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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: No livro Conceito Rosacruz do Cosmos aprendemos que os glóbulos brancos do sangue não são os agentes do sistema. Qual a sua origem e missão?

Pergunta: No livro O Conceito Rosacruz do Cosmos aprendemos que os glóbulos brancos do sangue não são os agentes do sistema. Qual a sua origem e missão?

Resposta: Para que isso se torne claro para o leitor comum é necessário dizer que, além do Corpo Denso visível para todos nós há veículos mais sutis que interpenetram esse organismo, e que são as molas propulsoras de suas atividades. Um desses veículos é o Corpo Vital, composto de Éter e que diz respeito à constituição do Corpo Denso através do alimento que ingerimos. Controla todas as funções vitais, tais como a respiração, digestão, assimilação, etc., e age através do sistema nervoso simpático. Outro veículo, mais sutil ainda, é chamado o Corpo de Desejos. Esse é o veículo das nossas emoções, sentimentos e desejos, que consomem as energias armazenadas no Corpo Denso pelos processos vitais através do controle do sistema nervoso cérebro-espinhal ou voluntário. Durante as suas atividades, esse Corpo de Desejos está destruindo e fragmentando constantemente o tecido formado pelo Corpo Vital, e é a guerra entre esses dois veículos que causa o que chamamos consciência no Mundo Físico. As forças etéricas no Corpo Vital atuam de maneira a converter tanto alimento quanto possível em sangue, e este é a expressão mais elevada do Corpo Vital.

Nos animais inferiores, dos pássaros para baixo, que estão inteiramente sob a orientação de um guardião invisível chamado Espírito-Grupo, o sangue apresenta-se nucleado, mas nos mamíferos superiores, que estão no limiar da individualização, e particularmente no ser humano, que se tornou um Espírito morador individual, os glóbulos vermelhos não contêm núcleos. Mesmo no feto, que é formado exclusivamente sob a direção da mãe nas três primeiras semanas e, portanto, nucleou glóbulos vermelhos nesse período, eles cessam de formar-se no momento em que o Ego entra no corpo que vai habitar. Isso ocorre aproximadamente vinte e um dias após a concepção e, à medida que surgem os movimentos do feto, o Ego interno destrói todos os glóbulos com núcleos. Daí em diante, não mais se formarão, pois, o Ego deve tornar-se senhor do seu veículo. Esse não é o caso quando há um núcleo ou centro nos glóbulos do sangue, os quais proporcionam uma base para outro espírito. É fácil demonstrar que a vida está no sangue, pois, embora possamos, às vezes, amputar impunemente um braço ou membros, não podemos privar o corpo do sangue sem com isso matá-lo.

Assim, o sangue é o veículo particular do Ego e, como nas eras de desenvolvimento do passado cristalizamos matéria para formar nosso Corpo Denso, hoje precisamos eterizar os nossos veículos para que possamos elevar-nos, e o mundo também, acima do reino da materialidade em direção ao reino espiritual. Naturalmente, o Ego visa primeiro tornar o sangue gasoso e, para a visão espiritual, este sangue vermelho sem núcleo não é um fluido, mas um gás. O fato de o sangue sair sob forma líquida quando nós nos ferimos, não é argumento contra essa afirmação. No momento em que abrimos a válvula de uma caldeira de vapor, o gás também se condensa em líquido, mas se criarmos um modelo de caldeira em vidro e observarmos a forma como o vapor age dentro dela, veremos apenas o pistão movendo-se para frente e para trás impulsionado por um agente invisível, o vapor ativo. Similarmente, assim como o vapor ativo da caldeira é invisível e gasoso, também o sangue ativo do corpo humano é um gás, e quanto mais elevado for o estado de desenvolvimento de qualquer Ego renascente, maior capacidade terá para eterizar seu sangue.

Quando, mediante processos vitais, o alimento atinge esse elevadíssimo estado alquímico, o processo de condensação tem início, e o gás-sanguíneo transforma-se em tecido nos vários órgãos para substituir aquele que foi gasto ou destruído pelas atividades do corpo. O baço é a porta de entrada do Corpo Vital. É por ele que entra a energia solar que abunda na atmosfera circundante, num fluxo contínuo, para ajudar-nos nos processos vitais, e lá também a guerra entre o Corpo de Desejos e o Corpo Vital é travada violentamente.

Pensamentos de preocupação, medo e ódio interferem nos processos de evaporação no baço. Em consequência, uma partícula de plasma é formada e imediatamente apoderada por um pensamento elemental que forma um núcleo e se incorpora ali dentro. Então, começa a viver uma vida de destruição, misturando-se com outras excreções e tecidos orgânicos em decomposição onde quer que se formem, fazendo do corpo um sepulcro ao invés do templo do Espírito interno. Portanto, podemos dizer que cada glóbulo branco do qual se apossou uma entidade externa, representa para o Ego uma oportunidade perdida. Quanto mais essas oportunidades perdidas acontecerem no corpo, menor será o controle do Ego sobre o corpo. Por essa razão é que encontramos esses glóbulos presentes em quantidades maiores nas pessoas doentes do que nas que usufruem boa saúde. Podemos até dizer que uma pessoa de natureza jovial ou devota, que possui uma fé e confiança absoluta no amor e na providência divina, terá muito menos oportunidades perdidas, ou glóbulos brancos de sangue, do que aquelas que sempre estão preocupadas e nervosas.

(Pergunta 50 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. II, de Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Sangue do Redentor

Muito se tem falado e escrito sobre o sangue redentor, derramado no Gólgota, em holocausto aos nossos pecados. Tal é a versão do cristianismo popular e não chegamos a compreender como o simples ato de derramamento de sangue de um mártir, tenha alcançado tão grande repercussão. Houve muitos mártires, antes e depois de Jesus-Cristo. Por que o sacrifício deles foi diferente? Ou estes sacrifícios não foram aceitos? Sabemos que muitos desses mártires foram canonizados e, portanto, foram reconhecidos. Qual, então, a diferença?

A explicação está no lado oculto, exposto pelo Cristianismo Esotérico. Oculto porque ainda não pode ser compreendido pela massa; no entanto, a disposição daqueles que se disponham a conhecer com mais profundidade os mistérios do Cristianismo.

O sangue é a mais alta expressão do Corpo Vital e através dele se manifesta o Espírito interno. Se, através da Filosofia Rosacruz, observamos os reinos em evolução na Terra, vemos que o sangue acompanha os níveis evolutivos.

No reino Vegetal o sangue é a seiva, cheia de força vital. Sua circulação depende do polo positivo do éter luminoso, que vem da luz solar. Na primavera e verão a circulação da seiva é ativa e promove a vida na planta, ajudando-a a retirar os meios de sobrevivência do solo, encaminhando-os para os galhos. Essa atividade é governada pelos Espíritos-Grupo dos vegetais, os Anjos, que são hábeis manipuladores da vida. Eles é que se incumbem de alimentar as partes carentes das plantas, mandando mais água às ramagens quando o demasiado calor ameaça queimá-las; e dosam a água em clima ameno. Quando vem o outono a seiva diminui e no inverno chega a paralisar-se (nos países frios) por falta de luz solar.

No reino animal, os insetos apresentam a circulação de um líquido, a linfa. Não têm Corpo de Desejos e sua ação é dirigida pelos Espíritos-Grupo dos Animais, os Arcanjos, cuja sabedoria explica a extraordinária ordem comunitária que se nota nos formigueiros e colmeias, etc.

Os animais de sangue Vermelho e frio (peixes, anfíbios e répteis) são mais evoluídos que os insetos e já possuem Corpo de Desejos separado, sentindo emoções, se bem que num grau pequeno. Menos dependentes dos Espíritos-Grupo Arcangélicos.

Os animais de sangue vermelho e quente (aves, mamíferos) sentem mais plenamente. Estão ainda menos dependentes dos Espíritos-Grupo. Os animais superiores (mamíferos), principalmente o cão, o cavalo etc., estão perto da individualização: seus espíritos individuais já estão parcialmente dentro da forma.

O ser humano passou por estágios semelhantes, pois as condições jamais se repetem, havendo a tendência geral de melhora constante, devido as espirais que se elevam.

E quando fizemos a transição para o reino humano, em fins da época Lemúrica, libertamo-nos da influência do Espirito-Grupo, o que amenizou sua orientação, passando a atuar como Espíritos de Raça. A influência do Espírito de Raça e através do ar da respiração.

Ele paira sobre a região ou país que rege, através do ar, unificando as aspirações de seus protegidos e insuflando-lhes o amor racial (nacionalidade), o patriotismo, etc. Essa transição, de Espírito-Grupo para Espírito de Raça é marcada por uma transformação sanguínea: o sangue do animal é nucleado; através do núcleo o Espirito-Grupo exerce influência direta. Quando passámos para o Reino Humano, o sangue continuou nucleado até meados da Época Atlante, porque não tínhamos o sangue quente. Só quando se liberou o ferro marciano para formarmos a hemoglobina do sangue é que preenchemos os requisitos de Espírito individualizado (laringe vertical, caminhar ereto, fígado e sangue quente). Entramos nos corpos e começamos a vida individual, eliminando os núcleos sanguíneos de influência externa e iniciando nosso livre arbítrio.

Daí por diante, na medida da evolução, o sangue se vai tornando, cada vez mais, uma expressão individualizada. Chegará a um ponto em que a transfusão será impossível, devido à elevada individualização.

O plano evolutivo se desenvolve sempre com recapitulações maiores e menores. É o que observamos. Sabemos que na fase inicial, o feto humano tem sangue nucleado, porque seu desenvolvimento depende exclusivamente de trabalho externo. Quando o espírito penetra no ventre materno, entre 18 e 21 dias após a concepção, ele começa a dissolver os núcleos do sangue, até que este seja uma expressão individual. Ao nascer, não tendo capacidade para formar os corpúsculos sanguíneos, recolhemos na glândula Timo os corpúsculos fornecidos pelo sangue de nossos pais, para servirem de base na formação do sangue individual. Por isso a glândula Timo é grande na criança que nasce. Depois, a medida que vamos utilizando a essência do sangue dos pais, até chegar a puberdade, ela vai diminuindo. Nesse período a criança, devido a influência do sangue dos pais, tem muita afinidade com eles, sente tudo o que se passa com eles: é a ligação sanguínea. Ao chegar a puberdade, a criança começa a formar seu sangue através da medula óssea e Marte começa a atuar em seu horóscopo individual, dando nascimento ao Corpo de Desejos e início à personalidade, desligando o filho dos pais e explicando porque se vai ele tornando bem diferente deles. É um período de autoafirmação e de conflitos com os pais, mormente quando estes são muito protetores. Ao chegar aos 21 anos (início da capacidade mental individualizada), a Mente regula a temperatura sanguínea para estabelecer normalidade na ação do Espírito interno.

Esta fase, do nascimento à maioridade (21 anos) é uma recapitulação do período evolutivo em que, libertados da ação do Espírito-Grupo, tínhamos, contudo, a influência familiar muito forte. Havia a endogamia (casamento em família, união entre irmãos). O sangue era comum, homogeneizado, para conservar a união da Tribo. Isto fazia com que fôssemos clarividentes involuntários: através do sangue comum guardávamos a lembrança dos ancestrais desencarnados, conservando essa linha de experiência da Tribo (daí a palavra linhagem). Isso explica porque a Bíblia afirma terem os patriarcas vivido centenas de anos. Não que pessoalmente tenham vivido tanto; é que suas experiências se conservaram através dos descendentes.

Quando o casamento começou a ser feito fora da tribo, essa memória interna desapareceu e se diz que os Patriarcas (os cabeças das linhagens) ”morreram”. Desde em tão o casamento em família foi considerado com horror e no Oriente proibiam uniões de parentes próximos, estabelecendo que os primos se chamassem irmãos, para que, na convivência, não pensassem em casamento. No entanto, alguns povos persistiram algum tempo no hábito da endogamia (casamento dentro da Tribo), o que retardou a sua evolução. Os ciganos, com esse hábito, até hoje guardam certa clarividência negativa.

Enquanto essa influência tribal era diluída aos poucos, ainda seus membros tinham certa ligação entre si. Um sinal dessa ligação é o hábito dos sufixos: ”son”, “daughther” (Johnson, Stevenson, Mary-daughter). Pela influência do sangue, a família estava acima do indivíduo e este se sentia, antes, um filho de fulano, do que ele próprio.

Nas Américas não temos Espírito de Raça. Estamos exercitando uma individualidade sadia, não movida pelo egoísmo separatista, em detrimento da ordem social e dos interesses familiares, senão uma ação individual autêntica, fraternal e colaboradora, pela união divina e não sanguínea, como objetiva o Cristo: “um só rebanho e um só pastor” – uma família universal, pelos laços do Cristo interno que identifica superiormente os homens, acima dos preconceitos e influências do sangue, da raça, da cor, da classe, da religião etc.

Que a evolução pode ser contada pela história do sangue, é uma experiência que hoje podemos comprovar em laboratório, pela hemólise: se inoculamos sangue humano em uma ave, ela sucumbe, porque a consciência humana, muito mais evoluída, presente no sangue inoculado, no esforço de afirmar-se e libertar-se, mata a ave, incapaz de superá-la. Que a consciência ou alma está no sangue, a Bíblia o confirma em Levítico 17:14: “A alma de toda a carne está no sangue”. Ora, se a alma é a expressão de nosso nível evolutivo e está presente no sangue, compreendemos que o sangue se transforma na medida de nossa evolução. Ainda mais, todo nosso comportamento se reflete no sangue. Harvey, o descobridor da circulação sanguínea, afirmou que uma circulação deficiente ocasiona enfermidade. O ocultismo vai muito além. Ele diz que uma vida moral, sadia, otimista, torna o sangue limpo e ativo. Contrariamente, uma vida imoral, pessimista, ansiosa, suja o sangue e torna a circulação pobre. A astrologia confirma que os bons Aspectos de Júpiter e Vênus asseguram boa circulação arterial e venosa, enquanto os Aspectos adversos indicam sangue pobre, sujo, circulação deficiente.

Ora, Júpiter rege a benevolência, o otimismo, o altruísmo, o idealismo, etc. Vênus governa a coalizão, o amor, a compreensão, a adaptabilidade, etc.

Se o sangue é puro e a circulação ativa, a ação do Espirito nos corpos é muito mais eficaz e sua evolução mais rápida. Como a memória está no sangue, que registra as cenas pelo éter da respiração, ao pensar o sangue aflui ao cérebro e leva para lá todas as imagens d’a memória, possibilitando um perfeito correlacionamento de ideias e de recursos internos. Um sangue puro defende perfeitamente o sistema, promove normal digestão e assegura harmonia geral do corpo. Como decorrência, sendo a mais alta expressão do Corpo Vital, começamos a torná-lo mais positivo e refinado, podendo ter acesso à memória supraconsciente e de lá trazer ao coração, como intuição, a sabedoria interna.

E o sangue impuro? Cheio de impurezas, de medo, de ira, frequentemente provoca anormalidades físicas, morais e mentais. O medo retrai o sangue para o interior do corpo, provocando a palidez, fazendo cair a temperatura do sangue até a ponto de expulsar o Ego. A ira esquenta o sangue e igualmente chega a expulsar o Espirito interno, que não pode agir senão em equilibrada temperatura sanguínea, já que seu ”assento” no corpo é o sangue.

O tema do sangue assume, assim, um caráter geral. O sangue redentor deve acontecer em cada um de nós, pela gradual libertação de todos os fatores externos. Em tal ascese, nossa consciência se expande e ocorre uma transformação física: o coração começa a formar estrias e a tornar-se cada vez mais controlado pelo Corpo Vital, ou melhor, controlado pelo Cristo interno que atua do Espirito de Vida, através de sua contraparte, o Corpo Vital. Então o Cristo interno poderá dirigir a circulação sanguínea para ‘os centros espirituais e a desvia-la dos centros do egoísmo, para redimir-nos da “queda”.

De fato, quando o gênero humano descambou, houve uma transformação em seu sangue e circulação. O sangue passou a fluir mais para o hemisfério esquerdo, onde estão os centros do egoísmo, do personalismo. A isto a Bíblia refere alegoricamente, dizendo que queríamos construir uma torre que fosse até o céu: a torre de Babel.

Babel ou Babilônia significa contusão, que o Senhor estabeleceu entre os trabalhadores da Torre, para que não pudessem termina-la, fazendo com que cada um falasse uma língua diferente. Quer dizer: jamais podemos alcançar a realização espiritual (o céu) através do meio separatista do egoísmo (a língua do personalismo).

Com a libertação individual, que afeta o sangue, o coração, dirigido pelo Divino interno, poderá aos poucos alimentar com o sangue os centros de altruísmo localizados no hemisfério direito cerebral, que esotericamente chamamos: ”A Nova Jerusalém” – o novo lugar de onde nos virá a paz interna. Essa Nova Jerusalém é citada no livro da revelação de João Evangelista (Apocalipse) como “a noiva ataviada que desceu dos céus” para o casamento com o cordeiro (requisito para a Iniciação).

Através dos graus Iniciáticos menores o sangue sofrerá ainda outras mutações, até que desapareça todo vestígio de humanidade, de ignorância, de erro. É o símbolo da degola de João Batista, quando foi sucedido pelo Cristo. Enquanto estivermos na personalidade (João Batista) deveremos nascer do ventre materno (nascer da água da placenta). É o iniciado menor, “chamado filho de mulher.

“Dos filhos de mulher – disse Cristo – João Batista é o maior” (quer dizer que ele devia ter alcançado a 9ª Iniciação Menor). “Mas o menor no Reino dos Céus (a primeira Iniciação Maior, já é ”Filho do Homem”, porque não tem mais necessidade do ventre materno para formar seus veículos: domina as leis da Terra e manipula as forças do metabolismo para constituir seus veículos, por método alquímico) é maior do que João”.

Voltando, agora com estes recursos de compreensão, ao sangue redentor de Jesus-Cristo, que tinha ele de diferente?

Jesus, embora tenha nascido de Maria, passou pelas Iniciações Maiores no seu preparo de 30 anos. Era o Ser mais evoluído entre nossa humanidade. Com isto ele atingiu o centro de nosso Planeta e entrou em ligação com o Espírito Planetário. Só Ele podia ter um sangue, cuja consciência podia servir de veículo ao Cristo para adentrar nosso Planeta, até o Centro e, de lá o Cristo purificar este Globo conspurcado pelas paixões acumuladas dos homens. Nenhum outro sangue poderia fazê-lo, porque a evolução está no sangue e a consciência de Jesus tinha atingido o Centro do Globo. Logo, só este sangue poderia servir de veículo ao Cristo, no grande ato redentor da humanidade. E aquele Corpo Vital sublime permaneceu, para meio de ingresso ao planeta, quando o Raio Crístico retorna pelo Natal, todos os anos.

Se você, caro leitor (a), estudou mesmo o ”Conceito Rosacruz do Cosmos”, poderá meditar proveitosamente sobre este artigo, a fim de ponderar a grande responsabilidade de sua vida, de seus pensamentos, emoções, palavras e ações, na espiritualização de seus corpos, na transubstanciação de seu sangue, até que possa atingir o centro mesmo de seu SER.

  (Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1976)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cartas de Augusta Foss Heindel: Medicina da Natureza: o Maior Curador

Se o ser humano pudesse compreender que o maior curador é a natureza! Deus preparou Seu Laboratório de modo que todo aquele que seja observador dos efeitos dos vegetais e das frutas no organismo humano saberá que contêm um remédio para cada enfermidade de que são herdeiros os seres humanos e os animais.

O animal quando está doente lhe é possível encontrar a erva ou o vegetal necessário para curar-se. Já observou você o cão ou o gato em tal caso? Se tem a oportunidade de sair do quarto onde está preso, no mesmo instante busca as folhas verdes do capim, e especialmente as pontas do trigo ou da cevada, os quais mantêm os órgãos digestivos desses carnívoros em perfeito estado de saúde. Se seu cãozinho ou gato estão doentes e não têm oportunidade de ser livres, leve-os ao campo e permita-lhes que por si próprios encontrem sua medicina; se lhes concede que sigam seus instintos, rapidamente ficarão curados. Se as folhas do capim contêm tudo o que necessita o enorme corpo de um boi ou de um cavalo para alimentá-los, quanto mais podia receber o ser humano dos vegetais mais altamente cultivados e evoluídos?

Para as queimaduras, escaldaduras e contusões, moa-se a batata crua ou a cebola e use-se como emplasto; absorverá toda a inflamação.

A cebola crua, quando se corta em fatias e se põe entre dois biscoitos de água e sal como um sanduiche, e se comem tendo vazio o estômago cada noite antes de dormir, reconstruirá o sistema nervoso, assegurando um sono profundo. Enquanto o corpo descansa, esse vegetal maravilhoso atuará como uma escova para limpar o fígado e os intestinos de suas impurezas.

O alho, esse vegetal tão desprezado, devido a seu odor, quando se come em forma de sanduiche entre fatias de pão integral, eliminando toda outra classe de alimentação por alguns dias e fazendo três comidas ao dia desse sanduiche, curará as escrófulas, os desarranjos biliares, a prisão de ventre e os catarros, sendo também muito útil nos casos de elevada pressão sanguínea e endurecimento das artérias.

Se o sangue está anêmico, ou com falta de ferro, o espinafre, as beterrabas, a alface, o almeirão silvestre e as maçãs vermelhas, que estão bem supridas com o ferro da natureza, são os vegetais e frutas que se deveriam comer. Todas as substâncias minerais que se vendem como drogas nas farmácias são prejudiciais e não são assimiláveis pelo sangue. O mel é um maravilhoso estimulante, e restaurará a energia e força do organismo depois de um trabalho muscular intenso. O mel quando é misturado com o suco de limão é bom para curar as enfermidades da garganta, catarros e resfriados, e quando é mesclado com água também cura as queimaduras do sol e as mãos gretadas.

Uma laranja ou uma maçã comida durante a noite antes de ir dormir e ao se levantar em jejum, faz a mesma coisa, estimula a ação dos intestinos e com o tempo cura a prisão de ventre.

As réstias dos feijões verdes podem secar-se e armazenar-se para casos de emergência; fazendo-se infusão delas como se fosse um chá, aliviará todos os distúrbios de bexiga e são um regulador eficiente dela.

Para aclarar a cútis e obter o brilho do cabelo, coma-se pouco creme, gordura ou gemas de ovo, mas bastantes vegetais ou saladas, tais como almeirão, espinafre, as pontas da beterraba tenra, (as folhagens) cenouras, mostarda silvestre, agrião, etc.

A seguinte tábua de alimentos terapêuticos pode ser de utilidade:

PARA OS NERVOS: As cebolas, alface, cenouras, maçãs. Passas negras, morangos, amoras, aipo.

PARA FORMAR OU ENRIQUECER O SANGUE: As beterrabas, cenouras, espinafre, alface, morangos, maças vermelhas, ameixas, uvas vermelhas.

PURIFICADORES DO SANGUE E DO FÍGADO: As cebolas, o alho, as cenouras, nabos, almeirão silvestre, tomates, ameixas em passas, ameixas, figos e pêssegos.

PARA OS RINS: Os aspargos, alcachofras, almeirão silvestre, suco de maçãs, feijões verdes, ervilhas verdes, limões.

PARA O RAQUITISMO OU DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO: Vagens verdes do feijão, ervilhas verdes, cenouras, maçãs, morangos.

PARA O ESTÔMAGO: Tudo o que geralmente poderíamos aconselhar para este órgão, quando sofre transtornos, é um descanso muito necessário, deixando de ingerir alimentos durante um ou dois dias.

(De Augusta Foss Heindel, publicado na Revista Rays from the Rose Cross – Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 11/1978)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os tipos sanguíneos têm interferência na evolução da Fraternidade Universal, haja visto que o sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso como está no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos?

Pergunta: Os tipos sanguíneos têm interferência na evolução da Fraternidade Universal, haja visto que o sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso como está no Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos?

Resposta: Os tipos sanguíneos não têm interferência na evolução da Fraternidade Universal. O que ocorre é que, como sabemos, o sangue é o veículo do Ego. É por meio dele que cada um de nós controlamos o nosso Corpo Denso. É um dos produtos mais elevados do nosso Corpo Vital. A questão do “sangue de um animal superior ao ser injetado num inferior o mata, e do inferior injetado no superior não faz isso”, é porque o animal superior (via o seu Espírito-Grupo) já tem controle total do seu sangue (por meio do calor que o Ego impõe, adequadamente ao funcionamento do Corpo), enquanto que o animal inferior (também via, o seu Espírito-Grupo) ainda não tem. Assim, o sangue de um animal superior já está mais adequado a ser controlado pelo Ego. Quando esse sangue é injetado em um animal inferior, o Ego não sabe como trabalhar com esse sangue, além do sangue do animal superior trazer parte do seu espírito que tentará dominar o corpo do animal inferior. Se for em pouca quantidade ele consegue até expulsar esse sangue, senão ele morre, pois, o espírito, contido no sangue do animal superior, procurando se afirmar, mata a forma que o aprisiona e liberta-se. Já no animal superior, quando se injeta um sangue de um animal inferior, sabe o que deve fazer para tornar esse sangue adaptado ao seu controle e guia, pois, o espírito no sangue do animal superior é mais forte do que o espírito do menos desenvolvido.

Com relação aos tipos sanguíneos, entre os seres humanos há os doadores universais (tipo O) e há os receptores universais (tipo AB), os de tipo AB seriam mais evoluídos?

Após a primeira vinda do Cristo, quando Ele rasgou o véu do Templo, quando Ele nos deu a conhecer a Religião unificadora Cristã, quando Ele inaugurou a fase da nossa busca pela Fraternidade Universal, acabou a questão que tínhamos do relacionamento do sangue com os Espíritos de Raça – e, obviamente, com as Religiões de Raça. Pois lembremos que os Espíritos de Raça nos controlavam por meio do ar que respirávamos, e que via oxigenação do sangue nos pulmões, tinham acesso a nós. Era por isso que a endogamia era obrigatória naqueles tempos (“filhos de Deus que se casaram com as filhas dos homens”). Com a primeira vinda do Cristo foi inaugurada a “miscigenação das raças”, e hoje somos testemunhas oculares do bem que isso está trazendo para todos nós. Pela mistura de sangues obtida no matrimônio de indivíduos de diferentes tribos ou nações, os guias da humanidade ajudam-nos a desprendermo-nos, gradualmente, dos espíritos de família, de tribo ou de nação.

Logicamente há irmãos e irmãs que ainda têm lições a aprender sob o jugo das Religiões de Raças (o último resquício desses tipos de lições é o famoso “espírito de família”). No caso desses irmãos e irmãs e da necessidade dessa aprendizagem: ou nascem em locais no globo terrestre onde a influência ainda persiste, não como existia até a primeira vinda de Cristo, ou se desgastam em manter uma aura de sentimentos, emoções e desejos que lhes ajudem na aprendizagem. Seja como for, o desgaste nos seus Corpos é imenso. Como consequência, só conseguem aprender pela dor, pelo sofrimento e pela autodestruição.

Especificamente sobre as questões de “tipos sanguíneos, entre os seres humanos há os doadores universais (tipo O) e há os receptores universais (tipo AB), os de tipo AB” não tem nada a ver com ser mais ou menos evoluídos.

Tem a ver com a personalidade. Do mesmo modo com as nossas qualidades de alguns terem a facilidade de expressar melhor os conceitos da bondade, caridade, desapego, misericórdia, filantropia, disponibilidade, gratidão, do altruísmo, perdão e outros terem dificuldades (até extremas, em alguns casos). E essas características se expressam em todos os nossos Corpos, em seus órgãos, sistemas, vórtices e centros de percepção. Sem dúvida, os chamados “tipos sanguíneos” estão inseridos nesse contexto. Tenhamos cuidado: aprendemos na Filosofia Rosacruz que nada é absoluto, tudo é relativo e tem seus graus de dependências que devemos considerar com muita atenção. Por exemplo: não é porque um irmão ou irmã tem um sangue do grupo A que não podem doar sangue para irmãos e irmãs do grupo B, que aqueles são egoístas. É apenas uma dificuldade, fruto da nossa incompetência quando atraímos materiais para construir nossos Corpos na descida para essa encarnação. Com certeza aprenderemos e nas próximas encarnações teremos a chance de demonstrar a nossa aprendizagem.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Sangue: você sabe qual a sua real importância?

O Sangue: você sabe qual a sua real importância?

Pergunta: Qual é o meio direto pelo qual o Ego pode agir no Corpo Físico?

Resposta: O sangue. Podemos notar que o Ego não pode atuar no Corpo Físico sem que o sangue esteja dentro de uma temperatura apropriada. Por exemplo: um calor acima do normal torna a pessoa sonolenta, tornando-a inconsciente pela expulsão do Ego, se a temperatura continuar a subir.

Pergunta: O frio intenso produzirá o mesmo efeito?

Resposta: O frio excessivo também tende a tornar o Corpo sonolento ou inconsciente. Somente quando o sangue se encontra próximo ou na temperatura normal é que o Ego poderá usá-lo como veículo de consciência.

Pergunta: Como podemos notar a atividade do Ego no sangue?

Resposta: Podemos mencionar vermelhidão produzida pela vergonha ou por outra emoção. É uma evidência da maneira pela qual o sangue é levado à cabeça, assim superaquecendo o cérebro e paralisando o pensamento.

Pergunta: Qual a reação do Ego face ao medo?

Resposta: O medo é um estado em que o Ego é levado a defender-se de algum perigo exterior. Por isso o sangue flui mais internamente. As faces empalidecem porque o sangue deixou a periferia do Corpo.

Pergunta: A qualidade do sangue afeta o trabalho do Ego?

Resposta: Em uma pessoa vigorosa, quando o sangue não atinge uma determinada temperatura, é ativa corporal e mentalmente, ao passo que a pessoa anêmica é sonolenta, o que quer dizer que num caso o Ego tem um melhor domínio e no outro menor.

Pergunta: A crença de que o Ego age no sangue é corroborado pela História?

Resposta: Os artigos Noruegueses e Escoceses admitem que Ego está no sangue, porque nenhum estrangeiro poderá tornar-se seu parente, até que tenha feito a “mistura de sangue” com eles, e dessa forma tornar-se um deles.

Pergunta: Existem outras fontes idôneas que concordam com essa crença?

Resposta: Goethe, um Iniciado, demostra essa verdade em seu Fausto, quando estava para assinar o pacto com Mefistófeles: “Por que não assinar com tinta comum? Por que usar o sangue? “O sangue é uma essência muito peculiar”, respondeu Mefistófeles. Quer dizer que aquele que tem o sangue tem o ser humano. É pelo calor do sangue que o Ego pode expressar-se.

Pergunta: Em que época o sangue atinge a temperatura apropriada?
Resposta: O calor apropriado do sangue para capacitar o Ego a expressar-se plenamente, torna-se uma realidade quando o indivíduo está para atingir os vinte e um anos de idade.

Pergunta: Há aspectos legais em relação a esse fato?

Resposta: A lei reconhece isso ao ser humano.

Pergunta: O sangue tem alguma conexão com a memória?

Resposta: A memória está intimamente conectada com o sangue, o qual é a mais alta expressão do Corpo Vital. E somente por meio dos dois Éteres superiores que o ser humano tem o senso de percepção e memória. Isso se aplica à memória Consciente, como também aos registros que designamos como memória Subconsciente, os quais se realizam por meio do Corpo Vital com o auxílio do sangue.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 04/73 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como Você pode Ajudar a Curar Definitivamente as Pessoas que necessitam

Como Você pode Ajudar a Curar Definitivamente as Pessoas que necessitam

“O pensamento, o sentimento ou a emoção mais superficial são transmitidos aos pulmões, de onde são injetados no sangue. O sangue é o nutridor de todas as partes do corpo e o veículo direto do Ego”.
A meditação a respeito das verdades que se relacionam com essas afirmações, leva a uma realização iluminadora de vital importância no pensamento construtivo; realmente nós nos tornamos naquilo em que pensamos, tanto fisicamente como espiritualmente. Nossos pensamentos tornam-se cristalizados, por assim dizer, em nossa expressão facial e na totalidade de nossa forma física, nosso ambiente e nossos companheiros também são reflexos da nossa linha habitual de pensamento. Obviamente, se desejamos ter corpos saudáveis, devemos injetar em nossa corrente sanguínea pensamentos e emoções elevados. Cada pensamento possui um poder vibratório, dependente da força de vontade que o emitiu, tornando-se parte do conjunto de nós, o poder áurico. Atrai para si, material de idêntica natureza, de forma que nessa manifestação da Lei de Atração, temos a chave do pensar em saúde. Quanto mais pensarmos no bem, na verdade e na beleza, mais fortaleceremos o elemento saúde-atração em nossa aura e, portanto; mais injetaremos saúde em nossa corrente sanguínea e daí em nossos tecidos.
A doença, sabemos, é consequência do pensar e do agir erroneamente; desobedecendo as imutáveis Leis de Deus. Esse “mal”, como qualquer outro, pode ser sobrepujado como o “bem”. Ignorando qualquer mal aparente, tratando com ele dentro de uma atitude impessoal ou indiferente, e enfatizando pensamentos bondosos e superiores, beneficiaremos nossos corpos e ambientes, tão certamente como a lei de gravidade opera com incessante regularidade.
Realmente, podemos criar tal força para o bem, pelos esforços constantes do pensar construtivamente. Pensemos em saúde em nossos corpos, com alegria, gratidão, beleza, bondade e amor!
Os Auxiliares Visíveis são tão necessários como os Auxiliares Invisíveis. Nossos amigos e pacientes podem participar desse privilégio superior, bem como adicionar muito ao poder de libertação da força curadora, juntando-se à nós em oração pelos doentes: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio) nós podemos ajudar a gerar a FORÇA CURADORA etérica, por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES, com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Às 18h30 no seu relógio, nas datas indicadas , sente-se e relaxe na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre. Feche os olhos e faça uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Emblema Rosacruz, na parede Oeste do nosso Templo de Cura em Mount Ecclesia. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre o assunto: AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai.

Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos de Amor e Gratidão ao Grande Médico pelas bênçãos passadas e futuras de cura.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 06/1973)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O Ego reside no sangue? A transfusão influencia o Ego?

Pergunta:Conforme as suas afirmações, se o Ego reside no sangue, a prática da transfusão de sangue de uma pessoa sadia para outra doente não se torna perigosa? Isso afeta ou influencia os Egos de alguma forma? Se for assim, como isso acontece?

Resposta: Entre as mais recentes descobertas da ciência temos a hemólise – o fato de que a inoculação de sangue das veias de um animal de espécie superior nas de um de espécie inferior destrói o sangue desse último e provoca a sua morte. Na realidade, o sangue do ser humano injetado nas veias de qualquer animal é fatal. Contudo, de indivíduo para indivíduo, descobriu-se que a transfusão pode se realizar, embora, às vezes, haja efeitos prejudiciais.

Nos tempos antigos, as pessoas casavam com membros da família e o ato de “procurar carne estrangeira” era considerado um sacrilégio. “Quando os filhos de Deus se casavam com as filhas dos homens” (N.R.: Gn 6:1-4), ou seja, quando os súditos de um guia se casavam com membros estranhos à tribo, isso causava grandes distúrbios, pois eram repudiados pelo seu guia e, em seguida, aniquilados. Naquela época, certas qualidades, que agora possuímos, deveriam ser desenvolvidas pela humanidade e mantidas no sangue comum que devia permanecer puro na família ou pequena tribo. Posteriormente, quando o ser humano teve de passar por condições mais materialistas, os casamentos entre as tribos foram recomendados e, daquela época em diante, passou-se a considerar como sacrilégio o casamento entre membros de uma mesma família. Os antigos Vikings não permitiam que ninguém casasse com membros de suas famílias sem que antes passasse pela cerimônia da mescla de sangue, a fim de verificar se a entrada do estrangeiro para a sua família não seria prejudicial. A razão disso era que, em épocas mais remotas, a humanidade não era tão individualizada como é hoje. Os seres humanos estavam mais sob o domínio dos Espíritos de Raça ou de família que residiam em seu sangue, da mesma forma que o Espírito-Grupo dos animais reside no sangue dos animais. Mais tarde, os casamentos entre pessoas de diversas nações libertaram a humanidade daquele jugo e tornaram cada Ego distinto, o único possuidor do seu próprio corpo, sem interferência externa.

A ciência descobriu, ultimamente, que o sangue de pessoas diferentes contém cristais diferentes, de forma que é possível distinguir hoje em dia o sangue de um negro do sangue de um branco. Contudo, chegará o dia em que eles saberão de uma diferença ainda maior, pois da mesma forma que existe uma diferença nos cristais formados pelas diferentes raças, existe também uma distinção nos cristais formados por cada indivíduo individualmente. Não há duas impressões digitais idênticas, e se descobrirá a tempo que o sangue de uma pessoa é diferente do sangue de qualquer outra pessoa. Essa diferença já se tornou evidente para o investigador oculto, e é apenas uma questão de tempo para que a ciência faça a descoberta, pois as características estão se tornando mais marcantes à medida que o ser humano passa a ficar cada vez menos dependente e mais autossuficiente. Esta alteração no sangue é muito importante e, com o passar do tempo, se tornará mais enfática, pois, gerará consequências de grande importância.

Diz-se que a natureza geometriza. Ela é somente o símbolo visível do Deus invisível, e nós fomos criados à Sua imagem e semelhança. Tendo sido feitos à Sua semelhança, estamos também começando a geometrizar, e estamos naturalmente iniciando com a substância sobre a qual nós, os espíritos humanos, os Egos, temos o maior poder, isto é, no nosso sangue.

Quando o sangue flui pelas artérias, que são profundas no corpo, é um gás; mas a perda de calor, que ocorre na região mais próxima da superfície do corpo, leva-o a condensar-se parcialmente, e é nessa substância que o Ego está aprendendo a formar cristais minerais. No Período de Júpiter, aprenderemos a envolvê-los com uma forma baixa de vitalidade e fazê-los sair de nós mesmos como estruturas vegetais. No Período de Vênus seremos capazes de infundir-lhes o fator desejo e torná-los semelhantes aos animais. Finalmente, no Período de Vulcano daremos uma Mente e os governaremos como Espíritos de Raça.

No momento, estamos justamente no princípio dessa individualização do nosso sangue. Atualmente, é possível fazer uma transfusão de sangue de um ser humano para outro, mas está próximo o dia em que isto se tornará impossível. O sangue de um ser humano matará todo aquele que for de um nível inferior, e o sangue de uma pessoa mais evoluída destruirá quem for menos evoluída.

A criança atualmente recebe o suprimento de sangue dos pais, armazenado na glândula Timo para os anos da infância. Chegará a época em que o Ego estará tão individualizado que não poderá atuar com sangue que não seja gerado por ele próprio. O modo atual de procriação terá que ser substituído por outro, quando o Ego poderá criar o seu próprio veículo sem o auxílio dos pais.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 43 – Max Heindel)

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