diminuem devido ao ângulo oblíquo em que o raio solar atinge a superfície dessa parte da Terra. Por esse princípio, as atividades físicas estão no seu mais baixo nível e as forças espirituais no seu mais elevado fluxo na noite entre 24 e 25 de dezembro, por isso, ela é chamada a “noite mais santa” do ano. Por outro lado, no meio do verão é a época de divertimento para os duendes e para as entidades semelhantes compromissadas com o desenvolvimento material do nosso Planeta, conforme demonstrado por Shakespeare no seu Sonho de Uma Noite de Verão.

Se nadarmos quando a maré está mais forte, alcançaremos uma distância maior e com menos esforço do que em qualquer outra ocasião. É de grande importância para o Estudante esotérico saber e compreender as condições particularmente favoráveis que prevalecem na época do Natal. Sigamos a exortação de S. Paulo, no Capítulo 12 da Epístola aos Hebreus[7], jogando fora toda carga à mais, como fazem as pessoas que participam de corridas. Batamos no ferro enquanto ele está quente; isso significa que devemos, nessa época do ano, concentrar todas as nossas energias nos esforços espirituais e para colher o que não conseguiríamos obter em nenhuma outra ocasião do ano.

Lembremo-nos, também, que o autoaperfeiçoamento não deve ser a nossa única consideração. Nós somos Discípulos de Cristo. Se aspirarmos a tal distinção, lembremo-nos do que Ele disse: “Aquele que quiser ser o maior entre vós, seja o servo de todos”[8]. Há um sentimento muito grande de tristeza e sofrimento à nossa volta; há muitos corações solitários e doloridos em nosso círculo de conhecidos. Busquemo-los de maneira discreta. Em nenhuma outra época do ano eles serão mais acessíveis aos nossos apelos. Espalhemos a luz do Sol em seus caminhos. Desse modo, ganharemos suas bênçãos e também as dos nossos Irmãos Maiores. Por sua vez, as vibrações resultantes promoverão um crescimento espiritual impossível de ser atingido de qualquer outro modo.

CAPÍTULO II – LUZ ESPIRITUAL – O NOVO ELEMENTO E A NOVA SUBSTÂNCIA

No ano passado, nosso Curso de Cristianismo Místico, por correspondência, começou com uma lição sobre o Natal, do ponto de vista cósmico. Explicamos que os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, constituem os momentos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra, assim como a concepção assinala o começo da descida do Espírito humano ao Corpo físico, resultando no nascimento, o qual inaugura o período de crescimento até que a maturidade seja alcançada. Neste ponto se inicia uma época de sobriedade e amadurecimento, juntamente com um declínio das energias físicas que terminam em morte. Este acontecimento liberta o ser humano dos tresmalhos da matéria e o conduz a um período de metabolismo espiritual, por meio do qual nossa colheita de experiências terrenas é transmutada em poderes anímicos, talentos e tendências, a fim de serem multiplicados e utilizados nas vidas futuras e, assim, termos condições para crescer mais rica e abundantemente com tais tesouros e sermos considerados dignos, como “administradores fiéis”, para assumirmos postos cada vez mais elevados entre os servos da Casa do Pai.

Essa ilustração se apoia sobre o firme alicerce da grande Lei de Analogia, tão sucintamente expressa pelo axioma hermético: “Assim como é em cima, é em baixo”. Baseados nisso, que é uma chave-mestra para todos os problemas espirituais, dependemos também de um “abre-te sésamo” para as nossas lições do Natal desse ano, que nós esperemos poder corrigir, confirmar ou completar os pontos de vista dos nossos Estudantes, conforme requeira cada caso.

Os corpos, originalmente cristalizados na terrível temperatura da Lemúria, eram demasiado quentes para conter umidade suficiente que permitisse ao Espírito acesso livre e irrestrito a todas as partes da anatomia deles, do mesmo modo que o Espírito consegue, atualmente, por meio do sangue circulante. Mais tarde, no começo da Atlântida, de fato os corpos continham sangue, mas se moviam com dificuldade, e teriam se ressecado rapidamente, em razão da alta temperatura interna, não fora o fato de prevalecer naquela atmosfera aquosa uma farta umidade. A inalação desse solvente atenuava grandemente o calor e abrandava o Corpo, até que uma quantidade suficiente de umidade pudesse ser retida dentro dele, permitindo a respiração na atmosfera comparativamente seca que mais tarde ocorreria.

Os corpos dos primitivos Atlantes eram de uma substância granulosa e fibrosa, não diferentes dos nossos atuais tendões e, também, semelhante a madeira; contudo, com o tempo, o hábito adquirido de comer carne, capacitou o ser humano a assimilar a quantidade de albumina suficiente para construir tecidos elásticos necessário à formação dos pulmões e das artérias, assim permitindo a livre circulação do sangue, conforme se verifica agora em todo o sistema humano. Na época em que aconteceram essas mudanças interna e externamente, o grande e glorioso arco de sete cores surgiu no céu carregado de nuvens para assinalar o advento do Reino do Homem, aonde as condições viriam a ser tão variadas como os matizes que colorem a atmosfera ao refratar a luz solar de uma só cor. Então, o primeiro aparecimento do arco-íris nas nuvens marcou o início da Era de Noé, com suas estações e períodos alternantes, dos quais o Natal é um deles.

Entretanto, as condições prevalecentes nesse período não são permanentes, como não o eram as dos períodos anteriores. O processo de condensação que transformou o nevoeiro ardente da Lemúria na atmosfera de umidade densa da Atlântida, e mais tarde se liquefez em água, que inundou as cavidades da Terra e impeliu a Humanidade para as montanhas e os altiplanos, ainda continua. Ambas, a atmosfera e a nossa condição fisiológica estão mudando, assinalando, aos que sabem ver e compreender, que a aurora de um novo dia no horizonte virá ou acontecerá em breve, uma era de unificação, mencionada na Bíblia como o Reino de Deus.

A Bíblia não nos deixa dúvidas a respeito das mudanças. Cristo disse que, como nos dias de Noé, assim deverá ser nos dias vindouros. Ambos, a Ciência e os descobrimentos, agora encontram condições que não existiam anteriormente. É um fato científico que o oxigênio está sendo consumido em quantidades alarmantes, alimentando os fornos e outros processos que necessitam desse combustível das indústrias; os incêndios nas florestas também sorvem em grande escala o nosso estoque desse elemento importante, além de aumentar o processo secante a que a atmosfera está naturalmente submetida. Eminentes cientistas ressaltam que chegará o dia em que o globo não poderá sustentar a vida que depende da água e do ar para existir. Suas ideias não nos afligem tanto, pois a data que apontam ainda está muito distante; mas, mesmo que seja assim, o destino da Época Ária é tão inevitável quanto o da Atlântida inundada.

Pudesse um Atlante ser transferido para nossa atmosfera ele seria asfixiado, como um peixe fora de seu elemento natural. Quadros vistos na Memória da Natureza provam que os aviadores pioneiros, daquela Época, de fato desmaiavam quando encontravam essas correntes de ar que desciam, gradualmente, sobre a terra que habitavam, e tais experiências suscitavam muitos comentários e especulações. Os aviadores de hoje já estão encontrando o novo elemento e experimentando a sensação de asfixia, do mesmo modo que experimentaram os seus ancestrais Atlantes e, por razões análogas, encontraram um novo elemento descendo do alto, o qual tomará o lugar do oxigênio da nossa atmosfera. Há também uma nova substância se introduzindo na constituição humana e que substituirá a albumina. Ademais, assim como os aviadores da Atlântida desmaiavam e eram impedidos, pela corrente descendente de ar, de penetrar na Época Ária, a terra prometida, dessa maneira prematura, também assim o novo elemento desafia os aviadores de hoje e a Humanidade em geral, até que todos tenham aprendido a assimilar seus aspectos materiais. E tal como os Atlantes, cujos pulmões não estavam desenvolvidos e sucumbiram na inundação, assim também a nova Era encontrará alguns sem o “Manto Nupcial”, e, portanto, incapacitados para entrar nela, até que se qualifiquem num período posterior. Por isso, é da maior importância para todos saber a respeito do novo elemento e da nova substância. A Bíblia e a Ciência, unidas, fornecem ampla informação a respeito do assunto.

Como mencionamos anteriormente, na Grécia antiga, a Religião e Ciência eram ensinadas nos templos de mistério, juntamente com as belas-artes e as habilidades manuais, como uma doutrina única de vida e de ser; contudo, essa condição foi temporariamente suspensa para facilitar determinadas fases do desenvolvimento. A união das linguagens religiosa e científica na Grécia antiga facilitava a compreensão dessas matérias; no entanto, hoje em dia, as complicações repousam no fato de que a religião traduziu e a Ciência simplesmente transferiu seus termos do Grego original, o que tem causado muitas divergências e uma perda do elo entre as descobertas da Ciência e os ensinamentos da Religião.

Para chegarmos a uma desejada compreensão das mudanças fisiológicas que continuam agora em nosso sistema, podemos lembrar que, segundo a Ciência, os lóbulos frontais do cérebro estão entre as estruturas humanas de mais recente desenvolvimento e que, proporcionalmente, este órgão é muito maior no ser humano do que em qualquer outra criatura. Agora, a pergunta: existe no cérebro alguma substância peculiar, e se existe, qual pode ser a sua significância?

A primeira parte da pergunta pode ser respondida por qualquer obra científica relativa ao assunto, mas o livro O Conceito Rosacruz do Cosmos fornece mais subsídios, conforme transcrevemos abaixo:

“O cérebro (…) é constituído pelas mesmas substâncias que as demais partes do Corpo, mas, além delas, tem o fósforo, peculiar somente ao cérebro. Conclusão lógica a tirar: o fósforo é o alimento particular mediante o qual o Ego pode expressar pensamentos… A quantidade desta substância é proporcional ao estado de consciência e ao grau de inteligência do indivíduo. Os idiotas têm muito pouco fósforo. Os profundos pensadores têm muito. (…) Portanto, é de suma importância que o Aspirante ansioso de se empregar em trabalhos mentais e espirituais dê ao cérebro esta necessária substância”.

A indiscutível religiosidade dos Católicos é verificável, em parte, na prática de comer peixe, alimento rico em fósforo, às sextas-feiras e durante a Quaresma. Ainda que o peixe pertença a uma ordem de vida inferior, O Conceito Rosacruz do Cosmos não aprova a sua matança, indicando ao Estudante certas verduras por meio das quais pode conseguir, fisicamente, abundância dessa desejável substância. Existem outros e melhores meios para essa obtenção, embora não mencionados em O Conceito Rosacruz do Cosmos.

Não foi por acaso que os instrutores da Escola de Mistério Grega denominaram assim essa substância luminosa que conhecemos por fósforo. Para eles era patente que “Deus é Luz” – a palavra grega designativa de luz é phos. Portanto, muito apropriadamente, eles denominaram a substância do cérebro, que é a avenida de ingresso do impulso divino, phos-phorus, literalmente “portador da luz”. Na medida em que formos capazes de assimilar essa substância, nos tornamos cheios de luz e começamos a brilhar a partir de dentro, nos circundando, então, de um halo como uma marca de santidade. O fósforo, contudo, é apenas um meio físico que possibilita a luz espiritual se expressar por meio do cérebro físico, sendo a luz, em si mesma, um produto do crescimento anímico. Entretanto, o crescimento anímico capacita o cérebro a assimilar quantidades crescentes de fósforo; assim, o método para a aquisição dessa substância, em maiores quantidades, não deve ser pelo metabolismo químico e sim pelo processo alquímico do crescimento anímico, o que foi totalmente esclarecido por Cristo quando Ele disse a Nicodemos:

“Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo… Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado.

… Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram mais trevas à luz…

… Pois quem faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que suas obras não sejam demonstradas como culpáveis. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se manifeste que suas obras são feitas em Deus” (Jo 3:17-21).

O Natal é a época do ano da luz espiritual mais intensa que há. Durante esta Época de ciclos alternantes há marés altas e baixas de luz espiritual, como acontece com as águas do oceano. A primitiva Igreja Cristã marcou a concepção no mês de setembro, de modo que até hoje o evento é celebrado pela Igreja Católica, quando a grande Onda de Vida e luz espirituais começa a sua descida na Terra. O ponto máximo de maré é alcançado no Natal, que é verdadeiramente a época santa do ano, a ocasião em que essa luz espiritual é mais facilmente contatada e especializada pelo Aspirante, por meio dos atos de compaixão, gentileza e amor. As oportunidades para praticar esses atos não faltam, nem mesmo para os mais pobres, porque, conforme enfatizam frequentemente os Ensinamentos Rosacruzes, o serviço conta mais que os auxílios financeiros, que pode até ser prejudicial a quem o recebe. Todavia, a quem muito é dado, muito será exigido e, se alguém foi abençoado com abundância de bens do mundo, uma cuidadosa distribuição dos mesmos deveria, necessariamente, ser observada em qualquer oportunidade de servir. Recordemos, ainda, as palavras de Cristo: “Em verdade vos digo, sempre que fizerdes isto a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fazeis”[9]. Então, nós devemos segui-Lo como luzes ardentes e brilhantes, mostrando o caminho para a Nova Era.

CAPÍTULO III – O SACRIFÍCIO ANUAL DE CRISTO

Você já esteve ao lado do leito de um amigo ou parente que se encontrasse preste a passar desse Mundo para o além? Muitos de nós já tivemos essa experiência, pois qual o lar que não foi visitado pelo Pai Tempo? Nem é incomum a fase que se segue ao ocorrido, à qual devemos prestar atenção especial. A pessoa prestes a passar desse Mundo para o além, muitas vezes fica em estado de estupor[10]; então desperta e vê não apenas esse Mundo, mas também o Mundo em que está preste a entrar; é muito significante que nesses momentos ela vê as pessoas que foram suas amigas ou parentes durante a parte da sua vida – filhos, filhas, esposa (ou marido) ou qualquer pessoa que lhe tenha sido realmente muito próxima ou muito querida – postadas ao redor do seu leito e aguardando o momento da transição. A mãe poderá estender os braços: “Oh! É o João e como ele cresceu! Que rapaz esplêndido e enorme ele está!”. E, desse modo, ela reconhecerá, um após outro, todos os filhos já falecidos. Estes estão reunidos em volta da sua cama à espera que ela vá se unir a eles, animados pela mesma sensação que assalta as pessoas quando uma criança está prestes a nascer nesse Mundo: o regozijo pela chegada de alguém que eles sentem, instintivamente, ser um amigo que está voltando para eles.

Assim, o mesmo se dá com as pessoas que, tendo passado antes ao além, se reúnem para receber um amigo (ou uma amiga) que está prestes a cruzar a fronteira e se juntar a eles do outro lado do véu. Vemos, assim, que o nascimento em um Mundo é morte, sob o ponto de vista do outro Mundo, isto é, a criança que vem a nós morre para o Mundo espiritual, e a pessoa que sai do alcance dos nossos olhos, ao transpor o véu pela morte, nasce em um novo Mundo e se junta a seus amigos lá.

Como é em cima, assim é em baixo; a Lei da Analogia, que é a mesma para o microcosmo e para o macrocosmo, nos diz que aquilo que acontece aos seres humanos sob determinadas condições, também deve se aplicar ao super-humano, em circunstâncias análogas. Estamos nos aproximando do Solstício de Dezembro, os dias mais escuros do ano, a época em que a luz brilha com menos intensidade, quando o hemisfério norte se torna frio e melancólico. Porém, na noite mais longa e mais escura do ano, quando o Sol retoma o seu caminho ascendente, a luz de Cristo nasce de novo na Terra e o mundo inteiro se rejubila. Conforme a nossa analogia, quando Cristo nasce na Terra, Ele morre no céu. Assim como o Espírito livre está, no momento do nascimento, firme e fortemente enclausurado no véu da carne, que o restringe por toda a vida física, assim também o Espírito de Cristo é agrilhoado e tolhido, toda vez que Ele nasce na Terra. Esse grande Sacrifício Anual começa quando soam os nossos sinos de Natal, quando os alegres sons do nosso louvor e gratidão ascendem aos céus. No mais literal sentido da palavra, Cristo é aprisionado desde o Natal até a Páscoa.

O ser humano pode zombar da ideia de que existe, nessa época do ano, um influxo de vida e luz espirituais, não obstante, isso é um fato, creiamos ou não. Nessa época do ano, no mundo inteiro, todos se sentem mais leves, diferentes, algo como se um fardo fosse tirado dos seus ombros. O espírito de “paz na terra e boa vontade entre os homens” prevalece, e o espírito de que nós também deveríamos dar algo se expressa nos presentes de Natal. Esse espírito não pode ser negado, já que é evidente a qualquer observador; e isso é um reflexo da grande onda de dádiva divina. Deus tanto amou o mundo, que Ele deu Seu Filho único ou unigênito. O Natal é a época das dádivas, mesmo que a consumação do sacrifício aconteça apenas na Páscoa; aqui está o ponto crucial, o momento decisivo, o lugar onde sentimos que alguma coisa aconteceu e que garante a prosperidade e a continuidade do mundo.

Quão diferente é o sentimento do Natal daquele que se manifesta na Páscoa! Nesse último há uma expressão de desejo, uma energia que se expressa em amor sexual, visando à perpetuação de si mesmo como nota-chave; quão diferente disso é do amor que se expressa no espírito de dar ao invés de receber, que sentimos no Natal.

Agora, observe as igrejas; nunca suas velas brilham tanto quanto nesse dia mais curto e mais escuro do ano. Em nenhuma outra ocasião os sinos ressoam tão festivos, do que quando proclamam para o mundo a mensagem para o mundo esperançoso: “O Cristo nasceu!”.

Deus é Luz[11], diz o inspirado Apóstolo e nenhuma outra descrição é capaz de comunicar ou expressar tanto da natureza de Deus quanto essas três pequenas palavras. A luz invisível, que se encontra envolvida pela chama sobre o altar, é uma representação apropriada de Deus, o Pai. Nos sinos, temos um símbolo muito apropriado de Cristo, a Palavra, pois suas línguas metálicas proclamam a mensagem do Evangelho da paz e boa vontade, enquanto o incenso, simbolizando um maior fervor espiritual, representa o poder do Espírito Santo. Por conseguinte, a Trindade é simbolicamente parte da celebração que faz do Natal a época do ano de maior regozijo espiritual, sob o ponto de vista da Onda de Vida humana que está envolvida e trabalhando, atualmente, no Mundo Físico.

Todavia, não se deve esquecer, conforme dissemos no terceiro parágrafo desse capítulo, que o nascimento de Cristo na Terra é a Sua morte para a glória dos céus; que, quando nos rejubilamos pelo Seu regresso anual a nós, de fato Ele toma novamente sobre Si o pesado fardo físico que cristalizamos ao nosso redor, e que é agora a nossa habitação – a Terra. Nesse pesado corpo, Ele é incrustado e espera, ansiosamente, pelo dia da libertação final. Podemos compreender, naturalmente, que existem dias e noites, tanto para os maiores Espíritos quanto para os seres humanos; que, do mesmo modo que vivemos em nossos Corpos durante o dia, cumprindo o destino que nós mesmos criamos no Mundo Físico e somos liberados à noite para nos recuperarmos nos Mundos superiores, assim também existe essa alternância para o Espírito de Cristo. Parte do ano Ele habita o interior do nosso globo, e depois se retira para os Mundos superiores. Assim, o Natal é para Cristo o começo de um dia de vida física, o início de um período de restrição.

Qual deveria ser, portanto, a aspiração do místico devotado e iluminado, que percebe a grandeza do Seu sacrifício, a grandeza desse dom que está sendo concedido à Humanidade por Deus nessa época do ano; que percebe esse grande sacrifício de Cristo por nossa causa; essa dádiva de Si mesmo Se sujeitando a uma morte virtual para que possamos viver esse maravilhoso amor que está sendo derramado sobre a Terra nessa época? Unicamente a de imitar, mesmo que em pequena escala, as maravilhosas obras de Deus! Ele deveria aspirar fazer de si mesmo um servo da Cruz como jamais o fora antes; mais disposto a seguir o Cristo em todas as coisas, se sacrificando pelos seus irmãos e irmãs; colaborando, dentro de sua esfera imediata de trabalho, para a elevação da Humanidade, de modo a apressar o dia da libertação pela qual o Espírito de Cristo está esperando, gemendo e trabalhando penosamente. Estamos aqui falando de uma libertação permanente, do dia e do advento de Cristo.

Para alcançarmos essa aspiração na medida mais ampla, avancemos pelo ano que está a nossa frente plenos de autoconfiança e fé. Se até aqui temos sentido que não há esperanças sobre a nossa capacidade de trabalhar para Cristo, ponhamos de lado esse sentimento, pois afinal Ele nos disse: “Maiores obras que estas vós o fareis![12]. Ele, que era a Palavra da Verdade, teria dito tais coisas, se elas não fossem possíveis de serem alcançadas? Todas as coisas são possíveis àqueles que amam a Deus. Se realmente trabalharmos em nossa própria pequena esfera, não buscando coisas maiores até havermos feito aquelas que estão à mão, então descobriremos que um maravilhoso crescimento anímico pode ser atingido, de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que não saberão definir, mas que, não obstante, lhes será evidente – elas verão a luz do Natal, a luz do Cristo recém-nascido brilhando dentro da nossa esfera de ação. Isso pode ser conseguido; depende apenas de nós mesmos aceitá-Lo por meio da Sua palavra, cumprindo o que Ele ordenou: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”[13]. A perfeição pode parecer uma longa caminhada; nós podemos perceber mais agudamente quando olhamos para Ele quão longe estamos de viver de acordo com nossos ideais. Mesmo assim, é pelo esforço diária, hora após hora, que finalmente chegaremos lá, e a cada dia algum progresso pode ser feito, algo pode ser realizado; de um modo ou de outro podemos deixar a nossa luz brilhar para que os seres humanos possam vê-la como faróis na escuridão do Mundo. Possa Deus nos ajudar durante o próximo ano a alcançar uma semelhança com Cristo maior do que jamais conseguimos antes. Possamos viver a vida de tal modo que, quando outro ano tiver passado, quando contemplarmos novamente as luzes do Natal e ouvirmos os sinos chamando para as cerimônias da Noite Santa, possamos sentir que não temos vivido em vão.

Cada vez que nos damos ao serviço em benefício dos outros, acrescentamos brilho aos nossos Corpos-Alma, que são feitos de Éter. É o Éter de Cristo que permite esse nosso globo flutuar, e recordemos que, se quisermos trabalhar por Sua libertação, devemos, juntos com uma quantidade suficiente de pessoas, desenvolver nossos Corpos-Alma até ao ponto em que essa quantidade de pessoas possa fazer flutuar a Terra. Desse modo poderemos tomar o Seu fardo e O livrar da dor da existência física.

CAPÍTULO IV – O MÍSTICO SOL DA MEIA-NOITE

Exotericamente, e desde tempos imemoriais, o Sol é venerado como o dador de vida, porque a multidão era incapaz de ver, além do símbolo material, uma grande verdade espiritual. Contudo, além daqueles que adoravam a órbita celeste, que é vista com os olhos físicos, sempre houve e continua a haver uma pequena, mas crescente minoria, um sacerdócio consagrado mais pela retidão do que pelos rituais, que viu e vê as eternas verdades espirituais, por trás das formas temporais e evanescentes que revestem essas verdades, nas mudanças das vestes cerimoniais, conforme o momento, e às pessoas a que foram, originalmente, destinadas. Para eles, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Místico Sol da Meia-Noite, quando os três atributos divinos: Vida, Luz e Amor penetram em nosso Planeta no Solstício de Dezembro e começam a irradiar do centro do nosso globo. Esses raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma luz sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao mais importante, sem distinção alguma. Todavia, nem todos podem participar desse maravilhoso dom na mesma medida; alguns conseguem mais, outros menos e alguns nem participam da grande oferta de amor que o Pai preparou para nós em Seu Filho Unigênito, porque ainda não desenvolveram o imã espiritual, o Cristo menino interno, que sozinho pode nos guiar ao Caminho, à Verdade e à Vida.

“Que adianta o Sol brilhar,

 Se eu não tiver olhos para ver?

Como saberei que o Cristo é meu,

a não ser através do Cristo em mim?

Essa voz silenciosa dentro do meu coração

é o penhor do pacto

entre Cristo e eu – ela transmite

para a fé a força do Feito”

Essa é, sem dúvida, uma experiência mística que soa verdadeira para muitos de nossos Estudantes, tão verdadeira como a noite segue ao dia e ao inverno segue o verão. A menos que tenhamos Cristo dentro de nós, a menos que um maravilhoso pacto fraternal de sangue tenha sido consumado, não podemos ter parte no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar. Contudo, quando Cristo se formar em nós, quando a Imaculada Concepção se tornar uma realidade em nossos próprios corações, quando nós nos prostrarmos aos pés do Cristo recém-nascido, para Lhe oferecer os nossos presentes, dedicando a natureza inferior ao serviço do Eu Superior, então, e só então, as festividades natalinas serão compartilhadas por nós, ano após ano. E, quanto mais arduamente tenhamos trabalhado na “Vinha do Mestre”, mais clara e distintamente poderemos ouvir a voz silenciosa dentro dos nossos corações, sussurrando o convite: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo… porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.”[14]. Então, ouviremos uma nova nota nos sinos de Natal como nunca ouvimos antes, pois em todo ano não há dia mais feliz do que o do Nascimento de Cristo, quando Ele renasce na Terra, trazendo com Ele presentes para os filhos dos seres humanos – presentes que significam a continuação da vida física; porque sem essa vitalizante e energizante influência do Espírito de Cristo, a Terra permaneceria fria e árida; não haveria uma nova canção da primavera, nem os pequeninos coristas da floresta para alegrar os nossos corações à chegada do verão; a pressão gélida dos polos Boreais manteria a Terra agrilhoada e muda para sempre, nos impossibilitando de prosseguir em nossa evolução material, tão necessária para aprendermos a usar o poder do pensamento por meio de apropriados canais criativos.

O espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele que já desenvolveu o Cristo interno. O homem e a mulher comuns sentem esse espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas o místico iluminado pode vê-lo e senti-lo meses antes e meses depois do seu ponto culminante na Noite Santa. Em setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a reluzir nos céus; essa luz parece permear todo o universo solar; gradualmente, vai crescendo em intensidade, parecendo envolver o nosso globo; então, ela penetra na superfície do Planeta e, pouco a pouco, se concentra no centro da Terra, onde os Espíritos-grupo das plantas residem. Na Noite Santa ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo de seu esplendor. Então, começa a irradiar a luz concentrada, fornecendo nova vida à Terra para que essa prossiga com as atividades da Natureza no ano entrante.

Isso é o começo do grande drama cósmico “do Berço à Cruz”, que acontece anualmente durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

Cosmicamente, o Sol nasce na mais longa e escura noite do ano, quando o Signo zodiacal Virgem, a Virgem Celestial, está no horizonte oriental à meia-noite, para dar à luz o filho Imaculado. Durante os meses que se seguem, o Sol transita pelo violento Signo de Capricórnio onde, miticamente, todos os poderes das trevas se concentram em frenético esforço para matar o Portador-da-Luz, uma fase do drama solar que é apresentado, misticamente, no episódio da perseguição movida pelo Rei Herodes, e da fuga para o Egito, a fim de escapar da morte.

Quando o Sol entra no Signo de Aquário – o Portador-da-Água –, e em fevereiro (estando o Sol ainda em Aquário) temos a época das chuvas e tempestades; e do mesmo modo que o batismo misticamente consagra o Salvador à sua obra de serviço, assim também a abundância de umidade, que desce sobre a Terra, a torna amaciada e pronta para que possa produzir frutos que preservam a vida de todos os que nela habitam.

A seguir, o Sol transita pelo Signo de Peixes – os peixes. Nessa altura, os estoques de alimentos do ano anterior já foram quase totalmente consumidos, de forma que as provisões dos seres humanos ficam escassas. Temos, por conseguinte, o longo jejum da Quaresma, que misticamente representa para o Aspirante o mesmo ideal mostrado cosmicamente pelo Sol. Nesse momento do ano ocorre o carne-vale, o adeus à carne, pois todo aquele que aspira a vida superior precisa, algum dia, se despedir da natureza inferior com todos os seus desejos e se preparar para a Páscoa que, então, se aproxima.

Em abril, quando o Sol cruza o equador celestial e entra no Signo de Áries – o Cordeiro – a cruz se ergue como um símbolo místico que o candidato à vida superior precisa aprender e, em seguida, aprender a abandonar o veículo mortal e começar a escalada para o Gólgota, o lugar na caveira; e daí cruzar o limiar do Mundo invisível. Finalmente, imitando a subida do Sol para os céus do norte, ele precisa aprender que o seu lugar é com o Pai e, com todo fervor, deve se elevar até aquele exaltado lugar. Assim como o Sol não permanece naquele elevado grau de declinação, mas ciclicamente desce para o Equinócio de Setembro e Solstício de Dezembro a fim de completar novamente o círculo para benefício da Humanidade, do mesmo modo todo aquele que aspira se tornar um Caráter Cósmico, um salvador da Humanidade, precisa ser preparado para se oferecer, muitas vezes, como um sacrifício em benefício de seus semelhantes.

Esse é o grande destino colocado diante de nós; cada um é um Cristo-em-formação, se o quiser ser, porque como disse Cristo aos Seus Discípulos: “Aquele que crer em Mim fará também as obras que faço, e maiores ainda.”[15]. Além disso, e de acordo com a máxima: “A necessidade do ser humano é a oportunidade de Deus”, nunca houve tão grande oportunidade de imitar o Cristo, de fazer as obras que Ele fez, como nos dias atuais, quando todo o continente europeu vive sob o paroxismo de uma guerra mundial[16] e quando o maior de todos os cânticos de Natal: “Paz na Terra e boa vontade entre os homens[17] parece mais longe de se concretizar do que nunca. Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite uma impressão ao Espírito de Raça, quando a ele é direcionada, especialmente quando a Lua está em Câncer, Escorpião ou Peixes, que são os três grandes Signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos dessa natureza. Usemos os dois dias e meio que a Lua transita por cada um desses Signos para propósito de meditar sobre a paz – “paz na Terra e boa vontade entre os homens”. Todavia, ao fazê-lo, estejamos certos de não tomar partido, a favor ou contra, por quaisquer das nações conflitantes; lembremos a todo instante que cada um dos seus membros é nosso irmão. Cada um merece o nosso amor tanto quanto o outro. Vamos manter o foco do pensamento de que nós queremos é ver a Fraternidade Universal ser realizada sobre a Terra, ou seja, “a paz na Terra e boa vontade entre os homens”, a despeito de terem os combatentes nascidos de um lado ou de outro das linhas imaginárias traçadas nos mapas, ou como eles se expressam nesse, naquele ou em qualquer outro idioma. Oremos para que a paz possa reinar sobre a Terra; uma paz duradoura e uma boa vontade entre todos os seres humanos, não importando quaisquer diferenças de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito em formular com os nossos corações, e não apenas com os nossos lábios, essa prece impessoal a favor da paz, anteciparemos a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a Ele que estamos todos destinados na época oportuna – o Reino dos Céus, onde Cristo é “Rei dos reis e Senhor dos senhores”[18].

CAPÍTULO V – A MISSÃO DE CRISTO E O FESTIVAL DAS FADAS

Sempre que nos defrontamos com um dos mistérios da natureza que não conseguimos explicar, simplesmente acrescentamos um novo termo ao nosso vocabulário, uma espécie de truque para ocultar a nossa ignorância a respeito do assunto. Tal ocorre com a palavra ampère que utilizamos para medir o volume da corrente elétrica, o volt que empregamos para medir a força da corrente, e o ohm que empregamos para demonstrar o grau de resistência que um dado condutor oferece à passagem da corrente. Dessa maneira, depois de muito estudar a respeito de palavras e figuras, as Mentes mestras da Ciência elétrica tentam se persuadir e persuadir aos demais que compreenderam o que significa tais coisas após pensarem muito sobre tal penetrando no mistério dessa força difícil de descrever e que desempenha um papel tão importante no trabalho do mundo; mas, depois de tudo dito e eles entrarem em consenso, esses seres humanos iminentes admitem que as mais brilhantes luzes da Ciência elétrica não conhecem senão um pouquinho mais do que uma criança da escola primária, quando começa a experiência com pilhas e baterias.

O mesmo se passa com as outras Ciências; os anatomistas não podem distinguir o embrião de um cão do de um ser humano durante um longo período, e enquanto o fisiologista discorre com autoridade sobre o metabolismo, não pode deixar de admitir que as experiências de laboratório, pelas quais se esforça para imitar nosso processo digestivo, devem ser e são muito diferentes das transmutações que se operam no laboratório químico do corpo, pela alimentação que ingerimos. Isso não é dito para desacreditar ou menosprezar as maravilhosas descobertas da Ciência, mas para demonstrar que existem fatores por detrás de todas as manifestações da natureza – inteligências de diversos graus de consciência, construtivas e destrutivas, que desempenham parte importante na economia da natureza – e até que esses agentes sejam reconhecidos e suas atividades estudadas, nós não podemos ter um conceito adequado do modo como atuam essas forças da natureza, as quais chamamos: calor, eletricidade, gravidade, ação química, etc.. Para os que cultivam a visão espiritual, é evidente que os chamados mortos empregam parte de seu tempo em aprender a construir corpos sob a direção de certas Hierarquias espirituais. Eles são os agentes metabólicos e anabólicos; eles são os fatores invisíveis na assimilação e é, portanto, literalmente exato que seríamos incapazes de viver sem a importante ajuda daqueles que nós chamamos mortos.

Para conceber a ideia de como esses agentes trabalham e da sua relação conosco, podemos citar um exemplo mencionado no Livro Mistérios Rosacruzes: “suponhamos que um carpinteiro está construindo uma mesa, e um cachorro, que é um Espírito em evolução pertencente à outra Onda de Vida, está observando-o. Ele vê o processo de cortar tábuas; gradualmente a mesa é formada desse material e finalmente fica pronta. No entanto, ainda que o cachorro esteja atento ao trabalho do carpinteiro, ele não tem um conceito claro de como esse trabalho foi feito, nem do uso final da mesa. Suponhamos, ainda mais, que o cachorro estivesse dotado somente de uma limitada visão e incapaz de perceber o carpinteiro e suas ferramentas; veria somente as tábuas de madeira, gradualmente, sendo divididas em partes, depois se juntarem e ficarem dispostas de outra maneira até a mesa tomar forma e ficar pronta. Ele veria o processo da formação e o objeto terminado, mas não teria ideia que a ação ativa do carpinteiro foi necessária para transformar a madeira em mesa”. Se o cachorro pudesse falar, explicaria a origem da mesa como Topsy[19] se referiu a si mesma dizendo: “simplesmente cresceu”.

Nossa relação com as forças da natureza é semelhante àquela do cachorro com o invisível carpinteiro, e também nós somos tão capazes de explicar os mistérios da natureza, como Topsy o fez. Nós, cultamente, narramos às crianças como o calor do Sol evapora a água dos rios e oceanos, fazendo que esse vapor ascenda às regiões mais frias do ar onde se condensa em nuvens, que se tornam, finalmente, tão saturadas de umidade que elas gravitam em direção à terra em forma de chuva para encher os rios e oceanos, e novamente a água é evaporada. É tudo perfeitamente simples: um belo processo automático de movimento contínuo. Contudo, é só isso? Não há, nessa teoria, um número de omissões? Sabemos que sim, embora não possamos nos desviar muito do nosso assunto para discuti-lo. Uma coisa que está faltando explicar completamente é a ação das, nomeadamente, semi-inteligente Sílfides[20] que levantam as delicadas partículas da água volatilizada em vapor de água preparadas pelas Ondinas, e que as levam o mais alto possível antes que aconteça a condensação parcial e as nuvens são formadas. Essas partículas de água são guardadas pelas Sílfides, até que as Ondinas as forcem a libertá-las. Quando dizemos que há tempestades, na verdade, batalhas estão sendo travadas na superfície do mar e no ar, algumas vezes com a ajuda das Salamandras, para acender a tocha do relâmpago da separação entre hidrogênio e oxigênio, e enviar seu aterrorizante zigue-zague através da negra escuridão, seguida do poderoso troar do trovão na atmosfera clareada, enquanto as Ondinas, triunfalmente, lançam as resgatadas gotas de água sobre a terra, para que elas possam novamente se unir ao seu elemento materno.

Os pequenos Gnomos são necessários para construir as plantas e as flores. Seu trabalho é pintá-las com matizes inumeráveis de cores, que deleitam os nossos olhos. Eles, também, cortam os cristais em todos os minerais e elaboram as gemas valiosas que cintilam nos diademas preciosos. Sem eles não haveria ferro para nossas máquinas e nem ouro com que pagá-las. Eles estão em todas as partes e a proverbial abelha não é tão atarefada como eles. Enquanto para a abelha é dado todo o crédito pelo trabalho que ela faz, os pequenos Espíritos da Natureza, que desempenham uma parte imensamente importante no trabalho do mundo, são desconhecidos, salvo por alguns que são chamados de sonhadores ou loucos.

No Solstício de Junho e no hemisfério norte as atividades físicas da natureza estão no apogeu ou zênite, portanto, é na “Noite do meio do Verão” que se realiza o grande Festival das Fadas, que trabalharam para construir o universo material;  nutriram o gado, cultivaram o grão e estão saudando com alegria e dando graças à onda de força, que é a sua ferramenta, para colorir as flores, na assombrosa variedade de delicados matizes requeridos por seus arquétipos, pintando-as em inúmeras tonalidades que são o prazer e o desespero do artista.

Na maior de todas as noites da alegre estação do verão, as Fadas se reúnem vindas dos pântanos e das florestas, dos estreitos e pequenos vales para o Festival das Fadas. Elas realmente cozem e preparam seus alimentos etéricos e, mais tarde, dançam em êxtases de alegria – a alegria de terem realizado o seu trabalho e desempenhado importante papel na economia da natureza.

É um axioma científico que a natureza não tolera o que é inútil; os parasitas e os zangões são uma abominação; o órgão que se torna supérfluo se atrofia, assim também acontece com o membro ou o olho que não é usado. A natureza tem um trabalho a fazer e necessita da colaboração de todos que se propuseram a justificar suas existências, pois todos são partes desse trabalho. Isso se aplica à planta, ao Planeta, ao ser humano, ao animal e também às Fadas. Elas têm seu trabalho a cumprir; elas são hostes ativas e suas atividades são a solução para muitos mistérios da natureza, como já foi explicado.

Nós estamos agora no outro polo do ciclo anual, quando os dias são curtos e as noites mais longas[21]; fisicamente falando, a escuridão cai sobre o hemisfério norte, mas a onda espiritual de luz e vida, que será à base do crescimento e progresso do próximo ano, agora está na maior altura e força. Na Noite de Natal, no Solstício de Dezembro, quando o celestial Signo da Virgem Imaculada está no horizonte oriental à meia noite, o Sol do novo ano nasce para salvar a Humanidade do frio e da fome, que continuariam se a manifestação dessa luz fosse suprimida. Nessa ocasião, o Espírito Cristo nasce na Terra e começa a fermentar e fertilizar os milhões de sementes que as Fadas prepararam e regaram para que possamos ter alimento físico. No entanto, “o ser humano não vive somente de pão[22]. Importante como é o trabalho das Fadas, se torna insignificante comparado com a missão de Cristo, que nos traz, a cada ano, o alimento espiritual necessário para que avancemos no caminho do progresso, para que possamos alcançar a perfeição no amor com tudo o que ele implica.

É o advento dessa maravilhosa luz de amor que nós simbolizamos pelas lamparinas acesas no altar e pelo soar dos sinos do Natal que, a cada ano, anunciam as boas novas do nascimento do Salvador, pois no sentido espiritual, luz e som são inseparáveis; a luz é colorida e o som é modificado de acordo com o tom vibratório. A luz do Natal que brilha sobre a Terra é dourada, induzindo os sentimentos de altruísmo, alegria e paz, os quais nem mesmo a grande guerra consegue obscurecer.

A guerra passou e como normalmente damos mais valor ao que perdemos, esperemos que toda a Humanidade se una nesse Natal para o canto dos cantos: “Paz na Terra e Boa Vontade entre os homens”.

CAPÍTULO VI – O CRISTO RECÉM-NASCIDO (incluído na 10ª edição)

Temos repetido com frequência em nossa literatura, que o sacrifício de Cristo não foi um acontecimento que teve lugar no Gólgota, nem foi consumado de uma vez por todas em poucas horas, mas que os nascimentos e mortes místicas do Redentor são contínuas ocorrências cósmicas. Concluímos que esse sacrifício é necessário à nossa evolução física e espiritual durante a presente fase do nosso desenvolvimento. Como se aproxima a época do nascimento anual de Cristo, mais uma vez é-nos apresentado um tema para meditação, um tema que nunca envelhece e é sempre novo. Podemos tirar muito proveito refletindo sobre ele e dedicando-lhe uma oração, para que faça nascer em nossos corações uma nova luz que nos guie no caminho da regeneração.

O Apóstolo deu-nos uma maravilhosa definição da Divindade quando disse: “Deus é Luz”, pelo que a “Luz” tem sido usada para ilustrar a natureza do Divino nos Ensinamentos Rosacruzes, especialmente o mistério da Trindade na Unidade. As Sagradas Escrituras de todos os tempos ensinam claramente que Deus é uno e indivisível. Ao mesmo tempo verificamos que, do mesmo modo que a luz branca una se refrata nas três cores primárias – vermelho, amarelo e azul – Deus também se revela em papel tríplice durante a manifestação pelo exercício de três funções divinas: criação, preservação e dissolução.

Quando Ele exercita o atributo criação, Deus se revela como Jeová, o Espírito Santo; Ele é o Senhor da lei e da geração, projetando a fertilidade solar indiretamente através dos satélites lunares de todos os Planetas em que seja necessário fornecer Corpos para seus seres evoluintes.

Quando Ele exercita o atributo preservação, com o propósito de sustentar os Corpos gerados por Jeová sob as leis da Natureza, Deus se revela como Redentor, Cristo, e irradia os princípios de amor e regeneração diretamente a qualquer Planeta onde as criaturas de Jeová requeiram essa ajuda para se libertarem das malhas da morte e do egoísmo, e alcançarem o altruísmo e a vida sem fim.

Quando do exercício do divino atributo dissolução, Deus aparece como o Pai; quem nos chama de volta ao lar celestial, para assimilarmos os frutos das experiências e do crescimento anímico que acumulamos durante o dia de manifestação. Esse Solvente Universal, o raio do Pai, emana então do invisível Sol Espiritual.

Esses processos divinos de criação e nascimento, preservação e vida, dissolução, morte e retorno ao Autor de nosso ser, nós os vemos em toda parte, em tudo o que nos cerca. Então, reconhecemos o fato de que são atividades do Deus Trino em manifestação. Porventura já nos demos conta de que no Mundo espiritual não existem acontecimentos definidos, nem condições estáticas; que o começo e o fim de todas as aventuras, de todas as eras estão presentes no eterno “aqui” e “agora”? Do seio do Pai há um fluxo eterno de semeadura de coisas e eventos que incorporam o reino do “tempo” e do “espaço”. Lá gradualmente cristaliza-se e torna-se inerte, necessitando dissolução para que haja espaço para outras coisas e outros eventos.

Não há como escapar dessa lei cósmica, que se aplica a tudo no reino do “tempo” e do “espaço”, inclusive ao raio Crístico. Como o lago que se derrama no oceano volta a se encher quando a água que o abandonou se evapora e a ele retorna em forma de chuva, para tornar novamente a correr incessantemente em direção ao oceano, assim o Espírito do Amor que nasce eternamente do Pai se derrama incessantemente, dia após dia, hora após hora, no universo solar para nos libertar do Mundo material que nos prende em seus grilhões mortais. Portanto, onda após onda parte do Sol em direção a todos os Planetas, o que proporciona um impulso rítmico às criaturas que neles evoluem.

No sentido mais verdadeiro e literal, é um Cristo recém-nascido que saudamos em cada festa natalina, e o Natal é o mais importante acontecimento anual para a Humanidade, quer tenhamos consciência disso ou não. Não se trata meramente de comemorar o aniversário de nascimento do nosso amado Irmão Maior, Jesus, mas sim da chegada da rejuvenescente vida-amor do nosso Pai Celestial, por Ele enviada para libertar o mundo do glacial abraço da morte. Sem essa nova infusão de vida e energia divinas, logo pereceríamos fisicamente, frustrando o nosso progresso no que tange as atuais linhas de desenvolvimento. Precisamos nos esforçar por compreender muito bem esse ponto, a fim de que possamos aprender a apreciar o Natal, da maneira mais profunda possível; a esse respeito, como em muitos outros, podemos aprender uma lição observando nossos filhos ou recordando a nossa própria infância. Como eram fortes nossas expectativas quando da aproximação dos festejos natalinos! Como ansiosamente esperávamos pela hora de receber os presentes que pensávamos serem deixados pelo Papai Noel, o misterioso benfeitor universal que distribuía os brinquedos! Como nos sentiríamos se nossos pais nos dessem apenas as bonecas estragadas e os tamborzinhos já gastos do ano passado? A sensação seria certamente de infelicidade total, além de uma profunda quebra de confiança em tudo, sentimentos que os pais achariam cada vez mais difícil restaurar. Isso nada seria comparado à calamidade cósmica que se abateria sobre a Humanidade, se o nosso Pai Celestial deixasse de enviar como Presente Cósmico de Natal, o Cristo recém-nascido.

O Cristo do ano anterior não nos pode livrar da fome física, como as chuvas daquele ano não podem agora encharcar o solo e desenvolver os milhões de sementes que dormitam na terra, à espera que as atividades germinadoras da vida do Pai as façam crescer. Assim como o calor do último verão já não nos pode aquecer, o Cristo do ano passado não pode acender de novo em nossos corações as aspirações espirituais que nos impelem para cima em busca de algo mais. O Cristo do ano passado nos deu seu amor e sua vida sem restrições ou medidas. Quando Ele renasceu na Terra no Natal anterior, Ele impregnou de vida as sementes adormecidas, que cresceram e muito gratamente encheram os nossos celeiros com o pão da vida física. O amor que o Pai Lhe deu, Ele o derramou profusamente sobre nós, e do mesmo modo que a água do rio volta para o céu pela evaporação, assim também Ele se eleva outra vez ao seio do Pai, após esgotar toda a sua vida e morrer na Páscoa.

Entretanto, o amor divino jorra infinitamente. Como um pai se apieda de seus filhos, assim também nosso Pai Celeste se compadece de nós, pois Ele conhece a nossa fragilidade e dependências física e espiritual. Por conseguinte, esperamos mais uma vez, confiantemente, o nascimento místico do Cristo que virá com renovada vida e renovado amor. O Pai O envia a nós acudindo a fome física e espiritual que sofreríamos, se não tivéssemos d’Ele essa amorosa oferenda anual.

As almas jovens, via de regra, acham difícil separar em suas Mentes as personalidades de Deus, de Cristo e do Espírito Santo, de modo que algumas podem amar apenas a Jesus, o homem. Esquecem Cristo, o Grande Espírito, que introduziu uma Nova Era na qual as nações estabelecidas sob o regime de Jeová serão destroçadas, a fim de que a sublime estrutura da Fraternidade Universal possa ser edificada sobre as suas ruínas. No devido tempo, o mundo inteiro saberá que “Deus” é Espírito, para ser adorado em “Espírito e em verdade”. É bom que amemos Jesus e O imitemos; desconhecemos ideal mais nobre e alguém mais digno. Se pudesse ter sido encontrado alguém mais nobre, não teria sido Ele o escolhido para ser o veículo do Grande Unigênito, Cristo, em que reside a Divindade. Fazemos bem em seguir “Seus passos”.

Ao mesmo tempo devemos exaltar Deus em nossas próprias consciências, aceitando a afirmação bíblica de que Ele é Espírito e que não podemos tentar representar a Sua imagem, nem retratá-Lo, pois Ele a nada se assemelha, quer nos céus quer na Terra. Podemos ver os veículos de Jeová circulando como satélites em volta de diversos Planetas. Também podemos ver o Sol, que é o veículo visível de Cristo. Contudo, o Sol invisível, que é o veículo do Pai e fonte de tudo, esse só pode ser visto pelos maiores Clarividentes e apenas como a oitava superior da fotosfera do Sol, revelando-se como um anel de luminosidade azul-violeta por trás do Sol. Contudo, nós não precisamos vê-Lo. Podemos sentir Seu amor e essa sensação nunca é tão grande como na época do Natal, quando Ele nos está dando o maior de todos os presentes: o Cristo do novo ano.

F I M


[1] N.T.: na 10ª Edição foi acrescentada mais uma carta, totalizando seis cartas.

[2] N.T.: Depois de 1920: dezenove no livro Os Mistérios das Grandes Óperas; vinte e quatro sob o título: Coletâneas de Um Místico.

[3] N.T.: a riqueza da experiência.

[4] N.T.: para o hemisfério norte e para os extremos do hemisfério sul isso é um fato inquestionável. Para o restante do hemisfério sul, também, só que aqui seria pelo fortíssimo calor e pela fome, por sua resultante escassez.

[5] N.R.: Gl 4:4

[6] N.R.: Pseudônimo de Johannes Scheffler (1624-1667) – Místico cristão, filósofo, médico, poeta, jurista alemão.

[7] N.T.: Hb 12:1-2 – “também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Cristo Jesus”.

[8] N.R.: Mt 20:27; Lc 22:26; Mc 9:15

[9] N.T.: Mt 25:40

[10] N.T.: estado de inconsciência profunda, com desaparecimento da sensibilidade ao meio ambiente e da faculdade de exibir reações motoras. A pessoa não consegue pensar, falar, ver ou ouvir com clareza.

[11] N.R.: IJo 1:5

[12] N.R.: Jo 14:12

[13] N.R.: Mt 5:8

[14] N.R.: Mt 11:29-30

[15] N.T.: Jo 14:12

[16] N.T.: Refere-se à Primeira Grande Guerra

[17] N.T.: Lc 2:14

[18] N.T.: Apo 19:16

[19] N.R.: Personagem do romance A Cabana do Pai Tomás, (em inglês: Uncle Tom’s Cabin; or, Life Among the Lowly), livro da escritora estadunidense Harriet Beecher Stowe.

[20] N.R.: ou Silfos

[21] N.R.: Para o hemisfério norte

[22] N.R.: Mt 4:4

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Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.
  • O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Preâmbulo, Introdução, Efeitos nos Arquétipos
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Formação dos Arquétipos quando estamos aqui, Alteração dos Arquétipos
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Formação dos Arquétipos a partir da Vinda de Cristo

Em publicação…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cuidando da Nutrição do Nosso Corpo Denso como se deve – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

“O lema Rosacruz ‘Mente sã, Coração nobre, Corpo sadio‘ implica na coordenação harmoniosa de Mente, Alma e Corpo, num todo equilibrado e de tal maneira que pensamentos puros, amor fraternal e boa saúde se conjuguem para fazer a vida uma contínua aventura de alegres esperanças e aspirações, para viver dentro dos mais elevados padrões de moralidade.”

A saúde é uma qualidade de vida que eleva, inspira e impele o Estudante Rosacruz na direção do esforço e da realização. Para desenvolvermos esse equilíbrio, esses três fatores básicos devem tornar-se parte de nossa vida diária: pensamento reto, ação reta e alimento correto.

1. Para fazer download ou imprimir:

Cuidando da Nutrição do Nosso Corpo Denso como se deve – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

2. Para estudar no próprio site:

Cuidando da Nutrição do Nosso Corpo Denso como se deve

Por um Estudante

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Elaborado, Compilado e Revisado

pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

INTRODUÇÃO

Se, começando pelo veículo denso, examinarmos os meios físicos para melhorá-lo e convertê-lo no melhor instrumento possível do espírito e, depois, estudarmos os meios espirituais conducentes ao mesmo fim, os demais veículos ficarão incluídos nesse estudo. Esse é o método que seguiremos.

Começaremos então revendo os nossos veículos. Atualmente temos o Corpo Denso, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente –esses corpos estão todos interligados.

O Corpo Denso é central, o Corpo Vital fica alguns centímetros em torno do Corpo Denso, nosso Corpo de Desejos tem o formato de um ovoide – também circunda o Corpo Denso e o Corpo Vital – e o veículo Mental circunda nossa cabeça.

Quando estamos prestes a nascer aqui, novamente, o embrião que inicia a vida pré-natal se apresenta primeiro apenas como um pequeno glóbulo flácido composto de albumina (a clara do ovo). Então, ocorre uma mudança: várias partículas de substâncias mais sólidas começam a aparecer no interior desse glóbulo, as quais gradualmente crescem em tamanho e densidade até se tocarem umas às outras. Nos pontos de contato, formam-se “juntas”, e, pouco a pouco, aparece o esqueleto. Simultaneamente, a matéria informe se torna mais organizada e então surge o “feto” – uma criança dentro de um útero. Os diferentes pontos de contato convertem-se no decorrer do desenvolvimento em articulações ou juntas até formar-se gradualmente uma estrutura sólida: o esqueleto.

Resumindo: durante a formação dessa estrutura, a matéria gelatinosa que o rodeia acumula-se e muda muito a forma, desenvolvendo por último, um organismo conhecido pelo nome de feto. Esse cresce cada vez mais, torna-se firme e organizado, até que chega o nascimento.

Lembrando que a Fase embrionária começa com a fertilização e dura oito semanas. A fase fetal é da décima semana da gravidez (contando do começo da última menstruação) até o parto. E uma transição rápida e complexa acontece no parto: de um feto dependente para um neonato independente: o bebê.

Notem que o tempo entre a menstruação e a fecundação normalmente é de duas semanas – então se anteriormente foi dito que a fase embrionária dura oito semanas e que a fase fetal começa em torno de dez semanas contando do começo da última menstruação estamos considerando o mesmo tempo.

O crescimento continua e o nascimento revela a criança com um corpinho tenro, apesar de imensamente mais denso e sólido do que o embrião. A infância, a adolescência e depois a juventude vão aumentando a solidificação até que por fim o apogeu do endurecimento é alcançado na velhice, culminando na morte.

Como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos: “Cada uma dessas fases da vida humana é caracterizada por um crescente grau de enrijecimento e solidificação do Corpo Denso. A carne e os ossos, os tendões e ligamentos, todas as partes, tornam-se mais rígidas e inflexíveis. Os fluidos tornam-se mais espessos. As articulações já não são bem lubrificadas pelo fluido sinovial que está muito espesso para fluir e, por isso, ficam rígidas e passam a ranger. O sangue, que na infância e juventude corria facilmente pelas artérias, veias e diminutos vasos capilares – e que nos primeiros anos eram elásticos como tubos de borracha –, flui lentamente e se estagna, bloqueado pelas artérias enrijecidas e estreitadas da velhice. Em consequência, o Corpo Denso se encurva, a carne emurchece por falta de nutrição, os cabelos caem e, por fim, o exausto coração não mais consegue bombear o sangue. Então, o Corpo Denso morre. O percurso todo, do berço ao túmulo, é um processo ininterrupto de solidificação, e a infância, a adolescência, a juventude, a maturidade e a velhice nada mais são do que etapas desse caminho. A única diferença entre o corpo jovem e o corpo velho é que o primeiro é tenro e elástico, enquanto o segundo é rígido e inflexível.”

A causa dessa ossificação ou solidificação, do ponto de vista físico, e na opinião dos químicos é unânime: é principalmente um crescente depósito de fosfato de cálcio (substância dos ossos), de carbonato de cálcio (giz comum), de sulfato de cálcio (gesso), ocasionalmente, de um pouco de magnésio e de uma quantidade insignificante de outras matérias terrosas.

Essa solidificação lenta do Corpo Denso pode ser controlada, ou pelo menos minimizada, a ponto de se poder prolongar os dias da juventude, desde que aprendamos a minimizar esse processo de endurecimento e, também, a viver sensatamente, aproveitando melhor todo o tempo que nos foi dado nesta existência, o que infelizmente poucos o fazem.

CAPÍTULO 1 – a relação da saúde com os quatro veículos

Utilizando os conhecimentos que aprendemos na Fraternidade Rosacruz vamos ver como devemos cuidar do nosso Corpo Denso, como podemos melhorá-lo e, ainda, como convertê-lo no melhor instrumento para o Espírito, já que o baluarte da evolução é aqui, renascido na Região Química do Mundo Físico.

Nosso Corpo Denso é uma máquina maravilhosa e possui várias funções, sendo uma delas a nutrição.

Faz-se necessário que conheçamos bem nosso Corpo Denso, pois ele é uma estrutura linda, bem formada hoje e, também, bem complexa, que nos permite realizar importantes atividades, como pensar, ver, ouvir, falar, andar, correr, sentir cheiros, comer.

Tudo isso graças às várias células, tecidos, órgãos e sistemas que integram o corpo humano.

Então vemos quão importante é cuidarmos desse Corpo.

Ao estudarmos os meios espirituais que conduzem ao mesmo fim, os demais veículos ficarão também incluídos neste estudo.

Recapitulando, aprendemos que somos um ser complexo que possuimos:

1) Um Corpo Denso, que é o instrumento visível (aos nossos olhos físicos) que ele usa nesse mundo para aprender as lições que devemos quando estamos aqui renascidos; é o Corpo que muita gente pensa como ser o ser humano.

2) Um Corpo Vital, que é feito de Éter e permeia o Corpo Denso como o Éter permeia todas as outras formas, exceto que os seres humanos especializam uma quantidade maior do Éter universal do que outras formas. Esse corpo etéreo é nosso instrumento para especializar a energia vital do Sol. Estende-se além do Corpo Denso.

3) Um Corpo de Desejos, que é nossa natureza emocional. Esse veículo mais sutil permeia o Corpo Denso e o Corpo Vital. É visto pela visão clarividente estender-se além do nosso Corpo Denso e do Corpo Vital, que está localizado no centro dessa nuvem ovóide, assim como a gema está no centro do ovo.

4) A Mente, que é um espelho, refletindo o Mundo exterior (a Região Química do Mundo Físico) e capacitando o Ego (a nós, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) a transmitir seus comandos como pensamento e palavra, também para compelir a ação. Nós somos o Tríplice Espírito que usamos esses veículos para acumular experiência na escola da vida.

Trabalhando bem sobre o Corpo Denso, automaticamente o Corpo Vital, Corpo de Desejos também serão influenciados, serão afetados, daí efetuarmos um bom trabalho sobre ele.

O Corpo Denso é o nosso veículo mais antigo, o mais desenvolvido e o mais perto da perfeição já produzido pela Onda de Vida humana.

Devemos, portanto, dar muita atenção a ele, no quesito higiene e alimentação.

Afinal, pelo lema Rosacruz, “Uma Mente sã, um Coração nobre, um Corpo são”, vemos que há a necessidade da coordenação harmoniosa entre Mente, Coração e Corpo em um todo equilibrado, de modo que a mentalidade sã, o amor fraterno e a boa saúde se combinem para tornar possível viver uma vida aqui em plenitude, aprendendo tudo que precisamos aprender e que escolhemos no Terceiro Céu.

Dentre as inúmeras definições de saúde temos como uma condição que torna possível uma maior alegria de viver e o maior trabalho construtivo, e que se manifesta no melhor serviço amoroso e desinteressado ao irmão e à irmã ao nosso redor. Nesse sentido, a saúde envolve manter os nossos três Corpos e a Mente nos níveis mais elevados, vivendo no melhor de nós mesmos e não se contentar com a mera ausência de doença ou enfermidade.

CAPÍTULO 2 – DETALHANDO ALGUNS ALIMENTOS VEGETAIS

A maior parte dos alimentos que ingerimos, precisam ser constituídos por alimentos que cresçam ao Sol, pois claro, contém mais força solar, são alimentos mais puros com partículas que estão envolvidas por muito Éter Planetário, onde a matéria de desejos também é mais pura.

Consumindo alimentos puros, também com uma parte espiritual bem cultivada, claro, os efeitos sobre o Corpo Vital e de Desejos serão grandes.

O nosso Corpo Denso vem sendo aprimorado desde o longínquo Período de Saturno, quando o recebemos ainda em germe, através de uma Hierarquia Criadora denominada “Senhores da Chama”.

Tornou-se, então, o mais sutil instrumento do Espírito.

Lá atrás, nos primórdios da nossa evolução sobre a Terra, a constituição do nosso Corpo Denso era bem diferente da atual. As condições do ambiente lhe davam configuração e sensibilidade peculiar.

À medida que as Épocas se sucediam, esse importante veículo se aperfeiçoava ganhando novas e dinâmicas faculdades.

Para se chegar às condições atuais, nosso veículo denso teve de passar por muitas transformações. É uma máquina, porém maravilhosa!!!

Mantê-lo em bom estado constitui o dever elementar de todo Estudante Rosacruz, Aspirante à Vida Superior.

Sempre afirmamos que nosso Corpo Denso é o “Templo do Espírito”, portanto, está aí mais um grande motivo para cuidarmos bem dele.

Faz-se então necessário conhecermos bem nossa constituição física e, também, de acordo com a atividade profissional que exerçamos, ou mesmo para quem não tem atividades profissionais fora de casa, para assim fazermos uma dieta que contenha as espécies de alimentos com a menor quantidade de substâncias destrutivas ao nosso Corpo Denso.

O Estudante Rosacruz deve estudar a anatomia e a fisiologia do Corpo Denso, a fim de saber como lidar com o seu Corpo Denso. Afinal, o Corpo Denso de cada pessoa tem as suas deficiências (muito bem detalhadas e apontadas quando, utilizando a Astrologia Rosacruz, nós mesmos levantamos o nosso horóscopo).

Sabemos que dentre os alimentos sólidos, os vegetais frescos e as frutas maduras contêm a maior proporção de substâncias nutritivas e a menor quantidade de substâncias terrosas. Mas isso detalharemos um pouco mais à frente.

O que seria então substância terrosa? São substâncias não metálicas, insolúveis em água e não alteradas pelo aquecimento.

Vamos detalhar um pouquinho os vegetais, tão importantes para o nosso organismo. Temos vegetais folhosos verdes: são ricos em vitaminas A, C e K e, também, fibras; têm ação antioxidante – evitam o envelhecimento precoce; ajudam a prevenir certos tipos de câncer; ajudam a manter a saúde dos olhos, ossos e de todo o nosso sistema nervoso. Encontramos, por exemplo, na couve, no espinafre, na beldroega, bertalha e mostarda.

Também há os vegetais amarelos: a abóbora e a cenoura, por exemplo. As abóboras são ricas em carotenoides, pigmentos com propriedades fotoprotetoras que protegem a pele contra os raios ultravioleta do sol, ajudando a prevenir o câncer de pele. Já as cenouras são excelente fonte de carotenoides, potássio, fibras e antioxidante. Elas são ricas em sais minerais como ferro e cálcio, vitaminas A, C, E e K, também do complexo B e tem poucas calorias. Elas ajudam na saúde dos olhos, da pele e até do cérebro, além de ter influência positiva no colesterol. Controla a glicemia. Favorece a perda de peso.

Um vegetal a destacar importantíssimo para nosso organismo é a beterraba. É uma raiz rica em vitamina C, betalaína, carotenoides e flavonoides, antioxidantes que combatem o excesso de radicais livres no organismo, prevenindo os danos às células saudáveis. Ela possui onze benefícios principais: diminui a pressão arterial, melhora o rendimento durante os treinos, fortalece o sistema imunológico, previne e ajuda a combater a anemia, mantém a saúde dos músculos, protege o sistema nervos, previne o envelhecimento precoce, controla o colesterol e protege o coração, ajuda a prevenir câncer de mama, bexiga, fígado e cólon, mantém a saúde dos olhos e previne catarata, previne problemas no fígado e nos pulmões. Pode consumi-la crua, cozida, em sucos, vitaminas, etc.

Temos também frutas, que são consideradas vegetais, como por exemplo: laranja, manga e mamão.

Como sabemos as frutas são sempre uma dieta ideal, claro que sempre com avaliação de profissionais, ninguém vive só de frutas, mas elas fazem muito bem à saúde.

As árvores produzem as frutas para nos induzirem e aos animais a comê-las, os animais ajudam para que mais e mais sementes se espalhem.

Já as flores das árvores além de lindas, atraem as abelhas, onde depois teremos seu maravilhoso alimento que é o mel.

Alguns benefícios do mel: possui propriedades terapêuticas, que trazem vários benefícios à saúde, já que é rico em antioxidantes, sendo capaz de proteger as células do envelhecimento e regular os níveis de triglicerídeos e colesterol, diminuindo o risco de acúmulo de gordura nas artérias e o desenvolvimento de doenças cardíacas. Ele ajuda a diminuir a pressão sanguínea, além de conter propriedades antimicrobianas, combatendo infecções causadas por fungos, vírus e bactérias. Alivia a dor de garganta, tosse e asma. Eficaz em casos de gripes e resfriados.  Aumenta as defesas do corpo. Melhora a saúde do coração. Melhora a saúde gastrointestinal. Trata hemorroidas. substituído integralmente pelo açúcar, há estudos que dizem ajudar na memória e ansiedade. É um adoçante natural, porém calórico, deve ser usado com moderação, ou a pessoa poderá ter ganho de peso, além de desregular os níveis de açúcar no sangue. Há restrições para: diabéticos, alérgicos, crianças até um ano de idade, pessoas com intolerância à frutose (um componente do mel) e pessoas com síndrome do intestino irritável. Na dúvida, procure algum profissional da área de nutrição.

Quanto às frutas frescas, essas contêm água pura e muito boa, capaz de penetrar no nosso organismo, no nosso Corpo Denso, de uma maneira maravilhosa.

Hoje temos uma diversidade muito grande de frutas, para todos os gostos e todos os bolsos. Se não gostamos de comer frutas, tomemos então suco de frutas; não é o ideal, pois descartamos o bagaço onde há muitos bons ingredientes além da fibra, mas é melhor do que não consumir frutas.

Um dos sucos muito importantes é o suco integral de uvas: é um dissolvente excelente, admirável! Esse suco purifica e estimula o sangue, abrindo caminho aos capilares secos e endurecidos (desde que esse endurecimento não esteja grande). Um tratamento à base de suco de uvas sem fermentar, torna fortes, vigorosas e cheias de vida, as pessoas de olhos cansados, pálidas e de constituição pobre, ou seja, pessoas mirradinhas, que precisam de cuidados, precisam de orientação médica.

Cada fruta apresenta características que atuam na prevenção de doenças e manutenção da saúde.

São alimentos que possuem nutrientes e substâncias que contribuem para uma boa saúde.

Vamos detalhar um pouquinho cada uma das principais frutas:

O abacate possui vitamina A, B, C, D e E, proteínas, cálcio, magnésio, fósforo, ferro e potássio.

Já o abacaxi é rico em vitamina C, auxilia na perda de peso e alívio das dores musculares.

O açaí é um alimento altamente energético, rico em cálcio, sais minerais, fósforo e ferro.

A acerola contém vitamina C, auxilia no combate às doenças respiratórias.

A amora contém vitaminas A C e K e possui propriedades anti-inflamatórias. Contribui no combate a anemia e envelhecimento.

A banana ocupa o primeiro lugar das frutas mais consumidas no Brasil; no mundo só perde para a laranja. É rica em potássio, um mineral importante para todas as células, que regula os batimentos cardíacos e garante o funcionamento dos músculos e nervos do corpo todo, inclusive do coração. É rica em fibras, contribuindo para a saciedade, também tem vitaminas A e C. Setenta por cento dela é composta por água. traz energia para o corpo e reduz câimbras. É benéfica para o sistema digestivo; melhora o sono; auxilia o bom humor; ajuda nas funções cerebrais; faz bem para a visão. É rica em vitaminas e minerais que auxiliam o sistema imunológico. Sabemos que com a banana ainda verde também podemos usá-la na culinária. Hoje o coração da bananeira pode ser usado na culinária e em artesanato.

O caju é rico em vitamina C, cinco vezes mais que a laranja, também sais minerais como zinco e ferro. Combate infecções e inflamações. Ajuda a controlar a pressão arterial e o colesterol. Fortalece o sistema imunológico, sangue e ossos.

O caqui contém vitaminas A, B1, B2 e E, além de cálcio, ferro e proteínas. Existem no Brasil quatro tipos de caquis: Fuyu, Rama forte, Taubaté e Giombo.

O coco é rico em gorduras boas, sais minerais e fibras. Para quem não gosta de beber água, beba água de coco.

O figo possui alto índice açúcar, potássio, cálcio e fósforo. Também é rico em fibras. Auxilia na redução do colesterol. Combate infecções respiratórias e inflamações.

A goiaba é rica em vitaminas C, A e E e quase todas do complexo B, além de minerais (em menor quantidade).

A jabuticaba é rica em vitaminas do complexo B. Com as cascas se faz chás que auxiliam na redução de inflamações e envelhecimento da pele.

O kiwi é rico em fibras e vitaminas. Alimento importante contra o câncer e proteção do DNA.

A laranja é rica em vitamina C e ácido cítrico. Fortalece o sistema imunológico, reduz o colesterol e protege o coração.

O limão é fonte de vitamina C e minerais. Melhora a digestão. Fortalece o sistema imunológico. Ajuda a manter o peso. Evita o envelhecimento precoce.

A maçã possui vitaminas: A, B1, B2, C e K, além de ferro e fósforo. Auxilia na prevenção de doenças. Tem substâncias e nutrientes que auxiliam o sistema imunológico.

O mamão é rico em vitaminas C e E, minerais, cálcio, fósforo e ferro. Combate a constipação intestinal. Melhora a aparência da pele.

A manga possui quantidade significativa de açúcar.  Possui vitaminas e minerais. Combate a anemia devido sua alta concentração de ferro.

O maracujá tem poder calmante. Contém vitamina A e C e do complexo B, além de ferro, sódio, cálcio e fósforo.

A melancia é rica em água. É muito refrescante. Possui açúcar, cálcio, fósforo e ferro. Apresenta capacidade antioxidante e anti-inflamatória.

O melão é rico em água. Possui quantidade significativa de cálcio, fósforo e ferro. É rico em vitaminas A e C. Auxilia na produção de colágeno e previne o envelhecimento.

O morango é rico em vitaminas A, C, E, B5 e B6, além de cálcio, potássio, ferro, selênio e magnésio. Fortalece o sistema imunológico e processos de cicatrização.

A pera é rica em sódio, potássio, magnésio e cálcio. Contribui para o funcionamento do sistema imunológico.

O pêssego possui minerais como fósforo, magnésio, manganês, cobre, iodo e ferro. Vitaminas A, C e do complexo B. É rico em antioxidantes.

A pitanga ajuda a melhorar a prisão de ventre, perder peso e controlar a diabetes.

As uvas temos as verdes (mais famosa as uvas Itália). Possui vitamina C e do complexo B. Rica em ferro, cálcio e potássio. Possui efeito antioxidante, anti-inflamatório e atua na prevenção de câncer. E quanto mais escuras, maior a quantidade de antioxidantes. Contém resveratrol, um composto que controla o nível do LDL, o colesterol ruim, e favorece o HDL, o bom colesterol, sendo assim reduz o risco de aterosclerose, que é o acúmulo de gorduras nas artérias, e protege o coração de doenças. Combate os radicais livres do organismo. Contém vitaminas A, C, E e K e minerais como cálcio, magnésio, fósforo e potássio. Combate Infecções.  Ajuda a controlar o açúcar no sangue. Melhora a saúde dos olhos. Retarda o envelhecimento.  Diminui a prisão de ventre.

Existem no mundo mais de 400.000 espécies de vegetais, mas mais ou menos 300.000 são comestíveis, dentre elas temos as verduras e legumes como: mostarda verde, dente de leão, alfaces (da terra, romana, manteiga e americana), rabanetes, agrião, acelga, couve, espinafre e rúcula.

CAPÍTULO 3 – ALIMENTOS ORGÂNICOS E NUTRIENTES QUE SE ENCONTRAM NÃO SÓ NA CARNE ANIMAL

Se pudermos fazer uso de alimentos orgânicos, muito melhor para nossa saúde. Lembrem-se sempre: é muito melhor gastar mais em alimentos orgânicos do que em medicamentos devido aos efeitos de se comer alimentos contaminados por pesticidas e fertilizantes (só para ficar nesses dois itens nocivos já comprovados).

Os alimentos orgânicos são cultivados de maneira sustentável, não utilizam agrotóxicos, nem adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, fertilizantes, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar, ou seja, estão isentos de produtos químicos, de insumos artificiais. Seu cultivo respeita as Leis da Natureza; priorizam técnicas ecológicas mais justas para o ser humano e para o meio ambiente; preservam o solo e os lençóis freáticos; usam métodos naturais para enriquecer o solo (adubação verde e orgânica); reduz, portanto, o impacto do aquecimento global no mundo; priorizam a saúde do ser humano.

Afinal, temos órgãos muito importantes que precisam estar em perfeito funcionamento: pele; pulmões; pâncreas; rins; estômago; intestino; coração e todos os outros.

Vamos agora nos ater às vitaminas e sua grande importância no nosso organismo. Nos seres humanos existem 13 vitaminas.

Precisamos, de cada uma, apenas uma pequena quantidade para que o nosso Corpo Denso funcione bem.

Vamos a alguns exemplos:

Vitamina A: Mantém saudáveis as mucosas; cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como: nariz, garganta, boca, olhos e estômago. Grande defensora contra doenças, em especial as infecciosas. Estudos recentes vêm mostrando que a vitamina A age como antioxidante; ou seja, combate os radicais livres, que aceleram o envelhecimento. Só não devemos consumir em excesso.

Vitamina B: Ajuda na produção de glóbulos vermelhos, responsáveis por fortalecer o sistema imunológico. Concede suporte para a formação de hemoglobina. Faz bem à saúde dos olhos, pele, cabelos, intestino e sistema nervoso. Encontramos: Espinafre, feijão branco, aspargos, verduras de folhas escuras, soja e derivados, laranja, melão, maçã, brócolis, gema de ovo, germe de trigo, amendoim, beterraba crua, ervilhas, nozes, uvas, batatas, mangas, sementes de abóboras, de gergelim e de girassol, melancia, iogurte e abacate, aveia em flocos, cogumelos, avelãs, bananas, farinha de trigo integral, quiabo cozido, feijão preto, brócolis, macarrão e arroz branco, cereais integrais, aspargos. A falta dessa vitamina pode causar palidez, falta de ar, câimbras, inflamação na bocam, nariz, virilha, conjuntivite, sensibilidade à luz, inflamação na língua. Também causa: cansaço excessivo, inchaço nas pernas e pés, formigamento nas pernas, anemia, feridas na pele, canto da boca e dos lábios, alergias, prisão de ventre, gases, sonolência e falta de atenção. Veganos e vegetarianos devem dar atenção à falta de vitamina B12. Podemos obtê-la na alga nori (maior absorção no nosso Corpo), em ovos, queijos tipo camembert e emmental e leite, com taxas de menor absorção. Às vezes é bom complementar com multivitamínicos. Daí consultar um profissional da área de saúde ou nutricionistas. A Vitamina B é dividida em complexos: B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12.

Vitamina C: Mais conhecida como ácido ascórbico. Exerce uma importante função no nosso organismo. Tem ação antioxidante, combate a formação de radicais livres, ajuda as células do organismo a crescerem e permanecerem sadias, em especial os ossos, dentes, gengivas e vasos sanguíneos. Combate infecções, atua na absorção do ferro, produção de colágeno, reduz o nível de triglicérides e de colesterol, fortalece o sistema imunológico, age contra o entupimento das artérias, aumenta a energia e disposição, favorece a regeneração dos tecidos musculares, auxilia na saúde da pele, cabelos, ossos e cartilagens, ajuda o corpo a lidar com processos inflamatórios causados por doenças e infecções, auxilia no raciocínio e no bem-estar, evita problemas de visão e melhora o humor. Encontramos: laranjas, cajus, limão, goiabas, Kiwi, acerolas, brócolis, couve manteiga, pimentão, repolho, folhas de legumes, cenouras, aipo, feijão verde, batata doce, tomates e cebolas cruas. É hidrossolúvel e não fica estocada no organismo. A falta dessa vitamina nas pessoas pode causar gripes, resfriados, escorbuto, onde provoca inchaço, inflamação nas gengivas, hemorroidas, feridas dificilmente de cicatrizar e ter as articulações fragilizadas. Em excesso pode causar cálculos renais, em algumas pessoas!

Vitamina D: Auxilia a nutrição, e o depósito de minerais nos ossos e nos dentes. É antirraquítica. As principais fontes são: gemas de ovos, natas, manteigas, folhas de legumes e banhos de Sol.

Vitamina E: Ajuda na reprodução e lactação. As fontes principais são: trigo integral, germe de trigo, farinha de aveia, milho amarelo, folhas de legumes e azeite.

Vitamina K: Encontramos, principalmente, em: hortaliças, como os brócolis ou espinafre, óleos vegetais e cereais.

Outra coisa muito importante para o nosso corpo é o mineral ferro. Previne anemia, funciona também como combustível para que a hemoglobina, célula do corpo, transporte o oxigênio para todo o corpo. Realiza também funções básicas desde os batimentos cardíacos até o uso da memória, visão, entre outros. A falta de ferro no organismo pode afetar o desenvolvimento físico e intelectual da criança. Encontramos, principalmente em: soja, couve, sementes de abóbora e girassol, gema de ovo, feijão, leguminosas, nozes, espinafre, brócolis e chocolate amargo.

Aqui, muitos já podem ter pensado que muitos nutrientes desses são também encontrados na carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, crustáceos, frutos do mar e afins). Sem dúvida, muitos nutrientes existem na carne animal. No entanto, como esse texto é escrito para um Aspirante à vida superior, um verdadeiro Estudante Rosacruz, que é sincero, que cumpre os seus deveres, já sabemos que ele deve abolir da sua alimentação qualquer alimento de origem animal, o que inclui a carne e quaisquer outras partes dos mamíferos, das aves, dos peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins, pois há muitos meios de se fazer as devidas substituições, onde irá atender as necessidades orgânicas de cada indivíduo.

Também não utilizar nada de vestuário, de produtos de beleza ou higiene que tenha origem em partes e peças de origem animal. Graças à Deus, hoje temos muitas opções e a cada dia está crescendo mais e mais.

Também não participar e nem patrocinar eventos de entretenimento que tenham animais, mesmo que haja a desculpa: “mas não há violência nenhuma com eles”.

Afinal, já estudamos o suficiente para saber que uma dieta vegetariana é a mais adequada para a constituição do ser humano, em especial de quem é um Estudante Rosacruz.

Hoje temos um mercado enorme para quem é vegetariano, ótimos restaurantes, vendas on-line, ovos de galinhas criadas soltas nos terreiros, receitas à nossa disposição, gratuitas, etc.

Ninguém cresce espiritualmente comendo carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos do mar e afins) pelo menos, não em uma Escola de Mistérios Cristã, como é a Fraternidade Rosacruz.

Comer carne significa que algum animal, que é nosso irmão mais jovem ou nosso irmão menor, foi morto. Animal este que será um ser humano no Período de Júpiter, o próximo Período desse Esquema de Evolução, segundo já estudamos, através de Grandes Seres que ajudam na nossa evolução, que realmente os animais são nossos irmãos mais jovens, portanto, também estão evoluindo aqui no Mundo Físico.

Na internet temos vários exemplos de que quão terrível são as situações submetidas pelos nossos irmãos mais jovens. Faça uma pesquisa lá para você se atualizar e compreender, de fato, o que estamos aqui colocando.

Note a expressão triste e até com lágrimas. São cenas tristes aos nossos olhos.

Matar algum animal ou deixar que outros o façam para nos satisfazer, é coisa completamente fora de cogitação. Comer carne é muito pior do que se nós os matássemos, uma vez que permitiremos que outro irmão o faça, tornando esse irmão ou essa irmã cada vez mais brutalizado ou mais brutalizada.

Essa brutalidade pela matança de animais é de uma proporção tamanha, que a lei não permite que esse irmão que mata, faça parte de um júri, em qualquer julgamento.

É nossa obrigação ajudar toda Onda de Vida evoluinte, em especial os animais, a continuarem sua evolução, afinal também tivemos e temos recebido grande ajuda de Hierarquias Divinas, como os Anjos por exemplo que foram humanos no Período Lunar e hoje continuam a nos ajudar.

Como estudamos na Fraternidade Rosacruz, hoje temos quatro espécies animais que estão muito próximos de alcançar a individualização, ou seja, de alcançar o nível de consciência de vigília; são eles: os cachorros, os gatos, os cavalos e os elefantes. Estão entre os precursores da Onda de Vida animal.

Os animais têm: Corpo Denso que possibilita que funcionem na Região Química do Mundo Físico; Corpo Vital que possibilita que funcionem na Região Etérica do Mundo Físico; Corpo de Desejos que possibilita funcionarem no Mundo do Desejo e vemos, portanto, que a eles só lhes falta a Mente.

Sabemos também que os animais são dirigidos de fora, por um Espírito-Grupo, que são Seres muito evoluídos, os Arcanjos, e que pertencem a uma Onda de Vida muito superior à nossa. Todo sofrimento causado a um animal, por menor que seja, é sentido por este Espírito-Grupo.

Assim, os animais: sofrem muito no transporte para os matadouros; agonizam demais quando estão perto de receber o golpe que acabará com a vida deles; agonizam quando morrem por arma branca ou outra semelhante. Não devemos usar peles de animais, nem penas, nem plumas, pois tudo isso favorece a matança de muitos irmãos mais jovens, em evolução. Também não devemos criar nenhum animal em cativeiros, eles também têm direito à liberdade.

Costumamos dizer que pássaros quando presos não cantam, lamentam. Outro fato terrível é caçar animais, um ato terrível que resulta na morte desses pobres coitados, e morrem para a diversão de outros, ou mesmo para comê-los.

Temos vários produtos de origem muito importantes, como por exemplo o leite, o queijo e a manteiga. Esses produtos são o resultado de um processo de vida. Transformá-los em alimento não causa nenhum sofrimento aos animais. É nossa obrigação saber a origem do que estamos colocando nas nossas mesas, hoje isso é muito fácil.

Assim os ovos de galinhas ou aves criadas soltas no campo, onde ciscam e tomam banho de sol diariamente; onde são alimentadas somente com grãos orgânicos (a cada dia sabemos que está crescendo muitos esses lugares, onde tais animais são assim tratados).

O cuidado com o bem-estar das vacas repercute tanto na quantidade quanto na qualidade do leite por elas produzido. Isso traduz em sistemas de produção de leite que estabelecem uma relação mais ética, humana e harmoniosa com os animais, além de oferecerem produtos isentos de antibióticos, conservantes e hormônios. Ou seja: leite de vacas ou animais sem a utilização de agrotóxico ou fertilizantes químicos na alimentação do animal, não criados em confinamentos, que têm acesso à água em quantidade e qualidade, e às áreas de pastagem com vegetação arbórea suficiente para garantir sombra aos animais.

Mel de abelhas onde não se use agrotóxicos, antibióticos e pesticidas, para o apiário; onde a flora na qual a abelha se alimenta é de área nativa ou de agricultura orgânica.

E, graças à Deus, essas mudanças vêm ocorrendo porque os produtores perceberam que esses cuidados com os animais são importantes não apenas por proporcionar um aumento na produção, mas porque estão em sintonia com a causa do bem-estar animal e da sustentabilidade, princípios muito valorizados pelas pessoas no mundo atual.

É só ir atrás, afinal é de nosso interesse. Se achar que é muito caro, se não conseguir, então é melhor que não se consuma, pois além de estar colaborando com o sofrimento desses irmãos menores (sim, pois seremos cúmplices), introduzirá mais veneno no seu Corpo Denso.

O leite, fator muito importante para o Estudante ocultista, segundo Max Heindel afirma, não contém substâncias terrosas e, por conseguinte, exerce uma influência muito boa em nosso organismo.

Durante o Período Lunar fomos alimentados com o leite da Natureza, um alimento universal. A Utilização do leite tem certa tendência a nos pôr em contato com as forças cósmicas, que capacitarão para curar os outros.

O leite para as crianças proporciona crescimento saudável de ossos e dentes. Em adultos, garante uma grande quantidade de massa óssea. Em idosos, evita a perda de massa muscular e óssea, decorrente da idade, conforme esta vai avançando. Em gestantes, fundamental na formação do feto.

Não se deve beber o leite como se bebe um copo de água. Ingerindo aos goles, como o chá ou o café, formará no estômago pequenos coágulos, facilmente assimiláveis.

Logicamente para quem tem hipersensibilidade à algumas substâncias do leite esse pode, ao contrário, fazer mal à saúde. Nesse caso, graças à Deus, há outras opções, inclusive por meio de leites de outros animais, por exemplo cabras.

Sabemos que cada caso é um caso e como tal deve ser avaliado por um profissional de saúde. Assim como tudo que é em excesso, claro, faz mal à saúde.

Vejamos os benefícios do leite e dos seus derivados: fortalece os ossos; melhora a saúde dos dentes; melhora a tensão arterial; ajuda a manter uma boa saúde cardiovascular; previne a obesidade; previne a diabetes tipo 2; previne a osteoporose; ajuda a manter uma boa massa muscular; hidrata o organismo; ajuda a dormirmos melhor; favorece a saúde dos olhos; fornece aminoácidos essenciais

O leite contém inúmeros benefícios, contendo muitas vitaminas e minerais que nos mantém ativos e saudáveis, além de ser uma fonte de nutrientes como as Vitaminas A, B12 e D, além de cálcio, carboidrato e zinco.

As bactérias do leite, que são os lactobacilos, são interessantes para manter a flora intestinal saudável.

CAPÍTULO 4 – A QUESTÃO DO AÇÚCAR BRANCO, MASCAVO E DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS

É muito importante também falarmos sobre o açúcar. Alimento muito gostoso e ao mesmo tempo não sabendo consumir, se torna perigoso. O açúcar é um artigo dietético nutritivo e benéfico.

Logicamente não está se falando do açúcar branco, refinado, cristal ou demerara, mas sim do açúcar mascavo ou da rapadura ou, até, da garapa de cana de açúcar.

O açúcar refinado é um veneno, e não um alimento!

Sabemos que ele consumido em excesso afeta os dentes, provocando cáries e dores, principalmente se usarmos o açúcar branco, que inicialmente ele é marrom, porém recebe uma série de produtos químicos que alteram a sua cor, para que fique claro e uniforme. Também, é de alto valor calórico.

Ele também quando consumido em excesso provoca o aumento de gordura no sangue, provoca diabetes tipo 2, e enfraquece os ossos, hipertensão e obesidade.

Ele atrapalha muito a digestão de proteínas e vitaminas importantes para o organismo.

Normalmente está presente em doces, refrigerantes, cereais matinais, bebidas quentes, etc.

Daí a grande importância de trocá-lo pelo açúcar mascavo, quando necessário usá-lo.

Obviamente quem tem problemas de glicemia alta ou até diabetes deve seguir as recomendações médicas.

Podem ser prejudiciais também em certas enfermidades como a biliose ou dispepsia, ou seja, se é mantido muito tempo na boca, como o açúcar cande. Se empregado discretamente durante a saúde, aumentando-se gradualmente a dose na medida em que o estômago for se acostumando, veremos que é muito nutritivo.

A saúde dos trabalhadores na época da safra da cana de açúcar melhora muito porque se alimentam com o suco da cana, a famosa garapa, ou caldo de cana, mesmo sendo a época em que mais trabalham. A mesma coisa se pode dizer das vacas e cavalos nessas localidades, que também consomem e gostam do melado e dos resíduos da cana. Engordam em pouco tempo e o pelo deles fica leve e brilhante.

Vamos falar, agora, sobre o açúcar mascavo: tem sabor forte e similar ao caldo de cana; é menos calórico; os oxidantes presentes nele ajudam a combater os radicais livres que colaboram para o envelhecimento das células do nosso corpo; não necessita de aditivos químicos e mantém nutrientes que se perdem quando no processo de refinamento.

Vamos elucidar um ponto aqui muito importante e que envolve a questão do álcool e do açúcar.

No capítulo que elucida a Lei de Assimilação, no livro Conceito Rosacruz do Cosmos, estudamos que os minerais não podem ser assimilados porque lhes falta um Corpo Vital, e é a falta dele que torna possível o ser humano elevar o grau vibratório deles até o seu próprio. As plantas têm um Corpo Vital e não tem uma consciência própria, daí serem mais facilmente assimiladas e permanecerem com o ser humano por mais tempo do que as células da carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), que são permeadas por um Corpo de Desejos. A taxa vibratória dessas últimas é elevada, e muita energia é necessária na assimilação; suas células também escapam rapidamente e o carnívoro tem necessidade de ir atrás de alimento mais frequentemente.

Estamos cientes de que o álcool é um “espírito estranho” e um “espírito de decadência”, porque é gerado pela fermentação fora do organismo daquele que o bebe. Sendo um “espírito”, vibra com rapidez tão intensa que o espírito humano é incapaz de regulá-lo e controlá-lo como o faz com o alimento, e por isso, o metabolismo é impossível. Ainda mais, como não podemos reduzir sua taxa vibratória às taxas dos nossos corpos, esse “espírito estranho” pode acelerar as taxas vibratórias dos nossos corpos e nos controlar, como acontece no estado de embriaguez. Assim, álcool é um grande perigo para a humanidade e precisamos nos emancipar dele, antes que possamos realizar a nossa natureza divina.

Um espírito estimulante é necessário, enquanto vivemos numa dieta baseada na carne animal, ou o progresso pararia, e um alimento foi fornecido aos pioneiros do Ocidente para preencher os requisitos necessários. Chama-se “açúcar”.  Do açúcar, o próprio Ego gera o álcool dentro do organismo pelo simples processo do metabolismo. Esse produto é, portanto, alimento e estimulante, perfeitamente em sintonia com a taxa vibratória do corpo. Tem todas as boas qualidades do álcool, em proporção maior e nenhuma das suas desvantagens e dos seus inconvenientes.

CAPÍTULO 5 – OS CINCO PRINCIPAIS COMPONENTES QUÍMICOS DOS NOSSOS ALIMENTOS

Observe sempre: uma pele rosada para uma pessoa pode ser sinal de estar gozando de boa saúde, porém para outra pessoa não. Não há nenhuma regra particular que permita conhecer a saúde. Não se pode considerar somente as aparências.

Sabemos hoje que qualquer alteração na pele deve-se procurar um dermatologista.

Pessoas magras também não significa que gozam de boa saúde. Aconselha-se pessoas muito magras também, procurarem um profissional de saúde.

Continuando a falar do nosso Corpo Denso, considerando este do ponto de vista puramente físico, ele assemelha-se ao que poderíamos chamar de um forno químico, onde o alimento é o combustível. Quanto mais exercício faz, mais combustível ele precisa.

Cada um individualmente deve se conhecer, saber das suas necessidades diárias dos alimentos, quantas calorias necessitamos diariamente, etc., devemos aprofundar mais sobre esse assunto, não cometer excessos, sempre que possível buscar a ajuda de profissionais da área da saúde. Também se faz necessário lermos os rótulos dos alimentos, termos uma noção do que estes contêm, validade, tempo que demora para fazer a digestão, etc. Como eu disse, nosso Corpo Denso é maravilhoso, mas precisamos estar atentos ao que consumidos, quantidade que consumimos, etc.

Não há regras que nos permitam conhecer a saúde física, a não ser fazendo exames periodicamente. Hoje procurando ajuda médica, logo ao notarmos ou sentirmos que algo não vai bem no nosso corpo, podemos evitar problemas mais sérios.

Aliado aos cuidados com nosso Corpo Denso, lembremos que cuidando bem da parte espiritual, tudo vai se clareando, saberemos como nos cuidar, e mais que isso, teremos longevidade, o que é muito importante para todo Aspirante., quanto mais tempo aqui no Mundo Físico, mais experiências teremos e mais dívidas já contraídas, podemos pagar.

O Conceito Rosacruz do Cosmos, a obra básica dos Ensinamentos Rosacruzes, nos fornece muita informação sobre a área de nutrição, cuidados com o Corpo Denso, como funciona a interação Corpo Denso e Corpo Vital, etc.

Também, estudando a Bíblia podemos verificar muitas passagens com ênfase na alimentação a base de vegetais, frutas, ervas, etc.

Vamos estudar, agora, cinco principais componentes químicos dos alimentos e outras particularidades, que seria muito bom conhecermos:

O primeiro é a água. É o grande solvente (ou seja, é o líquido capaz de dissolver outros componentes). A água é fonte de vida. É essencial para nos manter vivos. É o bem mais importante do Planeta e para o Planeta Terra. A água faz parte dos minerais e rochas, constitui os oceanos, rios e lençóis subterrâneos. É muito importante para nós humanos, quanto para os animais e plantas. É um recurso natural essencial, seja como componentes bioquímicos de seres vivos, como meio de vida de muitas espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais, e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário. Compõe de 60 a 70% do nosso peso corporal. A água regula a nossa temperatura interna. É essencial para todas as funções orgânicas. A maior parte da água do nosso Planeta é salgada, e só 2,7% são de água doce. Para termos uma ótima saúde, deveríamos beber no mínimo 3 litros de água. Está relacionada com praticamente todas as funções no que se refere ao meio aquoso realizado pelo corpo. Ajuda a desintoxicar o corpo. Ajuda a hidratar, a levar nutrientes, como oxigênio e sais minerais até as células, além de expulsar as substâncias tóxicas do corpo humano, por meio do suor e da urina. Deixa a pele hidratada e mais bonita. Previne o aparecimento de pedras nos rins. A água melhora a circulação sanguínea. É um solvente universal – é capaz de dissolver grandes quantidades de substâncias como sais, gases, açúcares, proteínas, ácidos nucleicos. Dado o grau de impureza que contém a água “do cano” existem muitos filtros de água eficientes, pequenos e, também, ainda se usa muito os filtros de barro. Hoje também é muito usado o sistema de armazenamento da água da chuva em cisternas, caixas d’água ou outros sistemas, para se regar plantas, lavar quintais, etc.

O segundo componente químico dos alimentos é o nitrogênio. Ou aminoácidos, é um dos componentes químicos das proteínas, que desempenham um papel importante em nosso organismo; ao fornecer materiais para a construção e manutenção de todos os órgãos e tecidos, e, também, por participarem da formação de hormônios, enzimas e anticorpos. É fator essencial na formação da carne do nosso corpo, mas contém algumas substâncias terrosas (que tem cor, aparência, natureza ou mistura de terra). O corpo humano é formado de proteínas, macromolécula composta por 16% de nitrogênio. Formam as bases nitrogenadas, o DNA, o RNA, substâncias que comandam a produção das proteínas, estruturas fundamentais para nossa existência. É um elemento essencial para a formação de proteínas e de ácidos nucleicos, sendo fundamental, portanto, para a nossa sobrevivência. Em crianças, a falta de nitrogênio acarreta enfermidades e ainda pode levar à desnutrição. Vegetais são fontes de vitaminas e minerais. Alguns alimentos ricos em nitrogênio: vegetais, frutas, alfaces, rabanetes, ruibarbo e espinafre. Muitas pessoas não gostam do espinafre, mas pode ser feito além das panquecas, bolos salgados, bolinhos, tortas, quiches, saladas, refogado com creme de leite, etc. Também encontramos nitrogênio: brócolis, folhas verde-escuras, agrião, couve, taioba, cheiro verde, ovos, linhaça, quinoa, soja e seus derivados (tofu e leite de soja), leguminosas (feijão, lentilhas, grão de bico, ervilha), nos cogumelos e na chia. Para quem não sabe, tofu, é o queijo feito de soja. Como o gosto não é muito bom, existe defumado, com temperos, etc. A quinoa pode-se fazer cozida, hamburguer, bolinhos, quibes, risotos, saladas, quiches, tortas, panquecas, etc.

O ruibarbo é uma planta medicinal extremamente benéfica e terapêutica. Pouco conhecida no Brasil. É de origem asiática. Muito usada em preparo de chás e sobremesas (como geleias e cremes). Fonte de vitamina A (importante para a saúde dos olhos). Fonte de vitamina K (que fortalece a estrutura óssea. Tem alto teor de potássio. Importante antioxidante (bom para a saúde cardiovascular).

O terceiro componente químico é o hidrato de carbono ou açúcares que são os principais portadores de energia. São substâncias constituídas de moléculas de carbono, oxigênio e hidrogênio. São mais conhecidos como carboidratos ou glicídios. São absorvidos rapidamente e estão presentes em diversos alimentos como: frutas, laticínios e mel, ou podem ser adicionados aos alimentos e bebidas. Fornecem energia para o nosso organismo. As principais fontes de hidrato de carbono nos alimentos são: produtos lácteos, cereais, raízes, tubérculos, leguminosas, vegetais e frutas. Alguns alimentos ricos em carboidratos: cereais de milho, corn flakes, farinha de milho, farinha de trigo, farinha de centeio, biscoitos de maisena, torrada integral, bolachas tipo cream craker, pão francês, pão de centeio, pão branco, arroz branco cozido, arroz integral cozido, macarrão, aveia em flocos, batata cozida, batata doce cozida, ervilhas cozidas, grão de bico cozido, lentilhas cozidas, feijão preto e soja cozida. Ervilhas, grão de bico e lentilhas são grandes substitutos do feijão, para não enjoar e para variar. São muito importantes, porém devem ser consumidos com moderação.

O quarto componente químico são as gorduras, que produzem calor e conservam forças de reserva. São conhecidas também como lipídios. São formadas basicamente por ácidos graxos e glicerol. São nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, fornecem energia para as células do corpo. Elas também protegem os órgãos, regulam a temperatura, ajudam na absorção de vitaminas e participam na formação dos hormônios. Podem ser encontrados sob a forma sólida (gordura) e líquida(óleos). Existem três tipos de gorduras: saturadas – são aquelas que em excesso promovem o aumento do nível de colesterol ruim. Podem entupir as artérias, aumentando as chances de ataques cardíacos ou derrames cerebrais (AVC). Evitemos: frituras, muita manteiga, creme de leite, embutidos, etc. Para combater essas gorduras saturadas: melancia, amêndoas (para quem não gosta muito, existem as torradas, são uma delícia), pepino, maçã verde e abacate. Depois temos as gorduras monoinsaturadas – ajudam a controlar os níveis de colesterol. Consiste na ligação entre carbonos. Está associada à defesa em diversos problemas cardiovasculares e diabetes. São aliadas no combate ao colesterol ruim. São encontradas: no azeite de oliva extravirgem; nas azeitonas, no amendoim torrado, abacate, gergelim, nas amêndoas, nos ovos, na linhaça, polpa de açaí, todos consumidos com moderação, claro. E, por fim, temos a gordura poliinsaturada – representadas pelo ômega-3 e ômega-6. O ômega-6 é encontrado em óleos: de girassol, milho, soja, prímula e canola. Também encontramos:  Sementes em especial as de abóboras, nozes, castanhas do Pará, de caju, pistache, macadâmia, avelã e amêndoas, que hoje existem cápsulas vegetais. Pode atuar como transmissor de mensagens, assegurando a vasomotricidade da circulação sanguínea, coagulação, inflamação e conjunto de plaquetas. Favorecem o sistema imunológico, melhorando as defesas do corpo, protegendo artérias do coração e agindo como anti-inflamatório, amenizando reações alérgicas e ajudando na cicatrização de feridas. Já o Ômega 3: também encontramos nas algas, na linhaça, chia, nozes, soja, sementes, leguminosas, folhas verde escuras, castanhas, pistache, macadâmia (Ela faz bem ao coração, regula o intestino, previne problemas nos ossos, previne anemia e traz benefícios ao sistema nervoso). O ômega-3 e ômega-6 juntos melhoram em muito a saúde dos ossos, prevenindo a osteoporose.

Aconselha-se também cozinhar com azeite ou manteiga (nunca em grande quantidade), lembrando que o que dá sabor aos alimentos são os temperos e sal. Quanto ao sal, sugere-se que usemos o sal rosa.

Nunca devemos usar excesso de óleo para cozinhar os alimentos. Alimentos gordurosos causam problemas para as artérias, coração, cérebro, diabetes e obesidade.

Embutidos vegetarianos é tão danoso como embutidos à base de carne animal!

O quinto componente químico são as cinzas que são minerais calcáreos, terrosos, que endurecem todo o sistema. O alimento e a bebida são a fonte primária de matérias terrosas, calcárias, logo depositadas pelo sangue em todo o sistema. A pele e o sistema urinário eliminam a maior parte das substâncias terrosas que absorvemos nos alimentos. A pele elimina através do suor. O Sistema urinário compõe-se de: dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. A transpiração expulsa muitas substâncias terrosas do nosso organismo. Os rins são muito importantes; eles expulsam as cinzas, mas muitos corpos não expulsam o suficiente e formam cálculos ou pedras nas vias urinárias, causando dores terríveis. Lembrem-se sempre: dor na bexiga geralmente indica infecção urinária, alguma irritação causada por bactérias que entram pela uretra, cistos ou cálculos, mas também pode ser causada por alguma infecção no útero ou no intestino. A pessoa sente vontade de urinar com muita frequência. A infecção causa dores abdominais, no quadrante superior, dores na parte inferior das costas. Possíveis causas: não beber água durante o dia ou beber pouca água; segurar o xixi por muito tempo; falta de higiene íntima; utilizar absorventes por muito tempo; ter pedras nos rins.

Sobre cinzas, note que o chocolate (amargo e no mínimo 70%) é um alimento muito nutritivo, porém o cacau em pó é o mais perigoso porque contém três vezes mais cinzas que outros alimentos. Ele pode endurecer o sistema muito mais rapidamente do que outra substância. Segundo pesquisas, o chocolate branco é somente leite e açúcar. Não temer a insuficiência desses elementos na formação dos ossos; pelo contrário, devemos ser muito cautelosos e absorver somente o mínimo possível.

CAPÍTULO 6 – COMO ENTENDER O CONCEITO DE “CALORIAS” E COMO LIDAR COM ELA

Após sabermos desses cinco componentes químicos, vamos falar um pouco das calorias. Caloria é unidade de calor. Ela refere-se à quantidade de energia que a pessoa pode obter de macronutrientes (carboidratos/ gorduras/ proteínas), nos alimentos e bebidas. Essa energia, por sua vez, é obtida à medida que o organismo digere e absorbe os alimentos. Sabemos que necessitamos ingerir um número de calorias por dia, para sustentar o nosso Corpo Denso. Isso varia de acordo com o trabalho e esforço físico de cada pessoa, diariamente, variando também em cada país, com variações individuais, nos adultos, como idade, nível de atividade física e metabolismo. Se uma pessoa consumir mais calorias do que as necessárias diariamente, o corpo armazena esse excesso na forma de gordura, causando excesso de peso e favorecendo sérios problemas de saúde, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Devemos tomar muito cuidado quanto às calorias, especialmente para pessoas sedentárias ou com trabalhos manuais leves ou moderados.

As pessoas sedentárias correm o risco: ganho de peso corporal; diminuição da capacidade cardiorrespiratória, ou seja, ficar cansada mesmo quando se faz pequenos esforços, como por exemplo subir alguns degraus de uma escada; diminuição da massa muscular; quadros de hipertensão arterial; aparecimento de problemas cardíacos; dores nas articulações; acúmulo de gordura abdominal e no interior das artérias; aumento do ronco durante o sono; desenvolvimento de apneia do sono (existem pessoas que necessitam recorrer a certos aparelhos para ajudarem a respirar durante o sono.); cansaço constante; corre-se o risco de sofrer infartos do miocárdio, ter arritmias e insuficiência cardíaca.

Pessoas hipertensas ou diabéticas devem se preocupar mais, assim como idosos e mulheres que correm mais riscos de desenvolver complicações.

Como o sedentarismo é favorecido? Pelo uso prolongado de computador, celular, TV, isso ficando muito tempo sentado (para tentar reparar um pouco deve-se levantar e se exercitar pelo menos 10 minutos a cada 1h); facilidades com delivery (entrega em domicílio); pegar o carro para ir a distâncias curtas; não fazer exercícios físicos, uma caminhada por exemplo; uso de elevadores ao invés de usar escadas; uso do carro ao invés de bicicletas como meio de transporte. O sedentarismo também afeta ossos e tendões, órgãos como o pulmão e o cérebro. Pessoas sedentárias têm 50% mais chances de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Hoje sabe-se que mais de 60% dos brasileiros estão sedentários, e isso aumentou com a Pandemia do Coronavírus. E o motivo? Preguiça. E isso é a conclusão de um ranking mundial, onde 29 países foram analisados.

Existem também pessoas muito magras que desejam engordar, daí precisarem mais calorias, porém é recomendável consultar um especialista no assunto, pois isso também varia de pessoa para pessoa, de organismo para organismo, de acordo o peso atual, peso desejado, o sexo, a idade, a altura, o tempo da dieta que será feita e a energia gasta nas atividades ao longo do dia.

Ao nos atentarmos para as calorias e sabermos o que precisamos ingerir diariamente para manter uma boa saúde, tudo isso é compensado pela boa saúde que teremos, também pela longevidade, muito importante, já sabemos, o Mundo Físico é o baluarte da nossa evolução, é onde adquirimos experiências e, portanto, quanto mais tempo ficarmos aqui, muito melhor para nossa Evolução. Reforçando, devemos cuidar bem do nosso Corpo Denso.

Ao darmos uma atenção e dedicação a esse estudo, ficaremos tão familiarizados com ele que não precisaremos dedicar mais tanta atenção a esse assunto.

Nem todas as substâncias químicas contidas em cada substância alimentar, nem todas são aproveitáveis pelo nosso organismo. Aliás, o corpo se recusa a assimilar algumas.

Dos vegetais digerimos somente 83% das proteínas, 90% das gorduras e 95% dos hidratos de carbono. Das frutas assimilamos 85% das proteínas, 90% das gorduras e 90% dos hidratos de carbono.

CAPÍTULO 7 – O CÉREBRO E A SOLIDIFICAÇÃO DO NOSSO CORPO

Nosso cérebro, o órgão coordenador que domina os movimentos do Corpo e expressa as ideias aqui, é constituído pelas mesmas substâncias que as demais partes do Corpo, mas, além delas, temos o fósforo, peculiar somente ao cérebro.

Vejam que interessante e importante conclusão, segundo o livro Conceito Rosacruz do Cosmos, “o fósforo é o alimento particular mediante o qual o Ego pode expressar pensamentos e influenciar o Corpo Denso. A quantidade dessa substância é proporcional ao estado de consciência e ao grau de inteligência da pessoa. Sabemos, os idiotas têm muito pouco fósforo. Já os profundos pensadores têm muito fósforo.”

Já no Reino Animal o grau de consciência e de inteligência está em proporção direta à quantidade de fósforo contida no cérebro.

É de grande importância que o Estudante Rosacruz, que esteja ansioso de se empregar em trabalhos mentais e espirituais, deem ao cérebro essa grande e necessária substância.

A maioria dos vegetais e das frutas contém certa quantidade de fósforo. A maior quantidade é encontrada nas folhas, geralmente desprezadas.

As uvas contêm consideráveis quantidades de fósforo, como também as cebolas, sálvia, feijões, ananás, alhos e folhas de talos de muitos vegetais.

Encontramos também no suco da cana de açúcar, mas não no açúcar refinado.

Temos, então perante o exposto, algumas considerações:

Primeira: Nosso Corpo Denso está sujeito, durante toda a vida, a um processo de solidificação. O que é solidificar? É fortalecer, robustecer, tornar sólido. Daí a importância de se cuidar bem, do nosso Corpo Denso.

Segundo: Esse processo podemos traduzir que é em função do depósito de substâncias terrosas trazidas pelo sangue, principalmente por fosfatos e carbonatos de cálcio, com o que as diversas partes se endurecem, transformando, portanto, em matéria endurecida.

Terceiro: Essa transformação arruína a flexibilidade dos vasos, músculos e outras partes do Corpo sujeitas a movimento. Torna então o sangue viscoso e, obstruindo completamente os diminutos capilares, restringindo a circulação dos fluídos e o labor do sistema, terminando então com a morte.

Quarto: Esse processo de solidificação pode ser retardado. A vida prolonga-se desde que se evite todo o alimento que contenha muitas cinzas, desde que se beba muita água e facilite a excreção, tanto pelos meios naturais como por meio da pele e por meio de banhos.

O melhor mesmo é darmos ao nosso corpo os alimentos apropriados, puros, saudáveis que são os melhores de todos os remédios.

Um cuidado especial que devemos dar também é quanto às excreções, se estão sendo efetuadas devidamente. É o meio principal que a Natureza emprega para desembaraçar o Corpo dos venenos contidos nos alimentos. Dando total atenção às idas ao banheiro. As idas ao banheiro já mostram como estamos por dentro. Deve-se dar atençãoao urinar pois elimina-se: ureia, cloreto de sódio e ácido úrico. A outra atenção são com as fezes que são formadas principalmente por restos de alimentos não digeridos.

Pessoas que não vão ao banheiro diariamente, pelo menos uma vez ao dia, devem recorrer ao médico; ela pode ficar com uma grande quantidade de massa ou bolo fecal, formando fezes empedradas, endurecidas, podendo ficar acumuladas no reto ou no final do intestino.

Alguns sintomas podem indicar problemas com esse processo: abdômen distendido, cólicas abdominais, sangue na evacuação e fezes quando eliminadas, saem em formas de pequenas bolas duras.

Agora, vejamos alguns hábitos que podem causar problemas com os intestinos (prisão de ventre por ex. e outras):

– Consumir alimentos industrializados com frequência

– Pouca ou nenhuma ingestão de frutas, legumes e verduras

– Beber pouca água ao longo do dia

– Sedentarismo

– Estresse

– Adiar as idas ao banheiro

– Ansiedade

– Depressão

O Estudante Rosacruz deve escolher bem seus alimentos, os que possam melhor serem digeridos, por quê? Porque facilmente será realizada essa função, maior a energia extraída do alimento e por mais tempo estará todo o sistema nutrido antes que seja necessário comer de novo.

Sabemos que o melhor é comer a cada 3 horas, cada indivíduo sabendo o que melhor lhe convém.

Deve-se intercalar entre o café da manhã e almoço, se possível, frutas, iogurtes, vitaminas, barra de cereais, etc. Mesma coisa entre o almoço e o jantar (para quem costuma jantar); o correto é se fazer refeições leves até às 19 horas, salvo às exceções indicadas por um profissional da saúde devido a alguma condição específica na saúde da pessoa.

Uma observação: Não se deve beber leite de uma vez só, assim como o café e os chás, devemos ingerir aos goles, pois formarão no estômago pequenos coágulos, facilmente assimiláveis.  O leite, como já dissemos anteriormente, é um dos melhores alimentos.

CAPÍTULO 8 – O CHÁ E O CAFÉ

Tanto o chá como o café não se devem ser bebidos como se bebe um copo com água. Ingerindo aos goles e devagar formará no estômago pequenos coágulos, facilmente assimiláveis.

Alguns chás ajudam a acelerar o metabolismo. É uma grande e saudável alternativa aos refrigerantes e às bebidas artificiais. O chá “engana” aquela fominha da tarde. O chá pode dividir com a água a função de hidratar o corpo. Existe uma variedade muito grande de chás, para todos os gostos e funções. Eis alguns dos mais conhecidos: Chá de Camomila, Chá de Hortelã, Melissa, Erva cidreira, Alecrim, Manjericão, Cascas de romãs, Dente-de-leão (considerado um verdadeiro detox no organismo), Gengibre e canela

Existem alguns chás conhecidos por ajudarem no emagrecimento (sempre com orientação de um profissional da área de saúde). São eles: Chá verde, Chá branco, Chá preto, Hibisco, Limão.

Já com relação ao café, muitas vezes, surge uma polêmica em torno dessa bebida; muitos afirmam que faz mal à saúde e outros afirmam que algumas xícaras ao longo do dia, fazem bem à saúde.

Segundo uma pesquisa de 2019, no Reino Unido, por Kim Tu Tran, onde foram analisadas quase 500 pessoas, pessoas que bebem café, têm 50% menos chances de desenvolver “Carcinoma hepatocelular”, um dos tipos mais comuns de câncer de fígado. Segundo a pesquisa, o café contém antioxidante e cafeína, que protege contra esse tipo de câncer.  Segundo algumas nutricionistas os antioxidantes trazem inúmeros benefícios para o corpo:

– Melhoram a saúde física e mental

– Fornece mais energia e disposição

– Melhoram a parte cognitiva

– Aceleram o metabolismo

– Facilitam a queima calórica

Já para alguns Neurologistas a cafeína é responsável pela sensação de despertar, quando o dia parece passar arrastado.

A cafeína tem efeito de vaso constrição, melhorando o fluxo de sangue no cérebro; daí existirem vários remédios para dor de cabeça que contém cafeína.

Vale dizer que cada pessoa deve estar atenta ao que melhor lhe cai bem, e às restrições para quem tem gastrite e hipertensão.

A sensibilidade de cada pessoa à bebida é diferente; para algumas pessoas ajuda a despertar, já para pessoas com dificuldade para dormir, é bom evitar tomar café após as 16 horas.

A cafeína e o ácido clorogênico, presentes no café, são excitatórios do Sistema Nervoso Central, podendo deixar as pessoas mais nervosas, ansiosas e com insônia.

Lembrando também que hoje existem várias marcas de café descafeinados, que não alteram o sabor. E o melhor café a ser consumido, segundo especialistas do assunto, é o 100% arábica. Também já existem várias marcas no mercado. É um café de altitude. Cultivado em terrenos específicos, com clima ameno, rico em sabor, acidez e aroma. Tem como benefícios: incluem, as ações antioxidantes preservados nesse tipo de grão, que previnem o envelhecimento precoce das células e diminuem os riscos do desenvolvimento das células cancerígenas.

Cafés expressos e os de cápsulas, muito consumidos hoje, têm mais cafeína. O café filtrado tem menos cafeína.

Mais alguns benefícios ainda dessa bebida polêmica:

– Melhora a memória e a concentração

– Evita depressão

-Ajuda a combater dores de cabeça

-Ajuda no emagrecimento

– Melhora o desempenho durante exercícios físicos

– Evita doenças cardiovasculares

– Combate prisão de ventre

– Previne diabetes

-Evita o envelhecimento precoce

– Previve a doença de Parkinson.

Já não devem tomar café:

– Pessoas que têm insônia, como já dissemos

– Pessoas com problemas de labirintite

– Pessoas com nível elevado de ansiedade

– Pessoas com problemas de zumbido no ouvido

– Também devem evitar o café pessoas com refluxo, úlceras, gastrite, pois irritam a mucosa do estômago.

A sugestão é sempre consultar algum profissional da área de saúde para ajudar e utilizar essa bebida da melhor forma para a sua saúde.

CAPÍTULO 9 – PONTO DE VISTA OCULTO INTERFERINDO NO CORPO DENSO

Após vermos o que é necessário ao nosso Corpo Denso e, também, o que se deve evitar, vamos ver um pouquinho sob o ponto de vista oculto, relativamente ao efeito que o alimento produz sobre os dois Corpos invisíveis que interpenetram o nosso Corpo Denso.

Como já sabemos, o ponto de apoio especial do Corpo de Desejos são os músculos do Sistema Nervoso Central (cérebro-espinhal). A energia desprendida por alguém que se movimenta sob excitação ou ódio servem como exemplos. Em tais ocasiões, todo o sistema muscular está em tensão e nenhum trabalho, por mais duro que seja, é tão extenuante como um acesso de ira. Às vezes, pode-se deixar o Corpo Denso extenuado durante semanas inteiras.

Portanto, é imprescindível a todo Estudante Rosacruz, além do que falamos sobre a alimentação, melhorar também o Corpo de Desejos, procurando controlar seu temperamento, evitando sofrimentos ao Corpo Denso que, consequentemente, terá uma ação desordenada do Corpo de Desejos.

Sob o ponto de vista oculto, toda consciência do Mundo Físico resulta da luta constante entre o Corpo de Desejos e o Corpo Vital. A tendência do Corpo Vital é amolecer e construir. Sua expressão principal se encontra no sangue, nas Glândulas e no Sistema Nervoso Simpático. Iniciou o ingresso na “praça” forte do Corpo de Desejos (o sistema muscular e o nervoso voluntário), quando começou a converter o coração em músculo voluntário.

Já a tendência do Corpo de Desejos é endurecer e invadir os domínios do Corpo Vital, tomando posse do baço. Produz os corpúsculos brancos do sangue, que não são “policiais” do organismo, como crê atualmente a ciência, mas sim destruidores de todo o Corpo Denso. Esses corpúsculos filtram-se pelas paredes das veias e artérias, onde quer que apareça a menor enfermidade.

O torvelinho de forças do Corpo de Desejos permeabiliza as veias e artérias, especialmente em momentos de cólera, abrindo caminhos a esses corpúsculos brancos para os tecidos do Corpo Denso, onde formam as bases para a agrupação das matérias terrosas que matam o Corpo Denso.

Viram como uma coisa leva à outra? Como envolve os três Corpos: Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos?

Uma pessoa serena e jovial viverá muito mais, gozará de melhor saúde e será bem mais ativa do que uma pessoa melancólica, ambas consumindo a mesma classe de alimentos, pois a segunda, perde o domínio próprio. Essa pessoa melancólica não só produzirá, mas também lançará sobre todo o organismo mais corpúsculos brancos destruidores do organismo, do que a primeira.

Se as pessoas que se dedicam à ciência analisassem os Corpos dessas duas pessoas citadas, notariam que existe uma quantidade muito menor de substâncias terrosas no organismo da pessoa jovial do que na outra que se irrita com facilidade, pessoa melancólica. Essa destruição é constante porque não é possível evitar totalmente os destruidores.

Se o Corpo Vital pudesse construir ininterruptamente, continuaria empregando todas as energias com esse propósito, mas não haveria consciência ou pensamento algum. A obstrução produzida pelo Corpo de Desejos e pelo endurecimento das partes internas é que desenvolve a consciência.

Em tempo muito recuado, anterior àquele em que criamos as primeiras concreções, tínhamos, como os atuais moluscos, Corpos moles, flexíveis e sem ossos. Porém, a consciência era, como a deles, obscuríssima, vaga e tenuíssima. Para que pudéssemos avançar era necessário retermos as concreções. Concreções são agregações dos sólidos contidos nos líquidos.

O estado de consciência de qualquer espécie está em proporção direta ao desenvolvimento do esqueleto interno.

O Ego humano – nós –, para sua expressão, deve possuir ossos sólidos, com medula semifluídica e vermelha, a fim de poder formar corpúsculos sanguíneos vermelhos. Esse é o maior desenvolvimento do Corpo Denso.

Enfatizando: uma refeição, por mais simples que seja, deve ser feita devagar e com prazer. Devemos criar o hábito de agradecer por termos o privilégio de se ter um bom alimento. Existe para isso uma linda Oração que é sugerido para o Estudante Rosacruz fazer, ainda que em silêncio:

PRECES ÀS REFEIÇÕES

“Nós te agradecemos Senhor por este alimento.

Por ele em qualquer tempo e lugar, a Santa Ceia se repete, novamente, pondo-nos em comunhão com Teu Corpo e Teu Sangue.

Abençoa, pois, essa nossa refeição e ajuda-nos a assimilar a Vida, que é Tua Vida, compenetrando tudo, bem como a santificá-la empregando-a em tudo o que for realmente verdadeiro, belo e bom à serviço da humanidade.

Também Te pedimos por aqueles que abusaram da Tua dádiva e hoje não tem o que comer.  Assim seja.”

Não devemos jamais nos sentar à mesa sob influências tais como: pressa, tristeza, desgosto, dor, medo, cólera e afins.

O prazer no consumo de qualquer alimento, claro que sempre que possível, saudável, nos ajuda a assimilar melhor esse alimento.

O gosto por determinados alimentos é resultado de treinamento e hábito, pois sabemos que para termos boa saúde, devemos aprender a comer todo tipo de frutas, verduras e legumes.

À medida que o estudo científico da dieta progride, um número maior de doenças se inclui na classe das desordens da digestão. Já é fato de que muitas doenças crônicas podem ser curadas por meio de certas dietas. Alguns exemplos: doença dos fenos, tipo de rinite alérgica, mais especificamente alergia ao pólen de certas plantas, asma, catarro, várias doenças da pele e outras.

Reforçamos que não é possível formular um regime alimentar igual para todas as pessoas. O regime é individual, e cada um deve se conhecer e saber o que melhor lhe convém.

Nenhuma pessoa pode gozar de boa saúde se não se cuidar, se não conhecer e cuidar bem do seu Corpo Denso, este maravilhoso Templo do Espírito. Pense sempre nisso!

“Faça do seu alimento, o seu remédio”.

F I M

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Eulogia do Amor – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

Muito já se escreveu sobre o amor, mas ninguém soube elevá-lo tanto, ninguém o revestiu de profunda clareza, e ao mesmo tempo de suprema transcendentalidade, como São Paulo no Capítulo XIII em sua Primeira Epístola aos Coríntios.

S. Paulo, longe de simplesmente tecer uma rebuscada apologia ao amor, como alguns podem julgar, procura apresentá-lo em suas reais dimensões. Suas palavras deixam transparecer uma clareza meridiana. Seus apelos são diretos e incisivos, dispensando concessões e ambiguidades.

Como Cristãos só nos resta empreender os maiores esforços por expressá-lo em nossas vidas diárias, buscando concomitantemente, compreendê-lo em suas raízes mais profundas.

1. Para fazer download ou imprimir:

A Eulogia do Amor – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

2. Para estudar no próprio site:

A Eulogia do Amor

Por um Estudante

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido, Compilado e Revisado de acordo com:

Eulogy of Love

1ª Edição em Inglês, 1916, in The Rays from The Rose Cross – The Rosicrucian Fellowship

pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

Sumário

INTRODUÇÃO.. 4

O Amor Não é Invejoso.. 7

O Amor Não se Ufana.. 8

O Amor Não se Ensoberbece.. 9

O Amor Não se Conduz Inconvenientemente.. 10

O Amor Não Busca os Seus Interesses. 11

O Amor Não se Exaspera.. 12

O Amor Não se Ressente do Mal.. 13

O Amor Não se Alegra com a Injustiça, mas se Regozija-se com a Verdade.. 14

O Amor Tudo Sofre.. 15

O Amor Espera Todas as Coisas. 18

O Amor Suporta Todas as Coisas. 19

O Amor Nunca Falha.. 20

O Amor que o Estudante Rosacruz deve valorizar.. 21

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INTRODUÇÃO

S. Paulo, o grande Iniciado, escreveu uma tese maravilhosa sobre o amor. Maravilhosa pela sua brevidade abrangente e pelo seu alcance todo-inclusivo. Abrange toda a gama do amor e o seu acorde dominante de altruísmo. Foi escrita para a Igreja de Corinto, uma cidade do sul da Grécia conhecida pelo seu abandono a todas as formas de luxo e sensualidade. Aplica-se ainda mais a nós, nesta época, pois começamos a responder às altas vibrações espirituais e podemos mais facilmente viver os seus profundos ensinamentos.

Este capítulo maravilhoso da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios é um epítome do amor altruísta, o amor ágape. É o ideal que devemos nos esforçar para alcançar. Sabiamente, nós o incorporamos no nosso Ritual do Serviço Devocional do Templo e o seu glorioso resumo diz o seguinte: “E agora permanecem a fé, a esperança e o amor; mas o maior destes é o amor”.

A fé é importante — a fé que pode remover montanhas. A esperança é necessária — a esperança que ilumina o horizonte distante, por mais escuro que seja o ambiente atual. Ambas são grandes auxiliares da vida superior e da Humanidade comum; mas o amor coroa tudo. O amor é o poder que move o universo. Não é meramente o poder sobre o Trono, mas o poder por trás do Trono.

No prefácio desse maravilhoso epítome do amor nos é dito que, sem ele, somos nada — apenas um “metal que soa ou um sino que tine”. O metal pode emitir sons melodiosos, pode expressar a perfeição da arte, mas lhe falta algo. Não é humano. Não soa os tons da Alma — a qualidade vibrante da vida.

Sem amor não temos expressão. Esse fato é ilustrado por todos os lados. Tomemos a arte, por exemplo. Sem a qualidade que designamos por “alma”, ela é apenas o que o seu nome indica, “arte”. Mas ponha amor nela e deixe que a Alma aquecida, ávida e brilhante se expresse por meio dele: assim a Alma vive.

A cultura tem pouco valor (exceto como um bem de boa criação) sem o amor animador que a inspira e vivifica. Quão vazias, quão artificiais são todas as tentativas de expressão, em qualquer linha, sem o ávido brilho da Alma que brota do amor! Grande parte da nossa arte moderna dá um testemunho lamentável da ausência desse fogo divino.

Trazido para a Personalidade, como emociona e encanta! Como ilumina um rosto humano! Como atrai! Como somos dolorosamente repelidos pela sua antítese e aborrecidos pela sua ausência! O rosto mais simples, com esse brilho interior que transparece nas suas feições, torna-se belo para nós. O rosto mais belo, de acordo com o padrão de contorno físico do mundo, torna-se repulsivo sem essa luz da Alma e nós nos afastamos dele com um estremecimento interior.

Essa bela luz da Alma não pode ser enganada, mas alguns dos seus efeitos podem ser simulados durante algum tempo. Alguns dos modernos ensinamentos de beleza podem permitir que se adquira um certo efeito do “metal que soa”. Pode tornar possível que alguém se torne um “sino que tine” muito melodioso, mas isso é tudo o que faz sem o belo amor espiritual por detrás dele — brilhando através dele.

É isso que esse amor faz por nós, no plano da nossa Personalidade. De fato, ele cria a Personalidade. Sem ele, não há encanto, não há poder de atração ou de agradar. Não há disfarce que tenha valor. A qualidade interior transparece através da máscara mais espessa. Não podemos simulá-la sem sermos detectados. Do amor emana algo, uma força que se faz conhecer e sentir. A imitação adquirida através da, assim chamada, cultura pode mostrar certos truques de vivacidade ou certas graças da sociedade, mas reconhecemos instintivamente a pose, a farsa, o fingimento. Conhecemos a diferença entre essa aparência de vida e o verdadeiro amor que anima, vivifica e inspira.

O amor de que falamos é Espírito-Vida, é Fogo. Ele transmuta todas as qualidades mais inferiores em ouro puro. É uma chama viva que irradia de um centro puro. Deve irradiar e deve irradiar para outras vidas. É esse o seu poder e a sua prerrogativa. Sentimos instantaneamente a sua presença. Alguns estão tão cheios dessa vibração, desse poder mágico, que sentimos quando nos aproximamos deles. Isso, queridos amigos e queridas amigas, é o que todos nós precisamos cultivar cada vez mais. Só isso fará com que o nosso centro de comunhão cresça e viva. Isso deve começar individualmente. Pode e deve manifestar-se coletivamente. Quando nós, como organização, pudermos expressar esse belo amor divino, não mais lamentaremos a falta de trabalhadores. Não precisaremos mais de propaganda ou tentativas de atrair as pessoas para nós. Elas não poderão se afastar de nós, se irradiarmos esse amor de Cristo.

Pelo teste dado na Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios, analisemos este amor divino em manifestação. Vejamos como a nossa vida se ajusta a ele!

O Amor Não é Invejoso

Outro teste: o amor vê demasiado longe para invejar. Reconhece o estatuto real do “Eu pessoal”. Sabe que os “Eus separados” são uma ilusão e pertencem ao plano da ilusão. Sabe que, na realidade, todos partilhamos o mesmo “Eu” e todos bebemos da mesma Fonte espiritual de acordo com a nossa capacidade de receber. Em uma visão cósmica, sabe que a sua vida, em todas as suas expressões e correlações, pertence a mim tal como a minha lhe pertence. Nós, diferenciados por um tempo, somos apenas expressões de várias linhas da Vida Única — o Espírito Único. Suas capacidades, seus talentos, seus dons e graças, o encanto da sua Personalidade, a sua beleza e nobreza, tudo isso é meu e, na minha consciência ampla eu os abraço e amo. São uma parte da Vida Cósmica — uma expressão da Deidade e, assim, pertencem a mim e a você. Por outro lado, o que eu sou na fase atual de desenvolvimento é uma parte da Vida Única e universal e por isso pertence igualmente a você. Logo, não há lugar para a inveja e o Amor não inveja.

O Amor Não se Ufana

Porque vê o “Eu pessoal” como ele realmente é; conhece todas as falhas e fraquezas, todas as debilidades e loucuras desse “Eu” limitado e as reconhece como parte do animal que tem que treinar, transmutar e glorificar, unindo-o ao Divino. Por isso, não há lugar para o orgulho ou ufanismo tolo — para a autoglorificação. Tudo que nos pertence individualmente, que é do nosso “Eu pessoal”, é a nossa limitação, a nossa imperfeição. É o transitório, a parte temporária — aquilo que se desvanecerá com a morte, se não for fundido com o que realmente somos: Espírito. Não é algo de que nos devamos orgulhar, particularmente. Quanto mais a Personalidade absorve algo da verdadeira beleza e brilho interiores, menos ela se torna uma Personalidade distinta e separada. Tudo que revelamos desse carácter interior que enriquece a vida é apenas uma expressão mais plena da Divindade interior e pertence igualmente a todos; por isso, o amor não pode ser orgulhoso.

O Amor Não se Ensoberbece

Não se vangloria, porque vê o mundo com olhos de terna compaixão. Não encontra espaço para o orgulho próprio, porque o seu centro não é o “Eu pessoal”. Tendo desenvolvido algo de beleza ou de valor da vida universal, especializando-se em algumas graças espirituais, não vê razão para orgulho ou vanglória. Se o “Eu pessoal” e separado adquiriu algum encanto próprio, alguma beleza, virtude ou graça, o amor sabe que tudo isso deve ser extraído, absorvido pelo “Eu superior” e levado adiante para enriquecer a vida universal — tanto para um como para outro.

O Amor Não se Conduz Inconvenientemente

É indecoroso brincar com coisas sagradas, ter pensamentos impuros, manter uma sugestão impura na Mente ou transmitir essa sugestão a outra pessoa. Todas as insinuações secretas, os duplos sentidos, as piadas tolas que sugerem sensualidade, tudo aquilo que rebaixa a vida e arrasta a Alma para baixo é inconveniente e o Amor não pode permitir ou suportar isso. O amor é castidade, é pureza, é brilho, beleza, serenidade — mas energia radiante. Sendo puro, não pode se afiliar à impureza; mas queridos amigos e queridas amigas, aqui está uma verdade oculta que, às vezes, não conseguimos descobrir: o amor brilha e transmite sua própria pureza mística às manchas mais sombrias da Alma de outra pessoa. Pode, pelo seu poder absorvente, transformar a vida que toca. O amor nunca toma atitudes de superioridade. O amor não se afasta do pecador penitente com um sentimento de autogratificação por suas próprias virtudes. Não pode comportar-se de forma contrária à sua natureza interior, mas pode e deve se aproximar de outras vidas — mesmo aquelas que chamamos de degradadas, a fim de irradiar o seu poder que abençoa e ajuda. A energia radiante do amor destrói o mal.

O Amor Não Busca os Seus Interesses

Porque o Cristo-Amor não reivindica nada para si mesmo. Suas correntes divinas fluem através da vida, trazendo bênçãos para todas as outras vidas que toca. Procura não guardar, acumular ou reter para si mesmo. Quando isso acontece, deixa de ser amor — mistura-se com a liga do desejo. Desejo é a vontade de possuir algo para si ou para outro “eu” que amamos. Está tudo bem em um determinado estágio do nosso crescimento, porque precisamos do estímulo que ele transmite. Quando manifestado em suas fases mais elevadas, acelera, inspira e leva aos impulsos mais elevados. Refinado até à essência, manifesta-se no mais terno amor materno, amor que deseja apenas para o filho o seu amor. Este amor está muito próximo da fronteira do divino, mas ainda é humano e limitado, pois está misturado com a liga do “eu”. Somente quando amamos aquilo que não nos pertence em qualquer sentido especial — aquilo sobre o qual não temos direito e que nunca nos beneficiará de forma alguma — é que realmente amamos com o amor divino. O amor é a energia radiante que se derrama em todas as formas. Seu poder restritivo é a devoção altruísta. Não busca o que é seu, não busca qualquer bem ou ganho para si mesmo. Em algum ponto da escala, a energia emitida e representada pelo desejo pode ser direcionada para dentro e usada como força espiritual. Então ela se funde com o amor.

Existem inúmeros graus de amor, porém mantendo continuamente o ideal mais elevado no pensamento o estágio sublime do perfeito amor de Cristo pode ser alcançado. Quando essa chama pura brilhar dentro de nós, enviaremos um poder vivificante, um calor, uma energia radiante que todos sentirão no mais breve contato. Nós o vemos brilhar nos olhos e sentimos seu hálito perfumado de vez em quando em alguns raros momentos. É a bênção mais rica do mundo — este poder de amar — e é um poder porque não procura o que é seu. Nem sequer pede que seja devolvido. É como a luz do Sol espalhando bênçãos e inspirando vida: só porque é amor!

O Amor Não se Exaspera

Nunca se ofende, nunca se exaspera — mesmo quando a intenção é ofender. Todos os ataques de língua afiada, as calúnias venenosas, os significados desvirtuados que os insensíveis, os mal-intencionados, os invejosos e os cruéis lançam contra a Alma consagrada caem inofensivamente. Eles caem dessa forma porque o amor verdadeiro consagrado aos fins mais elevados e não pode parar no caminho para considerar o mal; ele não tem tempo de se sentir magoado nem inclinação para se sentir ofendido. Conhece a Lei de Deus: “que tudo se reverterá para o remetente do mal” e tem compaixão da Alma ignorante e tola que pratica esses crimes contra o amor. O amor não é facilmente provocado.

O Amor Não se Ressente do Mal

Porque a sua própria essência é pura. O Cristo-Amor não poderia pensar mal do outro, porque não há mal dentro dele. Quando falamos mal de outra pessoa, traímos a nós mesmos — a qualidade interior de nossas Almas. Podemos ser forçados a reconhecer o mal ou a falha no outro, mas instantaneamente direcionamos o fluxo de amor radiante sobre ele e nos esforçamos para transmutá-lo ou consumi-lo. Apenas criticar é totalmente mal e não tem lugar em uma organização como essa. Os puros de coração, e não apenas os exteriormente puros, nunca procuram o mal. Quando o encontram, eles ficam tristes com isso e tentam com sua própria força maior ajudar o coração em dificuldades do irmão ou irmã a superá-lo. Todos os pensamentos malignos que permitimos vagar em nossos cérebros vêm de um plano inferior onde todos os acréscimos imundos de eras se acumularam. A corrente passa por nós continuamente através dos Éteres; mas lembre-se de que só nos apropriamos daquilo com que temos afinidade. Portanto, a qualidade do nosso pensamento mostra a nossa natureza interior. Nós nos autocondenamos quando pensamos o mal de outra pessoa; quando pensamos o mal em nós mesmos, revelamos a qualidade interior de nossa natureza.

O Amor Não se Alegra com a Injustiça, mas se Regozija-se com a Verdade

Ele não poderia se alegrar com a injustiça, porque o seu propósito é o desenvolvimento, a expansão, a manifestação da unidade na diversidade e o seu ser é a harmonia, a vida. Alegrar-se com a injustiça seria alegrar-se com aquilo que perturba, desintegra, destrói! Ele se alegra com a verdade e busca continuamente. Ele conduz à verdade e é a própria verdade, quando manifesta sua expressão última e plena.

O Amor Tudo Sofre

Se imaginarmos, por um momento, que o amor pode andar à deriva por jardins de rosas, escapando das tempestades da vida e dos seus males, não conseguiremos perceber a sua verdadeira natureza. O amor tem que sofrer, quando está aprisionado na forma. A sua própria natureza — energia radiante que procura expressão no plano físico, no meio de todos os “tipos e condições de servidão” — necessita de dor e tristeza.

A própria natureza do amor encontra em um verdadeiro Centro da Fraternidade Rosacruz (onde há um Templo onde se oficia os Rituais, onde há um Departamento de Cura e onde há Reuniões de Estudos focados em estudar fielmente e tão somente os Ensinamentos Rosacruzes) um campo para essa expressão. As diferentes Personalidades dos Estudantes Rosacruzes daquele Centro — muitas vezes desarmoniosas e, infelizmente, por vezes discordantes ao ponto do antagonismo —, as diferentes opiniões e ideias deles, os preconceitos e desejos deles, as várias formas de vaidade e egoísmo deles, tudo isso fornece um campo rico para a plena frutificação do amor através da provação e da dor. O amor idealiza-se quando é exposto por meio da Personalidade e, quando se desilude, surge o sofrimento. Isso é exemplificado não apenas nos nossos amores individuais, mas no coletivo, em nossas uniões para: o serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e à irmã, focado na divina essência oculta em cada um de nós – que é a base da Fraternidade, o estudo e a expressão, por exemplo.

Ora, se o amor pode suportar este processo de desilusão, então é amor. A imitação, que é apenas uma forma de desejo pessoal, desaparece e morre sob o estresse e a tensão da experiência. Por exemplo, somos atraídos pela Fraternidade Rosacruz. Formamos uma concepção ideal da mesma e realizamos suas atividades com um entusiasmo fulgurante. Mas nada do que encontra expressão física é ideal e, por isso, logo nos deparamos com a decepção! Na expressão das diferentes Personalidades, que ainda não estão totalmente dominadas por nós, o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, encontramos muita coisa que entra em conflito com os nossos ideais e, na repentina oposição de sentimentos que se segue, ficamos doentes do coração e somos levados a nos afastar. Mas aqui está a prova do amor. Se ele não pode resistir a um teste tão pequeno, como trilharemos o Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz?

O amor sofre por muito tempo. Não há limite de tempo para ele. O amor pode produzir muitas eras ou vidas de provação e carga, porque nos tornamos vencedores quando suportamos todos os testes. Os portões do Templo se abrem apenas para aqueles que se tornaram fortes por meio do amor e do sofrimento. A verdadeira grandeza é demonstrada pelo domínio de todas as situações e o amor se prova pelo seu poder de suportar. O amor é bondoso.

Amigos e Amigas, há um mundo de significado nessa pequena palavra: bondade. É dito que ela siga o sofrimento como um efeito. O amor nunca retalia quando lhe é feita uma injúria. Nunca imagina que uma ofensa foi feita. Nunca é ingrato quando lhe é feita uma gentileza. Nunca é invejoso. Nunca diz coisas rancorosas e maldosas. É bondoso no sentido mais completo da palavra. Nós nos magoamos tanto uns com os outros, quando não amamos verdadeiramente. Mas esse amor que estamos considerando agora ministra de mil maneiras ternas e belas ao Amado, seja ele individual ou reunido em um corpo como a nossa Fraternidade Rosacruz. O amor, que é o ideal pelo qual nos esforçamos, é bondoso.

Podemos imaginar situações em que o “amor” pode ser orgulhoso no seu sofrimento. Ele pode se afastar em um distanciamento ofendido e recusar a ser bondoso. Mas isso, caros amigos e caras amigas, é o amor fictício! O verdadeiro amor sofre muito e é bondoso. Mais do que tudo, ele teme causar dor ao outro. Prefere sofrer a magoar o outro, mesmo que tenha sido gravemente prejudicado. Nunca se vinga quando recebe uma injúria. Nunca imagina que uma ofensa foi feita. Nunca é ingrato quando recebe uma gentileza. Nunca é invejoso. Nunca diz coisas rancorosas e maldosas. É bondoso no sentido mais completo da palavra. Nós nos magoamos muito quando não amamos verdadeiramente. Mas esse amor que estamos considerando agora trata o Amado de mil maneiras ternas e belas, seja ele individual ou coletivo como um corpo igual à nossa Fraternidade Rosacruz. O amor, que é o ideal pelo qual nos esforçamos, é bondoso.

O Amor Espera Todas as Coisas

A esperança brota de fato e perene no seio humano, quando este amor de que falamos a inspira. O desespero não consegue encontrar um lugar onde seu veneno nocivo possa se alojar, quando esta chama do Amor Divino arde continuamente. Nas cavernas mais sombrias da Terra nunca poderá apagar este fogo e a sua luz. Ele destrói os gases venenosos e a esperança brilha como um farol, pois ela está inclusa no amor.

O Amor Suporta Todas as Coisas

Pode carregar fardos pesados e nunca vacilar. Pode suportar os fardos dos outros e nunca hesitar. Sua força de Alma brilhante lhe confere muito poder.

Aprende através do sofrimento a suportar pacientemente. Permite que os corações humanos perseverem. É a inspiração da vida. Suporta o sofrimento com sua energia radiante que anima. Pode tornar a Alma grande e elevada, permitindo-lhe, como tão belamente foi expresso, “navegar com um vento favorável através de muitas tempestades e no meio das ondas desfrutar de uma bela calma”[1].

O Amor Nunca Falha

Quando deixamos de aprender algumas das nossas lições da vida, é porque ainda não conhecemos este amor na sua plenitude. Quando ficamos fracos e cedemos a alguma tentação sutil, é porque ainda não nos tornamos um canal para essa força extraordinária. Quando falhamos em algum dever, é porque as correntes de amor são desviadas e não atingem nossas almas com seu poder animador e vivificante. Quando nos desviamos e desanimamos diante das tarefas desesperadoras, é porque ainda não conhecemos esse amor de que falamos. Nunca poderemos falhar enquanto ele brilhar dentro de nós e irradiar, a partir de nós, correntes de força viva. É a própria vida e sem ela somos meras sombras ou autômatos mecânicos.

O Amor que o Estudante Rosacruz deve valorizar

De acordo com este padrão podemos ver que muito do nosso assim-chamado amor é desejo. Pode ser um desejo que foi refinado até sua essência, mas ainda assim é um desejo, em última análise.

Talvez aqui surja uma questão: se o desejo é movimento, como se diz, como pode o amor maior estar separado do desejo? Quando Deus, que é Amor, começa a Se manifestar, Ele não deseja expressão? Ele flui por todo o universo e Se manifesta através dessas inúmeras formas. O que faz com que Ele Se manifeste? Não é desejo? Mas há uma diferença fundamental entre o desejo que move o Amor Divino em Sua missão benéfica e aquele que leva nossos corações humanos a agirem. O amor de Deus circula pelo Universo como as correntes arteriais em nosso microcosmo, trazendo vida, energia vital e cura; além disso, ele reúne em seu retorno, através de outros canais, todos os acréscimos, impurezas e manchas da nossa Personalidade e os transmuta, purifica e envia de novo em forma de corrente de amor para abençoar e rejuvenescer.

Quando amamos com o Amor Divino, não desejamos para nós mesmos, mas para o outro. Quando desejamos para nós mesmos, poluímos a pura corrente do amor e a enviamos carregada de veneno. Há um trabalho muito bonito que alguns dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz fazem pela Humanidade — e do qual todos nós podemos participar, se quisermos. À meia-noite, eles reúnem todos os maus pensamentos e forças que foram enviados durante o dia e, através da alquimia divina do amor, transmutam em forças para o bem. Algum trabalho poderia ser mais bonito? Vejamos se algo neste trabalho precisa ser feito por nós.

Nós podemos nos transformar em canais de bênçãos para a Humanidade, usando a força do nosso pensamento para os fins mais puros e elevados. No nosso Ritual do Serviço Devocional do Templo, falamos em sermos usados como “canais conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores à serviço da Humanidade”. Também usamos o Amor como tema da nossa meditação. Este amor é o poder que devemos usar em nossa vida superior. Nós o pervertemos em nosso desenvolvimento passado. Nós o usamos para atrair coisas para nós mesmos. Muitos dos nossos cultos e das nossas sociedades religiosas fazem isso agora em um grau alarmante. Podemos pensar em bens materiais ou tesouros emocionais, desejos e vontades do coração. Ele pode ser usado para atrair amor humano ou graças espirituais para nós. Seja o que for que procuremos ou desejemos para enriquecer nosso “Eu pessoal” de alguma forma, é uma perversão da força que chamamos de amor. Em um estágio do nosso avanço, isso se torna mau, se houver excesso.

Precisamente aqui, eu gostaria de falar sobre uma tendência entre as “escolas de pensamento superior” de ignorar o chamado amor humano (o amor filia) ou de refiná-lo até que mal seja uma essência. Para muitos ainda é difícil traçar uma linha entre o amor filia e o amor ágape. Quantos de nós, ao iniciar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, ficamos extremamente intrigados ao saber até que ponto podemos manter, guardar ou valorizar os nossos amores humanos? De alguma forma, talvez lendo superficialmente essas linhas, adquirimos a noção de que todo amor entre homem e mulher ou pais e filhos pertença a um plano inferior e deva ser renunciado. Na verdade, ele deve ser transcendido em algum estágio futuro, mas deve ser mantido e valorizado até que tenha servido ao seu propósito mais completo. O ponto de vista faz toda a diferença. Se o mantivermos para fins egoístas, ele se tornará um erro. Se o nosso amor se estende para abençoar o outro coração; se a alegria que sentimos em ser amados tem o seu centro no ser amado, então ele está de acordo com a Lei de Deus. E algum dia, amando assim, nossa consciência será estendida para abranger toda a Humanidade. Então conheceremos o verdadeiro significado e valor do amor, o amor ágape.

A razão pela qual o Estudante Rosacruz aprende que deva valorizar apenas o amor ágape é porque grande parte do nosso amor filia está misturado com o desejo egoísta. No entanto, até mesmo esse desejo tem a sua parte no grande plano cósmico; ele é a força dinâmica que nos faz agir. Marte representa a energia dinâmica e rege a natureza de desejo. Essa força, às vezes, atua de maneira muito sutil, quando misturada com os acréscimos da nossa Personalidade. Trabalhando através do raio de Marte, ele deseja e envia energia para cá e para lá, sem propósito, razão ou método. Mas Mercúrio, o símbolo da razão, está agora intervindo para ensinar como essa força de desejo deve ser usada. Então o raio de Vênus entra e nos inspira com um amor mais puro e impulsos mais nobres. Ele reúne e prende com um cinto de ouro os corações que toca. Além disso, acelera com sua radiante energia as almas que unifica. O raio de Vênus, na melhor das hipóteses, não busca o que é seu. Ele olha com seu lindo e terno amor para a outra Alma e abençoa com seu poder conquistador. Ele atrai para si todas as forças em conflito e as harmoniza, une e mantém. É o raio de Vênus que nos dá os amores humanos (que é o amor filia) que são ideais, a nossa rica música emocional, a vida artística, os interesses e laços pessoais, o encanto de Personalidades fascinantes que conquistam e atraem todos para si. É uma influência muito bonita e bastante benéfica. Ela mantém as vidas humanas unidas por um vínculo poderoso: ela dá vida, cor e charme.

A existência pareceria muito vazia e monótona sem o raio de Vênus. Não deve ser sufocado ou descartado, mas, isto sim, tomado e usado como um grande propulsor para o nosso progresso ascendente. O poder de amar e de atrair amor é um dom elevado, deve ser valorizado como tal e usados para os fins mais nobres. Mas o raio de Vênus, por mais bonito que seja, não é tudo; ele também serve a um propósito e deve desaparecer. Existe um Poder maior, uma Força superior que está entrando em nossa evolução. Foi Isso que começou a tocar a Humanidade entre as colinas da Judéia, quando o Mestre dos mestres as pisou com Seus pés sagrados. Isso nós chamamos de raio de Urano. É ele que os mais avançados da Humanidade estão começando a enfrentar agora. Esse Amor combina as influências de Marte e Vênus. É o amor ágape! É, ao mesmo tempo, extrovertido e introvertido. Possui toda a doçura e encanto, toda a beleza e harmonia do raio de Vênus. Possui toda a energia dinâmica e força do raio de Marte. É Espírito, fogo, vida, luz. É tudo que o amor expressa — é amor ágape. É a Divindade interior em manifestação. É o Deus-Amor.

O “Eu pessoal” não é o centro desse amor. Ele flui e transmuta tudo dentro do “Eu pessoal” em propósitos mais elevados, em ideais mais puros. Ele forma os nossos ideais e se eleva das terras baixas e dos vales da vida até às alturas onde a nossa visão pode abranger horizontes distantes.

Vemos, então, o significado e o propósito do amor. Sabemos que é uma parte da Chama universal e de forma alguma deve ser confinada dentro de formas — limitada, condicionada, restringida. Quando esse amor ágape nos possui, vemos todos como um e reconhecemos a Divina Essência oculta em cada um de nós. Afinal, nossas Personalidades são meras máscaras e quando adoramos a Personalidade, adoramos uma mera aparência — uma quimera que serve a um propósito temporário, mas que se dissolverá como a névoa diante do Sol na luz maior para a qual iremos. Tudo o que é belo e verdadeiro, tudo que é valioso em nossa Personalidade brilhará com uma juventude imortal e resplandecerá no grande Deus-Luz. Tudo o que é belo, doce e puro na máscara que usamos em cada vida terrena perdurará, pois faz parte do Deus interior. Aquilo que está ligado ao animal perecerá ou se dissolverá. Na verdade, nada perece, mas certas manifestações se desintegram e retornam a suas partes componentes. Só continua aquilo que é mantido unido pela Vida – o que tem coerência e unidade. A vida é Deus e Deus é Amor. Portanto, o Amor é o poder, a força que vence a morte e que incorpora na Alma a vida imortal. Este Amor de Cristo é como a radioatividade e flui do seu centro brilhante no Espírito, abençoando todos na periferia do seu Poder mágico.

Vamos aplicar o teste a nós mesmos como Fraternidade Rosacruz – o teste do raio de Urano (o amor ágape). Nós amamos? Estamos interessados apenas no grande trabalho a ser realizado para elevar, ajudar e ensinar a Humanidade? Deixamos de lado nossos próprios sentimentos e interesses individuais em prol de uma vida maior, de um motivo mais elevado, da vida de serviço? Estamos consagrados à vida superior, ao Ideal de Cristo? Ou magnificamos nossas Personalidades, adorando cegamente em algum santuário de grandeza imaginária ou criticando de forma ignóbil os nossos irmãos e as nossas irmãs? Permitimos que nossas pequenas animosidades e preconceitos pessoais nos levem a retardar o trabalho que nos comprometemos a fazer? Temos inveja do mérito superior e procuramos menosprezar ou destruir a influência daqueles que podem ter captado uma visão da verdade mais clara do que a nossa? Em outras palavras, estamos vivendo de acordo com a definição de amor do Cristo, o amor ágape? Esse amor é a Chama pura que acende todas as nossas pequenas lâmpadas. Somos parte da Chama, parte da corrente que dá luz; mas muitas vezes nos fechamos em nosso pequeno mundo e pensamos que a luz que possuímos pertence exclusivamente a nós mesmos. Não consideramos os outros “Eus”. Ligamos nossa corrente e fechamos nossas cortinas, imaginando que estejamos isolados do mundo. Mas lá embaixo, na rua, há um poderoso arco de luz e por trás dele há uma corrente que atravessa os outros onde existem forças poderosas. No entanto, não se origina aí. Ainda mais atrás — mais profundamente onde a paixão cessa e as forças elementais nascem — a corrente começa e termina. Seu circuito está completo em Deus.

Queridos amigos e queridas amigas, as nossas pequenas Personalidades deveriam encolher e desaparecer no nada diante dessa Grande Luz. Não deveríamos ser meros colecionadores ocupando o cargo mercurial, mas forças, poderes, um centro muito radiante que difunde a nossa luz para todos ao nosso redor. Expressaríamos assim a oitava superior de Mercúrio que é Netuno e a oitava superior de Vênus, que é Urano Isso é o que deveríamos fazer, queridos amigos e queridas amigas, no nosso atual estágio de avanço. Se evoluímos o bastante no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz para nos unirmos aqui como um Centro da Fraternidade Rosacruz ao longo dessas linhas mais elevadas, certamente deveríamos ser capazes de deixar de lado o nosso amor-próprio, a nossa vaidade mesquinha, a nossa presunção, a nossa sensibilidade mórbida, nossas calúnias e críticas indelicadas — tudo que, na verdade, é falso, feio e discordante. Deveríamos ser capazes de nos unir no único objetivo da vida superior: o serviço à Humanidade, que é serviço a Deus. Que diferença faz se a Essência Divina se expressa como você ou eu? A forma específica através da qual funciona realmente não importa. É a Essência interior que nós servimos.

Se irradiamos amor, pouco importa o que mais nos falta. Se não expressarmos em nosso coração e em nossa vida a prova que Cristo nos deu, pouco importa quais outras qualificações tenhamos. Riqueza, cultura, mentalidade brilhante, realizações intelectuais — tudo aquilo a que o mundo se curva em homenagem servil — é nada sem amor.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”. “E ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e todo ciência; e ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de remover montanhas, se não tiver amor, nada serei”. “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”.

Portanto, queridos amigos e queridas irmãs, o amor é Deus e sem Ele nós somos meras conchas, unidades isoladas e sem vida, sem propósito, átomos à deriva no mar cósmico. Mas com esse amor preenchendo todo o nosso ser e brilhando através de nós, nós nos tornamos forças poderosas trabalhando com a vida cósmica.

FIM


[1] N.T.: Trecho do Livro St. Elmo de Augusta Jane Evans (1835-1909), escritora estadunidense.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Interpretações Astrológicas de Temas de Crianças – Vol. VI

Como indicado no Livro: Mensagem das Estrelas, Capítulo XVIII, A Doutrina da Delineação em Poucas Palavras (para acessá-lo clique aqui), Max Heindel utilizou a técnica da combinação das palavras-chave de todos os outros Astros e Aspectos da Tabela que consta naquele capítulo para fazer as interpretações desses horóscopos e sugere que os Estudantes Rosacruzes também o façam. Nas palavras dele: “Isso os capacitará a uma boa leitura de qualquer horóscopo, mesmo com pouca prática. Para mais demonstrações práticas desse método sugerimos aos Estudantes que examinem os horóscopos de crianças publicados nos Livros Interpretações Astrológicas de Temas de Criança. Esses horóscopos constituem uma fonte de ensino que nenhum Estudante Rosacruz desejoso de se aperfeiçoar na ciência estelar pode dispensar. As palavras-chave proporcionarão o que foi dito a respeito da natureza geral dos Astros sob consideração; isso ele poderá combinar com a natureza dos Signos e das Casas em que os Astros estão, caso queira uma interpretação completa.”.

Essas interpretações astrológicas dos horóscopos feitas por Max Heindel, mensageiro dos Irmãos Maiores da Rosacruz e fundador da Fraternidade Rosacruz, foram publicadas primeiramente na Revista da Fraternidade Rosacruz, Rays from the Rose Cross, durante os anos de 1918 e 1919.

Não foram impressas anteriormente em formato de livro, mas a base espiritual de sua apresentação, juntamente com sua clareza e concisão, as fez merecedoras de uma audiência maior.

Acreditamos que todos os Estudantes de Astrologia irão achar o estudo dessas vinte e oito delineações de um valor especial para aprender a interpretar corretamente os diferentes Aspectos dos Astros, assim como a sintetizar o mapa como um todo.

O conselho sábio dado aos pais das crianças representadas é outro recurso valioso dessas leituras.

“Se você é um pai ou uma mãe o horóscopo ajudará você a detectar as más intenções em seu filho ou sua filha e ensinará você como é melhor “prevenir do que remediar”. Também mostrará a você os pontos positivos nele ou nela, de modo que você possa ajudar a formar, a partir do seu filho ou filha, um homem ou uma mulher bem melhor, com o Ego que lhe foi confiado. O horóscopo lhe revelará fraquezas sistemáticas e permitirá que você proteja a saúde do seu filho ou da sua filha; mostrará quais talentos existem e como a vida pode ser vivida em toda a sua plenitude. Portanto, a mensagem dos Astros que estão em marcha é tão importante que você não pode se dar o luxo de ignorar isso tudo.”

Max Heindel

Oceanside CA, Setembro de 1915

1. Para fazer download ou imprimir:

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Kathryn L.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Karl Robert M.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – June Naoma S.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – George Raymond On.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – George Newton K.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Frederick Henry J.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Cedric G.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Eduardo Gerardo McP.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Carleen H. G.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Bertha F. McM.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Lavona L.D.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Jack Mc. N.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Edith E. F.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Jessie W.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Neeltja B.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Frederick D. W. Ogden

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Helen M. T.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Ellen J.

O Horóscopo de Sua Criança – Max Heindel – Volume VI – Clifford Ernest H.

2. Para estudar no próprio site:

INTERPRETAÇÕES ASTROLÓGICAS DE TEMAS DE CRIANÇAS

Por

Max Heindel

VOLUME 6

Fraternidade Rosacruz

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

1ª Edição em Inglês, Rays from the Rose Cross 1919 a 1920 editada por The Rosicrucian Fellowship

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

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fraternidade@fraternidaderosacruz.com

PREFÁCIO

Esse é o sexto volume das interpretações astrológicas dos horóscopos feitas por Max Heindel, mensageiro dos Irmãos Maiores da Rosacruz e fundador da Fraternidade Rosacruz. Elas foram publicadas primeiramente na Revista da Fraternidade Rosacruz, Rays from the Rose Cross, durante os meses de janeiro de 1919 a julho de 1920.

Não foram impressas anteriormente em formato de livro, mas a base espiritual de sua apresentação, juntamente com sua clareza e concisão, as fez merecedoras de uma audiência maior. Acreditamos que todos os Estudantes de Astrologia irão achar o estudo dessas vinte e oito delineações de um valor especial para aprender a interpretar corretamente os diferentes Aspectos dos Astros, assim como a sintetizar o mapa como um todo. O conselho sábio dado aos pais das crianças representadas é outro recurso valioso dessas leituras.

“Se você é um pai ou uma mãe o horóscopo ajudará você a detectar as más intenções em seu filho ou sua filha e ensinará você como é melhor “prevenir do que remediar”. Também mostrará a você os pontos positivos nele ou nela, de modo que você possa ajudar a formar, a partir do seu filho ou filha, um homem ou uma mulher bem melhor, com o Ego que lhe foi confiado. O horóscopo lhe revelará fraquezas sistemáticas e permitirá que você proteja a saúde do seu filho ou da sua filha; mostrará quais talentos existem e como a vida pode ser vivida em toda a sua plenitude. Portanto, a mensagem dos Astros que estão em marcha é tão importante que você não pode se dar ao luxo de ignorar isso tudo.”

Max Heindel

Oceanside CA, Setembro de 1915

ÍNDICE

PREFÁCIO.. 3

KATHRYN L. – NASCIDA EM 10 DE JUNHO DE 1910 ÀS 9:45 PM… 6

KARL ROBERT M. – NASCIDO EM 25 DE MAIO DE 1916 ÀS 3:20 PM… 9

JUNE NAOMA S. – NASCIDA EM 3 DE JUNHO DE 1915 ÀS 2:50 PM… 12

GEORGE RAYMOND ON – NASCIDO EM 14 DE JULHO DE 1916 ÀS 12:15 PM… 15

GEORGE NEWTON K. – NASCIDO EM 12 DE JUNHO DE 1905 ÀS 10:00 AM… 18

FREDERICK HENRY J. – NASCIDO EM 5 DE JULHO DE 1911, ÀS 3:15 PM… 20

CEDRIC G. – NASCIDO EM 27 DE AGOSTO DE 1913 ÀS 9:44 PM… 23

EDUARDO GERARDO McP. – NASCIDO EM 30 DE MAIO DE 1913 ÀS 6:00 PM… 26

CARLEEN H. G. – NASCIDA EM 17 DE NOVEMBRO DE 1917 ÀS 2:30 AM… 29

BERTHA F. MCM. – NASCIDA EM 4 DE SETEMBRO DE 1916 ÀS 2:20 AM… 31

LAVONA L.D. – NASCIDA EM 2 DE NOVEMBRO DE 1912 ÀS 12:40 AM… 34

JACK McN. – NASCIDO EM 10 DE AGOSTO DE 1913 ÀS 12:30 AM… 38

EDITH E. F. – NASCIDA EM 7 DE OUTUBRO DE 1900 ÀS 9:13 PM… 40

FREDERICK D.W. OGDEN – NASCIDO EM 26 DE OUTUBRO DE 1912, ÀS 8:15 AM… 43

HELEN M.T. – NASCIDA EM 11 DE ABRIL DE 1918 ÀS 3:20 PM… 46

ELLEN J. – NASCIDA EM 7 DE FEVEREIRO DE 1917 ÀS 6:00 PM… 49

CLIFFORD ERNEST H. – NASCIDO EM 29 DE NOVEMBRO DE 1918 ÀS 5:00 PM… 51

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KATHRYN L. – NASCIDA EM 10 DE JUNHO DE 1910 ÀS 9:45 PM

EM SOMERSET, KY., EUA

Aqui temos uma jovem com uma estranha e muito infeliz combinação de Planetas. O não convencional e irresponsável Urano em Capricórnio no Ascendente, com o combativo, discordante e impulsivo Marte em Oposição na 7ª Casa e esse último em Conjunção com Netuno, Netuno sendo muito poderoso – em Exaltação – no Signo aquoso de Câncer. Isso lhe proporciona uma Mente mais teimosa, obstinada e errática; proporciona uma disposição para trilhar o seu próprio caminho e para passar por cima de qualquer um que tente interferir com ela. Ela é propensa a falar muito bruscamente, e até cruelmente quando irritada, e sempre inquieta, querendo mudança ou diversão.

Essas configurações proporcionam uma disposição para ela nunca seguir ninguém, mas sempre querer liderar. Se for para esse lado trará muito sofrimento e tristeza para si mesma, por sua não convencionalidade. Essas configurações, também, tendem a ela se importar pouco com a opinião dos outros, pois Urano, no Signo saturnino de Capricórnio, proporciona a ela ideias estranhas de vestimenta e, também, estranhas nas suas ações e atitudes. Naturalmente, tais configurações proporcionam a ela muita popularidade, justamente por causa desse temperamento estranho, sendo muito direta e contundente em seu discurso. Marte, o Regente da 10ª Casa, em Oposição a Urano, proporciona a ela uma tendência a impelir a se comportar de tal maneira que poderá resultar em calúnia sobre si mesma, embora não merecida.

Ela deve ser ensinada, desde criança, a agir com discrição; ensine-a também a falar com bondade e amor e sempre se ater à verdade. No entanto, Mercúrio em Aspecto benéfico com Urano e Marte proporciona a ela uma diplomacia suficiente para superar alguns dos impulsos dos Planetas na 1ª e 7ª Casa, pois essas configurações proporcionarão a ela muita rapidez e brilhantismo mental, absorção de conhecimento sem esforço e, estando Mercúrio no Signo lento e determinado de Touro, a ajuda a não parar no problema mais difícil até que o domine.

Há, também, um lado bom nesse horóscopo, mas isso será revelado e desenvolvido mais tarde na vida, isto é, depois que Kathryn tiver sofrido com sua natureza impulsiva e inquieta, pois o casamento lhe tende a lhe trazer muita desarmonia e infelicidade. O primeiro casamento tende a ser muito malsucedido e a separação é quase certa, mas e se houver o segundo casamento aí ela terá a oportunidade de ser mais bem sucedida. A Lua magnética e imaginativa no Signo de Leão, o coração, em Quadratura com Vênus proporcionará a ela problemas durante o namoro. Agora, a Lua em Sextil com Júpiter na 8ª Casa e o segundo casamento proporcionará a ela grande benefício financeiro e, também, a ajudará a desenvolver o caráter.

O ponto forte de Kathryn é a originalidade. Ajude-a a expressar isso por meio da música e do canto. Sob inspiração, ela pode improvisar. Infelizmente, o Sol, sem nenhum Aspecto, proporcionará a ela pouca ajuda para trazer à tona o que está dentro dela. Portanto, os pais ou os responsáveis por ela devem fazer tudo ao seu alcance para lhe dar essa assistência, para que ela possa usar os talentos latentes. Afinal se ela puder perceber que construirá os corpos e veículos que ela usará nas vidas futuras, que o ontem dela é um trampolim para o amanhã dela, cabe a nós ajudarmos tais crianças, como ela, a trazer à tona e fortalecer todas as suas possibilidades latentes para que elas possam construir bons alicerces. Se tais crianças não podem usá-los nesta vida, a alma tem isso para levar consigo para as vidas futuras, e os pais perdem uma oportunidade valiosa quando negligenciam um filho. Mesmo que o talento seja fraco, pelo cuidado e atenção, este pode ser trazido à tona e fortalecido, possibilitando que aquela alma se expresse algum tempo, mesmo que seja em uma vida a seguir.

Quanto à saúde, deve-se cuidar dela na puberdade, pois ela tem a tendência a sofrer com a menstruação restrita e má circulação. Também Marte e Netuno em Câncer lhe proporcionarão um apetite muito voraz e estranho, um desejo por líquidos, e ela pode comer e beber em excesso, especialmente café ou chá, e uma pessoa com Urano afligido no Ascendente ficaria muito nervosa e a ação do coração pode sofrer.

KARL ROBERT M. – NASCIDO EM 25 DE MAIO DE 1916 ÀS 3:20 PM

EM ALBANY, ORE, EUA

Aqui temos um amável e brilhante menino, com o Signo de Libra, cujo Regente é Vênus, o Planeta do amor, no Ascendente, e o perspicaz e hábil Mercúrio, também no Signo que é Regente, o Signo de Gêmeos na 9ª Casa, em Trígono com o original e inventivo Urano, também no Signo que é Regente, o Signo de Aquário. Tanto Mercúrio quanto Urano estão em Sextil com Júpiter na 7ª Casa. Essas posições e esses Aspectos benéficos proporcionam a Karl uma Mente muito brilhante e inventiva, com tendência à originalidade em seus pensamentos.

Infelizmente Mercúrio e Urano estão, ambos, Retrógrados, e a Lua estando em Quadratura a Mercúrio proporcionarão a Karl uma maior dificuldade em realizar tudo mentalmente, pois a Mente dele tende a ser inquieta, e aconselhamos os pais a ensinarem-no o exercício de concentração e encorajá-lo a terminar tudo o que começar. Os Aspectos benéficos mencionados acima proporcionarão a ele grande habilidade com os dedos, rapidez em digitar, a montar qualquer coisa, a operar instrumentos que exijam destreza manual ou a realizar qualquer trabalho em que venha a utilizar seus dedos ágeis. O Regente da 6ª Casa, Júpiter, estando bem-aspectado na 7ª Casa em Áries, fornecerá a Karl a habilidade de ser venturoso com o público, de ter uma maneira agradável e suave de conhecê-los, e de ter muito sucesso no trabalho mercantil, como vendedor, especialmente de vestuário feminino.

Marte em Quadratura ao Sol a partir do Signo Fixo de Leão e Vênus afligido pela Conjunção de Saturno em Câncer, proporcionará a Karl circulação sanguínea restrita e, se houver tensão no Corpo Denso dele, haverá a tendência a problemas cardíacos. Mas o maior perigo está em Saturno e Vênus em Câncer. Ele deve ser ensinado na moderação de sua alimentação. Não permitam que ele adquira o hábito de comer doces e sobremesas com suas refeições. Ensine-o a ser muito comedido em sua alimentação. Isso lhe poupará muito desconforto físico, pois quando o estômago está sobrecarregado e a circulação sanguínea está lenta, a ação do coração também fica prejudicada.

Sol em Sextil com Netuno e Urano em Sextil com Júpiter proporciona a Karl facilidade em se apegar, naturalmente, aos ensinamentos religiosos, especialmente na forma esotérica avançada. Esses Aspectos benéficos facilitarão profundamente o interesse no trabalho humanitário, bondoso e benevolente, e aconselhamos os pais, ou responsáveis, fornecer a ele um treinamento religioso, pois o que ele tem de bom e melhor será expresso através da 9ª Casa – Religião.

JUNE NAOMA S. – NASCIDA EM 3 DE JUNHO DE 1915 ÀS 2:50 PM

EM COLUMBUS, OHIO, EUA

Encontramos aqui uma jovem que tem um dos Signos Cardinais no Ascendente, o símbolo retratado no calendário como a Balança, e assim que uma balança de pratos pende para um lado e para outro, uma parte bate para cima e para a luz, depois desce até o fundo, assim também o libriano, como um pêndulo, se equilibra entre alegrias e tristezas, indo até a mais intensa alegria e o mais intenso regozijo e depois descendo até o fundo da profunda tristeza e do profundo desespero. Não há meio caminho com o libriano, ele quer ir ao limite em tudo. Esse é o Signo onde o Sol cruza do hemisfério norte para o hemisfério sul. O libriano tem duas naturezas distintas, uma regida por Vênus, que é o Regente desse Signo, e aqui também o sombrio, pessimista e sério Saturno está em Exaltação. Os temperamentos do libriano são rápidos e curtos, mas não guardam ressentimentos, perdoam prontamente e esquecem. Assim também se comportam em suas vocações: eles se apegam um hobby e se entregam a ele com todo o seu coração e alma, e logo se cansam, e vai atrás se apegar em outra coisa.

E aqui encontramos essa jovem com o Sol no versátil e mutável Signo de Gêmeos, em Trígono com o errático e inquieto Urano. Esse posicionamento e Aspecto proporciona a June o desejo de mudar de uma coisa para outra e, por isso, deve ser ensinada a pegar um pensamento, segurá-lo e resolvê-lo até terminar. Os pais podem fazer muito para levar essas crianças a um estado de espírito mais firme e estável. Aqui encontramos cinco Astros em Signo de Água, e sete Astros estão em Signos negativos, portanto essa jovem será fortemente influenciada por seus ambientes e associações. Esses posicionamentos também proporcionam a ela uma Mente muito influenciável. A Lua está no Signo de Água de Peixes. Essa posição da Lua proporcionará a June uma mentalidade preguiçosa, não desejando se esforçar. Mas Marte está com Aspectos benéficos (em Sextil com Saturno e Mercúrio) e no Signo determinado e persistente de Touro. Saturno e Mercúrio estão em Conjunção no Signo Cardinal de Câncer no Meio do Céu, ajudarão a Lua e, portanto, proporcionarão à June uma mentalidade brilhante, ativa e persistente (assim, cabe a ela escolher: isso ou manifestar uma Mente preguiçosa). Enquanto Saturno equilibrará e manterá o indisciplinado Marte sob sujeição, ainda será uma ajuda maravilhosa para June. Ela pode realizar tudo o que ela se propõe a fazer. Marte expressa seu lado mais cruel quando no Signo bestial de Touro e June pode derivar para uma mentalidade fria, dura e cristalizada, pois a combinação de Marte e Saturno, quando regem a Mente tende a cristalizar, e o coração deve ser desenvolvido, a natureza do amor fortalecida, para que eles equilibrem isso. June poderá ser bem-sucedida como professora, principalmente em um orfanato ou em alguma instituição. Se ela se dedicasse à dietética ou à ciência doméstica, seria muito bem-sucedida.

Com Vênus em Touro em Quadratura a Urano, aconselhamos os pais a tomarem muito cuidado com June, pois na puberdade, ela poderá ter problemas com períodos menstruais irregulares e dolorosos. Além disso, à medida que ela se tornar mulher, há o perigo de que ela seja abusada ou se envolva com associações indesejáveis.

Com Saturno e Mercúrio em Conjunção no Signo de Câncer, embora não estando com Aspectos adversos, há uma tendência à indigestão nervosa. June costuma ser muito estudiosa, muito persistente em suas atividades mentais e, a menos que seja cuidadosa em sua alimentação, Saturno retarda a digestão, e quando uma tensão é colocada no sistema nervoso, haverá falta de fluido necessário para ajudar na digestão. Ensine-a a mastigar bem a comida, a mastigar com muito cuidado e devagar e ela pode nunca sentir o menor efeito de Saturno em Câncer.

Ensine-a a comer com moderação e comida simples, pois com Marte e Vênus em Touro proporciona a ela um desejo de querer degustar, de querer doces e coisas boas para comer, de gostar demais dos prazeres da mesa.

GEORGE RAYMOND ON – NASCIDO EM 14 DE JULHO DE 1916 ÀS 12:15 PM

SAN DIEGO, CALIFORNIA, EUA

Aqui temos outro libriano muito amável, gentil e simpático, com o Regente, o harmonioso Vênus, em Câncer no Meio do Céu, em Conjunção com o eloquente e intelectual Mercúrio e em Sextil com o reverente e opulento Júpiter no artístico e musical Signo de Touro.

Essas configurações proporcionam à George sempre olhar para o lado brilhante e esperançoso da vida, de um modo sempre alegre, honrado e honesto, com uma profunda natureza amorosa. Mas Saturno e Sol em Conjunção em Câncer lhe proporcionará um desejo a ter elogios e lisonjas, desejando ser apreciado. Se não lhe disserem o quão bem ele fez uma coisa, ele ficará desanimado, e ele está propenso a ser muito egoísta e, por isso, é bom vocês, pais, verificarem isso, caso contrário, isso pode se tornar dominante e torná-lo arrogante e pretencioso. Mas há tanta coisa boa nesse jovem que vai contrabalançar a referida falta. Marte em Sextil com Saturno e Sol no Meio do Céu proporcionará a ele grande habilidade executiva, persistência, mentalidade rápida, e facilidades em se erguer na vida, em ser autodidata, em ter muito tato, premeditação e organização. Essas configurações favorecem a ele trabalhar em órgãos públicos, especialmente em áreas que lidem com agricultura ou química. Favorece, também, lidar com tudo o que lida com a arrecadação de alimentos ou distribuição de alimentos, também em posições de gerência ou de atividades em restaurantes ou cafeterias.

Mas aconselhamos os pais a ensinarem-no a seguir um método adequado de alimentação, pois Saturno em Câncer, em Oposição à Lua, proporcionará a ele gostos e desgostos estranhos quanto à comida, despertando o desejo em comer o que queira e a qualquer hora, e em tomar bebidas alcoólicas. Agora, Marte e Sol em Sextil proporcionará a ele uma grande capacidade de resistir às doenças e até de superara-las.

A Conjunção de Vênus e Mercúrio ambos em Sextil com Júpiter, no segundo Signo de Touro, proporcionarão a ele facilidade para atrair recursos financeiros, ser muito frugal e cuidadoso com esses recursos financeiros, mas há uma tendência à especulação. Ele deve evitar investir seu dinheiro em grandes corporações, especialmente aquelas que são frequentemente organizadas com a intenção de fraudar. Pois esse tipo de investimento atrairá a atenção de George e ele tende a, depois de economizar seu dinheiro, investir dessa maneira e, portanto, aumentando o risco de perder tais recursos financeiros.

GEORGE NEWTON K. – NASCIDO EM 12 DE JUNHO DE 1905 ÀS 10:00 AM

EM WOODSTOCK, N.B., EUA

No momento do nascimento de George, os últimos graus de Leão estão ascendendo, lhe fornecendo as características do próximo Signo, Virgem, com o Regente Mercúrio no Signo que ele rege, Gêmeos, em Elevação e em Quadratura com Saturno.

Essa aflição proporcionará a George uma natureza muito sarcástica e crítica, mas com o harmonioso, alegre e suave Vênus no Signo que ele rege, Touro,

no Meio do Céu e, também, com o opulento e cumpridor da lei Júpiter no mesmo Signo na cúspide do Meio do Céu, ele pode superar todas as tendências adversas da Quadratura de Mercúrio e Saturno. Pois com Vênus em Sextil com Saturno e com o oculto, profético, inspirador e musical Netuno, George pode realizar muito por meio das boas influências trazidas enquanto jovem pelos pais dele, se eles desenvolverem as qualidades da 9ª Casa; isto é, a Religião e as aspirações mais elevadas, e proporcionarem a ele um treinamento musical, um cultivo da voz e encorajá-lo a cantar em, por exemplo, um coral na igreja. Esses Aspectos benéficos fornecem a ele uma voz musical e, também, poderá se expressar a partir de uma posição social pública. O Trígono do vital e digno Sol com a magnética Lua no Signo da 7ª Casa, Libra – as balanças de prato –, lhe proporcionará facilidades de se expor diante do público.

Ensinem George a ser o mais verdadeiro e honesto em todos os momentos, pois com Mercúrio e Saturno em Quadratura, e o egoísta, apaixonado e impulsivo Marte em seu próprio Signo, Escorpião, Retrógrado e em Oposição a Vênus, a natureza inferior poderá ser ressaltada e ser um grande prejuízo para ele, especialmente devido a Urano na 5ª Casa em Oposição a Netuno, que lhe fornecerá a propensão a cultivar más companhias. “Vinho, mulheres e música” pode ser seu lema. E cabe aos pais terem cuidado com o treinamento desse menino, pois Netuno em Câncer afligido por Urano, lhe proporcionará desejos para bebedeira, pois os amigos dele serão seus maiores inimigos.

FREDERICK HENRY J. – NASCIDO EM 5 DE JULHO DE 1911, ÀS 3:15 PM

EM SYDNEY, AUSTRÁLIA

Aqui temos o horóscopo de um jovem que tem o Signo que rege o raciocínio rápido, que é o hábil e intelectual Signo de Gêmeos no Ascendente, com o Regente, Mercúrio, em combustão com o Sol. Os raios quentes do Sol, quando a três graus de Mercúrio, queimam a força desse Planeta intelectual, especialmente porque temos o Sol ígneo no Signo frio e aquoso de Câncer.

Mas, o que auxilia aqui Mercúrio influenciar o jovem é Saturno no Signo determinado, impassível e fixo de Touro, em Sextil com Mercúrio. Isso proporcionará a ele a profundidade e o equilíbrio à mentalidade. Mas, também, lhe proporcionará gosto por elogios e crédito por tudo o que fizer, e se os pais desejam encorajar Frederick a fazer um trabalho mental, deve lhe mostrar apreço. Isso lhe proporcionará muita perseverança em seu trabalho intelectual, apesar da Conjunção entre Sol e Mercúrio, pois tanto Câncer quanto Touro são lentos, persistentes e determinados, quando se propõem a fazer alguma coisa.

Aquelas configurações lhe proporcionarão um desejo de sempre querer liderar seus amigos e se não puder liderar, não seguirá. Também, tais configurações lhe proporcionará um humor tão divertido e espirituoso que facilmente atrairá amigos para ele, especialmente uma classe que gosta de música e arte. Mas há um outro lado dele. Se os amigos, que ele atraiu, não o elogiarem ou lhe derem crédito por sua sagacidade, ou se o ofenderem de alguma forma, isso pode fazer com que o comportamento do Frederick se torne vingativo e implacável. Ele é muito propenso a se associar a corporações, pois tem Netuno na Casa do dinheiro – a 2ª Casa – em Quadratura com Marte e em Oposição a Urano, o que lhe proporcionará a fazer investimentos espúrios, o que, provavelmente, o levaria a perdas, se não fosse por Saturno no cauteloso, impassível e persistente Touro, em Sextil com Netuno. Isso lhe proporcionará a cautela e a solução que necessita, mas ele deve sempre evitar os conselhos de amigos em seus investimentos.

As configurações acima proporcionarão a ele um gosto pelo lar e se torna muito triste se a desarmonia o cercar justamente no lar. Uma sugestão aqui é os pais convidar os amigos dele para casa, entretê-los com música e arte. Isso porque a Conjunção de Lua e Júpiter em Escorpião lhe proporcionará a capacidade de ser um anfitrião generoso. Os pais podem fazer muito, pois ele é naturalmente generoso, de coração aberto e bondoso, e isso se expressará no lar.

As configurações acima proporcionarão a ele, também, um apreço pelas crianças, e uma forte influência sobre elas. Isso lhe facilita ser bem-sucedido como professor, educador ou até enfermeiro em um hospital.

CEDRIC G. – NASCIDO EM 27 DE AGOSTO DE 1913 ÀS 9:44 PM

EM BUTTE, MONTANA, EUA

Aqui temos um menino com Signos Fixos e Cardinais nos quatro ângulos, o que lhe proporciona grande força de vontade e persistência, com o hábil e perspicaz Mercúrio no Signo de Fogo de Leão em seu lar natural, a 5ª Casa, em Sextil ao cauteloso, deliberado, econômico e diplomático Saturno e o construtivo Marte, no ágil Signo de Gêmeos, que rege os braços e as mãos.

Isso proporciona a Cedric um talento maravilhoso para as artes mecânicas; ele tem habilidades para fazer qualquer coisa com ferramentas; tem capacidade para ser um engenheiro esplêndido ou um professor de artes mecânicas e, também, tem a capacidade de dominar muito bem a arte de impressão em uma editora. Aquelas configurações também lhe proporciona uma Mente profunda com muita premeditação, pois Saturno auxilia a manutenção do equilíbrio do Aspecto entre Marte e Mercúrio.

A Conjunção de Saturno e Marte em um Signo mercurial proporciona a ele uma tendência à crueldade na fala, se alguém tentar contrariá-lo, pois ele quer o seu próprio caminho, e se ofendido pode se tornar rancoroso e vingativo.

As configurações descritas no início desse texto lhe proporcionarão uma esplêndida capacidade de ganho, mas tende a se tornar muito ganancioso, a menos que responda à boa influência de Júpiter em Capricórnio na 9ª Casa em Trígono com o Sol em Virgem na 5ª Casa. Isso lhe proporcionará um estado de espírito muito religioso, mas um tanto conservador e ortodoxo. Também lhe fornece uma grande confiança por parte dos seus superiores ou empregadores e lhe proporciona facilidades em ser fiel e leal a eles. Infelizmente a Lua não está fazendo Aspectos, embora esteja em seu próprio Signo na 3ª Casa.

Também, Urano está em sua própria Casa, em Aquário, na 10ª Casa sem Aspectos. Essa configuração indica que ele receberá pouca ajuda dos dois Planetas ocultos. Devido a Vênus e Netuno estarem em Conjunção no quarto Signo, Câncer – o lar – ele respira uma atmosfera espiritual, e os pais podem fazer muito para desenvolver o que há de melhor nesse jovem, por meio do amor e de um treinamento religioso. Aconselhamos que o cerquem com música, mas devem ser advertidos contra a livre indulgência em boas coisas para comer e beber, doces, etc. para alguém com Mercúrio em Aspecto com Marte e Saturno, no Signo agitado de Gêmeos, o que poderá ter problemas com os pulmões e o coração, se o estômago não for cuidado, pois tosses e resfriados são frequentemente os meios pelos quais o corpo elimina as impurezas; um resfriado é, muitas vezes, uma válvula de segurança. Essas configurações proporcionarão a ele gostos peculiares em relação à alimentação e, com Netuno em Conjunção com Vênus, o Regente de Touro, a garganta, esse menino deve ter cuidado com doenças venéreas à medida que se torna adulto; deve ser ensinado a viver com pureza e advertido contra o perigo de cair em excessos.

EDUARDO GERARDO McP. – NASCIDO EM 30 DE MAIO DE 1913 ÀS 6:00 PM

EM CIDADE DO MÉXICO, MÉXICO

Eduardo nasceu quando o jovial Signo de Sagitário estava no ângulo oriental, o Ascendente. Sagitário, geralmente, proporciona aos nativos uma natureza gentil e benevolente, sempre prontos para ajudar quando necessário, generosos ao extremo. Mas esse menino tem o Regente de sua 1ª Casa, Júpiter, no Signo saturnino de Capricórnio na 2ª Casa, regendo suas finanças, e Júpiter está em Quadratura com o combativo, discordante e apaixonado Marte e a frívola Lua da 5ª Casa, a Casa de prazeres e especulações. Esses dois Aspectos adversos fornece uma compensação e até a eliminação do lado bom de Sagitário e, ainda, um foco voltado para o lado material, o que pode redundar em uma natureza mais gananciosa, com uma disposição em ganhar dinheiro, embora que com os Aspectos acima ele não seja capaz de reter esses recursos financeiros, e esses podem se esvair por entre seus dedos, como resultado de uma vida desenfreada. A gratificação dos sentidos, prazeres, o gosto pelas bebidas alcoólicas, por mulheres e por música tendem a ser a causa dessa perda financeira. Ninguém além de Eduardo apreciará o gasto dos seus próprios recursos financeiros. Há, também, uma grande tendência dele se voltar para o jogo ou para a especulação, através dessa Quadratura na 5ª Casa e, especialmente, com Mercúrio, o Regente da Mente, no Signo que ele é Regente, Gêmeos, na 7ª Casa em Conjunção com o cauteloso, deliberado e diplomático Saturno e o determinado e aventureiro Sol. Essa configuração proporciona a ele uma Mente ativa e alerta e uma capacidade de se esforçar para investir o dinheiro dele de uma maneira que trará a ele grandes retornos. Também lhe proporcionará ganhos financeiros rápidos, perspicácia em finanças, mas uma forte tendência para perder novamente devido às condições da 5ª Casa. Portanto, é bom que os pais observem essa tendência em se voltar ao jogo ou a bebidas alcoólicas, pois também encontramos Vênus em Áries na 5ª Casa, em Quadratura com Netuno em Câncer na 8ª Casa.

Outro ponto fraco do qual gostaríamos de alertar os pais é que a Lua e Marte em Conjunção em Áries estão em Quadratura com Júpiter, mostrando uma tendência à mentira e à procrastinação. Ensine-o a ser honesto e sincero em todos os momentos, pois lembre-se de que vocês têm uma grande responsabilidade por esse menino. À medida que ele amadureça, essa tendência deve ser superada por meio de um treinamento muito cuidadoso. Ele é um menino extraordinariamente brilhante e deveria aprender matemática, pois tem uma Mente muito aguçada, capaz de resolver os problemas mais profundos, pois com o perspicaz e hábil Mercúrio no Signo que ele é Regente, Gêmeos, em Conjunção com os metódicos Saturno e Sol, os três Astros em Trígono com Urano em sua própria Casa, Aquário, da 3ª e da 7ª Casa, essa é uma configuração maravilhosa para a mentalidade, e Eduardo seria bem-sucedido como um esplêndido professor de matemática. Em algum momento ele poderá escrever um livro sobre o assunto acima mencionado e, se o fizer, a publicação será aceita pelas editoras e lhe proporcionará um grande retorno financeiro.

Alertamos os pais contra o esforço da visão, pois com essa Mente matemática o menino pode ser muito estudioso, se vocês puderem interessá-lo em algo que seja do seu agrado mental, pois encontramos Mercúrio, Saturno e Sol em Oposição à estrela fixa Antares, que tem influência direta sobre os olhos. Além disso, a configuração acima tem um efeito sobre os capilares dos pulmões, mostrando falta de oxigenação, e ele deve ser ensinado a respirar profundamente e andar com o peito para fora, pois os sagitarianos tendem a se curvar, suas mãos e seus braços tendem a ser muito pesados e eles têm um andar curvado peculiar e sentam-se eretos com os ombros e a cabeça para trás, respiram profundamente para que os pulmões sejam bem desenvolvidos e expandidos, e vocês podem evitar muitos problemas para ele no futuro.

CARLEEN H. G. – NASCIDA EM 17 DE NOVEMBRO DE 1917 ÀS 2:30 AM

EM DULUTH, MINNESOTA, EUA

Carleen tem o Signo de Libra no Ascendente, e os librianos são muito dedicados às pessoas mais próximas e queridas. Isso, junto com o Regente do Ascendente, Vênus, na 4ª Casa, em Trígono com o demonstrativo e impulsivo Marte, fornece a essa jovem facilidade em expor o que quer e sociabilidade no lar dela. Proporciona a ela uma capacidade para falar muito, pois Marte no Signo mercurial de Virgem adora conversar, e com o Sol em Escorpião em Quadratura com Urano do Signo Aquário, também com Mercúrio interceptado em Sagitário em Oposição a Júpiter em Gêmeos, Retrógrado e Interceptado e em Quadratura com Marte, ela terá muito a dizer e, portanto, recorrerá à imaginação dela e nem sempre expressará a verdade. Os pais devem ficar atentos para que ajudá-la a nunca contar uma história que não seja verdadeira.

Eles devem corrigi-la com bondade e amor e lhe contar pequenas histórias sobre o que pode ser o resultado de menininhas contando coisas que não são bem assim. Não foquem demais no mal, mas diplomaticamente leve-a a ter cuidado para que o que ela falar também ser a verdade. É muito perigoso dizer a uma criança que ela é travessa e está mentindo. Os pais mal percebem que a criança é uma esponja perfeita e absorve todas as sugestões, sejam elas boas ou más. Constantemente lembrá-la de que é travessa, com o tempo, imprimirá a sugestão sobre ela e fará disso parte da natureza dela. Nunca reconheça que o mal vem dela; ela é sempre boa, mas “aquela que vem de vez em quando com a nossa Carleen é safada e mamãe e papai não querem que Carleen fique com ela”. E com o tempo a criança realmente tentará ser boazinha e fará o possível para não ser tão travessa.

Essa garotinha será muito sensível e impressionável. Júpiter na 9ª Casa em Sextil com o inspirador Netuno em Leão, também Saturno no Signo de Leão em Oposição com Urano e esse em Sextil com a Lua, proporciona a essa criança capacidades de desenvolvimento espiritual negativo e verá coisas que os outros não veem e, portanto, quando ela contar o que ela vê, tente fazer com que ela explique claramente e não a acuse de mentira. Os pais devem ter muito cuidado para tentar descobrir se o que a criança conta é realmente o que ela viu em outros Mundos, os invisíveis. Ela nunca deve ser levada a lugares onde se utilizam de incorporações de espíritos desencarnados (seja parcial ou total), pois com Urano em Oposição a Saturno, em Quadratura com o Sol, há uma tendência ao desenvolvimento anormal ou ser presa de obsessão.

BERTHA F. MCM. – NASCIDA EM 4 DE SETEMBRO DE 1916 ÀS 2:20 AM

EM SAN FRANCISCO, CALIFORNIA, EUA

Essa jovem, certamente, será um problema, um estudo profundo, um mistério para os pais e amigos dela. Isso porque Netuno, o Planeta tão pouco compreendido, em Leão no Ascendente, fornece ao nativo um comportamento um tanto estranho, alguém que adora viver apartado dos demais. Essa configuração proporciona a ela um Corpo pequeno, com rosto redondo, com uma tez muito pálida, especialmente devido a Saturno estar acima do Ascendente, o que proporciona uma forma menos atarracada do que o esperado na média, por Netuno estar em Leão. Essa configuração proporciona a ela um Corpo mais esbelto e um cabelo mais escuro.

Bertha não será popular por causa dos segredos dela, pois Vênus e Saturno e a Conjunção com a Cauda do Dragão em Câncer, interceptados na 12ª Casa, em Quadratura com Marte na 4ª Casa, fornecerá a ela uma condição um tanto desagradável no lar. Tais configurações também proporcionam a ela uma manutenção em se fixar nas próprias opiniões e uma natureza muito egoísta em relação a irmãs, aos irmãos e pais. Essa mesma tendência também se expressará em suas amizades, já que o afligido Vênus também rege a 11ª Casa, bem como a 4ª Casa.

Netuno, no Signo impulsivo e amoroso de Leão, proporciona a ela uma tendência à expressão e ao desejo de ser amiga de toda a humanidade, mas Saturno, Vênus e a Cauda do Dragão interceptados na 12ª Casa ofuscam este Netuno com um manto de reserva e sigilo, fazendo se manifestar duas naturezas distintas, com uma luta constante entre as duas, deixando-a muito infeliz e inquieta às vezes; ou seja, uma sensação tal qual um cachorro que está acorrentado e limitado, uma inquietação interior e infelicidade que, às vezes, vai ser difícil de superar.

Agora, já que apresentamos os pontos fracos da disposição e do corpo dela, nos empenharemos em apresentar o outro lado — o que há de bom em Bertha. Encontramos Netuno, o Planeta da divindade, das vibrações mais sutis, das ideias visionárias e impraticáveis (do ponto de vista mundano) no Signo de Leão, o coração, o que fornece a esta jovem um amor maravilhoso pela humanidade. Isso pode não ser expresso até anos posteriores, depois que ela sofreu e o lado do coração foi desenvolvido. Netuno em Sextil com Mercúrio na 3ª Casa, a Casa da Mente, e Mercúrio em Sextil com a Lua em Sagitário, outro Signo da Religião, o Signo natural da 9ª Casa, proporciona a ela ser extraordinariamente brilhante. Aqui encontramos oportunidades maravilhosas de desenvolvimento oculto e espiritual. Se a Mente dessa jovem for treinada de acordo com essas linhas, ela expressará o que há de mais elevado. Vênus e Saturno em Câncer na 12ª Casa proporcionará a ela uma atração para o silêncio, porque ela desejará ficar sozinha. Isso é muito bom para quem tem inclinação para os ensinamentos superiores, pois é necessário ficar sozinho e meditar em silêncio.

Mas é absolutamente necessário para seu desenvolvimento que ela tenha completa harmonia no lar, embora com Marte na 4ª Casa em Quadratura com Saturno e Vênus haja indícios de desarmonia, brigas e dissensões. Também encontramos Júpiter elevado na 10ª Casa no Signo musical de Touro, em Trígono ao Sol em Virgem: outra indicação de benevolência e amor pela humanidade. Portanto, cabe aos pais ou responsáveis cercá-la com a maior harmonia e tentar desenvolver a natureza espiritual de Bertha para que ela tenha a oportunidade de expressar o que há de mais elevado dentro dela.

Quanto à saúde, desaconselhamos o excesso de doces, pois com Vênus, Saturno e a Cauda do Dragão em Conjunção no Signo de Câncer, o estômago, em Quadratura com Marte em Libra, indica-se excesso de comida, isto é, a comida será muito rica e indigesta para quem tem Saturno em Câncer, e a vida simples é aconselhável.

LAVONA L.D. – NASCIDA EM 2 DE NOVEMBRO DE 1912 ÀS 12:40 AM

EM PUEBLO, COLORADO, EUA

Aqui temos uma marcante Personalidade dupla que fará de Lavona uma séria responsabilidade para seus pais ou responsáveis, que devem se esforçar para reprimir as características indesejáveis e trazer à tona os esplêndidos traços de caráter revelados como o outro lado da natureza dela. Primeiro de tudo, há o afetuoso, harmonioso, artístico, adorável e suave Vênus em Conjunção com o obediente às leis, o conservador, reverente, otimista, opulento e benevolente Júpiter, que está fortemente fortalecido em seu próprio Signo, Sagitário, Signo que rege. Este é Esse Aspecto também lhe fornecerá uma Mente liberal, tolerante com as opiniões dos outros – mesmo quando ela for radicalmente diferente –, apreciadora dos prazeres, das viagens, festas e capaz de aproveitar a vida ao máximo. Também lhe proporcionará um talento para a música, que deve ser cultivado, e favorece o acúmulo de riquezas financeiras para que sempre haja os meios para fazer o que ela deseja.um dos melhores Aspectos da gama astrológica, fornecendo um sucesso geral pelas características que confere. É uma boa indicação de um casamento bem-sucedido e feliz, de prestígio social e do respeito de todos com quem a pessoa entra em contato; proporciona uma disposição jovial, otimista, generosa e de grande coração, e fornecendo a ela uma tendência a ser hospitaleira até certo ponto, interessada e ativa em medidas filantrópicas.

Esse Aspecto também lhe fornecerá uma Mente liberal, tolerante com as opiniões dos outros – mesmo quando ela for radicalmente diferente –, apreciadora dos prazeres, das viagens, festas e capaz de aproveitar a vida ao máximo. Também lhe proporcionará um talento para a música, que deve ser cultivado, e favorece o acúmulo de riquezas financeiras para que sempre haja os meios para fazer o que ela deseja.

A emocional e magnética Lua está em Trígono com Vênus e Júpiter; isso lhe proporcionará uma natureza gentil, afetuosa e simpática, uma Personalidade envolvente e uma atração pelo sexo oposto, um magnetismo poderoso, ideais elevados e uma imaginação frutífera, uma franqueza e honestidade de coração aberto que conquistará o respeito de todos dentro da esfera social dela.

O perspicaz, versátil, eloquente e hábil Mercúrio está em Trígono com o oculto, profético, inspirador e devocional Netuno e, também, em Sextil com o independente, original, amante da liberdade e inventivo Urano. Esses Aspectos proporcionarão a ela esplêndido poder de raciocínio, de independência e de originalidade, preferindo ter seu próprio pensamento sobre todos os assuntos e eles, provavelmente, a colocarão em contato com o ocultismo, de tal maneira que deixará uma marca duradoura em sua vida.

Todas essas são características esplêndidas e se for possível para vocês, pais ou responsáveis, apresentá-las, vocês terão uma pessoa que se fará sentir em seu ambiente e que será um crédito para vocês em todos os aspectos da vida. Mas, naturalmente, onde há uma luz forte, há também uma sombra profunda, e descobrimos que o outro lado de sua natureza também é fortemente marcado. É indicada pela negativa, sonhadora, visionária, insípida, frívola e vacilante Lua, em Quadratura com o preguiçoso, sem ambições e covarde Sol, e com o egoísta, discordante, destrutivo e temperado Marte.

Com relação a isso, podemos também notar que Mercúrio, o Planeta da expressão, está em Escorpião; assim, tudo o que ela disser será dito com considerável força. Ela tem um temperamento muito forte e quando isso é despertado, Mercúrio em Escorpião “pica como uma víbora”. Se permitir que essa tendência cresça sem ser controlada, ela terá uma língua muito mordaz quando estiver em um acesso de raiva, de modo que nessas ocasiões fará inimigos ferrenhos e perderá o respeito daqueles que gostariam de ser seus amigos. Portanto, é da maior importância que vocês se esforcem, desde o início, para controlar seu temperamento e ensinar-lhe o autocontrole. Essas configurações também proporcionam a ela uma extremada temeridade nos empreendimentos dela, quando estiver nesse estado de espírito, portanto, sujeita a acidentes e ferimentos de natureza grave; por isso vocês têm uma responsabilidade muito grande e só esperamos que a realize plenamente, tome as devidas precauções e, assim, vença o mal e fomente o bem.

Com relação à saúde, descobrimos que o significador, a Lua, está em Quadratura com o Sol e Marte.

Isso diminui a vitalidade geral e a torna suscetível a febres e queixas inflamatórias. É necessário, portanto, mantê-la vestida com roupas quentes, principalmente nos ombros e no peito, pois Saturno, o Planeta do frio, está em Gêmeos, a região que governa essas partes; mas não dê a ela uma dieta que seja muito quente. Deixe-a fazer bastante exercício e viver tanto quanto possível ao ar livre, para que se torne insensível à vida ao ar livre. Se vocês prestarem atenção nisso desde a infância, é provável que ela se torne forte, sã e vigorosa, apesar dessa aflição.

JACK McN. – NASCIDO EM 10 DE AGOSTO DE 1913 ÀS 12:30 AM

EM GEORGETOWN, GUIANA

Os astrólogos atribuíram a Gêmeos uma natureza inquieta, e com a natureza mercurial encontramos essa mutabilidade. Neste horóscopo natal, que vamos ler, encontramos uma configuração maravilhosa. Marte, o Planeta da energia dinâmica, está ascendendo em Gêmeos no grau exato do Ascendente, em Trígono com o inventivo Urano em sua própria Casa, Aquário, e na 9ª Casa, e em Sextil com o Regente do Ascendente, Mercúrio, na 3ª Casa que rege a escrita; Mercúrio também está em Trígono com a Lua na 6ª Casa que rege o serviço por meio do trabalho. Isso proporciona a Jack oportunidade de deixar sua marca no mundo e, também, em algum momento da vida, a possibilidade de fazer um trabalho maravilhoso por meio da escrita. Encontramos Saturno na 1ª Casa, em Sextil com o vital e aventureiro Sol, que está no Signo que rege, Leão, o Signo natural das publicações na 5ª Casa; o Sol também está na 3ª Casa, que rege a escrita. Com todos os Aspectos benéficos acima, encontramos uma pessoa que tem um talento maravilhoso para escrever. Com a presença de todos esses Aspectos, Jack poderia permitir que a impulsividade o dominasse e, com isso, não conseguiria produzir algo, mas o sério e cauteloso velho pai Saturno, que está próximo do Ascendente, lhe proporciona auxílio para que a sua Mente seja mais profunda e mais séria; essa posição de Saturno proporciona a Jack firmeza e um maravilhoso poder de expressão. Os pais dele deveriam fornecer a esse menino todas as oportunidades de desenvolver esse lado da sua natureza. Jack tem a tendência de se voltar naturalmente ao misticismo e, algum dia, poderá até a ser capaz de escrever em linhas ocultistas. A escrita de cenários lhe proporciona a oportunidade de exercitar a sua capacidade literária e, também, de expressar algumas das suas ideias intuitivamente místicas.

Aqueles Aspectos benéficos também lhe proporcionam uma saúde acima da média, mas com Vênus em Câncer em Oposição a Júpiter será bom que os pais lhe ensinem a moderação no comer e no beber.

Jack não se sente à vontade em seguir a alguém, mas tem a tendência a ser um líder. O inquieto Gêmeos e o dinâmico Marte no Ascendente em Aspectos benéficos com Urano e Mercúrio lhe proporcionam o poder de estimular outros a fazerem coisas; também lhe facilitam exercer poderes maravilhosamente persuasivos e ser um político nato, mas sempre pela melhoria pública e pela melhoria do serviço público. Marte, com Aspectos benéficos, e Regente da 6ª Casa e Corregente da 11ª Casa proporcionam a ele ideais elevados e com amigos e amigas prontos para segui-lo; e, também, amigos e colegas de trabalho tendem a ser leais a ele e a estarem prontos para cumprir as ordens dele.

EDITH E. F. – NASCIDA EM 7 DE OUTUBRO DE 1900 ÀS 9:13 PM

EM RICHMOND HILL, L. I., NEW YORK, EUA

Aqui temos outro horóscopo com um Signo mercurial no Ascendente – Gêmeos –, mas de um tipo muito diferente. Os dois horóscopos anteriores tinham a mistura de Marte e Mercúrio, proporcionando energia e impulso, enquanto essa jovem tem o Planeta sonhador e místico de Netuno no Ascendente em Gêmeos, e uma Oposição entre Netuno e Saturno que está em Sagitário e na 7ª Casa, o que proporciona ao corpo mais receptivo as impressões pelos sentidos advindos do ambiente externo.

Ela é romântica e uma grande amante da arte e da ciência, pois encontramos Netuno em Sextil com Vênus, o Planeta da música e da arte, no Signo de Leão. Netuno também está em Trígono com Mercúrio, o Regente do Ascendente, na 5ª Casa. O Sol está no Signo da voz – Libra –, também na 5ª Casa, em Sextil com Urano, o que proporciona um talento para a música e para a oratória. Essa jovem deveria estar perante o público como professora e oradora, pois o Regente da 7ª e da 10ª Casas, Júpiter, está na 6ª Casa e em Conjunção com o Planeta inspirador Urano, e ambos estão em Trígono com a Lua, na 11ª Casa, também fazendo um Trígono com o ambicioso e enérgico Marte na 2ª Casa, a Casa das finanças. Isso mostra que o dinheiro de Edith advirá das atividades regidas pelas 5ª, 7ª e 10ª Casas, locais de atividades que envolvem o entretenimento e o público.

Com esse horóscopo místico aconselhamos essa jovem a dedicar as suas energias ao trabalho espiritual; as qualidades netunianas e uranianas deveriam ser desenvolvidas. Ao se expressar por meio das suas inspirações, ela poderia influenciar muitos a viverem vidas melhores e mais puras, e poderia ser um poder para a elevação da Humanidade, já que o Regente da 9ª Casa, Urano, é o Planeta com Aspecto mais forte de todos. Seus amigos também lhe providenciarão grande ajuda, pois o Trígono da Lua e de Marte com Urano é formado por três Signos de Fogo, a saber: Áries, Leão e Sagitário. Isso proporcionará uma inspiração maravilhosa e, ao seguir a vocação de conferencista e professora de conhecimento místico, ela satisfará o anseio inquieto de mudança de cenário que vem de Netuno em Gêmeos no Ascendente.

Edith tem um horóscopo maravilhosamente afortunado e isso proporcionará a ela perfeita liberdade para realizar seus planos. Seu futuro dependerá da energia investida em seus estudos. Ela pode melhorar ou estragar sua vida, pois há muitas poucas aflições. Netuno em Oposição a Saturno e Marte em Quadratura com Mercúrio são os únicos dois Aspectos adversos, e são compensados por muitos Trígonos e Sextis que são Aspectos benéficos.

Uma tendência à impulsividade na fala é mostrada com Marte e Mercúrio em Quadratura em Leão e Escorpião, respectivamente, e há, também, uma tendência a tosses e resfriados, pois Netuno afligido em Gêmeos apresenta má oxigenação dos pulmões. Aconselhamos que ela procure respirar corretamente, expanda o peito e durma em um quarto com bastante ar fresco. Com Saturno na 7ª Casa, afligido pela Oposição de Netuno, o casamento apresentará muitas dificuldades.

FREDERICK D.W. OGDEN – NASCIDO EM 26 DE OUTUBRO DE 1912, ÀS 8:15 AM

EM UTAH, EUA

Esse jovem tem o Signo marcial de Escorpião no Ascendente com o Regente, Marte, em seu próprio Signo e acima do Ascendente na 12ª Casa; Marte também está em Conjunção com o Sol. Isso proporcionará a Frederick uma abundância de energia que, se usada na direção certa, trará muitos benefícios. Mas há um grande perigo nesse horóscopo, pois encontramos a vacilante Lua no seu Signo de Exaltação, Touro (quanto maior a força do Astro, mais poderosa é a sua influência, seja para o bem ou para o mal) e em Oposição ao dinâmico Marte, que também é poderoso em sua própria Casa.

Esses Astros com Aspectos adversos predominarão na vida, e Frederick tende a ser seu pior inimigo, já que a 12ª Casa é a casa da autodestruição.

Mercúrio em Escorpião proporciona impulso na fala. Frederick tem esse Planeta sem Aspecto no Ascendente e, portanto, não será restringido por outros Planetas. Ele tende a ser bastante falante e terá muitas ideias, mas tenderá a não as executar. Essa condição proporciona a ele dificuldades para manter amigos, pois falará muito, mas sua conversa tende a ser dispersa e não objetiva. O Sol na 12ª Casa e em Escorpião fornece a ele a atração de muitos amigos, mas também proporciona dificuldades em mantê-los. Também esses amigos tendem não ser fiéis a ele, mas tendem a buscar a amizade dele para adquirir vantagens nos prazeres mundanos, pois com a Lua em Touro (a garganta), ele tende a apreciar as coisas boas para comer e beber. Assim, seus amigos tendem a buscar sua companhia para se divertirem a custas deles, pois ele tende a ser dotado de uma bela voz e poderá entretê-los com música.

Existem, no entanto, outros Aspectos nesse horóscopo que, se cultivados, compensarão os Aspectos adversos acima mencionados. Netuno está em Câncer – um Signo em que esse Planeta está Exaltado (portanto, fortalecido). A Lua está em seu Signo de Exaltação, Touro, e Urano está muito próximo do Signo que rege, Aquário, em Trígono com o diplomático e perseverante Saturno e em Sextil com Vênus.

Marte e Júpiter também estão nos Signos que são Regentes (Escorpião e Sagitário, respectivamente). Este número de Planetas fortíssimos em suas influências pode, até certo ponto, contrabalançar as Quadraturas e Oposições, e se os pais desenvolverem o lado humanitário dele, as qualidades uranianas, então a estabilidade de Saturno compensará o impulso de Mercúrio, Marte e Lua.

Frederick tende a ser muito hábil com as mãos e os dedos, e hábil com máquinas, mas de tipo pequeno; os pequenos trabalhos de um relógio o atrairiam e ele se sairia bem como joalheiro ou relojoeiro.

Netuno em Câncer (o estômago) em Oposição a Urano fornecem problemas no estômago. Com a Lua em Touro afligida pela Oposição do Sol e de Marte e da 12ª Casa, é bom vigiar esse menino para que não adquira um hábito secreto que prejudicaria sua saúde. Além disso, esses Aspectos, se não controlados, trarão problemas com relações sexuais mais tarde na vida. Se ele tiver problemas com as tonsilas ou adenoides, não permita de forma alguma uma cirurgia, pois esse problema é apenas o resultado de uma tendência à inflamação da garganta, quando o estômago está fora de ordem ou ele recebe muita comida rica em nutrientes, comida forte (pesada), comida que enche rápido e/ou comida calórica.

HELEN M.T. – NASCIDA EM 11 DE ABRIL DE 1918 ÀS 3:20 PM

EM ESPANOLA, WASHINGTON, EUA

Temos aqui uma jovem com o Signo mercurial e intelectual de Virgem no Ascendente, com Marte na Cúspide da 1ª Casa e em Trígono com o Regente Mercúrio, na 9ª Casa em Touro. Isso lhe proporciona uma Mente muito rápida, persistente e perspicaz. Marte em Signo mercurial fornece impulso, mas com o Planeta mental, Mercúrio, no Signo lento, persistente e fixo de Touro, fornece à Helen um apego tenaz aos estudos e uma disposição para não desistir até que tenha dominado o problema em que se encontra interessada.

Também encontramos o Regente Mercúrio em Sextil com o harmonioso e artístico Planeta Vênus em Peixes na 6ª Casa. Aqui Vênus está em Exaltação, portanto, forte no Signo jupiteriano de Peixes, e proporciona um grande amor pela harmonia; também com Mercúrio e a Lua no Signo da garganta, os pais deverão dar à Helen oportunidade de desenvolver a voz, tanto no canto como na elocução. Júpiter na Cúspide do Meio do Céu no Signo de Gêmeos lhe proporcionará habilidade manual; já Júpiter em Sextil com Saturno e Netuno no Signo Fixo de Leão lhe proporcionará facilidades em trabalhar com os braços e as mãos. Esses Aspectos também fornecem a Helen capacidades para tocar música instrumental e muita inspiração para isso. Seus talentos poderão ser muito admirados por seus amigos, mas isso não necessariamente lhe trará benéficos financeiros por seus talentos, pois encontramos o Regente da 2ª Casa das finanças, Vênus, em Quadratura o Meio do Céu e, também, com Júpiter, Regente da 7ª Casa.

Além disso, Mercúrio, o Regente do Ascendente e da Mente, está em Quadratura com Netuno e Saturno, os Regentes da 7ª e 5ª Casas, respectivamente, o que proporciona talentos maravilhosos a esta jovem, mas também fornecem dificuldades em apresentá-los ao público.

O Regente, Mercúrio, que está em Quadratura com Saturno, o Planeta obstrutivo, proporciona a ela a descoberta de que ela própria é a sua pior inimiga; e por isso ela tende a não se esforçar mentalmente e tende a desejar depender da ajuda de seus amigos; mas esses Aspectos fornecem amigos traiçoeiros, e que tendem a não lhe dar a assistência e, portanto, lhe causando perdas financeiras. Marte no Signo mercurial de Virgem proporciona a ela muita rapidez e impulsividade no discurso, e uma maneira de falar afiada, rápida e severa. Também Marte em Quadratura com Júpiter no Meio do Céu, fornece a ela dificuldades em ser popular e isso pode lhe causar muitas críticas, justamente pelo seu estilo rápido de falar.

Deve colocar seu talento musical ao serviço do poder de cura, o que lhe experimentará maior eficácia. Como enfermeira num hospital, ela poderia usar a sua música para ajudar e curar os doentes. Como organista de uma igreja, Júpiter em Gêmeos, na 9ª Casa, em Sextil com Netuno e Saturno no 5º Signo de Leão, a tornaria muito bem-sucedida.

Quanto à saúde, com o Signo negativo de Virgem no Ascendente e Marte neste Signo em Quadratura com Júpiter, a circulação arterial tende a ficar restrita; e com quatro Planetas nos Signos Fixos de Touro e Leão traz a tendências a problemas durante seus períodos menstruais, devido a essa circulação restrita e, às vezes, por correlação direta um pequeno problema na garganta.

ELLEN J. – NASCIDA EM 7 DE FEVEREIRO DE 1917 ÀS 6:00 PM

EM WINIFRED, MONTANA, EUA

Essa jovem senhorita tem o Signo real de Leão, o Signo do coração, no Ascendente. A natureza amorosa das pessoas de Leão é muito forte. Encontramos a Lua, que indica as pessoas comuns, as massas, na cúspide do Ascendente e em Trígono com o opulente e benevolente Júpiter em Áries, na 9ª Casa. O Regente do Ascendente, o Sol, está em Conjunção com Urano, o Regente da 6ª e 7ª Casas, Essencialmente Dignificado em Aquário e, também, em Conjunção com Marte, o Planeta da Energia Dinâmica, e Regente da 4ª e da 9ª Casas.

Esses três Astros mencionados estão em Conjunção na 6ª Casa, a Casa que rege o trabalho, e no Signo humanitário de Aquário. Isso proporciona a Ellen um profundo interesse pelo bem-estar das pessoas comuns, aquelas que lutam na sujeição, sofrem na pobreza, e o seu coração ficará cheio de compaixão.

Mercúrio está interceptado na 5ª Casa, no Signo saturnino de Capricórnio, e os únicos Aspectos que faz são a Oposição a Saturno, interceptado na 11ª Casa, e a Conjunção com Vênus. Isso fornece a Ellen, uma predisposição para não se dedicar, prontamente, ao trabalho mental; pois isso gera no cérebro um cansaço rápido e aconselharíamos os pais a não forçá-la a estudar. À medida que ela se torne adulta, encoraje-a no trabalho de serviço social, mas deve-se tomar cuidado para que ela não desenvolva tendências radicais, pois com a Conjunção de Marte e Urano, ela pode querer lutar pelos direitos daqueles que ela sente que não estão sendo tratados com consideração. Se ela puder ser ensinada a trabalhar através do benevolente Júpiter e perceber que mais pode ser realizado “por meio do amor do que da força”, e assim desenvolver a diplomacia e a paciência, ela poderá ser de grande valor na elevação da Humanidade.

Saturno Retrógrado e interceptado em Câncer, na Casa dos amigos, em Oposição a Mercúrio e Vênus, na Casa dos prazeres e desejos mundanos, proporciona a Ellen amigos que nunca serão de grande benefício; portanto, seus amigos tenderão a ser traiçoeiros e poderão causar perdas por meio de especulações.

Na saúde, alertaríamos os pais quanto à sua dieta, pois com Saturno em Câncer ela deveria ser ensinada a mastigar bem os alimentos; Saturno tem uma influência restritiva sobre os sucos estomacais e, portanto, é necessário que as glândulas salivares da boca forneçam grande parte dos fluidos para a digestão. Gostaríamos também de alertar os pais para nunca permitirem que os médicos operem as tonsilas ou as adenoides, pois isso interferiria muito na sua saúde durante a puberdade.

CLIFFORD ERNEST H. – NASCIDO EM 29 DE NOVEMBRO DE 1918 ÀS 5:00 PM

 LONDRES, INGLATERRA

Aqui temos um jovem menino com o perspicaz e intelectual Signo de Gêmeos no Ascendente, com o Regente Mercúrio na 7ª Casa em Sextil com o inventivo e mental Planeta Urano, que tem grande poder no Meio do Céu e no Signo no qual ele é Regente, Aquário. Mercúrio também faz um Trígono com o racional e reservado Saturno, e um Sextil com a Lua em Libra, que denota uma tendência científica. Essa configuração de Astros é maravilhosamente forte para a matemática e pesquisa científica. Com Saturno e Urano em Signos Fixos e Angulares e, também, Mercúrio na 7ª Casa, no Signo de Fogo de Sagitário, isso proporciona uma Mente profunda, perspicaz, clara e ativa. Ele poderá ter muito sucesso como professor de matemática e, em algum momento da sua vida ele pode deixar sua marca escrevendo sobre os dois assuntos acima. Se assim o for, seus livros terão aceitação das editoras, pois vemos que a Lua, Regente da 2ª Casa, que dentre outros rege o assunto finanças, está na 5ª Casa, que dentre outros rege o assunto publicações, e no sétimo Signo de Libra, o público. Com Saturno, o Planeta do pessimismo na 4ª Casa, que dentre outros rege o assunto lar, em Oposição a Urano, o Planeta do impulso na 10ª Casa, como essas duas Casas representam os pais, há indicações de desarmonia e muita crítica no lar. Isso pode interferir nas oportunidades do menino e poderá vir a ser perigoso para a sua saúde, pois como Saturno está no Signo de Leão, o coração, e Urano em Aquário, o Signo dos nervos, o coração e o sistema nervoso estarão em desarmonia.

Há, também, outro grupo de Astros com Aspectos bem fortalecidos e que terão uma boa influência na vida de Clifford. Encontramos o inspirador e musical Netuno em Leão, o Signo do coração na 3ª Casa em Trígono com o Sol, Regente de Leão, e Vênus, o Planeta da harmonia. Estes dois últimos Planetas estão na 6ª Casa, que dentre outros rege o assunto trabalho, que proporcionam a Clifford um talento para a música. O efeito desses Aspectos oferece a Clifford a capacidade de improvisar e compor músicas. A influência da mãe o ajudará a desenvolver esse talento, enquanto o pai, que é de um tipo mais intelectual, desejará que menino entre em atividades científicas e intelectuais. Os pais não serão capazes de chegar a um acordo sobre uma escolha vocacional para o filho, mas se eles permitirem que o próprio filho escolha por si mesmo, eles não vão errar.

Encontramos Júpiter, o Planeta que rege o sangue arterial, no Signo de Câncer, que rege o estômago, em Oposição ao inflamatório Marte na 8ª Casa. Isso demonstra que se Clifford tem a tentação da gula presente na sua vida (Júpiter em Câncer proporciona a tendência a comer e em grandes quantidades, ainda mais sendo afligido por Marte) e isso tender a haver problemas no estômago. Isso, também, poderá ser agravado com a Oposição de Saturno e Urano, onde o coração sofreria como resultado dessa prática.

F I M

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook, Audiolivro e “livro falado” dos livros da literatura da Fraternidade Rosacruz

Temos vários audiobooks publicados no nosso site (para vários livros que publicamos). Mas afinal, o que significa um audiobook?

Audiobook ou Audiolivro nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Cabe aqui uma explicação mais detalhada, pois os audiobooks que publicamos envolve o conceito de “livro-falado”.

E qual é a diferença?

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.

O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

Um audiolivro traz a obra literária contada oralmente, a qual é interpretada por aquele que ouve, a partir de suas próprias experiências, conhecimentos, sensações e emoções, dado as características de locução de quem está gravando.

O que é melhor ouvir audiobook ou ler?

Essa maneira de consumir literatura tem também uma vantagem inesperada: já há estudos que apontam que o cérebro humano é mais propenso a criar imagens significativas quando está ouvindo uma história do que quando lê. Ou seja: audiobooks podem ser mais benéficos à imaginação que outros formatos de livro.

Qual é a diferença entre ler e ouvir?

Ler apenas se desenvolve mediante um conjunto de metodologias próprias, já ouvir, em caso de funcionamento estrutural normal, desenvolve-se informalmente.

Porque ouvir audiobook?

Os audiobooks são ótimas opções para aqueles momentos em que não estamos exatamente ocupados, mas que também não podemos pegar um livro para ler, como, por exemplo, qual está dirigindo algum meio de transporte, ou fazendo atividades rotineiras onde se pode dividir a atenção.

Os audiobooks que temos disponíveis no nosso site, atualmente são:

Audiobook: A Luz Além da Morte – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: A Teia do Destino – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: A Visão Etérica e o que Ela Revela – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: As Aventuras de Rex e Zendah no Zodíaco – Esme Swainson – muito bom inclusive para as crianças.

Audiobook: Astrodiagnose – Um Guia para a Cura Definitiva – Max Heindel e Augusta Foss Heindel- Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Como Conheceremos Cristo Quando Voltar? – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Curso para Auxiliar o Exercício de Concentração – Ger Westenberg – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Ensinamentos de um Iniciado – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Interpretação Mística da Páscoa – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Max Heindel e a Fraternidade Rosacruz – 2ª Edição – Ger Westenberg – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel- Fraternidade Rosacruz

Audiobook: O Corpo de Desejos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: O Corpo Vital – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: O Falecimento e a Vida depois dele – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Audiobook: O Lado Oculto da Guerra – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

e seguimos publicando…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

INTRODUÇÃO

Vamos conceituar, primeiro, o que é um Audiobook ou Audiolivro: nada mais é do que a transcrição em áudio de um livro impresso digital ou fisicamente.

Basicamente, é a gravação de um narrador lendo o livro de forma pausada e o arquivo é disponibilizado para o público por meio de sites. Assim, ao invés de ler, o interessado pode escolher ouvi-lo.

Um audiobook que obedece ao conceito de “livro-falado” tenta ser uma versão a mais aproximada possível do “livro em tinta” (livro impresso), a chamada “leitura branca”, que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

Para que serve audiolivro?

O audiolivro é um importante recurso, na inserção do no ecossistema da leitura, para:

  • o incentivo à leitura e promoção da inclusão de pessoas com deficiências visuais ou disléxicos
  • quem tem dificuldades para ler ou até que, infelizmente, não sabem ler
  • para quem gosta de aprender escutando, já que a forma de absorver conhecimento varia de indivíduo para indivíduo.
  • para crianças dormirem durante a noite.
  • para desenvolver a cognição. Ao escutar um audiobook, a cognição pode ser desenvolvida de uma forma mais ampla, uma vez que, além de escutar, será necessário imaginar as situações, diferenciar ambientes e personagens.
  • O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

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Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Prefácio
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo I – Iniciação: O que é e o que não é – Parte I
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo II – Iniciação: O que é e o que não é – Parte II
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo III – O Sacramento da Comunhão – Parte I
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo IV – O Sacramento da Comunhão – Parte II
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo V – O Sacramento do Batismo
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo VI – O Sacramento do Matrimônio
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo VII – O Pecado Imperdoável e as Almas Perdidas
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo VIII – A Imaculada Concepção
Audiobook – Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – Capítulo IX – A Vinda do Cristo

Em Publicação…

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Shakespeare à Luz dos Ensinamentos Rosacruzes

As obras de Shakespeare, assim como os dramas musicais de Wagner, o Fausto de Goethe, a Divina Comédia de Dante e muitos outros livros de igual valor são designados Esotéricos, embora de leitura Exotérica. Eles são comunicações diretas dos centros planetários da Divina Sabedoria.

Podemos dizer que a literatura que lida com a vida espiritual e é construída em torno de Mestre e Salvadores do mundo e, além disso, se revestem de uma estrutura baseada nos mistérios, torna-se, em virtude destes vários atributos e elementos, escrituras sagradas. Todas as outras literaturas têm menor classificação.

Voltando à análise da literatura não sagrada, encontraremos, por sua vez, que ela se divide em duas. Na primeira, temos a literatura que é possuidora de um sentido “interno”; na segunda, o “externo” somente. A primeira, como as escrituras sagradas, está fundamentada nos Mistérios e contém, na sua forma externa, um véu de Sabedoria Arcana claramente organizada, enquanto na outra classe tal esoterismo não está presente. Há trabalhos sobre assuntos espirituais, experiência religiosa e mesmo sobre os Mistérios que não possuem este sentido interno. Eles podem ser trabalhos altamente inspirados, contudo somente simplesmente estruturados. Por outro lado, temos trabalhos como os dramas de Shakespeare que o mundo não reconhece como literatura “espiritual”, mas que, em virtude de sua dupla estrutura, cultuam um compêndio de Sabedoria Iniciática só comparável a das sagradas escrituras.

No caso de Shakespeare, a fonte foi os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Para o esoterista, nenhuma outra evidência disto é necessária senão os trabalhos mesmos. Mas, sinais específicos, ocultamente transmitidos, estão também presentes nos dramas.

Max Heindel é a autoridade para a citação de que as obras que trazem o nome de Shakespeare e aquelas que trazem o nome de Bacon foram influenciadas pelo mesmo Iniciado Rosacruz.

Há 2 meios de você acessar esse Livro:

1.Em formato PDF (para download):

Shakespeare à Luz dos Ensinamentos Rosacruzes – Por um Estudante – Fraternidade Rosacruz

2.Para ler no próprio site (OBSERVAÇÃO: nesse caso para você ter acesso aos ANEXOS, que são a íntegra de cada Obra citada, baixe a versão acima em PDF):

SHAKESPEARE À LUZ DOS ENSINAMENTOS ROSACRUZES

Por

Um Estudante

Fraternidade Rosacruz

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Revisado de acordo com:

1ª Edição em Inglês, 1919, Shakespeare in the Light of the Rosicrucian Teaching, editada por The Rosicrucian Fellowship in Rays from The Rose Cross Magazine

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

PREFÁCIO

Esses textos foram originalmente utilizados como material de uma séria de Reuniões de Estudos sobre Shakespeare, em Mount Ecclesia, e são o resultado de uma cooperação verdadeiramente harmoniosa e inspiradora entre os participantes dessas Reuniões.

As obras de Shakespeare são designadas esotéricas, embora de leitura exotérica. Elas são comunicações diretas dos centros planetários da Divina Sabedoria. A fonte das obras de Shakespeare os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – os Ensinamentos Rosacruzes. Para o esoterista, nenhuma outra evidência disto é necessário senão os trabalhos mesmos. Mas, sinais específicos, ocultamente transmitidos, estão também presentes nos dramas.

Shakespeare foi chamado de “A Máscara Rosacruciana”. Max Heindel é a autoridade para a citação de que as obras que trazem o nome de Shakespeare foram influenciadas pelo mesmo Iniciado Rosacruz.

ÍNDICE

PREFÁCIO.. 3

PARTE I – INTRODUÇÃO À OBRA DE SHAKESPEARE: SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO.. 5

PARTE II – SHAKESPEARE E O CASAMENTO CÓSMICO.. 9

PARTE III – SHAKESPEARE E A LEI DO RENASCIMENTO.. 16

PARTE 4 – SHAKESPEARE E A ORDEM ROSACRUZ.. 23

PARTE 5 – LEONATUS: UMA PROFECIA DA ERA VINDOURA.. 29

PARTE 6 – LEONATUS: UMA PROFECIA DA ERA VINDOURA – MARGARIDA WOLFF. 37

PARTE 7 – LEONATUS: O ABANDONO IMINENTE DO CORPO DENSO.. 47

ANEXO 1 – SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO.. 56

ANEXO 2 – OTELO – O MOURO DE VENEZA.. 90

ANEXO 3 – A TRÁGICA HISTÓRIA DE HAMLET – PRINCÍPE DA DINAMARCA (1603) 146

ANEXO 4 – ANTÔNIO E CLEÓPATRA.. 199

ANEXO 5 – O MERCADOR DE VENEZA.. 253

ANEXO 6 – REI LEAR.. 291

PARTE I – INTRODUÇÃO À OBRA DE SHAKESPEARE: SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

É bem conhecido o ditado “não havia Fadas na Inglaterra antes de Shakespeare”.

No entanto, mesmo antes que o puritanismo tivesse extinguido a alegria da velha Inglaterra, essa era o próprio recreio das “pessoas pequenas”. Apareciam das sebes e provocavam os viandantes, faziam travessuras com os jovens e as donzelas nos caminhos dos amantes; todos os bosques e prados mostravam “anéis de Fadas” onde realizavam os seus bailes; tinham pontos de encontro nos pântanos de Yorkshire e nas planícies de Devon; as sereias penteavam-se nas falésias de Dover; e o alegre e brincalhão Robin Bom-camarada era uma palavra corrente em todo o país.

Sim, os contos de Fadas existiam, mas a crença neles era irregular e casual. Para algumas pessoas, eram realidades que faziam parte do seu quotidiano; para outras, eram apenas histórias bonitas ou assustadoras que se contava nas noites de verão ao luar ou à volta da lareira nas longas noites de inverno. Foi necessária a mão divinamente guiada do poeta para reunir todos os fios confusos, tecê-los em uma obra-prima e apresentá-la à Humanidade: aqui está o Mundo das Fadas das vossas chamadas “fantasias”; ele está vivo, é verdadeiro e real; é uma parte muito importante da vida no nosso globo!

No entanto, a grande lei da evolução funciona em espiral por toda parte. Há mais de 300 anos que os críticos tentam rebaixar o nível do Um Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare (Veja a obra no ANEXO 1) mediante interpretações tão cheias de equívocos que chegam a ser um sacrilégio. Essa obra foi escrita em 1590, aproximadamente. Mas só por volta de 1910 ela foi erguida na espiral do pensamento avançado. Não havia Fadas antes da obra Um Sonho de uma Noite de Verão. Shakespeare nos deu o Mundo das Fadas; no entanto, apenas quando a grande Luz Branca dos Ensinamentos Rosacruzes foi derramada sobre ele é que esse Mundo das Fadas apareceu na sua pureza e dignidade como parte integrante e sagrada da casa de Deus na Terra. Que a palavra sagrada penetre profundamente nos nossos corações. Um Sonho de uma Noite de Verão, apesar de borbulhar de riso, alegria, diversão, travessuras e truques, é uma peça sagrada e como tal foi citada por Max Heindel no texto do Ritual do Serviço Devocional do Solstício de Junho e em outros livros da Fraternidade Rosacruz.

A Noite de Natal e a Noite do Solstício de Junho são os dois polos da atividade divina que se manifesta na Terra durante o ciclo do ano. No meio do inverno (em dezembro para o hemisfério norte), sob os raios oblíquos do Sol, a atividade espiritual atinge o seu pico, a Natureza é abafada em uma grande quietude, uma expetativa de escuta, e na noite mais longa, a noite mais escura, a Estrela do Espírito brilha mais intensamente e o Cristo nasce na Terra.

Mas, como lemos no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “A evolução é a história da progressão do Espírito no tempo”. E o tempo está indissoluvelmente ligado à matéria. Enquanto a nossa Onda de Vida passa por esta Terra em Involução e Evolução, a existência material, a forma corporal e a manifestação física são necessárias e, a menos que o polo oposto, o da atividade física, seja mantido, o Espírito não pode continuar o seu caminho de “progressão no tempo”. Todos nós, o nosso Planeta e tudo o que nele existe de vida mineral, vegetal, animal e humana, temos de recolher essa experiência da existência física para podermos evoluir de centelhas Divinas a seres Divinos autoconscientes, cocriadores junto às Hierarquias Criadoras e copossuidores da Glória de Deus. Assim, no Solstício de Junho, sob os raios perpendiculares do Sol, as atividades físicas atingem o seu auge e, durante a noite mais curta e luminosa do ano, a de 24 de junho, as mil vozes da Natureza juntam-se em cânticos, risos e murmúrios alegres e os Espíritos da Natureza realizam o seu festival anual, uma festa de regozijo porque fizeram bem o seu trabalho e a vida física na Terra está assegurada por mais um ano.

O Mundo das Fadas de Shakespeare inclui todos os Espíritos da Natureza mencionados nos Ensinamentos Rosacruzes; esses Espíritos — sejamos muito claros sobre isso — são servos de Deus, agentes de Deus, que trabalham sob a direção das Hierarquias Criadoras que guiam nossa evolução. As ações dos Espíritos da Natureza, muitas vezes, parecem incoerentes e irresponsáveis para nós. Por quê? Porque ainda compreendemos mal o funcionamento das Leis da Natureza. Quando o ser humano está em harmonia com as Leis da Natureza e os Espíritos da Natureza lhe são simpáticos, ele os chama de “bons”. Quando ele está em desarmonia com as Leis da Natureza e elas parecem antagonizá-lo, ele as chama de “más”. Porém, todos trabalham juntos para o bem, a serviço da evolução. Os Espíritos precisam de corpos para adquirir experiência. Os Espíritos da Natureza são trabalhadores que constroem corpos, são criadores de forma. É por isso que no Fausto, de Goethe, eles aparecem à chamada de Mefistófeles que, em um dos seus muitos aspectos, é Satanás ou Saturno, o construtor da forma.

Ora, “Um Sonho de uma Noite de Verão” não é apenas o relato da Festival das Fadas no auge das suas atividades bem-sucedidas, mas também se preocupa muito com os males e as provações dos amantes e com a sua feliz união no final. Alguns críticos interpretam a peça como um espetáculo de amor inspirado nos perfumes de uma noite de verão, “Maluquice de uma noite de verão”. Essa é a interpretação mais triste de todas. E aqui, em particular, recordemos que Um Sonho de uma Noite de Verão é uma peça sagrada, apesar de muitos absurdos que são aparentes. Uma “peça” sim, mas apresentada para nós por um grande Iniciado para que possamos ver com ele as Forças da Natureza “brincando” no mundo.

Os Espíritos da Natureza estão sempre e particularmente interessados nos amantes e nos seus assuntos; eles gostam de provocar o jovem e a donzela enamorados, mas apenas durante algum tempo; depois, esses Espíritos os consolam e aproximam; ao final, eles pedem para serem convidados para o casamento e concedem ao casal feliz três desejos no dia do casamento. Os Espíritos da Natureza são construtores da forma e, como tal, precisam da atração entre os sexos para providenciar corpos para as almas que chegam. Um Sonho de uma Noite de Verão é uma Festa de Casamento regida por uma grande característica cósmica: a atração entre os sexos é um fator necessário em certos estágios da evolução em que o Espírito precisa de veículos físicos e densos para acumular experiência e, por isso, devido à sua missão Criadora ao Serviço do plano divino, o Amor entre homem e mulher é sagrado e o Matrimônio é um Sacramento; assim, temos que ter pena das almas mais jovens que o olham de maneira frívola e interpretam Um Sonho de uma Noite de Verão como uma graciosa e espirituosa brincadeira de fazer amor, quando ele é uma Peça Misteriosa realizada nos recintos sagrados do santuário da vida.

PARTE II – SHAKESPEARE E O CASAMENTO CÓSMICO

Quando o Poeta Iniciado, Goethe, terminou o seu drama místico, Fausto, disse sorrindo: “Nesta peça eu escondi muitos mistérios que manterão os críticos ocupados durante pelo menos cinquenta anos”. A obra “Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare, manteve-os assim ocupados durante mais de trezentos anos e não estão agora mais perto da solução dos problemas ocultos dessa magistral obra do que em 1° de maio de 1594, quando foi apresentada pela primeira vez nas festividades do casamento de um dos patronos aristocráticos de Shakespeare, na corte da Rainha Isabel; então as pessoas se perguntavam por que uma peça de maio[1] se chamava “Sonho de uma Noite de Verão”.

Muitos diziam naquela época, como dizem hoje, que as passagens que se referem ao primeiro de maio como a data do casamento do Duque Teseu foram inseridas na peça escrita por volta de 1590 como um elogio ao casal recém-casado perto do trono de Isabel. Essa é a forma mais fácil de evitar o fato embaraçoso de o poeta, no seu grande e misterioso drama nupcial, identificar o 1° de maio com o 25 de junho. A maioria dos expoentes ainda se contenta com essa solução, embora ela pareça bastante incompatível com a dignidade de um Shakespeare.

Alguns o desculpam com base em “erros ortográficos”; outros ainda o acusam de ter feito malabarismos com as datas, assim como o acusam frequentemente de ignorância ou de descuido em relação a fatos históricos, mitológicos ou geográficos. Ele, o Iniciado que sabia tudo o que aqueles que tentam em vão minimizar a sua grandeza não sabem! Gostam de acentuar a sua ignorância em geografia, por exemplo, porque na sua outra peça de mistério, a Tempestade, os navios singram para a Boêmia, que fica longe do oceano.

Sim, hoje em dia! Mas, no século XII, a Boêmia era um poderoso império que se estendia até ao Mar Adriático. Shakespeare, como é óbvio, conhecia esse fato e sabia bem “do que se tratava”, ao nos dizer que, quando o Duque Teseu de Atenas se casou com Hipólita, a sábia rainha das Amazonas, a data do Dia de Solstício de Verão era 1° de maio.

Vemos o grande Iniciado sorrindo com o seu sorriso gentil, como um pai sorri para os filhos que não podem ferir a sua dignidade quando, com razões superficiais e infantis, explicam seus ditos e feitos que ultrapassam a sua compreensão.

Não se confia às crianças a guarda da chama luminosa; — só quando um número suficiente de pessoas que vivem no ocidente atingiu a fase adulta é que se acenderam para elas as velas tão poderosas como temos, por exemplo, nos livros “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” e “A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz” – só para citar dois exemplos –, ambos do Iniciado Max Heindel. Esses livros não são meros manuais da Filosofia Rosacruz ou Astrologia Rosacruz, mas poderosos portadores de luz que levam a iluminação para todos os caminhos da vida. Não podemos compreender as obras dos grandes poetas, músicos, pintores e escultores sem a sua ajuda; e a razão para isso é facilmente encontrada. As pessoas que conhecemos como gênias que estavam muito à frente do seu tempo e, em muitos casos, foram iniciados da Ordem Rosacruz, nos deram a Religião Cristã Esotérica por meio de símbolos e parábolas, pois toda grande Arte é basicamente religiosa e a sua missão evolutiva é afirmada naquelas famosas palavras de Richard Wagner, frequentemente citadas por Max Heindel: “Onde a Religião se torna artificial está reservado à Arte salvar o espírito da Religião”. Max Heindel, como porta-voz dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, deu à Humanidade o conhecer a Religião Cristã Esotérica em uma linguagem simples e por meio dos livros que contêm os Ensinamentos Rosacruzes que são lições completas que temos que consultar e estudar a fundo, se quisermos compreender a beleza misteriosa dos roteiros imortais escritos pelos nossos mestres-artistas em cores, palavras ou tons.

Uma biblioteca inteira de obras eruditas sobre Shakespeare não pode ajudar a resolver o problema do “Sonho de uma Noite de Verão”, pois a informação valiosa que contêm é exotérica e ignora o potente fator da Astrologia Rosacruz. Mas se, com ajuda dos Ensinamentos Rosacruzes focarmos nossa atenção no fato de o “Sonho de uma Noite de Verão” ser um grande desfile do Sol e depois seguirmos a pista dada na sua explicação dos ciclos evolutivos ligados à Precessão dos Equinócios, a perplexidade se transforma em compreensão e a discrepância, em concórdia.

Como vimos anteriormente, o “Sonho de uma Noite de Verão” é uma apoteose das Forças da Natureza no auge das suas atividades, o grande “Festival das Fadas”, ou dos construtores da forma, que se regozijam porque fizeram bem o seu trabalho e asseguraram a vida física na Terra por mais um ano, para que o Espírito, em seu Caminho de Evolução, possa se manifestar através dos Corpos e dos veículos. Esse ponto culminante das forças físicas estimuladas pelo Sol ocorre todo ano entre 21 e 25 de junho, no polo oposto ao ponto culminante das forças espirituais, que ocorre entre 21 e 25 de dezembro, também todo ano.

Se a data do casamento na peça foi 1° de maio, o drama está aparentemente desequilibrado em relação ao Natal, afastado do caminho do Sol. — Sabemos que decorrem exatamente quatro dias entre o início da peça e o triplo casamento no final, pois o Duque Teseu abre-a com as palavras “Quatro dias felizes trazem outra Lua[2] e a Rainha Hipólita acrescenta:

Mergulharão depressa quatro dias na negra noite;

Quatro noites, presto, farão escoar o tempo como em sonhos.

E então a lua que, como arco argênteo,

no céu ora se encurva, verá a noite solene do esposório.

Depois, no final do Ato IV, na Cena I, nesse maravilhoso discurso referente aos seus cães de caça, que soa como uma marcha triunfante composta por harmonias majestosas, informa os seus ouvintes de que “agora a nossa observação está feita” e elucida a ocasião para essa observação, que se realizou em bosques e florestas e não no templo, acrescentando a respeito dos amantes: “Decerto madrugaram, para os ritos observarem de maio”. Esse Dia de Maio é o dia do casamento.

Ouvimos de novo o duque Teseu:

no templo, agora mesmo,

estes dois pares vão se unir para sempre.

Mais tarde, os bons artesãos não-gramaticais dizem: “Mestres, o duque vem vindo do templo, onde se casaram, juntamente com ele, mais três senhores e três senhoras.[3]. Depois, a companhia festiva será recebida no palácio, até que Teseu lembra:

Com a língua de ferro a meia-noite já deu doze batidas.

Para a cama, namorados! É quase hora das Fadas.

E agora a cena é inteiramente entregue às Fadas que cumprem o que no dia anterior Oberon, o rei das Fadas, anunciou à sua rainha, Titânia:

Já que nossa discórdia mal sofrida em harmonia se mudou garrida,

iremos amanhã, solenemente, dançar, à meia-noite,

bem em frente do quarto de Teseu.

…no Solstício de Junho (estação de verão para o hemisfério norte), — o Festival das Fadas! — para as fiéis Forças da Natureza, a grande, alegre e solene ocasião do ano! Os discursos de Titânia estão repletos de alusões ao Solstício de Junho. Mas não precisamos citá-las, pois o espírito do drama fala por si só. A peça está impregnada de Solstício de Junho, respira Solstício de Junho, canta e dança Solstício de Junho…, mas é mais rica em mistério e mais profunda em promessa do que um simples Solstício de Junho possa dar. Lembremo-nos do que Max Heindel ensina sobre os ciclos menores contidos nos maiores. Os ciclos diurno, anual e precessional são os ciclos do Sol. Uma nova vida é prometida a nós no Solstício de Junho através de Hermia e Lysander, Helena e Demetrius, os dois casais humanos cujo amor é abençoado pelas Fadas; vida abundante é prometida a toda a natureza pela reunião de Titânia e Oberon, o rei e a rainha das Fadas que, após um período de discórdia, celebram de novo o seu casamento e prometem abençoar a Terra com fecundidade. Mas, uma nova vida de um significado muito mais elevado e ampliado é prometida por meio do casamento de Teseu e Hipólita, esses dois seres exaltados que não são humanos nem Fadas, mas representantes cósmicos.

Shakespeare conhecia a mitologia e o seu simbolismo cósmico! Não acidentalmente, mas de forma muito deliberada, escolheu a Grécia como cenário para o seu drama. As Fadas, tipicamente do noroeste, em seu aspeto cosmopolita de Forças da Natureza, podiam ser facilmente transferidas para a Grécia; a sua rainha e o seu rei, Titânia e Oberon, são originários da Índia; assim, os arianos orientais e ocidentais contribuem a partir da sua tradição. Mas, nos mitos gregos foi encontrado o maravilhoso simbolismo dos “cães do céu” — a hoste estrelada — que acompanham a carruagem do deus Sol em uma corrida alegre “com a boca cheia de sinos, um debaixo do outro” e o saúdam com “gritos afináveis” — a música das esferas — aos quais a Terra ecoante responde.

…vai minha amada apreciar a orquestra de meus fortes lebréis. (…)

Tão galante barulheira jamais havia ouvido;

o bosque, o céu, as fontes, tudo, tudo, era em torno uma crebra gritaria.

Em parte alguma nunca ouvira música tão discorde, trovão tão agradável.

Ouvimos uma voz calma no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” confirmando as rapsódias do mito e da poesia: “Pitágoras não fantasiava quando falou da música das esferas, porque cada um dos Corpos celestiais tem seu tom definido e, juntos, formam a sinfonia celestial”[4].

Finalmente, na mitologia grega este deus Sol, em uma de suas fases de Precessão, é representado por Teseu, o herói forte que matou o touro “devorador de homens”, o Minotauro. Esse terrível monstro tinha a sua fortaleza no Labirinto da ilha de Creta. Os atenienses tinham de oferecer todos os anos sete jovens e sete donzelas às mandíbulas cruéis desse touro. Ele representa o espírito do Ciclo Taurino e da Era de adoração ao touro[5] — o espírito da mais extrema crueldade e do mais cru materialismo ao qual os filhos e filhas da Humanidade eram sacrificados.

O espírito da Era de Touro foi morto por Teseu, o Sol. Isso significa que a Era de Touro terminou porque o Sol, por Precessão dos Equinócios, estava prestes a deixar a constelação de Touro e entrar em Áries. Max Heindel nos informa que em 498 d.C. o Sol cruzou o equador celeste no Equinócio de Março em 21 de março, a 0 grau de Áries. O Sol leva em torno de 2.156 anos para percorrer, pelo movimento da Terra Precessão dos Equinócios, os 30 graus de uma constelação. Ele entrou no 30° grau de Áries, o carneiro ou cordeiro, em 1658 a.C. e, portanto, 1659 a.C. é o último ano da Era de Touro.

Para nós, Áries é um Signo masculino; na astrologia grega era considerado um Signo feminino e o seu regente, o Planeta Marte, era representado não por um deus, mas por uma deusa, nomeadamente Palas Athena, a deusa da guerra e da sabedoria. A analogia entre Palas Athena e Hipolyta, a sábia rainha-guerreira, é evidente. Assim, 1659 a.C., o último ano da Era antiga ou de Touro, é o ano do casamento de Teseu, o Sol, com Hipólita, o Espírito Guardião da nova Era ou a Era de Áries, para que no próximo Equinócio de Março, 1658 a.C., ele pudesse entrar em sua nova casa, Áries, junto à parceira da sua exaltação.

Assim temos o ano; como é que obtemos a data? No que diz respeito à contagem do calendário, as nações antigas seguiam o exemplo da Babilônia ou da Caldeia, que eram seus mestres em todos os assuntos relacionados com a astrologia e a astronomia.

O calendário de Caldeia, que os egípcios, os gregos e os romanos, até ao tempo de César, copiaram, seguia de perto a trajetória do Sol e baseava-se em dois acontecimentos cíclicos: o menor e relativo ao Equinócio de Março e o maior, relativo à Precessão dos Equinócios. Assim, em 1659 a. C. o mês do “Equinócio de Março” foi janeiro e o mês do “Solstício de Junho” foi abril.

A Era de Touro dominou de 3814 a 1659 a.C. Na nossa Era de Peixes – em que nos encontramos atualmente –, estamos afastados de Touro por duas constelações e cada constelação através da qual o Sol passa por Precessão dos Equinócios coloca o ponto do Equinócio de Março um mês à frente. Os caldeus tinham meses lunares de 29 dias e, em certos intervalos, um mês bissexto, em vez do nosso ano bissexto. Se contarmos 91 dias entre o Equinócio de Março e o “Solstício de Junho” e tivermos em conta os meses mais curtos, então veremos que o 23 de abril do nosso calendário equivale ao 26 de abril do calendário caldeu da Era de Touro. Assim, o “Solstício de Junho” na Era de Touro aconteceu entre 26 de abril e 1° de maio; o Casamento Cósmico teve lugar em um dia de “Solstício de Junho”, 1° de maio de 1659 a.C.

PARTE III – SHAKESPEARE E A LEI DO RENASCIMENTO

Não faz muito tempo um Estudante Rosacruz enviou uma pergunta para aqui, em Mount Ecclesia. Ele perguntou se uma pessoa que deseje, no seu íntimo, não renascer na Terra, jamais renascerá.

Os Ensinamentos Rosacruzes afirmam que uma das principais Leis que guiam a evolução é a Lei do Renascimento, auxiliada pela sua irmã gêmea, a Lei de Consequência. Essas duas grandes Leis devem satisfazer o coração, o intelecto e a vontade. Elas são absolutamente justas e lógicas, mas cheias de esperança e promessa; elas dão um amplo espaço à vontade impetuosa e magistral dos filhos e filhas de Caim, que se recusam a seguir docilmente os líderes e querem trabalhar ativamente em sua própria evolução. Mesmo assim, o coração tenta dobrar a Lei de acordo com a sua impaciência, o intelecto gosta de fazer dela uma base de especulações e a vontade está ansiosa por afirmar a sua superioridade sobre ela. Quando eu me libertarei da Roda de Nascimentos e Mortes? Assim questiona o coração que acredita que a repetição da existência terrena, com as suas tristezas, seus sofrimentos e suas separações dolorosas seja demasiado difícil de suportar e anseia pela felicidade celestial e ininterrupta. Quantas vezes tenho de renascer e em que intervalos cíclicos ou rotações? Em que período da evolução a Lei do Renascimento será substituída por outra mais elevada? Assim pergunta o intelecto que gostaria de reduzir a Lei de Deus a um calendário ou fórmula matemática. E a vontade grita triunfante: assim que eu me recuso a renascer, a Lei deixa de funcionar.

A vontade, como a mais elevada faculdade do ser humano, é o seu direito. Max Heindel ensina no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” que o renascimento depende da vontade do Ego. Quando ele já não quer renascer, está livre. Só que esse direito é constituído de tal forma que não pode se recusar a renascer até ter atingido um certo grau no Caminho de Iniciação Rosacruz. Aqui, como nos casos anteriores, ouvimos um grande poeta acompanhando harmoniosamente esse processo. O problema parece complexo e intrincado. Mas o poeta-iniciado, Shakespeare, resolve em 16 palavras: “Os homens devem suportar tanto a sua partida quanto a sua vinda — a maturidade é tudo”. Essas palavras, que se encontram no drama Rei Lear – Veja no ANEXO 6 –, parecem ao mundo as mais enigmáticas das afirmações de Shakespeare, mas para nós, que as lemos sob a luz dos Ensinamentos Rosacruzes, estão entre as suas maiores verdades!

“Os homens devem suportar tanto a sua partida quanto a sua chegada”. O próprio ritmo das palavras parece transmitir a sequência rítmica de nascimento e morte, morte e nascimento em uma alternância constante e inquieta. Para cima e para baixo, para baixo e para cima o Ego viaja em um movimento cíclico e incessante, descendo à matéria para um período escolar sob a disciplina rigorosa da vida terrena e subindo aos Mundos celestes para um período de férias felizes e atividade intensa. Assimilar a experiência da vida terrena e preparar as condições para a próxima vida — eis o trabalho do Ego nos Mundos celestiais. Depois outro nascimento, mais um dia de escola com mais experiências. E isso se repete em intervalos cíclicos de 1.000 anos, geralmente. Não importa quantas vezes estivemos aqui, pecamos, sofremos e aprendemos, precisamos continuar, continuar… A lei é imutável. “Os homens precisam suportar a sua partida e a sua vinda”. Precisam porque eles próprios assim desejam. A imutabilidade da Lei atua a partir do interior, não do exterior.

No livro Conceito Rosacruz do Cosmos lemos que: “Depois de um tempo (de permanência no Terceiro Céu) vem ao Ego o desejo de novas experiências e a contemplação de um novo nascimento”. Nenhuma força externa o estimula isso, o próprio desejo do Ego confere o estímulo para o renascimento. Pois o Ego, na Região do Pensamento Abstrato, onde fica o Terceiro Céu, onde nenhuma matéria turva a sua percepção, é muito sábio e sabe que um novo mergulho na matéria física, outro período escolar na Terra, é absolutamente necessário para o seu desenvolvimento em direção ao objetivo final, que é a onisciência divina. A consciência total inclui todos os planos de consciência, tanto os mais baixos como os mais elevados, e o Ego compreende a necessidade de acumular experiência nos graus escolares mais baixos na Terra, de modo a estar apto para os mais avançados nos Mundos superiores. O coração insensato, enquanto palpita com a dor e a desilusão da vida terrena, anseia pela felicidade, mas o Ego, que é sábio, prepara-se deliberadamente para deixar a sua morada feliz no Céu e procurar de novo esta mesma existência terrena da qual o coração se ressente, pois ele sabe que “o propósito da vida não é a felicidade, mas sim a experiência” (livro Conceito Rosacruz do Cosmos). Ele deseja voltar até que todas as experiências, que a vida terrena proporciona, sejam reunidas e todas as lições que a vida terrena ensina sejam aprendidas. Só então o Ego estará pronto para experiências e lições em estágios mais elevados da existência. Amadurecimento é tudo!

Mas qual é a prova dessa maturidade, qual é a sua expressão? Como ela se manifesta? — Não é uma maturidade do intelecto que possa ser provada diante de uma banca de examinadores. A bela palavra “amadurecimento” indica um estado de Ser; vemos o grão dourado e o fruto doce, uma perfeição alcançada pelo crescimento natural que expande, suaviza e amacia cada átomo. Desaparecem então a dureza e a aspereza, que são atributos da falta de maturidade, e ganha-se uma bela suavidade! A dureza vem do “eu” que não tem consideração pelo outro; a aspereza surge da paixão que afasta os outros; a suavidade emerge do amor desinteressado. Não há outro teste, não há outra prova. Se o nosso estado de ser se manifesta como amor-próprio e paixão, então não estamos maduros; se ele se manifesta como Serviço amoroso e compaixão, então atingimos a maturidade.

Existem almas mais jovens que julgam demonstrar amadurecimento ao manifestarem desprezo e cansaço pela vida terrena, afirmando que a Terra já não exerce qualquer atração sobre elas, que esperam encontrar em outras esferas a felicidade que aqui não é possível. Felicidade! Aqui está novamente o “eu”, embora disfarçado de saudade dos Mundos celestes. O ser humano aparentemente espiritualizado que denuncia a Terra e deseja o Céu em nome da felicidade está tão enredado nas malhas do “eu” quanto o franco materialista que se agarra à Terra como o campo de caça para suas paixões e não pensa no Além. Os que se rebelam contra as lições da vida terrena amam tanto a si mesmos que não querem amar o outro e o sábio poeta balança tristemente a cabeça para eles: “Como são pobres os que não têm paciência” (Otelo – veja no ANEXO 2). Porque a derradeira lição a ser aprendida aqui na Terra é perder o “eu” e encontrar o outro. A essência de todas as experiências a serem acumuladas aqui é o amor compassivo. Com o objetivo de ganhar a consciência total, nós temos que carregar cada criatura viva, com suas riquezas e tristezas, para a nossa consciência; isso só pode ser feito através da compaixão.

“Ser ou não ser, eis a questão!” (Hamlet) – Veja no ANEXO 3. Quando é que a vontade do Ego decretará que nunca mais precisará “ser” em um Corpo Denso? Quando soubermos preservar a estabilidade da paciência, tanto nas alegrias como nas tristezas da vida, quando a alegria não nos levar ao êxtase nem a tristeza, ao desespero; quando não tivermos tempo a perder com os nossos desejos nem força para as nossas emoções, porque todas as nossas atividades estarão ocupadas de outra forma. O Aspirante à vida superior verdadeiramente maduro, aquele que se aproxima da libertação do nascimento e da morte, não fala nem discute sobre felicidade ou infelicidade, nem usa seu tempo para pensar nisso. Pacientemente, ele faz o seu trabalho diário como Auxiliar Visível ou Invisível, construindo, construindo o tempo todo, construindo estradas que levam para longe de si mesmo, para o fundo do coração, da vida, da necessidade do seu irmão e da sua irmã. E eis como é maravilhosa a lei do amadurecimento! Esse paciente construtor, que ajuda os outros infalivelmente, constrói e amadurece dentro de si mesmo aquilo que o pobre anseia em vão: o Corpo-Alma indestrutível que não pode ser prejudicado pela morte e, portanto, não precisa ser renovado pelo nascimento. — Pois o Ego, quando finalmente se desfizer do Corpo Denso, deverá ter um veículo pronto para funcionar, uma roupa com a qual se vestir.

A morte e o renascimento significam uma interrupção do contato entre este Plano de existência (Região Química do Mundo Físico) e os superiores (Mundos invisíveis à visão física). Enquanto estou nos Céus, estou morto para a Terra. Enquanto estou na Terra, estou morto para os Mundos Celestes. De eras em eras, a beleza celestial brilha, a música celestial soa e as almas vibram umas com as outras em perfeita harmonia.

Mesmo o menor globo que tu possas contemplar,

No seu movimento canta como um anjo,

Um quieto coro para os querubins de olhos jovens.

Tal harmonia existe nas almas imortais,

Mas enquanto estas vestes decadentes e enlameadas

Grosseiramente as encerrarem, não podemos ouvir”.

(O Mercador de Veneza) – Veja no ANEXO 5

Max Heindel nos diz que “Adão” significa “terra vermelha” e qualifica a matéria terrosa da qual, nos dias lemurianos, o corpo do primeiro Adão foi feito com “lama vulcânica, vermelha e quente”[6]. A Bíblia chama essa “veste lamacenta de decomposição”, pertencente ao primeiro Adão, de “o corpo da nossa humilhação”; mas nos assegura que ela será transformada até se assemelhar ao corpo glorioso do segundo Adão, que é o Cristo. Quando deixarmos de lado, pela última vez, essa veste de lama e imperfeição, então, em nosso Corpo-Alma amadurecido, um corpo de glória e perfeição, teremos um veículo que nos unirá a Terra e ao Céu. Nas asas da nossa dourada veste nupcial nós contataremos tanto o Céu como a Terra, porque seremos capazes de nos mover e funcionar em perfeita liberdade e consciência em Planos que, para nós, estão atual e tristemente separados uns dos outros pelo nascimento e pela morte. Max Heindel diz: “O Reino dos Céus foi invadido (Mt 11:12), há homens e mulheres que já aprenderam, através de uma vida santa e útil, a deixar de lado o corpo de carne e osso, intermitente ou permanentemente, e a caminhar pelos Céus com pés alados, empenhados nos negócios do seu Senhor e vestidos com as etéreas vestes nupciais da nova dispensação”1.

As tendências do “eu” são de contração, de endurecimento, de atração para baixo, de fechamento e de isolamento, correspondendo às qualidades dos dois Éteres inferiores que mantêm o Corpo Denso. A tendência do amor é expandir-se, suavizar-se, unir-se, elevar-nos, em correspondência com as qualidades dos dois Éteres superiores que estão incorporados no Corpo-Alma. O “eu”, junto dos dois Éteres inferiores, é responsável pela cristalização; o amor, junto dos dois Éteres superiores, produz a rarefação. Na linguagem dos alquimistas, os dois Éteres superiores eram chamados de “fogo” e “ar”, enquanto os dois Éteres inferiores eram comparados à “terra” e à “água”. Quando uma vida de serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), esquecendo os defeitos do irmão ou da irmã ao seu entorno, focado na divina essência oculta em cada um de nós, que é a base da Fraternidade tiver amadurecido, soltado e moldado os dois Éteres superiores, então o Ego, revestido do seu Corpo-Alma, que é rarefeito, glorificado e etéreo, será elevado para sempre acima da necessidade da existência física e, liberto da Lei do Renascimento, poderá exclamar com o poeta: “Eu sou fogo e ar, os meus outros elementos, eu os dou à vida inferior.” (Antônio e Cleópatra) – Veja no ANEXO 4.

“O amor será a palavra-chave da próxima Era, do mesmo modo que a Lei é a palavra-chave da presente ordem. A expressão intensa das qualidades mencionadas acima aumenta a luminosidade fosforescente é a densidade dos Éteres em nossos Corpos Vitais; as correntes ígneas cortam a ligação com os cuidados e as preocupações do dia a dia, e o ser humano, uma vez nascido da água em sua emersão da Atlântida (Hamlet) (tal como na Lemúria era nascido da terra), agora nasce do espírito, para o Reino de Deus1.

PARTE 4 – SHAKESPEARE E A ORDEM ROSACRUZ

A infeliz “teoria baconiana” ainda tem alguns seguidores, especialmente nos Estados Unidos, onde as pessoas estão longe da atmosfera convincente de Stratford. Essa pequena cidade no coração da Inglaterra, onde Shakespeare passou a maior parte da sua vida, ainda sonha entre suas sebes e rosas tal como sonhava no tempo de Shakespeare, mas todos os seus sonhos agora estão com ele, cuja grande personalidade deixou a sua poderosa marca na Memória da Natureza e ninguém minimamente sensível a essas vibrações pode ficar diante da velha igreja que narra o seu batismo e o seu enterro, ou passear entre as flores do seu jardim, ou ver as brumas a subir e descer sobre o rio, sem saber, com alegria, não só que William Shakespeare foi um habitante de Stratford, mas que um grande espírito viveu, moveu-se e teve o seu ser ali. “Os passos de um grande homem santificam o solo.” Não se fala de um William Shakespeare que foi um obscuro ator do qual se diz ter vendido o próprio nome para ser usado como máscara por Francis Bacon, “um nobre sem escrúpulos”, como se diz na atmosfera sagrada de Stratford; mas, de William Shakespeare, o poeta imortal, ele próprio um nobre em virtude do seu gênio e amigo próximo de Francis Bacon, o grande cientista e verdadeiro aristocrata do espírito.

Terá Shakespeare pressentido o que a calúnia tentaria fazer com ele, quando escreveu estas linhas em Otelo?

O bom nome no homem e na mulher, meu caro senhor,

É a joia imediata das suas almas:

Quem rouba a minha bolsa, rouba lixo;

É algo que é nada;

Era minha, é dele e foi escrava de milhares;

Mas aquele que me rouba o meu bom nome

Rouba-me o que não o enriquece

E me faz pobre de fato”.

Ele possui também um aspecto no seu horóscopo, desde que o mapa natal esteja correto, que é tanto mais notável quanto, passados trezentos anos, ainda esteja ativo na perseguição da personalidade de William Shakespeare, embora se possa supor com segurança que o grande espírito renasceu mais do que uma vez, talvez desde 1614, para desempenhar importantes missões a serviço da Humanidade. O Aspecto astrológico é o de Netuno em Oposição a Urano, que proporciona influências para a vida que visam a minar a reputação e fazer com que a pessoa sofra escândalo e prejuízo público.

Quem já passeou por Stratford, não junto da multidão tagarela dos turistas, mas com a memória do gênio por companhia sagrada, sente uma profunda gratidão por Max Heindel, ele que, com a voz da autoridade, explica a natureza da ligação entre William Shakespeare e Francis Bacon, refutando de uma vez por todas as invenções tão irreverentes para a memória e a missão desses dois grandes homens.

No livro “Conceito Rosacruz do Cosmos, lemos que “Rosacruzes como Paracelso, Commenius, Bacon, Hellmond e outros deram pistas em suas obras e influenciaram outros. A grande controvérsia sobre a autoria de Shakespeare (que em vão usou tantas penas de ganso e desperdiçou muita tinta boa que poderia servir para fins úteis) nunca teria surgido se os especuladores soubessem que a semelhança entre Shakespeare e Bacon se deve ao fato de ambos terem sido influenciados pelo mesmo Iniciado, que também influenciou Jacob Boehme e um pastor de Ingolstadt, Jacobus Baldus, que viveu depois da morte do Bardo de Avon, e escreveu versos líricos em latim. Se o primeiro poema de Jacobus Baldus for lido com uma determinada chave vamos verificar que, lendo as linhas para baixo e para cima, aparecerá a seguinte frase: ‘Até agora falei aqui, do outro lado do mar, e por meio do drama; agora vou me exprimir através das letras’”.

A controvérsia baconiana foi principalmente suscitada pela presença de uma certa palavra-chave na Cena I do Ato V, na comédia de Shakespeare chamada de Trabalho de Amor Perdido. Essa palavra, que é reivindicada pelos baconianos como o suporte mais forte da sua teoria, é composta por 27 letras: Honorificabilitudinitatibus. A forma como tem sido explorada para provar que Francis Bacon foi o autor das peças de William Shakespeare é um exemplo de alerta para a falácia de um método de investigação que ignora a existência do ocultismo e dos seus guardiões, os Iniciados das Escolas de Mistérios.

A palavra que os baconianos consideram sua propriedade exclusiva era bem conhecida nos tempos medievais e renascentistas, muito antes de Bacon e Shakespeare, entre os Místicos e Alquimistas que estavam ligados à Ordem Rosacruz. Quando ocorria em um livro ou manuscrito, revelava o fato do seu autor ser um Iniciado dessa Ordem ou, pelo menos, o aluno de um Iniciado. Mediante a alteração de uma ou duas letras, o grau de Iniciação podia ser indicado e eram dadas dicas valiosas que ninguém, exceto os Rosacruzes, podia compreender, pois somente eles sabiam da existência da palavra-chave acima mencionada.

O seu segredo tinha que ser cuidadosamente guardado devido às perseguições da igreja exotérica que punia com tortura e morte na fogueira os “hereges” que acreditavam no Cristianismo esotérico. Mesmo nos tempos de Shakespeare, a inquisição ainda era desenfreada, as “bruxas” e os “feiticeiros” eram queimados, o veneno e o punhal espreitavam por todo lado aquele que não aderisse à letra da Igreja, fosse ela romana ou anglicana, papista, puritana ou protestante; e o filho ilustre de uma Ordem muito mais poderosa do que a Igreja, mais poderosa em espírito, precisava usar uma escrita secreta se quisesse revelar a sua filiação aos contemporâneos e à posteridade. Para tornar o método duplamente seguro, colocava as palavras identificadoras na boca de bobos e palhaços em que, no meio de trocadilhos aparentemente sem sentido, malabarismos com o mau latim e restos mutilados de outras línguas, Honorificabilitudinitatibus não parece mais do que o produto bizarro da fantasia de um tolo, um tilintar dos sinos do bobo.

Para os seus irmãos e suas irmãs Iniciados a presença da palavra por si só já era suficiente, sem qualquer pista ou chave, porque, como já foi dito, era a palavra-chave aceita. Mas, aproximava-se o tempo em que o poder da igreja deveria diminuir e a existência da Ordem que guarda o bem-estar espiritual dos povos que vivem no ocidente deveria ser manifestada. William Shakespeare quis que a posteridade conhecesse a sua ligação com esse grêmio do espírito para que os seus Dramas pudessem ser lidos e compreendidos esotericamente, por isso insere, na conversa dos bobos, algumas dicas que nos chamam a atenção para a palavra e nos permitem lê-la, mesmo que não saibamos que seja uma antiga senha. Mas, aqueles que ignoram a existência das Escolas de Mistério nunca poderão decifrá-la. Um Sr. Dull (“Chato”) que testemunha a conversa é abordado assim no final: “Bom homem Dull, não disse uma única palavra”. Ao que ele responde: “Nem compreendi palavra alguma, senhor”. Este Sr. Dull é um policial. Assim, as revelações do poeta aos que entenderam estão perfeitamente seguras sob os olhos da lei estabelecida pela burrice exotérica, e o seu sentido de humor deleita-se evidentemente com esse fato, que é o pivô da Comédia para nós, os conhecedores. Os críticos exotéricos são unânimes em declarar que Trabalho de Amor Perdido é a mais pobre e “mais chata” das obras de Shakespeare.

A palavra longa representa um criptograma e as palavras escondidas dentro dele são latinas, pois essa era a língua da Religião, da Ciência e do Misticismo durante toda a Idade Média. Mas, o latim clássico foi degenerado, o “latim dos monges” se tornou proverbial e o dos alquimistas, embora bem adaptado aos seus objetivos, não era do melhor tipo. Diz Holofernes, o Pedagogo: “Isso tem cheiro de latim falso”. Fala também dos “patifes da ortografia” que “abreviam” ou introduzem “fantasias fanáticas” na ortografia das palavras. Isso é um indício de que temos de reorganizar as letras e repor as abreviaturas no lugar necessário. O autor menciona ainda “o cesto de esmolas das palavras”, “restos” do “banquete das línguas”. Isto é, fragmentos de palavras foram reunidos sem ordem e é nosso dever juntá-los e desfrutar o nosso achado. A nossa atenção é chamada para a “boa nova”, para a notícia do “homem novo”, o “homem de paz” e o “Cristão” — esse último a ser construído a partir de “Priscian, um pouco riscado, vai servir” e Chirra em vez da saudação habitual: Sirra. A vogal é I e a consoante é S; as duas letras simbolizam a Iniciação e constituem o caduceu ou bastão do Iniciado. Em Holofernes, o pedagogo ou professor, um Iniciado nos fala, pois ele “ensina a partir do livro do chifre”, que é o livro da Iniciação, e é dito que aqueles que recebem esses ensinamentos são os “escolhidos entre os bárbaros”.

Michelangelo, na sua sublime estátua de Moisés, representa o legislador com o atributo dos cornos de carneiro. Desde tempos imemoriais que esses simbolizam a Iniciação do Cordeiro, a Nova Dispensação que começa com a vinda do Cordeiro quando o Sol, por Precessão dos Equinócios, passa pelo Signo de Áries. Os bobos da corte se referem ao Cordeiro e a Áries mencionando o “carneiro” e os “chifres” com a forma do Signo de Áries, um ♈︎. Falam também da “ovelha, o Signo de Áries, com um corno acrescentado”. Chifre em latim é cornu. Se juntarmos essa palavra, ou um traço que a represente, ao ♈︎, o símbolo do Carneiro, obtemos o ♑︎, símbolo de Capricórnio — que é o Signo da porta do Castelo do Graal ou do Templo no cimo da montanha (mons), onde ocorre a Iniciação. Mais adiante, ouvimos falar dos “Nove Dignos” — as Nove Iniciações nos Mistérios Menores, e depois da “Princesa” a quem os “Nove Dignos” devem ser apresentados no “posterior do dia”; ou seja, no final da tarde, período presidido pelo Signo de Libra, o Signo natural da 7ª Casa. A Princesa que vive na 7ª Casa é Vênus, o Regente de Libra, em cujo Signo também está Exaltado o grande iniciador Saturno, o Regente de Capricórnio.

Essa é uma alusão à Iniciação de Vênus, a terceira das quatro Grandes Iniciações – ou Iniciações Maiores ou, ainda, Iniciações Cristãs – para as quais as Iniciações Menores nos preparam. Com a ajuda das alusões que precedem e sucedem a grande palavra, não é difícil encontrar as 7 palavras que ela contém. O primeiro e o último desses sete honorabili e initiatus são quase claros, também ordoni; filius e bis são facilmente encontrados, especialmente se organizarmos as letras em pares. Foi dito que deveríamos encontrar “Christian” e, finalmente, no caso de não termos encontrado Rosicrucis ao agruparmos as letras, a nossa atenção é cuidadosamente chamada para ela, que contém as vogais o e u, além do “repetido” I e S, que precisa ser repetido para representar o caminho em espiral da Involução e da Evolução, em contraste com o caminho reto da Iniciação. O bastão do Iniciado é referido quando ouvimos falar da “entrada” de Hércules (Involução), da sua “saída” (Evolução) e do seu “esmagamento da serpente” (Iniciação). Através da Iniciação, o caminho da espiral, ou serpente, é transformado no caminho reto e estreito — “embora poucos tenham a graça de o percorrer”.

Três das sete palavras terminam em I e quatro, em S, em correspondência com os três veículos superiores e quatro inferiores do homem: “Honorabili Ordoni Christiani Rosicrucis Filius Bis Ininiatus”; ou seja, “Um filho duas vezes Iniciado da honorável Ordem de Christian Rosenkreuz”. As sete palavras contêm 54 letras, o dobro das que formam a palavra grande; mas o valor de 54 corresponde a 27, ou seja, 9 [2 + 7 = 9, 5 + 4 = 9], que é, segundo Max Heindel, “o número-raiz do nosso atual estágio de evolução”.

PARTE 5 – LEONATUS: UMA PROFECIA DA ERA VINDOURA

No drama romântico de Shakespeare, “Cimbelino”[7], ocorre uma estranha profecia: –

“Quando um filhote de leão de si mesmo desconhecido, encontrado sem ser procurado, for abraçado por um pouco de ar fagueiro, e quando de um cedro imponente os ramos amputados reviverem depois de estarem mortos muitos anos e, reunidos ao velho tronco, crescerem com frescor, as misérias de Póstumo chegarão ao seu termo, a Bretanha será feliz e florescerá na paz e na abundância”.

Há uma grande beleza nessas palavras, e um mistério que é reforçado pelo fato de terem sido dadas a Posthumus Leonatus, o herói da peça, pelo próprio Júpiter.

Leonatus está preso, condenado a morrer na madrugada, aparentemente abandonado por todo mundo. Ele cai em um breve sono de exaustão, no qual seus pais e seus dois irmãos, todos mortos há muito tempo, aparecem para ele. Eles vieram de “lugares silenciosos”, de “elevados jardins floridos que nunca murcham”, para confortá-lo e salvá-lo. Numa oração estranha, rítmica e vibrante, eles enviam suas súplicas por seu filho e irmão sofredor até ao trono de Júpiter. “Em trovões e relâmpagos, sentado sobre uma águia”, o deus desce e coloca uma tábua com a inscrição profética no peito de Leonatus que, após sua feliz libertação no final, relata ao Rei Cymbeline como “a chance de ouro” chegou até ele.

Vosso servo, príncipes.

Vós, meu bom senhor romano, chamai nosso adivinho.

Pareceu-me, quando a dormir estava,

que baixara do céu sentado na águia, o grande Júpiter,

cercado de espectros dos meus mortos.

Ao despertar, no peito deparou-se-me esta pequena placa,

cujo escrito de tal dificuldade é para o espírito, que não posso explicá-la.

Ele que a prova nos dê de sua habilidade nisso”.

“Considerando que um filhote de leão de si mesmo desconhecido, encontrado sem ser procurado, for abraçado por um pouco de ar fagueiro, – há uma promessa de amor nessas poucas palavras, um doce conforto, uma gentileza reconfortante que faz o coração se alegrar antes que o intelecto chegue a uma interpretação da profecia. O Adivinho, como veremos mais adiante, insinua o belo significado dos primeiros versos, mas sua interpretação mística como um todo permanece exotérica e local, confinada aos personagens da peça e da Bretanha na época da invasão Romana. Cabe à posteridade e àqueles que confiam no poeta, por meio dos Ensinamentos Rosacruzes, levantar o véu e olhar para o santuário esotérico que está no centro de cada drama shakespeariano.

Cada uma das suas peças é fiel à missão original do drama, tão tristemente esquecida nestes tempos de vaudeville[8] e comédia musical, que é nomeadamente dar uma “versão do mundo”, como expressa Richard Wagner; isto é, representar de forma simbólica uma fase da evolução humana ou cósmica.

“O passado ficou para trás, – eis que tudo se fez novo!” – O drama Cimbelino não contém apenas uma profecia com um ponto central elevado, e sim uma peça profética da primeira à última cena, representados pelos personagens Leonatus, o herói e a Imogem, a heroína, os quais encenam as novas fases do desenvolvimento individual, nacional e cósmico, mostrando a preparação e a culminação no advento da Era de Aquário. Embora a época marque o início da era Cristã, mesmo antes de os britânicos serem batizados em nome de Cristo, a visão de longo alcance do poeta alcança profundamente os séculos vindouros e, como a linguagem de um profeta, ele revela o futuro homem e a futura mulher.

Shakespeare foi um Mestre Astrólogo. Embora, tivesse que ocultar seu conhecimento da Ciência Divina, a fim de evitar suspeitas de bruxaria e magia negra, suas obras não apenas estão repletas de alusões astrológicas, como cheias de profunda sabedoria procedentes da escrita estrelar. Na juventude de Shakespeare há vários anos que não podem ser contabilizados. Ele trocou sua cidade natal, Stratford-on-Avon, por Londres e, depois de uma curta estada por lá, desapareceu por, aproximadamente, três ou quatro anos. E nesses anos se dedicou ao estudo das ciências ocultas, entre elas a Astrologia e, muito provavelmente na Itália, onde nas Universidades de Bolonha e Pádua as antigas tradições ocultas foram cuidadosamente preservadas. Como Iniciado da Ordem Rosacruz, mais tarde teve acesso a informações astrológicas muito além do alcance do astrólogo mediano de seu tempo, cujos prognósticos eram mais voltados para a adivinhação, e Shakespeare leu nas estrelas os desenvolvimentos nacionais e raciais pertencentes a um futuro distante; ou melhor, ele leu nas estrelas possibilidades de desenvolvimentos! Pois, nas Nações e nas Raças, assim como nas pessoas, o livre arbítrio é mais poderoso que as Leis do Zodíaco.

Na simbologia nacional, o Britânico é representado pelo Leão. Os Leonati são os filhos da Raça Anglo-Saxônica que, seguindo a águia de Júpiter em seu voo em direção ao Ocidente, conquistaram novas terras, fundaram novas nações e deram vida a uma nova Raça. Leonatus significa: Aquele que nasceu de um leão.

Tu Leonatus és o Filhote do Leão;

A construção provável e adequada do teu nome

Sendo Leo-Natus, por ventura isto importa tanto”.

Posthumus significa, “Aquele que vem depois”. Na época da invasão romana, a Grã-Bretanha estava povoado pelos Celtas; mas, Posthumus é o Anglo-Saxão que “vem depois” do Celta; é a nova Raça Leonina-Aquariana que “vem depois” da Anglo-Saxônica; está ascendendo a Humanidade. A história da evolução humana é a epopeia daquele que “vem depois”.

Veio a Sugestão, veio a Visão, veio o Poder com a Necessidade,

Até que a Alma que não é a alma do ser humano nos foi emprestada para liderar.

Assim como o cervo se afasta – à medida que o novilho se afasta – do rebanho onde pastam,

Na fé das criancinhas seguimos nossos caminhos,

Siga depois – siga depois! Regamos a raiz,

E o botão floresceu e amadureceu para dar frutos!

Tal como descrito por Kipling[9], no seu grandioso poema “A Canção dos Mortos”[10], os Leonati ou Anglo-Saxões são construtores de impérios. A missão deles era obedecer ao impulso sempre urgente do Signo errante jupteriano, Sagitário, e preparar a Terra para aqueles que virão depois, incluindo novos países no império da Civilização e do Cristianismo, de modo que, num solo mais puro e numa atmosfera mais rarefeita, novas Raças poderiam desenvolver as qualidades mais refinadas e superiores, necessárias para sustentar o império do Espírito em evolução. E a Raça que, embora os seus progenitores tenham surgido do Leão e, apesar de carregar a marca Anglo-Saxónica na sua civilização e fale a língua anglo-saxónica, ainda assim, abrange todas as nações – a Raça escolhida através da qual o princípio Crístico da Unidade se manifestará na Era da Fraternidade Universal, está nascendo naquela nação onde o “filhote de Leão é abraçado por uma atmosfera de ar rarefeito”, nomeadamente nos Estados Unidos da América onde o Signo de Ar, Gêmeos, reina supremo e envolve os filhos do Leão.

A nova Raça na qual a Fraternidade Universal será aperfeiçoada está apenas começando a se formar, mas a Era da Unidade está sendo prenunciada pela participação da América na guerra pelo fim das guerras, e pela orientação da América no movimento para a formação da Liga das Nações[11]. Entre os obstáculos no caminho desta Liga estão dois ramos mortos que foram “cortados” de um “cedro majestoso”. A Humanidade da Época Ária é representada por esta árvore de cedro sempre verde; as nações são os ramos. Há duas nações na Europa intimamente relacionadas com os anglo-saxões e anteriormente seus colegas de trabalho ao serviço da civilização. Os pensamentos de militarismo violento sustentados pelos seus líderes, moldaram um machado para cortar seus ramos irmãos, para que os dois pudessem crescer e verdejar abundantemente. O machado se tornou o machado do destino e se voltou contra os próprios dois ramos em que a seiva secou, ​​a vida murchou. Essas duas grandes Nações Ocidentais dessa Época Ária se tornaram “mortas”, porque o Espírito foi expulso delas, e os esforços para forçá-las a prosperar pela força da matéria permaneceram em vão. Mas, eles voltarão à vida, os ramos regados com muitas lágrimas voltarão a verdejar – o rei Cimbelino tem dois filhos “perdidos”, irmãos de Imogen, cunhados de Leonatus; em sua infância, eles foram roubados por Belarius, cujo nome significa ‘o Guerreiro’, separados de sua espécie e escondidos por muitos anos na escuridão de cavernas e florestas. A família deles pensa que estão mortos; e estranhos se perguntam que “os filhos de um rei deveriam ser tão desprotegidos” a ponto de serem “perdidos”. Mas, pelo fato de serem “filhos de um rei”, não permanecem perdidos; seu sangue real se afirma; depois de anos de isolamento e privação, simplicidade e frugalidade, durante os quais crescem fortes de Corpo, nobres de Mente e puros de Alma e, finalmente saem, voluntariamente, para oferecer suas vidas a serviço da Humanidade, cuja causa ouviu estar em perigo, uma vez que a Grã-Bretanha – o futuro – está envolvida com Roma – o passado – numa luta de vida ou morte. A família dela os reconhece pelo seu valor; “os ramos unidos ao tronco antigo crescem de novo”; e a árvore não apenas está perfeita novamente, mas evoluiu de uma árvore de cedro “imponente” para um cedro “majestoso”.

Só quando a árvore das Nações voltar a ficar verde em todos os seus ramos poderá reinar a paz final e duradoura que “acaba com as misérias de Póstumus”, inaugurando a era da cooperação e da Fraternidade Universal. A batalha em que os parentes perdidos de Leonatus lutam, lado a lado com ele, é travada entre princípios; Roma simbolizando o princípio do passado, ou seja, o poder que separa; a Grã-Bretanha representa o princípio do futuro, nomeadamente, o serviço que une. Os dois irmãos prestam ajuda valente e valiosa, mas a batalha é decidida em favor dos britânicos pelo próprio Leonatus que, após uma longa ausência da Grã-Bretanha, reaparece em trajes humildes de camponês e luta com tal “fúria nobre” que seus “feitos preciosos” inclinam a balança do destino. Não como um “cavaleiro de armadura”, mas como um “homem do povo”, ele luta e vence. As nações da Europa não podem superar a velha ordem das coisas e estabelecer a nova ordem sem a ajuda do povo da América. O país do Ocidente sobre o qual a águia de Júpiter voa “com asas elevadas”, até “desaparecer nos raios do sol”, o país do Ocidente onde o “filhote do Leão” está casado com uma “atmosfera rarefeita” deve liderar as suas Nações irmãs para a Nova Era.

Não somos irmãos? –

Assim deveriam ser todos!

Assim fala a gentil Senhora Imogen, como no humilde disfarce de um criado sob o comando de nome Fidele, o Fiel, ela encontra os dois “perdidos” na floresta. Imogen é a esposa de Leonatus, sua companheira e complemento e, como tal, a “atmosfera mais rarefeita?” que o envolve. Ela, ainda, é a representante do Signo nacional da América, Gêmeos, o Signo de Ar que envolve Póstumus em sua terra ocidental. Gêmeos é o Signo dos irmãos e das irmãs. Os Estados Unidos da América admitem homens e mulheres de todos os países na família nacional e, ao lhes conceder a cidadania, os reconhecem- como irmãos e irmãs. A cidadania os torna estrangeiros antes dos membros da família. Imogen fala lindas palavras sobre Fraternidade. E lindo é esse acolhimento familiar, estendido a estranhos por meio da cidadania. Mas, é apenas um preparativo para uma beleza maior que surgirá, um ideal mais elevado que será realizado sob outro Signo de Ar. A Fraternidade expressa por Gêmeos na América ainda está confinada à família nacional e depende do nascimento na pátria nacional ou da adoção nela. Não está muito distante o tempo em que o amor fraternal, que estamos aprendendo com Gêmeos e que gradualmente amplia seus limites, se tornará ilimitado; e a Nova Raça que se desenvolve sob Gêmeos será suficientemente aperfeiçoada para responder ao abraço do novo sinal que nos levará para cima, para a “atmosfera mais rarefeita” da Fraternidade Universal.

Imogen, como “a atmosfera rarefeita (ou tênue)”, tem uma simbologia tripla, assim como a profecia tem um aspecto triplo: individual, nacional, cósmico. Indivíduos e Nações têm propensões cósmicas e, ao progredirem no caminho espiral da sua própria evolução, elevam a Terra a um ponto mais elevado do caminho espiral planetário. A espiral individual, a espiral nacional e a espiral cósmica estão mais intimamente interligadas.

“Atmosfera rarefeita”, como explica o vidente, é “brisa suave” em latim. “E brisa suave nós a chamamos de mulier” – Mulher em Latim – “que mulher mais sublime é esta esposa mais constante”. Imogen, a fiel, a casta, a terna, é a Mulher, é o princípio feminino no Homem que nos seus aspectos de intuição e compaixão deve ser desenvolvido, para que a Era de Aquário, a Era da Mulher, possa começar quando toda a Humanidade, unida numa só família, seja envolvida por uma “atmosfera rarefeita”, nomeadamente o Signo de Ar, Aquário.     

PARTE 6 – LEONATUS: UMA PROFECIA DA ERA VINDOURA – MARGARIDA WOLFF

No livro de Max Heindel a Mensagem das Estrelas – Fraternidade Rosacruz, lemos que na Nova Dispensação, que começou com a vinda do Cristo e que foi fornecida para os povos ocidentais, tem três fases em correspondência com o caminho que Sol faz pelo evento chamado Precessão dos Equinócios, e que são a Era de Áries, Era de Peixes e Era de Aquário[12]. Quando, pela Precessão dos Equinócios, o Sol estava em Áries indicou o início de um novo ciclo de vida com a vinda do maior Espírito do Sol à nossa Terra, que se preparara com expectativa para o Seu advento, desde que o impulso para essa preparação foi recebido através de Libra (Signo oposto a Áries) a, aproximadamente, 13.000 anos antes. Sem dúvida era uma notícia excelente, mas isso ocorreu em Áries e encontrou o povo ocidental pronta para recebê-la, no entanto toda a Humanidade não poderá viver o ideal, do qual o Cristo é o Mestre e o exemplo, senão até que pela Precessão dos Equinócios o Sol tenha passado por Peixes. As lições a serem ensinadas por meio desse Signo de lágrimas, de tristeza e angústias profundas, de escravidão e de compaixão têm que ser aprendidas muito bem, pela repetição e mais repetição, por meio de Júpiter, o Regente de Peixes, antes que uma Humanidade, verdadeiramente Cristã, possa ascender ao “terno Signo de Ar” de Aquário.

Júpiter, o benevolente, gentilmente sorri para seus filhos e os abençoa abundantemente, ainda assim, empunha o método de aprendizagem duro, insistente, repetitivo – da dor, sob cujos golpes poderosos a armadura do “eu”[13] é quebrada na forja da tristeza e angústia profundas, e a Alma (a quintessência dessa aprendizagem) é “forjada em ouro vivo”. Quando os pais de Leonatus chamam Júpiter para libertar seu filho aprisionado, o “deus” fala:

“Seu filho humilde, nossa divindade será elevada,

Seu conforto prosperará, suas provações são bem aproveitadas,

Ele será o protetor de Lady Imogen,

E muito mais feliz por sua aflição causada”.

Os críticos que professam o Cristianismo Exotérico ficam intrigados com o fato de o “deus” greco-romano Júpiter ser invocado na Grã-Bretanha celta; e eles acusam Shakespeare de confundir os “deuses” do Olimpo grego com aqueles que eram adorados nos bosques druidas, e o desculpam alegando que ele não teve uma educação clássica. Mas, como vimos antes, o drama Cimbelino é uma exposição da Astrologia Esotérica e de sua referência profética à evolução humana. Somente através da mediação da Ciência Divina podemos compreender as muitas alusões a Júpiter, contidas na peça. Leonatus, o indivíduo, é libertado da prisão, salvo da morte, reintegrado com honra, reunido com sua esposa, por meio da proteção de sua estrela vital, Júpiter. “Nossa estrela jovial reinou em seu nascimento” – assim o “deus” apazigua a ansiedade dos pais. Na linguagem astrológica, deveríamos dizer que Júpiter era o Planeta que estava no Ascendente no horóscopo de Leonatus Posthumus, e que a influência protetora do grande Planeta da benevolência deve, finalmente, salvá-lo de todas as vicissitudes. Um Júpiter com Aspectos benéficos na 12ª Casa indica que o nativo triunfará sobre todos os seus inimigos. Portanto, parece que a “estrela jovial” no Ascendente de Leonatus está posicionada na 12ª Casa, próximo da cúspide da 1ª Casa.

Estamos tão acostumados a considerar Júpiter como o grande benfeitor, que irradia seus filhos e os abençoa com abundância, que tendemos a esquecer sua regência sobre Peixes, o Signo das lágrimas e da tristeza e angústia profundas. Júpiter é o grande benfeitor e, não só por isso, mas por ser o grande disciplinador, o que corrige tenazmente. “A quem mais amo, eu crucifico”[14]. Os golpes do método de Júpiter são terríveis, mas as correntes do “eu”, que nos mantêm em cativeiro, são tão fortes, que só golpes poderosos podem quebrá-las. Somente quando nossos olhos forem lavados em lágrimas é que eles poderão ver o sorriso paternal no semblante do “deus”. Júpiter é o Planeta da opulência, e não apenas para o indivíduo Leonatus Posthumus, mas também para todo povo ocidental, ou seja, para a Humanidade leonina-aquariana, ele promete “paz e abundância”. Contudo, isso não é uma opulência de coisas materiais: Júpiter, o magnânimo, torna o coração grande e amplo para que ele possa conter uma medida plena de compaixão, a força mágica por meio da qual somente a regeneração pode ser operada; pois o benevolente governante do profundamente triste e angustiado Signo de Peixes castiga seus filhos a fim de regenerá-los. O ser humano não pode atender aos requisitos evolutivos da terceira fase ou Era de Aquário dessa Dispensação que ocorre na Época Ária, pois o Evangelho do amor universal fraterno não deve ser somente pregado, mas vivido; a exceção é se o ser humano se purificar e se regenerar, de acordo com os ideais expostos no Signo de Peixes e no seu oposto, o Signo de Virgem.

Virgem é o Signo da Mãe Divina, da Imaculada Concepção e do Serviço. Por meio do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta no irmão e na irmã – que é a base da Fraternidade – a Humanidade aquariana deve expressar a sua evolução; tal qual o amor de uma mãe, que é todo abrangente, todo compreensivo e que tudo suporta, o amor de cada um deve abranger a todos, puro e altruísta. “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus[15]. A Mãe Divina é uma mãe virgem, aquela pureza de coração da qual brota um amor tão altruísta que não é possível abrir a visão espiritual para a percepção de Deus, enquanto a guerra dos sexos continua; enquanto um padrão estabelecido pelo ser humano sob Touro-Escorpião justifica a conduta do homem, naquilo que condena na mulher; e enquanto a santa palavra do amor é usada com sacrilégio para a emoção inferior da paixão sexual. As lágrimas derramadas na escuridão e na escravidão de Peixes são para purificar a alma das manchas causadas pelos erros cometidos pelo homem à mulher e pela mulher ao homem por meio do abuso da força sexual. Na obra “Sonho de uma Noite de Verão”, é-nos mostrado como é sagrado o uso correto dessa força sexual, de acordo com os ditames do verdadeiro amor e com o propósito de fornecer Corpos para as Almas que chegam; como o casamento, como um Sacramento – o do Matrimônio –, é favorecido e protegido tanto pelas Forças da Natureza quanto pelos “deuses”. Em Cimbelino, o homem Jachimo, que tenta em vão seduzir a pura Imogen à infidelidade contra seu marido Leonatus, é forçado a reconhecer ao rei:

Fui ensinado

Da sua filha casta

A grande diferença

Entre amoroso e o vilão”.

Shakespeare usa a palavra “amoroso” em seu sentido original, que é “sentindo ou demonstrando amor” ou “fortemente movido pelo amor”. Quando motivada pelo amor entre um homem e uma mulher, e prometendo amor à Alma que precisar renascer aqui, a união sexual é um mistério muito sagrado, mantido diante do próprio altar da Mãe Divina, a própria Virgem Imaculada. Aquele que é concebido com amor, e não com paixão, é concebido imaculadamente. Tal como nos dias anteriores à “Queda do Homem”, quando os Anjos dirigiam o ato sagrado da procriação, o homem e a mulher que amorosamente oferecem ao Ego que espera a oportunidade de renascer aqui, prestam um serviço aos guardiões da evolução humana, servindo no templo da Virgem Mãe. A virgindade encontra a sua máxima expressão no Regozijo arrebatador de dar – um sentimento inestimável que leva as pessoas a perceberem o verdadeiro sentido da vida e o seu impacto na vida dos outros –, para que o grande propósito da vida criadora possa ser servido. “Quando dou algo, dou-me por inteiro!”[16]Júpiter, que em Exaltação quando está em Câncer é, também, o guardião da fecundidade. Na mitologia grega ele é o deus-criador e Ceres-Virgem, a Mãe Divina, é sua irmã. Apertada no seu coração, Ceres segura uma criança ou um feixe de trigo; coelhos brincam na bainha de sua roupa; ela está profundamente conectada com a terra; seu amor envolve e irradia todas as coisas vivas. Ela é a Mãe-Terra, ao mesmo tempo que é a Mãe universal, a Mãe celestial. Seus servos devem ser virgens, “puros de coração”; sua flor é o narciso branco, em forma de estrela com um centro dourado. Virgem é um Signo de Terra, mas simboliza a pureza da Imaculada Conceição sob o ideal do serviço amoroso, e Maria, a Virgem Mãe do Salvador, se autodenominava de “uma serva do Senhor[17].

O Signo de Peixes, por onde o amor paterno de Júpiter zela pelo processo de regeneração por meio do sofrimento, e onde ocorre a transmutação da paixão em compaixão, está indissoluvelmente ligado a Virgem, onde a Mãe Divina ensina como se purificar por meio do serviço. A paixão separa; provoca a guerra dos sexos entre si; causa guerras entre as nações. A compaixão unifica. A autogratificação destrói; o serviço constrói e desenvolve. O ideal de Cristo é a unidade. A consequência mais grave da separação por meio do sexo é a separação através da morte. Mediante a compaixão e o serviço (amoroso e desinteressado, focado na divina essência oculta em cada um de nós – que é a base da Fraternidade –, ao irmão e à irmã) aprendidos em Peixes-Virgem formamos o Corpo-Alma, assexuado e imortal, que nos elevará ao “ar”[18] de Aquário.

Ele veio como um trovão; sua respiração celestial

Tinha cheiro sulfuroso; a águia sagrada

Inclinou-se para nos acompanhar: sua ascensão é

Mais doce que nossos campos abençoados; seu pássaro real

Poda a asa do Imortal e sacia seu bico,

Como quando seu deus está satisfeito”.

O deus-criador, Júpiter, se revela aos seus servos, os amantes virgens, e os eleva da tristeza e angústia profundas da carne e da escravidão nas paixões do Corpo Denso para o “teto radiante” de um Novo Céu sobre uma Nova Terra. Lá está o “ar terno” de Aquário, doce como o sopro de mil flores, na glória iridescente do céu uraniano, luminoso com o brilho suave de uma luz que nunca se apaga, uma Humanidade regenerada abrirá as asas da imortalidade: não mais vestida em peles vis e perecíveis, mas em Corpos-Alma etéricos e imortais, a Humanidade será libertada da “busca do homem e da mulher”; e seres sempre jovens, alados e adoráveis em suas vestes nupciais douradas, viverão em paz além da compreensão e em abundância além dos limites.

A ave real da ascensão, cujas “asas imortais” transporta o “deus” e aqueles que o servem para o “palácio cristalino”, é a águia de Escorpião. Através da geração Escorpião trata a morte; através da regeneração de Escorpião se dá a imortalidade, e Urano, o Planeta alado, o Regente do Signo de Aquário e da Era de Aquário, quando nossos Corpos se elevam para além da “humilhação” do sexo, será semelhante ao “corpo glorioso” de Cristo – Urano está em Exaltação, quando em Escorpião. A paixão sexual causou a “Queda do Homem”; é “vil”, pois persegue o outro para fins egoístas. A mulher deveria ser a guardiã de seu irmão, o homem deveria ser o guardião do santuário de sua irmã; em vez disso, o homem e a mulher caçam um ao outro, traem um ao outro, mancham um ao outro e usam um ao outro para a gratificação do “eu inferior”. Antes que a ascensão se torne possível, a paixão deve ser transmutada em amor Crístico com virgem pureza e estar liberta dessa condição. “Amoroso” significa “sentindo ou demonstrando amor” ou “fortemente movido pelo amor”. Na plenitude do seu amor altruísta, Imogen, a casta, e Leonatus, o compassivo, servem não apenas um ao outro, mas também ao propósito cósmico do deus-criador em cujo “templo eles se casaram”.

Escorpião, rastejando na lama, tem um ferrão que mata; Escorpião, regenerado na águia, tem asas que se elevam para a imortalidade. Antes que o ideal Crístico de perfeita unidade possa ser vivido na Terra, o último e maior inimigo separatista, que é a morte, tem que ser vencido. A morte está ligada ao sexo e, para vencê-la a Humanidade deve superar pelo poder mental ou moral o sexo. A virgindade é uma atitude mental, mas ao que tudo indica, é um estado mental mais difícil de adquirir do que qualquer outro, pela principal razão de que a Humanidade não compreenderá a santidade da função procriadora e de tudo o que lhe diz respeito. Nos tempos anteriores à “Queda do Homem” o acasalamento acontecia nos Templos. E no Templo da nossa consciência interior deveríamos considerar sagrado o amor entre o homem e a mulher, como uma capacidade, uma condição ou um estado de agir ou de exercer poder como o das Hierarquias Criadoras. Jachimo não é mau; ele é meramente frívolo e faz como todo mundo faz. No entanto, o maior mal em todo o mundo é causado por essa frivolidade nas questões sexuais. Ele se considera um cavalheiro irrepreensível, em seu cavalheirismo para com as mulheres; ele ficaria horrorizado diante de roubo ou assassinato, mas não percebe que toda vez que usa a força sexual para o prazer e sem amor, ele oferece um insulto mortal a sua esposa-irmã e comete um pecado, cuja consequência é a morte. A união como um Sacramento entre um homem e uma mulher, para que os dois se devam manter puros e imaculados: é isso que Jachimo não sabe.

Ele gosta de se divertir na companhia de mulheres, vaidosas e fracas ou confiantes e equivocadas por seus modos polidos; na companhia de homens, ele se refere com desprezo àquilo que deveria ser considerado sagrado e debocha, abertamente, em alusões a assuntos que deveriam ser tratados por uma dignidade muito acima humor cínico. Ele é tipicamente uma pessoa comum. Mas ele se interessa pela castidade de Imogem e pela fidelidade de Leonatus e aprende com esse a reconhecer a santidade do amor entre homem e mulher e a dignidade da função criadora. Ele muda sua atitude mental e, assim, ele dá o primeiro passo para a regeneração. Mercúrio, o Planeta da Mente, está em Exaltação quando em Virgem, o Signo da pureza, do serviço e da Imaculada Concepção. Quando a Mente tiver compreendido, definitivamente, a santidade do ato criador, então, começa a transmutação do Corpo; e não está longe o tempo em que o sexo cessará e a criação por meio da “palavra” será um processo apenas da vontade da Mente.

Leonatus Posthumus que, junto com Imogen, muda toda a perspectiva mental do cínico Jachimo, é descrito como um ser de uma nova ordem. Jachimo diz dele:

Ele se senta entre os homens como um deus descendente;

Ele tem uma espécie de honra que o destaca

Mais do que uma aparência mortal.

Ele tem uma nobreza natural de porte e caráter, em comparação com a qual Jachimo renuncia a qualquer pretensão à aristocracia.

Cavalaria e honras recebidas

Enquanto eu uso os meus títulos, mas de desdém.

Leonatus – nascido de um leão – natural de Leco! Com o selo radiante de Júpiter na testa! Pois nos lembramos das palavras do “deus”:

“Nossa estrela Jovial reinou em seu nascimento”.

Imogen fala de seu “rosto Jovial” e, novamente, ouvimos Jachimo:

Um senhor mais nobre nunca viveu

Entre o Céu e Terra

* * *

Ele é bom demais para estar

Onde estão os homens doentes, e é o melhor de todos

Entre os mais raros dos bons.

Ele tem o Signo de Leão no Ascendente e o Planeta Júpiter no Ascendente e expressa as melhores e mais nobres qualidades, que é possível desenvolver sob a influência da estrela e do Signo real, e num laço mais elevado da espiral do que o mero humano; ele atingiu tal perfeição que não é mais humano, mas super-humano, e cresce além do Leonatus individual, até se tornar o representante de um tipo novo e superior, o Leonati da Era de Aquário.

Estes Leonati, como verdadeiros seguidores de seu Mestre – o Leão, da tribo de Judá – viveram a vida de Cristo porque, por meio da pureza, da compaixão e do serviço, eles desenvolveram o poder de Cristo Interior. Nenhuma manifestação maior desse poder é possível do que por meio da obediência ao mandamento “ama os teus inimigos[19], que o ser humano considera impossível de cumprir até que o seu coração bata em sintonia com o Coração do Sistema Solar, de onde veio o Cristo. Para o inimigo que mais o prejudicou, Leonatus não tem censura, apenas essas palavras:

Não se ajoelhe diante de mim.

O poder que tenho sobre você é de poupá-lo,

A malícia para com você é de perdoá-lo: – viva

E trate melhor os outros.

Seu exemplo, o do verdadeiro pioneiro em Mente e Espírito, é tão poderoso que o Rei Cimbelino liberta todos os prisioneiros com essas palavras:

Aprendemos nossa liberdade

De um genro.

Perdão é a palavra para todos.

Leonatus é libertado da escravidão da Era de Peixes e conduz seus irmãos à liberdade e à unidade. Ele impressiona até mesmo seu carcereiro, que o dispensa, com as palavras:

Eu gostaria

Que todos tivessem a mesma opinião,

E uma Mente boa.

Palavras notáveis em um carcereiro e expressivas do grande anseio espiritual predominante no final da Era de Peixes. Leonatus e Imogen estão entre os primeiros frutos amadurecidos no Sol de Aquário-Leão, que começou a brilhar dentro deles muito antes de seus raios atingirem a Humanidade comum.

Deuses, coloquem a força

Dos Leonati em mim!

Para envergonhar a aparência do mundo, começarei

A moda, – menos fora e mais dentro.”

Assim vai Leonatus, consciente de sua missão, na batalha contra os principados da velha ordem, simbolizada pelo declínio do Império Romano. A força dos Leonati é o poder de Cristo nascido nos corações dos Filhos de Leão.

PARTE 7 – LEONATUS: O ABANDONO IMINENTE DO CORPO DENSO

Como “as espirais dentro de espirais” são os aspectos simbólicos assumidos pela personagem de Leonatus! O poeta faz dele, juntamente de sua contraparte feminina, a casta Imogen, o portador e representante de grandes verdades evolutivas e a principal delas conduz ao próprio centro da nossa Religião Cristã.

Shakespeare, como Iniciado da Ordem Rosacruz, sabia que “A Bíblia foi dada ao Mundo Ocidental pelos Anjos do Destino” e que ela contém todo o conhecimento necessário para o nosso desenvolvimento em conformidade com as leis da nossa evolução.

Como já foi dito, Leonatus significa “Aquele que nasceu de um Leão” e ouvimos um verdadeiro eco da Bíblia quando lhe dirigimos estas palavras: “Tu, Leonatus, és o filho do Leão”. No capítulo 49 do Livro do Gênesis, Jacó abençoa os seus doze filhos, os progenitores das doze tribos de Israel e, dirigindo-se a Judá, diz: “Judá é um filho de Leão”. Devemos lembrar que a Bíblia, tanto na sua história como nas suas partes proféticas, está majoritariamente escrita na linguagem do simbolismo astrológico.

A história e a profecia bíblicas são os relatos das fases pelas quais a evolução humana passou no passado e deve, para alcançar a perfeição, passar no futuro. A evolução humana segue o caminho precessional do Sol e depende, no seu progresso, do desenvolvimento sucessivo de certas qualidades que são governadas e, simbolicamente, representadas por certos Signos do Zodíaco e seus Regentes planetários.

O Sol, por Precessão dos Equinócios, se aproxima do “Signo do Homem nas nuvens”, ou seja, Aquário, e já está dentro da sua Órbita de Influência; o complemento de Aquário é Leão; as faculdades leoninas-aquarianas misturam-se e são inseparáveis umas das outras, como vimos em relação às propriedades piscianas de Virgem e como é o caso de Touro-Escorpião e de todos os Signos que nunca desempenham a sua missão evolutiva isoladamente, mas sempre em pares de opostos ou complementos, oferecendo os aspectos masculino e feminino, os polos positivo e negativo de um mesmo princípio. Leonatus e “o pedaço de ar tenro”!

Não pretendemos ter qualquer conhecimento das miríades de Sistemas Solares fora do nosso, mas sabemos que no nosso Sistema Solar prevalece esta lei: Como em cima, assim é em baixo. O microcosmo, o pequeno mundo do ser humano, corresponde ao macrocosmo, que é o grande mundo das nossas estrelas. O Sol é o coração do nosso Sistema Solar, cujas forças pulsantes e correntes circulantes de vida são reguladas por este Grande Coração, distribuídas por ele, alimentadas através dele, chamadas de volta para ele e enviadas dele novamente para todas as partes.

O ser humano sente as batidas do seu coração no seu pulso; e no pulso da vida que palpita através da nossa Terra bate o coração cósmico, o Sol. O Zodíaco é chamado de o Grande Ser humano do nosso Universo e este Grande Ser humano tem o seu coração em Leão; isso significa que as funções do Sol, como Coração cósmico, estão em correspondência com as forças da vida cósmica que trabalham através do Signo de Leão. Da mesma forma, o nosso coração humano, como representante microcósmico do Sol, não pode deixar de estar ligado a Leão.

O Sol, ou coração macrocósmico, e o coração humano, ou microcósmico, e o Signo de Leão formam uma trindade; o princípio espiritual que subjaz a cada um dos três aspectos é o amor unificador. O Espírito do Sol é o Cristo e a estrutura do Cristo é o amor; portanto, quando o Sol, por Precessão dos Equinócios, passar por Aquário-Leão, devemos sintonizar os nossos corações com o amor Crístico e a tremenda velocidade das vibrações de amor geradas no coração humano vai libertá-lo da sujeição à matéria, convertê-lo em um músculo voluntário e torná-lo o mestre do Corpo Denso aperfeiçoado.

Cada uma das doze tribos israelitas representa um Signo do Zodíaco e as propriedades evolutivas específicas a serem desenvolvidas através dele. No centro está Judá, o Leão, que recebe uma promessa além da bênção que o Pai, Jacó, concede a todos os seus filhos. Cada um dos doze é abençoado; ou seja, cada Signo tem sua importância particular no processo de evolução, mas para a Humanidade esse processo culmina em Judá, o Leão, o Signo do coração.

E Jacó chamou seus (doze) filhos e disse: ‘ajuntai-vos para que eu vos diga o que vos acontecerá nos últimos dias. Judá, os teus inimigos te louvarão, os filhos de teu pai se curvarão diante de ti; (…) Judá é um filhote de leão e ele se abaixou, ele se agachou como um leão e como uma leoa o cetro não se afastará de Judá, nem o cajado de governante deixará seus pés até que o Príncipe da Paz (Siló) venha, e a Ele o povo obedecerá” (Gen 49:1-28). Essas palavras, frequentemente citadas e raramente compreendidas, são as maiores entre as chamadas profecias messiânicas; a saber, aquelas passagens do Antigo Testamento que se referem à vinda de Cristo Jesus e à Era de Aquário-Leão.

A tarefa evolutiva da Humanidade durante esta Era em que entraremos em breve é aperfeiçoar o Corpo Denso e sublimá-lo para que o Ego possa deixá-lo de lado para sempre e funcionar no Corpo Vital. Aperfeiçoar uma coisa significa terminá-la, completá-la. Nosso Corpo Denso ainda não está concluído; o feito máximo em seu desenvolvimento ainda precisa ser realizado e o requisito para que sua perfeição seja alcançada sob Leão-Aquário é a conversão do coração, de músculo involuntário em músculo voluntário.

Sabemos que a nossa constituição é sétupla, consistindo no Tríplice EspíritoEspírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino —, no Tríplice Corpo (Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos) e na conexão entre todos eles, que é a Mente. O Tríplice Espírito somos nós, o Ego (o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui) e controla, ou deveria controlar, o Tríplice Corpo através da Mente; mas infelizmente o Corpo de Desejos tem uma vontade própria que afirmou pela “Queda do Homem” e essa vontade, inferior ou de desejo, que está centrada no próprio Corpo de Desejos, sobrepôs-se à vontade superior da Mente. Como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos, “a Mente está limitada pelos desejos, submersa na egoísta natureza inferior, o que torna difícil ao Espírito o governo do Corpo. A Mente, o foco – que deveria se aliar à natureza superior, se afastou e está unida e secretamente trabalhando com a natureza inferior – escrava do desejo.”.

Se nós, o Ego, quiséssemos tornarmos o senhor dos nossos Corpos e assegurar a cooperação voluntária deles, teríamos de encontrar no Corpo Denso um ponto de vantagem que não estivesse sob a influência da natureza do desejo. Todos os músculos voluntários são expressões de Corpo de Desejos; portanto, o Ego deve controlar um músculo que seja involuntário e ainda assim conectado com o sistema nervoso voluntário. Tal músculo é o coração. Os músculos involuntários são formados por estrias longitudinais e estão conectados com funções que não estão sob o controle da vontade, como a digestão, a respiração e outras. Os músculos voluntários são aqueles que são controlados pela vontade através do Sistema Nervoso voluntário, como os músculos da mão e do braço. Eles são listrados tanto longitudinalmente quanto transversalmente. Isso é verdade para todos os músculos do corpo, exceto o coração, que é um músculo involuntário. Normalmente, não podemos controlar a circulação. Em condições normais, o batimento cardíaco é uma quantidade fixa, mas, para perplexidade dos fisiologistas, o coração é cruzado-listrado como um músculo voluntário.

O cientista ocultista sabe que, quando o Ego procurou pela primeira vez uma fortaleza no coração, este último era listrado apenas longitudinalmente, como qualquer outro músculo involuntário; mas à medida que o Ego ganhou mais e mais controle sobre o coração, as listras transversais foram gradualmente desenvolvidas. Elas não são tão numerosas nem bem definidas como nos músculos sob o controle total do Corpo de Desejos, mas à medida que os princípios altruístas de amor e fraternidade aumentam em força e gradualmente dominam o desejo, essas listras cruzadas também se tornarão mais numerosas e marcadas, até que prevaleçam e o coração, livre do desejo-emoção-sentimento egoísta, agirá inteiramente de acordo com os ditames da amorosa Vontade de Cristo.

O trabalho ativo do Ego está no sangue. Agora, se excluirmos os pulmões, o coração é o único órgão por onde passa todo o sangue. O coração é a porta de entrada do sangue que nutre todas as partes do corpo. E este sangue nutritivo que alimenta e sustenta a vida de todo o organismo físico é, nas palavras de Max Heindel, “a expressão mais elevada do Corpo Vital”. Espírito de Vida e Corpo Vital! Seus nomes são indicativos. O Corpo Vital, governado pelo Espírito de Vida, é o meio para o funcionamento da vida no organismo humano. À medida que o sangue passa pelo coração, a morada do Espírito de Vida, ciclo após ciclo, hora após hora, durante toda a vida, ele entra em contato mais próximo com o Espírito de Vida, o Espírito de Amor e Unidade; portanto, o coração é a morada do amor altruísta que, por meio do sangue, é transmitido gradualmente a cada célula do nosso Corpo Denso.

Max Heindel diz: “Os fisiólogos notam que certas áreas do cérebro estão dedicadas a determinadas atividades mentais. Os frenólogos levaram esse ramo da ciência ainda mais além. Sabe-se também que o pensamento destrói o tecido nervoso e que esse desgaste do Corpo, como qualquer outro, é restaurado pelo sangue. Quando o coração se converter em músculo voluntário, a circulação do sangue ficará completamente sob o domínio do unificante Espírito de Vida, o Espírito do Amor. Então, terá o poder de impedir que o sangue flua a essas partes do cérebro dedicadas a propósitos egoístas. Esses centros mentais irão se atrofiando gradualmente.”.

“Por outro lado, ser-lhe-á possível ativar o sangue quando as elaborações mentais foram altruístas, o que restaurará e vigorizará esses centros. A natureza passional será conquistada e, pelo Amor, a Mente será emancipada da escravidão do desejo. Só se emancipando completamente pelo Amor, o ser humano poderá se elevar além da lei e se converter, ele mesmo, numa lei. Tendo-se conquistado a si, conquistará então todo o mundo.”. E logo que se torna o conquistador do Mundo Físico, pelo domínio do Corpo Denso, já não precisa do Mundo Físico como Campo de Evolução, nem do Corpo Denso como instrumento de experiência evolutiva.

A perfeição das qualidades do coração em Leão-Aquário está correlacionada com a elevação dos nossos Corpos para o ar, onde nos encontraremos com Cristo na Sua segunda vinda. Aperfeiçoar e abandonar um Corpo é o mesmo fato evolutivo apresentado em duas fases. Logo que um dos nossos veículos é aperfeiçoado, é também abandonado; isto é, destruído para sempre na sua forma; e sua essência é incorporada no veículo seguinte. Quando a Humanidade tiver aperfeiçoado os seus Corpos Densos, eles serão postos de lado para sempre; terão então servido ao seu objetivo evolutivo e não serão mais necessários. Essa perfeição deve ser alcançada durante a chamada Metade Mercurial do Período Terrestre, que é onde nos encontramos agora; no próximo Período, o de Júpiter, funcionaremos então em Corpos Vitais.

A evolução do Período de Júpiter tem seu campo na Região Etérica do Mundo Físico. Por conseguinte, não é possível utilizar aí o Corpo Denso, pois na Região Etérica só pode ser utilizado um Corpo Vital. “A Natureza nada desperdiça. No Período de Júpiter, as forças do Corpo Denso, por adição, completarão as do Corpo Vital. Esse veículo possuirá, além das próprias faculdades, os poderes do Corpo Denso. Será um instrumento muito mais útil para expressão do Tríplice Espírito do que limitado somente às próprias forças do veículo”.

Essa transmutação do Corpo Denso em Corpo Vital será realizada através da libertação do coração durante a era precessional de Leão-Aquário e, embora não seja dada qualquer informação definitiva, é sugerido que entraremos no Período de Júpiter por meio das portas de Capricórnio-Câncer.

Como as leis da evolução operam maravilhosamente! Enquanto aperfeiçoamos um veículo, ao mesmo tempo preparamos o próximo e superior para uso do Ego. Pureza, temperança, abnegação e serviço amoroso e desinteressado – portanto, o mais anônimo possível – focado na divina essência oculta em cada um de nós (que é a base da Fraternidade) e para com o irmão ou a irmã que está ao nosso lado refinam o nosso Corpo Denso e trabalham para a libertação do coração; simultaneamente constroem o Corpo Vital, de modo que, quando deixarmos o Corpo Denso pela última vez possamos ter a nova vestimenta pronta para nos vestir. Isso explica como são inúteis todos os preceitos que ensinam a desenvolver o Corpo Vital e seus centros de consciência, enquanto pecam gravemente contra as Leis de Pureza e Serviço (amoroso e desinteressado – portanto, o mais anônimo possível – focado na divina essência oculta em cada um de nós (que é a base da Fraternidade) e para com o irmão ou a irmã que está ao nosso lado) que governam a perfeição do Corpo Denso.

Quando formos capazes de, por imposição do coração liberto, enviar o amor de Cristo para todas as células do corpo e, através dessa faculdade de Cristo, transmutar todas as células do Corpo Denso, então teremos de fato o Cristo dentro de nós – o Cristo Interno! O primeiro Corpo Denso que realizou a façanha da ação voluntária do coração foi o de Jesus, chamado pelo apóstolo de primícias. Seu pai e sua mãe eram “o leão e a leoa da tribo de Judá”, a tribo que representa o Signo de Leão. José, o homem puro e evoluído pela influência de Leão, uniu-se a Maria, a mulher pura e evoluída pela influência de Aquário. Livres da paixão sexual, entregaram-se castamente em espírito de serviço e sacrifício para que o grande Ego chamado Jesus pudesse ter material para modelar o seu Corpo Denso e seu Corpo Vital perfeitos. Daí surgiu o filhote de Leão, o verdadeiro “Leo-Natus”, o jovem leão de quem o salmista canta.

Jovem com a juventude de uma nova época, forte com o amor que preenchia cada fibra do seu Corpo radiante, assim Jesus triunfou! E, triunfante, rompeu os sete selos de que fala o Apocalipse. Os sete selos são os nossos sete veículos. A menos que o primeiro selo fosse rompido — isto é, que o Corpo Denso fosse expulso —, a evolução humana teria de permanecer um livro fechado. A evolução humana ascendente e simbolizada na quebra dos sete selos é o sucessivo aperfeiçoamento e abandono dos sete veículos, até que a essência de cada um seja atraída para o Espírito e o Espírito seja atraído para Deus. A profecia do Gênesis encontra o seu cumprimento no Apocalipse, onde lemos no capítulo quinto: “Eis que o Leão pertencente à tribo de Judá triunfou, abrirá o livro e romperá os seus sete selos.” (Apo 5:5).

“Como em cima, assim é em baixo” — Cristo, o Espírito do Sol que veio do coração do nosso Universo, tinha que funcionar em um Corpo Denso, se quisesse cumprir a Sua missão redentora na Terra; mas o Corpo Denso, para poder conter este grande Espírito e se manter sob as Suas poderosas vibrações, precisaria estar sintonizado com elas. Isso só seria possível no seu mais alto grau de perfeição, que é representado pelo controle total da ação do coração e da circulação do sangue.

O coração de Jesus tinha que bater em sintonia com o Espírito do Sol para continuar pulsando sob os impactos da tremenda taxa de vibração peculiar ao Cristo. As vibrações internas que encontraram o Espírito do Cristo tinham que ser do mesmo tom das vibrações externas que o Espírito do Cristo trouxe, senão o Corpo Denso de Jesus, em vez de receber o Cristo no batismo, teria sido desfeito ao contato com Ele, como as muralhas de Jericó. Como é que Jesus atingiu essa perfeição absoluta? Como é que ele libertou o seu coração? Não foi concentrando-se na perfeição do seu Corpo Denso, mas renunciando a ele em uma disponibilidade suprema para o serviço e o sacrifício. E o Espírito de Cristo, que veio habitar o Corpo Denso de Jesus, Corpo que, embora perfeito para os humanos, foi uma prisão para Ele, deixou, por sua vez, mundos de felicidade indescritível e caminhos de glória espantosa para nos servir e salvar.

Tanto o Espírito Solar, o Cristo, quanto o homem Jesus tinham a mesma estrutura; em um vibrava o coração do Sistema Solar, no outro, o coração do ser humano; nos dois temos o serviço amoroso e desinteressado – portanto, o mais anônimo possível – focado na divina essência oculta em cada um de nós (que é a base da Fraternidade) e para com o irmão ou a irmã que está ao nosso lado. A pureza e a compaixão, o serviço e o autossacrifício devem ser aprendidos através de Virgem-Peixes como os únicos fatores que podem realizar a libertação do coração. Jesus não foi Cristo, mas foi semelhante a Ele e por isso atraiu o Espírito de Cristo para si.

Sejamos muito claros sobre estes pontos importantes! A tarefa evolutiva da Nova Era é a perfeição do Corpo Denso; a exigência evolutiva é a libertação do coração; o método evolutivo é o Serviço caracterizado indistintamente como o amoroso e desinteressado – portanto, o mais anônimo possível – focado na divina essência oculta em cada um de nós (que é a base da Fraternidade) e para com o irmão ou a irmã que está ao nosso lado. FIM


[1] N.T.: já que a estação de verão do hemisfério norte se inicia em junho.

[2] N.T.: Ato I – Cena I

[3] N.T.: Ato IV – Cena II

[4] N.T.: Capítulo III – O Ser Humano e o Método de Evolução – O Primeiro Céu

[5] N.T.: A Era de Touro na Época Atlante.

[6] N.T.: Capítulo X do Livro Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz: CAPÍTULO X – A PRÓXIMA ERA

Quando falamos da “Próxima Era”, “do Novo Céu e da Nova Terra” mencionados na Bíblia e, também, da “Era de Aquário”, as diferenças entre elas podem não ser claras nas Mentes dos nossos Estudantes Rosacruzes. A confusão dos conceitos é um dos campos mais férteis para a falácia, e os Ensinamentos Rosacruzes procuram evitar isso usando uma nomenclatura ou um conceito particularmente definido. Algumas vezes, um esforço extra se faz necessário para dissipar a confusão ou a distorção gerada por concepções nebulosas engendradas por outros, tão sinceros como o presente escritor, porém, não tão afortunados em ter acesso aos incomparáveis Ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Em nossa literatura aprendemos que quatro grandes Épocas de desenvolvimento gradual precederam a atual ordem das coisas; que a densidade da Terra, suas condições atmosféricas e as Leis da Natureza que prevaleciam numa Época eram tão diferentes das de outras Épocas, como a correspondente constituição fisiológica da Humanidade em uma Época era bem diferente das de outras Épocas.

Os corpos de ADM (o nome significa terra vermelha), a Humanidade da ígnea Lemúria, foram formados do “pó da terra”, da lama vermelha, quente e vulcânica, e estavam adaptados ao meio ambiente deles. A carne e o sangue teriam se atrofiado e se enrugado, especialmente pela perda de umidade, no calor intenso daqueles dias e, embora adaptados às condições presentes, São Paulo nos diz que “eles não podem herdar o Reino de Deus” (ICor 15:50). É evidente, portanto, que antes que uma nova ordem de coisas possa ser inaugurada, a constituição fisiológica da Humanidade precisa ser radicalmente alterada, isto sem mencionar a atitude espiritual. Serão necessários milhões de anos para regenerar toda a Onda de Vida humana e torná-la apta a viver em corpos etéricos (Corpos Vitais).

Por outro lado, nem mesmo um novo ambiente surge de um momento para o outro, mas a terra e os povos vêm evoluindo juntos, desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando a neblina da Atlântida começou a assentar, alguns dos nossos antepassados já haviam desenvolvido pulmões embrionários, e foram compelidos a subir para as montanhas muito antes de seus pares ou companheiros. Eles vagaram pelo “deserto” enquanto a “Terra Prometida” estava emergindo das névoas mais tênues e, ao mesmo tempo, seus pulmões em crescimento estavam os preparando e os ajustando para viverem sob as condições atmosféricas atuais.

Mais duas Raças nasceram nas bacias da Terra, antes que uma sucessão de inundações os forçasse a ir para as montanhas; a última inundação aconteceu no momento quando o Sol entrou no Signo aquoso de Câncer, há cerca de dez mil anos atrás, como disseram os sacerdotes egípcios a Platão. Como vimos, não há uma mudança súbita no organismo humano ou no meio-ambiente para toda a Onda de Vida humana, quando uma nova Época é introduzida, mas uma sobreposição de condições que tornam isso possível para a maioria dos seres da Onda de Vida humana, por meio de um ajustamento gradual para entrar na nova condição, embora a mudança possa parecer súbita ao indivíduo que fez toda a mudança preparatória inconscientemente. A metamorfose do girino, de um habitante do elemento aquoso para um habitante do elemento aéreo, fornece uma analogia do passado, e a transformação de uma lagarta em uma borboleta se elevando pelo ar é uma ilustração apropriada da próxima Era. Quando o celestial marcador do tempo entrou em Áries, por Precessão (Movimento de Precessão dos Equinócios), um novo ciclo se iniciou e as “boas-novas” foram pregadas por Cristo. Ele enfatizou que o Novo Céu e a Nova Terra não estavam ainda prontos, quando disse a Seus discípulos: “Não podes seguir-me agora aonde vou, mas me seguirás mais tarde” (..) (Jo 13:36) “vou preparar-vos um lugar, e quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e vos levarei comigo” (Jo 14:2-3).

Mais tarde São João viu, numa visão, a Nova Jerusalém procedendo do Céu e São Paulo exortou os Tessalonicenses “pela palavra do Senhor” (ITess 4:15) que aqueles que vivem em Cristo, na Sua próxima vinda, deverão ser arrebatados no ar para se encontrarem com Ele e estar com Ele para a Nova Era.

Porém, durante essa mudança, há pioneiros que entram no Reino de Deus antes de seus irmãos e de suas irmãs em Cristo. Cristo disse, no Evangelho Segundo São Mateus 11:12: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele”. Essa não é uma tradução correta. A tradução deve ser: “O Reino dos Céus foi invadido (biaxetai) e os invasores se apoderaram dele”. Homens e mulheres já aprenderam, por meio de vidas santas e baseadas na prestação de serviços e auxílios, a deixar de lado o corpo de carne e de sangue, seja intermitente ou permanentemente, e caminhar pelos céus com pés alados, atentos aos assuntos do Senhor deles, vestidos do etérico “Manto Nupcial” (Corpo-Alma) da Nova Dispensação. Essa mudança pode ser conseguida por meio de uma vida de simples serviço, de ajuda, de auxílio e de oração e prece, como a praticada pelos Cristãos devotos, não importando a que igreja estejam afiliados, assim como por meio dos Exercícios Esotéricos específicos fornecidos pela Fraternidade Rosacruz. Esses Exercícios Esotéricos não trarão nenhum resultado, a não ser que sejam acompanhados por frequentes atos de amor, pois o amor será a palavra-chave da próxima Era, do mesmo modo que a Lei é a palavra-chave da presente ordem. A expressão intensa das qualidades mencionadas acima aumenta a luminosidade fosforescente é a densidade dos Éteres em nossos Corpos Vitais; as correntes ígneas cortam a ligação com os cuidados e as preocupações do dia a dia, e o ser humano, uma vez nascido da água em sua emersão da Atlântida, agora nasce do espírito, para o Reino de Deus. A força dinâmica do seu amor abriu um caminho para a terra do amor, e é indescritível o regozijo daqueles que já se encontram lá quando novos invasores chegam, pois cada um que chega apressa a vinda do Senhor e o estabelecimento definitivo do Reino.

Entre os religiosamente inclinados há um clamor definido e incessante: “Quanto tempo, Oh Senhor, quanto tempo?”. E, apesar da afirmação enfática de Cristo de que o dia e a hora são desconhecidos, mesmo para Ele, profetas continuam ganhando credibilidade quando predizem Sua volta para uma determinada data, embora cada um se frustra quando o dia passa e nada acontece. A questão também tem sido debatida entre nossos Estudantes Rosacruzes, e esse capítulo é uma tentativa de mostrar a falsa ou errada ideia de esperarmos pelo Segundo Advento no próximo ano, nos próximos cinquenta ou nos próximos quinhentos anos. Os Irmãos Maiores se recusam a expressar uma opinião e assinalam só o que deve ser realizado primeiramente.

Nos dias de Cristo, o Sol estava ao redor dos sete graus de Áries. Foram necessários quinhentos anos para, por Precessão, chegar ao décimo terceiro grau de Peixes. Durante este tempo, a nova igreja viveu fases de violência ofensiva e defensiva, justificando bem as palavras de Cristo: “Eu não vim trazer a paz, mas uma espada” (Mt 10:34). Passaram-se mais mil e quatrocentos anos sob a influência negativa de Peixes, que tem fomentado o poder da igreja e sujeitado o povo pelo credo e pelo dogma.

Em meados do último século (Século XIX), o Sol entrou na Órbita de Influência do Signo científico de Aquário e, embora ainda leve cerca de seiscentos anos para que a Era de Aquário comece, é altamente instrutivo notar que mudanças o mero contato com esse Signo tem acontecido e disponibilizadas para o uso no mundo. Nosso limitado espaço nos impede de enumerar os maravilhosos avanços realizados desde então; mas não demais dizer que a ciência, as invenções e a indústria decorrente desse desenvolvimento, tem mudado o mundo completamente, tanto na vida social como nas condições econômicas. Os grandes progressos realizados por meio da comunicação, têm contribuído muito para quebrar as barreiras do preconceito racial, nos preparando para as condições da Fraternidade Universal. Os instrumentos de destruição têm sido elaborados tão assustadoramente eficientes, que as nações militantes serão forçadas, dentro de pouco tempo, a “quebrar as suas espadas, transformando-as em arados, e as suas lanças, a fim de fazerem podadeiras” (Is 2:4). A espada tem tido seu reinado durante a Era de Peixes, mas a ciência governará na Era de Aquário.

Na terra do sol poente podemos esperar vislumbrar as condições ideais da Era de Aquário: uma mescla de Religião e ciência, formando uma ciência religiosa e uma Religião científica, que proporcionarão a saúde, a felicidade e o regozijo de uma vida vivida em sua plenitude.

[7] N.T.: também conhecida como A Tragédia de Cimbelino ou Cimbelino, Rei da Grã-Bretanha, é uma peça de William Shakespeare ambientada na Grã-Bretanha Antiga (sec. 10-14 DC) e baseada em lendas que faziam parte da Matéria da Grã-Bretanha a respeito do início histórico rei celta britânico Cunobeline. Embora seja listado como uma tragédia no Primeiro Fólio, os críticos modernos costumam classificar Cimbelino como um romance ou mesmo uma comédia. Assim como Otelo e The Winter’s Tale, trata dos temas da inocência e do ciúme. Embora a data precisa da composição permaneça desconhecida, a peça certamente foi produzida já em 1611.

[8] N.T.: Vaudeville, uma farsa com música. Nos Estados Unidos, o termo conota um entretenimento leve popular de meados da década de 1890 até o início da década de 1930, que consistia em 10 a 15 atos individuais não relacionados, apresentando mágicos, acrobatas, comediantes, animais treinados, malabaristas, cantores e dançarinos. É a contrapartida do music hall e da variedade na Inglaterra.

O termo vaudeville, adotado nos Estados Unidos a partir do teatro boulevard parisiense, é provavelmente uma corruptela de vaux-de-vire, canções satíricas em dísticos, cantadas em árias populares no século 15 no Val-de-Vire (Vau-de -Vire), Normandia, França. Passou ao uso teatral no início do século XVIII para descrever um dispositivo empregado por atores profissionais para contornar o monopólio dramático detido pela Comédie-Française. Proibidos de representar dramas legítimos, apresentavam suas peças em pantomima, interpretando a ação com letras e refrões de músicas populares. Acabou se desenvolvendo em uma forma de drama musical leve, com diálogos falados intercalados com canções, que era popular em toda a Europa.

[9] N.T.: Joseph Rudyard Kipling (1865-1936) foi um autor e poeta britânico

[10] N.T.: A Canção dos Mortos

Ouça agora a Canção dos Mortos – no Norte, pelas bordas rasgadas do iceberg –

Aqueles que ainda olham para o Polo, adormecidos em seus trenós despidos de couro.

Canção dos Mortos no Sul – ao sol ao lado de seus cavalos esqueletos,

Onde o warrigal choraminga e uiva através da poeira dos cursos dos rios escaldantes.

Canção dos Mortos no Leste – nas cavidades da selva apodrecidas pelo calor,

Onde o macaco-cão late no kloof – no freio dos búfalos.

Canção dos Mortos no Oeste – nos Sertões, o deserto que os traiu,

Onde o carcaju derruba suas mochilas do acampamento e do túmulo que eles fizeram;

 Ouça agora a Canção dos Mortos!

 EU

 Éramos sonhadores, sonhando muito, na cidade sufocada pelo homem;

 Ansiamos além da linha do horizonte, onde as estradas estranhas descem.

 Veio o Sussurro, veio a Visão, veio o Poder com a Necessidade,

 Até que a Alma que não é a alma do homem nos foi emprestada para liderar.

 Assim como o cervo se afasta – como o boi se separa – do rebanho onde pastam,

 Na fé das crianças seguimos o nosso caminho.

 Então a madeira falhou — então a comida falhou — então a última água secou—

 Na fé das crianças, deitamos e morremos.

 Na areia – no lado da savana – no matagal de samambaias nos deitamos,

 Para que nossos filhos possam segui-los pelos ossos no caminho.

 Siga depois – siga depois! Regamos a raiz,

 E o botão floresceu e amadureceu para dar fruto!

 Siga depois – estamos esperando, pelas trilhas que perdemos,

 Pelo som de muitos passos, pelos passos de uma hoste.

 Siga depois – siga depois – pois a colheita está semeada:

 Pelos ossos à beira do caminho, vocês chegarão aos seus!

 Quando Drake desceu para o Horn

 E a Inglaterra foi coroada assim,

 ‘Twixt mares não navegados e costas não exploradas

 Nossa Loja – nossa Loja nasceu

 (E a Inglaterra foi coroada assim!)

 Que nunca mais fechará

 De dia nem de noite,

 Enquanto o homem arriscará sua vida

 Em risco de cardume ou principal

 (De dia nem de noite).

 Mas permanece mesmo assim

 Como agora testemunhamos aqui,

 Enquanto os homens partem, de coração alegre,

 Aventura para conhecer

 (Como agora testemunhe aqui!)

 II

 Alimentamos nosso mar por mil anos

 E ela nos liga, ainda sem comida,

 Embora nunca haja uma onda de todas as suas ondas

 Mas marca nossos ingleses mortos:

 Nós demos o nosso melhor para a agitação da erva daninha

 Ao tubarão e à gaivota.

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Senhor Deus, pagamos integralmente!

 Nunca há uma inundação indo para a costa agora

 Mas levanta uma quilha que tripulamos;

 Nunca há um refluxo em direção ao mar agora

 Mas deixa cair nossos mortos na areia—

 Mas esgueira nossos mortos nas areias,

 Dos Ducados ao Swin.

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Senhor Deus, nós pagamos!

 Devemos alimentar o nosso mar durante mil anos,

 Pois essa é a nossa desgraça e orgulho,

 Como foi quando navegaram com o Golden Hind,

 Ou os destroços que atingiram a última maré—

 Ou os destroços que jazem no recife jorrando

 Onde as horríveis luzes azuis brilham.

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Se o sangue for o preço do almirantado,

 Senhor Deus, compramos justo!

[11] N.T.: semente do que se tornou, depois, a ONU.

[12] N.T.: Atualmente, estamos nos últimos graus da Era de Peixes.

[13] N.T.: a que se refere ao “eu inferior” e não ao “Eu superior”.

[14] N.T.: Apo 3:19

[15] N.T.: Mt 5:8

[16] N.T.: do poema Song of Myself, part 40 de Walt Whitman (1819-1892) – poeta, ensaísta e jornalista americano.

[17] N.T.: Lc 1:38

[18] N.T.: Região Etérica do Mundo Físico

[19] N.T.: Mt 5:44

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