Arquivo anual 2021

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pensando nas estrelas

Quem pode contemplar a majestade dos céus sem que sua intuição lhe diga que existe um Deus de cujo poder, todo ser humano e toda constelação dependem totalmente para preservação e segurança?

O céu noturno com sua pompa de estrelas é um espetáculo que convida o observador a se contemplar, revelando a ele um pouco da sabedoria oculta que o indica ser tão grande e duradouro quanto todas as legiões da Via Láctea.

Quão imponentes são os céus salpicados de sóis flamejantes — Sirius, Arcturus, Vega, Capella, Rigel, Procyon, Betelgeuse, Altlair, Aldebaran, Spica, Pollux e Deneb e sua miríade de companheiros.

Como são belos os céus, brilhando com as constelações velozes — Andrômeda, Cassiopeia, Corona Borealis e seus numerosos parentes.

No entanto, o ser humano, um pigmeu microcósmico, é uma contraparte deles, pois ele é um universo vivo tão impressionante quanto o universo físico em que vive. Assim como é em cima, é embaixo!

Os problemas humanos perdem um pouco do seu volume, quando ficamos uma hora tranquila em comunhão com as estrelas. Experimente!

A fria indiferença delas mostra um gracioso conforto e uma garantia tranquila de que estará tudo bem conosco, assim como estará com elas.

Por todos os meios, leia a literatura celestial, porque esse estudo inspirador enriquece nossa reverência por Deus, o criador, e aumenta nossa benevolência para com a humanidade.

(Publicado na revista Rays from the Rose Cross de novembro-dezembro/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 8 – Os 7 Mundos, os 7 Globos e os 7 Períodos

Depois que Deus preparou o material para Sua Habitação, Ele o colocou em ordem. Cada parte do Sistema foi compenetrada por Sua consciência, mas com uma modificação: a consciência difere em cada parte ou divisão. A Substância-Raiz-Cósmica é posta diferentes taxas de vibração e, portanto, diferentemente constituída em suas várias divisões ou regiões.

O que vimos acima é o modo pelo qual os Mundos vêm à existência:

  1. Mundo de Deus
  2. Mundo dos Espíritos Virginais
  3. Mundo do Espírito Divino
  4. Mundo do Espírito de Vida
  5. Mundo do Pensamento
  6. Mundo do Desejo
  7. Mundo Físico

Eles são adaptados para servir aos diferentes propósitos no esquema evolutivo, da mesma maneira como os diferentes cômodos numa casa são equipados para servir os propósitos da vida diária no Mundo Físico.

Conforme vimos, existem sete Mundos. Cada um deles tem um grau, uma “medida” diferente, de vibração. No Mundo mais denso (o Físico) a medida vibratória, incluindo as ondas luminosas que vibram centenas de milhões de vezes por segundo, não obstante é infinitesimal quando comparada à rapidíssima vibração do Mundo do Desejo, o mais próximo do Físico. Para se ter uma ideia sobre o sentido e a rapidez vibratória talvez o mais fácil seja observar as vibrações caloríficas que irradiam de uma estufa muito quente ou de um radiador de vapor próximo de uma janela.

Tenha-se sempre em mente que esses Mundos não estão separados pelo espaço ou pela distância, como está a Terra dos demais Planetas. São estados de matéria, de distinta densidade e vibração, tal como são os sólidos, os líquidos e os gases do nosso Mundo Físico. Esses Mundos não são criados instantaneamente, no princípio de um Dia de Manifestação, nem duram até o fim dele, mas assim como a aranha tece sua teia fio por fio, Deus também vai diferenciando um Mundo após outro, dentro de Si Mesmo, conforme as necessidades exijam novas condições no esquema de evolução em que Ele está empenhado. Desse modo se diferenciaram, gradualmente, todos os sete Mundos, conforme se encontram atualmente.

O esquema evolutivo é efetuado através destes cinco Mundos em sete grandes Períodos de Manifestação, durante os quais o Espírito Virginal ou vida que está evoluindo, se converte primeiramente em ser humano, depois em Deus.

No princípio da manifestação Deus diferencia dentro de Si Mesmo (não de Si mesmo) esses Espíritos Virginais, como chispas de uma Chama da mesma natureza, capazes de se expandirem até se converterem, eles também, em Chamas. A Evolução é o processo fomentador que conduz a tal fim.

Antes do início de sua peregrinação através da matéria, o Espírito Virginal encontra-se no Mundo dos Espíritos Virginais, o mais próximo ao mais elevado dos sete mundos. Possui Consciência Divina, mas não consciência de si. Esta, o Poder Anímico e a Mente Criadora, são faculdades que se adquirem pela evolução.

Na terminologia Rosacruz os nomes dos sete Períodos são os seguintes:

  1. Período de Saturno
  2. Período Solar
  3. Período Lunar
  4. Período Terrestre
  5. Período de Júpiter
  6. Período de Vênus
  7. Período de Vulcano

Não se deve pensar que os Períodos acima tenham algo a ver com os Planetas que se movem em suas órbitas em torno do Sol, juntamente com a Terra. De fato, nunca se repetirá suficientemente que não há relação alguma entre esses Planetas e esses Períodos. Os Períodos são, simplesmente, encarnações passadas, presentes ou futuras da nossa Terra, “condições” através das quais ela passou, está agora passando ou passará no futuro.

O Período de Saturno é o primeiro dos sete Períodos. Nesse primeiro estágio os Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma. Esse impulso evolutivo dá sete voltas ao redor dos sete Globos, A, B, C, D, E, F e G, na direção indicada pelas setas.

Os Globos do Período de Saturno eram formados de substância muito mais rarefeita e sutil que a da nossa Terra. O Globo mais denso desse Período estava situado na mesma parte do Mundo do Pensamento ocupada pelos Globos mais sutis do Período atual – a Região do Pensamento Concreto. Estes Globos não tinham consistência, no sentido atual da palavra. “Calor” é a única palavra que mais se aproxima da ideia do que era o antigo Período de Saturno. De tão escuro, uma pessoa que conseguisse entrar no seu espaço nada poderia ver. Tudo em torno dela seria escuridão, mas poderia sentir o seu calor.

Primeiramente uma parte da evolução se realiza no Globo A, situado no Mundo do Espírito Divino, o mais sutil dos cinco mundos que formam o nosso campo de evolução. Então, gradualmente, a vida que está evoluindo é transferida ao Globo B, que se situa no Mundo do Espírito de Vida, algo mais denso, onde ela passa por outro estágio evolutivo. No devido tempo, a vida que está evoluindo está pronta para entrar na arena do Globo C, composto da substância ainda mais densa da Região do Pensamento Abstrato, onde está situado. Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a onda de vida segue até o Globo D, formado da substância da Região do Pensamento Concreto, onde também está situado. Esse é o grau mais denso de matéria alcançado pela onda de vida durante o Período de Saturno.

Desse ponto a onda de vida é levada para cima novamente, ao Globo E, situado na Região do Pensamento Abstrato tal como o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas. Esse é o estágio involucionário de modo que a substância dos mundos se faz cada vez mais densa. Ao longo do tempo tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido. Entretanto, como o caminho evolutivo é uma espiral, é claro que, ainda que se passe pelos mesmos pontos, nunca mais se apresentam as mesmas condições, mas outras em plano superior e mais avançado.

Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte para o Globo F, situado no Mundo do Espírito de Vida como o Globo B, dali subindo ao Globo G. Quando se efetuou esse trabalho, a onda de vida deu uma volta em torno dos sete Globos; uma vez para baixo e outra para cima, através dos quatro Mundos, respectivamente. Esta jornada da onda de vida denomina-se uma Revolução, e sete Revoluções formam um Período. Durante um Período a onda de vida dá sete voltas descendo e subindo através de quatro Mundos.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o primeiro Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Solar.

Como a noite de sono entre dois dias da vida humana e o intervalo de repouso entre duas vidas terrestres, esta Noite Cósmica, de repouso, depois de completado o Período de Saturno, não foi um tempo de inatividade, mas uma fase de preparação para a atividade a ser desenvolvida no próximo Período Solar, em que o ser humano em formação precisava submergir mais profundamente na matéria. Portanto, fizeram-se necessários novos Globos, cujas posições nos sete Mundos tinham que ser diferentes das ocupadas pelos Mundos do Período de Saturno. A preparação desses Globos novos e as demais atividades subjetivas estiveram a cargo dos espíritos que estão evoluindo durante o intervalo entre os Períodos – a Noite Cósmica. Como isso se processa podemos ver a seguir:

Quando a onda de vida deixou o Globo A, no Período de Saturno, pela última vez, esse Globo começou a desintegrar-se lentamente. As forças que o criaram foram transferidas do Mundo do Espírito Divino (em que se encontrava o Globo A no Período de Saturno) ao Mundo do Espírito de Vida (em que se encontrava o Globo A no Período Solar). Isto é mostrado no Diagrama 8.

Quando a onda de vida deixou o Globo B, no Período de Saturno, pela última vez, também começou ele a desintegrar-se. Então suas forças, tal como acontece ao Átomo-semente de um veículo humano, foram empregadas no Período Solar como núcleo para o Globo B, passando esse Globo a situar-se na Região do Pensamento Abstrato.

Da mesma maneira, as forças do Globo C foram transferidas para a Região do Pensamento Concreto, atraindo dessa Região a substância necessária para a construção de um novo Globo C no próximo Período Solar. O Globo D foi semelhantemente transmutado e colocado no Mundo do Desejo. Os Globos E, F e G, na ordem indicada, foram transferidos analogamente. Como resultado (como mostra o Diagrama 8) no Período Solar todos os Globos estavam localizados um grau mais abaixo na matéria densa do que estavam no Período de Saturno, pelo que a onda de Vida, depois de emergir da Noite Cósmica de repouso, entre a última atividade no Globo G do Período de Saturno e a nova atividade do Globo A do Período Solar, achou-se em novo ambiente, com oportunidade para novas experiências.

As condições durante o Período Solar diferiam radicalmente das do Período de Saturno. Em lugar dos “Globos-Calor” do último, os Globos do Período Solar eram esferas luminosas, brilhantes, de consistência análoga à dos gases. Estas grandes esferas gasosas continham tudo que havia sido desenvolvido no Período de Saturno e, analogamente, as Hierarquias Criadoras permaneciam em sua atmosfera. Em vez da qualidade refletora, semelhante ao eco, do Período de Saturno, esses Globos tinham, até certo ponto, a qualidade de absorver e trabalhar sobre qualquer imagem ou som que se projetasse sobre suas superfícies. Pode-se dizer que eles eram coisas “captáveis”.

A onda de vida agora circula sete vezes em torno dos sete Globos durante o Período Solar, descendo e subindo sete vezes através dos quatro Mundos ou Regiões em que esses Globos estão situados. Efetua sete Revoluções no Período Solar, da mesma forma que no de Saturno.

Quando a onda de vida abandonou o Globo A, no Período Solar, pela última vez, esse Globo começou a desintegrar-se. Suas forças foram transferidas à Região do Pensamento Abstrato, mais densa, onde formaram um Planeta para ser utilizado no Período Lunar. Da mesma maneira as forças dos demais Globos foram transferidas e serviram de núcleo para os Globos do Período Lunar, como mostra o Diagrama 8, sendo o processo exatamente o mesmo que se observou quando os Globos passaram dos lugares ocupados no Período de Saturno para as posições ocupadas no Período Solar. Desta maneira os Globos do Período Lunar ficaram um grau mais abaixo na matéria do que estavam no Período Solar, situando-se o mais inferior (o Globo D) na Região Etérica do Mundo Físico.

Depois do intervalo da Noite Cósmica entre o Período Solar e o Período Lunar, a onda de vida começou seu curso no Globo A desse último, completando no devido tempo suas sete Revoluções, como anteriormente.

Assim como a característica principal dos escuros Globos do Período de Saturno foi descrita pelo termo “Calor”, e a dos Globos do Período Solar como “Luz”, ou calor resplandecente, assim a característica principal dos Globos do Período Lunar pode ser descrita como “Umidade”. O ar, tal como o conhecemos, não existia então. No centro estava o núcleo ígneo, ardente. Próximo a ele e em consequência de contato com o frio do espaço exterior, havia umidade densa. Pelo contato com o núcleo ígneo central essa umidade densa transformava-se em vapor quente, que se lançava para a periferia, esfriava e tornava ao centro novamente. Por isso os cientistas ocultistas chamam “Água” aos Globos do Período Lunar, e descrevem a atmosfera daquele tempo como “Névoa Ígnea”. Esse foi o cenário do novo passo da vida que está evoluindo.

Então, durante outra Noite Cósmica, os Globos foram novamente transferidos a um grau mais abaixo, ficando o Globo mais denso situado na Região Química do Mundo Físico, como mostra o Diagrama 8.

Esse é o Período Terrestre e o Globo inferior e mais denso (o Globo D) é nossa Terra atual.

Os Globos do Período Terrestre estão situados nos quatro estados mais densos de matéria: a Região do Pensamento Concreto, o Mundo do Desejo e as Regiões Química e Etérica do Mundo Físico (veja-se o Diagrama 8). O Globo mais denso, o D, é nossa Terra atual.

Quando falamos de “mundos mais densos” ou de “estados mais densos de matéria”, deve-se tomar o termo em sentido relativo. Em caso contrário implicará numa limitação do Absoluto, o que seria um absurdo. Densidade e subtilidade, acima e abaixo, lesse e oeste são palavras de significação relativa ao nosso próprio estado ou posição.

A onda de vida aqui, como de costume, parte também do Globo A, depois da Noite Cósmica que se seguiu ao Período Lunar. No atual Período Terrestre já circulou três vezes em torno dos sete Globos e está agora no Globo D, em sua quarta Revolução.

Aqui na Terra, na atual quarta Revolução, há alguns milhões de anos atrás, alcançou-se a maior densidade de matéria – o nadir da materialidade. Daqui para diante a tendência é elevar-se para uma substância mais rarefeita. Durante as três Revoluções e meia que faltam para completar esse Período, as condições da Terra tornar-se-ão gradualmente mais etéreas, de forma que no próximo Período – o de Júpiter – o Globo D voltará, de novo, a localizar-se na Região Etérica, conforme estava no Período Lunar, elevando-se os demais Globos de modo correspondente.

No Período de Vênus estarão situados nos mesmos Mundos em que os Globos estavam no Período Solar. Os Globos do Período de Vulcano terão a mesma densidade e estarão situados nos mesmos Mundos em que estavam os Globos do Período de Saturno. Tudo isso é mostrado no Diagrama 8.

Quando a onda de vida completar sua obra no Período Terrestre e a Noite Cósmica que se seguirá tenha passado, fará suas sete Revoluções em torno dos Globos do Período de Júpiter. Seguir-se-á então a costumeira Noite Cósmica com suas atividades subjetivas; depois virão as sete Revoluções do Período de Vênus seguidos de outro repouso, e finalmente o último dos Períodos do nosso esquema atual de evolução – o Período de Vulcano. A onda de vida também fará suas sete Revoluções aqui, e no fim da última Revolução todos os Globos dissolver-se-ão. A onda de vida será reabsorvida por Deus durante um período igual ao empregado por todos os sete Períodos de atividade. Deus mesmo imergirá então no Absoluto durante a Noite Universal de assimilação e preparação para outro Grande Dia.

Outras evoluções maiores seguir-se-ão, mas só podemos tratar dos sete Períodos mencionados.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pregar o Evangelho

Ninguém, acendendo uma candeia, coloca-a em lugar secreto, nem debaixo do alqueire; mas no castiçal, para que os que entrem vejam a luz” (Lc 11: 33).

Vós sois a luz do mundo… Assim, resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus” (Mt 5: 14:16).

Quando alguém faz o compromisso consciente de seguir a Cristo, ele se torna uma luz que brilha em um mundo de trevas. Ou seja, começa a irradiar uma luminosidade espiritual que cresce com o tempo até se tornar esplendorosa e brilhante. A afirmação de que uma candeia é colocada à vista do público se refere ao fato de que o Cristão, de posse da luz espiritual, deve deixá-la brilhar diante de todos os seres humanos, a fim de que a luz possa ser acesa neles.

Assim, vemos que o indivíduo Crístico tem a obrigação de “pregar o Evangelho”. Os Cristãos que trabalham nos moldes da Fraternidade Rosacruz têm uma obrigação particular a esse respeito, por causa do seu conhecimento intelectual sobre assuntos espirituais, o que pode aumentar muito a eficácia da sua fé e de suas boas obras.

“Divulgar os Ensinamentos”, em sentido espiritual, refere-se a uma técnica baseada no princípio envolvido no exemplo de dois diapasões do mesmo tom. Quando um é tocado próximo ao outro, esse último começa a vibrar no mesmo tom daquele. Da mesma forma, a espiritualidade em um indivíduo evoca a espiritualidade do outro. Naturalmente, o primeiro deve possuir um grau de semelhança com o Cristo em si mesmo ou seus esforços para “pregar o Evangelho” ao segundo indivíduo não provocarão uma resposta espiritual.

Torna-se claro, então, que a dimensão espiritual deve ser buscada seriamente; do contrário, não teríamos um “Evangelho” verdadeiro para pregar. Promulgar um conjunto de escritos, o estabelecimento de organizações, a distribuição de livros ou a solicitação de aumento no número dos membros pode nos fazer acreditar que estamos cumprindo nossa obrigação; no entanto, a menos que experimentemos o Cristo como uma presença viva em nossas vidas diárias, tais atividades externas servem apenas para nos desviar da verdadeira obrigação, que é acender a luz em nossos corações e compartilhá-la.

Porque Deus, que ordenou que a luz brilhasse das trevas, brilhou em nossos corações para nos dar a luz do conhecimento da Sua glória na face de Jesus Cristo.” (IICor 4:6).

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho-agosto/1995 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Originalidade do Cristianismo

Deus esteve presente entre nós na forma de um homem, através do Filho, o Cristo. Jesus era o homem e a partir do batismo no Jordão passava a atuar o Deus-Homem, Cristo Jesus. Com a crucifixão no Gólgota, Cristo libertou-se do corpo de Jesus e incorporou-se à Terra. Esse foi um fato único na história que operou uma decisiva mudança em nosso planeta. Desde então a presença de Cristo é uma constante entre nós. “O amor de Cristo envolve a todos, não importa como a nós ou a Ele O chamarmos”.

E esse Sublime Ser que mudou nossa história, deixou-nos um profundo ensinamento espiritual em que se fundamenta a originalidade do cristianismo e o diferencia de outros sistemas filosóficos e religiosos que o precederam: é através do próximo que se chega a Deus.

Enquanto, tanto no oriente como no ocidente, se busca a Deus mediante orações, meditações, mística transcendental etc., Cristo Jesus nos exortar a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa é a chave de ouro, é a máxima que precisamos aprender em nosso atual período evolutivo e que nos capacitará a passarmos para o próximo.

O verdadeiro Amor é dar o melhor de nós sem esperar nada em troca. Quando sentimos sinceramente que em essência somos iguais a tudo que nos cerca e que somos partes integrantes de um todo maior, é sinal de que o Amor está nos ajudando a suplantar a ilusão da separação criada pela personalidade – a famosa dicotomia que nos faz crer que estamos separados dos demais e de Deus.

A pessoa que aprende a amar desinteressadamente a seu próximo, seja ele mineral, vegetal, animal ou outra pessoa, torna-se capaz de estender esse Amor também para os outros seres, em um processo gradativo cujo ápice é a conquista do AMOR UNIVERSAL.  “Então, não mais existirá em nós o que entendíamos ser a escuridão, pois andaremos na LUZ.”

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de setembro-outubro de 1993)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Educando Nossos Filhos (naturais ou espirituais) dos 14 aos 21 Anos

Quando acompanhamos o Espírito humano através de um Ciclo de Vida, do nascimento à morte e dessa ao renascimento, podemos ver quão imutável é a lei que governa cada um dos seus passos e quão rodeado ele se encontra pelo mais amoroso desvelo dos grandes e gloriosos Seres que são os ministros de Deus. Esse conhecimento é da máxima importância para os pais, já que uma boa compreensão do desenvolvimento que se efetua em cada período setenário capacita-os a trabalharem inteligentemente com a Natureza, podendo conquistar mais confiança do que aqueles pais que desconhecem os Ensinamentos dos Mistérios Rosacruzes.

O Corpo de Desejos é uma aquisição ainda mais recente do ser humano composto e só nasce em torno dos quatorze anos, na puberdade, enquanto a Mente só nasce em torno dos vinte e um anos, idade em que a lei reconhece e fixa a maioridade do indivíduo.

As tendências para a criança ser tentada em praticar o mal, de modo geral, não se manifesta até que o Corpo de Desejos nasça e suas correntes comecem a jorrar para fora do fígado. Essa é a época em que sentimentos e paixões começam a exercer domínio sobre o rapaz ou a moça, quando a matriz da matéria de desejos que protegia o nascente Corpo de Desejos é removida. Quando os desejos e emoções são libertados, o adolescente atinge o período mais perigoso de sua vida, aquele do ardor da juventude, entre os quatorze e os vinte e um anos. O Corpo de Desejos está, então, desenfreado e a Mente, como ainda não nasceu não pode atuar como um freio.

Nos seus primeiros anos de vida, a criança vê-se como uma propriedade de sua família, ela está subordinada aos desejos de seus pais e em maior grau do que após os quatorze anos. O motivo é que existe na garganta do feto e da criança uma glândula chamada Timo, a qual, sendo maior antes do nascimento, vai diminuindo de tamanho através dos anos da infância até desaparecer numa idade que varia de acordo com as características da criança. A finalidade desse órgão no corpo humano tem intrigado os anatomistas, que ainda não chegaram a um acordo sobre o seu verdadeiro papel. Supõem, contudo, que antes do desenvolvimento da medula dos ossos, a criança não é capaz de produzir seu próprio sangue e, portanto, a glândula Timo, contendo a essência fornecida pelos pais, responde pelo fabrico do sangue necessário desde os primeiros anos até a idade em que ela, já adolescente, possa produzi-lo por si mesma como parte da família e não como Ego. Mas a partir do momento em que passa a fabricar seu próprio sangue, o Ego inicia sua autoafirmação. Deixa então de ser “o menininho da mamãe” ou “a menininha do papai”, e passa a ter sua própria identidade. Chega então à idade crítica em que os pais começam a colher o que semearam. A Mente ainda não nasceu; nada mais consegue deter a natureza de desejos; e tudo passa, pois, a depender dos exemplos ministrados por eles ao adolescente em seus primeiros anos de vida. Nesse período, a fase da autoafirmação, o sentimento de “Eu sou eu” é mais forte do que em qualquer outra idade e, portanto, as ordens autoritárias devem ceder lugar a conselhos. É o tempo em que devemos ensiná-lo a investigar as coisas por conta própria e desse modo fazê-lo formar opiniões individuais a respeito. Procuremos gravar sempre nele a necessidade de investigar cuidadosamente antes de julgar e, também, o fato de que quanto mais fluídicas ele puder conservar suas opiniões, mais capacitado estará também para examinar novas ideias e adquirir novos conhecimentos.

Reafirmamos isso porque tão logo a criança alcance a puberdade e comece a produzir seus próprios corpúsculos de sangue, então ouvimos a menina ou o menino dizer: “Eu” quero fazer isto ou “Eu” quero fazer aquilo. Daí por diante as crianças começam a afirmar sua própria identidade e começam a emancipar-se da família. Através dos anos da infância, tanto o sangue, como o corpo, sendo uma herança dos pais, fazem com que as tendências para as doenças também estejam presentes. Não as doenças propriamente, mas apenas as tendências. Após os quatorze anos fica dependendo, em grande parte, do próprio Ego, a manifestação ou não dessas tendências em sua vida.

Na maioria das vezes esse é um período de provas, que não chega a ser tão difícil para o jovem que aprendeu a reverenciar seus pais ou mestres, pois esses podem, então, ser para ele uma âncora de apoio contra a erupção de seus sentimentos. Se ele se habituou a confiar na palavra dos mais velhos, e esses sempre lhe deram ensinamentos sábios, ele terá desenvolvido um inerente senso da verdade que o guiará com segurança. Porém, na mesma medida, se houve falha nisso, poderá estar sujeito a situações perigosas.

Assim, durante o período da adolescência os pais precisam ser tolerantes ao máximo, pois em nenhuma outra época o ser humano necessita tanto de simpatia quanto nos 7 anos que medeiam os 14 e os 21 anos, quando a natureza de desejos é irreprimível.

Para o adolescente que foi educado desde criança segundo os princípios de educação Rosacruz expressos pelos métodos resumidos de dos zero aos sete anos (veja mais detalhes aqui: https://fraternidaderosacruz.com/educando-nossos-filhos-naturais-ou-espirituais-dos-0-aos-7-anos/) os dois lemas que se aplicam nesse período são um para os pais e outro para a criança: Exemplo e Imitação; e dos sete aos quatorze anos (veja mais detalhes aqui: https://fraternidaderosacruz.com/educando-nossos-filhos-naturais-ou-espirituais-dos-7-aos-14-anos/): Autoridade e Aprendizado, esse período não será tão crítico, uma vez que seus pais podem, então, significar o amparo que ele precisa para superar os obstáculos próprios dessa fase até a maioridade, quando nasce a Mente.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Perigos Físicos e Espirituais do Cigarro e das Drogas

Interessante o artigo publicado na “Seleções do Reader’s Digest “ (de  abril de 2002), onde uma equipe de cientistas pesquisaram sobre quais os motivos que levam crianças à decisão de fumar.

Entre os motivos de rebeldia e de pais fumantes, a pesquisa mostrou um outro fator surpreendente: uma ligação direta entre a quantidade de cigarros que as crianças vêem nos filmes, e a decisão de tentarem fumar.

A equipe de cientistas liderados por um pediatra, Dr. James Sargent do Centro Médico de Dartmouth, questionou quase 5.000 estudantes na idade entre 9 a 15 anos, sobre filmes que já haviam assistido. A equipe calculou então o número de cenas que envolviam cigarros em cada um destes filmes.

As crianças expostas ao maior número dessas cenas se mostram 2,5 vezes mais propensas a começarem a fumar do que as menos expostas.

Aqui há dois fatores que poderemos analisar à luz dos Ensinamentos Rosacruzes:

  1. Estre os estudantes de  9 a 15 anos (idade das crianças que passaram pela pesquisa) já estava formado o Corpo Vital em cada um deles, onde sua nota chave é a repetição, tanto para práticas salutares como para vícios.
  2. Cigarro causa uma consequência tanto física como espiritual.

Às consequências físicas que o cigarro causa aos fumantes, é de conhecimento de todos, vamos pois analisar os efeitos do tabagismo sob o ponto de vista espiritual.

Max Heindel, na obra “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Volume 2, pergunta 138”, nos informa que certa vez estava ele no Templo (etérico) Rosacruz na Alemanha quando ficou surpreso ao ver um homem que tinha conhecido nos Estados Unidos. Ambos conversaram um certo tempo, estando os dois em seus respectivos Corpos Etéricos. Ao voltar à América, Max Heindel encontrou-se (fisicamente) com aquele Sr., e comentou com ele sobre o encontro dos dois no Templo Rosacruz. Qual não foi a surpresa de Max Heindel ao ser informado por aquele homem de que ele não lembrava-se do encontro ou de sua estada no Templo.

Max Heindel nos informa que, apesar de ser um Irmão Leigo, aquele Sr. fumava cigarros e usava drogas que lhe obscureciam o cérebro, a tal ponto que lhe era impossível recordar algo de suas experiências fora do Corpo Denso.

Após ser aconselhado a deixar estes vícios, aquele homem passou um certo tempo de abstinência, mas não conseguiu dominar totalmente o vício, ficando impedido de qualquer tipo de conscientização da vida superior.

Este fato nos exorta a considerar nosso corpo como o Templo de Deus, como está inserido no lema Rosacruz, “Uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são”.

(Colaboração do Centro Rosacruz de Santo André-SP, publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – mai-jun/2002)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Templo de Salomão

No Primeiro Livro dos Reis, capítulo 6 e no Segundo Livro dos Reis, capítulo 7 podemos ler: “No ano 480 depois de sairem os filhos do Israel do Egito, Salomão no ano quarto do seu reinado, no mês de Zive começou a edificar a casa do Senhor. A casa que o rei Salomão edificou ao Senhor era de 60 côvados de comprimento, 20 de largura e 30 de altura. Edificava-se a casa com pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. Depois levantou as colunas no pórtico do templo, tendo levantado a coluna direita, chamou-lhe Jaquim e tendo levantado a coluna da esquerda, chamou-lhe Boaz”.

A passagem bíblica da construção do Templo de Salomão em Jerusalém reveste-se de riquíssima simbologia e alegoria. Existe uma relação cósmica entre as medidas da edificação: 60 x 20x 30 = 36.000 (3+6+0-0+=9). Nove é o “número do ser humano” conforme Max Heindel afirma no Conceito Rosacruz do Cosmos. O Templo de Salomão diz respeito a nós e ao nosso desenvolvimento espiritual.

A tradição esotérica estabelece uma relação entre as duas colunas do templo, Jaquim e Boaz, e as duas colunas que precediam os israelitas quando atravessaram o deserto. De noite uma coluna de fogo iluminava sua marcha. De dia uma nuvem os protegia do Sol escaldante.

O Templo não poderia ser construído durante a peregrinação no deserto. No deserto só havia areia e a construção não teria estabilidade. Além disso, tratava-se de um povo nômade, sempre marchando em busca da Terra Prometida. Lá chegando, depois de muito tempo foi possível erigir o templo, através da sabedoria de Salomão.

No Primeiro Livro das Crônicas, capítulo 3, diz-se que “Começou Salomão a edificar a casa do Senhor em Jerusalém, no monte Moriá”. Segundo a tradição judaica, o monte Moriá era uma rocha enorme. A rocha simboliza a verdade. As areias do deserto simbolizam as ilusões, as fantasias. O Templo de Salomão foi construído silenciosamente sobre a firmeza de uma rocha.

O Templo de Salomão simboliza a nossa consciência espiritual, formada ao longo de muitos renascimentos, muitas experiências e muitos sofrimentos. Esse trabalho é silencioso (sem ruídos de martelo), anônimo e, consequentemente, ignorado pela maior parte da Humanidade. Não obstante, é a atividade mais importante e fundamental da vida. Hora após hora, momento após momento, errando, acertando e sofrendo, vamos erigindo a nossa consciência espiritual.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de julho-agosto de 1993)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 7 – O Período de Saturno

Aproveitemos esse primeiro diagrama sobre Esquema da Evolução e definamos alguns conceitos da terminologia Rosacruz. Isso muito ajudará ao Estudante Rosacruz no entendimento do Caminho, Obra, Esquema da Evolução.

Nesse Esquema de Evolução está inserido um Caminho da Evolução e tudo isso compõe a Obra da Evolução.

Não será demais fazer aqui uma recomendação relativa aos diagramas empregados como ilustração.

O Estudante deve recordar que não pode nunca ser exato o que é reduzido das suas reais dimensões. O desenho de uma casa pouco significaria se nunca tivéssemos visto uma casa.

Nada mais veríamos no desenho do que linhas e manchas e não nos sugeriria significado algum.

Os diagramas empregados para ilustrar as coisas suprafísicas são representações muito menos verdadeiras do que o desenho citado.

As três dimensões do desenho da casa foram reduzidas somente a duas, enquanto os Períodos, Mundos e Globos são realidades de quatro a sete dimensões.

Logo, os diagramas de duas dimensões com que se intenta representá-los estão muito longe da realidade!

Devemos ter sempre em mente que esses Mundos se interpenetram, que os Globos se interpenetram e que o modo como aparecem nos diagramas é análogo ao retirar todas as peças de um relógio, colocando umas ao lado das outras, para mostrar o modo dele indicar as horas.

Para que esses diagramas sejam de alguma utilidade para o Estudante é necessário que deles forme uma concepção espiritual. Caso contrário, mais servirão para confundir do que para iluminar.

Um Globo é um Campo de Evolução, ou seja: um local com um ambiente completo e condições perfeitas para a EVOLUÇÃO de inúmeras Ondas de Vida.

No atual DIA DE MANIFESTAÇÃO percorremos 7 GLOBOS de diferentes Densidades, ou seja: 7 Campos de Evolução diferentes!

A cada um desses Globos nomeamos com uma letra. Começa com a letra A e vai até a letra G.

Repare que a ordem sempre será essa, em qualquer Período que estejamos:

– sempre os Globos A e G serão os mais sutis, ou seja, ocuparão o Mundo, ou a Região desse Mundo que possuem a matéria mais sutil, menos densa, mais espiritualizada do que todos os outros 5 Globos

– sempre o Globo D será o mais denso, ou seja, ocupará o Mundo, ou a Região desse Mundo que possui a matéria mais inferior, mais densa, menos espiritualizada do que todos os outros 6 Globos

– sempre os Globos B, C, E e F serão os “de passagem”, intermediários, ocupando Mundos cujas matérias não são tão densas com o do Globo D e nem tão sutis como as dos Globos A e G.

Cada Globo ou cada Campo de Evolução possui diferentes e perfeitas condições para:

•        Praticar as ações, atos e obras

•        Aprender as lições resultantes dessas ações, atos e obras

•        Assimilar os resultados dessas lições aprendidas

•        Incorporar a quinta essência dessas lições nos nossos veículos

Uma Revolução é uma volta completa pelos 7 Globos ou a passagem pela onda de vida evolucionante (a nossa, por exemplo) UMA VEZ por todos os 7 Globos, em 3 Mundos ou de Regiões desses Mundos de diferentes densidades.

Veja que o que nós mergulhamos em densidade na metade da Revolução, indo do Globo A até primeira metade do Globo D, nós nos elevamos desde a segunda metade do Globo D até o Globo G.

Repare também que descemos conquistando os Mundos e Regiões na metade da Revolução, indo do Globo A até primeira metade do Globo D.

Depois nós assimilamos totalmente a aprendizagem desde a segunda metade do Globo D até o Globo G.

Uma Revolução, do ponto de vista desse momento temporal, varia e pode levar bilhões de anos.

Primeiramente, uma parte da evolução realiza-se no Globo A, situado no Mundo 1, o mais sutil dos Mundos desse Período.

Gradualmente, a vida evolucionante vai-se transferindo ao Globo B, situado no Mundo 2 (aqui podendo ser uma Região de um Mundo), um pouco mais denso, onde se realiza um novo grau de evolução.

Em devido tempo, a vida evolucionante está pronta para entrar no Globo C, situado e composto de substância ainda mais densa do Mundo 3 (aqui podendo ser uma Região de um Mundo).

Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a onda de vida segue até o Globo D, situado e formado de substância mais densa (aqui podendo ser uma Região de um Mundo).

Este é o grau mais denso de matéria alcançado pela onda de vida durante o Período.

Esse é o estado involucionário e a substância dos Mundos faz-se cada vez mais densa e, ao longo do tempo, tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido.

Desse ponto a onda de vida é levada para cima novamente, ao Globo E que está situado na região menos densa do Mundo 3 (aqui podendo ser uma Região de um Mundo), tal como estava o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas.

Mas, como o caminho evolutivo é composto de espirais dentro de espirais, ainda que se passe por idênticos pontos, não se apresentam nunca as mesmas condições, mas outras, em plano superior e mais avançado.

Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte no Globo F, situado, como no Globo B, no Mundo 2, dali subindo ao Globo G.

Perceba: do Globo A à metade do Globo D mergulhamos em matéria de crescente densidade. Chamamos essa parte da Revolução de: Involução de uma Revolução.

Exatamente na metade do Globo D atingimos o nadir: o ponto mais denso dessa Revolução. Daqui para frente o caminho só nos leva a campos de evolução menos densos, mais sutis.

Assim, da metade do Globo D até o Globo G nos elevamos em matéria de decrescente densidade, de maior sutilidade. Chamamos essa parte da Revolução de: Evolução de uma Revolução.

Resumindo até aqui: quando se efetuou esse trabalho, a onda de vida deu uma volta em torno dos sete Globos, primeiro para baixo e depois para cima, através dos quatro Mundos.

Esta jornada da onda de vida denomina-se uma Revolução.

Agora vamos estudar o conceito de Período: sete Revoluções pelos sete Globos em 3 Mundos ou Regiões desses Mundos de diferentes densidades formam um Período.

Assim, quando a onda de vida completou sete voltas em torno dos sete Globos, ou sejam sete Revoluções, termina o Período.

Note que em cada Período há um ponto por onde entramos no Período  – sempre pelo Globo A – e um ponto onde saímos do Período – sempre pelo Globo G.

Vamos ver agora um exemplo de um Período completo:

O Período de Saturno é o primeiro dos sete Períodos. Nesse primeiro estágio os Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma. Conforme mostra o Diagrama 7, esse impulso evolutivo dá sete voltas ao redor dos sete Globos, A, B, C, D, E, F e G, na direção indicada pelas setas.

Primeiramente uma parte da evolução se realiza no Globo A, situado no Mundo do Espírito Divino, o mais sutil dos cinco mundos que formam o nosso campo de evolução. Então, gradualmente, a vida que está evoluindo é transferida ao Globo B, que se situa no Mundo do Espírito de Vida, algo mais denso, onde ela passa por outro estágio evolutivo. No devido tempo, a vida que está evoluindo está pronta para entrar na arena do Globo C, composto da substância ainda mais densa da Região do Pensamento Abstrato, onde está situado. Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a onda de vida segue até o Globo D, formado da substância da Região do Pensamento Concreto, onde também está situado. Esse é o grau mais denso de matéria alcançado pela onda de vida durante o Período de Saturno.

Desse ponto a onda de vida é levada para cima novamente, ao Globo E, situado na Região do Pensamento Abstrato tal como o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas. Esse é o estágio involucionário de modo que a substância dos mundos se faz cada vez mais densa. Ao longo do tempo tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido. Entretanto, como o caminho evolutivo é uma espiral, é claro que, ainda que se passe pelos mesmos pontos, nunca mais se apresentam as mesmas condições, mas outras em plano superior e mais avançado.

Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte para o Globo F, situado no Mundo do Espírito de Vida como o Globo B, dali subindo ao Globo G. Quando se efetuou esse trabalho, a onda de vida deu uma volta em torno dos sete Globos; uma vez para baixo e outra para cima, através dos quatro Mundos, respectivamente. Esta jornada da onda de vida denomina-se uma Revolução, e sete Revoluções formam um Período. Durante um Período a onda de vida dá sete voltas descendo e subindo através de quatro Mundos.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o primeiro Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Solar.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Palavra Criadora

A) Na Bíblia, no Gênesis, Capítulo 1, Versículo 1, encontramos: “No princípio Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Disse Deus: Faça-se a Luz e a luz foi feita”.

B) No evangelho de São João, Capítulo 1, Versículo 1, lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus”.

No Versículo 14, complementa-se: “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos sua glória, a glória que um Filho Único recebe do seu Pai cheio de graça e de verdade...”.

C) Ainda em São João, no Capítulo 19, Versículo 30 lemos: “Havendo Jesus tomado do vinagre disse: TUDO ESTÁ CONSUMADO! (Consumatum est). Inclinou a cabeça e rendeu o espírito”.

No “Conceito Rosacruz do Cosmo”, temos no Capítulo 16: “A Palavra Criada”.

“A Mente é o instrumento mais importante que o espírito possui, um instrumento especial na obra da criação. A laringe espiritualizada e perfeita, falará a Palavra Criadora, mas a Mente aperfeiçoada decidirá quanto à forma particular e volume de vibração. A Imaginação será a faculdade espiritualizada que dirigirá a criação.

… Atualmente só podemos formar imagens mentais que tenham relação com a forma, porque a Mente humana começou seu desenvolvimento neste Período Terrestre, e está no estado ou forma “mineral”. Por esse motivo, nossos labores estão limitados às formas minerais…

…Seguir-se-á um longo intervalo de atividade subjetiva durante o qual os Espíritos Virginais absorverão todos os frutos do período setenário de Manifestação. Passado esse intervalo, submergir-se-ão em Deus, de Quem vieram, para ao alvorecer de outro Grande Dia, reemergirem como seus Gloriosos Colaboradores. Durante a passada evolução as possibilidades latentes foram transmutadas em poderes dinâmicos. Tendo adquirido Poder de Alma e Mente Criadora, frutos de sua peregrinação através da matéria, terão avançado da impotência à onipotência, da ignorância à onisciência.”

Em “Estudos de Astrologia”, de Elman Bacher, tomo I, Capítulo VII, temos:

O Planeta Mercúrio – A faculdade do intelecto por meio da qual interpretamos, identificamos, classificamos, analisamos e avaliamos as coisas da Terra, atribui-se simbolicamente ao planeta Mercúrio. Representa, como Princípio da Identificação, o “dar nomes” (Adão dava nome à criação), a “criação de palavras”, e a objetivação dos pensamentos em palavras e escritas. É o símbolo da comunicação e da percepção conscientes.

A substância que chamamos mercúrio é pesada, entretanto é de qualidade liquescente; nossos pensamentos quando estão desorganizados ou desfocados são também liquescentes e passageiros. Indo rapidamente de uma impressão a outra, de “cima-baixo”, “sim-não”, “quente-frio”. Entretanto, quando nossos padrões de pensamento estão organizados, temos a faculdade de decidir definitivamente e incorporá-los em uma espécie de exteriorização concreta definida, em palavras isoladas ou em suas extensões em orações (frases). Essa exteriorização é o que chamamos de linguagem – a faculdade universal da incorporação do pensamento. A liquescência de Mercúrio se vê de muitas maneiras pelas quais se pode identificar uma coisa específica: sua precisão se observa na “solidez” com que é identificada uma palavra ou oração específica.

Mercúrio identifica o abstrato assim como o concreto. É por meio de Mercúrio que compreendemos o concreto, mas é por meio de outras faculdades planetárias que entendemos o abstrato. Mercúrio, entretanto, é a raiz básica do nosso desenvolvimento, de compreensão, desde o mais concreto, literalmente, até o mais intangível abstrato.

Analisemos o símbolo planetário de Mercúrio:

Uma cruz (matéria, manifestação, estrutura, concreto, encarnação) e sobre ela um círculo (perfeição, terminação) que por sua vez tem sobre si um semicírculo voltado para cima (instrumentação, receptividade de instrução ou inspiração).

Diz-se que os Senhores de Vênus e os Senhores de Mercúrio foram os mestres que instruíram a humanidade nascente, nos princípios da linguagem, artes e ofícios e as ciências, pelas quais a humanidade aprendeu a funcionar com eficácia sempre crescente no mundo material. Em resumo, Mercúrio é o elo (mensageiro) entre os deuses (princípios) e a humanidade. É por meio de Mercúrio que nós aprendemos primeiro a natureza objetiva e qualidade das coisas e logo a consciência dos princípios abre essa nossa consciência à realidade subjetiva, em ambas as oitavas estamos aprendendo. À primeira nos integramos por meio da identificação, na segunda conhecemos mediante a experiência que dá a compreensão.

São manifestações de Mercúrio: aprender a falar, ler e escrever em outros idiomas. Representa, como faculdade da razão, a raiz por meio da qual se aprende a Lei de Causa e Efeito. A Mente consciente observa o mundo material, de onde desenvolve uma consciência da exteriorização de causas internas.

Resumindo, devemos utilizar objetivamente as qualidades de Mercúrio, sem emoção e de forma concisa. Fatos, não crenças; exposições, não implicações; provas realizáveis, não simplesmente utilizá-las às cegas e credulamente aceitas pela preguiça mental.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de julho-agosto de 1993)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sugestão para o seu Exercício Esotérico de Meditação nesse período: A Parábola dos Talentos

Touro é essencialmente a Hierarquia do Destino Maduro. Nos últimos dias dessa Era, tanto os indivíduos como as nações estão limpando suas dívidas de Destino Maduro, precisamente sob esse Signo, assistido pelo seu oposto Escorpião, para a preparação do futuro Novo Dia. A guerra foi acertadamente descrita como uma operação da catarata espiritual. E, se bem que é um terrível flagelo, é também um meio de limpeza inexorável. Por isso nossos dias estão cheios de guerras e de rumores de guerra.

A Parábola dos Talentos é uma lição sobre o renascimento e sobre o Destino Maduro. Um grande nobre foi a uma país longínquo para reclamar o seu reino. Antes de partir chamou os seus dependentes e lhe confiou a cada um deles uma certa quantidade de talentos. Depois de uma longa ausência, ele voltou e os convocou para que eles pudessem lhe prestar contas. O primeiro devolveu os talentos, mas duplicados. “Bem-feito, bom e fiel servidor”, comentou o amo. O segundo apresentou seus talentos com um pequeno ganho, de modo que recebeu, também, a benção do amo. O terceiro servo, que havia recebido só um talento e o havia enterrado, lhe devolveu a seu chefe dizendo: “Tive medo e fui esconder meu talento na terra, assim que aqui tem o que é teu”. Ao que seu amo respondeu: “Tu, servo preguiçoso e malvado…ponham esse servo improdutivo para fora, nas trevas”. A isso seguiu a norma crítica do Mestre: “Porque ao que tem lhe será dado, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”.

Essa parábola se refere ao ciclo de vidas terrenas. O propósito de cada peregrinação consiste em que cada ser humano conquiste mais poder anímico, mais vida anímica e mais luz anímica.

Cada talento que o ser humano traz de suas encarnações anteriores há de ser incrementado, ou sua vida será estéril. O primeiro servo, a quem foi dado dez talentos, representa a alma velha que, através de muitas encarnações, conseguiu uma rica colheita de poderes anímicos. Em cada nova vida aprende novas lições, especialmente por meio da meditação, da contemplação e do trabalho, avançando, tanto nos planos internos como no externo. O segundo servo, que recebeu cinco talentos, representa uma alma mais jovem na escola evolutiva de Deus. Está aprendendo suas lições principalmente por meio das atividades nos planos físicos. Sua vida se centra, principalmente, nos cinco sentidos. Note-se que cinco é um número da atividade, enquanto dez é a união do “1” (masculino) com o “0” (feminino), trabalhando ambos harmonicamente. Esse segundo servo representa o estado evolutivo da grande massa da humanidade.

O terceiro servo, que por medo enterrou o único talento que recebeu, representa os que ainda não estão totalmente despertos espiritualmente e se encontram centrados somente nos interesses do “eu mortal”. O fato de ser jogado na obscuridade exterior não é uma maldição, mas o modo de trabalhar da lei divina, pois somente por meio do sofrimento e do trabalho o ser humano pode despertar a natureza superior. Afinal “Antes que os pés possam pousar ante a presença do Mestre, hão de ser lavados com o sangue do coração”.

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