Arquivo de categoria Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Durante o período de tratamento de um paciente, podemos eliminar as vibrações da enfermidade de modo que elas não voltem depois do término desse tratamento?

Resposta: Supomos que esta pergunta se refere ao tratamento magnético da doença, e podemos dizer que este método de cura consiste inteiramente na remoção das vibrações doentias pela absorção destas no corpo do curador, que deve ter suficiente vitalidade para lançá-las fora de si, caso contrário, ele também ficará doente. A questão já foi explicada anteriormente em nossa literatura, mas, se for analisada sob outro ângulo, poderá tornar-se interessante ou instrutiva.
Quando alguém observa com a visão espiritual uma pessoa doente, o corpo vital do paciente parecerá delgado e macilento na proporção dos estragos causados pela doença. Não haverá linhas radiantes saindo dele como quando seu corpo está são, mas veremos uma emanação doentia em forma de redemoinhos e espirais suspensos junto ao Corpo Denso. Ao invés da cor púrpura rosada, geralmente observamos uma cor cinza-escura em várias partes, e o lugar particularmente atingido encontra-se envolto em algo parecido a uma massa gelatinosa preta.
Reconhecemos isto como vibrações da enfermidade, e quando a pessoa é submetida a um tratamento de cura magnético, é esta massa preta venenosa que é absorvida pelas mãos do curador. Quando ele a joga fora por um movimento vigoroso dos braços, ela cai no chão. Se o paciente estiver perto dessa massa caída, ele a reabsorverá. Portanto, o autor costuma sempre lançar estas emanações para fora da janela ou numa lareira onde elas possam ser queimadas. Assim, não causarão mais danos.
Enquanto estamos abordando este assunto, será útil expor outro aspecto da questão, assim como o método de cura. Quando um órgão está doente, ele gera uma substância tóxica que o envolve impedindo que as correntes do Corpo Vital passem através dele. A função do curador magnético é simplesmente limpar o órgão desses miasmas, abrindo assim o caminho para o influxo das correntes vitalizadoras que favorecem a saúde. Geralmente, o alívio é temporário, pois o órgão fraco e doente continua a produzir esses miasmas, o que leva o curador magnético a ter que agir novamente. Esse tratamento prossegue até que as correntes vitais se tornem suficientemente fortes para elas próprias neutralizarem e expulsarem essa substância tóxica, limpando assim o órgão. Então, a saúde é restabelecida.
O médico osteopata enfoca o assunto do ângulo oposto, manipulando os nervos, que são as avenidas para as correntes vitais. Isto fortalece essas correntes que começam a dispersar o miasma que está na parte afetada do corpo. No entanto, isto requer uma série de tratamentos para que a saúde se restabeleça, pois, o miasma tóxico bloqueia novamente os nervos logo após o médico interromper as suas manipulações. Por conseguinte, parece ao autor, embora nunca tenha tentado isto, que uma combinação dos dois métodos, a abertura das correntes nervosas fortalecendo-as por meio dos tratamentos osteopáticos e, ao mesmo tempo, a remoção do miasma tóxico pela cura magnética, tendo o cuidado de queimá-lo ou eliminá-lo, facilitaria maravilhosamente o tratamento da doença.

(Perg. 43 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os tipos sanguíneos têm interferência na evolução da Fraternidade Universal, haja visto que o sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso como está no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos?

Pergunta: Os tipos sanguíneos têm interferência na evolução da Fraternidade Universal, haja visto que o sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso como está no Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos?

Resposta: Os tipos sanguíneos não têm interferência na evolução da Fraternidade Universal. O que ocorre é que, como sabemos, o sangue é o veículo do Ego. É por meio dele que cada um de nós controlamos o nosso Corpo Denso. É um dos produtos mais elevados do nosso Corpo Vital. A questão do “sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso”, é porque o animal superior (via o seu Espírito-Grupo) já tem controle total do seu sangue (por meio do calor que o Ego impõe, adequadamente ao funcionamento do Corpo), enquanto que o animal inferior (também via, o seu Espírito-Grupo) ainda não tem. Assim, o sangue de um animal superior já está mais adequado a ser controlado pelo Ego. Quando esse sangue é injetado em um animal inferior, o Ego não sabe como trabalhar com esse sangue, além do sangue do animal superior trazer parte do seu espírito que tentará dominar o corpo do animal inferior. Se for em pouca quantidade ele consegue até expulsar esse sangue, senão ele morre, pois, o espírito, contido no sangue do animal superior, procurando se afirmar, mata a forma que o aprisiona e liberta-se. Já no animal superior, quando se injeta um sangue de um animal inferior, sabe o que deve fazer para tornar esse sangue adaptado ao seu controle e guia, pois, o espírito no sangue do animal superior é mais forte do que o espírito do menos desenvolvido.

Com relação aos tipos sanguíneos, entre os seres humanos há os doadores universais (tipo O) e há os receptores universais (tipo AB), os de tipo AB seriam mais evoluídos?

Após a primeira vinda do Cristo, quando Ele rasgou o véu do Templo, quando Ele nos deu a conhecer a Religião unificadora Cristã, quando Ele inaugurou a fase da nossa busca pela Fraternidade Universal, acabou a questão que tínhamos do relacionamento do sangue com os Espíritos de Raça – e, obviamente, com as Religiões de Raça. Pois lembremos que os Espíritos de Raça nos controlavam por meio do ar que respirávamos, e que via oxigenação do sangue nos pulmões, tinham acesso a nós. Era por isso que a endogamia era obrigatória naqueles tempos (“filhos de Deus que se casaram com as filhas dos homens”). Com a primeira vinda do Cristo foi inaugurada a “miscigenação das raças”, e hoje somos testemunhas oculares do bem que isso está trazendo para todos nós. Pela mistura de sangues obtida no matrimônio de indivíduos de diferentes tribos ou nações, os guias da humanidade ajudam-nos a desprendermo-nos, gradualmente, dos espíritos de família, de tribo ou de nação.

Logicamente há irmãos e irmãs que ainda têm lições a aprender sob o jugo das Religiões de Raças (o último resquício desses tipos de lições é o famoso “espírito de família”). No caso desses irmãos e irmãs e da necessidade dessa aprendizagem: ou nascem em locais no globo terrestre onde a influência ainda persiste, não como existia até a primeira vinda de Cristo, ou se desgastam em manter uma aura de sentimentos, emoções e desejos que lhes ajudem na aprendizagem. Seja como for, o desgaste nos seus Corpos é imenso. Como consequência, só conseguem aprender pela dor, pelo sofrimento e pela autodestruição.

Especificamente sobre as questões de “tipos sanguíneos, entre os seres humanos há os doadores universais (tipo O) e há os receptores universais (tipo AB), os de tipo AB” não tem nada a ver com ser mais ou menos evoluídos.

Tem a ver com a personalidade. Do mesmo modo com as nossas qualidades de alguns terem a facilidade de expressar melhor os conceitos da bondade, caridade, desapego, misericórdia, filantropia, disponibilidade, gratidão, do altruísmo, perdão e outros terem dificuldades (até extremas, em alguns casos). E essas características se expressam em todos os nossos Corpos, em seus órgãos, sistemas, vórtices e centros de percepção. Sem dúvida, os chamados “tipos sanguíneos” estão inseridos nesse contexto. Tenhamos cuidado: aprendemos na Filosofia Rosacruz que nada é absoluto, tudo é relativo e tem seus graus de dependências que devemos considerar com muita atenção. Por exemplo: não é porque um irmão ou irmã tem um sangue do grupo A que não podem doar sangue para irmãos e irmãs do grupo B, que aqueles são egoístas. É apenas uma dificuldade, fruto da nossa incompetência quando atraímos materiais para construir nossos Corpos na descida para essa encarnação. Com certeza aprenderemos e nas próximas encarnações teremos a chance de demonstrar a nossa aprendizagem.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Durante uma fase de tratamento, podemos destruir as vibrações da enfermidade para que elas não voltem depois desse tratamento ter terminado?

Resposta: Se lêssemos nas entrelinhas, sentiríamos nesta pergunta duas dificuldades muito comuns na prática da Osteopatia e aos métodos afins de tratamento pela imposição das mãos. Nesse processo há duas operações distintas. Uma, é a de retirar do paciente uma substância venenosa e prejudicial, provocadora da doença; a outra, consiste numa emissão de energia vital realizada pelo próprio médico. Todos que já realizaram esse tipo de trabalho sabem disto, porque foi e é sentido pelos que obtiveram sucesso por essa forma. No entanto, a menos que o médico ou curador estejam transbordando saúde, duas coisas são passíveis de acontecer: ou o miasma humano retirado do paciente poderá afligi-lo de modo que, para usar uma expressão comum, “eles passam a assumir o estado” do paciente ou, ao transmitirem uma quantidade expressiva da sua própria energia vital, ficarão completamente exauridos. Ambas as condições podem combinar-se e, então, chega o dia em que o médico ou o curador fica completamente esgotado e é forçado a repousar.
Curadores magnéticos, considerados não científicos, escapam frequentemente da primeira condição citada “livrando-se do magnetismo”, como dizem, mas estão todos sujeitos a um esgotamento. Isso é algo que ninguém consegue escapar, salvo aquele que pode ver o eflúvio etérico que extrai e o fluido vital que transmite. A maioria das pessoas atuam como vampiros quando doentes, e quanto mais fortes e robustas elas normalmente são, pior se tornam quando a doença as derruba na cama.
Nunca me senti tão doente como depois de ter tratado um gigante que, ao sofrer de uma intensa inflamação dos rins, ficou acamado por mais de duas semanas. Assistir à sua agonia foi terrível, e dei-me inteiramente a ele, chegando a um estado de esgotamento total. O paciente, no entanto, levantou-se no dia seguinte melhor do que nunca. Tinha-lhe transferido a minha vitalidade, e eu absorvi a sua doença ou, pelo menos, os eflúvios dela, dos quais só consegui me livrar após três dias. Isso aconteceu, claro, antes de _eu ter adquirido a visão espiritual.
Desde então, adquiri um conhecimento considerável neste campo, e o consulente achará a seguinte indicação valiosa por evitar essas condições indesejáveis: Primeiro, fixe o seu pensamento firmemente de maneira a não permitir que o eflúvio miasmático que deixa o corpo do paciente penetre em seu corpo além do cotovelo.
Segundo, ao ministrar o tratamento deixe o paciente de vez em quando e lave as suas mãos, se possível, com água corrente, mas, de qualquer maneira, lave-as sempre e troque a água tantas vezes quanto possível. A água tem um efeito duplo. Em primeiro lugar, o miasma saindo do corpo do paciente tem uma afinidade com a água. Em segundo lugar, a umidade que fica em suas mãos capacita-o a retirar o miasma do paciente numa medida que, de outra forma, ser-lhe-ia difícil.
O princípio que rege este processo é o mesmo quando pegamos os eletrodos de um acumulador elétrico e colocamo-los na água. Assim, descobrimos que o efeito da eletricidade se intensifica muitas vezes mais se tentarmos tocar a água.
Da mesma forma conosco: seríamos o acumulador elétrico no caso, e nossas mãos estando úmidas iriam atrair o miasma para nós numa intensidade muito maior do que de outra forma. Se as condições não permitirem a obtenção de água, devemos tentar livrar-nos do magnetismo, mas será necessário sermos cautelosos, porque quando lançamos o magnetismo para fora, ele é atraído para a terra por estar sujeito à gravidade. Para a visão espiritual, é um fluido escuro, um tanto preto, semelhante a uma gelatina. Ele fica no solo tremeluzindo e ondulando. Mas, se o paciente aliviado levantar-se da cama onde o tratamento foi feito e for para o local onde este magnetismo foi jogado, o miasma entrará novamente no seu corpo e ele ficará em piores condições do que antes de ter iniciado o tratamento. Portanto, o melhor procedimento é lançar esse miasma para fora da janela, ou ainda melhor, colocá-lo numa lareira e queima-lo.
Segundo o que foi dito, torna-se evidente que a imposição das mãos é algo que não deveria ser praticado indiscriminadamente por qualquer um que não tenha passado por um período de treinamento numa das várias escolas adequadamente equipadas de Osteopatia, Quiroprática, etc. Na escola Rosacruz, os Probacionistas que levam vidas dignas são treinados sob a orientação especial dos Irmãos Maiores.

(Perg. 42 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Em sua opinião, é permitido o uso da “eutanásia legalizada” ou execução legal de pessoas idosas, enfermas, padecendo e que desejam a morte?

Pergunta: Em sua opinião, é permitido o uso da “eutanásia legalizada” ou execução legal de pessoas idosas, enfermas, padecendo e que desejam a morte?

Resposta: À primeira vista e do ponto de vista de pessoas não versadas nos ensinamentos do ocultismo, tal medida pareceria ser altamente louvável. A maioria das pessoas ao ver um animal sofrendo as dores da agonia, sem esperança de recuperação, sentir-se-ia, levada pelos instintos humanos, a pôr fim ao seu sofrimento, e a perguntar: ” Por que não deveríamos fazer o mesmo em relação aos nossos companheiros homens e mulheres?
Por que deveríamos mantê-los vivos, vendo-os sofrer atrozmente durante meses ou anos a fio, quando sabemos não haver esperanças de recuperar sua saúde? Além disso, eles desejam a morte para pôr fim ao seu sofrimento”.

Do ponto de vista comum, isto até merece uma aprovação. Mas, quando passamos a ter conhecimento da Lei de Consequência, e a saber que aquilo que semeamos colheremos agora ou numa futura existência, coloca a questão sob uma luz diferente.

Não podemos escapar às nossas dívidas. O sofrimento que se abate sobre nós é necessário para ensinar-nos uma lição ou suavizar nosso caráter. O único meio de encurtar o sofrimento é, por meio de esforço, descobrir por que nos encontramos numa condição que nos traz tanta amargura. Se for um câncer do estômago, até que ponto maltratamos esse órgão? Seria por um excesso de alimentos de natureza não adequada ao nosso sistema?

É o coração? Quantas vezes perdemos a calma enfurecendo-nos como loucos e exercendo uma tremenda pressão nessa parte do corpo? Será que outros órgãos do nosso sistema estão fracos e debilitados? Podemos estar certos que, de alguma forma, seja nesta vida ou em outra anterior, abusamos do nosso corpo de modo a causar os atuais sofrimentos. Do contrário, não estaríamos sofrendo agora, e quanto mais cedo levarmos a lição a sério, começando a viver uma vida melhor e muito mais em harmonia com as leis da natureza que violamos, mais cedo o nosso padecimento cessará.

Alterar as condições está sempre ao nosso alcance, embora não possamos remediar num dia o que levou anos ou vidas para ser destruído, mas, não há outro meio pelo qual uma cura permanente seja efetuada. Mesmo que agora, pela decretação de uma lei como a que foi mencionada, o sofrimento possa ser abreviado, temos a certeza que, quando a pessoa assim libertada do seu corpo renascer, o seu novo veículo tenderá a desenvolver a mesma doença que evitou de uma forma tão imprópria.

Além do mais, como foi plenamente explicado no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, este nosso corpo físico é formado de acordo com um molde invisível chamado arquétipo e, enquanto esse arquétipo persistir, o nosso corpo físico permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos surgindo para pôr fim a uma vida conforme o plano dos Guardiães Invisíveis dos assuntos humanos), o arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.

Um suicídio, no entanto, é diferente. Neste caso, o arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais, portanto, sendo incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá durante esses anos de sua existência ” post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao Suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa.

Se o plano mencionado for aprovado como lei, e as pessoas forem autorizadas a utilizar o serviço de outros para cometer suicídio (porque essa ação significa realmente um suicídio), não há dúvida que sofrerão em sua existência “post-mortem”, da mesma maneira que o suicida que prepara o próprio veneno ou que corta a própria garganta. É um projeto muito perigoso também sob outros aspectos, e confiamos que tal prática não será sancionada por lei.

(Perg. 152 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como um Iniciado cura o doente? Pela invocação de um poder superior ou por sua própria concentração? Há alguma diferença entre os dois métodos? Se houver, qual é?

Pergunta: Como um Iniciado cura o doente? Pela invocação de um poder superior ou por sua própria concentração? Há alguma diferença entre os dois métodos? Se houver, qual é?

Resposta: Da forma como a pergunta foi feita, é difícil respondê-la. Embora conheçamos certos métodos de cura, acreditamos também que a escolha é uma questão de temperamento, e os diferentes métodos de cura são provavelmente usados em períodos diferentes por todos os Iniciados conforme a exigência do momento.

Sabemos que, em certas ocasiões, Cristo dirigiu-Se ao Pai ao realizar uma cura. Outras vezes, quando Ele se encontrava no meio de uma multidão e alguém O tocava, Ele percebia que esse poder saía d’Ele e, sem dúvida, curava aquele que havia absorvido essa força. Todos os que seguiram Seus passos, evidentemente variaram seus métodos conforme a ocasião. Mas, em última análise, o poder curador é o mesmo, pois ele emana do nosso Pai que está no céu e que é o Grande Médico, e cada Iniciado ou curador absorve tanto do Seu divino poder quanto é capaz de reter, dando-o, em seguida, de acordo com a necessidade de quem recorre a Ele.

Há um artigo: “Como os Rosacruzes Curam os Doentes“, no departamento de “Serviço e Auxílio de Cura”, publicado na revista “Rays from the Rose Cross”, em setembro, 1915, que descreve o nosso método e certamente esclarecerá o assunto. (Ver mais detalhes no livro Princípios Ocultos de Saúde e Cura). Na mesma revista, há um artigo de Stuart Leech, M.D., mostrando como ele evitou realizar uma operação cirúrgica visitando o paciente a noite, quando estava fora do seu corpo. Ele materializou as mãos dentro do corpo do paciente e extirpou o mal, de forma que, na manhã seguinte, o paciente estava curado sem ter a necessidade de se sujeitar ao bisturi.

Provavelmente esse fato tornará claro que o Iniciado e o Auxiliar Invisível dispõem de um considerável campo de ação e total liberdade para lidar com as condições mórbidas do corpo. Como já foi dito antes, o bálsamo curador vem do nosso Pai que está no céu, e não importa quem realize o trabalho ou que método use para o enfermo recuperar a saúde, a glória e a honra pertencem unicamente a Deus.

(Perg. 44 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual será a situação daqueles que não tiverem preparado o Dourado Manto Nupcial quando Cristo chegar? Permanecerão na Terra continuando a evoluir?

Pergunta: Qual será a situação daqueles que não tiverem preparado o Dourado Manto Nupcial quando Cristo chegar? Permanecerão na Terra continuando a evoluir?

Resposta: Isso é muito difícil de responder. Muitos daqueles que foram deixados para trás na Atlântida, por não terem desenvolvido pulmões para poderem viver em nossa atmosfera, ainda não se tornaram capazes de nos alcançar. Paira uma grande dúvida sobre esse fato, isto é, se as pessoas que não tiverem preparado o Manto Nupcial ao ponto de adquirir um crescimento real, possam viver nessa Era. Talvez tenham que viver posteriormente e separado de nós.

(Perg. 133 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Consideram errado tentar curar um mau hábito como, por exemplo, o alcoolismo, por meio do hipnotismo?

Pergunta: Consideram errado tentar curar um mau hábito como, por exemplo, o alcoolismo, por meio do hipnotismo?

Resposta: Decididamente sim. Sob o ponto de vista de uma vida, tais métodos, por exemplo, aqueles empregados pelos curadores do movimento Immanuel, sem dúvida alguma, são muito benéficos. Coloca-se o paciente numa cadeira, faz-se com que adormeça e, em seguida, são-lhe dadas algumas “sugestões”. Ele levanta-se e está curado do seu mau hábito. De um bêbado inveterado, torna-se um respeitável cidadão que zelará pela sua esposa e família. Por esse aspecto, os efeitos benéficos parecem ser inegáveis. Mas, considerando isso do ponto de vista mais profundo do ocultismo, que encara esta vida como apenas uma entre muitas, ao avaliarmos o caso, a partir do efeito que exerce sobre os veículos invisíveis do ser humano, tudo é muitíssimo diferente. Quando uma pessoa é posta em sono hipnótico, o hipnotizador faz-lhe passes, os quais têm o efeito de expelir o Éter da cabeça do Corpo Denso que é substituído pelo Éter do próprio hipnotizador. Desse modo, o indivíduo é perfeitamente dominado pelo outro, não tendo livre-arbítrio. Portanto, as assim chamadas “sugestões” são, na realidade, ordens às quais a vítima não tem outra opção senão obedecer. Quando o hipnotizador retira o seu Éter e desperta a vítima, ele é incapaz de lhe remover todo o fluido etérico. Usando uma comparação: da mesma forma que uma pequena parte do magnetismo instilado num dínamo elétrico, antes que este seja posto a funcionar pela primeira vez, é deixada para trás e permanece como magnetismo residual a fim de excitar os campos do dínamo sempre que este é acionado, assim também permanece uma pequena parte do Éter do Corpo Vital do hipnotizador na medula espinhal da vítima. Isso se torna um trunfo que o hipnotizador possui sobre ele durante a vida toda, e é devido a esse fato que as sugestões, que serão usadas num período subsequente ao despertar da vítima, são invariavelmente seguidas.

Dessa maneira, a vítima de um curador hipnótico não domina o mau hábito pela sua própria força de vontade, mas fica tão escravizada como se estivesse numa reclusão solitária. Embora nesta vida pareça ter-se tornado uma pessoa melhor, ao retornar à Terra experimentará a mesma fraqueza e terá de lutar até vencer, por si própria, essa tentação.

(Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Perg. 39 – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual o efeito da morfina sobre aqueles que se viciaram?

Pergunta: Qual o efeito da morfina sobre aqueles que se viciaram? Quando uma pessoa permanece gravemente doente por um longo período de tempo e, devido ao sofrimento intenso, é mantida por muitos dias inconsciente por meio de doses consideráveis de morfina, quando deixa a vida terrena nesse estado, o espírito liberto está consciente ao abandonar o corpo? Qual a condição dessa pessoa comparada àquela que morre subitamente e em plena posse de todas as suas faculdades?

Resposta: O uso da morfina e de outros narcóticos em doses muito pequenas, como as que são geralmente tomadas pelo viciado comum, têm um efeito amortecedor sobre os nervos, tornando o Espírito menos sensível no corpo, num estado semelhante ao Espírito liberto quando abandona o veículo físico. Sob tais condições, as faculdades mentais melhoram, e a pessoa sente tal bem-estar mental e físico que lhe parece estar no próprio paraíso, até que a reação começa a manifestar-se. Então, passa a sofrer os suplícios do inferno e, consequentemente, ingere doses maiores para recuperar a sensação anterior de bem-estar.

Quando a morfina é ministrada em grandes doses, ela produz um estado parecido ao da pessoa que falece sob o efeito de um anestésico. O autor conheceu várias pessoas que se enquadram nesse último caso, mas nunca observou uma que tivesse falecido sob a ação da morfina, por conseguinte, não pode dar as informações pedidas.

Mas as pessoas que morreram sob o efeito de anestésicos estavam tão conscientes quanto o ser humano comum após a ruptura do cordão prateado. Assistiram o desenrolar do panorama de sua vida da mesma forma que a pessoa que falece normalmente, e não tiveram experiências diferentes. Portanto, diríamos que alguém que falece sob o efeito da morfina provavelmente não passa por experiências mais desagradáveis devido à droga que lhe foi administrada antes de desligar-se. Acreditamos que a primeira sensação será de alívio por ter escapado ao sofrimento inerente a qualquer doença grave que precede a morte do corpo físico. Essa sensação de alívio é comum a todos aqueles que sofreram, não importa se consciente ou inconscientemente. Sentem-se profundamente gratos por isso ter passado, e dificilmente compreendem que não existem doenças na terra dos mortos que vivem, para a qual eles vão ao deixar este mundo.

(Perg. 39 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Um idiota ou um insano ganhará alguma experiência compensadora no decorrer de sua vida?

Pergunta: É justificável a atitude dos médicos que permitem que uma criança fadada à idiotia e à deficiência física morra quando uma operação lhe permitiria viver? Um idiota ou um insano ganhará alguma experiência compensadora no decorrer de sua vida? O Ego estará consciente da deficiência da Mente e do Corpo durante tal vida? Em tais condições consegue aprender alguma coisa? Podemos classificar a insanidade como doença hereditária?

Resposta: Suponhamos que uma criança sofra um acidente enquanto criança, um golpe na cabeça e, em consequência, tornou-se deficiente ou ficou até em estado de coma. Ninguém hesitaria um só momento em tentar a operação de trepanação para que, ao se aliviar a pressão exercida no crânio, a criança pudesse ser trazida ao seu estado normal de consciência. Portanto, por que uma criança retardada não deveria receber os mesmos cuidados, e tudo que estiver ao alcance dos médicos para ajudá-la? Seria considerado um ato criminoso permitir que uma criança normal morra por falta de cuidados. Igualmente imperdoável essa omissão no caso de uma criança que nasceu destinada a ser idiota, pois quando o Ego alcança o útero a fim de adquirir as experiências desta vida física, é nosso dever apoiar os seus esforços de todas as maneiras possíveis.

O Ego adquire experiência por meio de uma vida insana, mas o Ego em si mesmo nunca é insano. O que produz a insanidade é uma ligação falha entre os seus vários veículos, isto é, entre a Mente e o Corpo de Desejos, o Corpo Vital e o Corpo Denso. Quando a conexão entre os centros cerebrais e o Corpo Vital é imperfeita, temos o idiota, frequentemente um melancólico, mas inofensivo.

Quando a conexão deficiente se dá entre o Corpo Vital e o Corpo de Desejos, as condições são um tanto parecidas, mas incluem a classe de seres cujo controle muscular é deficiente, como na epilepsia, na dança de São Vito, etc.

Quando a conexão entre o Corpo de Desejos e a Mente é rompida ou falha, temos o maníaco furioso que é violento e perigoso. E quando a conexão está falha entre o Ego e a Mente, temos o que podemos chamar de ser humano sem alma, o mais perigoso de todos, dotado de uma astúcia que é usada geralmente, em algum momento inesperado, da forma mais diabólica.

Se considerarmos o Corpo ou os diferentes Corpos como instrumentos musicais sobre os quais o Ego se expressa, então, quando todas as conexões são perfeitas, o Ego pode produzir uma sinfonia de vida mais ou menos bela, de acordo com o seu estágio evolutivo. Mas quando as ligações se apresentam deficientes ou rompidas, o Ego é como um músico forçado a exercer o seu talento com um instrumento onde faltam várias cordas e, em consequência, ele só emite sons dissonantes. Para o músico, seria torturante ter de tocar num instrumento tão defeituoso. O mesmo ocorre com o Ego aprisionado num Corpo cujo controle normal lhe foi tirado. Por razões a serem procuradas em vidas passadas, ele é forçado a permanecer dentro de um Corpo que não pode controlar, e sofrerá mais ou menos intensamente de acordo com o seu estágio de evolução. Entretanto, está aprendendo uma determinada lição na escola da vida, que é necessária para torná-lo perfeito. E uma situação triste, mas embora o tempo de vida pareça ser muito longo, é apenas um momento fugaz dentro da vida infinita do Espírito.

Podemos consolar-nos ao saber que tal Ego, ao retornar à Terra, terá um Corpo normal desde que a lição tenha sido aprendida.

Em relação à última parte da pergunta, se a insanidade pode ou não ser hereditária, podemos responder afirmativa ou negativamente conforme o aspecto do problema a ser considerado. Do ponto de vista espiritual, não é hereditária, pois, como já foi dito, a insanidade não é um defeito do Ego. Devido a um desvio de seu caráter, não pôde construir um Corpo normal, assim, por associação, será atraído para uma família similarmente afligida.

Isto sustenta-se no mesmo princípio que pessoas com carácter parecido sempre procuram a companhia de outras semelhantes. Como diz o velho ditado: “cada qual com o seu igual”. Os músicos reúnem-se nos salões de música, nos concertos, e outros lugares afins. Procuram nascer em famílias de músicos onde encontrarão os instrumentos que necessitam, como dedos longos e esguios, e um ouvido com canais semicirculares dispostos de forma adequada, o que lhes conferirá condições para expressar-se através da música. Os esportistas e os jogadores convivem nas pistas de corridas e nas casas de jogo. Os ladrões têm seus refúgios, e assim por diante.

Similarmente, os que são atingidos por uma certa deficiência em sua personalidade são atraídos por famílias que apresentam a mesma deficiência. Por essa razão, se examinarmos o problema da insanidade sob o aspecto da forma, poder-se-á dizer que é hereditária.

Os cientistas, que só consideram o assunto do ponto de vista da forma, são de opinião que ao limitar a reprodução dos deficientes, poderão erradicar a enfermidade.

Mas, da mesma forma que as secreções do Corpo da lesma são expelidas gradualmente para que se cristalizem formando a concha dura e pedregosa que ela carrega nas costas, assim também os atos do Ego se cristalizam gradualmente num Corpo dentro do qual o Espírito deve residir até que surtam o efeito desejado. O alívio nunca será conseguido se o trabalho for realizado somente com ou sobre o Corpo físico, da mesma forma que uma lesma doente nunca será curada se tratarmos apenas a concha.

Emerson disse verdadeiramente que: “um ser humano doente é um delinquente preso em flagrante infringindo as leis da natureza”. Os insanos estão nesta categoria, e se desejarmos curá-los, temos de usar os meios espirituais de educação. Todos os outros métodos são apenas paliativos: não alcançam a fonte da doença.

(Perg. 40 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que é realmente o sonambulismo, e se há alguma forma de ajudar os que estão sujeitos a ele?

Pergunta: Gostaria de saber o que é realmente o sonambulismo, e se há alguma forma de ajudar os que estão sujeitos a ele.

Resposta: A Conferência Nº 4 do livro Cristianismo Rosacruz trata de sonhos, sono, hipnotismo, mediunidade e insanidade. Isto é, versa sobre os estados anormais da consciência, e essa Conferência dá-nos uma explanação muito abrangente desses vários estados, com exceção do sonambulismo – que, de certa forma, assemelha-se muito aos sonhos. Não podemos dar aqui uma explicação completa, mas basta dizer que durante o dia o Corpo Denso, ao qual chamamos de indivíduo, está rodeado por uma atmosfera áurica composta pelos seus veículos mais sutis, exatamente como a gema de um ovo é rodeada pela clara. Esses veículos mais sutis interpenetram o Corpo Denso e são as fontes da força e da percepção sensorial.

São suas atividades que fatigam o Corpo Denso, de modo que, à noite, ele, por assim dizer, entra em colapso, e os veículos mais sutis retiram-se, deixando-o abandonado, adormecido sobre a cama. Quando esta separação se completa há um sono sem sonhos.

Não obstante, algumas vezes, o Ego fica tão preocupado com os assuntos referentes ao mundo físico, que é com grande dificuldade que se separa do veículo físico, podendo, às vezes, ficar meio dentro e meio fora do corpo.
Nesse caso, a ligação normal entre o Ego e o cérebro torna-se alterada, mas não totalmente rompida. Sob essas circunstâncias, o Ego vê as coisas do mundo físico, o que explica os sonhos fantásticos e tolos que temos às vezes.

Sob tal condição, o corpo pode agitar-se no leito, chegando até a falar e gesticular. Desse estado ao sonambulismo é só um passo, pois no sonambulismo o Ego compele o veículo a deixar a cama e vagar por aí, às vezes sem objetivo, mas outras vezes com um propósito definido em mente.

Recordemos que quando o Ego está fora do seu veículo físico, durante as horas em que este último jaz adormecido sobre a cama, o Espírito movimenta-se com a mesma facilidade através de uma janela ou de uma parede como através de uma porta aberta. Sabendo-se que ele não pode queimar-se com o fogo nem se afogar na água ou até mesmo despencar de um telhado, compreendemos facilmente que, por estar inconsciente da existência do seu veículo, ele poderá tentar sair por uma janela. Se a janela estiver aberta, naturalmente o corpo cairá no solo, machucando-se gravemente ou não, de acordo com a proporção da queda. Todos nós podemos andar sobre uma tábua estreita quando ela está próxima ao solo, mas se a mesma tábua for levantada a apenas alguns centímetros do solo, uma sensação de medo se apoderará de nós. Provavelmente cairíamos de uma tábua muito larga se ela estivesse colocada a alguns metros acima do solo, mas, quando o corpo é manipulado pelo Espírito, de fora, está inconsciente, portanto, não sente medo. Consequentemente, ele anda impunemente desde que encontre um apoio para os pés, e o único perigo reside no fato do sonâmbulo despertar – então, o Ego entra em seu veículo, assumindo a posição normal. Nessa ocasião, o medo, inevitavelmente, provocará a queda, qualquer que seja a posição na qual ele se encontre, e haverá, em consequência, ferimentos mais ou menos graves.

Para evitar essa situação, sugerimos a prática do relaxamento consciente do corpo. É o Corpo de Desejos que mantém o controle sobre o veículo Denso e, durante o relaxamento, esse Corpo de Desejos aprende a sair e deixar o Corpo Denso inerte para que, se um braço ou uma perna forem erguidas, caiam imediatamente sobre a cama. Essa prática, com o tempo, acabará com o sonambulismo. Por enquanto, seria conveniente colocar toalhas úmidas no chão, pois elas provavelmente despertarão a pessoa no momento em que ela sair da cama.

As características dos veículos superiores são de natureza semelhante à eletricidade, e sabemos que a água possui um efeito condutor excelente em relação à corrente elétrica. Da mesma forma, quando os pés tocarem as toalhas molhadas colocadas no chão, os veículos mais sutis serão atraídos para a posição central em relação ao corpo e a consciência será restabelecida. Desta forma, o corpo desperta, e o perigo do sonambulismo, durante algum tempo, é evitado.

(Perg. 130 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

Idiomas