A natureza da tragédia é tal que pode realizar, e frequentemente realiza, uma purgação drástica e poderosa. Os antigos gregos entenderam bem que isso fosse assim. Foi com esse propósito que surgiram as tragédias imortais de Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Eles foram espiritualmente gerados pelos Mistérios de Elêusis e compostos à luz da Sabedoria do Iniciado. Em forma de arte nunca antes superada, essas obras foram inspiradas e transmitidas ao público em geral nos teatros abertos aos céus, reflexos da ciência espiritual ensinada a poucos qualificados nos recintos sagrados dos Templos de Mistérios.
Acima de tudo, o objetivo dessas tragédias era a edificação e a purificação. Seu conteúdo e estrutura dramáticos foram projetados para afetar o público de tal forma que ele experimentasse uma espécie de catarse por meio da sublimação das emoções que brotam das profundezas, quando a atenção é fixada intensamente na encenação de situações emocionantes, dolorosas e trágicas. A arte em suas formas mais elevadas pode fazer exatamente isso, pois a beleza é redentora.
Que grande tragédia encenada no teatro do faz-de-conta pode representar para o desenvolvimento espiritual do ser humano, que também ocorre quando acontece na realidade, no palco aberto e expansivo do mundo?
Um exemplo que podemos estudar é o que foi feito com um impacto sem precedentes, em Dallas, TX, EUA, com o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy e a conclusão no cemitério nacional em Arlington, Washington, D.C., durante o pronunciamento final das solenidades, ao lado do túmulo.
Algo de profundo significado estava acontecendo na vida daquele país durante esse período emocionalmente tenso. Isso penetrou nas profundezas da alma. Impressões de natureza transcendente estavam sendo gravadas profundamente no ser coletivo daquele país. Lá estava e lá permanecerá. Embora já esteja sendo recoberto por impressões e experiências mais superficiais, nada poderá jogar completamente no esquecimento as insinuações que surgiram à medida que os pensamentos despencaram para profundezas desconhecidas, durante a vigília nacional de três dias.
O clima durante esse período inesquecível era de espanto e admiração, de reverência e questionamentos: como o de Jó. Raramente as condições são tão propícias para um diálogo significativo e esclarecedor entre o buscador humano e o divino informador. Quando ocorrem, não é por acidente, mas pela cooperação de inteligências nos planos interno e externo da vida universal.
Esses tempos são de grande importância. Propósitos elevados são servidos. Embora tenha sido apenas por um breve momento histórico, aquele país foi trazido ao seu melhor estado. O clamor exterior cessou. A ocupação usual praticamente parou. Houve um grande silêncio. A voz interior, tão raramente ouvida, era quase audível. A contemplação centrada no mistério da vida, que por um estranho paradoxo, nunca é tão pronunciada como quando estamos na presença da morte. Milhões oraram. Mesmo entre os não religiosos, um grito instintivo se ergueu por luz e orientação, por piedade e perdão. Foi a reação espontânea da alma, expressa antes que a Mente, o membro incrédulo do ser humano, tivesse tempo para reprimir a ação do seu “eu” espiritual e verdadeiramente racional.
Tais eram as condições, o estado de espírito e de coração que tornavam a comunicação entre a hierarquia orientadora, acima, e o nosso ser racional, abaixo, não apenas mais clara e mais forte do que em tempos normais, porém unida e concentrada em objetivos espirituais devido à uma realização e expressão mais amplas nos dias vindouros.
As circunstâncias relacionadas ao assassinato do presidente combinaram-se para criar uma tragédia em sua cúpula. Um portador de poder terreno e aclamação foi silenciado. Um ato de violência foi cometido. Júpiter havia lançado um raio que atingiu a Terra com uma violência que fez o mundo tremer.
Em seu significado mais universal, a estrutura em ruínas, a Torre de Babel bíblica, representa a “queda do homem”, o declínio de uma civilização, o fim de uma era. É também um lembrete pictórico de que orgulho, arrogância, egocentrismo e confiança indevida em realizações materiais de segurança, contentamento e avanço no caminho que a alma deve seguir, conduzem apenas à queda. Nas palavras do salmista, com as quais o presidente deveria ter concluído seu discurso ao povo de Dallas e ao povo americano em geral, no dia fatídico de seu falecimento: “A menos que o Senhor construa a casa, trabalharão em vão para construí-la”.
O choque do relâmpago que atingiu aquele país no dia vinte e dois de novembro estilhaçou uma cobertura que escondia erros, injustiças e males, expondo-os à luz. A condenação lançada ao assassino acusado foi temperada por um sentimento de culpa distribuída. Assim, tornou-se um despertador, dando origem a impulsos de natureza curativa. Isso aconteceu em grande escala. Nenhuma parte do mundo foi deixada totalmente inalterada. Mesmo dos russos veio uma onda de simpatia genuína e amigável em todas as camadas da sociedade soviética. William Walton, da Comissão de Belas Artes dos EUA, chegou a Moscou apenas oito dias após o assassinato de Kennedy. “Todas as reuniões que tive”, disse ele em seu retorno a Washington, “começaram com palavras de horror e tristeza”. Era evidente, continuou ele, que nosso presidente “os havia afetado de maneira surpreendente, como um homem de paz. Eles acreditaram nele… e não são um povo que esconde sua dor. Eles choravam enquanto falavam sobre ele”. Disse ainda o Sr. Walton que eles ficaram horrorizados com as tendências marxistas de Oswald e “lamentaram que ele já tivesse estado na Rússia”.
O coração do mundo foi tocado. Foi tocado por um ato redentor. Todos os ingredientes necessários para isso estiveram presentes na tragédia de Dallas. Houve a morte sacrificial de uma figura mundial e eminente, um cenário dramático e arrebatador, um tempo cosmicamente marcado e o compromisso de um ato diabólico, todos combinados para dar ao mundo o choque de que precisava para detê-lo bruscamente, seguido de uma pausa prolongada para refletir sobre os significados mais profundos da vida. Uma tragédia de partir o coração que havia ocorrido estava acelerando as latências da alma em maior ou menor grau, dependendo da receptividade daqueles que estavam sob a influência do evento.
O que então aconteceu foi a entrega da própria vida, por um único indivíduo, num único golpe e de maneira que serviu para trazer uma medida adicional de luz a todos os seres humanos, em todos os lugares. Foi o que aconteceu em nível divino-humano no Gólgota. É o que acontece periodicamente, em nível humano e inferior, dentro da escala histórica, em tempos de grande crise e alta tensão. Com cada ocorrência desse tipo a humanidade recebe um acréscimo de consciência do seu ser imortal que está em desenvolvimento.
E assim, da escuridão vem a luz; da tristeza e da angústia, a simpatia e a compaixão; da malícia e do ódio, caridade e compreensão. De um ato que brotou de elementos que dividiam os povos, surgiram forças que fizeram sua unidade maior.
O efeito da morte de Kennedy foi, portanto, não apenas de alcance nacional, mas global. Em seu aspecto austero, feio e trágico, transcendeu as barreiras que tendem a manter os seres humanos separados. Por um breve momento histórico, ocorreu uma fusão massiva da humanidade básica de todos os membros da coletividade nacional. O evento atingiu o país com tanto imprevisto e força que retirou o ser humano das massas de dentro do seu pensamento cotidiano a tal ponto que, por pelo menos um tempo, varreu o sentimento de separação — racial, social, política ou religiosa — e o tornou consciente da sua natureza mais profunda e da sua unidade essencial com o todo. Houve um reconhecimento instantâneo e instintivo de uma realidade da qual ele normalmente não tem consciência. Expresso ou não expresso, um grito e uma oração subiram de um corpo unido. Seres humanos de crosta dura, lutando na dura frente da nossa vida política e econômica, choraram sem qualquer vergonha. Os comentaristas falaram em um tom reverencial e não habituado. Igrejas e sinagogas abriram suas portas para acomodar os muitos que buscavam os santuários sagrados para contemplar as profundezas de sua própria natureza e a comunhão com o Divino. O país estava de joelhos.
O que acontece em condições como essas? Os céus se abrem. O ser humano se estende para cima e os deuses, para baixo. Eles se dão as mãos. É um arremate de reconhecimento, de reciprocidade. Há uma aceleração das correntes de vida que conectam a centelha humana com a chama divina. Intimações da identidade divina brilham na consciência. É por meio de experiências desse tipo que o ser humano avança em seu caminho ascendente.
Existem muitos passos na longa jornada evolutiva que leva a Deus. Pouco a pouco, as forças da evolução nos levam adiante, mas quando um país ou um indivíduo chega ao lugar onde a cooperação consciente é oferecida, o progresso é tremendamente acelerado.
Como entidades coletivas, as nações, assim como os indivíduos, são discípulas no Caminho. Da mesma forma, elas dão passos sucessivos de Iniciação, nesse Caminho. Esses são em graus maiores e menores.
Vejamos um exemplo nos Estados Unidos: experimentaram três desses pontos de significado espiritual e inesquecível. O primeiro deles ocorreu com o assassinato de Abraham Lincoln; o segundo, no momento do falecimento de Franklin Roosevelt; e o terceiro, com a retirada, por assassinato, de John Kennedy da vida mortal. Cada um desses eventos trouxe àquele país um período de silêncio relativo de três dias. Pensamentos e sentimentos se uniram em uma dor comum e a consciência penetrou em profundezas incomuns. A intercomunicação entre os planos interno e externo da natureza era, portanto, extraordinariamente favorável.
É nessas horas que os guardiães do destino humano podem derramar mais abundantemente as águas da vida do seu reservatório espiritual sobre um povo momentaneamente mais necessitado e receptivo do que em tempos normais. É então que eles podem imprimir de forma mais eficaz na Mente das massas o plano e o propósito que Deus tem para o desenvolvimento progressivo e o cumprimento do verdadeiro destino da humanidade. É isso que dá a essas ocasiões o impulso para a frente, o novo impulso, o esforço renovado. Essa é a natureza essencial do que se denomina experiência iniciática.
Um governo invisível preside os assuntos das nações. Os fundadores da república dos EUA dirigiram-se a esse “centro superior de direção” e hauriram dele a força, a coragem e a inspiração que tornaram possível o estabelecimento de uma nova nação em uma nova terra dedicada à proposição de que todos os “homens são criados iguais”.
Lincoln estava profundamente consciente desse corpo governante. Ele se referiu a Ele como o “Gabinete Superior”. Com Ele comungou e, a partir daí, recebeu interiormente as impressões que o capacitaram a guiar o curso daquele país através dos perigos que então dividiram aquela nação em um estado de unidade restaurada e a abolição tardia da escravidão.
Em tempos de grande crise, como o presente, os membros do governo invisível aproximam-se muito das preocupações terrenas e exercem sua influência ao máximo para orientar os desenvolvimentos para o resultado mais elevado possível. A influência que exercem nunca pode infringir o sagrado livre arbítrio de uma nação ou de um indivíduo. Mas, com pessoas ocupando posições de influência e buscando orientação superior, gente que desenvolveu uma sensibilidade interior às impressões da alma, o governo interno pode exercer uma poderosa mão orientadora para mover os eventos na direção da intenção divina.
Os líderes que respondem a tal orientação são caracterizados por uma forte consciência do destino. Eles são destemidos. Eles se sentem seguros diante dos desafios mais opressores. Eles têm uma confiança inquestionável nos recursos disponíveis, internos e externos, para realizar a tarefa que escolheram realizar. E assim, por mais pesados que sejam seus fardos, eles os carregam com leveza. Lincoln, com o peso dos anos de guerra sobre os ombros, ainda era capaz de dizer que nenhum dia deveria passar sem uma risada. E a imagem de Kennedy era a de um homem com um sorriso.
E não o fez Cristo Jesus, enquanto pedia a Seus seguidores que pegassem a cruz e O seguissem, para ter “bom ânimo” e não permitir que seus corações se perturbassem? Isso é possível quando o sacrifício resulta não de compulsão ou senso de dever, mas de escolha. Quando a consciência espiritual atinge o nível em que passa a experimentar a doação de si mesma no serviço amoroso e desinteressado aos outros, independentemente do custo para a natureza inferior, o sacrifício torna-se a maior alegria que a alma pode conhecer.
Coragem, também, o presidente havia demonstrado em seu encontro físico com o inimigo, na Segunda Guerra Mundial. E a autoconfiança inconfundível que exibia, a confiança que irradiava, a ausência de qualquer sinal de tensão indevida quando aparecia diante de audiências de televisão, nos debates de campanha com seu oponente, foi um fator importante, senão decisivo, para ganhar a Presidência.
Além disso, quando o ex-presidente Truman implorou a ele para não buscar a indicação presidencial de 1960 em razão da juventude dele, deu uma resposta eloquente que será lembrada pelo espírito amigável e pela autoconfiança com que ele se declarou “pronto”.
Ele rejeitou o chamado teste de maturidade. Disse ele, em parte, “excluir de cargos de confiança e comando todos aqueles com menos de quarenta e quatro anos teria impedido Jefferson de escrever a Declaração da Independência; Washington, de comandar o Exército Continental; Madison, de criar a Constituição; Hamilton, de servir como Secretário do Tesouro; Clay, de ser elevado à Câmara; e Cristóvão Colombo, de descobrir a América”. Kennedy continuou dizendo que não acreditava que o povo americano estivesse disposto a impor tal teste, já que o país ainda fosse jovem, fundado por homens e mulheres jovens e ainda jovem de coração e espírito.
“É hora”, continuou ele, com toda a força do seu ser, “para uma nova geração de liderança administrar os novos problemas e as novas oportunidades. Pois há um novo mundo a ser conquistado — um mundo de paz e boa vontade; um mundo de esperança e abundância. E eu quero que os EUA liderem o caminho para esse mundo”.
Em resposta à pergunta feita por um estadista mais velho, ele declarou que não estava “comprometido levianamente a buscar a presidência; que não era um prêmio ou um objeto normal de ambição… Hoje, digo a vocês e com pleno conhecimento da responsabilidade daquele alto cargo que, se o povo da nação me escolher para ser seu presidente, estou pronto”.
Em frases sonoras, o que ele estava dizendo a seu questionador, que duvidava de suas qualificações para o mais alto cargo do país, por motivo de imaturidade, e para as pessoas cujo apoio ele estava buscando, na verdade era para não julgar a idade da alma pela idade de corpo e reconhecer que, embora os dois estivessem temporariamente ligados um ao outro, eles eram de dimensões diferentes.
E o que poderia ter sido, senão a confiança nascida da consciência interior do caminho do destino que estava percorrendo e que o levou, como católico, a inclusive aspirar à presidência? Essa dificuldade passou a ser considerada virtualmente intransponível. Como cidadão americano, leal e dedicado, Kennedy recusou-se a considerá-lo assim. Com tremenda energia e determinação, ele começou a remover a barreira histórica. Nisso ele teve sucesso. Uma assembleia de ministros protestantes e ortodoxos, reunidos na Filadélfia na época da tragédia de Kennedy, prestou ao presidente martirizado uma homenagem brilhante. Daí em diante, para sempre, declarou com efeito que o caminho para a presidência não estava mais proibido aos católicos por motivos religiosos. Também pode ser notado a esse respeito que foi com uma serena segurança interior que ele estava enfrentando o desafio religioso, quando pediu o privilégio, que lhe foi concedido, de se dirigir a uma assembleia de clérigos em uma cidade do sul, que se opunham veementemente à sua eleição. Sem qualquer traço de amargura ou irritação, mas com espírito de boa vontade, ele declarou sua posição sobre todos os assuntos em controvérsia, sem equívocos, e sua fé religiosa, sem desculpas, em um esforço honesto para trazer o melhor entendimento entre ele, seus compatriotas americanos e seus “irmãos separados” de religião. Após seu discurso, um dos ministros presentes teria observado que parecia que eram eles, e não ele que, naquela ocasião, foram colocados “no local”.
Finalmente, a consciência do destino estava em alta naquele fatídico dia de novembro, em Dallas. Ele estava em território inimigo, uma cidade que pouco antes havia feito ataques horríveis ao nosso embaixador da ONU, Adiai Stevenson, e tratou Lyndon Johnson de forma tão vergonhosa em sua visita, durante a campanha presidencial de 1960.
E Dallas ainda estava com disposição para uma violência ainda maior. Havia ódio e veneno na imprensa local. Cartazes proclamavam Kennedy um traidor e Washington, um centro de poder sinistro. Obviamente, o presidente estava enfrentando o perigo mais grave. Ninguém poderia saber disso melhor do que ele. Conselheiros de confiança o incentivaram a não ir para o Texas e, definitivamente, para Dallas.
Então o presidente foi. Claramente arriscando a própria vida, ele partiu na esperança de injetar na situação inflamatória um espírito de razoabilidade e boa vontade. Sem dúvida, ele o fez, pelo menos em certa medida, mas não como planejado. Não veio de uma mensagem falada, mas através de um choque terrível, uma tragédia preocupante. As medidas de segurança foram inúteis. Quão proféticas foram as palavras de Davi com as quais ele encerrou seu discurso que não foi proferido: “Se o Senhor não guardar a cidade, o vigia acorda, mas em vão”.
John Kennedy estava novamente “pronto” para qualquer eventualidade que o destino reservasse para ele. Ele teve insinuações do fim que iria conhecer devido a um incidente ocorrido no verão anterior, quando os motins raciais estavam no auge e as paixões explodiram perigosamente, quase gerando uma erupção violenta ainda maior. Ele estava falando a um grupo de representantes de organizações nacionais sobre os muitos problemas enfrentados pela nação em casa e no exterior, quando a certa altura tirou do bolso um papel de onde leu o famoso discurso de Blanch da Espanha, no Rei João (King John) de Shakespeare:
“O sol está escaldante com sangue: belo dia, adeus!
Qual é o lado que devo seguir?
Eu estou com ambos: cada exército tem uma mão;
E em sua fúria, eu tendo os dois;
Eles rodopiam em pedaços e me desmembram”.
No dia da visita a Dallas, sua hora havia chegado. O mesmo ocorreu no momento culminante de um drama encenado no cenário mundial, em que a trágica morte do ator principal afetou tanto o público que, de luto pelo que foi amplamente sentido como uma perda muito pessoal, brotou inesperadamente da alma coletiva da nação, e no mundo em geral, novas fontes de vida espiritual. Assim, de uma perda tridimensional surgiu um ganho quadridimensional. Isso revelou a verdadeira natureza redentora do sacrifício como o preço da realização e a lei básica do progresso evolucionário.
John Kennedy estava se movendo fielmente rumo ao propósito mais elevado que sua alma havia decidido seguir antes mesmo de entrar em seu renascimento atual. Esse propósito era levar o maior bem possível ao seu país e ao mundo, mesmo à custa do martírio. A autoridade para essas declarações está no mapa dos céus no momento do seu nascimento.
Embora a Mente consciente raramente tenha plena lembrança da rota que a alma escolheu seguir antes do renascimento, o “Eu Superior” não se esquece. Pela intuição do coração, ele pode comunicar ao cérebro físico o caminho que escolheu seguir.
E assim, ao ir para Dallas, onde o perigo espreitava, o presidente estava se movendo com uma consciência idêntica àquela a partir da qual falava quando declarou com confiança que estava pronto para assumir a presidência. Foi assim quando ele se aventurou em uma zona de perigo político. Novamente, ele estava interiormente pronto para qualquer eventualidade.
O mesmo aconteceu com Lincoln, quando se aproximou do seu Gólgota. Ainda não era presidente, mas já sob fogo, ele escreveu: “Vejo a tempestade chegando e sei que Sua mão está nela. Se Ele tem lugar e trabalho para mim, acredito que estou pronto”.
Nem poderia o presidente Kennedy ter esquecido o ciclo de vinte anos que começou em 1840, durante o qual nenhum presidente viveu para cumprir seu mandato. William Henry Harrison assumiu a presidência em 1840 e morreu logo depois. O próximo, na linha da sucessão de vinte anos, foi Lincoln, 1860; Garfield, 1880; McKinley, 1880, todos os três destituídos do cargo por assassinato. Em seguida, veio “A Estranha Morte de William Harding”, 1920; Franklin Roosevelt, 1940; e agora, por último, John Kennedy, 1960, o quarto a morrer nas mãos de um assassino.
Certa configuração astrológica se repete nesses intervalos de vinte anos, o que aparentemente entrava nesse padrão presidencial, embora possa haver mais coisas envolvidas que não foram determinadas.
Ciente ou não do que esse ciclo podia haver pressagiado para ele, Kennedy, aparentemente, não fez coisa alguma para restringir sua liberdade de movimento em todos os momentos. Sorridente, ele saiu para encontrar o que quer que o destino reservasse para ele. Subconscientemente, senão conscientemente, ele deve ter tido o pensamento que Hamlet expressou quando se aproximava da sua hora final e fatal: “Se for agora, não virá; se não for para vir, será agora; se não for agora, ainda virá: a prontidão é tudo”.
E assim, misericordiosamente escondido da Mente presa ao cérebro, mas conhecido do “Eu” superconsciente, Kennedy saiu no dia de sua morte para dar sua vida pela terra que amava e pelas pessoas que viera para servir. De acordo com o testemunho estelar, foi um ato de sacrifício que ele escolheu fazer antes de entrar no presente renascimento. Ao longo dos tempos, a exploração e o estabelecimento de novas fronteiras são fortalecidos e alimentados pelo sangue dos mártires.
(Publicado na Revista New Age Interpreter – Corinne Heline – first quarter, 1963 – traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Saúde é a possibilidade que damos à VIDA de se manifestar em toda sua plenitude.
Nossa saúde depende da atitude de adaptabilidade dos nossos tecidos para permitir que a vida flua através deles, é a consequência de uma vida em harmonia com as Leis Naturais.
Saúde é um estado de equilíbrio perfeito no qual todos os nossos sistemas funcionam integrados e com economia de esforços.
Portanto, sermos saudáveis também depende de nós.
Observar as Leis Naturais e Divinas que regem nossos processos, respeitá-las de maneira amorosa e disciplinada, garante que nosso Ser espiritual se aproprie dos nossos diferentes corpos para torná-los saudáveis e dispostos para a evolução dele.
Conhecer e pôr em prática essas leis, eis o primeiro passo que nos conduz de volta à saúde.
O desequilíbrio que gera nossas doenças, somente produzirá frutos bons quando buscarmos as causas geradoras delas e nos colocarmos no processo transformador de tais causas.
Quando conseguirmos entender e realizar, dentro de nós, essas mudanças, é que iniciamos um verdadeiro processo de regeneração, que aumentará nossa força interior e nossa resistência.
Permita, então, que sua capacidade de autocura comece a se processar.
Lembremo-nos da frase de Hipócrates, Pai da medicina, quando nos diz: “Permita que a Natureza e suas leis façam o trabalho de curá-lo e respeite essa força curadora”.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de novembro-dezembro/1999)
Preocupação, ansiedade, medo, ressentimento e outros estados negativos emocionais e mentais dificultam a cura.
Na medida em que nos abrimos para Deus e n’Ele confiamos, recebemos equilíbrio, força e discernimento que nos ajudam a recuperar o autodomínio e, consequentemente, a saúde.
Quando trabalhamos sobre nós mesmos para construir nosso mundo interno, em harmonia e sintonia com Deus, há cura para o corpo, há inspiração para a Mente, há nobreza e amor para o coração, integridade, unidade e harmonia.
Assim, podemos conscientizar a vida revitalizadora de Deus penetrando em todo o organismo, restaurando, sublimando e sanando.
Devemos sentir a Presença Divina durante o dia e a noite sem cessar. Esse é o verdadeiro trabalho que podemos realizar sobre nós mesmos. Tal é a “boa obra”, na qual somos amorosa e sabiamente orientados pelo Cristo Interno.
Desse modo ou de outro, todos estamos buscando realizar a “boa obra”. A maioria de nós, inconscientemente, inverte esse anseio, é traída pela Personalidade e concentra-se em objetos externos.
O anseio vem de dentro. Enquanto não o reconhecemos, desviamos preciosos esforços. Mas, se seguimos os ditames do nosso verdadeiro Eu, podemos entrar na Luz, na Ordem e na Paz. Tornaremo-nos novas criaturas e essa nova forma de viver é transferida do exterior para o Ser interior, dando-nos a confiança de que somos parte integrante de Deus, colaborando com o Seu esforço de tornar-nos saudáveis e perfeitos.
“É bom o Senhor para os que esperam por Ele.” (Lm 3:25)
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de janeiro-fevereiro/2000)
Resposta: Segundo a Astrologia Rosacruz, eis o motivo espiritual da órbita de influência: além do corpo visível, o Corpo Denso, percebido por nossos sentidos, o ser humano também possui veículos invisíveis (Corpo Vital, Corpo de Desejos e Mente) chamados por São Paulo de corpos espirituais, sendo que o ser humano em si é Espírito. Quando houvermos desenvolvido a visão espiritual, uma faculdade latente em todos, poderemos ver esses veículos mais sutis sobressaindo do Corpo Denso e este situando-se no centro do Corpo Vital e do Corpo de Desejos, do mesmo modo que a gema se situa no centro do ovo, rodeada de clara por todos os lados. Antes que dois seres humanos entrem em contato físico, suas auras (também compostas do Corpo Vital e do Corpo de Desejos) se interpenetram. É a razão de “sentirmos a presença do outro”, às vezes, antes de o percebermos por meio de nossos sentidos comuns. Como é em cima, assim é embaixo. O ser humano é feito à imagem de Deus e de Seus Ministros: os Astros. Todo Astro tem um corpo invisível que sobressai no espaço, além da esfera densa visível e perceptível pelo olho humano. Quando essas auras astrais entram em Aspecto, uma influência é sentida, mesmo que ainda faltem alguns graus para os Astros visíveis formarem o Aspecto exato, ou mesmo que já tenham ultrapassado esses graus do Aspecto.
Também, segundo a Astrologia Rosacruz, o Sol e a Lua possuem uma órbita de influência de 8 graus devido a excentricidade da órbita do Sol “em torno” da Terra (lembrando que na Astrologia utilizamos o sistema geocêntrico), e da Lua em torno da Terra. Tal excentricidade é menor do que as órbitas dos outros Planetas, o que cria uma órbita de influência maior. Soma-se a isso a questão da proximidade desses dois Luminares em relação à Terra: são bem mais próximos do que os outros Astros. Faça um teste: coloque uma linha no chão e ponha um farolete a 1 metro de altura, com o foco de luz sobre a linha divisória, você terá uma ideia aproximada do que ocorre. A Luz irradia para os dois lados da linha divisória, e você nunca mais vai esquecer disso. Quanto mais próxima da linha divisória, maior a “órbita de influência”. Cálculos astronômicos, demonstram, 8 graus e 6 graus, respectivamente, para cada lado.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Ali encontramos os que não têm interesse pela Vida Superior – a vida espiritual enquanto renascidos aqui –, os de tendências materialistas, que negam a existência post-mortem. Tais indivíduos se colocam além de qualquer possibilidade de ajuda e sofrem mais do que qualquer outra alma. Ademais, ao saírem de tal plano e se elevarem aos planos celestes, quando são chamados a formar, segundo suas faculdades e sentido de harmonia e lógica, os futuros veículos e ambientes, seus pensamentos cristalizantes, suas formas desvirtuadas de pensar e sentir influem desfavoravelmente na construção dos arquétipos, gerando futuros corpos com deficiências físicas e, geralmente, com tendências consuntivas.
Eis porque a causa mais comum da tuberculose e outros tipos de doenças que vão consumindo, aos poucos, o Corpo Denso é o materialismo. Algumas vezes o sofrimento produzido por tais corpos decrépitos provoca um rápido despertar do Ego, levando-o de volta às leis de harmonia e de uma vivência superior, permitindo o normal andamento de seu processo evolutivo.
Porém, muitas vezes essas mentalidades resistem à evidência dos fatos e recrudescem sua revolta e insatisfação. Daí que maior interesse das forças que trabalham através dos diversos movimentos espiritualistas, seja o de iluminar e transformar essas mentalidades, em que jaz o maior dos perigos, porque vão perdendo o seu contato com o Ego e a necessária influência d’Ele, tornando-se um proscrito e infeliz.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Notem que grandes Hierarquias Criadoras sempre ajudaram a ajudam os Espíritos Virginais a desenvolverem forma e consciência. Havia muitas Hierarquias, mas por enquanto nos ateremos só às principais, àquelas que realizaram o trabalho mais importante em cada Período.
A primeira coluna mostra que o Período de Saturno é o primeiro dos sete Períodos. Nesse primeiro estágio os Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma.
Aqui começamos a parte desse Esquema de Evolução que conhecemos como estado de Involução inconsciente, caracterizado por nos trazer á mate´ria pela cristalização em Corpos.
Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito Divino; B e F estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; C e E estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; D estava localizado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.
No Período de Saturno, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Senhores da Chama, devido à brilhante luminosidade dos seus Corpos e aos seus grandes poderes espirituais. Na Bíblia são chamados “Tronos”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.
Por repetidos esforços durante a primeira Revolução, os Senhores da Chama mps deram o germe do nosso atual Corpo Denso (em pensamento-forma) e despertaram em nós o nosso veículo Espírito Divino.
A onda de vida Senhores da Mente passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Concreta do Mundo do Pensamento.
Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o primeiro Dia da Criação.
Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Solar.
A segunda coluna mostra, então, o Período Solar que é o segundo dos sete Períodos. Demos o segundo passo na evolução da Consciência e da Forma.
Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; B e F estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; D estava localizado no Mundo do Desejo.
No Período Solar, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Querubins e Senhores da Sabedoria. Na Bíblia são chamados “Querubins”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.
Os Querubins despertaram em nós o nosso veículo Espírito de Vida. Já os Senhores da Sabedoria nos deram o germe do nosso atual Corpo Vital (em pensamento-forma).
A onda de vida dos Arcanjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Mundo do Desejo.
Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o segundo Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Lunar.
A terceira coluna mostra, então, o Período Lunar que é o terceiro dos sete Períodos. Demos o terceiro passo na evolução da Consciência e da Forma.
Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Região Abstrata do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Mundo do Desejo; D estava localizado na Região Etérica do Mundo Físico.
No Período Lunar, na terminologia Rosacruz, as principais Hierarquias Criadoras que nos ajudaram são denominadas Serafins e Senhores da Individualidade. Na Bíblia são chamados “Serafins”, e ocuparam-se com o ser humano por sua livre vontade.
Os Serafins despertaram em nós o nosso veículo Espírito Humano. Já os Senhores da Individualidade nos deram o germe do nosso atual Corpo de Desejos (em pensamento-forma).
A onda de vida dos Anjos passou o seu estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingiu o ponto mais denso que deveria atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Etérica do Mundo Físico.
Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terceiro Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Terrestre, o Período que estamos atualmente.
Perceba: os três primeiros Períodos mencionados (de Saturno, Solar e Lunar) pertencem ao passado. Nós estamos, agora, no quarto ou Período Terrestre.
A quarta coluna mostra, então, o Período Terrestre que é o quarto dos sete Períodos. Demos o quarto passo na evolução da Consciência e da Forma.
Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Região Concreto do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados no Mundo do Desejo; C e E estavam localizados na Região Etérica do Mundo Físico; D estava localizado na Região Química do Mundo Físico.
No Período Terrestre, na terminologia Rosacruz, a principal Hierarquia Criadora que nos ajuda é denominada Senhores da Forma.
No Período Terrestre os Senhores da Mente alcançaram o estado Criador e emitiram de si, dentro do nosso ser, o núcleo do material com o qual estamos procurando agora construir uma Mente organizada, ou seja, os Senhores da Mente nos deram o germe da nossa atual Mente (em pensamento-forma). “Poderes das Trevas” foi o nome que lhes deu São Paulo, e que vemos na Bíblia.
A onda de vida humana, nós, estamos passando o nosso estágio “humanidade” nesse Período, ou seja, atingimos o ponto mais denso que deveríamos atingir nesse Esquema de Evolução, qual seja: Região Química do Mundo Físico.
Como o alimento apropriado nutre o Corpo no sentido material, assim também a atividade do espírito no Corpo Denso, manifestada como reta ação, pelos impactos externos e pela experiência promove o crescimento da Alma Consciente. No Período Terrestre começamos a extrair a Alma Consciente do Corpo Denso.
Note que a Involução compreende os Período de Saturno, Solar, Lunar e a metade marciana do Período Terrestre. O caminho da Evolução seguirá a humanidade através da metade mercurial do Período Terrestre e dos Períodos de Júpiter, de Vênus e de Vulcano.
Durante os Períodos de Saturno, Solar e Lunar e na metade passada do atual Período Terrestre, os Espíritos Virginais construíram inconscientemente seus diferentes veículos sob a direção de exaltados Seres, os quais guiaram seu progresso, despertando-os gradualmente até adquirirem seu estado atual de consciência de vigília. Esse período é chamado “Involução”.
Os três Períodos e meio restantes serão dedicados ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.
Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o quarto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Júpiter.
A quinta coluna mostra, então, o Período de Júpiter que é o quinto dos sete Períodos. Demos o primeiro passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.
Perceba que os Globos estarão na mesma posição do Período Lunar: A e G estavam localizados no Região Abstrata do Mundo do Pensamento; B e F estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Mundo do Desejo; D estava localizado na Região Etérica do Mundo Físico.
No Período de Júpiter, o ser humano funcionará em Corpo Vital, como funciona agora em Corpo Denso.
No Período de Júpiter seremos o que podemos dizer “super-homens”: as imagens internas, como de sonho, estarão sujeitas à nossa vontade e não serão meras reproduções dos objetos exteriores. Será uma combinação das imagens internas com os pensamentos e ideias desenvolvidas conscientemente durante o Período Terrestre, isto é, será uma Consciência pictórica consciente de si. A Mente será, até certo, ponto vivificada. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.
A Alma Intelectual cresce pelo exercício da memória, que liga as experiências passadas às experiências presentes e os sentimentos por elas engendrados. Origina a simpatia e a antipatia, que não têm existência independente da memória. Sentimentos que resultassem somente das experiências seriam evanescentes. No Período de Júpiter extrairemos a Alma Intelectual do Corpo Vital.
Os animais, nossos irmãos mais jovens, serão “humanos” no Período de Júpiter.
Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o quinto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Vênus.
A sexta coluna mostra, então, o Período de Vênus que é o sexto dos sete Períodos. Demos o segundo passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.
Perceba que os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; B e F estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; C e E estavam localizados na Região Concreta do Mundo do Pensamento; D estava localizado no Mundo do Desejo.
No Período de Vênus, o ser humano funcionará em Corpo de Desejos – que alcançará a sua perfeição –, como funciona agora em Corpo Denso.
No Período de Vênus seremos o que podemos dizer “semideuses”: uma consciência objetiva, consciente e criadora. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas.
Os desejos e as emoções mais elevados do Corpo de Desejos formam o crescimento da Alma Emocional. No Período de Vênus extrairemos a Alma Emocional do Corpo de Desejos.
Os vegetais serão “humanos” no Período de Vênus.
Quando a onda de vida der sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, termina o sexto Dia da Criação. Seguirá uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual terá início o Período de Período de Vulcano.
A sétima coluna mostra, então, o Período de Vulcano que é o sétimo dos sete Períodos. Demos o último passo ao aperfeiçoamento desses diferentes veículos e à expansão da nossa consciência em algo semelhante à onisciência.
Perceba que os os Globos A e G estavam localizados no Mundo do Espírito Divino; B e F estavam localizados no Mundo do Espírito de Vida; C e E estavam localizados na Região Abstrata do Mundo do Pensamento; D estava localizado na Região Concreta do Mundo do Pensamento.
No Período de Vulcano, o ser humano funcionará na Mente – que alcançará a sua perfeição –, como funciona agora em Corpo Denso.
No Período de Vulcano seremos o que podemos dizer “homens-deuses”: alcançaremos a perfeição, ao final do Período de Vulcano, onde poderemos imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão.
Amalgamaremos a Tríplice Alma com a Mente.
Os minerais de hoje serão a “humanidade” do Período de Vulcano.
O Período de Vulcano é o último Período do nosso plano evolutivo. Pode-se dizer que o Período de Vulcano corresponde à semana, que inclui todos os sete dias.
Depois disso se seguirá um largo intervalo de atividade subjetiva durante o qual os Espíritos Virginais absorverão todos os frutos do Período setenário de Manifestação. Passado esse intervalo, submergir-se-ão em Deus, de Quem vieram, para, ao alvorecer de outro Grande Dia, reemergirem como seus Gloriosos Colaboradores. Durante a passada evolução as possibilidades latentes foram transmutadas em poderes dinâmicos. Tendo adquirido Poder de Alma e Mente Criadora, frutos de sua peregrinação através da matéria, terão avançado da impotência à Onipotência, da ignorância à Onisciência.
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
A doutrina da Imaculada Conceição ou Imaculada Concepção é um dos mais sublimes mistérios da Religião Cristã e, talvez por essa razão, tem sido mais encarada pelo lado material do que qualquer outro dos mistérios.
A ideia popular, mas errônea, é que há 2.000 anos, um indivíduo chamado Jesus Cristo nasceu sem a necessidade da cooperação de um pai terreno e que esse incidente é tido como único na história do mundo.
Na realidade, não é assim. A Imaculada Conceição já ocorreu muitas vezes na história do mundo e será universal no futuro.
O fluxo e refluxo periódico das forças materiais e espirituais que afetam a Terra são as causas invisíveis das atividades físicas, morais e mentais exercidas sobre o nosso globo. De acordo com o axioma hermético “como em cima, assim é em baixo”, uma atividade semelhante ocorre no ser humano, que é uma edição menor da Mãe Natureza.
Os animais têm vinte e oito pares de nervos espinhais e, atualmente, estão em seu estado lunar, perfeitamente sintonizados com os vinte e oito dias que a Lua demora para circundar o Zodíaco. O Espírito-Grupo regula o acasalamento dos animais em estado selvagem. Por isso, neles não existe o abuso.
O ser humano, no entanto, encontra-se em estado de transição: progrediu demasiado e por isso mesmo não obedece às vibrações lunares, porque tem trinta e um pares de nervos espinhais. Mas ainda não está sintonizado com o mês solar de trinta e um dias e se acasala em qualquer época do ano; daí o período menstrual da mulher, o qual, em condições apropriadas, é utilizado para formar parte do corpo de um filho mais perfeito que o do seu pai ou de sua mãe.
De igual modo, o fluxo periódico da humanidade se converte em espinha dorsal do adiantamento racial; o fluxo periódico das forças espirituais da Terra, que ocorre no Natal, resulta o nascimento de Salvadores que, de tempos em tempos, renovam os impulsos para o avanço espiritual da raça humana.
A Bíblia possui duas partes: o Velho e o Novo Testamento. Depois de relatar resumidamente como foi formado o mundo, o Antigo Testamento nos fala da “Queda”.
Nós entendemos que a “Queda” foi ocasionada pelo abuso ignorante da força sexual do ser humano, em ocasiões em que os raios interplanetários eram adversos à concepção dos melhores e mais puros veículos. Desse modo, o ser humano foi se aprisionando gradualmente em um Corpo Denso, cristalizado pela pecaminosa paixão e, consequentemente, dentro de um veículo imperfeito, sujeito ao sofrimento e à morte.
Então começou a peregrinação através da matéria e por milênios temos vivido neste duro e cristalizado corpo que obscurece a luz dos Céus ao Espírito interno. O Espírito é como um diamante encerrado em uma crosta grosseira e os lapidadores celestiais, os Anjos do Destino, estão continuadamente procurando remover essa crosta a fim de que o Espírito possa brilhar através do veículo que anima.
Quando o lapidário encosta o diamante na pedra polidora, ele emite um gemido, como se fosse um grito de dor, à medida que a cobertura opaca se desprende. Aos poucos, o diamante bruto que é submetido às aplicações da pedra transforma-se em gema de transcendental brilho e pureza.
Do mesmo modo, os seres celestiais que zelam pela nossa evolução nos oprimem fortemente contra a pedra polidora da experiência. Dores e sofrimentos resultam disso e despertam o Espírito que dorme dentro de nós. O ser humano que até este momento se contentou com as coisas materiais, que tem sido indulgente com os sentidos e com o sexo, sente descontentamento e isso o impele a buscar uma vida mais elevada.
No entanto, a satisfação dessa sublime aspiração é normalmente acompanhada de uma luta muito severa, por parte da natureza inferior. Foi durante essa luta, que São Paulo exclamou com toda a angústia de um coração devoto e aspirante: — “Infeliz homem que sou… Porque eu não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero… Porque eu me deleito na lei de Deus, segundo o homem interior, mas sinto nos meus membros outra lei que repugna à lei do meu Espírito e que me faz cativo na lei do pecado, que está nos meus membros.” (Rm 7:19-24).
Quando se espreme uma flor, liberta-se a sua essência e, assim, enche-se o ambiente com a sua grata fragrância, que deleita o olfato de todos os que tenham a sorte de estar próximos. Os golpes do destino podem envolver um homem ou uma mulher que tenha chegado ao estado de eflorescência, mas isso servirá para mostrar a doçura da natureza e exaltar a beleza da alma, até que brilhe com fulgor, marcando o seu possuidor com um halo luminoso.
Essa pessoa encontra-se no caminho da Iniciação. Ela aprende como o licencioso uso do sexo, sem ter em conta os raios astrais, fizeram-na prisioneira do corpo; como está acorrentada a ele e como, por meio do uso apropriado dessa mesma força sexual, em harmonia com os Astros, poderá gradualmente melhorá-lo e sutilizá-lo, obtendo afinal a libertação da existência concreta.
Um construtor naval não pode fazer um barco de carvalho usando madeira comum. Nem o ser humano colhe uvas de espinheiros; semelhante atrai semelhante e um Ego de natureza passional, quando se encarna, é arrastado para pais da mesma natureza; deste modo, o seu corpo será concebido em harmonia com o impulso do momento, pela satisfação dos sentidos.
A alma que provou da taça da tristeza devido ao abuso da força criadora e bebeu sua amargura, gradualmente buscará pais cada vez menos dominados pelos instintos passionais, até que por fim obterá a Iniciação.
Havendo sido instruída, no processo da Iniciação, sobre a influência dos raios astrais no parto, o próximo corpo será gerado por pais Iniciados, sem paixão e sob a constelação mais favorável para o trabalho a que o Ego se propôs.
Por isso, os Evangelhos (que são fórmulas de Iniciação) começam com o relato da Imaculada Conceição e terminam com a Crucifixão, ambos ideais maravilhosos que teremos de alcançar, porque somos Cristos em formação e alguma vez passaremos pelo nascimento místico e pela morte mística anunciados nos Evangelhos. Por meio do conhecimento poderemos apressar o dia da nossa libertação, em vez de frustramos estupidamente o nosso desenvolvimento espiritual, como agora fazemos.
Em relação à Imaculada Conceição, prevalecem incompreensões em todos os sentidos, como: a perpétua virgindade da mãe depois do parto; a baixa posição de José como suposto pai adotivo, etc. Vamos rever rapidamente esses pontos, como são revelados na Memória da Natureza.
Em algumas partes da Europa, classifica-se de “bem-nascidos” ou mesmo “altamente bem-nascidos” as pessoas de classe elevada, filhos de pais que têm lugar preponderante na sociedade. Tais pessoas, por vezes, olham com desdém os de modesta posição.
Nada temos contra a expressão “bem-nascidos” e desejaríamos mesmo que todos fossem bem-nascidos; isto é, que fossem filhos de pais de alta posição moral, sem nos importar a sua hierarquia social.
Existe uma virgindade da alma que é independente do estado do corpo, uma pureza da Mente que conduz quem a possui ao ato da geração sem a mancha da paixão e torna possível que a mãe tenha o filho em seu seio com um amor inteiramente isento do desejo sexual.
Antes de Cristo, isso teria sido impossível. Em tempos remotos, na jornada do ser humano sobre a Terra, era mais desejável a quantidade do que a qualidade e daí a ordem: “Crescei e multiplicai-vos”. Além disso, foi necessário que o ser humano esquecesse temporariamente sua natureza espiritual e concentrasse suas energias sobre as condições materiais. A indulgência em relação à paixão sexual atingiu esse objetivo e a natureza de desejos teve amplitude em suas funções. Floresceu a poligamia e quanto mais filhos tivesse um matrimônio, mais se honrava, enquanto a esterilidade era vista como a maior aflição possível.
Por outro lado, a natureza de desejos foi refreada pelas leis dadas por Deus e a obediência aos mandatos divinos foi forçada por castigos aplicados aos transgressores, tais como guerras, pestes ou fome. Recompensava-se a rigorosa observância desses mandatos e os filhos, o gado e as colheitas do ser humano “reto” eram numerosos; ele obtinha vitórias sobre os seus inimigos e a taça da felicidade transbordava para ele.
Mais tarde, quando a Terra estava suficientemente povoada, depois do dilúvio Atlante, a poligamia foi decrescendo cada vez mais, tendo como resultado a melhoria da qualidade dos corpos e, na época de Cristo, a natureza de desejos podia ser refreada, no caso dos mais avançados entre a humanidade; o ato gerador tornava-se possível sem paixão, para que os filhos fossem concebidos imaculadamente.
Assim eram os pais de Jesus. Diz-se que José era um carpinteiro; todavia ele não era um trabalhador de madeira, mas um “construtor” no mais alto sentido. Deus é o grande Arquiteto do Universo. Abaixo de Deus existem muitos construtores de diferentes graus de esplendor espiritual. Todos estão ocupados e comprometidos na construção de um templo sem ruído de martelos e José não era uma exceção.
Por vezes, perguntam-nos por que os Iniciados são sempre homens e nunca mulheres. Não é assim: nos graus inferiores existem muitas mulheres; mas quando é permitido a um Iniciado escolher o sexo, normalmente prefere um Corpo Denso que é positivo, masculino, pois a vida que o conduziu à Iniciação espiritualizou o seu Corpo Vital e o tomou positivo sob todas as condições, de modo a ter, então, um veículo da mais alta eficiência.
No entanto, há épocas em que as exigências de natureza evolutiva requerem um corpo feminino, como por exemplo para prover um corpo do mais refinado tipo, a fim de que receba um Ego de grau elevadíssimo. Então, um alto Iniciado pode tomar um corpo feminino e passar novamente pela experiência da maternidade, depois de, talvez, ter deixado de fazer por várias vidas, como foi o caso do formoso caráter que conhecemos como Maria de Belém.
Em conclusão, recordemos os pontos expostos: somos Cristos em formação; algum dia cultivaremos qualidades tão imaculadas que nos tornem dignas de habitar corpos imaculadamente concebidos.
Quanto mais depressa começarmos a purificar as nossas Mentes, tanto mais rápido alcançaremos esse objetivo. Em última análise, isso depende apenas da honestidade dos nossos propósitos e da força da nossa vontade.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1969)
Resposta: As Religiões ortodoxas dizem que aqueles que praticaram o bem nesta vida serão salvos, ou seja, irão para um céu não muito bem definido, e que aqueles que falharam em alcançar essa salvação são mergulhados em um inferno do qual não temos muito conhecimento, exceto que é um lugar de sofrimento. Uma vez todos julgados, bons e maus, vão para seus respectivos lugares; não há redenção para as almas perdidas e nenhum perigo de uma queda para aqueles que foram salvos.
Tal interpretação está radicalmente errada, se recorrermos ao dicionário grego como fonte autorizada, pois obviamente, o significado depende da palavra traduzida como “eterna“. Essa palavra é aionian, e no dicionário é traduzida como “um tempo, um período indefinido, uma vida toda” etc. Podemos, então, perguntar para nós mesmos qual é o verdadeiro significado da passagem citada e, com o objetivo de descobrir esse significado será necessário ter uma visão mais compreensiva da vida.
No início da manifestação, Deus, uma grande chama, diferencia um vasto número de chamas ou centelhas incipientes dentro de Si mesmo, não de Si mesmo, pois é um fato real que “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”. Nada pode existir fora de Deus. Portanto, dentro de Si mesmo, Deus diferencia essas incontáveis almas. Cada uma delas é potencialmente divina, cada uma encerra todos os Seus poderes como a semente encerra a planta, mas da mesma forma que a semente deve ser enterrada no solo para germinar a planta, também é necessário que essas centelhas divinas sejam imersas em veículos materiais para que possam aprender lições que só serão assimiladas e se tornarão ativas como faculdades em uma existência separada como a que existe no mundo.
O mundo pode ser considerado uma escola de treinamento para os espíritos em evolução. Alguns deles começaram cedo e se empenharam diligentemente na tarefa que tinham pela frente; consequentemente, progrediram rapidamente. Outros começaram mais tarde e ficaram atrasados. Eles são, portanto, deixados para trás no Caminho da Evolução; mas, no final, todos atingirão a meta da perfeição. Em consequência desse fato, existem várias classes desses espíritos peregrinos e, antes que um grupo ou classe de espíritos possa ser promovido a um degrau acima na evolução, é necessário que atinjam um determinado nível de proficiência. Eles são salvos de uma condição inferior, já que a superaram. Uma vez adquirido esse grau de eficiência, eles são promovidos para outra classe, em uma outra época. Mas, entre um grande número, sempre há os atrasados, e esses são condenados a permanecer dentro da classe na qual se encontram até que alcancem o estágio de crescimento necessário para o avanço. O plano é similar ao método em que as crianças de uma escola são promovidas a uma classe superior nos exames anuais, se conseguirem atingir certo grau de conhecimento; do contrário, estarão condenadas a ficar para trás – não para sempre, mas apenas até que outro exame anual prove que elas conseguiram se qualificar.
O que precede não é uma representação distorcida ou errada do significado da palavra “aionian”. Foi usada em outras partes da Bíblia de uma maneira que corrobora a nossa afirmação. Por exemplo, na Carta de São Paulo a Filemon, quando lhe devolve o escravo Onésimo com as seguintes palavras: “Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre”. A palavra “para sempre” é a mesma palavra “aionian” que é traduzida como “eterna” quando se refere à condenação e à salvação e, facilmente, podemos ver que, nesse caso, pode significar apenas uma parte de uma vida, pois nem São Paulo nem Filemon, dessa forma, viveriam para sempre.
(Pergunta nº 92 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Volume I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
No Primeiro Céu, quando vivenciamos o processo panorâmico, após abandonar o Corpo Denso, os bons atos da nossa vida são a base do sentimento. Ao chegarmos às cenas em que ajudamos a outrem, viveremos de novo toda a alegria de bem agir e sentiremos toda a gratidão emitida por aquele a quem ajudamos. Quando vemos de novo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltaremos a sentir toda a gratidão que emitimos ao nosso benfeitor. Daqui ressalta a importância de apreciar os favores que nos têm sido feitos, a gratidão produz crescimento anímico. (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).
Em uma de suas lições mensais, “O povo escolhido por Deus”, Max Heindel relembra a seus Estudantes a necessidade de se expressar gratidão pelos Irmãos Maiores, por ter recebido os Ensinamentos Rosacruzes que satisfazem a alma de maneira que o espírito possa evoluir por meio da gratidão.
Talvez não tenhamos percebido que, na mesma proporção que o nosso espírito amadurece, há um aumento no poder que atrai, para o nosso corpo, as forças de cura; isso pode ser verdade, porém todos os distúrbios resultam de uma origem espiritual.
Mas, à medida que progredimos espiritualmente e equilibramos os nossos veículos superiores, eliminamos as congestões que resultaram em doenças.
Nunca deveríamos esquecer que somos divinos e que temos uma força latente ilimitada. Quando nos conscientizarmos de nossas transgressões e começarmos a obedecer às leis que violamos, apagaremos de nossos veículos superiores as condições que se manifestaram em aflições nos corpos físico, emocional e mental, e começaremos a expressar a divindade interna.
Quando formos curados, não esqueçamos de agradecer aos nossos companheiros, os nossos Irmãos Maiores e, acima de todos, ao nosso Pai Celestial, que nos proporciona todas as riquezas da vida.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de maio-junho/1995)
Como é sabido que os alimentos se agrupam em vários tipos que exigem digestões diferentes umas das outras, é lógico que também os separemos conforme a espécie, evitando ingeri-los na mesma refeição. Os alimentos ricos em hidratos de carbono, como provém principalmente dos cereais e tubérculos, começam sua digestão na boca, sob a ação da ptialina.
Mas, os alimentos proteicos, como os feijões, os ovos e o queijo recebem maior contribuição no estômago, sob os efeitos da pepsina do suco gástrico, em ambiente ácido.
Os sucos que digerem os hidratos de carbono e os que atuam sobre as proteínas, são elementos diferentes, que não se comportam bem quando forçados a estarem juntos. E quando forçados causam fermentações.
Visto como a fermentação pode destruir até pouco mais de 80 % dos nutrientes ingeridos, acontece que, mesmo as pessoas que comem bem, podem estar malnutridas.
Portanto, comer bem é mais do que comer alimentos de boa qualidade, é comer de tal maneira que o máximo dos nutrientes sejam incorporados.
Para ajudar na escolha das combinações mais adequadas para seu organismo, a tabela de grupos de alimentos e das suas relações aceitáveis, encontra-se ao lado. As setas indicam quais os alimentos podem ser combinados favoravelmente:
** outras combinações não são favoráveis.
Aqui valem três dicas:
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de julho-agosto de 1997)