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Raiz do Nariz: Quando o ponto do Corpo Vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do Corpo Denso,alcançamos a consciência de vigília.

Raiz do Nariz – Há um ponto, colocado na “raiz do nariz”, entre os arcos supraciliares, a um centímetro e meio abaixo da pele, que tem um correspondente no Corpo Vital. Este ponto não é o Corpo Pituitário , que está muito mais para dentro da cabeça do Corpo Denso. Quando esses dois pontos, do Corpo Vital e do Denso se põem em correspondência, como acontece no ser humano atual, o clarividente treinado pode ver ali uma mancha preta, ou, em outras palavras, um como que espaço vazio, semelhante ao núcleo invisível da chama de gás. É o assento do espírito interno do ser humano, o Santo dos Santos no Templo do corpo humano, fechado para todos menos para o espírito interno do ser humano, o Ego, que nele habita. O clarividente treinado pode ver, com maior ou menor acuidade segundo sua capacidade e treinamento, todos os diferentes corpos que formam a aura humana, mas esse ponto, esse lugar, está oculto para ele. É a “Isis”, cujo véu ninguém pode levantar. O ser mais evoluído não pode erguer o véu do Ego, nem mesmo da mais humilde e menos desenvolvida criatura. Sobre a Terra, isso e somente isso, é tão sagrado que está completamente a salvo de toda e qualquer intromissão.
Quando o ponto do Corpo Vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do Corpo Denso,alcançamos a consciência de vigília, o mundo material torna-se a única coisa real. Tão real que muitos chegam a formar ideia de que tais Mundos internos não existem, e a considerar a crença neles como uma estúpida superstição. O espírito interno desperta para o Mundo Físico, e a maior parte da humanidade perde a consciência dos Mundos internos.

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Carta de Max Heindel: Prosperidade Espiritual para o Ano Novo

Janeiro de 1915

A saudação costumeira nesses dias é: “Desejo-lhe um Feliz e Próspero Ano Novo”. Com isso o autor está inteiramente de acordo e estende esses augúrios a todos, embora com um alcance algo diferente do que normalmente se almeja, já que o principal objetivo de tal desejo consiste numa prosperidade material; por isso, o autor deseja a você que o ouro que você obtenha se aquele que forja pela alquimia da alma, transformando o metal básico da experiência do próximo ano na Pedra Filosofal, o maior bem que esse mundo pode dar. As riquezas mundanas são sempre uma fonte de cuidados para o seu possuidor, mas essa, a joia das joias, nos traz uma paz que ultrapassa todo entendimento.

Além disso, se trabalharmos unicamente para a aquisição de coisas materiais, a nossa tarefa irá nos parecer penosa e ingrata, mesmo que tentemos quebrar esse ritmo nos entregando ao que chamamos de prazeres. Uma vez por outra um pensamento poderá nos assaltar: “Para que tudo isto?”. Contudo, quando nós trabalhamos na “vinha de Cristo”, quando fazemos tudo em nosso trabalho e fora dele como “se fosse para o Senhor”, então o aspecto muda inteiramente. Cristo disse: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve[1], e essa é uma verdade sempre real, ainda que não no sentido comum. O autor, e outros que tem estado com ele durante muitos anos, pode dar testemunha de que, ainda que a experiência pessoal tenha sido baseada em árduo trabalho tanto mental como fisicamente e, algumas vezes, o corpo tenha ficado tão esgotado que se tornou quase impossível a sua recuperação na manhã seguinte, a satisfação, o regozijo e o prazer foram imensos, de uma forma que muitos não conhecem, nem podem compreender. Os anos dedicados a essa tarefa têm sido tão gratificantes, que nada no mundo poderia compensar e satisfazer tanto o autor e todos os que o acompanham. Ano após ano ele o estima ser um grande privilégio executar esse trabalho, e os outros que estão com ele tem exatamente o mesmo sentimento.

E, quanto a você, querido amigo e querida amiga? Estamos no princípio de um ano novo, um novo começo. A Fraternidade Rosacruz, como uma organização, depende de unidade e se desejamos progredir espiritualmente, a tarefa deve ser empreendida por todos. Temos que ser mais fervorosos, mais sérios, mais devotados aos ideais que os Irmãos Maiores nos deram. Sabemos que na Fraternidade Rosacruz há trabalhadores aplicados; você é um deles? Não é suficiente estudar e meditar sobre os Ensinamentos Rosacruzes; temos que os incluir em nossas vidas e nos tornar luzes brilhantes em nossa comunidade. Devemos viver a vida, não só no mundo externo, mas dentro de nossos lares, de maneira que os membros do nosso lar possam sentir a luz e ser conduzidos para ela. Sabemos que muitos fazem isso, mas há outros que são indiferentes, que ainda permanecem no limiar e não querem aceitar o jugo. Agora o jugo deve ser carregado, não importa se fiquemos calejados pelo esforço. Na verdade, cada esforço é um fator adicional na construção do Corpo-Alma, o glorioso “Dourado Manto Nupcial”, com o qual nos apresentaremos perante o Senhor quando Ele aparecer.

O mais profundo desejo do autor é que cada Estudante da Fraternidade Rosacruz aceite o seu jugo com mais fervor, para que, tanto individual como coletivamente, possamos acumular um tesouro no céu que será nosso ao fim de um dia, ao final de um ano, quando aceitarmos as provações e as responsabilidades.


[1] N.T: Mt 11:28

(Carta nº 50 do Livro Carta aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Carta de Max Heindel: O Voto Feminino e a Igualdade Moral

O Voto Feminino e a Igualdade Moral

 

Pela carta do mês passado, por estranho que pareça, ficou evidente que a ópera Tannhauser é a causa legendária e muito discutida sobre o voto da mulher, do qual tanto ouvimos falar nos tempos modernos.

Também é evidente, como dissemos no mês passado, que o semelhante atrai o semelhante, e uma mulher tímida e medrosa que foi levada à força e de maneira brutal ao matrimônio, que se vê aprisionada como um animal, sem liberdade para exteriorizar suas ideias e sentimentos, não pode gerar uma descendência nobre, forte e destemida, com coragem e determinação para aderir aos seus ideais.

Portanto, enquanto mantivermos a mulher na escravidão, negando-lhe seu legítimo lugar no mundo como cooperadora e companheira do homem, estaremos retardando o nosso desenvolvimento e o da raça. Essa é a razão esotérica pela qual deve haver uma perfeita igualdade entre os dois sexos.

Se os seres humanos compreendessem e concebessem totalmente a ideia de que renascemos em corpos alternados, rapidamente acederiam às justas petições da mulher – nem que fosse pela simples e egoística razão de que, na sua próxima vida, aqueles que agora estão ocupando um corpo masculino terão que possuir um veículo feminino e viver sob as condições que agora ditam. Desse modo, os homens que agora negam os justos privilégios da mulher algum dia terão que viver nas mesmas condições, enquanto os que agora estão revestidos de um corpo feminino desfrutarão dos mesmos privilégios pelos quais agora lutam. O autor que vê o assunto não está limitado a falar somente sobre o direito de voto. A questão é de maior importância, pois refere-se à igualdade moral que a mulher tem o direito de possuir tanto quanto o homem, e que lhe foi outorgada por Deus.

Um ponto exposto em Tannhauser chama particularmente a atenção dos que anseiam viver a vida superior.

Tannhauser é julgado totalmente responsável por seu crime de depravação, tanto por seus amigos como pela Igreja. Não há duplo padrão de moralidade na Natureza. Pecado é pecado para qualquer um que o cometa e, mais do que isso, aquele a quem muito é dado, muito será exigido.

Portanto, as pessoas que alcançaram um estado elevado de iluminação devem aprender a viver uma vida pura e honesta, em harmonia com os seus ideais. Se, pela iluminação, elevamo-nos acima da lei, não empreguemos a nossa liberdade, como diz São Paulo, para satisfazer a carne. A doutrina “das almas irmãs” e das “afinidades” tem arruinado muitas vidas que, se não fosse por isso, teriam sido aquinhoadas com grande crescimento anímico.

O que a sombra é para a luz, o que o “demônio” é para Deus, a luxúria é para o amor. O amor é divino, um companheirismo das almas livres. A luxúria é diabólica e o transgressor é escravo do pecado, mesmo tendo sido a união legalizada pelo Estado ou abençoada pela Igreja.

Amemo-nos uns aos outros, mais pelo espírito do que pela carne.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nº 43)

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Carta de Max Heindel: Concentração no Trabalho Rosacruz

Concentração no Trabalho Rosacruz

Meditando sobre a utilidade da Fraternidade Rosacruz, surgiu-me a pergunta: “Qual o obstáculo mais comum que impede o nosso progresso no trabalho espiritual?” E a resposta foi: “A falta de concentração”.

Todos têm uma família que depende de nós e que tem direito a uma parte da nossa atenção. Nosso trabalho no mundo não deve ser negligenciado sob qualquer aspecto. Estamos aqui para executar certas tarefas e aprender por meio delas. Depois de atender a esses deveres, vejamos se ainda nos sobra algum tempo para aplicá-lo, justa e apropriadamente, no nosso próprio desenvolvimento. É tão importante usar acertadamente esse tempo, como o é cumprir os nossos deveres terrenos com a nossa família e com nossas obrigações sociais.

Na vida cotidiana, não tentamos ser médicos hoje, trabalhar amanhã numa indústria e no dia seguinte começar uma nova atividade. Sabemos que tal procedimento não nos levaria a lugar nenhum. Tampouco vamos viver hoje numa família como marido ou mulher, para assumir amanhã idênticos relacionamentos num lar diferente. Também não mudamos nosso círculo social tão frequentemente como mudamos de roupa ou de sapatos. Se assim procedêssemos, nossas condições sociais e profissionais ficariam comprometidas e prejudicadas.

Devemos seguir uma linha de trabalho no mundo; cuidar de uma só família; concentrar os esforços nesses departamentos da nossa vida com exclusão de todos os outros. Por que não aplicar o mesmo bom senso em nossos esforços espirituais? Normalmente, esforçamo-nos nos nossos negócios, desenvolvemos os planos traçados, trabalhamos intensamente para alcançar o êxito. Da mesma forma, estudamos e planejamos as necessidades da nossa família. Sabemos que o progresso social e profissional depende da soma de concentração, planejamento e perseverança que tivermos. Então, se nos mostramos tão sábios e prudentes no que diz respeito às coisas do mundo, que duram apenas os poucos anos da nossa vida terrena, por que não nos empenhamos em usar o mesmo bom senso e não o aplicamos de corpo e alma às coisas espirituais que são eternas?

Na Época Atlante, quando os Semitas originais foram escolhidos entre os seus irmãos, muitos deles consideraram isso uma grande provação. Eles, os “Filhos de Deus”, se casaram com “as filhas dos homens”, e a consequência disso pode ser estudada no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

Atualmente, estamos noutra grande bifurcação de caminhos. Uma “Igreja” ou comunidade de seres humanos foi designada como precursora da próxima grande raça. Muitos caminhos conduzem a Roma e ao Reino de Cristo, mas se esbanjamos o nosso tempo andando hoje numa direção para amanhã escolher um caminho diferente, o nosso fracasso é certo. Por conseguinte, peço a todos os estudantes que simpatizam com os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, que abandonem todas as demais sociedades religiosas e se consagrem, com todo o coração, mente e espírito, a viver e difundir esses conhecimentos.

Para as nossas atividades terrenas necessitamos de trabalhadores experientes, hábeis e dedicados. No Reino Celestial, a lealdade e a devoção são também fatores primordiais. Recordemos e concentremo-nos nos três primeiros versículos do primeiro Salmo, pois certamente queremos obter a maior colheita possível pelos nossos esforços espirituais e também pelos materiais.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 52)

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Carta de Max Heindel: Crescimento Anímico por meio do Trabalho

Crescimento Anímico por meio do Trabalho

Espero que tenham estudado profundamente a lição de Natal e estejam familiarizados com o fenômeno do fluxo e refluxo espiritual que ocorre no Universo, de forma a estarem conscientes da razão de sua fé na “Noite de Natal”. O intento da lição deste mês é transmitir um conhecimento adicional, ainda não ensinado publicamente. Há outros ensinamentos nesta pequena lição, os quais lançam uma luz mais clara sobre o mistério do nascimento imaculado, que não foram dados anteriormente, e espero que os estudem com atenção durante o próximo mês, para que possam compreender toda a transcendental beleza dos sublimes Ensinamentos Rosacruzes sobre esse assunto.

Mas, ainda que tenham estudado a lição de Natal e estejam aptos para discutir sobre o fluxo e refluxo espirituais, ou se sintam preparados para expor o que sabem sobre a Imaculada Concepção, tudo isso terá uma importância secundária comparada à resposta que derem a esta pergunta: “Aproveitaram o fluxo espiritual do Natal para auxiliar alguém que estivesse sofrendo, como foi sugerido no último parágrafo daquela lição? Praticaram alguma ação altruísta no trabalho do mundo?” Espero que assim tenham feito, pois somente quando praticamos os ensinamentos no nosso círculo de influência, é que eles produzem o fruto do crescimento anímico. Podemos ler até chegar a uma indigestão mental, mas as ações falam mais alto que as palavras. Diz-se que está em má situação quem tiver somente boas intenções. Portanto, queridos amigos, permitam mostrar-lhes a necessidade de trabalhar! Trabalhar! Trabalhar!

Muitas vezes constatamos no nosso lar, no trabalho, na rua ou em reuniões, certas coisas que deveriam ser feitas.

Mas a atitude do homem é a de esquivar-se. Afasta-se dizendo: “Por que devo ser eu a fazê-lo? Que outra pessoa cuide disso”. No entanto, devíamos raciocinar de forma diferente. Não devíamos pensar o quão pouco queremos fazer. Se assim procedermos, não estamos obrando para tornar-nos Auxiliares Invisíveis. Se virmos que há um trabalho a fazer, devemos decidir “Alguém terá que fazê-lo, por que não eu?”.

No próximo mês, queridos amigos, tomemos como um exercício espiritual, o seguinte lema: “Por que não eu?” Se seguirmos persistentemente esse caminho, colheremos bênçãos bem maiores do que as que já temos recebido.
Que Deus os abençoe abundantemente e os fortaleça em seus esforços.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 02)

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Carta de Max Heindel: O Corpo Vital de Jesus

O Corpo Vital de Jesus

A lição do mês passado1 trouxe à luz um certo número de questões que, até agora, não haviam sido ensinadas publicamente. Mas outros mistérios acerca do alcance e das limitações das forças espirituais, e a explicação sobre a preservação do Corpo Vital de Jesus contra o ataque das forças negras, estão também envolvidos no diálogo entre Fausto e Lúcifer. Quando este pede que a estrela de cinco pontas seja retirada da porta para que ele possa sair, Fausto pergunta-lhe: “Por que não te retiras pela janela?”

Pessoas que estudam o ocultismo, frequentemente têm uma ideia muito exagerada da força que possui aquele que desenvolveu a visão espiritual. A verdade é que os investigadores ocultistas se acham limitados pelas leis da natureza pertencentes ao mundo invisível, da mesma forma que os indivíduos da ciência são forçados a ajustar-se às leis físicas.

A fim de que o equilíbrio possa ser mantido, algumas vezes as leis num reino da Natureza atuam de uma maneira diretamente oposta às leis de um outro reino. Aqui, no mundo físico denso, as formas gravitam em direção ao centro da terra. Se a solidez do Corpo Denso não impedisse, poderíamos alcançar Cristo sem esforço. É necessária força para levantar um Corpo, mesmo que este esteja a uma simples polegada do solo; por outro lado, as formas do espírito têm uma tendência natural para levitar. Portanto, é relativamente fácil a um mestre de magia negra ir até Marte impelido pela força sexual roubada de suas vítimas. Ele é naturalmente atraído para o planeta da paixão e, como a aura de Marte se mistura com a da Terra, a façanha está longe de ser difícil. Mas, ele não pode penetrar nem mesmo no primeiro dos nove estratos da Terra, os quais conduzem ao Senhor do Amor, que é o Espírito da nossa esfera. Tal penetração é o caminho da Iniciação, e é preciso força da alma, pureza e abnegação para alcançar o Cristo, e esta é a razão porque há tão poucos que tenham algo a dizer sobre a constituição interna da Terra.

Nós não vemos os objetos físicos fora do nosso olho; eles são refletidos na retina e nós vemos apenas a sua “imagem” dentro do olho. Como a luz é o agente de reflexo, os objetos que resistem à passagem da luz parecem opacos; outras substâncias, como o vidro, parecem claras porque admitem, prontamente, a entrada dos raios da luz. Quando usamos a visão espiritual, uma luz de superlativa intensidade é gerada dentro do Corpo, entre o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal. Esta luz é focada “através” do chamado “ponto cego” no olho, diretamente sobre o objeto a ser investigado. O alcance do raio direto é inteiramente diferente do alcance do raio físico refletido. Penetra uma parede sem dificuldade, mas não há nenhum espírito no Mundo do Desejo que possa ver através do cristal. Nem Lúcifer ou qualquer outro espírito do mal consegue penetrar através de qualquer coisa feita daquele material, nem mesmo através do menor pedaço de vidraça.

Conhecendo estes fatos, os nossos Irmãos Maiores colocaram o Corpo Vital de Jesus num sarcófago de cristal para protegê-lo da vista dos curiosos ou profanos. Eles conservam este receptáculo numa caverna nas profundezas da Terra, onde ninguém que não seja Iniciado pode penetrar. Para dupla segurança, há vigilantes que montam guarda constante junto de tão precioso Corpo, pois é este veículo fosse destruído, o único caminho para a vinda de Cristo estaria eliminado, e Ele ver-se-ia obrigado a permanecer prisioneiro na Terra até que a Noite Cósmica dissolvesse seus elementos químicos no Caos. Se isso acontecesse, a missão de Cristo como nosso Salvador fracassaria; Seu sofrimento seria consideravelmente prolongado e a nossa evolução iria atrasar-se enormemente.
Trabalhemos, vigiemos e roguemos pelo dia glorioso da Sua libertação.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 32)

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Cristo e Sua Segunda Vinda

Um dos pontos principais desta lição mensal – que diz respeito às interpretações equivocadamente difundidas – é a que se refere à vinda de Cristo e ao veículo que Ele usará. A Bíblia transmite-nos isto de forma perfeitamente clara e os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dos Rosacruzes estão completamente de acordo com ela, daí a nossa opinião diferir, radicalmente, da concepção comum sobre a matéria, tanto a da maioria dos cristãos como a dos que, involuntariamente ou por outras razões, exaltam falsos Cristos parra enganar os incautos. É de vital importância que os alunos da Escola Ocidental compreendam muito bem este assunto, por isso, reiteramos resumidamente os pontos principais dos Ensinamentos Rosacruzes contidos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos” e em alguns outros livros.

Cristo é o mais alto Iniciado do Período Solar; a Terra era, então, formada de matéria de desejos e Seu corpo mais denso foi formado desta matéria.

Ninguém pode formar um veículo material que não tenha aprendido a moldar; por isso, o Espírito Cristo trabalhou com a nossa humanidade de fora da Terra – da mesma forma que os Espíritos-Grupo guiam os animais – até que Jesus abandonou os seus Corpos Vital e Denso no Batismo. Então, o Espírito Cristo desceu e entrou nesses veículos, levando fisicamente o Seu ministério aos seres humanos, até que o Corpo Denso foi destruído no Gólgota quando Ele se tornou o Espírito Interno da Terra. O Corpo Vital de Jesus foi posto de lado para esperar o segundo advento de Cristo.

Cristo advertiu-nos contra os imitadores, mas surge a questão: Como poderemos conhecer o falso do verdadeiro? São Paulo dá-nos a este respeito uma informação definida, e se nós a considerarmos, estaremos a salvo de qualquer decepção.

São Paulo diz (1a. Epístola aos Coríntios 15:50), que “a carne e o sangue não podem herdar o Reino do Céu”. Insiste que este corpo será mudado à imagem do próprio veículo de Cristo (Fel. 3:21), e em (1a. João 3:2), encontramos o mesmo testemunho.

Está perfeitamente claro que qualquer um que venha em corpo físico proclamando que é Cristo, é demente, um ente digno de compaixão, ou um impostor, merecedor de nosso escárnio e reprovação. Também não nos deixou na ignorância acerca da natureza do veículo no qual encontraremos Cristo e de que seremos como Ele. Na 1a. Epístola aos Tessalonicenses 4:17 é-nos dito que encontraremos o Senhor no ar. Portanto, nós forçosamente teremos que possuir um veículo de uma textura mais delicada do que a do nosso Corpo Denso atual. A transformação necessitará ainda de séculos para que a maioria dos homens a possa alcançar.

Na 1a. Epístola aos Tessalonicenses 5:23, São Paulo diz que o ser completo humano consiste de espírito, alma e corpo. Quando finalmente largarmos o nosso corpo denso, como Cristo o fez, nós funcionaremos num corpo chamado soma psuchicon (Corpo-Alma), 1a. Epístola aos Coríntios 15:44. Em nossa literatura, este é o “corpo-vital”, um veículo feito de Éter, capaz de levitação e da mesma natureza do Corpo usado por Cristo depois da Crucificação. Este veículo não está sujeito à morte como o nosso Corpo Denso, e é finalmente transmutado em espírito como aprendemos em nossa literatura e é confirmado na 1a. Epístola aos Coríntios, Cap. 15.

 

Por conseguinte, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental estão em perfeita harmonia com a Bíblia quando afirmam, enfaticamente, que Cristo nunca voltará na carne (pois isto seria um retrocesso para Ele). Da mesma maneira que as larvas rompem o seu casulo e se transformam em borboleta que voa de flor em flor – processo deslumbrante de animada beleza – assim também nós, algum dia, deixaremos este instrumento mortal que nos prende à Terra e ascenderemos ao céu como almas viventes, radiantes de glória, ansiosas por encontrar o nosso Salvador na terra das almas, o Novo Céu e a Nova Terra. Este é um dos pontos principais da doutrina da Escola Rosacruz. Confiamos que nossos estudantes se esforçarão por assimilar totalmente este assunto, e assim seremos capazes de “dar uma razão” à sua fé.

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Carta de Max Heindel: Santidade das Experiências Espirituais

Santidade das Experiências Espirituais

Recebemos muitas cartas dos estudantes que fizeram apreciações a respeito das lições anteriores, e isso foi para nós uma fonte de satisfação por notar o profundo amor que sentem pela Fraternidade e o desejo de saber “como tudo aconteceu”. Por isso é que me sinto com mais disposição do que no princípio para apresentar as minhas experiências pessoais.

Ao mesmo tempo, nunca será suficientemente salientado que o relato indiscriminado das experiências suprafísicas é uma das práticas mais prejudiciais, não importa qual o ponto de vista considerado. Na conferência nº 11, “Visão e Percepção Espiritual”, do livro “Cristianismo Rosacruz”, essa matéria foi amplamente explicada. O “tesouro descoberto” deve ser extraído em silêncio, e aprendemos, pelo mito grego, que Tântalo foi lançado às regiões do inferno por divulgar segredos espirituais. Por outras palavras, não podemos obter a verdadeira iluminação enquanto formos divulgando os nossos sonhos e visões, contando-os aos que, declaradamente, não desejam escutar. Ao proceder assim, profanamos e depreciamos o que deveríamos reverenciar, e a profanação é capaz de focalizar a nossa visão nas regiões infernais, os estratos inferiores do Mundo do Desejo.

Por outro lado, tais narrações sempre embaraçam a credulidade daqueles que as escutam. Não há medida alguma pela qual possamos avaliar a sua exatidão. Muitas vezes parece que eles não têm uma posição prática sobre o problema da vida. Mesmo que tenhamos fé na veracidade do visionário, as suas histórias não têm valor algum, a menos que possamos descobrir nelas uma lei fundamental ou um propósito.

Dessa forma, a declaração da lei é suficiente, não necessita de atavios. A melhor ilustração sobre esse assunto foi-me dada quando descobri a lei da mortalidade infantil, lei nunca publicada até aparecer em nossa literatura.

Um dia, meu Mestre encarregou-me de seguir a vida de certa pessoa através de duas encarnações anteriores e apresentar-lhe depois meu parecer. Eu não tinha a menor ideia de que estava sendo enviado em busca de uma lei, mas pensei que o objetivo era desenvolver a minha faculdade para ser capaz de ler na Memória da Natureza.

Quando terminei a observação, apresentei o resultado ao meu Mestre, que quis conhecer as circunstâncias em que essas mortes ocorreram. Respondi-lhe que a primeira morte daquele homem aconteceu num campo de batalha e a segunda, por doença, quando criança. O Mestre aprovou as minhas observações e encarregou-me de investigar as duas mortes de outra pessoa. Constatei que havia morrido a primeira vez por doença e, tal como no caso anterior, na segunda vez morreu ainda criança. Observei depois uma terceira pessoa, que morreu pela primeira vez num incêndio e na segunda vez me pareceu muito criança. Digo “pareceu-me”, porque dificilmente podia crer na evidência dos meus sentidos e sentia-me tímido quando informei isso ao meu Mestre. Surpreendi-me ao ouvi-lo dizer que a observação estava correta. Essa convicção foi aumentando à medida que investiguei a vida de quatorze pessoas. Na primeira vez tinham morrido por diversas circunstâncias: na guerra, em acidentes vários, por doenças etc., mas todas rodeadas pelas lamentações de seus familiares. Na segunda morte, todos passaram para o além quando crianças.

Então, meu Mestre pediu-me que comparasse essas mortes até encontrar o porquê de terem morrido em tenra idade. Por várias semanas analisei esses fatos, sem encontrar qualquer semelhança com essas várias formas de morte. Até que, num domingo pela manhã, justamente ao entrar em meu corpo, a solução irrompeu no meu cérebro. Despertei lançando o grito – Eureca! Quase caí no meio do quarto pelo salto que dei com a alegria que senti por ter encontrado a solução. Os horrores das batalhas, incêndios, acidentes, assim como as lamentações dos familiares, os privaram da profunda impressão do panorama da vida. Por conseguinte, o valor de uma vida, terminada sob tais condições, perder-se-ia se não fosse seguida da morte na infância e o subsequente ensinamento no primeiro céu, plenamente demonstrado na nossa literatura. A lei, como já foi explicada, logicamente decifra o mistério da vida, independentemente da veracidade da minha história. Como a relatei unicamente para complementar a nossa lição, sinto-me com firmeza para exortar os outros a que guardem em silêncio as suas experiências espirituais.

(Por Max Heindel – livro: Cartas aos Estudantes – nr. 19)

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Teoria do Renascimento: ensina que cada alma é uma parte integrante de Deus, contendo em si todas as potencialidades divinas, do mesmo modo que a semente contém a planta; que por meio de repetidas existências em Corpos terrestres de qualidade gradualmente

Teoria do Renascimento – ensina que cada alma é uma parte integrante de Deus, contendo em si todas as potencialidades divinas, do mesmo modo que a semente contém a planta; que por meio de repetidas existências em Corpos terrestres de qualidade gradualmente melhor, as possibilidades latentes convertem-se lentamente em poderes dinâmicos; que ninguém se perde neste processo, mas que toda a humanidade alcançará, por fim, a meta da perfeição e a união, novamente, com Deus.

É dualística, isto é, atribui certos fatos e fases da existência a estados suprafísicos e invisíveis, se bem que difira amplamente em outros pontos da Teoria Teológica.

A doutrina do Renascimento, que postula um processo de lento desenvolvimento, efetuado, persistentemente, por meio de repetidos renascimentos e em formas de crescente eficiência. Por intermédio destas formas, tempo virá em que todos alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente, a nós, inconcebível. Nada há nesta teoria que seja irrazoável ou difícil de aceitar. Olhando ao redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante, na natureza, para atingir a perfeição. Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição, tal como postula o teólogo, mas nós vemos isto sim, “Evolução”.

Evolução é “a história do progresso do Espírito no Tempo”. Por toda a parte, observando os variados fenômenos do Universo, vemos que o caminho da evolução é uma espiral. Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo funde-se com o seguinte, e, como as espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do precedente e o criador de estados sucessivos de maior desenvolvimento.

A linha reta não é mais que a extensão de um ponto. Tem apenas uma dimensão no espaço. A teoria materialista e a teológica seriam semelhantes a essa linha. O materialista diz que a linha da vida parte do nascimento e, para ser coerente, termina na hora da morte. O teólogo começa a sua linha com a criação da alma pouco antes do nascimento. Depois da morte a alma vive indefinidamente, mas seu destino foi determinado de modo irremediável pelos próprios atos no curto período de uns tantos anos. Não pode voltar atrás para corrigir os erros. A linha, seguindo sempre reta, implica numa experiência irrisória e em nenhuma elevação da alma após a morte.

O progresso natural não segue uma linha reta, conforme está implícito nessas duas teorias. Nem mesmo segue um caminho circular, o que significaria uma infinidade de voltas nas mesmas experiências e o emprego de apenas duas dimensões do espaço. Todas as coisas se movem em ciclos progressivos para que possam aproveitar plenamente todas as oportunidades de progresso oferecidas pelo universo de três dimensões. É, pois, necessário à vida em evolução tomar o caminho de três dimensões – a espiral que segue continuamente para frente e para cima.
Quer na modesta plantinha do nosso jardim, quer nas gigantescas sequoias da Califórnia, com troncos de nove metros de diâmetro, sempre notamos a mesma coisa: cada ramo, talo ou folha brota segundo uma espiral simples ou dupla, ou em pares opostos que se equilibram mutuamente, análogos ao fluxo e refluxo, ao dia e à noite, à vida e à morte, e a outras atividades alternativas da Natureza.

Examinando a abóbada celeste, e observando as imensas nebulosas ígneas ou os caminhos dos Sistemas Solares, por toda a parte vemos a espiral. Na primavera a Terra sacode seu branco manto e desperta do período de descanso – seu sono invernal. Todas as atividades visam produzir vida nova por toda a parte. O tempo passa. O trigo e as uvas amadurecem e são colhidos. Outra vez o ativo verão se desvanece no silêncio e na inatividade do inverno e, novamente, o manto branco da neve envolve a Terra. Seu sono, porém, não é eterno: despertará de novo ao canto da nova primavera, que marcará para ela um pouco mais de progresso no caminho do tempo.

Assim acontece com o Sol. Levanta-se todas as manhãs, mas a cada dia progride em sua jornada anual.
Por toda a parte encontra-se a espiral: para frente, para cima, para sempre!

Será possível que esta lei, tão universal em todos os outros Reinos, não o seja também na vida do ser humano? Deverá a Terra despertar a cada ano do seu sono invernal; deverão a árvore e a flor viverem de novo e somente o ser humano morrer? Não é possível! A mesma lei que desperta a vida na planta para que cresça outra vez, traz o ser humano de volta para adquirir novas experiências e avançar ainda mais para a meta da perfeição. Portanto, a teoria do Renascimento, que ensina a necessidade de repetidas incorporações em veículos de crescente perfeição, está em perfeito acordo com a evolução e com os fenômenos da Natureza, o que não ocorre com as outras duas teorias.

Considerando a vida sob o ponto de vista ético, podemos inferir que a Lei do Renascimento e sua companheira, a Lei de Consequência, juntas constituem a única teoria que satisfaz o senso de justiça e está em harmonia com os fatos da vida, conforme os vemos ao nosso redor.

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Teoria Teológica: afirma que em cada nascimento uma alma recém-criada por Deus entra na arena da vida, passando pelas portas do nascimento, a esta existência visível; que ao fim de um curto período de vida no mundo material passa, através dos portais da m

Teoria Teológica – afirma que em cada nascimento uma alma recém-criada por Deus entra na arena da vida, passando pelas portas do nascimento, a esta existência visível; que ao fim de um curto período de vida no mundo material passa, através dos portais da morte, ao invisível além, de onde não volta mais; que sua felicidade ou desgraça ali é determinada para a toda eternidade pelas ações que tenha praticado durante o período infinitesimal que vai do nascimento à morte.

É dualística, isto é, atribui certos fatos e fases da existência a estados suprafísicos e invisíveis, se bem que difira amplamente em outros pontos da Teoria do Renascimento.

Uma das maiores objeções que se faz à doutrina teológica ortodoxa, tal como se apresenta, é sua completa e reconhecida impropriedade. Das miríades de almas que foram criadas e habitam este Globo desde o princípio da existência, mesmo que este princípio não vá além dos seis mil anos, é insignificante o número das que se salvariam: apenas “cento e quarenta e quatro mil”! As demais seriam torturadas para sempre! E assim o demônio teria sempre a melhor parte. De modo que até poderíamos dizer, como Buda: “Se Deus permite que tais misérias existam, Ele não pode ser bom, e se Ele não tem o poder de impedi-las, não pode ser Deus”.

Nada há na Natureza que se pareça a tal método: criar para, em seguida, destruir o que foi criado. Imagina-se que Deus deseja a salvação de TODOS, e que é contrário à destruição de qualquer um, tanto que para salvá-los “deu Seu Único Filho”. Assim sendo, esse “glorioso plano de salvação” falha pela base!

Se um transatlântico, com duas mil almas a bordo enviasse uma mensagem sem fio de que estava afundando na saída de Sandy Hook , poder-se-ia considerar um “glorioso plano de salvação” enviar em seu socorro apenas um rápido barco a motor, capaz de salvar só duas ou três pessoas? Certamente que não! Pelo contrário, seria considerado um “plano de destruição” não providenciar meios adequados para salvar, pelo menos, a maioria dos passageiros em perigo.

O plano de salvação dos teólogos, porém é muitíssimo pior do que isso, uma vez que dois ou três em dois mil é uma proporção imensamente maior do que o plano teológico ortodoxo de salvar unicamente 144.000 dentre todas as miríades de almas criadas. Podemos, pois, sem medo de errar, rejeitar esta teoria também, já que é inexata, porque é irrazoável. Se Deus é onisciente Ele deve ter desenvolvido um plano mais eficaz. E assim Ele o fez. O que ficou dito é apenas teoria dos teólogos. Os ensinamentos da Bíblia são, conforme veremos adiante, muito diferentes.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Teoria Materialista: sustenta que a vida é uma viagem do berço ao túmulo; que a Mente é o resultado de certas correlações da matéria

Teoria Materialista – sustenta que a vida é uma viagem do berço ao túmulo; que a Mente é o resultado de certas correlações da matéria; que o ser humano é a mais elevada inteligência do Cosmos, e que a sua inteligência perece quando o Corpo se desintegra, após a morte.

É monística. Procura explicar todos os fatos da existência como processos dentro do mundo material.
Comparando a teoria materialista com as leis conhecidas do Universo, notamos que tanto a continuidade da força como as da matéria estão bem determinadas, além de qualquer necessidade de elucidação. Sabemos também que força e matéria são inseparáveis no Mundo Físico. Isto é contrário à teoria materialista, para a qual a Mente perece ao ocorrer a morte. Se nada pode ser destruído, também a Mente não o poderá. Ademais, sabemos que a Mente é superior à matéria, posto que ela modela a face tornando-a uma reflexão ou espelho da Mente. Sabe-se que as partículas dos nossos Corpos são continuamente trocadas e que, pelo menos uma vez em cada sete anos, todos os átomos do Corpo são substituídos.

Se a teoria materialista fosse verdadeira a consciência também deveria sofrer uma completa mudança, não podendo conservar a memória do passado, pelo que em qualquer tempo só poderíamos recordar os acontecimentos dos últimos sete anos. Mas bem sabemos que tal não acontece. Recordamos até os acontecimentos da nossa infância. Pessoas há que relatam incidentes dos mais triviais, esquecidos da consciência comum, recordados distintamente numa visão rápida e retrospectiva da vida quando estiveram a ponto de perecer afogadas. Experiências similares, em estado de transe, são também muito comuns. O materialismo não pode explicar essas fases de sub e supraconsciência. Simplesmente as ignora. Mas ignorar a existência desses fenômenos, quando a investigação científica moderna os têm comprovado fora de qualquer dúvida, é séria falha numa teoria que proclama poder resolver o maior problema da vida – a Vida em si mesma.

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