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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Substituição dos Festivais que celebravam o Sol pela Celebração do Natal

A Substituição dos Festivais que celebravam o Sol pela Celebração do Natal

Aos Cristãos comuns o festival natalino vem a ser a celebração da maior oferenda de Deus ao ser humano: a vinda de um Redentor, uma época de grande júbilo, de felicidade e boa vontade transbordantes. Realmente, o mês de dezembro é a época mais apropriada para a celebração da vinda do Salvador.

Do mesmo modo com que o Solstício de Dezembro assinala o término do movimento descendente do Sol, salvando-nos assim de virmos a perecer de frio e fome, especialmente no hemisfério norte deste Planeta, assim também, quando Cristo veio, Ele deteve o movimento descendente da humanidade e nos fez voltar à direção certa. Destarte, foi bastante apropriado que os antigos festivais solares, que celebravam o nascimento do Sol do novo ano, fossem substituídos pelo Natal.

Há também o retorno anual do Cristo, nesse período do ano, que não deve ser confundido com o Seu retorno, como prometera, no Corpo Vital de Jesus.

No momento da Crucificação, o Raio do Cristo Cósmico, que utilizava o corpo de Jesus, sobrepairou o Planeta Terra e nele adentrou. A cada ano, no Equinócio de Março, Ele recomeça o Seu retorno para os Mundos superiores e então celebramos a Páscoa. Inicia uma nova estação com o Sol nos céus do norte, misticamente chamado de “Polo Norte”, e retorna trazendo outro ano de suprimento do espiritualmente chamado Seu “sangue”, que, conforme lemos no Evangelho segundo São João 6:53, recebemos junto à nossa comida diária para limpeza de todo pecado, nutrindo o Cristo desperto, parcialmente desperto ou ainda adormecido dentro de nós (Cl 1:27). Isso começa a ser derramado sobre a Terra no Equinócio de Setembro, atinge a sua intensidade máxima na estação do Natal e cessa quando Ele retorna aos Mundos superiores, na Páscoa.

Naturalmente, quando isso está no auge, os impulsos da alegria, do altruísmo e da boa vontade Crísticos são mais sentidos pelo ser humano. A isso se chama de espírito do Natal, sendo sua influência sentida por todos, em maior ou menor grau. É simbolizado por um ser humano idoso, de longa barba branca, com um corpo rotundo e natureza maravilhosamente benigna, alegre e generosa. Ele passou o verão no “Polo Norte” e traz aos “filhos dos homens” os presentes que esteve fazendo. São Nicolau ou Papai Noel não é, realmente, um mito ou fábula, mas, sim, um símbolo do grande fato que é o retorno anual do Cristo.

Um dos presentes trazidos por São Nicolau, sobre o qual são pendurados os outros, é a árvore de Natal. O mais significativo a respeito da árvore de Natal é que ela é, ou deveria ser, um pinheiro. As árvores comuns, que perdem suas folhas no outono e apresentam novas na primavera, simbolizam os ciclos periódicos de morte e ressurreição do corpo por meio do renascimento; o pinheiro, porém, simboliza a vida eterna, a contínua consciência de que o Cristo veio para Se oferecer a nós.

A maioria de nós não receberá essa vida eterna, a não ser algum tempo após a Segunda Vinda de Cristo. A Bíblia (ICo 15:26) diz que o último inimigo que deve ser destruído é a morte. De fato, não mais existindo morte não haverá necessidade de renascimento.

O lenho dos pinheiros é comumente menos denso do que a madeira das árvores que deixam cair suas folhas. Isso está em acordo com o ensinamento de que nossos novos corpos serão menos densos do que os atuais, de carne e sangue, que não podem herdar o Reino. Também a árvore de Natal tem as suas próprias luzes, proféticas de nossa futura e íntima ligação com a fonte de toda luz, de forma tal que os ensinamentos profanos serão quase, ou totalmente, desnecessários.

A história do “nascimento virginal”, na Bíblia, é um pormenorizado relato alegórico do que realmente sucederá a cada um de nós, quando tivermos “nascido novamente”, como Cristo explicou a Nicodemos, no Evangelho segundo São João 3:3-8. Teremos então a mesma espécie de “chaves” que foram oferecidas a São Pedro e seremos capazes de ver os Mundos superiores, chamados de Reino de Deus, e entrar neles, à semelhança do vento, em nossos novos corpos, “como fantasmas” chamados “corpos anímicos” ou “manto de bodas” – o Corpo-Alma – enquanto os Corpos Densos estão adormecidos durante a noite ou em outros momentos.

Alguns pais tentam fazer com que seus filhos creiam literalmente em São Nicolau e, quando estes começam a pensar de outra maneira, a fé em seus pais é fortemente abalada. Alguns líderes religiosos nos fizeram crer em um literal nascimento virginal, tais como as afirmações de Buda, Tamuz e outros, assim chamados, líderes. Isso faz com que muitos percam a confiança nas igrejas.

Outro ângulo da história do Natal, que se relaciona ao “nascer novamente”, é a estrela. São Mateus nos diz que ela foi vista por “homens sábios”, mas não disse que foi vista por alguém mais. São Lucas não se refere a isso, absolutamente. Os “homens sábios” de hoje ainda seguem essa mesma estrela, a fim de que possam ser conduzidos até o nascimento de seus próprios “Cristos internos”. Esse constrói para si, dentro do Corpo Denso e nele interpenetrando, o novo e etérico “corpo anímico”, o Corpo-Alma. Antes do seu “nascimento” ou formação, que é consumado sob a orientação e o controle dos “Irmãos Maiores”, está ligado ao Corpo Denso em sete pontos, cinco dos quais — a fronte, as palmas de ambas as mãos e as plantas de ambos os pés — configuram uma estrela.

Uma vez que, simbolicamente falando, o véu do templo foi rasgado em dois, todos podem aspirar agora ao “novo nascimento”, que São Paulo chama de “o elevado chamado de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14).

Do mesmo modo que o Sol do ano novo leva algum tempo para banir o frio do inverno, assim também é necessário certo tempo para que o Cristo limpe as condições maléficas acumuladas em épocas anteriores a Ele. Quando consideramos que 1.900 anos correspondem a menos de um mês em um ano sideral, que tem aproximadamente 25.000 anos, e comparamos as condições não tão boas da atualidade com as muito piores de 2.000 anos atrás, sentimos que houve muito progresso. E o índice de melhora aumentará do mesmo modo que o grau de aquecimento aumenta à medida que realmente chegamos à primavera.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1972)

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O Solstício de Dezembro e o Poder Curador da Música “Ave Maria” de Schubert

O Solstício de Dezembro e o Poder Curador da Música “Ave Maria” de Schubert

A música é a linguagem dos Mundos celestes, o que a forma é para o Mundo Físico, a cor é para o Mundo do Desejo e o tom é para o plano mais elevado da consciência, no Mundo do Pensamento.

A música tem o poder de chegar mais profundamente ao espírito do ser humano que qualquer outra arte e atraindo sua atenção às lembranças do mundo espiritual, do qual veio, desperta uma “nostalgia espiritual”. “Creio que nunca estou alegre quando escuto uma música doce” disse Jéssica em uma cena pensativa de amor, na qual Lorenzo, seu amante, responde: “A razão é que seus espíritos são galantes”. Nessas sensíveis linhas, Shakespeare destaca um fato esotérico subjacente, uma experiência mais ou menos comum a todos.

 Um toque de tristeza vem a uma pessoa que reflita em nosso estado presente, a luz de insinuações relativas ao mundo real, de onde nosso “Eu eterno” provém, e de onde está exilado temporariamente.

Certos grandes compositores, de vez em quando, têm sido arrebatados a um espírito de exaltação para comunicar-se com reinos mais elevados e escutar o que se conhece como música imortal porque viverá tanto quanto dure a Terra. Muitas das músicas chamadas “músicas de Natal” pertencem a essa mesma categoria.

Várias canções de Natal são transcrições diretas de cantos angélicos. Ainda que transcritos durante o período medieval e do Cristianismo primitivo, sua beleza e inspiração tem durado, e seguramente continuarão assim através dos ciclos que virão.

Vamos ver, por exemplo, o Poder Curador da “Ave Maria” de Schubert: a música angélica pode ser dinâmica curativa. Isto é verdade no caso da “Ave Maria” de Schubert e se evidência em uma oportunidade que ocorreu durante a II Guerra Mundial. Um jovem soldado foi ferido no campo de batalha na Sicília, sua condição era crítica. No momento que chegou a um hospital na Inglaterra sua Mente estava totalmente “escurecida”. Suas inibições pareciam insuperáveis, porém, ainda que muito incerto, alguns médicos e psiquiatras estavam de acordo que poderiam recuperá-lo se conseguissem fazê-lo liberar suas emoções e chorar, mas todos os esforços foram em vão.

Mais tarde em um hospital norte-americano o resultado desejado foi conseguido por meios inesperados. O paciente de mãos dadas com as esposas dos assistentes foi levado a um teatro onde foi submetido a influência de um instrumento que produzia uma combinação de vibrações de tons e cores. Os ajudantes se viram na necessidade de levantar sua cabeça e manter seus olhos abertos, para que visse a apresentação. À medida que o show avançava, seu encanto mágico fez com que a tensão de seus músculos e corpo fosse diminuindo gradualmente. Então uma coisa milagrosa aconteceu.

A versão de belíssimo tom e cor da “Ave Maria” de Schubert inundou a “tela” e o jovem começou a chorar, suas lágrimas rolaram por 20 minutos sem cessar. Depois ele regressou para o quarto onde dormiu calmamente por 9 horas, sem a necessidade de lhe administrar calmantes. Ainda que estivesse quieto, por não poder falar, nem cuidar de si mesmo de nenhum modo desde o acidente, agora estava calmo e racional. Despertou e disse muito naturalmente: “Acabo de despertar”. E ele sabia disso!

A “Ave Maria” de Schubert é uma transição do paradigma da alma musical da “Virgem Bendita”. Vibrar na nota chave daquele Único e Santo cujo ministério ao ser humano está focado na cura e regeneração.

(Extraído do Capítulo: A Cor e a Música para as Quatro Sagradas Estações, do livro: Cor e Música na Nova Era – por Corinne Heline e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Livreto: Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

Livreto: Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

Abaixo, em forma de livreto, você encontrará:

  1. O texto para oficiar o Serviço do Solstício de Dezembro
  2. O texto do Hino Rosacruz de Abertura – o Hino cantado e tocado, você encontra clicando aqui
  3. O texto do Hino Rosacruz de Encerramento – o Hino cantado e tocado, você encontra clicando aqui

(*) Lembre sempre de preparar o ambiente com uma música apropriada. A melhor é o Adágio Molto e Cantabile – da Sinfonia nº 9 em Ré Menor de L. V. Beethoven, que você encontra clicando aqui.

O objetivo do Livreto é você poder imprimir como um livreto.

Assim, imprima frente e verso em “virar na borda horizontal” em impressoras que imprimem frente e verso.

Ou, caso sua impressora não imprima frente e verso, então imprima primeiro as folhas ímpares e depois no verso as folhas pares.

O tamanho também você pode escolher: cada 2 páginas em uma folha A4 ou cada 4 páginas em uma folha A4.

Tenha acesso ao Livreto clicando aqui.

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A Energia Vitalizadora Liberada por Cristo no Solstício de Dezembro

A Energia Vitalizadora Liberada por Cristo no Solstício de Dezembro

Existem quatro pontos cardeais no caminho do Sol através do Zodíaco, que se chamam os Solstícios de Dezembro e de Junho e os Equinócios de Março e Setembro. Nos ensinamentos dos Mistérios Ocidentais esses pontos marcaram certas crises na vida de um Grande Ser: o Espírito Planetário de nossa Terra, o Cristo. Em tais épocas é quando o verdadeiro místico pode ter acesso a um entendimento mais profundo de grandes princípios e verdades cósmicas, que são o fundamento do sagrado mistério do Gólgota e do que chamamos “natureza”.

No Solstício de Junho há um dia, o dia de São João, a 24 de junho, que assinala a culminância das atividades físicas da natureza e da ação da energia solar sobre a Terra.

Durante dois mil anos a Terra tem recebido, anualmente, um impulso agregado do “Deus Solar” Cristo. Desde aquele tempo essa energia vitalizadora tem sido liberada diretamente no centro de nossa Terra. Isso acontece no Solstício de Dezembro, o qual se chama o “Místico Nascimento”. A partir dessa data, essa grande força de amor e de vida começa a trabalhar para fora de novo, fermentando e fertilizando milhões de sementes que foram depositadas na terra para que possamos ter alimento físico. Essa energia dadora de vida (tanto em sentido físico como espiritual) morre sobre a cruz da Terra ao tempo da “cruz” do Sol sobre o equador, no Equinócio de Março. Por esse tempo, o Cristo é levantado da cruz da Terra (ou seja, a matéria) mediante a força ígnea de Áries e começa sua viagem de regresso ao Trono do Pai. Não disse Ele: “E eu, se for levantado da terra, a todos trarei a mim mesmo”?

O Solstício de Junho assinala o tempo em que o Raio do Cristo se libera completamente dos planos de nosso globo e entra em seu próprio mundo-lar, o Mundo do Espírito de Vida. Como se realiza isso? É algo que pode ser conhecido diretamente por aqueles que tenham merecido esse sagrado privilégio. No entanto, a experiência deve estar sempre oculta atrás das palavras, porque é impossível descobrir com elas as experiências obtidas nos mundos suprafísicos. Estamos tratando de descrever outra dimensão de espaço, o que não se pode fazer com palavras.

Na festa do Solstício de Junho, as hostes celestiais se regozijam, porque o “Grande Sacrifício” foi consumado uma vez mais. Legiões e legiões de seres angélicos acompanham o “Redentor da Terra” até as portas do Mundo do Espírito de Vida. Ele efetua a obra de acelerar a vibração da Terra, junto com seus mundos internos, sempre um pouco mais. Esses seres angélicos formam grupos, de acordo com seu grau de evolução. Seus corpos são luminosos e brilham com a luz branca dos céus. Alguns levam cruzes áureas e mantêm velados seus rostos ante o “sagrado mistério”. Outros formam com seus corpos radiantes uma nuvem dourada “como se por trás estivessem os raios do sol”. Nessa nuvem o Cristo é levado ao alto. Finalmente se adianta, eleva suas mãos como para bendizê-los, e os abençoa. Ao fazê-lo, as hostes de Anjos, Arcanjos, e os que se redimiram por intermédio do seu Amor, todos caem sobre seus rostos ante Ele. Nisso, ressoa a “Música das Esferas”, e ao ressoar por todo Universo, essa hoste de seres celestes canta o estribilho: “Eis aqui o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo.”. Então, ele se eleva à uma Vida mais abundante.

A cena se desvanece. De regresso à Terra, presenciaremos este festival da noite de junho entre essas pequenas criaturas conhecidas como Espíritos da Natureza. Eles fazem um verdadeiro e maravilhoso milagre na grande economia da natureza, porque são eles que proveem o vínculo entre a energia estimulante do sol e a matéria-prima da forma. Sem eles, não poderia haver vida sobre a Terra. Os corpos dessas pequenas criaturas sub-humanas estão de tal modo compostos de diferentes éteres, que atuam como portadores da força vital, amalgamando-a em seus corpos e com ela construindo a vida celular, da mesma forma que as abelhas recolhem o mel das flores e dele fabricam o favo de mel. Trabalham sob a direção dos mais elevados seres, a saber, os Anjos, que são os que guiam a evolução do Reino Vegetal. Na noite da festa se regozijam também, porque eles, de igual modo, fizeram seu trabalho fielmente para que possa existir mais abundante vida sobre a Terra. Refletem, no plano físico, a grande festa que tem lugar nos mais elevados Reinos nessa noite de junho.

O quadro que tivemos ocasião de contemplar, mostrava uma assembleia numa extensa área verde, em um bosque. Os Espíritos de Natureza estavam realizando um maravilhoso jubileu. Formavam um grande círculo. Dentro do círculo os gnomos preparavam seus alimentos etéricos para a festa, enquanto outras fadas dançavam em meio de um êxtase de alegria. Nesse êxtase, estendiam suas mãos, das quais fluíam estrelas e flores etéricas dos mais originais tons e cores, as quais iam flutuando no ar como as bolhas de sabão das crianças.

Algum dia a ciência descobrirá como se realiza o processo do metabolismo. Então, se revelará o que é “a alquimia da natureza”, e se encontrará a obra dessas pequenas criaturas, conhecendo-se, então, o trabalho que lhes cabe na manutenção da vida e da forma.

Certamente o estribilho que provém dos mundos superiores: “Muito bem, bom e fiel servo”, deve encontrar eco na alegria dos Espíritos da Natureza na Noite de junho. Quem diz que não? Sua festa dura da zero hora a uma hora da manhã de 22 de junho – somente uma hora; e logo depois se despedem e voltam às tarefas que lhes estão fixadas.

O Cristo passa pelo Mundo do Espírito de Vida e vai ao trono do Pai, no Mundo do Espírito Divino. Somente pode permanecer ali um breve tempo, na verdade, porque, como se diz, “tomou a forma de servo” e por seu próprio livre arbítrio foi crucificado sobre a Cruz da Matéria (a Terra). Privou-se de morar em Seus reinos de glória para que nossa Terra, engalfinhada no pecado, e suas correntes de vida evolucionante possam alcançar o grau que lhes tem sido assinalado segundo seu plano de evolução. Até que isso venha a cabo, “Ele deve vir de novo”, a cada ano, para acelerar a vibração do nosso meio, de modo que possamos progredir de acordo com o plano divino.

Cristo morre em Seu lugar de glória quando o Sol entra em Libra, no Equinócio de Setembro. Aqui é uma outra festividade sagrada, chamada a “Imaculada Concepção”, e de novo Cristo há de fazer-se manifesto em nossa terra, na forma de uma onda de energia espiritual. Como o veem os Clarividentes, é descendo lentamente sob a aparência de uma grande e maravilhosa luz. Deve avançar gradualmente, descendo através dos três mundos de nosso globo. Deve vir como as suaves chuvas de dezembro, com seu bálsamo de cura, e nunca como a tormenta elétrica que destrói. Entra completamente na Terra no Solstício de Dezembro, e outra vez começa a obra de fermentar a terra, fertilizando as sementes e elevando a consciência espiritual do ser humano para aproximá-la de Deus.

Essas são as quatro grandes festas dos Ensinamentos dos Mistérios Ocidentais. Se as estudamos e meditamos sobre elas, algum dia o véu será levantado para que possamos dar uma olhada “no que está entre o céu e a terra” e, na escala que vai desde a Terra até o Trono do Pai, encontraremos as pegadas dos pés do Senhor do Amor, conforme vai e vem em Sua viagem anual, até que a humanidade seja redimida por meio de Seu sacrifício e de Seu amor.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross e publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho/86)

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01-Mês de Janeiro: Senhor Cristo Inunda a Terra com o Prodigioso Poder Espiritual

Mês de Janeiro: Senhor Cristo Inunda a Terra com o Prodigioso Poder Espiritual

Quando o Sol entra em Capricórnio (Signo regido por Saturno, daí os Saturnalia) em 21 de dezembro, os poderes das trevas, de certo modo, tomam conta do “Dador da Vida”, mas dá-se o renascimento após os três dias de “paragem” (sol-stitium = sol + sistere, suster, parar), ou seja, o dia 25 marca o termo do “ciclo solsticial”. A partir do dia 26 de dezembro inicia-se um segundo ciclo de especial significado Iniciático: entre o dia 26 de dezembro (1.º Dia Sagrado) e o dia 6 de janeiro (12.º Dia Sagrado) ocorria a preparação ritual dos catecúmenos que eram batizados no Dia de Reis (Primeira Iniciação). Estes “Doze Dias Sagrados”, que acompanham a fase inicial do renascimento do “Sol Invencível”, eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e, tal como já se referiu, estavam sob a proteção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.

A observância para janeiro começa, justamente, quando o Sol passa pelo Signo de Capricórnio na noite do Solstício de Dezembro. Como já foram observadas, as energias liberadas a cada Cerimonial continuam inundando nossa Terra durante a época em que o Sol transita em cada Signo, em particular no caso de Capricórnio. O Cerimonial acha-se relacionado com esse sagrado acontecimento: a Natividade.

Jesus nasceu numa manjedoura onde os animais se alimentavam. Da mesma maneira, o nascimento do Cristo no ser humano tem que acontecer numa manjedoura – isto é, em sua natureza inferior. Ainda não há lugar na hospedaria para Ele nascer, pois a hospedaria está na cabeça.

O primeiro trabalho de um Aspirante no Caminho é a purificação e espiritualização de sua natureza inferior. Por isso, o próprio Cristo sempre nasce numa manjedoura.

Durante o mês de Capricórnio, hostes de Anjos mandam poderosas correntes de purificação e cura, aproximam-se e cantam sem parar, “Que o Cristo nasça em você!” Isso gera e irradia um imenso poder. Quão pouca percepção nós temos das benéficas emanações que são continuamente irradiadas para nós vindas dos planos internos!

Exatamente oitocentos anos após a Natividade, os orgulhosos romanos que crucificaram Cristo ajoelharam-se perante Ele em homenagem – pois quando o soberano Carlos Magno foi coroado Imperador do Oeste no Dia de Natal em 800 D.C., abriu-se o caminho para o estabelecimento da Cristandade na Europa. Duzentos anos depois, numa Noite de Natal, Guilherme, o Conquistador, foi coroado e as Ilhas Britânicas ficaram sob a influência dos ensinamentos Cristãos. Um ano após, novamente no Natal, foi inaugurado o primeiro parlamento de “homens livres” que o mundo jamais havia visto.

Poucas pessoas percebem o prodigioso poder espiritual que inunda a Terra na época do Santo Natal. Os Sábios usam todas as oportunidades e canais para fazer frutificar o Plano Divino na Terra.

A observância do Solstício de Dezembro vai continuar nos mais profundos planos até que Cristo nasça no coração de cada um.

(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de BelémConceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline; António de Macedo – Os Solstícios e os Equinócios – Fraternidade Rosacruz de Portugal)

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12-Mês de Dezembro: Senhor Cristo chega ao Coração do Planeta Terra

Mês de Dezembro: Senhor Cristo chega ao Coração do Planeta Terra

As radiações do Amor de Cristo penetram gradualmente as várias camadas do Planeta até que na ocasião do Solstício de Dezembro elas alcançam seu poder máximo e esplendor no coração da Terra.

Poucas pessoas percebem o prodigioso poder espiritual que inunda a Terra na época do Santo Natal. Os Sábios usam todas as oportunidades e canais para fazer frutificar o Plano Divino na Terra.

É por isso que no Natal somos banhados por vibrações de paz e boa-vontade. Essa imensa onda que irradia Amor Cósmico tem sua culminância em dezembro. Sem essa presença espiritual não haveria suficiente entusiasmo em nossos corações. Não sentiríamos tanta felicidade nem tanto desejo de proporcionar mais felicidade aos outros. O costume universal de dar presentes no Natal empalideceria. Todos seriam drasticamente afetados.

A Estação do Advento se estende pelo mês de dezembro e é anunciada como uma Festividade de Luz. O impulso espiritual da estação prepara a humanidade para o derramamento das forças celestiais acompanhando o renascimento do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Esse período é seguido pela estação do Solstício de Dezembro que se estende de 21 de dezembro à 24 de dezembro e culmina com o dia seguinte, o 25 de dezembro, no Natal, o dia mais profundamente reverenciado em toda a Cristandade. A observância da festividade dessa estação santa nunca cessará para os aspirantes, até que o Cristo tenha nascido dentro de nossas próprias almas. O quanto desse êxtase o discípulo tenha experimentado nesse momento depende do degrau que ele tenha alcançado, e o regozijo pela sua participação cada vez mais crescente da mistura nessa estação entre o terreno e o divino é sentido com uma intensidade nunca alcançada em outro momento do ano.

Durante dezembro, os tons do filantrópico Sagitário, nota chave Fá maior, regido pelo otimista e benevolente Planeta Júpiter, cuja palavra-chave é idealismo e o quieto, metódico Capricórnio, nota chave Sol maior, regido pelo conservador e perseverante Saturno, cuja palavra-chave é obstrução com suas sistemáticas atividades construtivas, preparam a Terra para receber o raio do amor de Cristo e nutri-la até que esteja preparada para a liberação no centro da Terra. Então, começa sua viagem para fora, em direção à periferia da Terra, alcançando a na época do Equinócio de Março. Quando os dias são mais curtos e as noites mais longas, na Noite Santa, o raio do Espírito de Cristo alcança o centro da Terra. Aqui, Ele permanece três dias e três noites, libertando de Si mesmo a germinante força do Espírito Santo que, lentamente, vai permear a Terra e frutificá-la para outro ano.

Ou seja: Ele chega ao centro da nossa Terra à meia-noite de 24 de Dezembro. Aí Ele fica três dias e depois começa a voltar.

Em dezembro, durante as longas noites de inverno, a força física solar está adormecida e as forças espirituais alcançam seu grau máximo de intensidade (no hemisfério norte).

A noite entre 24 e 25 de dezembro é, em todo o ano, a Noite Santa por excelência. O Signo zodiacal da imaculada Virgem Celestial está sobre o horizonte oriental à meia-noite, e o Sol do ano novo nasce e começa sua jornada do ponto mais austral, em direção ao hemisfério norte, para (fisicamente) salvar essa parte da humanidade da obscuridade e da fome inevitáveis, caso permanecesse sempre abaixo do Equador.

À meia-noite de 24 de dezembro, para os povos do hemisfério norte, onde nasceram todas as religiões atuais, o Sol está diretamente abaixo da Terra e as influências espirituais são fortíssimas.

Em tal momento, nessa noite, aos que desejassem, pela primeira vez, dar um passo na Iniciação, seria muitíssimo mais fácil porem-se em contato consciente com o Sol Espiritual.

Por esse motivo, nos antigos templos, os Discípulos preparados para a Iniciação eram levados pelas mãos dos Hierofantes dos Mistérios e, por meio de cerimônias que se realizavam no Templo, eram elevados a um estado de exaltação, no qual transcendiam toda condição física. A Terra tornava-se transparente à sua visão espiritual e eles viam o Sol da meia-noite: a “Estrela”! Não era o Sol físico, seu Salvador físico, o que viam com os seus olhos espirituais, mas o Espírito do Sol, o Cristo, seu Salvador Espiritual.

Essa Estrela que brilhou na Santa Noite ainda brilha para o místico na obscuridade da noite. Quando o ruído cessa e a confusão da atividade física se aquieta, então ele entra em seu interior e procura o caminho que conduz ao Reino da Paz. A brilhante Estrela está sempre ali para guiá-lo e sua alma ouve a canção profética: “Paz na terra e boa vontade entre os homens“.

Paz e boa vontade a todos, sem exceção, não excluindo nem os inimigos. É de admirar que custe muito a educar a humanidade para este tão elevado tipo de moral? Há algum meio melhor para demonstrar a beleza e a necessidade da paz, da boa vontade e do amor do que compará-los com o estado atual de guerras, egoísmos e ódios?

Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos.

(Você pode ter mais material para estudos em: Cap. XII – Ensinamentos de um Iniciado; O Cristo Cósmico – Interpretação Mística da Páscoa; Cap. I – Interpretação Mística do Natal; A Estrela de BelémConceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel; A Escala Musical e o Esquema de Evolução – compilado por um Estudante da Fraternidade Rosacruz; A Festa da Natividade – Ao Longo do Ano com Maria; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

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O Processo de Redenção

O Processo de Redenção

O caminho evolutivo da humanidade está, indissoluvelmente, unido às Hierarquias que regem os Planetas e os Signos do Zodíaco. Disse Max Heindel, nos livros “Mensagem das Estrelas” e no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, que essas Hierarquias determinaram diferentes graus de controle da evolução humana, assim como do reino animal e vegetal, e que guiam a evolução da vida e da forma nos outros reinos também.

Enquanto o Sol estiver passando através do Signo de Capricórnio, de 22 de Dezembro a 21 de Janeiro, agiremos bem em estudar os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, no que se refere às diferentes fases da manifestação, relacionadas com esses símbolos espirituais.

Cada Estrela, Planeta ou Sol é o corpo de uma entidade que se manifesta por meio de raios de energia que compenetram todo o espaço. O Signo de Capricórnio está relacionado com as Hostes Arcangélicas e o Sol, com o Cristo.

Os Arcanjos operam mediante corpos compostos da substância do Mundo do Desejo, porém, seus poderes chegam a muitos Mundos que se acham por cima e por baixo desse nosso Mundo Físico. O Senhor da Terra é o Cristo, o mais elevado de todos os Arcanjos. Uma das funções dos Arcanjos é ser Espíritos de Raça, sobre a Terra, e têm influência no ser humano, através do Corpo de Desejos humano; outra de suas funções é ser os Espíritos-Grupo dos animais, meio pelo qual atuam como guias da evolução dessa onda de vida.

À medida que a Terra gira em torno do Sol se converte em um ponto focal dos raios solares, em combinação com cada Signo do Zodíaco, e essas Hierarquias estimulam as atividades espirituais na Terras.

Todo fenômeno da Natureza tem um especial propósito espiritual, que nos ensina que o grande ciclo da precessão dos Equinócios, que equivale a um período de 25.868 anos, marca a evolução e a queda dos povos, das nações e suas religiões. Durante o trânsito precessional do Sol através de um Signo, que dura aproximadamente 2.156 anos, realiza-se um trabalho especial com uma nação ou um grupo de nações, como pudemos constatar nas guerras mundiais I e II, que são os resultados da separatividade nacional entre as nações, porque durante a precessão, através do Signo de Peixes, o resultado será a unidade.

O trânsito anual do Sol, através dos Signos, marca as mudanças das estações e dos processos vitais em todas as formas viventes. No entanto, o impulso espiritual incorporado nesse acontecimento está sempre se dirigindo para despertar o gênio adormecido de um espírito individualizado.

Durante o período que antecedeu a era cristã, o Espírito Santo teve a seu cargo a evolução humana e os Arcanjos e os Anjos também estiveram sob seu domínio trabalhando, principalmente, sobre o aspecto emocional da alma humana, por isso foram estabelecidas a beleza e a diversidade dos tipos nacionais. O patriotismo foi a suprema expressão do Amor e da Devoção. O patriotismo e os aspectos nacionais da religião cegaram os seres humanos com respeito à realidade de um só Deus com muitos nomes.

Com o advento da era cristã, os Arcanjos e os Anjos prestaram obediência a Cristo, e o Espírito de Cristo se converteu no espírito interno da Terra. Agora, todas as Hierarquias trabalham com Cristo para ajudar a humanidade a converter o patriotismo em Fraternidade Universal.

As comunicações e o intercâmbio internacional teceram uma grande trama ou teia do destino, que nos envolve em tantos interesses internacionais bastante comuns a nós todos, que as barreiras nacionais estão se apagando gradualmente ante a ameaça dos horrores de uma possível guerra nuclear. Por isso precisamos despertar gradualmente o sentido comum do ideal da “Paz sobre a Terra e boa vontade entre os homens”.

Existência sobre existência, todo ser humano está dando um pouco mais de expressão terrena à verdade espiritual da fraternidade entre os seres humanos; essa é a nossa resposta ao chamamento de nosso Redentor, o príncipe da Paz, o Senhor do Amor. Felizmente a religião progrediu um pouco, trocando a idolatria, que é a adoração da forma, pelo misticismo, que é a adoração aos ideais mais elevados. O governo está progredindo desde o despotismo (governo absoluto de um só indivíduo) para a república democrática, na qual prevalece o grupo do governo com representação popular. A Ciência está conseguindo se libertar do controle estatal e religioso, e está servindo ao bem-estar humano, em campos cada vez mais amplos. A Arte, todavia, ainda não chegou à sua completa posse, mas está conseguindo progredir. Chegará o dia em que a humanidade conseguirá despertar para a necessidade de incorporar a beleza em cada expressão da vida.

Cada ano, ao nascer o raio do Cristo na Terra, é dado um novo impulso de vida a toda criatura vivente, e quando relacionamos essa verdade com os Ensinamentos Rosacruzes, de que é em Capricórnio que se dão os grandes impulsos evolutivos, nos será possível compreender a importância da paciente estação, no que se refere à política, à economia, às finanças e aos empregos.

A analogia, chave-mestra de todos os mistérios espirituais, nos ensina que o Espírito da Terra se encontra dentro dela mesma, desde o Solstício de Dezembro até o Equinócio de Março. Durante esse tempo, a Terra se encontra cheia do Amor do Cristo, de uma forma mais íntima. Na época do Equinócio de Março, Ele sai em seus veículos superiores, para fortalecer-se em espírito, mediante a Comunhão com o Pai; por isso todas as criaturas dão visível expressão à Vida e ao Poder com os quais Sua vinda enche a Terra. Isso é análogo a nossos estados alternativos de vigília e de sono. Trabalhamos em nossos corpos durante o dia e saímos dele durante o sono noturno, mas as forças vitais continuam ativas dentro do corpo, de maneira que ao despertarmos pela manhã, para um novo dia, nos encontramos ativos e renovados.

O egoísmo, a cobiça e o materialismo devem ceder lugar a pensamentos e ações elevados, como resposta ao chamado do princípio de Cristo, nos trazendo melhores condições. Capricórnio, podemos dizer, que é o Signo da engenharia, de todas as classes de engenharia do mundo e que estão trabalhando para despertar milhões de seres humanos, livrando-os da pobreza e da enfermidade, que infelizmente avassala nosso Globo. Mediante métodos melhores de cultivar a Terra, de construir estradas, do correto cuidado do corpo físico. Os engenheiros educativos estão ajudando a afastar a ignorância e a estimular o impulso interno do espírito, elevando-o ao mais sublime nível de consciência.

Verdadeiramente, estamos no amanhecer de uma nova Era, porque todos os que receberam a iluminação por meio dos Ensinamentos Rosacruzes deverão estar na vanguarda de um novo pensamento que promete, em sua plenitude, a emancipação dos antigos métodos em que havia o aproveitamento de muitos para o benefício de poucos. É nosso dever pensarmos em termos de um bem maior, em benefício de muitos; devemos nos adaptar à nova ordem de coisas, por meio do serviço desinteressado. É conveniente que possamos pensar de nós mesmos como um corpo de paz espiritual, fazendo todo o possível, servindo de exemplo, e exaltando os mais altos ideais de vida onde quer que estejamos.

Durante milhares de anos quase todo o esforço do ser humano sobre a Terra tem sido centralizado em obter alimento, vestimenta e abrigo. Contemplemos a visão da época que se aproxima rapidamente, na qual poderemos obter as coisas com o mínimo esforço e, assim, teremos mais tempo, dedicando uma maior porção de nosso poder criador, reflorindo os lugares desérticos da Terra, colocando beleza na vida, afastando a enfermidade e o crime, cooperando com seres mais evoluídos e estudar o mais amplo significado da vida.

Em nosso estudo da ciência espiritual de Astrologia, encontramos que, no tempo presente, Netuno, Planeta da individualidade, está transitando pelo Signo de Escorpião, que governa as forças ocultas da Natureza. Júpiter, o Planeta da expansão e da benevolência, está transitando por Peixes, o Signo da antiga ordem das coisas, e Urano, o despertador, está transitando por Virgem, o Signo que governa o serviço, o trabalho e saúde. Sob o acúmulo dessas poderosas influências poderemos esperar, com segurança, ver muita investigação oculta nos campos científicos e para aqueles que estão suficientemente evoluídos, para responder ao lado superior da vibração de Netuno em Escorpião, existe a promessa de um progresso na realização espiritual mediante a Arte, a Música, a Dança e a Poesia, assim como também no trabalho de Cura. A Igreja e os ideais religiosos em geral se elevarão para a unidade universal. Sob a influência de Júpiter em Peixes, que se opõem a Urano em Virgem, haverá um rompimento com os credos e as práticas antiquadas, tanto na religião como na saúde; assim, os ideais de serviço, trabalho e saúde deverão alcançar novos níveis à medida que o fermento do altruísmo aumentar sua força em todas as atividades humanas.

Pelos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, como também é conhecida a Fraternidade Rosacruz, ficamos sabendo que esta é a revolução Marte-Mercúrio, do Período Terrestre. Marte é o símbolo do guerreiro, do trabalhador, do desejo, da paixão, da energia dinâmica, do impulso e da força centrífuga de repulsão, como claramente ficou esclarecido nas notas-chaves e nas características das eras passadas. Mas, agora, estamos entrando na metade de Mercúrio do Período Terrestre. Mercúrio é o símbolo do pensador, do escritor, da razão, da lógica, da relatividade, da habilidade mental e das trocas rápidas, por isso as massas dos povos devem aprender a pensar sem serem confundidas pelo sentimento e pelo desejo.

Ao nosso redor, ainda que invisíveis para muitos, os Grandes Seres estão em seus postos, guiando e humanidade para um bem maior. Quando nos desviamos da Lei Divina, sofremos, nos redimimos e então poderemos dar o passo seguinte em direção à Luz.

Cristo veio para salvar os que haviam se perdido. Podemos vender nossa herança por um prato de lentilhas, não encontrar felicidade, mas olhando para além da tirania das coisas, contemplaremos os Seres mais evoluídos, sorrindo, amando-nos e sempre prontos a nos inspirar os eternos valores do real. O ser humano perde a personalidade na matéria em favor de seu ser espiritual, porém, sendo essencialmente divino, se redime, se esforçando em purificar o ambiente em que vive, submergindo na harmonia espiritual por meio da luz do Cristo. As nações são guiadas por meio de uma Lei Divina, para a verdadeira Fraternidade. Assim como o indivíduo se redime do egoísmo e do materialismo, o poder do iluminado é muito maior que o mal do irrecuperável, o indivíduo que dissolveu sua alma, por isso é chamado de desalmado. As pessoas boas do mundo inteiro fracassaram em estabelecer a paz sobre a Terra, porque sua bondade era demasiado passiva, mas o verdadeiro cristão ocultista está sempre ativo em todos os planos de expansão.

Não fiquemos inativos no bem-obrar. O processo de redenção, todavia, segue adiante. Lentamente a humanidade está sendo redimida, cada vez mais, pelo poderoso raio de Amor de Cristo, a todos que queiram o separatismo. Nosso é o privilégio de apressar esse processo, por meio do serviço ativo.

Tratemos de abrir nossos corações para que penetre neles o fermento do Amor Fraternal, e nos esforcemos para sentir com toda sua beleza e maravilha, a unidade de cada um para com todos.

(Da Revista O Encontro Rosacruz, traduzido da Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1963, de abril/1991)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: A crença nas sereias tem algum fundamento? Se tiver, qual a sua origem? Qual o propósito da sua existência?

Resposta:   Ondinas, sereias e tritões não são ficções criadas pela imaginação. São reais. Fazemos questão de considerar este Mundo como uma enorme máquina em perpétuo movimento, e tentamos explicar tudo baseado em qualquer teoria científica. As pessoas dirão que o Sol aquece o oceano, que a água evapora e se eleva em camadas mais frias e aí se condensa em nuvens, que estas são levadas pelo vento sobre as terras, que depois dessa transformação ocorrer, a água do mar cai em forma de chuvas. Depois, retorna ao mar sob forma de rios, e tudo fica reduzido a essas explicações.

Enfim, mas como esses fatos ocorreriam sem que alguém estivesse dirigindo e trabalhando sobre eles? Sabe-se muito bem que uma construção é feita de tijolos. Um tijolo é colocado um em cima do outro, e a construção se eleva até a altura desejada. Contudo, os tijolos não vão até lá sozinhos. Devem ser transportados, e é o que acontece na organização da natureza. Os trabalhadores, os Espíritos da Natureza, são encontrados em todos os lugares. Eles têm o seu trabalho e sua evolução da mesma forma que nós, e tudo na natureza é um processo ordenado. Essas ondinas, sereias e tritões estão relacionadas com a condensação da água e com a manutenção da ordem quanto aos elementos da água, reconstruindo as plantas e coisas afins, exatamente como os gnomos formam as flores na terra. Dizemos que uma planta cresce, mas da mesma forma que os tijolos têm de ser juntados para formar uma casa, também os átomos devem ser colocados nas plantas.

No caso dos seres humanos, aqueles que se encontram no Segundo Céu estão nos preparativos para criar novos corpos, e eles aprendem a formar corpos melhores trabalhando sobre nós na construção desses corpos. Posteriormente, eles retornam à Terra com maior experiência e isso os ajuda a construir um corpo ainda melhor da próxima vez. Similarmente, os pequenos Espíritos da Natureza, que chamamos de Gnomos, ajudam a formar as plantas e as flores, e as Sílfides (ou Silfos) são os agentes que levam a água espalhada pelas Ondinas em direção aos céus, onde ela se condensa em nuvens. Então, as Sílfides são a causa dos ventos que movimentam as nuvens causando as tempestades e a chuva. Assim, cada setor da natureza trabalha em conjunto com os outros. As Salamandras são os espíritos do fogo e talvez os menos conhecidos, mas eles também têm seu trabalho a cumprir ao mudar as condições existentes na terra, etc. Devem lembrar-se do “O Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare. Esse é um fato real. Trata-se do seguinte: no Solstício de Dezembro[1], quando tudo está morto, quando a Terra está hibernando sob o seu manto invernal, o novo impulso de vida, a Vida de Cristo, derrama-se pela Terra e começa a avançar em direção à periferia, trazendo vida para as sementes no solo e dando-lhes a vitalidade necessária para brotar. Impregna também de vitalidade todos os seres viventes sobre a Terra. Essa Vida Crística nasce na época do Solstício de Dezembro, quando o Sol se encontra no seu ponto mais baixo de declinação. Consequentemente, temos mais espiritualidade nesse tempo, pois esse impulso de vida divina chega anualmente para nós, e o Salvador nasce para salvar o seu povo do frio (físico e espiritual) e da fome (física e espiritual) que resultariam se o Sol ficasse para sempre nesse ponto de declinação meridional.

O impulso é espiritual, pois, em tal época, não há atividade física em desenvolvimento na natureza. Por outro lado, durante os meses de junho, julho e agosto tudo é atividade no Mundo. O Solstício de Junho é o ápice do impulso físico, e é nessa época que os Espíritos da Natureza celebram seu festival. Eles divertem-se e sentem-se glorificados e agradecidos por terem produzido e ajudado a realizar o milagre da fecundação e expressão de todas as coisas físicas que nasceram. Nesse período, a frutificação tem início, o fruto começa a amadurecer, e chega a época da colheita no Equinócio de Setembro. Vemos que esses Espíritos da Natureza têm uma grande tarefa a cumprir. Verdadeiramente, eles não só existem, como desempenham uma função muito, muito importante no trabalho do mundo.

 (Perg. 63 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

 [1] N.T.: Cabe sempre lembrar: a questão do hemisfério norte e sul. Nos Solstícios esteja onde você estiver, sempre no Solstício de Dezembro estaremos mais perto do nosso Criador e do Sol (físico e espiritual) e no Solstício de Junho, mais longe.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Razões Visíveis e Esotéricas para o Solstício de Dezembro

As Razões Visíveis e Esotéricas para o Solstício de Dezembro

Os Solstícios marcam o momento em que a vibração terrestre é mais elevada e em que os Raios Cósmicos da Vida Crística entram profundamente (Solstício de Dezembro) ou saem definitivamente (Solstício de Junho).

Juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, constituem os pontos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra, Cristo.

O Solstício de Dezembro – ótimo momento para se fazer um importante exercício esotérico na sua véspera: Ritual do Solstício de Dezembro!

Vamos a explicação exotérica e depois a esotérica:

Razões Visíveis: No Solstício de Dezembro a Terra está se aproximando no máximo PERTO do Sol.

Como sabemos, a Astrologia funciona em projeção geocêntrica, e a declinação dá-nos a maior ou menor angulação que o Astro considerado faz com o Equador, tal como visto da Terra.

Assim, à medida que os dias se vão aproximando de Dezembro, a declinação do Sol vai diminuindo: passa de 00 em 21-22 de Setembro até atingir um máximo de 230 26′ em 20-21 de Dezembro: então parece que fica “parado”, cerca de três dias nos 230 26′ (daí o verbo sistere, que compõe a palavra “solstício”), uma vez que estamos vendo em projeção geocêntrica contra o fundo da Esfera Celeste, e a partir do dia 24-25 volta “para trás” e os dias começam a diminuir.

A razão cosmográfica do Sol ficar “parado” aparentemente, durante três dias por ocasião dos Solstícios, tem a ver com as declinações e não com as longitudes celestes.

Essas razões físicas são as partes visíveis que verificamos como evidências de que o Solstício de Dezembro é o momento em que a Terra está chegando ao seu ponto mais perto do Sol.

Razões Esotéricas: esteja você no hemisfério Norte ou no Sul, independentemente da inversão das estações, uma coisa não muda: é a DISTÂNCIA, maior ou menor, a que o Sol se encontra da Terra. A Terra percorre uma elipse em torno do Sol, ao longo do ano, e não uma circunferência perfeita, e o Sol ocupa um dos focos dessa elipse.

O fluxo e o refluxo do impulso espiritual de Cristo (misticamente, o nascimento, a morte e a ressurreição do Salvador) culmina no Solstício de Dezembro.

Cristo chega ao centro da nossa Terra à meia-noite de 24 de dezembro. Ele rejuvenesce a Terra e os reinos de vida que nela evolucionam.

Aí Ele fica por três dias e, depois, começa a voltar. Esta volta se completa na Páscoa. Assim, do Natal até a Páscoa Ele se dá a Si mesmo sem limitações nem medida, imbuindo com vida, não apenas as sementes adormecidas, mas todas as coisas sobre e dentro da Terra. Sem essa infusão da Vida e Energia Divinas, todos os seres viventes da nossa Terra morreriam imediatamente, e todo o progresso seria frustrado, no que concerne à nossa presente linha de desenvolvimento.

Como dissemos acima, no Solstício de Dezembro, a Terra está no máximo MAIS PERTO do Sol, o que provoca um aumento da espiritualidade com o correlativa intensificação e pujança de vitalidade espiritual.

Inicia-se o renascimento da Luz, ou seja, o dia 25 de dezembro marca o fim do “ciclo solsticial”.

A partir do dia 26 de dezembro se inicia um segundo ciclo de especial significado Iniciático.

Na igreja primitiva cristã, entre o dia 26 de dezembro (Primeiro Dia Sagrado) e o dia 6 de janeiro (Décimo Segundo Dia Sagrado) ocorria a preparação ritual dos catecúmenos que eram batizados no Dia de Reis (Primeira Iniciação). Esses “Doze Dias Sagrados”, que acompanham a fase inicial do renascimento do “Sol Invencível”, eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e estavam sob a proteção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.

Que as rosas floresçam em vossa cruz!

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cristo Cósmico

O Sol do nosso Sistema Solar é o tríplice. Podemos ver o Sol físico. Por trás dele, ou escondido por ele, está o Sol espiritual, de onde vem o impulso do Espírito do Cristo Cósmico.

O Mistério de Cristo é tão sublime e tão poderoso em Sua importância que transcende qualquer definição humana. Tão profundo é o Seu significado que nunca pode ser dosado ou expresso por meras palavras; só pode ser sentido no silêncio da contemplação espiritual.

A diferença entre Cristo da Terra e o Cristo Cósmico é melhor entendido por meio de uma ilustração. Imagine uma lâmpada no centro de uma grande esfera oca de metal polido. A lâmpada envia raios de luz de si para todos os pontos da esfera e os refletirá em vários lugares. Do mesmo modo, o Cristo Cósmico – o mais alto Iniciado do Período Solar – envia Seus raios emitidos.

Quando tínhamos nos desenvolvido o suficiente, Cristo veio e encarnou aqui na Terra; então um raio do Cristo Cósmico veio aqui e encarnou no Corpo do nosso Irmão Maior Jesus. Após o sacrifício no Gólgota Ele entrou na Terra, e tornou-se Seu Espírito Planetário Interno.

Não foi outro, senão o Cristo que apareceu a Moisés no episódio da sarça ardente. Tal fenômeno foi reflexo do Cristo Cósmico, conforme Ele se aproximou mais da Terra, antes de Sua encarnação humana. Cristo é o Senhor do Sol e Chefe dos espíritos de Fogo, os Arcanjos. A Dispensação Cristã está intimamente guiada pela Hierarquia de Leão, os Senhores da Chama. Assim, a Iniciação de Fogo é diretamente ligada aos Mistérios de Cristo.

Foi o Cristo Cósmico, localizado no meio da Glória Solar, que ensinou a Seus Discípulos os mistérios mais profundos da nova fé na nova Era, a Era de Peixes, que eles iriam, então, transmitir ao grupo de Discípulos mais próximos do futuro.

A Crucificação do Cristo Cósmico começa, todo ano, quando o Sol está em Libra, no Equinócio de Setembro, quando a Glória desce para o “Hades”[1] do Planeta Terra.

O Equinócio de Março é o momento em que o Cristo Cósmico é libertado dos grilhões terrestres que Ele se aprisionou, durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

A Estação do Advento se estende pelo mês de dezembro e é anunciada como uma Festividade de Luz. O impulso espiritual da estação prepara a humanidade para o derramamento das forças celestiais acompanhando o renascimento do Cristo Cósmico em nossa esfera terrestre. Esse período é seguido pela estação do Solstício de Dezembro que se estende de 21 de dezembro à 24 de dezembro e culmina com o dia seguinte, o 25 de dezembro, no Natal, o dia mais profundamente reverenciado em toda a Cristandade.

O Cristo Cósmico será a figura central da vindoura religião da Era de Aquário.

[1] N.T.: profundezas

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