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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Despertamento Interior

Despertamento Interior

Quase todos nós experimentamos, numa determinada fase de nossa existência, o impulso de buscar respostas para nossas perguntas e dúvidas no que tange às questões espirituais.

Para muitos de nós os aspectos de nossa natureza de seres espirituais que estão evoluindo em um mundo material permanecem envoltos em certo véu de mistério. Bem poucos têm conseguido levantar, em plena consciência, as dobras daquele véu, além do qual já não pairam indagações nem dúvidas.

O contato consciente com a verdade de sua natureza transcendente, excelsa, espiritual e eterna inunda-o de intensa luz de certeza, quietude, sabedoria e onisciência.

Tudo isso pode parecer aos não místicos um tanto utópico e fantasioso. Contudo, o intelecto, a Mente científica pode apreender também a veracidade dessas indescritíveis potencialidades do ser.

As Escolas de Mistérios, as religiões, em sua milenar existência, têm sido as fiéis guardiãs de verdades e ensinos que se tem transmitido de gerações a gerações, alimentando o “fogo” da fé, da certeza da existência dos planos espirituais e da relação do ser humano com tais planos ou Mundos donde ele provém e para onde volta em seu girar evolucionante.

A Filosofia Rosacruz, como voz e pensamento atuante, é a fiel divulgação dos mais puros e verdadeiros ensinamentos orientados pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, no que se refere ao modo de cada um atingir a iluminação e consciência espiritual, chegando à concretização do plano divino, que consiste em nossa subida consciente para uma perene comunhão com Deus.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 04/70)

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Aniversário de Passamento de Max Heindel

Neste 6 de janeiro transcorre o 101º aniversário do passamento de nosso grande líder MAX HEINDEL aos planos superiores.


Não o consignamos como quem chora a falta de um orientador que nos tenha deixado desamparados. Não!
Fiel ao método Rosacruz, ele nos ensinou a ser independentes de toda influência externa, não só as mais brutais, como o hipnotismo e mediunidade, como de quaisquer outras influências, às vezes mais sutis e por isso mesmo mais perigosas, como as dos falsos mestres em ocultismo.

Desse modo, embora gostássemos imenso de tê-lo entre nós pessoalmente (pois em seu Corpo-Alma é certo que está), estamos libertos desse saudosismo comum e materialista de quem se afeiçoa à forma.

Temos dito muito desse extraordinário companheiro, Irmão na verdadeira acepção, que, mercê de seus méritos anímicos pôde alcançar várias Iniciações e, sob a orientação dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz verter, publicamente e pela primeira vez no mundo, os ensinamentos elementares da Ordem a que serviu, à fim de selecionar as almas que já estavam amadurecendo para a mais elevada forma de Cristianismo.


Convém notar: ensinamentos elementares, pois ainda há coisas reservadas aos que se elegem por seus méritos internos, como de Cristo aos Apóstolos. Aos outros “de fora” falava por parábolas. E a finalidade desses preceitos elementares é conduzir os eleitos à Iniciação, onde receberão ensinamentos pessoais e definidos.

Há escolas espiritualistas que, inseguras dos próprios meios para atrair novos seguidores, procuram convencer nossos Estudantes de que a Filosofia Rosacruz está ultrapassada, que, tendo falecido Max Heindel há mais de um século, de lá para cá surgiram novos e mais eficientes métodos espirituais, como o que apresentam. Puro sofisma. A Fraternidade Rosacruz é impessoal. Embora tenha sido fundada por Max Heindel ela existe por si mesma, por seu método libertador, porque é essencialmente Cristã.

Todos nós passaremos para os planos suprafísicos e ela continuará cada vez mais firme. Quanto ao seu método, foi dado como preparação da humanidade até a Era de Aquário, em que surgirá como nova religião, o Cristianismo Esotérico. Isto dispensa a necessidade de novos mensageiros, como foi Max Heindel.

O que a Fraternidade Rosacruz precisa é de Estudantes conscientes e sinceros, que lhe alcancem a mensagem libertadora e não se iludam com promessas vãs. Membros ativos, coerentes, que saibam cooperar dentro da liberdade e desinteresse que lhes são concedidos na Fraternidade. Aspirantes dinâmicos, não que imitem, mas que sejam realmente dignos do exemplar esforço de Max Heindel que se perguntem todos os dias que estão fazendo para ser verdadeiros Cristãos; que são, por dentro e por fora a mesma pessoa.

Em cada Grupo de Estudos ou Centro Rosacruz surgem companheiros desse naipe, dedicados, simples, prudentes, tolerantes, firmes, desinteressados e altruístas. Estes estarão no dia 6 de janeiro de cada ano mais intimamente confraternizados com Max Heindel. Não porque leram os livros de nosso grande Mensageiro, não porque fizeram todos os cursos e conhecem de cor os Ensinamentos Rosacruzes ou porque frequentam as reuniões, mas SIM porque trabalham pela obra Rosacruz, fora e dentro da Fraternidade, de mil formas diferentes, demonstrativas de seu real interesse.

Não nos referimos a seres extraordinários, mas a pessoas comuns, porém SINCERAS. Dentro de seus defeitos, que buscam sublimar, esforçam-se continua e seriamente na difusão da obra, sem visar a realces nem cargos ou recompensas dos Mestres. Quem faz desinteressadamente não pode evitar o crescimento da própria alma.
Isto é que vale em nossa Fraternidade: QUALIDADE. Irmãos que não se magoam facilmente, que não buscam destaques, e que pensam como Max Heindel: “isso tem de ser feito, por que não eu o farei?”.

Não obrigamos ninguém a ser assim. Respeitamos o modo de ser de cada um e damos indistintamente a todos, com amor e desinteresse. Contudo, estes elementos constituem um conforto espiritual, seres que nos fazem acreditar cada vez mais na proximidade do ideal aquariano. Temos tido nossas desilusões com Estudantes em que depositávamos esperanças, já sofremos incompreensões e passaremos por muito do que passou Max Heindel, em menor grau que ele porque temos menor sensibilidade, mas isso é natural. Se todos já estivessem preparados para tão alto ideal, que papel teria a Fraternidade? O seu trabalho é precisamente o de libertar e elevar os seres de boa vontade e não somos nós quem vai determinar a porcentagem dos eleitos, mas a liberdade e condição de cada um.

Confiamos que os frutos serão cada vez mais promissores, que os meios materiais e espirituais nos serão dados, à medida que os vamos merecendo, em nossa obra de divulgação.

Lembremos, pois, no dia 6 de janeiro especialmente, a figura e obra de Max Heindel, o exemplo edificante, o legado filosófico que nos deixou, e tomemos a resolução de fazer um esforço maior em 2019, que nos torne dignos da oportunidade que nos foi dada e justifique para o futuro uma ajuda maior do Alto, em favor de nosso trabalho.

Que as Rosas floresçam em vossa cruz!

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A Busca do Infinito: exemplos de Goethe, Dostoievski e Michelangelo

A Busca do Infinito: exemplos de Goethe, Dostoievski e Michelangelo

A perfeição é conquistada por intermédio de muitas pequenas imperfeições.

Goethe é um bom exemplo ocidental de equilíbrio. No entanto, ele nunca deixou de se queixar da dificuldade que lhe advinha em sua vida de criador. Escreve ele no Diário, em 1779: “Luto com o anjo desconhecido, até à exaustão; homem algum pode imaginar os combates que tenho que travar para produzir o pouco que peço. Que falta de ordem e de continuidade na minha ação, nas minhas ideias, na minha criação poética! Que raros foram os dias que me renderam! Meu Deus, continua a dar-me o teu auxílio; continua a dar-me a luz necessária para que eu não seja um obstáculo para o meu próprio caminho”.

Muita gente pode pensar que assim ele disse porque era jovem ainda. Contudo, que pensar do que Goethe disse 45 anos depois, no fim de uma vida plena de glória e recheada de obras-primas? Eis as suas palavras: “Sempre me invejaram por ter sido singularmente favorecido pela sorte. Também sinto que não me posso queixar e não serei eu a invectivar o meu destino. No entanto, no fundo, a minha vida foi só sofrimento e trabalho. Posso garantir que, ao longo de setenta e cinco anos, não tive quatro semanas de verdadeira satisfação. Foi sempre o mesmo rolar duma pedra, como a de Sísifo, que era preciso a cada momento voltar a levantar”.

A mulher de Dostoievski relata que seu marido sempre foi muito severo consigo próprio e que raramente os seus escritos lhe mereciam aprovação. Às vezes apaixonava-se pelas ideias dos seus romances, que trazia na cabeça durante muito tempo, mas quase nunca ficava satisfeito ao vê-las expressas. Apesar de nunca ele haver tido ideia poética mais rica do que “O Idiota”, Dostoievski dizia que não tinha chegado a dizer nele a décima parte do que queria. Para ele, não era mais do que a sombra do que vislumbrava no íntimo.

Michelangelo, após anos de trabalho, contempla pela primeira vez o teto da Capela Sistina e chora, porque não encontra nele o sonho que o inspirara. Podem vir os críticos, os professores de arte, com seu talento, a comentar e a explicar, descortinando intenções, descrevendo simetrias. Miguel Ângelo os ouve com um secreto espanto porque sabe que a realidade interna é infinitamente mais complicada e infinitamente mais simples. Podem os homens falar; ele sempre buscou o impossível até o fim de seus dias, num anseio incontido de perfeição.

Por isso, todo grande buscador, em qualquer campo, foi profundamente silencioso. Eles tinham a consciência da impossibilidade de comunicar facilmente tudo o que recebiam de dentro e do íntimo. É um silêncio de defesa e de pequenez ante o Infinito.

A experiência do grande buscador é a experiência da verdade e a impossibilidade de falar de sua experiência da verdade. Fala pouco e depois se recolhe para lá do silêncio.

No entanto, só quando chega a esse ponto pode começar a falar devidamente, POR AMOR e na medida daqueles que o ouvem, buscando dar-lhes a pouco e pouco o que alcançou.

E nesse dar descobre a chave da maior elevação que o conduz mais depressa aos altiplanos da espiritualidade, do que uma intensa busca isolada da verdade.

O anseio de perfeição, o impulso de evolução, vem-nos de dentro, do próprio Espírito, em maior ou menor grau, segundo o nível de consciência.

Na medida em que nos vamos libertando da influência da personalidade dominante e nos vamos submetendo à vontade do Eu verdadeiro e superior, é claro que esse anseio cresce, porque Ele busca a realização da verdade.

Espantamo-nos quando Max Heindel nos ensina que um Irmão Maior, está, em sua evolução de consciência, à frente de um santo, assim como um santo está à frente de um selvagem adorador de totem. Todavia, imaginem os passos dos seres evoluídos, comparados com nossos passos.

Em que proporção e intensidade influímos nós na elevação da sociedade? Pensem bem e vejam que é pequena ainda — o que não nos deve desanimar, senão estimular a evoluir mais depressa, porque, quanto mais evoluirmos, tanto mais largos serão nossos passos em direção à meta.

A ação dos seres altamente evoluídos é realmente digna de admiração e de exemplo. Com seus largos passos — quais pequenos astros — eles vão deixando um rastro luminoso à sua passagem, para iluminar e nortear os que ainda se encontram nas trevas das limitações pessoais. E damos razão ao pensador escocês Carlyle:

“A História Universal é a História dos Grandes Homens, que foram os condutores da humanidade, os modeladores, os tipos e, num sentido lato, os criadores de tudo o que as massas humanas em geral se esforçam por fazer ou alcançar. Todas as obras que vemos no mundo são, em verdade, o resultado material exterior, a realização prática e a encarnação dos pensamentos que habitam nos grandes homens enviados a este mundo. Assim, a alma da História do mundo é a história deles”.

Aparentemente, Carlyle anula a contribuição menor de todos que, com sua Epigênese, estão enriquecendo o patrimônio histórico, às gerações porvindouras. Porém, na mesma obra, ele considera como herói todo aquele que se vence diariamente ao conscientizar e deixar seus defeitos, atuando gradativamente melhor em sua vida pública, quer como padre ou profeta, quer como homem público, poeta, escritor ou artista ou artífice. Carlyle arremata: “Sempre saímos ganhando ao conhecer as obras ou dialogarmos com um deles”.

Há um eterno convite de perfeição a todo ser humano. Se ela não nos fosse possível, o Cristo não o teria dito: “Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial”. O Mestre podia vislumbrar claramente o que significa sermos “à Imagem e semelhança de Deus”; de “sermos herdeiros d’Ele”. Há um tesouro potencial em nosso íntimo, passível de enriquecer nossa consciência, quando conquistarmos nossa natureza e o desenterramos de nosso íntimo. A própria natureza de Deus está individualizada como eu ou como tu, à espera da desvelação.

Assim como a semente plantada se desmancha e se transforma, ao devido tempo, numa árvore igual àquela da qual proveio — assim também somos sementes de Deus e devemos renunciar ao que pensamos ser, para nos converter em algo maior, à semelhança e estatura d’Aquele que nos criou.

Somos gratos aos Irmãos Maiores que nos indicam o caminho mais seguro e curto. Ao mesmo tempo devemos assumir nossa própria Epigênese e percorrê-la à nossa maneira, na formação de algo diferente, individual, que seja uma contribuição a mais, no tesouro de Deus.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1976)

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Pergunta: Como um Iniciado pode criar um novo Corpo adulto, pronto para ser usado, antes de abandonar o antigo?

Pergunta: Como um Iniciado pode criar um novo Corpo adulto, pronto para ser usado, antes de abandonar o antigo?

Resposta: O consulente compreenderá que não é pelo fato de alguém ter-se tornado ciente dos Mundos invisíveis e talvez ter aprendido a atuar no Corpo-Alma, que isso o torne capaz de realizar esse feito. Isso requer um desenvolvimento espiritual vastíssimo, e somente aqueles que estão muito evoluídos atualmente conseguem realizar essa proeza. No entanto, diz-se que o método é o seguinte:

Quando o alimento é ingerido por uma pessoa, seja ele Adepto ou ignorante, a lei de assimilação o levará primeiro a absorver cada partícula e integrá-la ao seu próprio ser. Deve subjugar e conquistar a vida celular individual antes que ela se torne parte do seu Corpo.

Quando isso é feito, a célula permanece com ele por um tempo mais longo ou mais curto, de acordo com a constituição e o lugar na evolução da vida que habita nele. A célula composta de tecido e que foi antes incorporada num Corpo animal, além de ter sido interpenetrada por um Corpo de Desejos, tem a vida mais evoluída. Em consequência, ela reafirma-se rapidamente, e abandona o Corpo que a tinha assimilado.

Disso resulta que uma pessoa que segue uma alimentação carnívora precisa reabastecer-se com alimentos mais frequentemente. Tal matéria não seria adequada ao propósito de construir um Corpo que terá de esperar um certo tempo antes que o Adepto o ocupe. Uma alimentação constituída de legumes, frutas e nozes, principalmente quando estão maduras e frescas, é interpenetrada por uma grande quantidade do Éter que compõe o Corpo Vital da planta. São muito mais fáceis de ser absorvidas e incorporadas à constituição do Corpo. Além disso, permanecem aí muito mais tempo antes que a vida celular individual se autoafirme. Por conseguinte, o Adepto que desejar construir um Corpo pronto para ser usado antes de deixar o antigo, naturalmente o formará por meio de vegetais frescos, frutas e nozes que serão ingeridas pelo Corpo que usa diariamente e onde ficarão sujeitas à sua vontade — uma parte de seu ser.

O Corpo-Alma de tal homem ou mulher é naturalmente muito volumoso e muito poderoso. Ele retira uma parte dele, e faz um molde ou matriz no qual acrescenta diariamente partículas supérfluas para a nutrição do Corpo que está usando. Assim, aos poucos, tendo assimilado um considerável excedente de material novo, ele também pode retirar material do veículo que está usando e incorporá-lo ao novo Corpo. Gradualmente, com o passar do tempo, ele transmuta um Corpo em outro. Ao chegar ao ponto em que o velho Corpo está tão debilitado que é notado pelo Mundo externo, causando comentários, ele já deverá ter equilibrado a matéria de tal forma que o novo Corpo esteja pronto para ser usado. Ele pode sair do antigo e entrar no novo. Mas, ele não faz isso simplesmente com o propósito de continuar a viver na mesma comunidade. É-lhe possível, em razão do seu grande conhecimento, usar o mesmo Corpo durante muitos anos de maneira que continuaria a parecer jovem, pois esse Corpo não está sujeito ao desgaste causado por nós, simples mortais, pelas paixões, emoções e desejos.

Contudo, quando cria um novo Corpo, segundo consta ao autor, é sempre com o propósito de abandonar o meio em que vive e empreender o seu trabalho num novo ambiente.

Eis a razão pela qual ouvimos falar sobre homens como Cagliostro, St. Germain e outros, que apareciam um dia num determinado lugar, executavam uma missão importante e desapareciam. Ninguém sabia de onde vinham ou para onde iam, mas todos os que os conheceram prontificaram-se a testemunhar sobre suas notáveis qualidades, seja com o propósito de difamá-los ou louvá-los.

Os Irmãos Maiores ensinam que Christian Rosenkreuz tem um Corpo físico, ou talvez uma série de Corpos que usou continuamente desde que a Ordem foi fundada no século XIV. Mas, embora o autor tenha falado com vários Irmãos Leigos de alto grau, nenhum deles jamais admitiu ter visto Christian Rosenkreuz. Todos nós sabemos que ele é o décimo terceiro membro da Ordem e é sentido nas reuniões do Templo como uma presença, mas não é visto nem ouvido, segundo testemunho de todos que o autor teve a ousadia de questionar.

A maneira pela qual os Irmãos Maiores se referem ao seu chefe ilustre foi sempre reticente, e pareceria ser uma curiosidade excessiva perguntar qualquer coisa além daquilo que estão dispostos a responder. Sabemos, contudo, que o seu trabalho está relacionado com o governo do mundo. Embora não sejamos capazes de apontar qualquer personagem no atual palco mundial como sendo este grande Espírito, temos certeza que ele está aqui, executando a sua tarefa. Conta-se que ele usou a vestimenta de uma dama da Corte Francesa anterior à revolução e trabalhou árdua e honestamente para impedir aquela catástrofe iminente, ainda que sem sucesso.

Embora acreditemos na verdade desse fato, é apenas um indício. Se tivéssemos que indicar esse grande líder atualmente, iríamos encontrá-lo exercendo mais o poder atrás do trono em algum lugar, do que como titular de um dos cetros do poder no mundo de hoje.

(Perg. 69 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Renovação: os 4 Princípios

Renovação: os 4 Princípios

É sempre possível encontrar uma melhor maneira de fazer qualquer trabalho. A renovação e o aprimoramento constituem os alicerces do progresso. Quando o ser humano se estagna e já não encontra novas motivações para suas atividades, quando não exercita seu poder criador epigenético, não só deixa de progredir, como retrocede.

Descartes, o filósofo francês, o Iniciado inspirado pelos Irmãos Maiores da Rosacruz, deixou a propósito da ordem, da disciplina e da racionalização quatro princípios interessantes.

1 — Princípio da Evidência — Só se deve aceitar algo como verdadeiro, se realmente o for. Para o exame é mister que se evitem as ideias preconcebidas. Só assim podemos estudar os fenômenos e fatos, sejam quais forem.

2 — Princípio da Análise — Divida-se cada uma das dificuldades que se examine, em um número de parcelas que sejam possíveis e exigidas para a sua completa solução. (O impossível é divisível por pequenos possíveis).

3 — Princípio da Síntese — Devemos estudar e ordenar os fatos em nosso pensamento, partindo dos mais simples e mais fáceis para os mais complexos. Quando não encontrarmos, naturalmente indicada, certa ordem de sucessão, entre esses elementos deveremos estabelecê-la, embora ficticiamente, de modo a permitir uma orientação racional ao nosso pensamento.

4 — Princípio da Numeração — Faça-se, em tudo e por toda parte, enumeração tão completa e revisões tão gerais até que se esteja certo de nada haver sido omitido.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1970)

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A Necessidade da Devoção para o seu Desenvolvimento Espiritual

A Necessidade da Devoção para o seu Desenvolvimento Espiritual

Em sua Carta aos Estudantes n.º 16, cujo título tomamos para este artigo, diz Max Heindel: “O Conceito Rosacruz do Cosmos foi acolhido no mundo inteiro de forma fenomenal, suscitou tanta admiração e gratidão que eu deveria sentir-me desvanecido por isso. Ao contrário, começo a sentir-me cada vez mais preocupado de que o livro deixe de dar todo o seu fruto e perca a finalidade que os Irmãos Maiores tinham em mira, quando, por meu intermédio, o ofereceram ao mundo. O objetivo do Conceito é satisfazer a Mente – mediante uma explicação lógica do mistério do mundo — para que o lado devocional da natureza do Estudante possa desenvolver-se nos princípios que seu intelecto aprovou. Creio que essa obra atendeu à lógica inquirição do intelecto investigador. Milhares de cartas testemunham que os estudiosos nela encontraram o que de há muitos anos buscavam”.

“No entanto, pelo contato com os Estudantes, sinto que apenas uma minoria é capaz de sobrepor-se ao aspecto intelectual do livro. Ora, a menos que esta obra básica desperte no Estudante um fervoroso desejo de transcender o conhecimento, para ingressar na devoção, o livro constituirá, em minha opinião, um fracasso.”

“Em outra sociedade espiritualista, semelhante à nossa, conheci grupos de Estudantes que se aplicavam, anos a fio ao estudo do átomo, aprofundando-o aos menores detalhes — mas cujo viver era extremamente frio e indiferente ao sofrimento dos demais. Hoje percebo, com profunda pena, o desenvolvimento da mesma tendência entre muitos de nossos Estudantes. Espero que ela possa ser refreada em tempo de não provocar a morte do coração. O “conhecimento infla, mas o amor edifica” — diz São Paulo — o que se aplica em cheio aos guias da referida sociedade, que não poupavam críticas à religião cristã, da tribuna e pela imprensa, dizendo que esta carece de uma concepção intelectual do Universo.”

No melhor dos casos, o intelecto são muletas para ajudar nossas limitadas faculdades. Cabe-nos, através da intuição, conceber a verdadeira ideia espiritual que as palavras desejam comunicar.

A menos que nos esforcemos desse modo, continuaremos sendo como “sinos que soam” friamente, pois, se não temos amor e não o pomos a serviço dos demais, de nada nos valerão os conhecimentos dos mistérios.”

Voltando a Max Heindel: sem amor a inteligência é prejudicial. É o amor que torna o conhecimento em sabedoria.

Distingamos bem entre memorizar conhecimentos e VIVÊ-LOS. Charlatão (de charla, conversa) é o grande palrador. O viver é mais convincente que o falar e é o que dá autoridade à palavra. Só o amor ASSIMILA (tornar semelhante ou incorporar ao ser) o conhecimento, convertendo-o numa parte do caráter.

O melhor modo de testarmos a validade de um conhecimento é na sua aplicação à vida: ali é que ressaltam a validade ou falsidade do pensamento.

Só a vida, pela prática do amor, converte o conhecimento em Alma. Eis o objetivo da espiritualidade, resumido em SERVIR.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1976)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Augusta Foss de Heindel

Augusta Foss de Heindel

A data de 27 de janeiro é muito significativa para a comunidade Rosacruz. Ela marca o nascimento, em 1865, de Augusta Foss de Heindel, esposa do iluminado místico-ocultista, fundador da Fraternidade Rosacruz.

Foi uma mulher incomum. Sua vida está indissociavelmente ligada a The Rosicrucian Fellowship. Graças ao seu espírito altruísta e sua elevada compreensão dos ideais rosacruzes, logrou cumprir importante missão. Sua colaboração decisiva tornou possível as obras da sublime realidade que se chama “Mount Ecclesia”. Augusta vendeu as propriedades e valores recebidos por herança e, espontaneamente, investiu esse dinheiro na compra do terreno e na construção dos primeiros edifícios da Sede Mundial. Como só acontece com as almas avançadas, naquela obra ela empregou também suas energias, seus brilhantes talentos, sua vida, enfim.

Heindel e Augusta Foss conheceram-se em 1898, numa conferência teosófica realizada na cidade de Los Angeles. Ele, vivendo uma fase das mais difíceis, buscava incessantemente respostas convincentes às dúvidas que o atormentavam. Já naquela época, como aconteceu até o final de seus dias, procurava o significado mais profundo da vida, na esperança de vislumbrar um alívio para o sofrimento humano. Notando a ansiedade que dominava a natureza perscrutadora dele, ela lhe facilitava livros capazes de ampliar seus conhecimentos.

Anos mais tarde, Max Heindel seria escolhido o mensageiro da Ordem Rosacruz, pelos Irmãos Maiores, cujos ensinamentos e método deveria trazer ao conhecimento do mundo ocidental.

Nessa epopeia maravilhosa, sempre pôde contar com o apoio e colaboração incondicionais de Augusta Foss.

Em 10 de agosto de 1910, contraíram matrimônio na cidade de Santana, Califórnia. Os anos seguintes revestiram-se de lutas e ingentes esforços. A consolidação de uma obra assim, de tamanha envergadura, só seria possível mediante uma dedicação plena e ininterrupta de energias. Tempos heroicos aqueles, em que um pequeno grupo de idealistas manteve uma fé inabalável no futuro grandioso da Fraternidade Rosacruz. Foram os alicerces espirituais daquele empreendimento.

Em 6 de janeiro de 1919, Max Heindel passava para o além. Muito havia ainda por fazer. Mas os trabalhos não sofreram solução de continuidade. A Senhora Heindel, com a ajuda de fieis Probacionistas, prosseguiu dirigindo todas as atividades esotéricas da Fraternidade.

Infatigável na lida diária, jamais deixou de orientar-se pelas diretrizes que seu falecido esposo recebera dos Irmãos Maiores. Sempre zelosa no trato dos negócios da The Rosicrucian Fellowship, portou-se com admirável firmeza quando alguns fatos ameaçaram abalar a unidade existente em Mount Ecclesia.

Sua vida constituiu um verdadeiro hino de caridade, uma vivência real do serviço amoroso e desinteressado. A esse respeito, destacamos algumas palavras contidas em sua última carta dirigida aos estudantes: “Todos têm a mesma oportunidade de servir. O serviço é o único caminho conducente à grandeza. Não importa quão eficientes sejamos para servir. Se nos vangloriamos de obras que realizamos, caber-nos-á somente nossa efêmera glória pessoal. Outra direção não devemos reconhecer a não ser a do Cristo. Nem sequer a dos Irmãos Maiores, porquanto eles não determinam, mas aconselham como amigos que são. Devemos trabalhar incansavelmente para remover os blocos de pedra que atravancam o caminho da humanidade. Isso pode ser feito da melhor maneira, seguindo a obra iniciada pelos Irmãos Maiores.”

O desenlace de Augusta Foss de Heindel ocorreu em 9 de maio de 1949, após algumas décadas preenchidas generosamente com incansável labor na Seara do Cristo.

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – 02/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ajudar Sempre

Ajudar Sempre

Todo Aspirante à Vida Superior deve ter em mira ajudar sempre, sejam quais forem as circunstâncias e ocasiões, mesmo diante de problemas graves e delicados. Esses, de forma alguma o perturbam, pois mantêm, em seu coração, a CONSTÂNCIA de ajudar, pautada pelo salutar espírito de equipe, que significa, entre outras coisas, compreensão e desprendimento, fatores indispensáveis à efetiva colaboração no formoso trabalho iniciado pelos queridos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, em benefício da Humanidade.

O Aspirante à vida superior que procura, realmente, VIVER A VIDA, como nos ensina Max Heindel, jamais busca fuga, seja qual for, visando escapar do trabalho em equipe. Tem, internamente, condições tais que, externamente, nada o surpreende ou causa apreensões. Em outras palavras, sua estrutura interna se tornou sólida.

Sabe, também, que o sublime trabalho iniciado por aqueles compassivos seres, com vista à redenção da Humanidade, não deve sofrer arranhões, oriundos de nossas deficiências ou desequilíbrios. Prefere, portanto, em sua elevada compreensão e amor, ajudar sempre. Só assim conseguirá o Aspirante, em sua peregrinação, superar, de modo seguro e efetivo, as tramas do “eu inferior”, que procura colocar no caminho obstáculos e desentendimento. Na verdade, quanto mais o Aspirante busca se alimentar do bem, maior é o brilho da luz que o Cristo Interno lança para iluminar os caminhos. Numa das lições do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, a Fraternidade Rosacruz nos alerta no sentido de vermos o bem em tudo. É de alta significação o que essa lição encerra, porém, quando passamos a entendê-la na prática, então, tudo se transforma para melhor, em alto grau. E, só assim, estará o aspirante à vida superior dando cumprimento aos Evangelhos, que representam quatro Iniciações diferentes. E, para ele atingir Iniciações, mesmo as menores, é necessário que procure, com destemor, se libertar de suas imperfeições, mediante o ajudar sempre, pois ninguém se salva sozinho.

(Hélio de Paula Coimbra, Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1970)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os Doze Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz alimentam-se da mesma maneira que nós?

Pergunta: A literatura Rosacruz afirma que os Doze Irmãos Maiores têm corpos físicos, inclusive Cristian Rosenkreuz, o cabeça da Ordem, podendo funcionar neles quando bem desejarem. Esses seres altamente evoluídos alimentam-se da mesma maneira que nós?

Resposta: Realmente todos os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, inclusive Cristian Rosenkreuz, possuem corpos físicos nos quais funcionam quando desejam. Pela sua própria condição de Seres Elevados, compreendem perfeitamente o funcionamento das Leis da Natureza, vivendo em perfeita harmonia com elas. Consequentemente, não estão continuamente alterando ou lesionando as células de seus corpos físicos, fazendo com que elas necessitem de constante suprimento. Os Irmãos Maiores participam da alimentação comum somente em intervalos anuais. Além disso, a palavra de Deus tornou-se para eles o PÃO VIVENTE, e seu principal sustento. Foi a esse PÃO VIVENTE que Cristo se referiu quando disse ao demônio: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. ”

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – jan/70)

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Pergunta: Quais são as provas da Iniciação pelas quais, segundo dizem, o candidato deve passar antes de ser iniciado? 

Pergunta: Quais são as provas da Iniciação pelas quais, segundo dizem, o candidato deve passar antes de ser iniciado?

Resposta: O candidato à Iniciação, frequentemente, não sabe que é um candidato. Geralmente, ele está vivendo a vida espiritual de serviço ao seu semelhante, porque essa é a única vida que o atrai, e ele não cogita de proveitos posteriores por assim proceder. Não obstante, ele é testado e posto à prova o tempo todo, inconscientemente, sem que o saiba, pois isso faz parte do processo. Nenhum candidato jamais foi levado a uma sala de Iniciação a fim de ser julgado ou testado. As provas ocorrem na vida diária e nas pequenas coisas que são, aparentemente, destituídas de importância, mas que têm na realidade um significado fundamental. Se alguém não pode ser fiel nas pequenas coisas, como esperar que seja fiel nas grandes? Além disso, os Irmãos Maiores da humanidade, que têm a seu cargo essa tarefa em relação aos seus irmãos mais jovens, procuram descobrir o seu ponto mais vulnerável, porque se ele for posto à prova, tentado e cair, isso servirá para lhe chamar a atenção para a fraqueza do seu caráter. Desse modo, ele tem uma oportunidade para se corrigir diante dele.  

(Perg. 68 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – SP)

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