Ajudando uma Moça e acompanhando um Homem Mau ao desencarnar
Um dia, os Auxiliares Invisíveis encontraram uma jovem, que era prisioneira, que tinha solicitado ajuda deles. Havia cinco anos que esta jovem e seus pais estavam orando pedindo ajuda. A menina estava em algum lugar nas montanhas num prédio velho e bem construído, mas num país vizinho. Os Auxiliares Invisíveis a encontraram no porão dormindo em cima de um pouco de palha. Eles a acordaram.
“Por favor, deixe-me ir para casa, pois estou morrendo”, disse ela.
“Quanto tempo você esteve aqui?” – Perguntou um dos Auxiliares Invisíveis.
– Não sei – disse ela. “Fui trazida para cá em agosto de 1931. Minha casa fica na costa oeste. Eu fui transferida de lugar umas cinco ou seis vezes desde que fui sequestrada. Uma mulher me traz as refeições, mas eu não tenho comida suficiente, e eu estou lentamente morrendo de fome”.
A mulher contou aos Auxiliares Invisíveis onde ficava sua casa. Ela já fora muito bonita, mas sua aparência, atualmente, era pele e osso.
Os Auxiliares Invisíveis olharam ao redor para ver uma maneira de tirá-la dali. Eles não encontraram nenhuma maneira; porém um Auxiliar Invisível pegou na sua mão e chamou a mulher que lhe trazia comida.
“Quem trouxe essa moça aqui?” – Perguntou o Auxiliar Invisível.
“Eu não sei onde estão os dois homens, mas o patrão está lá em cima”, disse ela. “Ele nunca desce aqui”.
O Auxiliar Invisível enviou uma chamada mental para o sequestrador, que chegou armado. Ambos, o homem e a mulher, ficaram tão agitados que eles mal sabiam sobre o que estavam falando.
O homem disse que tinha raptado a moça por dinheiro, mas que não havia conseguido nada. Então ele decidiu mantê-la prisioneira até morrer. Assim, ele levaria seu corpo para casa e o colocaria na varanda da casa de seus pais à noite.
– Nós viemos para levá-la para casa – disse o Auxiliar Invisível. “Pegue algumas roupas para ela”.
O homem malvado riu. “Bem, vocês podem morrer como ratos”, disse aos Auxiliares Invisíveis.
Ele levantou sua arma para atirar num dos Auxiliares Invisíveis, mas eles pediram para as Salamandras ou Espíritos do fogo que aquietassem o fogo; então, sua arma somente clicou. O Auxiliar Invisível pegou a arma do homem que estava assustado e tremendo de medo. O Auxiliar Invisível lhe solicitou, enfaticamente, para encontrar algumas roupas para a mulher e também trazer cobertores grossos. Pediram a mulher que lhe trazia comida para que fosse com o homem para buscar as coisas que eram necessárias.
Os dois saíram e trancaram a porta. “Agora vocês três podem morrer”, gritou o homem malvado e saiu.
A jovem começou a chorar, e os Auxiliares Invisíveis lhe disseram que iriam tirá-la dali. Os Auxiliares Invisíveis desapareceram e subiram para o salão onde estavam o homem e a mulher, se materializaram diante deles e exigiram as roupas. O homem estava paralisado de medo. “Pegue algumas roupas dela e um cobertor, e dê quinhentos dólares” disse ele. “Não. Dê a ela mil dólares e a deixe ir”.
A Auxiliar Invisível pegou as roupas e o cobertor. “Ninguém nos impedirá, uma vez que podemos atravessar qualquer coisa”, disse ela.
Os Auxiliares Invisíveis desceram até o porão e abriram a porta. Vestiram a mulher e a levaram para cima, embrulhada no cobertor. No topo das escadas, eles foram recebidos por dois cães grandes e ferozes. Os cães começaram a se arrastarem em direção aos Auxiliares Invisíveis sobre seus estômagos, e eles choramingaram ao invés de rosnar. O Auxiliar Invisível solicitou ajuda para tirar a moça da casa, pois achava que os guardas poderiam começar a atirar neles e podia ferir a moça. O outro Auxiliar Invisível disse que não precisaria de nenhuma ajuda.
Os Auxiliares Invisíveis disseram às Salamandras para aquietassem o fogo até que eles saíssem. Eles enrolaram a mulher no cobertor e saíram pela porta. Eles criaram uma espécie de escudo em forma de nuvem ao redor dela por meio do pensamento. Depois disso, os Auxiliares Invisíveis flutuaram no ar e a levaram para a pequena cidade onde ela morava, a deixando em segurança em casa, com seus pais.
“Agora vou voltar para aquele lugar para ver se há mais gente mantida em cativeiro”, disse o Auxiliar Invisível a seu companheiro. A Auxiliar Invisível disse que ela também iria. Quando os Auxiliares Invisíveis voltaram à casa do sequestrador, o homem estava conversando com a mulher.
Um Auxiliar Invisível apareceu na sala e perguntou ao homem se havia mais prisioneiros naquele lugar e ele disse: “Sim”.
“Mostre-nos onde eles estão”.
O homem foi a um quarto, destrancou uma porta, e disse aos Auxiliares Invisíveis que havia uma mulher no armário na outra sala.
Os Auxiliares Invisíveis começaram a atravessar o chão. Quando chegaram ao centro da sala, o homem ergueu uma porta de armadilha, e os Auxiliares Invisíveis entraram em um lugar escuro. Um Auxiliar Invisível gritou e agarrou o outro, pois ela tinha esquecido que não estava em seu corpo físico e, portanto, não podia ser ferida.
“Acalme-se”, disse o Auxiliar Invisível. “Nada podem te machucar”.
“Eu tenho medo”, a senhora Auxiliar Invisível respondeu a ele.
“Vá para casa”, disse seu companheiro.
“Me leve para fora e eu irei”, ela respondeu. Nesse momento, ela viu alguns crânios. “Oh! Olhe para esses crânios”, ela disse. “Olha! São quatro”.
“Sim, quatro pessoas pagaram o preço”, disse ele. “Venha, vamos sair daqui”.
Os Auxiliares Invisíveis se desmaterializaram rapidamente, retornaram até o homem e se materializaram.
“Não queremos mais confusão, companheiro” – disse o Auxiliar Invisível.
O homem deu um salto, assustado.
“Sim, seu tempo acabou, e eu tenho um lugar para você”, disse o Auxiliar Invisível.
“Eu não quero morrer”, disse o homem com muito medo. “Eu te darei um milhão de dólares para me salvar”.
“Eu não posso fazer nada”, disse o Auxiliar Invisível. “Olhe para sua vida, e veja o que você fez”.
O homem começou a contar e disse: “Eu sou culpado de sete assassinatos. Olhe para as pessoas que eu chicoteei e roubei! Olhe para todo o gado que já envenenei e as casas que eu queimei! Razão pela qual, eu não fiz nada de bom!”. E ele caiu morto.
Este homem malvado estava revendo os acontecimentos que ele tinha feito durante sua vida, pouco antes de morrer, até quando ele era um bebê. Chamamos isso de panorama da vida.
Os Auxiliares Invisíveis levaram o homem para a região fronteiriça, que é uma região entre o Primeiro Céu e o Purgatório.
“Levem-no para próximo da atmosfera da Terra”, disse um dos responsáveis. “Mantenha sua companheira perto de você. Não, melhor deixa-la aqui”.
“Eu quero ir”, disse a Auxiliar Invisível.
O Auxiliar Invisível a manteve do seu lado, e eles levaram o homem para baixo. O que eles viram foi muito terrível para se colocar em palavras, e nenhum dos dois Auxiliares Invisíveis desejou ir àquela região nunca mais. Esse homem maligno tinha criado todos os tipos de entidades enormes, feias e ferozes, por meio dos seus maus pensamentos e ações.
(IH – de Amber M. Tuttle)
Panorama – No momento da morte, todos os outros veículos humanos deixam o Corpo Denso (físico), mas o Cordão Prateado não é imediatamente quebrado. O ser humano vê desdobrar na direção oposta, o panorama da sua vida escritos sobre o Éter Refletor do Corpo Vital. Este panorama é registrado no Corpo de Desejos como e quando ele se desdobra e é a base para a existência que se segue, no Purgatório e no Primeiro Céu.
A duração do panorama é de até três dias e meio. Todas as violações no Corpo Denso, assim como a agitação causada em torno dele, durante este período (autópsia, embalsamamento, altas lamentações dos pais, parentes e conhecidos, etc.) será sentido em algum grau pelo falecido e que perturba a gravação do panorama, privando o Ego dos frutos de sua vida, em parte ou no todo.
No final do panorama, o Cordão Prateado se rompe. O Corpo Denso está, então, completamente morto e pode ser cremado (o meio mais higiênico e que evita qualquer apego que temos).
Depois de passarmos pelo Purgatório, entrando no Primeiro Céu, o panorama do passado se desenrola de novo para trás, mas então as boas obras da vida são à base dos sentimentos. Ao chegarmos às cenas em que ajudamos a outrem, viveremos de novo toda a alegria que isto nos proporcionou, como também sentiremos toda a gratidão emitida por aqueles a quem ajudamos. Quando contemplamos de novo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltamos a sentir toda a gratidão que emitimos ao nosso benfeitor. Deste modo vemos a importância de apreciar os favores com que outros nos cumularam, porque a gratidão produz crescimento anímico. Nossa felicidade no céu depende da felicidade que tenhamos proporcionado a outros, e do valor que demos àquilo que outros fizeram por nós.
Também, quando estamos iniciando o processo para um novo renascimento, ainda no Terceiro Céu, vem o desejo de novas experiências e a contemplação de um novo nascimento. Isto evoca uma série de quadros ante a visão do espírito – um panorama da nova vida que o espera. Contudo, note-se bem, este panorama contém somente os acontecimentos principais.
Pergunta: Para onde o Espírito vai após permanecer temporariamente no Purgatório?
Resposta: Quando a existência purgatorial chega ao fim, o Espírito purificado adentra ao Primeiro Céu, localizado nas três Regiões Superiores do Mundo do Desejo.
Pergunta: Que transformação ocorre?
Resposta: Ali, os efeitos de seus sofrimentos são incorporados ao Átomo-semente do Corpo de Desejos, abrindo seu coração ao sentimento de ternura.
Isto constitui um impulso à prática do bem e a erradicação do mal no futuro.
Pergunta: Ele revê novamente o panorama de sua vida pretérita?
Resposta: Sim. O panorama desenrola-se em ordem inversa, porém, agora são os bons atos praticados que servem de base ao sentimento.
Pergunta: Qual é o seu efeito sobre nós?
Resposta: Quando passam cenas em que ajudamos a outras pessoas, sentimos um certo alívio como se nós fôssemos ajudados. E como acréscimo, envolvemo-nos com o sentimento de gratidão do recebedor de nossa ajuda.
Pergunta: A amorosidade dos outros beneficia-nos também?
Resposta: Sim. Ao contemplarmos cenas em que fomos auxiliados, sentimos a gratidão dirigida ao nosso benfeitor.
Pergunta: Que lição podemos extrair desses fatos?
Resposta: Aprendemos a valorizar o altruísmo, a compaixão, a simpatia, e principalmente os favores que outros nos prestaram, porque a gratidão é fator de crescimento anímico. Nossa felicidade nas regiões elevadas dos planos internos depende do bem proporcionado às outras pessoas e da sincera apreciação do que elas fizeram por nós.
Pergunta: Nossa possibilidade de dar encontra-se limitada as nossas posses?
Resposta: Não. O poder de dar não é privilégio do ser humano abastado. Dar dinheiro indiscriminadamente pode converter-se em um mal. É justo dar dinheiro para uma finalidade reconhecidamente digna.
Pergunta: O Primeiro Céu é um lugar de felicidade?
Resposta: Sim. É um lugar isento de qualquer resquício de maldade ou amargura. O Espírito encontra-se além da influência material implícita às condições terrestres e assimila todo o bem contido na vida passada.
Pergunta: O Espírito aufere algum proveito adicional?
Resposta: Ali, todas as nobres aspirações são realizadas na maior amplitude. É um lugar de paz. Por mais sofrida que tenha sido sua vida terrestre, tanto mais o Espírito encontrará paz. Enfermidades, tristezas, angústias inexistem nesta região. É o lugar dos espiritualistas. Ali, a imaginação dos devotos cristãos constrói a Nova Jerusalém.
Considere a história do homem rico e Lázaro. O homem rico não estava preparado para encontrar Deus, mas Lázaro estava. Isto mostra que vale viver a vida e estar preparado para ir ao Céu ao invés de ir ao Purgatório. A história é a seguinte:
“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e cada dia se banqueteava com requinte. Um pobre, chamado Lázaro, jazia à sua porta, coberto de úlceras. Desejava saciar-se do que caía da mesa do rico… E até os cães vinham lamber-lhe as úlceras”.
“Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”.
Isto significa que o homem rico estava no Purgatório, sofrendo devido suas maldades e desejos; enquanto Lázaro estava no Primeiro Céu aproveitando tudo de bom que ele havia feito durante sua vida passada, e sentindo a gratidão de tudo que havia feito em seus muitos atos de bondade.
“Então exclamou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”.
“Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro, por sua vez, os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado”.
“E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós'”.
“Ele replicou: ‘Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai,”
“pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'”.
“Abraão, porém, respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'”.
“Disse ele: ‘Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrependerão'”.
“Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão’ “. (Lc 16: 19-31)
Os Auxiliares Invisíveis acham que isto é verdade, porque eles, às vezes, encontram pessoas no Purgatório, os quais perguntam se tem como ir até seus familiares e dizer-lhes que passem a ter uma vida boa e que viva o melhor possível, para que não tenham que sofrer após sua morte. Ouvi falar de dois casos deste tipo. Nos dois casos, o Auxiliar Invisível disse que não seria bom, uma vez que os parentes não acreditariam de qualquer forma. Outra noite dois Auxiliares Invisíveis encontram uma estudante de uma Escola de Ocultismo, a quem haviam conhecido alguns anos atrás. Ela tinha falecido há algum tempo quando a encontraram no Purgatório. Ela os chamou enquanto estavam a caminho de uma missão.
“Desculpe por não ter tido uma vida melhor” – disse ela. “Fui a reuniões no Centro de estudo, mas não acreditava realmente que os ensinamentos eram verdadeiros e não tentei fazer o melhor. Por favor, me ajude a sair daqui”.
“Você deve orar a Deus” – disse o Auxiliar Invisível – “e prometer-Lhe que procurará viver melhor quando outra chance lhe for dada”.
“Eu farei isto” – disse a senhora. “Por favor, vá e diga as minhas filhas que os ensinamentos são verdadeiros e que sejam boas. Não quero que elas sofram como estou sofrendo agora”.
Os Auxiliares Invisíveis não poderiam ir até suas filhas, porque não as conheciam. Mesmo se pudessem ir até elas, as filhas não acreditariam neles.
(Do Livro: Auxiliares Invisíveis – Amber M. Tuttle)
Um naufrágio com mortos
Uma noite, alguns Auxiliares Invisíveis relataram que estiveram no Oceano Atlântico Sul, onde avistaram um barco em apuros.
Eles foram informados de que o barco poderia afundar com todos a bordo. Era um cargueiro, carregando seis mulheres e quarenta e dois homens. O barco tinha se chocado em algo, tinha feito um grande buraco no casco e a água estava entrando, rapidamente.
Depois de se materializarem, os Auxiliares Invisíveis seguiram até a cabine onde as mulheres estavam agrupadas e tentaram acalmá-las. O capitão entrou e disse que toda a esperança de salvar o barco havia acabado e que eles não foram capazes de colocar os botes salva-vidas fora, pois a água do mar estava violenta. Eles tinham acabado de perder dois botes. As pessoas rezavam e pediam aos Auxiliares Invisíveis para salvá-los. Um dos Auxiliares Invisíveis disse-lhes que tudo ficaria bem e caso morressem, todos voltariam em um curto espaço de tempo.
Rapidamente, o barco se levantou e ficou em pé por cerca de cinco minutos, sacudiu um pouco quando a caldeira explodiu, e então afundou. Finalmente, bateu no fundo, e pendeu para o lado, e acomodou-se na lama. As pessoas todas perguntaram o que havia acontecido, não percebendo que eles já estavam mortos. Eles disseram que a princípio haviam se sentido como que estrangulados por falta de ar, porém, tal sentimento havia cessado. Eles foram instruídos a seguir os Auxiliares Invisíveis, os quais os levaram a Região Fronteiriça (N.T.: entrada do Purgatório), onde foram avisados de que estavam mortos.
(I.H. – AMBER M. TUTTLE)