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A Sala Oeste do Templo do Tabernáculo no Deserto

Para entrar na Sala Oeste propriamente dito também há um véu que pende. Essa Sala Oeste do Santuário,também é chamada de Santos dos Santos (Sanctum-Sanctorum).

Vimos, anteriormente, que o véu na entrada do pátio exterior e o véu em frente à Sala Leste do Tabernáculo eram confeccionados em quatro cores – azul, vermelho, púrpura e branca. Porém, o segundo véu, que dividia a Sala Leste do Tabernáculo da Sala Oeste, diferia em relação à caracterização dos outros dois. Foi forjado com as figuras dos Querubins. Só que agora os Querubins não segurava mais em suas mãos a espada flamejante (como era quando fomos expulsos do Jardim do Éden); em lugar dela, segurava uma flor, um símbolo pleno de significado místico. Vamos a ele:

Se compararmos o ser humano com a flor perceberemos, então, a grande importância e significado desse emblema: A flor, contém o órgão gerador da planta. Seu verde pedúnculo leva a seiva, o sangue vegetal, incolor e sem paixão. Realiza a fecundação da maneira mais pura e casta. Seus órgãos reprodutores são projetados para cima, para o Sol. É um espetáculo de rara beleza ! Já, nós, os seres humanos revestimos nosso amor de paixão e temos os nossos órgãos sexuais, utilizados na geração, voltados para a terra, escondendo-os com vergonha devido a essa mácula de nossa paixão. Nós nos alimentamos pela boca e na direção de cima para baixo. A planta recebe alimento pelas raízes, forçando-o para cima. Por fim, nós exalamos o mortífero dióxido de carbono (CO2), enquanto a planta inala esse veneno, transmuta-o e devolve o puro, doce e perfumado oxigênio (O2).

Lembrando, então que no Livro do Gênesis encontramos a descrição da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden por eles terem comido do fruto proibido da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Em conseqüência de seu pecado, os Querubins montam guarda diante do portão, brandindo uma espada flamejante para impedir que o ser humano, por meio do acesso à Árvore da Vida, possa adquirir os segredos do Corpo Vital e aprender, desse modo, a imortalizar sua imperfeita forma física. Agora, no segundo Véu (aquele que dá acesso à Sala Oeste), os Querubins não seguram mais em suas mãos a espada flamejante. Em lugar dela, segura uma flor, um símbolo pleno de significado místico, como vimos. Isso retrata a conquista de um Iniciado, cujo corpo está misticamente descrito como um jardim florido. Nesse jardim, os dois principais centros de flores são o coração, a estrela diurna do corpo, e a glândula pituitária, o mais elevado dos dois centros espiritualizados da cabeça. E para chegarmos a isso temos que praticar a pureza nos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos. E como iniciamos isso? Parando de gerar destino ruim. Praticando os exercícios descritos na última parte do Conceito. Persistência, persistência e persistência. Eis a chave para a nossa conquista!

Examinemos o segundo recinto do Tabernáculo, a sala ocidental, chamado de Santíssimo ou Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum). Atrás do segundo véu, nessa segunda sala, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, a saber, no Yom Kippur, no Dia da Expiação, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.

A Sala Ocidental do Tabernáculo era tão escura como os céus quando o luminar menor, a Lua, está no lado ocidental dos céus, ao entardecer, junto com o Sol; isto é, na Lua Nova, que inicia um novo ciclo em um novo Signo do Zodíaco.

A Sala Oeste é o umbral da Libertação. Através dele, seremos conduzidos a reinos mais elevados, onde um maior desenvolvimento anímico poderá ser conseguido alcançar.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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A Lua, os Signos e a Saúde

Dentro do Filosofia Rosacruz, a Astrologia é considerada uma ciência Divina, Sagrada. E, como tal, é investigada, sob três aspectos básicos: o aspecto espiritual, o educativo e o de saúde.

Neste número convidamos os leitores e, principalmente, os estudiosos da matéria, a acompanhar-nos neste artigo, que é fundamental sob o aspecto saúde.

Apesar da Lua não ser um Planeta (pois é o satélite da Terra) nem ter uma natureza básica própria, exerce uma influência muito forte sobre a saúde de todas nós. Isto é devido a que a Lua serve de foco das forças angélicas que promovem a gestação e o crescimento, através dos Signos do Zodíaco. Outro fato digno de consideração é que, por haver sido expelida do corpo da Terra, levando consigo e albergando os atrasados humanos (que se haviam cristalizado em tal medida que não podiam mais permanecer no seio materno (Terra), sendo prejudicados com nossas vibrações e prejudicando-nos com as suas, em nosso progresso normal), irradia, desde então, esses efeitos cristalizantes para a Terra.

Vemos, pois, que a Lua tem muito a ver com a morte e o nascimento físico. O corpo lunar está representado e simbolizado por meio círculo (a forma do quarto crescente) que representa a alma. Como refletora do Sol, que rege a Individualidade, a Lua está associada à Personalidade, essa parte complexa da natureza do ser humano, composta dos diversos veículos que evoluem durante a permanência na Terra, em cada vida, por meio das variadíssimas experiências obtidas através das emoções e sentimentos. Como se ensina dentro do Filosofia Rosacruz, “o primeiro germe da Individualidade foi implantado na parte mais elevada do Corpo de Desejos, pelos Senhores da Mente, na última parte da Revolução Lunar do Período Terrestre” e, portanto, a Lua tem particular influência sobre o Corpo de Desejos, o corpo de natureza emocional.

A Filosofia Rosacruz também nos expõe que os antigos alquimistas designavam aos Anjos Lunares, ou da Lua, que rege as mares de água salgada (o mar) com o termo “Sal”. Concluíram que certa quantidade a mais de sal no organismo, produz a loucura, como ficou provado pelas experiências em barcos ou navios, cujos tripulantes ficando sem água doce, transtornaram-se mentalmente por beber água salgada em demasia, que continha o elemento lunar: sal. Esta é a razão do porquê estabeleceram a estreita relação entre a Lua e a Mente.

Como a Lua percorre todo o Zodíaco, em pouco menos de um mês, gera vibrações repetidas e maiores que qualquer outro corpo astral. Não apenas gera e recolhe como transmite as vibrações do Sol, dos Signos e dos Planetas com os quais vai formando ângulos de influência.

Há quatro fases com relação às vibrações solares: Lua Nova, quarto crescente, Lua Cheia e quarto minguante. Estas fases mantém estreita relação com a vibração de cada Astro e são fatores importantes na saúde. Essa influência é particularmente forte quando coincide com o mesmo Aspecto astrológico no tema natal ou no progredido de cada mês. Estimula, com seus Aspectos, a cada uma destas posições e, também, dinamiza ativando os assuntos regidos pelas diversas Casas terrestres por que passa.

Considerando apenas os quatro pontos principais de seu ciclo (o começo de cada fase acima), a Lua forma trinta e seis Aspectos com os corpos celestes em trânsito, outro número igual de posições radicais e outro tanto com os Astros e pontos progredidos, além de formas Aspectos com o Ascendente, o Meio do Céu e a própria posição lunar do nascimento. Um Aspecto de movimento lento, como entre os Astros maiores, pode ser culminante, quando a Lua alcança Aspecto em graus exatos. Por ser mais veloz que os demais corpos celestes, a Lua pode criar um clímax maior por uma sucessão de configurações de natureza semelhante. Por exemplo: Júpiter e Saturno poderão estar em Quadratura, porém, faltando alguns graus para ser exata; se a Lua está em Quadratura com estes dois Planetas, ao mesmo tempo, precipitará a completa realização e expressão das consequências indicadas por essa Quadratura.

A maior parte dos seres humanos, atualmente, responde mais fortemente às influências relacionados com sua Personalidade do que às da Individualidade ou do Ego, ficando, pois, mais afetado pelas vibrações lunares do que pelas do Sol. A maior parte das pessoas, atualmente, não percebe este fato. Quando chega e ter consciência dele dá o primeiro e importante passo para mudar esta condição.

Depois virá o despertar e iniciará a luta consciente pelo domínio da Personalidade ou a parte inferior de si próprio. É a condição proposta por Cristo para sermos Seus Discípulos: a renúncia de velhos hábitos, no sentir e no pensar. Tal esforço continuado de renúncia provoca sempre uma diminuição inicial de saúde; essa sensibilidade corporal é o sinal, para os que iniciaram o caminho, de um passo dado para um estado mais elevado de consciência.

Muitos Estudantes Rosacruzes acham que é uma ajuda dedicar-se ao exercício metódico de anotar suas reações diárias, ao trânsito da Lua. Notam que os estados negativos, produzidos por Aspectos adversos (Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções), provocam correntes depressivas no corpo. Todavia, se conhecemos as datas astrológicas em que os mesmos se verificarão, podemos sobrepor-nos conscientemente a seus efeitos. Sobre o assunto, somos de parecer que a melhor atitude é a de não nos preocuparmos com tais influências, mantendo, todavia, um estado permanente de alerta a que a Bíblia cita de: “orar e vigiar“, pois, quanto mais elevado e equilibrado é o indivíduo, tanto menos afetado é pelas influências externas, gozando de uma “perfeita liberdade”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – setembro/1961 – Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)

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De acordo com a Astrologia Rosacruz, qual o melhor momento para nascer?

Resposta: À luz da investigação oculta de alguns dos métodos modernos, parece que o nascimento é um acontecimento sobre o qual não temos nenhum poder de controle. Quando parecemos estar fazendo isso, na realidade, tornamo-nos agentes do destino, a fim de acelerá-lo ou retardá-lo até ter chegado o momento apropriado. Esse ponto de vista justifica-se pela experiência do autor em Astrologia Rosacruz horária. A filosofia da Astrologia Rosacruz horária é que no momento em que alguém se sente impelido a fazer uma pergunta a respeito de um assunto importante, o céu contém também a resposta, e uma figura fixada naquele momento conterá a solução para o problema. Mas devemos notar, particularmente, que o momento em que se deve fixar essa figura é quando a pergunta é feita ao Astrólogo Rosacruz, quando é feita pessoalmente. Quando foi feita por meio de correio (eletrônico ou não), o Astrólogo Rosacruz fixa a figura baseada no momento em que ele lê a pergunta.

Em várias ocasiões recebemos cartas contendo perguntas, mas que tinham sofrido atrasos em decorrência de inundações ou incêndios, mas a figura traçada para o momento da leitura sempre dava a resposta, mostrando que o atraso tinha parte ativa no plano. Tampouco devemos nos surpreender que as grandes Inteligências, isto é, os Ministros do Destino, prevejam e permitam contingências que estão muito além da compreensão da Mente humana. O fato da Mente Infinita dedicar igual atenção ao desenhar a anatomia de uma mosca, um rato ou um leão não nos leva a concluir que uma atenção similar, que vai até as minucias, não prevaleça em todos os aspectos da vida? Quando parece que estamos retardando ou acelerando um nascimento não estaremos, na realidade, ajudando a natureza a prosseguir em seu curso predeterminado, como foi dito na sentença introdutória desse artigo?

Não obstante, há sempre pessoas perguntando ao Astrólogo Rosacruz qual o melhor momento para nascer. Os jovens Astrólogos também querem, frequentemente, saber não que eles tenham qualquer intenção de controlar os nascimentos, mas para que, ao verem um horóscopo ou ao serem informados sobre a hora de nascimento de uma pessoa, eles possam fazer um rápido cálculo mental no sentido de determinar se essa pessoa possui um horóscopo mais tendendo para o benéfico ou para o adverso. Tal julgamento se basearia, naturalmente, apenas na posição do Sol em um Signo e na Casa próxima, sendo, portanto, um julgamento muito genérico e superficial. Pode-se dizer, no entanto, que sendo iguais às outras posições astrais, é melhor nascer quando a Lua aumenta a luminosidade, ou seja, no período compreendido entre a Lua Nova até a Cheia, do que quando ela é Minguante, da Cheia até a Nova, pois a Lua Crescente aumenta, também, a vitalidade e favorece nossos negócios.

E auspicioso nascer em abril ou agosto, quando o Sol vitalizante se encontra em seu Signo de Exaltação, Áries ou em Leão, Signo que ele rege, pois então entramos no mar da vida na crista da onda da vitalidade e somos sustentados na batalha pela existência por uma abundante reserva de energia.

Também é bom nascer em maio e julho, quando a luz vitalizante do Sol está focalizada através do Signo de Exaltação da Lua e no Signo que a Lua rege, respectivamente Touro e Câncer e, especialmente, como já foi dito, quando a Lua está Crescente. Essas configurações proporcionam, também, uma abundante vitalidade, que se torna uma grande vantagem na vida física.

Quanto à hora do dia mais favorável para o nascimento, podemos dizer que as crianças nascidas, aproximadamente, ao nascer do Sol ou pela manhã das 8 às 12 horas, enquanto o Sol está passando pelas Casas dos amigos e do prestígio social, são as mais “ditosas”, pois elas serão ajudadas de todas as maneiras. Crianças nascidas entre o meio-dia e meia-noite são menos “ditosas”. Quando o Sol atinge o nadir, a “sorte” retorna, pois, embora as crianças nascidas pela manhã, enquanto a estrela matutina está ascendendo em direção ao horizonte oriental tenham que abrir com esforço o seu caminho no mundo, as oportunidades lhe serão fornecidas em abundância.

Portanto, podemos resumir as nossas conclusões dizendo que é melhor nascer ao quando nasce do Sol e ou pela manhã, preferivelmente em abril ou agosto, quando a Lua está crescendo em luminosidade.

Finalmente, devemos sempre entender que não há “sorte” no sentido geralmente imaginado, mas tudo o que temos ou o que deixamos de ter, sob todos os aspectos, deve-se as nossas próprias ações passadas. No futuro poderemos ter o que agora nos falta, se tivermos um comportamento correto.

(Pergunta nº 124 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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O Garoto que provou que Seus Professores estavam Errados

Você sabia que, quando os Estados Unidos da América eram um jovem país, acreditava-se que os tomates fossem venenosos? Que, se as pessoas viajassem em trens com velocidade superior a 38 quilômetros por hora, teriam ataques cardíacos e morreriam? E que ninguém seria capaz de voar? É uma pena, porque a vida sempre fica melhor quando a verdade é revelada. É por isso que algumas das maiores pessoas de todos os tempos dedicaram suas vidas ao estudo da verdade.

Um dos mais famosos deles nasceu em 1564, em Florença, uma bela cidade da Itália. Seu nome era Galileu. Mesmo quando menino, ele se interessava por muitas coisas e pelo modo como elas funcionavam. Acima de tudo, ele acreditava que tudo devesse fazer sentido. Não se deve acreditar em algo só porque alguém disse — nem mesmo se foi um homem chamado Aristóteles. Aristóteles foi um estudioso famoso que viveu cerca de dois mil anos antes de Galileu. Por ter descoberto muitas coisas maravilhosas, as pessoas passaram a acreditar que tudo o que ele havia dito e escrito era verdade. Na verdade, nos dias de Galileu, quando alguém declarava que Aristóteles tivesse dito algo, essa era a última palavra; ninguém deveria discutir.

Mas, Galileu achou que isso estivesse errado. Ele sabia que as pessoas cometem erros; provavelmente isso incluía Aristóteles. Ele disse isso ao seu professor na escola, que ficou muito zangado com o que ouviu; por isso ele repreendeu Galileu: “Como você ousa duvidar de Aristóteles!”, gritou com o garoto um dia.

Você não consegue imaginar como Galileu deve ter se sentido? Afinal, ele era apenas um menino. Quem era ele para desafiar aquilo em que os estudiosos acreditavam por quase dois mil anos? Mas ele tinha que provar que Aristóteles cometeu erros. Essa era a única maneira de convencer os outros. Então ele teve que manter os olhos bem abertos para encontrar algo, em algum lugar, que mostrasse que Aristóteles realmente houvesse cometido um erro. Eventualmente, sua oportunidade apareceu.

Como você sabe, naquela época não havia luz elétrica. As pessoas usavam velas ou tochas que tinham que ser acesas; às vezes, elas pendiam do teto. Ocasionalmente, no processo de acender, elas começavam a balançar um pouco. Galileu uma vez assistiu a isso. Ele imediatamente se lembrou do que Aristóteles havia escrito — coisas grandes e pesadas caem mais rápido do que as pequenas e leves. Galileu agora acreditava, depois de ver tochas e velas de vários tamanhos balançando da mesma maneira, que Aristóteles estivesse errado.

Sua grande chance de provar isso veio quando era professor na Universidade de Pisa. Talvez você já tenha ouvido falar dessa cidade; é famosa porque tem uma torre inclinada. Qual a melhor maneira de provar que coisas com pesos diferentes caem igualmente rápido do que derrubar dois desses objetos do topo da torre?

Naturalmente, Galileu não poderia simplesmente subir até lá e deixá-los cair. Ele precisava obter permissão e definir um horário para o que havia planejado — alguém, em baixo, poderia se machucar, caso estivesse lá na hora errada!

Não foi fácil para Galileu obter a permissão. Afinal, a própria ideia de questionar Aristóteles era algo inédito. Ele não deveria estar sempre certo? Contudo, finalmente Galileu obteve permissão. A hora foi definida, e as pessoas iriam para assistir.

Dois objetos deveriam ser soltos simultaneamente, um pesando cerca de cinco quilos e o outro de apenas meio quilo. Os dois alcançaram o solo exatamente ao mesmo tempo. Galileu provou que estava certo! Mas você pensa que as pessoas o aplaudiram? Apenas algumas ficaram para apertar sua mão; a maioria simplesmente foi embora. Elas não sabiam o que fazer com isso. Deveriam manter o que aprenderam durante toda a vida ou acreditar no que viram?

Os dirigentes da Universidade sabiam o que fazer: mandaram Galileu sair. Eles não deveriam tê-lo recompensado? Não, eles disseram que ele tinha sido contratado para ensinar conhecimentos antigos, não para desafiá-los. Disseram ainda que ele tinha perturbado a mente de seus alunos e isso não era uma coisa muito legal de se fazer.

Então, Galileu teve que procurar outros lugares para ensinar, como Pádua e Florença. Mais importante, ele agora tinha mais certeza do que nunca de que Aristóteles nem sempre estivera certo. Isso despertou nele o interesse por um livro que encontrou, escrito por um homem chamado Nicolau Copérnico, ex-aluno de Pádua, onde, por acaso, ele ministrava as aulas dele, na época.

Nesse livro, leu que Aristóteles errou ao acreditar que o Sol se movia ao redor da Terra; o contrário era verdade, mas não podia ser provado. Fazia todo sentido para Galileu e o ajudou a compreender muitas outras coisas. Entretanto, ele não podia provar.

Isto é, não até 1609, quando ouviu o viajante de um país distante contar uma história incrível. Alguém nos Países Baixos (atualmente conhecidos como Bélgica e Holanda) inventara algo para fazer objetos distantes parecerem se aproximar e ficarem muito maiores, aparentemente. Isso, é claro, você conhece como telescópio.

Contudo, havia algo de errado com o telescópio inventado: quando se olhava por ele, as coisas pareciam de cabeça para baixo. Isso era confuso. Galileu começou a corrigir esse defeito. Agora, quando alguém olhava através dele, objetos distantes podiam ser ampliados quase mil vezes e estavam com o lado certo para cima. Galileu recebeu muita honra e fama por fazer seu progresso; mas é claro que seu verdadeiro interesse ainda era descobrir se o Sol se movia ao redor da Terra ou se o contrário era correto.

Ele foi muito encorajado por um fato: pouco antes, uma bela e brilhante nova estrela apareceu no céu. Mas, Aristóteles, 2.000 anos antes, havia dito que nenhuma nova estrela apareceria. Visto que ele se enganou quanto a esse fato sobre os céus, não poderia ele também estar errado ao afirmar que o Sol se movia em torno da Terra? Não poderia ser o inverso, a Terra se movendo em redor do Sol?

Galileu agora passava praticamente todo o tempo olhando pelo telescópio. Às vezes, ele se esquecia de comer e dormir. Porém, mesmo que sua saúde não fosse das melhores, ele continuou se esforçando, com medo de não viver o suficiente para aprender a verdade sobre o que está no centro, o Sol ou a Terra.

Ele fez isso. Como? Ele sabia que, se Vênus e Marte se moviam em torno do Sol, a Terra também o fazia. Ele também sabia que, se o fizessem, pareceriam ficar menores, algumas vezes, e, outras, maiores, como a Lua fica quando se torna Lua Nova e, depois, Lua Cheia. E foi isso exatamente o que ele viu Vênus e Marte fazer. Eles pareciam mudar de tamanho.

Galileu também descobriu “manchas” no Sol, embora não devesse haver nenhuma. Quanto mais ele estudava os céus com seu telescópio, mais ele percebia que boatos muitas vezes são apenas isso — boatos.

Galileu escreveu tudo em um livro para que o maior número possível de pessoas pudesse ler sobre o assunto. Hoje em dia, algumas pessoas ficam ricas e famosas após escreverem livros. Não Galileu. Ele foi jogado na prisão. As autoridades tentaram fazer com que ele “se retratasse”; isto é, que anulasse o que havia dito e escrito, prometendo que não acreditasse mais nisso.

Mas como ele poderia? Só porque a maioria das pessoas havia acreditado por muito tempo no conhecimento antigo, isso não o tornava certo. E, se as pessoas algum dia lhe disserem para acreditar em algo só porque muitos acreditaram por muito tempo, você saberá o que dizer a eles, não é? Você vai apenas contar a eles sobre Galileu: e nada mais!

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de setembro-outubro/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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A Lua na Tradição Oculta – Parte I – A Significância Espiritual da Lua Nova

A Lua na Tradição Oculta – Parte I – A Significância Espiritual da Lua Nova

Corinne Heline

Os primeiros ensinamentos do Templo foram dados quase no início da civilização. Nenhum desses ensinamento está perdido; mas, através dos tempos foram endereçados aos cuidados das Escolas de Mistérios e ainda estão disponíveis aos “poucos” que estão prontos para recebê-los. Muitos dos belos cerimoniais simbólicos e pertencentes aos antigos Templos de Mistérios foram incorporados às várias Religiões do mundo. Talvez os dois mais importantes desses cerimoniais, levados à primitiva Igreja Cristã, sejam o cerimonial do Batismo e o da Festa do Amor Místico que, na terminologia da igreja, é chamado de Eucaristia ou Sagrada Comunhão.

Esses dois cerimoniais, como observados nos antigos Templos de Mistérios, geralmente eram comemorados nas noites de Lua Nova e Lua Cheia. Os neófitos do Templo eram ensinados que esses são os pontos espirituais elevados de cada mês, porque nas noites de Lua Nova e Lua Cheia há uma liberação adicional de energias espirituais em todo o Planeta Terra, exterior e interiormente.

É significativo que em vários livros do Antigo Testamento o leitor seja advertido contra a participação nos festivais da Lua, e eles são o objeto de muitas repreensões veementes de vários profetas. A razão para isso é que os cerimoniais religiosos pertencentes à Era de Touro, embora belos e puros em suas concepções originais, no tempo do Antigo Testamento degeneraram em feitiçaria e sensualismo do tipo mais degradante. As assembleias da Lua Nova haviam se tornado conclaves sombrios e sinistros, sob a égide dos deuses e deusas da feitiçaria, enquanto as festas da Lua Cheia eram tempos de folia licenciosa, descritos no Antigo Testamento como a adoração ao bezerro de ouro. À parte desses festivais degenerativos, no entanto, havia verdadeiros Mistérios da Lua que eram celebrados nos santuários mais internos do Templo, que sempre foram uma forma da ordem celestial mais elevada e sagrada.

Para o Aspirante no Templo do Mistério, a Lua Nova é uma época de novos começos. É tempo de consagração e dedicação aos mais exaltados ideais aos quais ele aspira. No final de cada mês lunar, portanto, ele examina cuidadosamente, em retrospecto, todas as obras do mês que acabou de terminar e observa em que falhou em viver fiel a esses ideais, tentando descobrir o motivo dessas falhas.

Um dos mais notáveis videntes modernos disse que o único e verdadeiro fracasso que alguém pode conhecer é deixar de tentar; e, assim, o Discípulo do Templo de Mistério tem a oportunidade de rever suas falhas. Por mais lamentáveis que sejam, ele sabe que não são irremediáveis, porque não parou de tentar.

Logo após o festival da Lua Nova e a cada mês, o Discípulo é instruído a se doar a um ideal pessoal ou de um movimento que contribuirá, por menor que seja, para a elevação da humanidade e o aprimoramento do mundo. Isso é feito para provar sua abnegação total e irrestrita, em harmonia com o belo mantra Rosacruz: “O serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais agradável que conduz a Deus”.

Nos ensinamentos do Templo, o cerimonial batismal era, geralmente, observado nas noites de Lua Nova e a Festa do Amor Místico, ou Eucaristia, nas noites de Lua Cheia.

O serviço batismal que foi organizado para se harmonizar com a lei esotérica está disponível hoje. Simples na forma, ainda que rico em substância espiritual e poderoso em invocação da torrente cósmica.

Os Quatro Elementos são usados nesse cerimonial e cada um é dedicado ao serviço do Aspirante. Eles são: Sal, Óleo, Água e Fogo (Luz). O sinal da Cruz também é usado, como na igreja. A Cruz é um símbolo pertencente aos primeiros ensinamentos do Templo e sua assinatura é um ato litúrgico de “magia” espiritual que sela a unidade do ser humano com o cosmos. É um símbolo cósmico em ação. Ele invoca as bênçãos de Câncer, a Hierarquia do Norte; Capricórnio, a Hierarquia do Sul; Leão, a Hierarquia do Oriente; Aquário, a Hierarquia do Ocidente. Câncer representa os Elementos da Água; Capricórnio, os da Terra; Leão, o do Fogo e Aquário, o do Ar.

Uma bênção é pedida aos quatro grandes Seres que operam através dos Quatro Elementos Cósmicos que são tão importantes no trabalho evolucionário do nosso Planeta Terra e dos seres residentes nele.

Na bênção dos Quatro Elementos, o sinal da Cruz é feito primeiro no Coração e depois na testa; sendo o Coração o núcleo de amor do corpo e a cabeça, o centro da Mente. O ponto crucial dos ensinamentos do Templo sempre foi a unificação das forças da Mente com as do Coração. A Bíblia nos mostra que devemos aprender a pensar com o Coração e a amar com a Mente. Quando essas duas forças são estabelecidas em equilíbrio dentro do ser humano, ele “nasce” como um Iniciado. É a união das duas forças cósmicas que a Bíblia retrata simbolicamente como uma Festa do Casamento Místico. É com uma Festa do Casamento Místico que o Evangelho Segundo São João começa. São João foi o mais avançado dos Discípulos de Cristo e, por isso, seu Evangelho contém os ensinamentos do Templo mais exaltados já dados ao mundo.

Um por um, os Quatro Elementos Sagrados são abençoados para o serviço do Aspirante. Em primeiro lugar, o Elemento Sal, símbolo de pureza: a pureza do alimento que sustenta e nutre o Corpo Denso; a pureza do amor que desperta o Coração; a pureza do pensamento que ilumina a Mente; a pureza da ação que embeleza a vida. Aquele que realiza o rito batismal coloca suas mãos sobre o Sal em bênção e, então, faz o sinal da Cruz no Coração do Aspirante, dizendo: Cristo ensina que somente os puros de Coração verão a Deus”. Em seguida, o sinal da Cruz é feito na testa, com as palavras: “Quando a pureza é alcançada na consciência do ser humano, isso é conhecido como um grande poder espiritual. Do servo de Deus é dito que sua força é como a força de dez, cujo Coração é puro”.

Então as mãos são colocadas em bênção sobre o Óleo, que é o símbolo da harmonia, unidade, cooperação, da cura, do companheirismo, da fraternidade. Novamente o sinal da Cruz é feito no Coração, com as palavras: “Se andarmos na Luz como Ele está na Luz, seremos fraternais uns com os outros”. E novamente o sinal da Cruz é feito na testa, com as palavras: “Que a aspiração do seu pensamento o eleve sempre à realização harmoniosa com o ideal da Paternidade de Deus e da Fraternidade do Homem”.

Em seguida, as mãos são colocadas em bênção acima da vela acesa, pois o Fogo é o símbolo da fé e a fé tem sua casa no Coração. O sinal da Cruz é feito no Coração e as palavras são pronunciadas: “Que a bela fé de uma criança viva sempre e floresça em seu Coração”. O sinal da Cruz é, então, feito na testa, junto às palavras: “Cristo disse: se tiverdes fé como um grão de mostarda, tudo quanto pedirdes será feito a vós”.

Em seguida, as mãos são abençoadas acima da vela acesa. São João deu a única descrição perfeita da Luz quando disse: “Deus é Luz”. Ao que acrescentou: “Deus é Amor”. Mais uma vez o sinal da Cruz é feito acima do Coração: “Que este Amor-Luz celestial sempre brilhe em seu Coração e ilumine sua vida e a vida de todos aqueles que você encontrar”. Novamente o sinal da Cruz é feito na testa e as palavras de São Paulo são ditas: “Que esteja em vós aquela Mente que também estava em Cristo Jesus”.

Agora, as mãos são colocadas na Água; mais uma vez é abençoada e algumas gotas são colocadas sobre a cabeça do aspirante no encerramento da bênção: “Que você ande sempre na Luz como Ele está na Luz e que você sempre viva, mova-se e tenha seu ser n’Ele. Amém”.

O cerimonial do batismo ocupou um lugar de destaque na vida da primitiva comunidade Cristã. Foi observado em muitas estações; talvez a mais importante delas sendo o Sábado Santo, à noite, imediatamente antes do amanhecer da Páscoa. Foi nessa época que os recém-batizados foram encontrados esperando para tomar parte naquela gloriosa procissão da Páscoa, que ocorre nas altas esferas espirituais e que é conduzida por nosso bendito Senhor, o Cristo.

(Publicado na Revista New Age Interpreter – Corinne Heline – first quarter, 1963 – traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – 2021 – Março

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