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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Três Graus do Discipulado – Parte II – Grau Fraternidade – São Felipe

Estudos Bíblicos da Sabedoria Ocidental

Discipulado
Os Graus da Fraternidade
Parte II – São Filipe

 

Filipe de Betsaida é mencionado sete vezes no Novo Testamento e a cada referência é um indicativo do seu temperamento, que era espiritual e, de fato, era firme, sincero e confiável.

Era alto e esbelto, de aparência dominante, com cabelos escuros e olhos azuis brilhantes.

A lenda relata que sua irmã Marianne também se tornou uma Discípula do novo caminho e acompanhou Filipe e seu amigo Natanael em suas peregrinações missionárias em terras estrangeiras. Filipe foi o primeiro Apóstolo dos samaritanos.

Filipe e Mateus foram convocados por Jesus para alimentar a multidão, mas não conseguiram fazer a demonstração. Assim, o próprio Mestre multiplicou os pães e os peixes para alimentar cinco mil: “Todos comeram e se fartaram. E ainda recolheram doze cestas cheias de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cerca de cinco mil homens” (Mc 6:42-44).

Apesar de seu fracasso nesta ocasião, o simples fato de que o Mestre os convocou para realizar este milagre é indicativo de seus estágios elevados no discipulado.

Após as grandes transformações efetuadas pelo aguaceiro pentecostal, o trabalho particular de Filipe era curar. Em suas viagens pela Ásia, seu ministério de cura era tão notável que grande número de pessoas deixaram a adoração nos templos para segui-lo. Na cidade de Hierápolis, a esposa do procônsul, Nicanora, foi curada e tornou-se seu Discípulo. O procônsul e os sacerdotes do templo juraram vingança contra Filipe e seus companheiros Marianne e Natanael.

O marido de Nicanora, declarando que ela estava cercada por uma luz tão brilhante e estranha que ele não ousou se aproximar dela, atribuindo isto à feitiçaria ordenou que os três fossem presos e arrastados até sua presença.

Eles foram levados à casa de Starchys, um Discípulo. Ao comando dos sacerdotes, eles deveriam ser despidos um a um para encontrar suas ferramentas de encantamento e depois disso seriam penduraram diante do templo.

Multidões provocaram e insultaram a santa donzela Marianne, mas quando tentaram arrancar suas roupas, ela estava envolvida em uma nuvem de luz que obscureceu a multidão. Quando Filipe e Natanael foram amarrados a cruz, o Salvador apareceu. Com Sua mão ele sinalizou uma cruz de luz descendo do céu que tinha a aparência de uma escada. Ao ver isso, as pessoas estavam cheias de admiração e tentaram libertar os prisioneiros.

Filipe sabendo que seu alcance terrestre havia terminado, deu sua benção a Natanael e Marianne e lhes disse para fundar uma igreja naquele lugar para ficar a cargo de Nicanora e ministrada por Starchys. “Onde meu sangue cair sobre a terra, uma videira brotará e produzirá uvas”, continuou ele. Ele estava consciente da presença amparadora de seu amado Mestre durante estas últimas horas. Toda a dor física foi transformada em felicidade espiritual, enquanto ele, por sua vez, confortava os Discípulos reunidos ao seu redor. Ele finalmente passou para os reinos superiores enquanto rezava por seus perseguidores.

Marianne e Natanael escaparam da morte. Eles cuidaram e enterraram seu corpo com a benção dos Anjos.

Enquanto estavam preparando os últimos ritos, uma voz do céu foi ouvida dizendo: “Filipe, o apóstolo, foi coroado com uma coroa incorruptível por Cristo Jesus”.

Depois de três dias, uma planta brotou do sangue sagrado deste Discípulo. Uma igreja foi fundada, sendo Starchys nomeado bispo. Nicanora e todos os fiéis se reuniram e nunca cessaram de glorificar a Deus, e toda a cidade acreditava no nome de Jesus.
Filipe muitas vezes apareceu para abençoá-los, dizendo: “O Paraíso abriu-me e entrei na glória de Jesus”.

O Livro do Atos dos Apóstolos abre com uma descrição da Ascensão. Os Evangelhos contêm a história da vida de Cristo Jesus. O livro dos Atos dos Apóstolos contém o relato da demonstração de poderes do Cristo como se manifestaram na vida de Seus seguidores ou Discípulos individuais.

O Cristo transmitiu Seus ensinamentos à multidão; Ele se mostrou em glória aos quinhentos. Agora, seu último toque íntimo foi com o grupo interno ou esotérico que se qualificou para um conhecimento espiritual mais profundo.

Este grupo incluiu os onze Discípulos restantes; Maria, a mãe; Maria Madalena; as outras mulheres sagradas; Lázaro e suas irmãs, Marta e Maria: “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água; mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1:4-5).

Esta última aparição do Cristo ocorreu para dar instruções na preparação para a recepção do Espírito Santo.

(do Livro: New Age Bible Interpretation, Vol VI, Corinne Heline – Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross – 11-12-2002)

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Os Três Graus do Discipulado – Parte II – Grau Fraternidade – São Mateus

Estudos Bíblicos da Sabedoria Ocidental
Discipulado
Os Graus da Fraternidade
Parte 2
São Mateus

O mestre viu um homem chamado Mateus que estava sentado, coletando impostos e disse-lhe: “Siga-me”. Mateus era um coletor de impostos do governo Romano e fazia coletas de seu próprio povo para tributo estrangeiro; por isso o rejeitaram e lhe deram o nome de “publicano”. Ele deixou uma posição de muita proeminência e de grande riqueza para seguir a Cristo Jesus. Posteriormente, mesmo alcançando um alto poder espiritual, sempre manteve uma profunda humildade de espírito. Ele é citado como Mateus, o publicano, somente em seu próprio Evangelho. O nome Mateus significa “o presente de Deus”. Na Palestina, um cobrador de impostos, ou publicano, empregado do governo Romano era considerado um leproso social. Publicano e pecador eram termos sinônimo nas mentes das pessoas. O “dinheiro contaminado” de homens como Mateus, foi rejeitado no Templo e seu juramento era inválido nos tribunais. Mesmo com tal degradação, Mateus foi chamado para se tornar um dos Doze Discípulos.

Outra lenda do Oriente nos mostra a seguinte repercussão: um grupo de meninos se aglomerou ao redor do corpo de um cão morto em uma sarjeta de Jerusalém. Um deles comentou: “Um dos olhos foi tirado”. Outro disse: “Ele perdeu uma orelha em uma briga”. “Que brutalidade!” – Exclamou um terceiro. “Seus pelos estão sujos e com sangue”.

“Mas observe os seus dentes”, sugeriu um estranho que passava. “Eles são tão brancos e tênues como pérolas”.

“Quem é esse?” – Perguntou um dos meninos; e quem o conhecia respondeu: “É Jesus, o Galileu”.

Um dos principais objetivos do Divino Caminho era ensinar aos seres humanos como manifestarem sua divindade latente. Sim, e a divindade está dentro de nós.

Veja este homem chamado Mateus, sendo um publicano desprezado e depois um dos Doze imortais, aprendeu que esta lição é evidenciada pela proeminência concedida à Regra de Ouro em seu Evangelho. Sabe-se que Mateus escreveu esta Regra em letras de fogo sobre o pergaminho eterno.

Sua transformação da antiga para a nova vida estava completa e detalhada. Todas as parábolas do Evangelho de Mateus mostram o jogo limpo, a distribuição equitativa e a reciprocidade altruísta. Sob o feitiço divino do mestre, ele deixou de ser “Mateus, o publicano”, e tornou-se “Mateus, o santo”. Seu evangelho enfatiza o fato de que o ser humano não pode servir a dois mestres, e ele provou isso em sua própria vida.

Seu ministério centrou-se em grande parte na expulsão de entidades demoníacas (obsessões). Na cidade de Hierápolis, Mateus curou a esposa do rei Fulvanus; seu filho e também a sua esposa que estavam igualmente afligidos.

Por gratidão, todos abraçaram o cristianismo e, depois que Mateus os deixou, continuaram a servir o Cristo.

O seguinte é um antigo registro do martírio de Mateus. “Ele, tendo curado a esposa do rei obsidiada, o demônio apareceu no rei disfarçado de soldado para obter ajuda para conseguir matar Mateus. Toda vez que o (demônio) soldado aparecia, Mateus tornava-se invisível. O rei entrou na igreja dizendo que desejava tornar-se um discípulo de Mateus, mas quando se aproximou do santo, ele ficou cego. Mateus, então, o curou tocando seus olhos. Quando ele tentou discutir com o rei devido as suas maneiras maldosas, o rei o prendeu e pregou na cruz. Seu corpo estava coberto de óleo e uma fogueira se acendeu sobre ele. Mas o fogo se transformou em orvalho e Mateus ficou ileso como se estivesse dormindo. Muitos vieram e tocaram seu corpo e foram curados de enfermidades e obsessões. O rei então colocou o corpo em um caixão de ferro e atirou ao mar. Os discípulos de Mateus levaram pão e vinho à beira do mar e, assim que o Sol nasceu, viram Mateus andando sobre o mar ao lado de dois homens com roupas brilhantes”.
Essa lenda mística refere-se aos ritos iniciáticos de Fogo e Água, em que o discípulo descobre que ele possui a habilidade de passar por meio desses dois elementos e permanecer ileso. A lenda atribui a informação adicional de que o rei juntamente com sua esposa e filho se tornaram cristãos. Mateus os abençoou e o nome do rei mudou de Fulvan para Mateus; o nome da esposa de Ziphazia para Sophia (sabedoria); o nome da esposa de seu filho de Erva para Sinésia (entendimento).
Ao se tornar um Iniciado, o aspirante recebe um novo nome, simbólico devido a certas características espirituais que ele já desenvolveu ou está prestes a adquirir. Um Iniciado, ao conhecer novo nome de outro, é imediatamente informado sobre o seu nível de desenvolvimento espiritual.
Mateus viveu uma vida de extrema austeridade, sobrevivendo de nozes, raízes e uvas. Ele permaneceu em Jerusalém por vários anos após a Crucificação e depois foi para o Egito e Etiópia para ensinar e curar. Seu Evangelho contém o relato de dois milagres, dez parábolas, nove discursos e catorze incidentes que estão relacionados a certas fases de realização iniciática não encontradas nos outros Evangelhos.
O que os primeiros pais da Igreja escrevem sobre Mateus:
“Ele esteve durante quarenta dias rezando e jejuando nas montanhas, quando Cristo Jesus apareceu a ele, dizendo: ‘Pegue essa minha vara, desça e planta-a no portão da igreja fundada por você e André; assim que for plantada, ela se tornará uma árvore, com ramos de trinta côvados de comprimento e cada ramo com um fruto diferente. Do topo deve fluir mel e da raiz surgirá uma grande fonte em que todas as criaturas da Terra se banharão e serão purificadas, se envergonharão de sua nudez e vestirão roupas de ovelhas’. Mateus fez o que lhe pedia e todos os que se banharam ali viram-se mudados à imagem de Mateus. A árvore era linda e florescente como as plantas do paraíso e um rio prosseguia dela que regava toda a terra”.
Tais lendas como estas são interessantes para o cristão esotérico, pois estão repletas de verdades ocultas. Elas produzem sinais familiares a todos que passaram pela mesma situação mística e que, tendo vislumbrado a visão, estão se esforçando para trilhar o caminho da realização.

(do Livro: New Age Bible Interpretation, Vol VI, Corinne Heline – Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross – 11-12-2002)

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Se a mulher é a emanação do homem (a história da costela de Adão), ela, no retorno final à unidade, será reabsorvida, perdendo a sua individualidade na divindade masculina?

Pergunta: Se a mulher é a emanação do homem (a história da costela de Adão), ela, no retorno final à unidade, será reabsorvida, perdendo a sua individualidade na divindade masculina?

Resposta: A “história da costela” é um daqueles exemplos de ignorância gritante por parte dos tradutores da Bíblia – os quais não possuíam qualquer conhecimento oculto – ao lidar com a língua dos hebreus, que na escrita não era dividida em palavras e não tinha pontos indicando as vogais. Inserindo vogais e dividindo as palavras diferentemente, podem-se obter, em muitos trechos, várias interpretações para o mesmo texto. Este é um caso onde uma palavra colocada de um certo modo é lida “tsad” e de outro modo “tsela”. Os tradutores da Bíblia leram no relato que Deus havia extraído algo de um lado de Adão (tsela), e ficaram confusos sobre o que poderia ter sido. Assim, pensaram que, talvez, o prejuízo menor seria tirar-lhe uma costela (tsad), daí a versão absurda que resultou.
O fato é que o ser humano, no início, se parecia com os Deuses, “feito à imagem deles”, macho e fêmea, um hermafrodita. Mais tarde, uma parte foi-lhe tirada, o que ocasionou a divisão em dois sexos. Pode-se dizer ainda que o primeiro órgão que se desenvolveu até a forma como se apresenta hoje, foi o órgão feminino, a parte feminina que sempre existiu em tudo antes do masculino, que veio depois. De acordo com a lei em evolução, “os primeiros serão os últimos”, o feminino permanecerá um sexo distinto mais tempo que o masculino, portanto, o consulente está errado nas suas suposições. O masculino é que será absorvido no feminino. Podemos verificar que, atualmente, o órgão masculino está se contraindo gradualmente na sua base e cessará finalmente de existir.

Quanto à mulher perder a sua individualidade, isso é impossível. O propósito da evolução é justamente tornar-nos individualizados, autoconscientes e separados durante a evolução, autoconscientes e unidos durante os interlúdios entre manifestações.

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Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

 

Resposta: Sim, não há dúvida que todas as estrelas no universo exercem alguma influência sobre os seres humanos, e alguns astrólogos marcam as posições de várias estrelas fixas ao levantar um horóscopo. A nosso ver, isso é apenas uma perda de tempo e trabalho, pois a Mente humana tem agora uma prova suficientemente forte para equilibrar as influências interagentes das Casas, Signos e Aspectos dos Astros, de tal maneira que seja possível ler com precisão a mensagem completa das estrelas, como é mostrada por esses fatores elementares. Pode-se afirmar, contudo, no tocante às Plêiades, que são uma das três manchas nebulosas do Zodíaco que, segundo descobriu-se, exercem uma influência perniciosa sobre os olhos em determinadas configurações do horóscopo do Sol ou da Lua com Saturno, Marte, Urano e Netuno.

(Perg. 109 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: A Bíblia menciona os Fariseus, Saduceus e Publicanos, mas não faz referência aos Essênios. Vocês podem esclarecer isto?

Pergunta: A Bíblia menciona os Fariseus, Saduceus e Publicanos, mas não faz referência aos Essênios. Vocês podem esclarecer isto?

Resposta: Os Fariseus, Saduceus e Essênios eram todos de seitas religiosas pertencentes à raça judaica. Os Publicanos eram cobradores de taxas ou tributos, daí o povo não gostar deles.

Os Fariseus pertenciam a uma seita religiosa separada do resto dos Judeus por causa da devoção e cumprimento rigoroso e formal dos ritos e cerimônias contidos na lei escrita. Os Fariseus pretendiam fazer da religião algo supremo na vida da nação. Eles aceitavam a tradição dos escribas, acreditavam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na futura recompensa, na vinda do Messias, nos Anjos e espíritos, na divina providência e livre arbítrio.

Os Saduceus formavam um partido ou seita ligada aos sacerdotes aristocratas e estava política e doutrinariamente em oposição aos Fariseus. Eles estavam abertos às influências mundanas de todos os tipos; eles aceitavam a lei escrita, mas rejeitavam as tradições dos escribas, a esperança Messiânica, a doutrina da ressurreição, a existência de Anjos, espíritos e demônios. Eles ridicularizavam a imortalidade pessoal e a recompensa numa vida futura, também a dominante mão de Deus nas ações da humanidade e exigiam o livre arbítrio.

Os Essênios formavam uma espécie de Fraternidade esotérica que foi encarregada dos Ensinamentos de Mistérios. Viviam uma vida comunitária, cada um compartilhando tudo com todos os outros membros da colônia. Eles eram quietos, cidadãos obedientes à lei, leais com seu País e dispostos a ajuda-lo por meio do pagamento de impostos. Obedeciam às autoridades, reconheciam os sagrados livros dos Judeus, mas o interpretavam esotericamente.

Essas pessoas bondosas e despretensiosas guardavam os dez mandamentos sem reserva porque eles tinham a lei dentro deles e não por causa de influências de fora. A poligamia era protegida pela lei e praticada muito comumente pelos Judeus, mas não entre os Essênios. Para eles, o casamento não era um contrato feito pelo homem, mas um sacramento sagrado que ligava um homem a uma mulher.

Havia dois grupos ou ordens distintas entre os Essênios. Um grupo casava no plano material e usava a força criadora com o propósito de fornecer corpos para os Egos renascentes. A relação no casamento não era proibida na outra ordem, mas era elevada a uma pura esfera de amor, de alma para alma, uma verdadeira união espiritual. A cerimônia de casamento dos Essênios não estava de acordo com o costume Judeu que requeria um contrato assinado entre os parentes. Esse contrato continha muitos detalhes com especificações relativas a dinheiro, casas, gado e terras, mas não fazia referência ao sagrado sacramento da instituição. O marido podia se separar de sua mulher, a qualquer tempo, dando-lhe uma carta de divórcio, o que constituía um cancelamento legal do contrato.

No que se referem às diferenças nos regulamentos do casamento, os Essênios nunca mandavam seus casais casados para colônias distantes da proteção da Ordem. Mulheres casadas sem um contrato estavam em perigo de serem molestadas e possivelmente perseguidas.

Maria e José eram Iniciados da mais elevada ordem dos Essênios. Eles receberam o sacramento do matrimônio, mas eles eram castos e desprovidos de paixão. Por causa de sua extrema pureza e grandes atributos espirituais, foram escolhidos para tornarem-se pais do Ego conhecido como Jesus.

Os Essênios desapareceram da Palestina tão misteriosamente como apareceram. A Ordem Maçônica buscou sua origem nessa Fraternidade misteriosa, assim como a Ordem dos Rosacruzes.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 12/85 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Resposta: Significa exatamente o que é dito, pois a Terra está passando por inúmeros estágios evolutivos que propiciam as condições necessárias para o nosso desenvolvimento. Houve uma era de escuridão, durante a qual o material do nosso planeta achava-se reunido em um estado de fermentação e germinação, os quais produziam calor e, no momento em que foi proferido o fiat criador:

 

“Faça-se a luz”, esse material transformou-se numa névoa de fogo luminosa, girando em torno do seu eixo e aquecendo a atmosfera circundante, a qual logo esfriava ao entrar em contato com o espaço exterior. Assim foi gerada a umidade que caía sobre o planeta incandescente, resultando em vapor que se elevou em direção ao espaço, uma neblina ígnea.

Durante eras, esses processos de evaporação e condensação aconteceram até formar-se uma crosta sólida que cobriu a Terra e se tornou o que chamamos terra firme e seca, da qual se elevava uma espécie de bruma, tal como descrita na Bíblia. Esse vapor esfriava-se, condensava-se e caía sobre a terra em forma de chuva, o que, gradualmente, clareou o ar propiciando-nos às condições atmosféricas prevalecentes até hoje. No passado, possuíamos corpos que nos permitiram viver nos diversos ambientes terrestres; atualmente, nossos veículos são, em sua maior parte, compostos de água, tal como são os corpos dos animais e vegetais. Apesar disso, a Bíblia diz que tanto a carne quanto o sangue não podem herdar o Reino de Deus. Ela também diz que deveremos descartar-nos do corpo físico e elevar-nos no ar. Daí a citação do Apocalipse, 21:1. “E já não haverá mar”. Desse modo, as condições gerais nos sãos apresentados, e há alguns indícios mostrando que, embora essas mudanças estejam ocorrendo lentamente, elas estão realmente surgindo. Os cientistas começam agora a admitir que a Terra está perdendo umidade. Lemos num artigo publicado no “Literary Digest”: “Muitas autoridades reconhecem que a Terra está perdendo lentamente a sua umidade. Isto ocorre como é parcialmente explicado por C. F. von Hermann, em Science (New York), pela ação das descargas elétricas no vapor em decomposição. Um dos gases componentes, o hidrogênio, é muito leve e sobe até as camadas superiores da atmosfera terrestre, de onde é finalmente expelido.

Essa perda de hidrogênio significa, na realidade, uma perda de água. A decomposição da umidade da Terra, com o seu desaparecimento final, é causada também por outros agentes, especialmente pelo efeito dos raios luminosos da parte superior do espectro. O Sr. von Hermann cita um escritor em Umschau, Dr. Karl Stoeckel, que disse: “Acredita-se que os raios ultravioletas da luz solar, que incidem sobre o vapor de água em suspensão na camada inferior da atmosfera terrestre, decompõem uma pequena parte desse vapor para produzir o hidrogênio, que se eleva a grandes altitudes”.

A respeito disso, o Sr. von Hermann comenta: “Não creio ter sido verificado antes que a superfície da Terra está continuamente perdendo hidrogênio por meio da decomposição do vapor de água provocada por cada relâmpago”. Pickering e outros já reconheceram as linhas de hidrogênio no espectro de um relâmpago, e estudos mais amplos na meteorologia mencionam que os clarões dos relâmpagos decompõem uma certa quantidade de água. O hidrogênio formado por cada relâmpago, eleva-se rapidamente à atmosfera superior e perde-se no espaço.

(Perg. 80 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Resposta: Os Semitas Originais foram a quinta das raças Atlantes. Surgiram da Atlântida submersa, como foi contado de várias formas nas histórias de Noé e Moisés. Seu destino era uma Terra Prometida, não a pequena e insignificante Palestina, mas a terra como ela é hoje constituída. Era prometida porque estava passando por mudanças que ocorrem quando, uma nova raça está preparada para tomar posse dela. Inundações haviam destruído a civilização Atlante. No deserto de Gobi, na Ásia Central, vagueava o núcleo das presentes raças Arianas.

Na época em que tal núcleo estava para se tornar uma raça que povoaria o mundo, é natural que a procriação de crianças fosse de importância capital. Era considerado como dever de todos gerar um grande número de filhos e ser fecundo. Atualmente, não estamos vivendo naquela época, o mundo está mais povoado, e os Egos reencarnantes estão mais cautelosos, não se empenhando tanto em conceber. Nós nunca apregoamos o celibato geral, nem dissemos que as pessoas devem casar-se e depois viver como irmãos durante todo o tempo, mas ensinamos que as pessoas casadas devem, de acordo com as circunstâncias, ajudar a perpetuar a raça. Quer dizer, se ambos, marido e mulher, estão física, moral e mentalmente em condições, e possuem um lar onde um Ego encarnante possa ter a oportunidade de renascer e adquirir experiência, eles deverão oferecer-se como um sacrifício vivo no altar da humanidade e fornecer a substância de seus corpos para prover um Ego de um veículo, recebendo-o em seu lar como receberiam um convidado querido, gratos por poder fazer por ele o que outros lhes fizeram. Mas, quando o ato de fecundação tiver sido realizado, eles deverão abster-se de outras relações sexuais, até que se sintam novamente preparados para gerar o corpo de outra criança. É esse o ensinamento dos Rosacruzes a respeito da relação ideal entre marido e mulher. Eles sustentam que a função criadora não deveria ser usada com propósitos sensuais, mas para a perpetuação da raça, como foi, naturalmente, designada. Essa é uma situação ideal e pode estar fora de alcance para a maioria das pessoas no presente momento, como o é a prescrição de amar os nossos inimigos. No entanto, se não tivermos ideais elevados, não faremos progresso algum.

(Perg. 21 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Pergunta: Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Resposta: O Tabernáculo no Deserto foi a primeira igreja que o ser humano erigiu sobre a Terra. Quando a humanidade saiu das bacias terrestres devido à condensação das águas que antes pendiam como uma densa neblina sobre a terra, a visão espiritual que os havia guiado até ali tornou-se um obstáculo para o seu desenvolvimento físico. Consequentemente, ela foi diminuindo, e os sentidos dos seres humanos passaram a focalizar-se no mundo físico.

Essa mudança acarretou uma separação das Hierarquias Divinas que, até aquele momento, haviam guiado o ser humano no caminho da evolução. Elas tornaram-se invisíveis e o indivíduo sentiu a sua falta. Então, despertou em seu coração um desejo de Deus, que ficou satisfeito ao ser-lhe dado o Tabernáculo no Deserto e ao ser-lhe prescritas certas leis divinas no sentido de orientá-lo. Jeová era o Legislador e o Gênio particular dos Semitas Originais, que foram a raça de origem da futura Época Ária, e, atrás d’Ele permanecia o Altíssimo, o Pai. Isto é confirmado em certas passagens como no Deuteronômio, capítulo 32, versículos 8 e 9, onde é dito que o Altíssimo dividiu o povo em nações, reservando uma certa porção do povo ao Senhor, que o guiou e o levou para fora do Egito (terra onde se venerava o Touro), rumo à Era Ária do Arco-íris. Esta foi inaugurada com o uso do sangue do Cordeiro, Áries, no holocausto (Passover) realizado por Noé e pelas leis dadas através de Moisés, as quais foram simbolicamente mostradas no Tabernáculo no Deserto.

A cor do Altíssimo, o Pai, é um azul espiritual. A cor de Jeová é o vermelho (simbolizando o sacrifício sangrento), e a mistura destas duas cores produz a púrpura. Por essa razão, estas duas cores fizeram-se presentes no véu do Templo, além da cor branca indicando, de forma simbólica, a falta de alguma coisa. Sob o regime de Jeová era necessário aplicar o lema: “olho por olho e dente por dente”. Era uma exigência da lei ditada por Ele e transmitida a Moisés. Essa Lei reinou até Cristo, que nos trouxe, então, a graça e a verdade, rasgando assim, o véu do Templo.

Sob essa lei antiga, os sacrifícios de animais eram obrigatórios, pois a humanidade ainda não aprendera a fazer sacrifícios de si mesma.

Quando Cristo mostrou o caminho da verdade e da vida, oferecendo-Se em sacrifício, o véu do Templo rasgou-se, estava abolido o antigo sistema, e um novo caminho foi aberto para a salvação “de todo aquele que o desejar”.

Na nova dispensação não há véu sobre o qual possa ser colocada a cor do Iniciador. Encontrou-se uma forma melhor de marcar individualmente com Sua cor dourada aqueles que são de Cristo. Na verdade, todos os que seguem o caminho do serviço e do auto sacrifício desenvolvem em sua própria aura a cor dourada de Cristo, a terceira das cores primarias. Essa aura é a veste sacerdotal da nova dispensação, sem a qual ninguém pode penetrar no Reino, e nenhuma veste pode ser conseguida por meio de pseudo-iniciações, não importa qual tenha sido o preço pago.

(Perg. 82 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Por que as cores do véu no Tabernáculo eram púrpura, escarlate e branca? Por que as três cores primárias, azul, vermelho e amarelo não foram representadas?

Pergunta: Por que as cores do véu no Tabernáculo eram púrpura, escarlate e branca? Por que as três cores primárias, azul, vermelho e amarelo não foram representadas?

Resposta: Azul é a cor do Pai que reina continuamente sobre todo o universo, desde o início até o fim da manifestação, onipresente em tudo o que vive, respira e tem existência própria. Vermelho ou escarlate é a cor do Espírito Santo que gera as criaturas vivas. Quando a vida apresenta uma expressão errada, esta se vê restringida por um código de leis, e o Espírito Santo, nesse caso, torna-se Jeová, o Legislador. Amarelo é a cor de Cristo, o Senhor do Amor que, por meio desse Princípio divino, invalida a lei e leva-nos novamente de volta, em contato direto com a harmonia do Pai.

Portanto, podemos ver que, sob o antigo regime, era impossível incluir o amarelo e fazer das três cores primárias o símbolo do Templo, pois, naquela época, o Pai e Jeová reinavam o azul e o escarlate, suas cores, figuravam no Templo, e a púrpura, que é a cor resultante da fusão das duas cores primárias citadas antes, também lá estavam, mostrando não apenas sua existência separada como também a sua unidade. Por último, havia o espaço branco simbolizando fato de que um aspecto permanecia sem se manifestar, e essa era a terceira cor, a amarela.

Desde o tempo de Cristo, a verdadeira Escola de Mistérios Ocidentais, a dos Rosacruzes, teve como seu emblema as Rosas Vermelhas, simbolizando a purificação de natureza de desejos, a estrela dourada, mostrando que Cristo nasceu dentro do discípulo e irradia de suas cinco pontas, que representam a cabeça e os quatro membros. Isto se reflete sobre o fundo azul que simboliza o Pai. Mostra, assim, que a manifestação de Deus, a unidade na trindade, realizou-se.

Muitas vezes pensei que faltava alguma coisa na literatura da Fraternidade Rosacruz, ou seja, um livro de devoção, e acredito que milhares dos nossos estudantes provavelmente sentiram o mesmo. Para suprir esta lacuna, muitos adotaram livros de origem oriental, o que é uma prática desaconselhável. Há muitas vidas atrás quando nós, do Mundo Ocidental, estávamos em corpos orientais numa época em que não havia o Mundo Ocidental tal como é conhecido hoje, essa espécie de coisas se adequavam a nós, mas atualmente já avançamos muito além, e deveríamos considerar a vida de nossos santos cristãos para guiar-nos no Caminho da Devoção. Meu livro de cabeceira tem sido A Imitação de Cristo de Thomas de Kempis1. É realmente um livro maravilhoso. Não há uma só situação na vida que não encontre nele alguma referência adequada, e quanto mais o lemos, mais o admiramos.

Provavelmente os estudantes sabem que os residentes em Mount Ecclesia se revezam, em ordem alfabética, nas leituras durante os ofícios da manhã e da noite. Ao chegar a minha vez, sempre pego o livro de Thomas de Kempis e leio um capítulo, do começo ao fim, repetindo-o algumas vezes. Não há um único trecho cansativo em todo o livro, e será muito proveitoso que os estudantes desejosos de desenvolver este aspecto devoto de sua natureza, adotem este livrinho como literatura diária. Acredito que ele possa ser adquirido na maioria das livrarias do mundo.

(Perg. 81 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

 

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[1] N.R.: Imitação de Cristo – Tomás de Kempis – publicado em português pela Editora Vozes

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Pergunta: Se “Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos”, como é possível que ele se torne, no final, superior a eles no Mundo Espiritual?

Resposta: Essa pergunta revela um equívoco. Isso nunca foi declarado nos Ensinamentos Rosacruzes, mas foi dito algo que pode ter gerado uma interpretação errada. A evolução move-se numa espiral e nunca se repete na mesma condição. Os Anjos representam uma corrente evolutiva mais antiga; eram humanos num período anterior da Terra, chamado de Período Lunar entre os Rosacruzes. Os Arcanjos eram a humanidade do Período Solar, e os Senhores da Mente, chamados por Paulo os “Poderes das Trevas”, eram a humanidade do sombrio Período de Saturno. Nós somos a humanidade do quarto período do presente esquema de manifestação, o Período Terrestre. Como todos os seres do universo estão evoluindo, a humanidade dos períodos anteriores também evoluiu, de forma que hoje encontram-se num estágio mais elevado daquele em que estavam quando eram humanos – eles são sobre-humanos. Portanto, é verídico que Deus fez o homem um pouco inferior aos Anjos. Mas, como tudo está num estado de progressão espiralar, também é verdade que a nossa atual humanidade é superior e mais evoluída do que os Anjos o foram; e que os Anjos foram uma categoria mais elevada da humanidade do que os Arcanjos quando eram humanos. Na próxima etapa atingiremos algo semelhante ao atual estágio dos Anjos, mas seremos superiores ao que eles são agora.

(Perg. 2 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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