Arquivo de categoria Astrologia

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Escorpião e a Saúde Emocional

O Signo de Escorpião começou a exercer importante papel na evolução da Humanidade depois que o Planeta Marte foi diferenciado. Os Espíritos Lucíferos de Marte começaram sua atividade influenciando a Mente humana. Como consta no livro “Conceito Rosacruz do Cosmo”: “a Mente foi dada ao ser humano na Época Atlante para incentivá-lo à ação. Mas, sendo o Ego excessivamente fraco e a natureza de desejo, forte, a Mente uniu-se ao Corpo de Desejos. Dessa união resultou a faculdade da astúcia, causa de toda malícia do terço médio da Época Atlante”.

Notamos, também, que Escorpião simboliza a doutrina esotérica do sacerdócio Atlante, guardião dos Mistérios da Escola Atlante. Hoje, ele simboliza as forças secretas da Natureza em sentido astrológico.

Agora talvez possamos ver como a astúcia está ligada e profundamente enraizada no Corpo de Desejos regido por Marte-Lua. Podemos também observar como Escorpião age na Mente tanto quanto as emoções. Além disso, Marte rege o lado esquerdo do cérebro. Desde que a astúcia se tornou a auxiliar do desejo não tem sido fácil a tarefa de transmutá-la em razão.

A personalidade de Escorpião não se submete a imposições, permanecendo firme naquilo que considera seus direitos. Ao mesmo tempo pode ser rude para com seu antagonista. Tem em sua língua o ferrão do escorpião, possuindo também a bravura de um mártir no combate, sempre com a Mente fria e aguçada. A outra polaridade de Escorpião mostra a águia voando a grande altura, desejosa de se sacrificar em benefício dos outros. É o tipo perfeitamente representado pelo Dr. Jeckil e Mr. Hilde, (O médico e o monstro).

O corpo do nativo de Escorpião (nascido entre os 11º e 20º grau de Escorpião no Ascendente e sem nenhum Astro na 1ª Casa) tende a ser rude e pequeno, com um pescoço taurino. O nariz é grande; e recurvado como o bico da águia. Um queixo quadrado, indicando determinação; a face é angular e escura.

Se o Sol está neste Signo, o nativo poderá mostrar seu lado elevado e ter interesse pelos estudos místicos e ocultos. A natureza marciana quer ação e não apenas exercícios devocionais. Embora possa ir longe na metafísica, tende a ter dificuldades com o materialista Marte. A seu favor encontramos a honestidade, habilidade executiva e o trabalho em linhas construtivas. Todavia, depois de ter adquirido algum poder, pode, subitamente, usá-lo impropriamente. Seu temperamento é a força que proporciona destruição material, e a paixão e perversão sexual acompanham seu lado negativo.

O corpo do nativo de Escorpião suporta inúmeras contravenções, se não for destruído por acidente, pela guerra, pelo suicídio ou pelas bebidas alcoólicas. As partes do Corpo Denso mais suscetíveis à doença ou enfermidade são: o cólon, a bexiga, os órgãos genitais, uretra, próstata, flexura sigmoide (a última curva do cólon descendente antes de entrar no reto), púbis e a substância vermelha corante do sangue.

Quando Marte está ativo, pode haver problemas também com os nervos motores, os movimentos musculares, o hemisfério cerebral esquerdo e o reto. Os Aspectos de Marte indicam, em geral, a natureza exata e a extensão da aflição.

Vênus em Escorpião é uma vibração difícil de controlar, pois o raio amoroso de Vênus mistura-se com o fogo marciano da paixão, resultando em desejo sexual exagerado.  Isso, em geral, tende a minar e debilitar a constituição do Corpo Denso; se não for controlado, segue-se a perda de vitalidade e a decadência do organismo. O amor à luxuria e uma disposição ciumenta tendem a prejudicar a saúde emocional, desequilibrando o Corpo Denso. Especificamente, Vênus em Escorpião proporciona a tendência à varicocele, doenças venéreas, tumores uterinos, menstruações dolorosas e por ação reflexa em Touro, afecções na garganta.

Mercúrio rege a Mente concreta e quando situado em Escorpião proporciona percepção rápida e língua afiada. Se está com Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e certas Conjunções), a natureza é propensa a brigas e ao ceticismo, rasgos que se manifestam em desequilíbrios no Corpo Denso. Mercúrio rege também o hemisfério cerebral direito, as cordas vocais e os nervos sensórios. Mercúrio com Aspectos adversos em Escorpião demonstra enfermidades na bexiga e nos órgãos genitais, dificuldades menstruais, e por ação reflexa em Touro, rouquidão, surdez ou gagueira.

A Lua, tendo regência sobre o estômago, os linfáticos, sistema nervoso simpático, o fluído sinovial, os ovários e o útero, quando com Aspectos adversos em Escorpião afetará o funcionamento desses órgãos. E, também, quando com Aspectos adversos em Escorpião a influência lunar pode se manifestar em perturbações da bexiga, hidrocele e distúrbios menstruais.

Saturno, o Planeta da obstrução, da cristalização e da atrofia, rege os dentes, a pele e a vesícula biliar. Com Aspectos adversos em Escorpião, Saturno pode obstruir o metabolismo e tende a indicar dificuldades com o companheiro de matrimônio, e consequente sofrimento do sistema nervoso. Também, com Aspectos adversos em Escorpião, Saturno indicará a tendência à esterilidade, às hemorroidas, a prisão de ventre, e por ação reflexa, poderá ocasionar gagueira, catarro nasal e outras afecções da garganta. Saturno com Aspectos benéficos (Sextil, Trígono e algumas Conjunções) em Escorpião contribui para a boa saúde, a vida longa e interesse pelo ocultismo.

O grande centro de atividade de Júpiter é o fígado. Na posição referencial desse órgão, o fígado, também está localizado o grande vórtice do Corpo de Desejos. Portanto, um fígado funcionando bem, facilita a pessoa amar a vida e estar pronta para servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e a irmã que estão ao seu lado em qualquer ocasião, mesmo com sacrifício próprio. Um Júpiter com Aspectos adversos em Escorpião fornece a tendência a tumores uterinos, hipertrofia da próstata, abcessos na uretra, hidremia e, por ação reflexa de Touro, hemorragias nasais e apoplexia. Também tende à necessidade de combater a indulgência própria, particularmente a ingestão de alimentos muito condimentados que requererão a ação do fígado para assimilá-lo apropriadamente.

O Planeta Urano, Regente do corpo pituitário ou Glândula Pituitária (Hipófise), tem papel preponderante no processo da assimilação. Quando com Aspectos adversos em Escorpião poderá resultar em condições assimilativas impróprias que se manifestarão nas partes do corpo regidas por esse Signo. E, também, tendência para abortos e doenças venéreas. Por ação reflexa em Touro, poderá haver espasmos, soluços, histeria ou doença de São Vito. Felizmente, Urano em Escorpião tende a fortalecer a vontade, e assim o nativo pode, se tentar, obter êxito no desenvolvimento espiritual.

Netuno, com Aspectos benéficos em Escorpião, inclina o nativo a se aprofundar nos segredos da Natureza fornecendo, também, uma percepção inspirada nos domínios da razão. Isso poderá ser de grande auxílio para evitar as enfermidades e doenças. Todavia, Netuno com Aspectos adversos em Escorpião tende ao sensualismo, à ira e ao grande desejo pelas bebidas alcoólicas ou pelas drogas. Netuno age no sistema nervoso e rege o canal espinhal e seus efeitos negativos são de natureza destrutiva.

Resumindo, as características básicas de Escorpião são: as forças secretas da natureza, a cirurgia, o poder curador, a magia, as profissões que exigem forte disciplina e respeito à hierarquia e ao sexo. O nativo de Escorpião, polarizado positivamente, se empregar seus talentos latentes (mostrados pelos Aspectos benéficos) alcançará gradativamente a regeneração. Tende a ter a habilidade natural para fazer investigações secretas. O tipo menos desenvolvido tende a causar muita discórdia, tanto interna como externa, e a usar mal sua força sexual criadora. Tende à vingança, ao ciúme, à perversidade e à cólera. A cólera ou explosão emocional de qualquer espécie, faz com que se formem corpúsculos brancos no baço. Os corpúsculos brancos se avolumam no sangue, seguindo-se a anemia, e o Corpo Denso se torna mais sujeito às doenças.

A afinidade metálica de Escorpião é pelo ferro; a pedra afim é o topázio ou a malaquita; a cor afim é a vermelha. A nota musical básica é Mi maior, cujos acordes têm quatro sustenidos e quando Escorpião está no Signo Ascendente, músicas com tom em Mi maior poderão trazer harmonia ao Corpos.

As regras básicas para os nativos de Escorpião melhorarem e manter a saúde são: higiene, alimento integral e natural (de preferência vegetariano), controle emocional e atividade física construtiva.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1971-Fraternidade Rosacruz-SP)

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A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 9: Asteroides e novos Planetas

É usando a lei de Titius-Bode que se comprometeu a preencher a lacuna observada entre Marte e Júpiter. Já em 1786, o astrônomo francês Jérôme Lalande (1732-1807), empreendeu essa pesquisa, mas sem sucesso.

Você tem que cruzar o limiar do século 19 e ir para a Itália.

Essa lacuna entre Marte e Júpiter destacada pela lei de Titius-Bode foi preenchida em 1º de janeiro de 1801, no observatório de Palermo, na Sicília, por um astrônomo e monge beneditino chamado Giuseppe Piazzi (1746-1826).

Ele descobriu o maior dos asteroides, Ceres, cuja distância média do Sol corresponde à quinta posição na lei de Bode.

Em 1802, Pallas foi descoberto. Isso intrigou os astrônomos porque era surpreendente que dois Planetas orbitassem tão próximos um do outro.

O espanto aumentou ainda mais quando Juno foi descoberto em 1804 e depois Vesta em 1807. Não se tratava, portanto, de um único Planeta, mas de um conjunto de corpos, que chamamos de “asteroides”, localizados em torno da famosa “distância de Bode”. Foi necessário esperar até 1845 para descobrir um quinto asteroide chamado Astrée.

Em 2017, o número de asteroides maiores que um quilômetro era estimado em 400 mil (apenas 26 são maiores que 200 km). Devido ao seu tamanho, Ceres é o único asteroide quase esférico. Seu diâmetro é de 946 km, pouco menos de um terço do diâmetro da Lua. Sua massa é cerca de um terço da massa total do cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter.

Várias teorias opostas tentam explicar a origem desse cinturão de asteroides. Aquela que atualmente recebe a aprovação da maioria dos astrônomos, considera que se trata das “ruínas de um projeto inacabado”: ​​a acumulação do material nebuloso original nunca poderia ter sido plenamente realizada devido à fortíssima força gravitacional de Júpiter.

Uma segunda teoria vê os asteroides como restos de um único Planeta que explodiu. O problema dessa teoria é que a massa total dos asteroides é cerca de 5% da massa da Lua e isso constituiria uma esfera com um diâmetro inferior a 1500 km, que é demasiado pequena para formar um Planeta. Lembre-se que Mercúrio tem um diâmetro de 4.879 km e o da Terra tem 12.742 km (em média). A Lua tem um diâmetro de 3.474 km.

Uma terceira teoria prevê que seriam os destroços de um pedaço de Planeta arrancado durante uma colisão, que teria a vantagem, em relação à teoria anterior, de poder “grudar” na massa total dos asteroides.

Max Heindel diz no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, no final do capítulo XI, que os asteroides são os fragmentos dos satélites de Mercúrio e Vênus que serviram num passado distante para a evolução daqueles que conhecemos sob o nome de Senhores de Mercúrio e Senhores de Vênus. Os Senhores de Mercúrio, que alcançaram a evolução do Planeta Mercúrio, em grande parte, pelos serviços que nos prestaram. A mesma coisa se deu com os Senhores de Vênus

Ao nível de massa, isso pode ser bom, mas essa afirmação esotérica poderia parecer contradizer as leis da mecânica celeste, se todos os asteroides gravitassem entre Marte e Júpiter. Na verdade, 5% dos asteroides não pertencem ao cinturão principal e têm uma órbita tão alongada que alguns passam perto da Terra, de Vênus e até de Mercúrio.

Em particular, o asteroide Ícaro, de 1,4 km de largura, que leva bem o seu nome, passa dentro da órbita de Mercúrio, muito perto do Sol, para retornar além de Marte.

As teorias científicas e as informações esotéricas fornecidas por Max Heindel sobre os asteroides não são, portanto, necessariamente contraditórias se assumirmos que todos os asteroides não têm a mesma origem.

Ao nível astrológico, embora a investigação tenha sido rapidamente realizada para Urano e mais tarde para Netuno e Plutão, para determinar as suas características astrológicas e, em particular, que Signo eles governam, só recentemente essa investigação foi realizada para os asteroides. No entanto, Plutão não é muito maior que Ceres e está 14 vezes mais distante de nós (o que obviamente não constitui um argumento astrológico, porque as distâncias certamente não intervêm neste campo).

Assim como Urano não excluiu Saturno como Regente de Aquário, mas eles são considerados seus corregentes, Mercúrio permanece, é claro, Regente do Signo de Virgem.

Agora vamos falar sobre a descoberta de Netuno. Vários astrônomos notaram anomalias na órbita de Urano (Delambre, Laplace, Conti, Bouvard).

Em 1821, Alexis Bouvard (1767-1843) publicou uma tabela astronômica de Urano e suspeitou de “alguma ação estrangeira que teria influenciado o curso do Planeta”.

Em 1840, Bessel (1784-1846) levantou a hipótese de que se tratava de um novo Planeta. Foi Urbain Le Verrier (1811-1877), ensinando astronomia na École Polytechnique desde 1837, quem determinou, por cálculo, sua posição em 31 de agosto de 1846. Em 18 de setembro, escreveu ao astrônomo alemão Johann Galle (1812-1910), que recebeu a carta em 23 de setembro. Como o tempo estava bom naquela noite, Galle apontou seu telescópio para o ponto indicado e descobriu Netuno a um grau da posição calculada.

Arago (1786-1853), que encorajou Le Verrier a fazer essa pesquisa, escreveria: “M. Le Verrier viu a nova estrela sem precisar lançar um único olhar para o céu; ele viu no final da caneta”.

Le Verrier fez uma profecia: “O sucesso deveria permitir-nos esperar que, após trinta ou quarenta anos de observações do novo Planeta (Netuno), seremos capazes de usá-lo, por sua vez, para a descoberta daquele que segue na ordem de distância de o sol.

Como veremos, a descoberta de Plutão levaria mais de 30 ou 40 anos. Foi a partir da descoberta de Netuno que a lei de Bode caiu mais ou menos em desuso nos círculos astronômicos, porque a diferença entre a distância média de Netuno ao Sol e aquela fornecida pela lei de Bode é bastante importante.

Max Heindel escreve no livro “Astrologia Científica Simplificada”: “O místico refere-se à lei de Bode para apoiar sua afirmação de que Netuno não pertence realmente ao nosso Sistema Solar… Netuno é a personificação de um grande Espírito das Hierarquias Criadoras que normalmente nos influenciam através do Zodíaco. Esse gênio planetário trabalha sobretudo com quem se prepara para a Iniciação e, em parte, com quem estuda Astrologia Espiritual e a põe em prática no seu quotidiano, desde então também se prepara para o caminho do conhecimento”.

Encontramos também essa afirmação de que Netuno não pertence ao nosso Sistema Solar, no final do capítulo XI do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, mas sem referência à Lei de Bode.

Para acabar com a Lei de Bode, ainda temos que ultrapassar o limiar do século XX.

Max Heindel escreve no capítulo XVIII do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “Na notável obra do Sr. Sinnett, The Development of the Soul, publicada em 1896, o autor afirmou que existem dois Planetas além da órbita de Netuno, apenas um dos quais seria descoberto pelos modernos astrônomos.

Na edição de agosto de 1906 da ‘Nature’ afirma-se que o Professor Barnard, usando o refletor de 90 cm de Lick, descobriu o referido Planeta em 1892… O ponto importante é que o Planeta está lá e que o Professor Barnard afirmou já ter descoberto isso anteriormente”.

Edward E. Barnard (1857-1923) foi um grande astrônomo que, em 1892, observou a explosão de uma estrela (nova) e descobriu um quinto satélite de Júpiter, tendo os quatro primeiros sido de Galileu em 1610 (hoje conhecemos 67 deles).

Em 1915, Percival Lowell (1855-1916), fundador do observatório de Flagstaff, Arizona, detectou pequenas anomalias na órbita de Netuno e, pelo mesmo método de Le Verrier, provou a existência de um Planeta localizado além da órbita de Netuno.

Mas, a pequenez e a distância desse Planeta não permitiram observá-lo tão facilmente como foi o caso de Netuno.

Em 1919, usando um método diferente, William Henry Pickering (1858-1938), astrônomo do Observatório Mount Wilson, na Califórnia, chegou à mesma conclusão sobre a órbita desse Planeta.

Demorou mais 11 anos para que fosse descoberto, em 13 de março de 1930, em Flagstaff, pelo assistente do observatório, Clyde Tombaugh (1906-1997), em fotografias tiradas em 21, 23 e 29 de janeiro de 1930.

A sua posição foi deslocada apenas 2° em comparação com a prevista pelos cálculos de Lowell e Pickering. A sua órbita, muito alongada, dá uma distância ao Sol que varia entre 4,4 mil milhões de km e 7,4 mil milhões de km. Isso quer dizer que no periélio (a menor distância do Sol), Plutão está aproximadamente à mesma distância do Sol que Netuno. Além disso, essa órbita tem a particularidade de ser fortemente inclinada em relação a todas as órbitas dos outros Planetas (17° em relação ao plano da eclíptica).

Foi levantada a hipótese de que Plutão seria um antigo satélite de Netuno que escapou da atração desse último durante a formação do Sistema Solar (hipótese atribuída a Raymond Lyttleton (1911-1995)).

Podemos notar que, mesmo integrando Netuno e Plutão à série estatística dupla formada por (i, log(di-d1)) em que i é o número de ordem do Planeta e di a distância média do i-ésimo Planeta de do Sistema Solar ao Sol, com i variando de 2 a 10, obtemos um coeficiente de correlação de 0,996 que ainda é excelente (o alinhamento perfeito corresponde a um coeficiente igual a 1).

Isto mereceria, portanto, que os astrônomos se questionassem sobre a possível existência de uma lei cosmológica ligada à formação do Sistema Solar.

(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Efemérides Científica e Simplificada – Calculada para Meio-dia (Noon) Greenwich – 1956

OBSERVAÇÕES:

1. Efemérides calculada para: Noon at Greenwich (Meio dia de Greenwich) – não há necessidade de qualquer ajuste ou fatores de correção para utilização na Astrologia Rosacruz

2. Repare que os valores da Longitude dos Astros são fornecidos com a precisão de centésimos de minutos, que, para o nosso caso, não é necessária tamanha precisão.

Assim, considere o arredondamento matemático:

– Até 4, arredonde para baixo

– Acima de 5, arredonde para cima

Exemplo: 25o10.5 = 25o11’

A mesma regra aplique para a Hora Sideral (Sideral Time – ST)

  • Exemplos:
  • 18:44:28.0 = 18:44:28
  • 18:44:24.6= 18:44:29
  • 18:52:21.1= 18:52:21

Efemérides Científica e Simplificada – Calculada para o Meio-dia (Noon) Greenwich – 1956 com as Declinações

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A Porta da Vida e da Morte

Assim, pois, o Zodíaco e os Astros são como um livro no qual nós podemos ler a história da Humanidade durante os estados passados e, também, nos dá uma chave para futuro que está diante de nós. No famoso Zodíaco do Templo de Denderah, Câncer não estava representando como hoje. Lá era representado por um escaravelho. Este escaravelho era o símbolo da alma, e Câncer sempre foi conhecido antigamente, como ainda hoje entre os místicos, como sendo a esfera da alma, a porta da Vida no Zodíaco, de onde os espíritos que vem renascer entram em nossa condição sublunar. Está, portanto, governado muito apropriadamente pela Lua, que é o Astro da fecundação, e é notável que vemos Capricórnio, que é o Signo oposto, ser regido por Saturno, o Planeta da morte e do caos. Saturno é desenhado simbolicamente como “O segador com sua foice e sua ampulheta nas mãos”.

Estes dois Signos opostos são, portanto, os pontos nos quais gira a evolução da alma. Câncer e Capricórnio, respectivamente, marcam o ponto de maior ascensão do Sol no hemisfério norte e o ponto de descida mais inferior, no hemisfério sul. Observamos que durante os meses de junho e julho, quando o Sol está na esfera do Câncer e Signos aliados, a fecundação e o crescimento estão na ordem do dia. Mas quando o Sol está em Capricórnio temos a época em que a natureza está morta. Os frutos são então consumidos e por nós assimilados.

Como a dança circular do Sol entre os doze Signos determina as estações do ano quando o vemos “direito”, produzindo germinação de miríades de sementes, enterradas no solo assim como o acasalamento da fauna, que então faz o mundo mais alegre com as vistas e os sons da vida em manifestação e na outra ocasião deixa o mundo mudo, confuso e abatido com a tristeza sob o domínio de Saturno, assim também pelo movimento mais lento e para trás conhecido como a Precessão dos Equinócios, é que se produz a grande mudança que se conhece como Evolução. Com efeito, essa Precessão do Sol determina, o nascimento e a morte das raças, das nações e de suas religiões, pois o Zodíaco e seus Signos são a representação simbólica do nosso desenvolvimento passado, presente e futuro.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – dezembro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

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A Astrologia e a Academia Francesa

Uma das disciplinas estudadas pelos Estudantes Rosacruz é a Astrologia Espiritual Rosacruz. Mas, conjectura-se que até aos nossos dias a ciência chamada Astrologia tem decaído, ao longo dos séculos, sendo hoje explorada, como filão aurífero, por uma categoria de pessoas que não tem cotação no mundo moral. Daí a má fama que tem visto que os negociantes de horóscopos, pela sua falta de cultura e de moral, não podem dignificá-la. Mas a Astrologia foi, até o século XVII, uma Ciência que figurava na lista das disciplinas de todas as universidades, estando especialmente a cargo dos matemáticos e dos médicos. Por meio da Astrologia os matemáticos observavam o céu e previam o tempo; os médicos utilizavam a Astrologia para o diagnóstico das doenças e enfermidades e para, com maior êxito, fazerem as suas intervenções cirúrgicas, pois nunca se podia operar em boa segurança estando a Lua no Signo que regia a parte do Corpo Denso a operar.

Por esse motivo nenhum estudante era admitido à matrícula em medicina sem provar, com diploma autêntico, que tinha concluído a cadeira de Astrologia. A História da Medicina registra, ainda que sumariamente, essa associação da Astrologia com a arte de curar. Porém quando se fundou a Academia Francesa, a Astrologia não foi incluída entre as ciências perfilhadas e por isso mesmo é que sofreu a sua maior queda, ficando abandonada! Nunca mais ela foi ensinada nas universidades.

Mas não estava bastante desacreditada pelos charlatães que, à sua sombra, faziam o sórdido negócio dos horóscopos e lançavam errados vaticínios aos quatro ventos. O que levou os acadêmicos franceses a deixar de parte a Astrologia foi a lógica preocupação de abandonar tudo quanto não pudesse comprovar-se cientificamente. E pela mesma razão os matemáticos trataram de fazer a separação entre o que na Astrologia era arte de profetizar e o que se referia à especulação do espaço onde vogam os corpos celestes, aparecendo desse modo a ASTRONOMIA.

Muitos indivíduos que nunca estudaram esta ciência lançaram sobre ela a “sentença condenatória”. Mas nós sabemos perfeitamente que a ignorância e o orgulho nada valem!

A ignorância sempre foi atrevida, o orgulho sempre se mostrou autoritário, arrogante. Mas nem uma nem outra possuem qualquer valor, pelo que não ligamos importância ao que dizem os imprudentes, porque tais julgadores estão condenados por si próprios, não só porque revelaram a sua maldade, filha duma estúpida ignorância, mas porque julgaram mal o mundo que havia de lê-los, pensando que todos os seus leitores estariam mais pobres de mentalidade que eles.

O ser humano honesto não condena antes de conhecer muito bem. E mesmo assim, ele procura ser justo, humano, antes de lançar a sua sentença, para que depois não tenha de se arrepender quando a sua consciência o censure por haver sido desonesto e injusto.

Negar, denegrir, desacreditar é sempre muito fácil; investigar, buscar a verdade onde quer que julguemos que ela esteja, não é fácil! Exige trabalho, tempo, e nem sempre a certeza de a encontrar. Por isso demolir é mais fácil e, com alguma habilidade, até se pode conseguir brilhar destruindo, ainda que não seja senão como ouro falso. É pena que entre os detratores da Astrologia encontremos alguns que possuem boas qualidades mentais e só por isso conseguiram cotação no plano intelectual. Bom seria que também a possuíssem no moral, porque neste caso nunca tomariam atitudes deselegantes como é a do que nega o que não sabe!

A Astrologia é a mais antiga ciência que os seres humanos conheceram e chegou até nós ao longo de muitos milhares de anos, não porque desde o seu princípio até agora estivesse na posse de pessoas estúpidas, ignorantes e supersticiosas, mas porque realmente é uma ciência, ainda que apenas conjectura.

É arcaica? É! Mas, em todo o mundo culto e em todo os tempos houve indivíduos da mais alta cotação intelectual que a estudaram e utilizaram para fins úteis, como já vimos.

Os árabes, que vieram do Oriente até nós, numa caminhada secular, trouxeram consigo, na maior intimidade com os chefes, astrólogos que os guiavam de harmonia com as indicações dadas pelos ângulos de incidência e das emanações dos corpos celestes. Entre nós, Pedro Nunes e Luís de Camões foram amorosos cultores da Astrologia, e nem por isso os seus créditos ficaram diminuídos!

Desacreditaram a Astrologia indivíduos de baixo quilate moral, desonestos, uns negociando-a ou fazendo inconscientemente previsões que não se realizaram; outros, empertigados na sua vaidade e orgulho e valendo-se da sua cotação meramente intelectual, só porque outros lhe arremessaram pedras, trataram de fazer o mesmo, negando à Astrologia foros de ciência espiritual; e para além destes ainda apareceram outros que, por falta de dinheiro, ou escreveram a favor ou contra ela, mas de um modo ou do outro sempre em desabono da profética ciência, como lhe chamava Camões.

Já o Estudante Rosacruz sabe que à medida que ele use a Astrologia Espiritual Rosacruz altruisticamente para ajudar aos irmãos e as irmãs que sofrem com doenças e enfermidades, como consequência isso o ajuda a acumular tesouros no céu como nenhuma outra coisa na Terra poderá fazê-lo. Aplicando-a desse modo o efeito é o crescimento anímico e uma maior consciência em seguir o duplo mandamento de Cristo: “Pregar o Evangelho e curar os enfermos.”.

(Publicado na Revista “O Rosacruz”, nº 221, da Fraternidade Rosacruz de Lisboa, Portugal e publicado na Revista Serviço Rosacruz de 03/1962-Fraternidade Rosacruz-SP)

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