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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como se determina o sexo antes de renascer aqui?

Pergunta: Diz-se no “Conceito Rosacruz do Cosmos” que uma matriz feita de Éter é colocada no útero da mãe, no momento em que o Ego está para renascer, e que o Átomo-semente do Corpo Denso provém do espermatozoide do pai. Se é esse o processo, isso não produziria crianças de um único sexo, com o Corpo Vital negativo ou positivo vindo da mãe e o Corpo Denso positivo ou negativo vindo do pai? Como explicar a diferença de sexo no nascimento?

Resposta: Diz-se também no “Conceito Rosacruz do Cosmos que o Corpo Vital de uma mulher é positivo e o Corpo Vital de um homem é negativo. Quando os agentes dos Anjos do Destino estão ajudando um Ego a renascer, o sexo já foi determinado, seja pela Lei de Alternação ou por uma modificação dessa Lei em virtude de circunstâncias específicas e individuais do Espírito. Então, o Ego é ajudado a atrair para si uma quantidade suficiente dos diferentes tipos de Éter requeridos para o seu desenvolvimento. Essas substâncias têm todas uma certa polaridade, positiva ou negativa. Quando a matriz feita unicamente com átomos etéricos e positivos é colocada no útero da mãe em perspectiva, esses átomos irão infalivelmente atrair para si átomos físicos e negativos. Em consequência, o corpo da criança será feminino. Se, por outro lado, a matriz colocada no útero da mãe é composta de átomos etéricos negativos, ela atrairá os átomos densos positivos, resultando o órgão sexual masculino mais desenvolvido; portanto, o sexo será masculino. A vida, como a eletricidade, requer expressão tanto positiva quanto negativa; do contrário não poderia manifestar-se.

(Pergunta nº 24 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Pergunta: Intervalo entre renascimentos: 1000 ou 5000 anos? Sempre há a alternação de sexos?

Pergunta: Embora a Teosofia, representando a sabedoria do Oriente, e a Filosofia Rosacruz, a do Ocidente, concordem em muitos aspectos, há alguns pontos nos ensinamentos dessas duas Escolas de ocultismo que se diferenciam. Um deles refere-se ao renascimento. A Teosofia ensina que o intervalo entre duas vidas terrestres é de aproximadamente cinco mil anos, enquanto os Rosacruzes sustentam que é de aproximadamente mil anos. Com relação ao sexo do Ego, os Rosacruzes ensinam que os renascimentos se alternam, ora masculino, ora feminino, enquanto a Teosofia sustenta que a alternação dos sexos não se realiza a cada vida individual, mas por séries; isto é, uma série de sete encarnações do sexo masculino alterna-se com uma série de sete encarnações do sexo feminino. Poderiam explicar essas discrepâncias?

Resposta: Nossa linha de conduta é nunca criticar ou menosprezar os ensinamentos de qualquer outro movimento espiritual. Portanto, só podemos dizer que quem faz a pergunta está correto em relação aos Ensinamentos Rosacruzes, que sustentam que o Ego renasce geralmente duas vezes no decorrer do período em que o Sol, por Precessão dos Equinócios, leva para percorrer um Signo do Zodíaco; ou seja, em torno de 2.100 anos. Ensinam também que esses renascimentos alternam-se de modo sucessivo, porque as condições na Terra não mudam tanto em um espaço de tempo de dois mil anos e seu propósito é ministrar ao Ego todas as lições relativas às experiências terrenas sob a influência de cada Signo, sendo que essas variam para o homem e para a mulher. Desse modo, se o Ego nascer como homem e, em seguida, como mulher, sob um mesmo Signo, ele aprenderá praticamente todas as lições a serem extraídas das condições existentes na Terra sob tais vibrações planetárias.

A prova disso é demonstrada a cada neófito logo após a Iniciação: pede-se que ele observe determinado Ego no momento em que ele está deixando o Corpo Denso. Em seguida, que continue acompanhando essa vida nos Mundos invisíveis durante um ano ou dois, e quando surge uma oportunidade para renascer, o neófito pode verificar a absoluta veracidade da doutrina do renascimento. Para essa demonstração, escolhe-se sempre um Ego que morreu na infância e que procura renascer rapidamente.

Quando essa lição for aprendida, ele passa a saber, mediante o conhecimento direto, que o renascimento seja uma realidade na Natureza. É-lhe ensinado a observar a vida de certas pessoas na Memória da Natureza, a fim de que passe a compreender os diversos detalhes relativos a esse assunto. No entanto, isso não pode ser realizado até que o Iniciado tenha aprendido a funcionar na Região do Pensamento Concreto, pois o registro etérico da Memória da Natureza não penetra suficientemente no passado para dar-lhe informações mais detalhadas. Todo Iniciado que progrediu bastante conhece esses assuntos tão bem quanto o seu próprio nome.

A Lei do Renascimento não é uma lei cega. Está sob a direção de quatro grandes Seres, detentores de um conhecimento e poder extraordinários. São chamados de Anjos do Destino, na terminologia cristã. Quando um determinado Ego precisa alterar o intervalo entre a morte e o renascimento, as modificações necessárias são feitas e o intervalo irá variar conforme as necessidades.

Relatos sobre as conferências proferidas pela Sra. Besant foram publicados nos jornais e seus seguidores confirmaram a sua declaração de que ela renasceu na antiga Alexandria como Hipatia, uma mulher. Disseram também que ela renasceu posteriormente como Giordano Bruno, em Roma, e que está de novo encarnada como pessoa do sexo feminino. Isso, se for verdade, corrobora o ensinamento dos Rosacruzes e não aquele segundo o qual haveria uma série de sete encarnações masculinas sucedidas por uma série de sete femininas.

(Pergunta nº 22, do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Construção e Trabalho sobre o Corpo Vital

Construção e Trabalho sobre o Corpo Vital

Com a ajuda de nossa mãe, do nosso pai e dos Anjos do Destino nos preparamos para um novo nascimento no Mundo Físico.

E toda nossa estada aqui na Terra é para colher os frutos que semeamos em vidas passadas e, consequentemente, para semear outras que nos irão proporcionar experiências futuras para os próximos renascimentos.

Nós, Egos, chegamos aqui nessa mais uma vida na Terra construindo as seguintes ferramentas como veículos: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente.

Contudo, podemos dizer que a consciência da utilização desses veículos por nós, o Ego, aqui se dá por etapas: isto é, os veículos vão nascendo aos poucos aqui.

E a finalidade desse processo gradual é para que possamos assimilar o máximo em cada etapa e se preparar para a colheita na vida futura.

De posse desses maravilhosos instrumentos nós podemos utilizá-los para evoluir e aperfeiçoá-los, mas a qualidade desse desenvolvimento dependerá da qualidade do trabalho em que esses veículos serão empregados por nós para ganhar experiências em cada vida. Afinal, já sabemos que a verdadeira finalidade da vida não é a obtenção da felicidade, mas a conquista de experiências que desenvolverão os poderes espirituais latentes em cada um de nós.

Nascemos completamente dependentes dos nossos pais e somos guiados por eles durante muitos anos.

Por isso lemos em Eclesiástico capítulo 7 versículos 27-28: “Honra teu Pai de todo o coração e não esqueça as dores do parto de tua mãe. Lembra-te de que por eles foste gerado: como lhes retribuirás o quanto te deram?”.

Depois do nosso nascimento aqui, nossos veículos estão interpenetrados, mas nenhuma de suas forças positivas é ativa, mas elas continuam a se desenvolver.

É sabido que a vida progride em ciclos de sete em sete anos, desde o nascimento até a morte.

Do zero aos sete anos se dá a preparação para o nascimento do Corpo Vital e, portanto, nós, o Ego, não temos total domínio dele. O sangue utilizado no nosso Corpo Denso é o que foi armazenado na Glândula Timo, quando ainda estávamos no útero da mãe; ou seja, esse sangue é o da mãe. O domínio sobre ele só será possível com a fabricação dos corpúsculos vermelhos do sangue por nós, o Ego.

O Corpo Vital vai crescendo e dando a vitalidade que nós necessitamos no interior de nossa proteção cósmica (também chamado de Corpo Vital macrocósmico).

Nesse período estamos abertos para sermos ensinados e instruídos e não temos a iniciativa para julgar antecipadamente e muito menos para emitir opiniões. Porque durante esses primeiros sete anos nós somos “todos olhos e ouvidos”, absorvendo, sem críticas, tudo o que é nos ensinado e mostrado, constituindo-se esse setenário o mais importante na formação do nosso caráter. Pois a nossa natureza interna é sensível e inocente. Assim, a imitação e o exemplo são as palavras-chaves para a nossa educação nesse período. Imitação por nossa parte e exemplo por parte dos nossos pais, para que imitemos o que é bom.

Nesse período, quando nos deparamos com algo desconhecido somos bastante humildes para perguntar e admitir a nossa ignorância no assunto. Estamos sempre prontos a aprender!

Existe uma passagem na Bíblia que ilustra bem esse ponto. No Evangelho Segundo São Marcos capítulo 10, versículos 14-15 lemos: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais; porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo, todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará”. Isso mostra também que nesse período somos dotados de uma fé infantil, pois acreditamos e vivenciamos tudo o que nos é ensinado.

Em torno do sétimo ano de vida, o Corpo Vital, atingindo seu nível de perfeição suficiente, nasce. Esse é o período em que os pais e educadores poderão ajudar os filhos na formação e desenvolvimento das afeições, dos hábitos, da consciência, do caráter, da memória e do temperamento. É nesse período que passamos a observar mais, e com isso acabamos por aprender a discernir o certo do errado e a cultivar ideais elevados.

As palavras-chaves para esse período na nossa educação são discipulado e autoridade. Contudo, essa autoridade deve ser passada pelos pais com confiança, sinceridade e amor; dessa maneira, podemos considerar nossos pais como sendo os mais corretos e estamos aptos ao aprendizado do discipulado. E nesse momento os pais devem estar prontos a dar uma vida de bons exemplos a seus filhos, já que é mediante a observação e veneração a eles que mais aprendemos.

Retornemos à Bíblia no Eclesiástico capítulo 14, versículo 22: “Feliz o ser humano que persevera na sabedoria, que se exercita na prática da justiça, e que, em seu coração pensa no olhar de Deus que tudo vê”.

Por volta dos 14 anos nasce o Corpo de Desejos. A palavra-chave para a educação nesse período é a compreensão e o amor. É o período da puberdade, em que se inicia a nossa fase de autoafirmação e passamos, então, a ter identidade própria. Com isso o sentimento do “eu” começa a se expressar completamente, por ser o sangue inteiramente produzido e dominado por nós, o Ego.

Nesse período, devido à produção de sangue quente pelo Éter de Luz, nós, o Ego, acumulamos muita força sexual no sangue que se desenvolve e governa o coração. É por isso que, muitas vezes, encontramos alguém dizer que alguns jovens “perderam a cabeça” ou que alguns são de temperamento “fervente”. É visto, nesse período, que a ira, a paixão e, muitas vezes, a ansiedade do jovem acabam por elevar a temperatura do sangue e se não houver um controle, poderão prejudicar a atuação do Ego sobre seus veículos. Necessário faz-se que os pais tenham muita paciência com seus filhos para que eles possam transpor esse período até, por volta dos 21 anos, quando nasce a Mente, idade que chamamos de maioridade.

Com o controle da Mente, o Corpo Denso não fica com o sangue nem muito quente nem frio. Com a Mente completa-se a ligação de todos os nossos veículos, incluindo os Éteres superiores que são o Luminoso e o Refletor e, assim, estamos capacitados para ter controle sobre nossas aspirações e desejos, freando a natureza dos desejos.

Daqui para frente cabe a nós, o Ego, trilharmos o nosso caminho, uma vez que o caráter já está formado. Precisando apenas exercer nossa vontade. É muito importante a educação que os pais dão a seus filhos nesse tempo, sem cobrança ou sem esperar nada em troca e não julgando ser sua propriedade para retribuir os favores dados a eles anteriormente. Pois os filhos que são educados com amor, assistência, atenção, confiança e afeto, certamente, retornarão reconhecendo o valor dos pais.

Agora estamos prontos para aspirar e desenvolver o que resume Max Heindel nesta frase: “uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são”.

Comecemos lembrando o que a Escola Rosacruz ensina, como máxima fundamental, que “todo desenvolvimento oculto começa no Corpo Vital”.

Há de ter uma particular atenção à parte do Corpo Vital formado pelos dois Éteres superiores que, desenvolvidos e trabalhados, formarão o Corpo-Alma. Trabalho esse que tem início com a prática dos bons hábitos e para isso é essencial utilizar-se da palavra-chave desse veículo que é “repetição”.

No Evangelho Segundo São Mateus, capítulo 7, versículo 24 lemos: “Aquele que ouve minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um ser humano prudente, que edificou sua casa sobre a rocha”.

O fator essencial na realização desses ideais é a prática da persistência na meta escolhida. E jamais devemos trabalhar com nossos esforços ocasionalmente, pois isto não leva a nenhum propósito definido e a desistência fica sempre mais próxima!

Max Heindel disse: “O maior perigo que ameaça o Aspirante nesse caminho é que fique preso na rede do egoísmo, e sua única salvaguarda é o cultivo da fé, devoção e a irradiação de amor sem restrições.

Precisamos estar então alertas em relação a nossas atitudes mentais ou novas ideias para que não julguemos somente com o intelecto, mas deixemos, também, o nosso coração tomar parte nessa decisão.

Se tem algo que pode ser destacado como de utilização sempre presente é a adaptabilidade, que é um fator expressivo no caminho da evolução.

Existem certos hábitos antigos que deveremos analisar sob diversos ângulos e admitir as mudanças necessárias para vencermos o convencionalismo.

Se estamos neste caminho para a frente e para cima é necessário que façamos inovações: que edifiquemos melhor nosso Templo do Espírito, pois Deus opera continuamente para nosso bem.

Muitas de nossas fraquezas são forças mal dirigidas e devemos, então, mudar o eixo dessas forças recusando pensamentos maus, como medo, temor, ansiedade e outros similares e nos orientar para a verdade que nos é mostrada dentro de nós.

Todavia, se acaso cairmos em tentação, devemos compreender e aceitar esses desafios ou provações de nosso eu inferior e vendo nessas oportunidades uma maneira de nos livrarmos desses maus hábitos para sempre. Aprendamos pela dor e sofrimento, mas, de fato, aprendamos!

As provações são sinais de progresso, pois durante nossas vidas anteriores contraímos dívidas sob a Lei de Causa e Efeito (ou a Lei de Consequência) e hoje estamos ajustando as dívidas antigas, pagando-as uma a uma. Contudo, uma coisa é certa: o futuro deve ser decidido AGORA para que deixemos de gerar dívidas, o que trará, como consequência lógica, menos sofrimento e dores possíveis e evoluiremos cada vez mais rápido, com segurança, indo ao encontro de Cristo.

Lembremos do que disse Max Heindel: “O único fracasso é deixar de lutar”. E ele nos deixou também uma indicação para a formação dos ideais superiores no Corpo Vital que são os exercícios matutino e vespertino (Concentração e Retrospecção, respectivamente) e um exemplo e modelo perfeito de exercício devocional: a Oração do Senhor, o Pai-Nosso. Devemos orar, mas não para obter auxílio material ou passar em exame na escola ou faculdade. Isto é barganha, e barganha espiritual não existe; é ilusão, é a nossa astúcia, reminiscente da Época Atlante.

A oração ajuda nossos veículos a evoluírem com segurança. Portanto, por meio da oração temos um método de produzir pensamentos puros e, assim, agir principalmente sobre o Corpo Vital. Por isso que o Apóstolo São Paulo disse que devemos “orar sem cessar”.

O caminho espiritual é aberto a todos, mas para chegar lá é preciso sacrificar os maus hábitos, o comodismo, a inércia, enfim tudo que é prejudicial no progresso em favor do nosso Cristo interno.

Contudo, somente o sacrifício de nós mesmos não é suficiente; é preciso fazê-lo em prol da humanidade, por meio do serviço amoroso e desinteressado aos demais, focando sempre na divina essência que há em cada irmão, em cada irmã, que é a base da Fraternidade, tão preconizada por Cristo!

“Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Aqueles que morrem agora, tornam a renascer antes da Era de Aquário?

Pergunta: Aqueles que morrem agora, tornam a renascer antes da Era de Aquário? Se tiverem ainda lições para aprender a fim de capacitá-los a viver nessa era, poderão voltar para aprendê-las?

Resposta: Depende. Geralmente o tempo estabelecido entre dois nascimentos é em torno de mil anos, para dar oportunidade às pessoas a renascerem uma vez como homem e outra como mulher durante a passagem do Sol, por precessão, através de cada Signo do Zodíaco, o que leva aproximadamente 2.100 anos. Assim acontece porque as lições a serem aprendidas, durante esse período, são tantas e tão variadas que não podem ser totalmente assimiladas num corpo pertencente a um único sexo. As experiências são bem diferentes sob o ponto de vista de um homem e o de uma mulher. Contudo, essa lei é semelhante a todas as outras leis da natureza, ou seja, ela não é cega. Ela está sob o controle de quatro grandes Seres chamados Anjos do Destino, que tratam de todos os pormenores da evolução humana. Cuidam para que cada um consiga passar pelo maior número de experiências possíveis.

Se for necessário que uma pessoa permaneça nos Mundos invisíveis durante todo um período de mil anos, ela permanecerá. Senão, voltará mais cedo. Algumas pessoas retornam num período mais curto, de algumas centenas de anos, por terem evoluído bastante, aprendido rapidamente. As pessoas que “vivem a vida” como Probacionistas, que assimilaram sua experiência de vida antes de deixarem este mundo e já estão em condições de trabalhar nos mundos invisíveis, não precisarão passar tanto tempo do outro lado. Ao se colocarem definitivamente ao lado das leis de Deus, têm maiores oportunidades de evoluir mediante o serviço.

(Pergunta nº 17 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Repostas” – Volume 2 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Livro: Fundamentos Básicos do Cristianismo Rosacruz

Esse livreto foi escrito com o objetivo de ser um material introdutório simples e curto para um entendimento básico dos Ensinamentos Rosacruzes.

Elsa M. Glover – Fundamentos Básicos do Cristianismo Rosacruz

1. Para fazer download ou imprimir:

FUNDAMENTOS BÁSICOS DO CRISTIANISMO ROSACRUZ

por

Elsa M. Glover

Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

Fundamentals of Christian Rosicrucian Teachings

1ª Edição em Inglês, 2002

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil

www.fraternidaderosacruz.com

contato@fraternidaderosacruz.com

fraternidade@fraternidaderosacruz.com

1- PERGUNTAS

À medida que vivemos no Mundo Físico, vemos pessoas nascendo e outras vivendo e morrendo.

O que acontece quando nascemos e o que ocorre quando morremos?

Que eventos ocorrem em torno do nascimento e da morte?

Existe alguma parte de nós que exista antes de nascermos e que sobreviva após a morte?

Existe um Deus? Se sim, qual é a natureza de Deus?

Qual é a nossa relação com Deus?

A vida tem um propósito?

As pessoas realmente se safam mesmo agindo mal?

As pessoas colhem o que semeiam?

A relação entre criação e evolução é irreconciliável?

É possível obter respostas definitivas para perguntas como essas?

Os Ensinamentos Rosacruzes têm como objetivo fornecer informações e ensinar métodos para obter respostas a essas questões tão importantes.

2– FONTES DE INFORMAÇÃO

Há muitos caminhos através dos quais podemos obter informações. Nossos sentidos físicos nos permitem ver, ouvir, sentir, saborear e cheirar o mundo ao nosso redor. Os cientistas desenvolveram instrumentos que podem revelar coisas que nossos sentidos físicos desconhecem.

Os aparelhos de rádio e de televisão podem detectar ondas de rádio e televisão que não podemos sentir. Os contadores Geiger podem identificar emanações de materiais radioativos que não percebemos diretamente. Microscópios e telescópios nos permitem ver coisas que são muito pequenas ou muito distantes para serem vistas diretamente.

Os cientistas nos informam o que conseguem observar. Claro, eles cometem erros, às vezes. Contudo, quem se der ao trabalho de obter os instrumentos e usá-los para aprender pode verificar suas observações e conclusões. Quando muitos pesquisadores independentes chegam às mesmas observações e conclusões, o público em geral tende a acreditar no que se está dizendo.

Algumas pessoas expandiram seus sentidos ao ponto de poderem “ver” mais do que a maioria das outras. Elas podem ser chamadas de videntes, profetas, clarividentes, iniciados, professores ou xamãs e nos dizer o que veem. E, claro, às vezes elas apresentam informes falsos. Mas quando muitos videntes independentes fazem relatos semelhantes, começamos a suspeitar que eles estão vendo aspectos verdadeiros da realidade.

No entanto, para ter certeza do que é verdade, é recomendável que cada pessoa desperte sua própria capacidade de perceber a Verdade por si mesma.

3– A NATUREZA DO SER HUMANO

O ser humano é um Ego – um Espírito Virginal da onda humana manifestado – que ocupa um corpo. Qual é a natureza desse Espírito?

O Espírito tem as propriedades da consciência, que são o poder da vontade, da criatividade e da capacidade de iniciar ações. O Espírito também possui vida eterna.

Durante a vida na Terra, o Espírito, que é o ser humano de fato, funciona dentro e por meio de um Corpo Denso para obter experiência.

Quando chega o momento do corpo morrer, o Espírito abandona o corpo e continua sua evolução nos Mundos espirituais até que seja hora de retornar a outro Corpo Denso para ganhar mais experiência.

4– A NATUREZA DE DEUS

Se estudarmos o universo, podemos observar que muita sabedoria foi empregada em sua criação. A distância da Terra até o Sol e a revolução e rotação dela se combinaram para criar um ambiente apropriado para formas de vida na Terra. O ciclo da água na Terra fornece um suprimento contínuo de água doce à vida na Terra.

Nossos corpos são maravilhas da engenharia, com enorme poder de resiliência frente ao abuso e com habilidade de reparar danos por conta própria.

Deus é o nome que damos ao sábio Ser que planejou e colocou em manifestação este maravilhoso universo. 

A criação de Deus não terminou. Ele ainda está trabalhando dentro do universo enquanto você evolui para o cumprimento de Seu plano.

5– O OBJETIVO DA EVOLUÇÃO

Nós, como Espíritos, estávamos inicialmente unidos com Deus. Nesse estado, sabíamos tudo o que Deus sabia. Tínhamos a consciência do todo. Por melhor que possa parecer, havia um problema. Não tínhamos autoconsciência. Ao não ter autoconsciência, não podíamos pensar: “eu farei isso”. Portanto, não podíamos ter iniciativa ou criatividade. Nós simplesmente existíamos, como faíscas da Luz do todo – sabedoria.

A fim de nos permitir o desenvolvimento da autoconsciência, Deus (e as Hierarquias Criadoras que trabalharam com Ele) nos ajudaram a construir corpos. Como os corpos encerram nossa consciência, pudemos finalmente nos ver e começar a aprender a exercitar nossa iniciativa e criatividade.

No entanto, a baixa vibração dos corpos nos separou da consciência do todo. Assim, não temos mais acesso direto à sabedoria Divina. Com frequência, exercitamos nossa iniciativa e criatividade de maneira tola e destrutiva e como resultado infligimos dor e sofrimento a nós mesmos.

Nosso objetivo agora é recuperar a consciência do Todo, enquanto mantemos a autoconsciência. Quando alcançarmos esse objetivo, seremos criadores sábios e trabalharemos em harmonia com o resto do universo.

6– OS CICLOS DA EVOLUÇÃO

Tendemos a ter a consciência do Todo, mas não autoconsciência, quando estamos fora de nossos corpos (como quando dormimos à noite, ou quando estamos nos mundos celestiais entre as vidas na Terra). Tendemos a estar cientes de nós mesmos, mas não da Consciência do Todo, quando estamos dentro de nossos corpos (como quando estamos acordados durante o dia, no transcorrer de nossa vida na Terra.)

Estamos aprendendo a funcionar de maneira autoconsciente e com consciência do Todo simultaneamente, alternando entre esses dois estados.  Cada vez que passamos da autoconsciência para a Consciência do Todo, levamos um pouco de autoconsciência para a Consciência Total. Toda vez que passamos da consciência do Todo para a autoconsciência, trazemos um pouco da consciência do Todo para a autoconsciência.

Portanto, nosso ciclo entre estar despertos e adormecidos e nosso ciclo entre a vida na Terra e a vida nos Mundos invisíveis (entre os renascimentos) é o que nos permite evoluir até alcançar a fusão de nossa autoconsciência com a Consciência do Todo.

7– OS MÉTODOS DE EVOLUÇÃO

A vida na Terra é como uma escola. Aprender a resolver os problemas que surgem ao longo da vida nos incentiva a exercitar e desenvolver nossa autoconsciência, o poder da vontade, o amor, a sabedoria, a criatividade e a iniciativa.

Estamos aprendendo a mesclar a autoconsciência com a consciência do Todo. Já vimos como os ciclos alternados ajudam no processo de fusão. Os agentes que ajudam a guiar nossa evolução (chamados Anjos Arquivistas ou do Destino, ou ainda Anjos Relatores) estão acima de todo erro e dão a cada um exatamente o que necessita para seu desenvolvimento.

Nosso trabalho na vida é aprender a resolver os problemas que se apresentam em nosso caminho. Claro que, à medida que surgem problemas, às vezes não agimos com sabedoria. Para nos ajudar a perceber o que é certo e o que está errado, Deus instituiu a lei que diz: “O que o homem semeia, ele também colherá.”.

Ou, em termos simples, “aquilo que se faz, se paga”. Portanto, quando ferimos os outros, eventualmente ferimos a nós mesmos. Quando ajudamos os outros, finalmente sentimos a alegria que lhes proporcionamos.

O fato de as pessoas colherem o que semearam nem sempre é evidente na vida cotidiana. Algumas pessoas parecem trabalhar duro a vida toda e nunca são recompensadas. Alguns parecem cometer crimes e escapar da detecção e punição.

No entanto, nem todas as dívidas são pagas durante esta vida. É necessário a visão de um clarividente para poder seguir um Espírito em suas vidas anteriores para verificar como ações passadas explicam as circunstâncias atuais.

8- RETROSPECÇÃO

Na Escola da Vida progrediremos muito mais rapidamente se pudermos tomar consciência dos efeitos de nossas ações cotidianas, em vez de esperar que a lei natural nos chame à atenção.

Por isso, é recomendável todas as noites, quando nós nos retiramos para dormir em nossas camas, relaxarmos nossos corpos e revisar os acontecimentos do dia em ordem inversa, de modo que vejamos os efeitos de nossas ações e, em seguida, as causas desses efeitos.

Com isso podemos nós mesmos julgar perante o nosso tribunal interno se as ações produziram efeitos desejáveis ou não. Em cada momento em que nossas ações afetam os outros, devemos tentar sentir a alegria ou o sofrimento que causamos.

Quando o fizermos, estaremos colhendo o que semeamos e isso apagará o registro para que não tenhamos que enfrentá-lo mais adiante. Isso também aumenta nossa autoconsciência, nos ajuda a melhorar o caráter e nos ensina a nos comportar melhor.

9– CRISTIANISMO

Cristo nos deu dois novos mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimentoAmarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22:37,39). Isso está alinhado com nosso objetivo de desenvolver a omnisciência. Cristo acrescentou: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13:35). Portanto, nosso objetivo é sermos Discípulos de Cristo.

Cristo também disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer.” (Jo 15:15). Em outras palavras, Cristo não age como um ditador que requer obediência cega às pessoas.

Em vez disso, ele serve como amigo e conselheiro, deixando as pessoas totalmente livres para escolher, por si mesmas, o que elas vão ou não fazer. Somente tomando decisões as pessoas aprendem a exercitar sua autoconsciência, vontade, criatividade e iniciativa.

Cristo também disse ao povo: “Vós sois deuses.” (Jo 10:34) e “Deixei que brilhe tua luz.” (Mt 5:16). Ser um verdadeiro Cristão exige desenvolver nossos poderes criativos divinamente concedidos e deixar nossa luz brilhar para a elevação do mundo.

10– ASTROLOGIA

O universo é o corpo de Deus. Assim como o sangue flui entre todas as partes do nosso corpo, vários tipos de energia circulam entre todas as partes do corpo de Deus. São essas correntes energéticas que o Astrólogo estuda.

O importante a compreender sobre as correntes de energia astrológica é que elas não forçam ninguém a fazer nada. O astrólogo não está fazendo previsões sobre o que vai acontecer. Em vez disso, ele simplesmente descreve para as pessoas as energias com as quais têm que trabalhar.

O que as pessoas fazem com essas energias é escolha delas. Nosso trabalho na vida é aprender a usar de maneira construtiva as energias astrológicas que estão disponíveis para nós.

11– CURA

Cristo instruiu seus discípulos a pregar o Evangelho (a Verdade) e curar os doentes (Mt 10:7-8).

A doença advém de quebrarmos, de contrariarmos, as Leis da Natureza. À medida que encontramos a Verdade, aprendemos a viver em harmonia com tais leis naturais e, assim, aprendemos como prevenir e curar enfermidades. À medida que aumenta nosso amor pelos outros, cresce o nosso desejo de ajudar aqueles que necessitam da cura.

O método Rosacruz de cura envolve:

  1. Ajudar as pessoas a encontrar a Verdade para que possam alinhar suas vidas com as Leis da Natureza;
  2. Gerar energias curativas por meio da oração;
  3. Fazer as atividades de Cura à noite (quando estamos fora do nosso Corpo Denso) em grupos de Auxiliares Invisíveis atuando nos planos invisíveis sob a direção dos maiores Iniciados da Ordem Rosacruz (também chamados de Irmãos Maiores).

12– COMO PODEMOS ENCONTRAR A VERDADE POR NÓS MESMOS?

Primeiro, precisamos ser totalmente livres para buscar a Verdade. Para isso, devemos nos desprender de todas as ideias preconcebidas. A Verdade pode não ser o que inicialmente pensamos que é.

Devemos, ainda, nos desapegar de nossos desejos mundanos, porque a Verdade não é necessariamente o que nós (do nosso ponto de vista terrestre) queremos que seja. Devemos nos desvincular de seguir cegamente os outros e começar a buscar a Verdade dentro de nós mesmos.

Em segundo lugar, da mesma forma que é necessário um lago tranquilo para refletir a paisagem circundante também, quando buscamos a Verdade, precisamos fazer com que nossas Mentes estejam calmas e em paz.

Em terceiro lugar, devemos buscar ativamente a Verdade. A busca cria uma força de atração (em um nível espiritual) que nos ajuda a atrair a Verdade que buscamos. Cristo disse: “Procurai e encontrarás” (Mt 7:7).

Como ainda estamos no processo de aperfeiçoar nossas faculdades, é desejável que possamos verificar se o que acreditamos ser verdadeiro seja, de fato, verdadeiro. A verdade deve formar um todo unificado. Cada parte deve ser consistente com as outras. Precisamos comprovar se nossas concepções da Verdade são coerentes. Se não são, há algum engano em alguma parte.

Outra prova da verdade é usá-la e ver se funciona. Se a nossa concepção de Verdade nos diz que um determinado curso de ação produzirá bons resultados, então podemos descobrir se essa concepção é verdadeira seguindo o curso da ação e observando aonde nos conduz.

13– O QUE A ESCOLA ROSACRUZ EXIGE DOS ESTUDANTES

A resposta é: nada. Max Heindel escreveu no livro “Cartas aos Estudantes”: “Na Fraternidade Rosacruz deve haver absoluta liberdade pessoal”.

No livro “O Conceito Rosacruz de Cosmos”, Max Heindel afirmou que “procura desde o princípio emancipar o Discípulo de toda dependência dos outros, tornando-o autoconfiante no mais alto grau, de maneira a poder permanecer só em todas as circunstâncias e enfrentar todas as condições. Somente aquele que for tão bem equilibrado pode ajudar ao débil”.

14– O QUE EXIGIR DE NÓS SE QUISERMOS PROGREDIR?

De acordo com a concepção rosacruciana, se quisermos ser sábios, devemos desejar a sabedoria com a mesma intensidade com que uma pessoa debaixo d’agua deseja o ar. Devemos procurá-la excluindo qualquer outro propósito na vida. A sabedoria deve ser nossa única aspiração, dia e noite.

Além disso, “Temos que aprender a lição do trabalho para um fim comum, sem lideranças e, cada um, impulsionado pelo Espírito do Amor interno, deve esforçar-se pela elevação física, moral e espiritual do mundo até alcançar a estatura de Cristo – Senhor e Luz do Mundo”. (Carta nº 20 do livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel).

F I M

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como os chamados mortos se apresentam em relação às suas roupas externas?

Pergunta: Como os chamados mortos se apresentam em relação às suas roupas externas? Seu pensamento molda a matéria etérica em roupas ou qualquer outra coisa que desejem? Essa conclusão baseia-se no que diz o livro O Conceito Rosacruz do Cosmos acerca do Mundo do Desejo. O Corpo de Desejos assume a forma do Corpo Denso imediatamente após o Cordão Prateado ser rompido?

Resposta: É possível para os chamados mortos moldar com os seus pensamentos qualquer peça de roupa que desejarem. Geralmente, lembram-se de estar vestidos com os trajes típicos do país onde viveram, antes de passarem para o Mundo do Desejo e aparecem assim trajados, sem um especial esforço de pensamento. Contudo, quando começam a desejar algo novo ou uma peça de roupa original, naturalmente têm de usar a força de vontade deles para dar existência a tal peça, que durará o tempo que se imaginar vestido com ela.

Contudo, tal sensibilidade da matéria de desejos referente à força do pensamento modelador é também usada em outras direções. De modo geral, quando uma pessoa abandona este mundo devido a um acidente, ela julga-se deformada, talvez sem uma perna, um braço ou com ferimento na cabeça. Isso não é um inconveniente, pois poderá movimentar-se lá tão facilmente sem braços ou pernas como se os tivesse. Contudo, isso mostra a tendência do pensamento de dar forma ao Corpo de Desejos. No início da guerra, quando um grande número de soldados passou para o Mundo do Desejo com as mais terríveis lesões, os Irmãos Maiores e seus discípulos ensinaram-lhes que, pelo simples fato de manter firme o pensamento, acreditando estar com os membros e o corpo totalmente perfeitos, eles se curariam instantaneamente de suas feridas deformantes. Foi o que fizeram. Atualmente, todos os recém-chegados capazes de entender os fatos lá existentes são logo curados de suas feridas e amputações de forma que, ao olhar para eles, ninguém diria que faleceram em consequência de um acidente no Mundo Físico.

Esse conhecimento propagou-se de tal forma que muitas pessoas que morreram desde então utilizaram-se dessa propriedade da matéria de desejos para, por meio do pensamento, mudar a sua aparência física. Às vezes, os que são muito corpulentos querem aparecer mais esbeltos ou os que são muito magros desejam aparecer mais robustos. Contudo, essa mudança ou transformação não é um sucesso permanente devido ao arquétipo. A carne extra colocada em uma pessoa magra ou a quantidade retirada de alguém corpulento não são permanentes; entretanto, após algum tempo o ser humano que era originalmente magro volta ao seu tamanho original, enquanto a pessoa que tenta perder peso sente recobrá-lo pouco a pouco e precisa passar novamente pelo processo. Acontece algo semelhante com aqueles que tentam moldar suas feições, dando-lhes uma aparência diferente que se harmonize mais com eles do que a que possuíam originalmente. Não obstante, as mudanças relativas às feições duram menos, pois a expressão facial, tanto lá como aqui, indica a natureza da alma; por conseguinte, o que tiver sido falsificado será rapidamente disperso pelo pensamento normal da pessoa.

Quanto à segunda parte da pergunta, podemos dizer que durante a vida física o Corpo de Desejos tem a forma aproximada de uma nuvem ovoide que circunda o Corpo Denso. No entanto, assim que a pessoa adquire consciência no Mundo do Desejo e começa a pensar em si mesma como tendo a forma do Corpo Denso, o Corpo de Desejos passa a assumir tal aparência. Essa transformação é facilitada pelo fato de os dois Éteres superiores do Corpo-Alma, o Luminoso e o Refletor, ainda não estarem com o ser humano, o Ego. Isso se tornará mais claro, se fizermos uma comparação. Lembremo-nos de que, quando o Ego está prestes a renascer, os dois Éteres inferiores, reunidos em volta do Átomo-semente do Corpo Vital, são moldados em uma matriz pelos Anjos do Destino e seus agentes. Essa matriz é colocada no útero da mãe, onde as partículas físicas são implantadas para que formem gradualmente o corpo da criança, que nasce em seguida. Nessa fase, a criança não tem o Corpo-Alma. O que pode existir dos dois Éteres superiores só será assimilado mais tarde na vida e será construído mediante ações boas e verdadeiras. Quando o Corpo-Alma alcança certa densidade, torna-se possível para a pessoa funcionar nele como Auxiliar Invisível e, durante os voos de alma, o Corpo de Desejos molda-se prontamente nessa matriz já preparada. Ao retornar ao Corpo Denso, o esforço de vontade com o qual a pessoa penetra nele dissolve automaticamente a ligação íntima entre o Corpo de Desejos e o Corpo-Alma. Mais tarde, quando a vida no Mundo Físico terminar e os dois Éteres inferiores tiverem sido descartados, juntamente do Corpo Denso, o luminoso Corpo-Alma ou “Dourado Manto Nupcial” permanecerá ainda com os veículos superiores. É nessa matriz que o Corpo de Desejos é moldado em seu nascimento nos Mundos invisíveis. Assim como o corpo da criança foi feito em conformidade com a matriz dos dois Éteres inferiores antes de nascer fisicamente, assim também o nascimento nos Mundos invisíveis, após a morte na Região Química do Mundo Físico, é realizado por uma impregnação com matéria de desejos da matriz formada pelos dois Éteres superiores para organizar o veículo a ser usado naquele mundo.

Todavia, os chamados mortos não são os únicos capazes de moldar assim a matéria de desejos, dando-lhe a forma que lhes agrade. Esse poder é compartilhado por todos os outros habitantes do Mundo do Desejo, incluindo os elementais que usam frequentemente essa faculdade de transformação para assustar ou enganar o recém-chegado, fato que muitos neófitos desoladamente descobriram ao penetrar nesse Reino pela primeira vez. Esses elementais detectam rapidamente quando a pessoa é estranha e ainda não está familiarizada com a natureza do que encontra lá. Regozijam-se em importuná-la, transformando-se nos monstros mais grotescos e aterrorizantes. Fingem atacá-la ferozmente e parecem deleitar-se quando conseguem encurralá-la em um canto, fazendo-a encolher-se de medo enquanto eles permanecem rangendo os dentes como se quisessem devorá-la. No entanto, a partir do momento que o neófito aprende que, na realidade, não há o que possa machucá-lo e que com seus veículos superiores ele esteja totalmente imune a qualquer dano e não possa ser dilacerado ou devorado, basta sorrir para essas inofensivas criaturas e dar-lhes uma ordem severa para que se retirem e dirijam a sua atenção para outro lugar. Agindo assim, elas prontamente o deixam em paz. Aprende a controlá-las segundo a sua vontade, porque nesse mundo todas as criaturas que ainda não estão individualizadas são compelidas a obedecer ao comando de inteligências superiores e o ser humano situa-se entre essas últimas.

Assim, um ser humano pode apossar-se de um elemental e dar-lhe a forma que desejar, fazendo-o cumprir suas ordens. Os seres assim criados por seu poder de vontade e que receberam certa missão obedecerão fielmente às ordens; de acordo com a intensidade aplicada nesse trabalho, a situação durará maior ou menor tempo. Dessa maneira, muitas das chamadas aparições foram criadas e receberam uma incumbência que pode durar séculos, mesmo após o autor ter ido para o superior Mundo Celestial. Essa é provavelmente a origem da “dama branca” que previne os Hohenzollerns (uma das mais importantes e nobres famílias alemãs da Europa) de morte iminente. Ela e outras aparições semelhantes, que causaram tanta especulação, foram criadas pela intensidade extrema do desejo de um ser humano, desejo lançado no Mundo do Desejo sob circunstâncias particularmente dolorosas ou penosas que produziram o feitiço mágico que foi requerido inconscientemente pela própria pessoa.

(Pergunta nº 2 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Aqueles que estão passando, agora, para o Além voltarão a renascer antes da Era de Aquário? Se eles têm lições a aprender para se tornarem capazes de viver naquela Era, voltarão para aprender?

Pergunta: Aqueles que estão passando, agora, para o Além voltarão a renascer antes da Era de Aquário? Se eles têm lições a aprender para se tornarem capazes de viver naquela Era, voltarão para aprender?

Resposta: Isso tudo depende. O tempo usual entre dois nascimentos é de mil anos, de modo a dar a todos uma oportunidade de renascer uma vez como homem e outra, como mulher, enquanto o Sol transita por cada Signo do Zodíaco pela Precessão dos Equinócios, o que demora, aproximadamente, 2.100 anos.

Isso é feito porque as lições desse período são tantas e tão diferentes que não podem ser efetivamente aprendidas pelo mesmo tipo sexual de corpo. As experiências, do ponto de vista masculino, são muito diferentes das do feminino.

Essa lei, porém, é semelhante a todas as outras leis da natureza: não é cega. Ela está sob o domínio de quatro grandes Seres chamados de Anjos do Destino e Eles têm que preparar todos os detalhes da evolução humana. Providenciam para que todos possam ter a oportunidade de conseguir tanta experiência quanto possam suportar.

Se for necessário que uma pessoa permaneça mil anos, inteiramente nos Mundos invisíveis, ela permanecerá. Se não, voltará mais cedo. Algumas voltam após poucas centenas de anos, porque já evoluíram até ao ponto em que aprendem rapidamente.

Pessoas que “vivem a vida”, como os Probacionistas ativos e fiéis à obrigação, que já assimilaram sua experiência de vida antes de saírem daqui e estão fazendo uma boa parte do seu trabalho nos Mundos invisíveis, não necessitam ficar muito tempo no outro lado.

Elas se puseram definitivamente do lado das Leis de Deus e, portanto, a elas são dadas maiores oportunidades para evoluir pelo serviço.

 (Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1973)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa vida aqui, nossa vida lá, nossos poderes aqui, nossos poderes lá

Nossa vida aqui, nossa vida lá, nossos poderes aqui, nossos poderes lá

Cedo ou tarde chegará um momento em que a consciência será forçada a reconhecer o fato de que a vida, como a conhecemos, seja passageira e que, em meio a todas as incertezas da nossa existência, haja apenas uma certeza — a Morte!

Quando a Mente é despertada pelo pensamento desse salto no escuro, que em algum momento deve ser tomado por todos, as grandes perguntas — De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? — devem inevitavelmente surgir. Esse é um problema fundamental com o qual todos devem, mais cedo ou mais tarde, lidar e é da maior importância como resolveremos isso, porque a opinião que adotarmos vai colorir toda a nossa vida.

Somente três teorias dignas de reconhecimento foram apresentadas para resolver esse problema. Para nos situarmos em um dos três grupos da humanidade que foram separados por sua aderência a uma dessas hipóteses é necessário conhecê-las, analisar calmamente, comparar umas às outras e a fatos estabelecidos. A palestra nº 1, publicada no Livro Cristianismo Rosacruz, faz exatamente isso e, concordando ou não com suas conclusões, certamente teremos uma compreensão mais abrangente dos vários pontos de vista envolvidos para podermos formar uma opinião inteligente, quando lermos O Enigma da Vida e da Morte.

Se chegarmos à conclusão de que a morte não acaba com a nossa existência, será muito natural perguntar: onde estão os mortos? Essa questão importante é tratada na palestra nº 2. A lei de conservação da matéria e energia impede a aniquilação, mas vemos que a matéria esteja constantemente mudando do estado visível para o invisível e vice-versa, como, por exemplo, no caso da água que é evaporada pelo sol, parcialmente condensada em forma de nuvem e depois cai de novo na terra, como chuva.

Também a consciência pode existir e não ser capaz de fornecer qualquer sinal disso, como nos casos onde as pessoas foram consideradas mortas, porém acordaram e disseram tudo o que foi falado e feito em sua presença.

Portanto, deve haver um Mundo invisível feito de força e matéria que seja tão independente da nossa cognição quanto a luz e a cor independem do fato de não serem percebidas pelos cegos.

Nesse Mundo invisível, os “mortos” vivem em plena posse de todas as faculdades mentais e emocionais. Vivem aí uma vida tão real quanto a existência aqui, no Mundo visível.

O Mundo invisível é conhecido por meio de um sexto sentido desenvolvido por alguns, mas latente na maioria das pessoas. Pode ser desenvolvido por todos; no entanto, métodos diferentes produzem resultados variados.

Essa faculdade compensa a distância de um modo bem superior aos melhores telescópios e a falta de tamanho é contrabalançada em um grau inacessível ao microscópio mais poderoso. Ela penetra onde o raio-X não pode. Uma parede ou uma dúzia de paredes não são mais densas para a visão espiritual do que o cristal é para a visão comum.

Na palestra nº 3, Visão Espiritual e os Mundos Espirituais, essa faculdade é descrita e a palestra nº 11, Visão e Intuição Espirituais, fornece um método seguro para o seu desenvolvimento.

O Mundo invisível é dividido em diferentes domínios: Região Etérica, Mundo do Desejo, Região do Pensamento Concreto e Região do Pensamento Abstrato.

Essas divisões não são arbitrárias, mas necessárias porque a substância de que são compostas obedece a leis diferentes. Por exemplo, a matéria física está sujeita à lei da gravidade; no Mundo do Desejo, porém, as formas levitam tão facilmente quanto gravitam.

O ser humano precisa de vários veículos para funcionar nos diferentes Mundos, do mesmo jeito que necessita de uma carruagem para andar sobre a terra, de um barco para o mar e uma aeronave para o ar.

Sabemos que ele precisa de um Corpo Denso para viver no Mundo visível. Ele também tem um Corpo Vital, composto de éter, que lhe permite sentir as coisas ao seu redor. Um Corpo de Desejos formado pelos materiais do Mundo do Desejo, o que lhe confere uma natureza apaixonada e o incita à ação. A Mente é formada pela substância da Região do Pensamento Concreto e atua como um freio por impulso: ela dá propósito à ação. O ser humano real, o Pensador ou Ego, age na Região do Pensamento Abstrato, operando sobre, e através de, seus vários instrumentos.

A palestra nº 4 trata das condições normais e anormais da vida como Sono, Sonhos, Transe, Hipnotismo, Mediunidade e Loucura. Os veículos mais refinados mencionados anteriormente são todos concêntricos ao Corpo Denso, no estado de vigília, quando estamos ativos em pensamentos, palavras e ações; contudo, as atividades do dia fazem com que o corpo fique cansado e com sono.

Quando o desgaste causado pelo uso de um edifício torna necessários reparos exaustivos, os inquilinos precisam sair para que os trabalhadores possam ter espaço total para a restauração. Portanto, quando o desgaste do dia esgota o corpo, é necessário que o Ego saia. Essa retirada torna o corpo inconsciente, sendo necessário um trabalho preciso para restaurar seu tom e ritmo. Durante a noite, o Ego paira ao lado de fora do Corpo Denso, envolto no Corpo de Desejos e na Mente. Às vezes, o Ego retira-se apenas parcialmente, tendo uma das metades dentro do corpo e a outra, fora; quando isso ocorre, ele vê o Mundo do Desejo e o Mundo Físico, mas de forma confusa como em um sonho.

O hipnotismo é um ataque mental. A vítima desavisada é expulsa do seu corpo e o hipnotizador obtém o controle. As vítimas do hipnotizador são libertadas com a morte dele, no entanto; mas o médium não tem tanta sorte. Os espíritos que o controlam são realmente hipnotizadores invisíveis. Essa invisibilidade oferece grandes possibilidades de enganar e após a morte eles podem tomar posse do Corpo de Desejos do médium e usá-lo por séculos, impedindo que sua infeliz vítima progrida no caminho da evolução. Essa última fase da mediunidade é elucidada na palestra nº 5, Morte e Vida no Purgatório.

O que chamamos de morte é, na realidade, apenas a mudança de consciência de um Mundo para outro. Temos uma ciência do nascimento com enfermeiras treinadas, obstetras, antissépticos e todos os outros meios de cuidar do Ego que chega; contudo, precisamos muito de uma ciência da morte, pois quando um amigo está saindo da existência concreta, permanecemos impotentes, ignorantes em relação a como ajudar; ou pior, fazemos coisas que tornam a passagem infinitamente mais difícil do que se estivéssemos apenas ociosos. Dar estimulantes é uma das piores ofensas contra os moribundos, porque atrai novamente o espírito ao Corpo Denso e o faz com a força de uma catapulta.

Depois que o coração parou, pela ruptura parcial do Cordão Prateado (que unia os veículos superiores do ser humano aos inferiores durante o sono e, após a morte, permanece indiferente por um tempo que varia de algumas horas a três dias e meio), o espírito ainda pode sentir o embalsamamento do corpo físico, sua abertura para exames post-mortem ou a cremação. Esse corpo não deve, portanto, ser incomodado, porque o Ego que passa de um Mundo ao outro está empenhado em revisar as imagens de sua vida passada (que são vistas em um lampejo por pessoas que se afogam). Essas imagens são impressas diariamente e a cada hora no éter do Corpo Vital, independentemente da nossa observação, assim como uma imagem detalhada é impressa na placa fotográfica pelo éter, ainda que o fotógrafo não tenha observado seus detalhes. Elas formam um registro absolutamente verdadeiro da nossa vida passada, que podemos chamar de Memória subconsciente (ou Mente subconsciente) e é muito superior à visão que armazenamos conscientemente em nossa memória (na Mente).

Sob a imutável Lei da Consequência, que decreta que aquilo que nós semearmos nós colheremos, os atos da vida são a base da nossa existência após a morte. O panorama de uma vida passada é o livro dos Anjos do Destino, os organizadores da partitura que fazemos junto à Lei da Consequência.

A revisão do panorama da vida logo após a morte registra as imagens no Corpo de Desejos, que é o nosso veículo normal no Mundo do Desejo, onde o Purgatório e o Primeiro Céu estão localizados.

Esse panorama é o fundamento da purificação do mal, no Purgatório, e da assimilação de boas ações, no Primeiro Céu. É da maior importância que ele seja profundamente gravado no Corpo de Desejos, porque se a gravação for profunda e clara, o Ego sofrerá mais acentuadamente no Purgatório, e experimentará alegrias mais intensas no Primeiro Céu. Tais sentimentos permanecerão como consciência nas vidas futuras, impulsionando as boas ações e desencorajando os maus atos.

Se deixarmos o espírito em paz, tranquilo, para se concentrar no panorama da vida, a gravação será clara e nítida; no entanto, se os parentes desviarem sua atenção com altas e histéricas lamentações durante os primeiros três dias e meio, período onde o Cordão Prateado ainda está intacto, uma impressão superficial ou borrada fará com que o espírito perca muitas das lições que deveriam ter sido aprendidas. Para corrigir essa anomalia, os Anjos do Destino são frequentemente forçados a terminar a próxima vida dele na Terra durante a primeira infância, antes que o Corpo de Desejos tenha nascido, conforme descrito em Nascimento, um Evento Quádruplo (palestra nº 7), pois o que não foi vivificado não pode morrer; assim, a criança entra no primeiro céu e aprende as lições que não aprendeu anteriormente, tornando-se dessa forma equipada a passar pela Escola da Vida.

Como tais Egos mantêm o Corpo de Desejos e a Mente que tinham na vida em que morreram quando crianças, é comum que se lembrem dessa existência, porque só permanecem fora da vida terrena de um a 20 anos.

O sofrimento no Purgatório surge por duas causas: os desejos que não possam ser satisfeitos e a reação às imagens do panorama da vida — o bêbado, por exemplo, sofre as torturas de Tântalo, porque não tem meios de obter ou reter a bebida. O avarento sofre porque lhe falta a mão para impedir que seus herdeiros dissipem seu estimado tesouro. Assim, a Lei da Consequência elimina os maus hábitos até que o desejo se esgote.

Se tivermos sido cruéis, o panorama da vida irradia sobre nós a imagem de nós mesmos e de nossas vítimas. As condições são revertidas no Purgatório: nós sofremos como eles sofreram. Assim, com o tempo, somos expurgados do pecado. A matéria grosseira do desejo que forma a personificação do mal é expelida pela força centrífuga da Repulsão, no Purgatório, e retemos unicamente o puro e o bem, que são corporificados em matéria de desejo mais sutil que é dominada pela força centrípeta — Atração, que no Primeiro Céu une o que é bom, quando o panorama retrata cenas de nossas vidas passadas em que ajudamos outras pessoas ou nos sentimos gratos pelos favores recebidos, conforme descrito na palestra nº 6, Vida no Céu, que também fala da estadia no Segundo Céu, localizado na Região do Pensamento Concreto.

Esse também é o reino do tom, como o Mundo do Desejo é da cor e o Mundo Físico, da forma. O tom, ou som, é o construtor de tudo o que existe na Terra, como João diz: “No princípio era o Verbo (o som), e o Verbo se fez carne.”, a carne de todas as coisas, “Sem Ele nada do que foi feito se fez”. A montanha, o musgo, o rato e o ser humano são encarnações dessa Grande Palavra Criadora que desceu do céu.

Lá, o ser humano se torna um com as forças da natureza; Anjos e Arcanjos o ensinam a construir um ambiente conforme o que mereceu sob a Lei da Consequência. Se ele gastou seu tempo na especulação metafísica, igual aos hindus, deixou de construir um bom ambiente material e renascerá em uma terra árida, onde inundações e fome o ensinarão a voltar sua atenção às coisas materiais. Quando ele focaliza sua Mente no Mundo Físico, aspirando à riqueza e ao conforto material, constrói no Céu um inigualável ambiente material, uma terra rica com instalações que lhe trarão facilidade e conforto, como o mundo ocidental tem feito. Mas, dado que sempre ansiamos pelo que nos falta, as posses que temos nos saciam para além do conforto e estamos começando a desejar novamente a vida espiritual, como os hindus, nossos irmãos mais novos, querem agora a prosperidade material que temos e estamos deixando para trás, o que é melhor explicado na palestra nº 19, A Força Futura — Vril?, que mostra por que as práticas de ioga hindu são prejudiciais aos ocidentais: eles estão atrás de nós na evolução.

Depois que o Ego ajuda a construir o arquétipo Criativo para o ambiente de sua próxima vida terrena, no Segundo Céu, ascende ao Terceiro Céu, localizado na Região do Pensamento Abstrato. Mas poucas pessoas aprenderam a pensar de forma abstrata como os matemáticos; portanto, a maioria está inconsciente, como no sono, aguardando o Relógio do Destino — as estrelas, para indicar a hora em que os efeitos gerados pela ação das vidas passadas possam ser calculados. Quando os responsáveis pelo tempo celestial, o Sol, a Lua e os Planetas, alcançam uma posição adequada, o Ego acorda com o desejo de um novo nascimento.

Os Anjos do Destino examinam o registro de todas as nossas vidas passadas, estampadas na Mente supraconsciente toda vez que o Ego vai para o Terceiro Céu, conforme descrito na palestra nº 7, Nascimento, um Evento Quádruplo. Quando não há uma razão específica para a tomada de um determinado ambiente, o Ego tem várias opções de encarnação. Elas são mostradas a ele em uma visão geral, exibindo o grande esboço de cada vida proposta, mas deixando espaço para o livre-arbítrio individual nos detalhes.

Depois que uma escolha é feita, o Ego deve liquidar as causas maduras que foram selecionadas pelos Anjos do Destino e qualquer tentativa de escapar será frustrada. Deve-se notar cuidadosamente que o mal seja erradicado no Purgatório. Somente as tendências restam para nos tentar, até que, de forma consciente, nós as vençamos. Assim, nascemos inocentes e pelo menos todo ato maligno é um ato de livre-arbítrio.

Quando o Ego desce em direção ao renascimento, reúne os materiais para seus novos corpos, mas eles não nascem ao mesmo tempo. O nascimento do Corpo Vital inaugura um rápido crescimento entre os sete anos e os 14, desenvolvendo também a faculdade de propagação. O nascimento do Corpo de Desejos, aos 14 anos, dá origem ao período impulsivo que vai dos 14 aos 21. Nessa idade, o nascimento da Mente fornece um freio ao impulso e concede a base para uma vida séria.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross em maio/1915 – traduzido pela Fraternidade Rosacruz – Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Éter: A Nova Fronteira

Éter: A Nova Fronteira

Nesta lição trataremos da Região Etérica do Mundo Físico. Se bem que o Éter não seja visível para a grande maioria das pessoas, pertence, ainda assim, ao plano físico e é considerado como matéria física. O Éter envolve os átomos físicos como uma aura que os rodeia, interpenetra e protege todo o tempo. Os átomos físicos nadam num mar de Éter. Quando os desejos de uma pessoa tenham esgotado a estes átomos, o Corpo de Desejos atrai, do Sol e por meio do baço, a vitalidade necessária para revivificá-los. O Corpo Denso está constantemente sofrendo mudanças e seus átomos necessitam constante renovação. O Corpo de Desejos está sempre em estado cambiante e em rodamoinho, mas os átomos etéricos prismáticos do Corpo Vital assumem uma posição estacionária, permanecendo sempre no mesmo lugar desde o nascimento até a morte, se bem que estejam, ao mesmo tempo, pulsando e enviando suas forças com sua influência protetora através do Corpo Denso inteiro. Acontece o mesmo com relação aos Éteres planetários da Terra, das plantas e dos animais.

O Éter está dividido em quatro estados de crescente vibração, a saber: o Éter Químico, o Éter de Vida, o Éter Luminoso e o Éter Refletor, cada um deles desempenhando funções específicas. O Éter Químico, que é o mais denso, pode ser visto como uma bruma azul que rodeia as montanhas. Especialmente é este o caso ao amanhecer e ao anoitecer, quando as forças vitais da Terra são mais fortes. O Éter Químico tem dois polos. O polo positivo atua na assimilação dos elementos nutritivos, no crescimento ou na acumulação de tais elementos no corpo e na conservação da forma. Estas funções involuntárias são executadas sob a direção dos Espíritos da Natureza que têm a seu cargo a construção das formas minerais dos quatro reinos. As forças que trabalham pelo polo negativo controlam a eliminação e a excreção das toxinas e dos catabólitos. O Éter Químico é o construtor e o limpador. Podemos compará-lo à enfermeira, que alimenta, cuida e restaura a saúde, mas também limpa, purifica e elimina todos os detritos. Os Éteres Químicos e de Vida encontram-se e rodeiam as folhas e a vegetação apodrecidas, os corpos mortos do animal e do ser humano, até que a decomposição tenha destruído inteiramente os átomos físicos, que são devolvidos ao reino mineral.

O Éter de Vida é um fator determinante na propagação da espécie. As forças que atuam pelo polo positivo deste Éter, trabalham durante a gestação através da matriz colocada pelos Anjos no útero da mãe, para dar à luz um novo Ego. O sexo é determinado antes de que esta matriz seja colocada no útero. Se a matriz é constituída por átomos etéricos positivos, atraem para si átomos físicos de polaridade negativa, os quais constroem um corpo feminino; mas, se a matriz é feita de átomos etéricos negativos, então constrói um corpo masculino. O polo negativo do Éter de Vida permite ao macho produzir o sêmen.

Os cientistas estão lutando por compreender as leis que determinam o sexo. Até agora têm sido capazes de controlar em certo grau o sexo de várias espécies, mas, ao que se refere à onda de vida humana fica mais difícil. Se bem que seja possível trabalhar com as ondas de vida mais jovens, que estão sob o controle dos Espíritos-Grupo, devemos recordar que o ser humano é um ser individualizado e é o senhor de seu próprio destino. Seu destino, resultado das vidas passadas, está escrito no diminuto átomo-semente, do qual extraem os Anjos Arquivistas (ou Anjos do Destino ou Senhores do Destino) o núcleo para a matriz, que é feito especialmente para acomodar-se a cada Ego particular, quando este está pronto para o renascimento, e o sexo é determinado pela escolha feita quando o Ego está ainda no Terceiro Céu (na Região do Pensamento Abstrato). Portanto, um cientista com o fim de controlar o sexo de qualquer ser humano teria que ser sapientíssimo e poderoso, e começar a controlar as circunstâncias dos mundos internos e ainda das vidas anteriores ao presente renascimento desse Ego.

O Éter Luminoso e as forças que trabalham através do seu polo positivo geram calor e movimento; também controlam a circulação da seiva nas plantas, do sangue nas artérias e veias e do fluido rosado nos nervos motores. As forças que trabalham através do polo negativo fazem funcionar os sentidos, manifestando-se como funções passivas da sensação, audição, visão, olfato e paladar. Também constroem e nutrem os órgãos sensoriais (particularmente o olho) e seus correspondentes nervos. Esta é também a avenida de depósito para os pigmentos e matéria colorante, não apenas do sangue, do cabelo e da pele do animal e do ser humano, mas também das folhas e pétalas das plantas e das flores.

O Éter Refletor é a avenida através da qual a Mente do ser humano se comunica com o cérebro físico. Também registra ou reflete todos os acontecimentos que tenham sucedido, algum dia, nas vidas passadas e presentes do ser humano. Tudo faz uma impressão que é registrada sobre este Éter em forma de memória. Também reflete impressões e formas de pensamentos armazenadas na verdadeira Memória da Natureza, que se encontra nos reinos superiores.  Existem, pelo menos, três principais níveis de memória: a memória subconsciente do Éter Refletor, que tem assento no sangue; a memória consciente no Mundo do Pensamento, mas que também é refletida no Éter Refletor, tratando estas duas classes de memória com a presente vida terrestre, e a memória supraconsciente no Mundo do Espírito de Vida, que pode evitar a Mente e impressionar ao Éter Refletor diretamente em forma de lampejos de intuição, tratando esta última classe de memória, essencialmente  com as atividades das vidas passadas.

Até recentes décadas a Ciência tem conhecido muito pouco a respeito destes Éteres, mas várias de suas especialidades modernas, tais como a Astronomia, a Astrofísica, a Biologia, a Bioquímica, a Física Nuclear e as Ciências do Espaço para citar apenas algumas têm-se esforçado em estudar e compreender coisas tais como a transmissão da luz, a gravidade, as comunicações espaciais, a fotossíntese, a reprodução celular, a engenharia genética, a fusão nuclear, as estruturas subatômicas, e assim sucessivamente, as quais estão sob o ordenado controle dos Éteres. Neste último terço da Era de Peixes a Ciência vai se tornar mais forte e finalmente nos levará a redescobrir a perfeita ordem subjacente no Mundo Físico, revelando a maravilhosa sabedoria de Deus — seu Criador — com Quem logo devemos aprender a trabalhar e viver em harmonia.

Mediante orações repetidas e concentração tem sido atraídos os Éteres superiores ao Templo de Cura de Mount Ecclesia, e agora o banham, com um poder que aumenta a cada dia. Quando nos colocamos em sintonia, atraímos para nós um mar destes Éteres superiores e nos convertemos em poderosos agentes de Cristo e de seu bálsamo curador, para ajudar a humanidade. Assim como os atlantes tiveram que desenvolver os pulmões com a finalidade de respirar acima da atmosfera carregada de névoa, assim nós devemos desenvolver o Corpo Anímico, composto dos Éteres superiores, o que permitirá que nos elevemos sobre a densa atmosfera para flutuar à vontade, através dos Éteres, a fim de ajudar a humanidade que sofre.

Nossos astronautas do presente estão simplesmente indicando o caminho, e à falta de um Corpo-Alma devem colocar-se em um traje espacial. Contudo, quando regeneramos nossas vidas e com alegria nos damos para servir desinteressadamente à humanidade, construímos o novo traje espacial etérico, o Corpo-Alma, o qual rapidamente nos abrirá a Nova Fronteira do Espírito: o Espaço.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ –  Jul/Ago/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quando ficamos doentes nesta vida, submetemo-nos a uma intervenção cirúrgica e um órgão é removido. Isto nos cura permanentemente ou retornamos num corpo futuro com uma enfermidade semelhante?

Pergunta: Quando ficamos doentes nesta vida, submetemo-nos a uma intervenção cirúrgica e um órgão é removido. Isto nos cura permanentemente ou retornamos num corpo futuro com uma enfermidade semelhante?

Resposta: Cristo disse: “Como um homem pensa em seu coração, assim ele é”, e isto abrange toda a questão quando considerada em seu mais amplo significado. Quando entramos nos reinos invisíveis após a morte, passamos durante o estado “post-mortem” pelas experiências do Purgatório e do Primeiro Céu, todos os nossos veículos dissolvem-se gradativamente, e depois entramos no Segundo Céu onde começamos a criar o meio para a nossa próxima existência. Quando essa tarefa termina, entramos no Terceiro Céu, do qual pouquíssimos têm consciência ainda. Consequentemente, o esquecimento é total sobre o que ocorreu antes, e só levamos conosco a quintessência das nossas experiências passadas em forma de faculdades quando retornamos ao Segundo Céu em nosso caminho em direção ao renascimento. Aqui moldamos o arquétipo de nosso futuro corpo físico com a ajuda dos Anjos do Destino e dos seus agentes.

Esclarecendo melhor este ponto, lembremo-nos que durante os dias de infância passamos pelas mais terríveis dificuldades para aprender a escrever. As letras que rabiscávamos eram extremamente grotescas, mas, aos poucos, com o decorrer do tempo e um esforço persistente, adquirimos a faculdade de escrever de forma legível. Com o passar dos anos, esquecemos as dificuldades do aprendizado, mas a faculdade permaneceu conosco.

Similarmente, o Espírito quando renasce esquece tudo que aconteceu antes, mas a faculdade de fazer determinadas coisas subsiste nele. Por conseguinte, se ele formou um corpo fraco num certo lugar em uma vida e sofreu a dor inerente àquela fraqueza e doença, mesmo a remoção de um órgão, podemos ter certeza que, embora o acontecimento vá ser esquecido numa futura existência, o Espírito relembrará o fato quando estiver moldando o arquétipo e preparando-se para renascer. Ele se esforçará em criar um órgão melhor para evitar a dor experimentada numa vida anterior e, assim, ao invés de perpetuar o órgão doente, podemos dizer, seguramente, que um órgão doente numa vida será sadio na seguinte.

Gradualmente, a humanidade vai aprendendo através de erros do passado a criar um corpo mais aprimorado e sadio.

Recorrendo a outra ilustração, analisemos o caso de um arquiteto que, após ter construído uma casa e vivido nela, sentiu-a desconfortável. Vejamos como ele agiria. Se vendesse essa casa e construísse outra para si, lembrar-se-ia dos incômodos experimentados na sua residência anterior e iria esforçar-se para construir uma casa que não apresentasse os mesmos inconvenientes.

Possivelmente iria deparar-se, na nova casa, com outros aspectos não muito a seu gosto e, ao vender esta, construiria uma terceira casa melhor do que as duas anteriores e assim por diante. Podemos inferir que o mesmo acontece com a casa do Espírito, construída novamente a cada vida. Oliver Wendell Holmes coloca isso de forma muito bonita no último verso do seu “O Caracol”, que construiu conchas cada vez maiores e finalmente abandonou-as quando estavam superadas. Ele diz:

“Oh Minh’alma! Constrói para ti mansões mais majestosas

Enquanto as estações passam ligeiramente!

Abandona o teu invólucro finalmente;

Deixa cada novo templo, mais nobre que o anterior,

Com cúpula celeste, com domo bem maior,

E que te libertes, decidida

Largando tua concha superada nos agitados mares desta vida”.

(Pergunta 45 do Livro Filosofia Rosacruz por Perguntas e Respostas vol. II, de Max Heindel)

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