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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Misericórdia, a Piedade, a Paz e o Amor

Quanto a misericórdia, a Primeira Epístola de São Paulo a Timóteo nos ensina, referindo-se a ele mesmo:

“… a mim que anteriormente fui blasfemo, perseguidor e insolente; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade.” (ITim 1:13).

É, na verdade, uma virtude saber mostrar misericórdia aos ignorantes. Quantas vezes por dia nos tornamos perturbados – e com razão – por causa daqueles que não se importam com pessoa alguma e desconhecem o próximo.

Quando um carro nos “corta” subitamente, numa rodovia, qual é a nossa reação? É de raiva ou desdém? Quando, em uma reunião, ouvimos alguém fazer um comentário que para nós não é totalmente válido, por estar sendo encarado do ponto de vista terreno, condenamos esse alguém por sua ignorância ou rimos pela sua falta de compreensão?

Quando vemos um criminoso na T.V. ou lemos sobre ele nos jornais, qual é nossa reação? Dizemos: “bem-feito, era isso que ele merecia”, esquecendo que ele é fraco e está perdido num mundo sensacionalista do crime?

Se respondermos “sim”, com toda a honestidade, a qualquer dessas perguntas, então somos fracos, ignorantes e negligentes em relação aos outros. Ter misericórdia é conscientizarmo-nos da fraqueza do próximo e ajudá-lo com compreensão, enviando-lhe pensamentos positivos, ao invés de negativos. Misericórdia exige que uma coisa esteja ativa: o autoesquecimento, uma vez que encontramos em nosso desdém, raiva e improbidade, um elemento de nosso “Eu inferior” (Personalidade) que, no caso, age como juiz – nós nos arvoramos em juízes. É fácil que nos deixemos “cair” nesse estado de ignorar os outros, até porque estamos cercados de outras pessoas que não ligam para ninguém. No entanto, isso não nos isenta de culpa; somos tão culpados quanto aqueles que nos cercam. Deveríamos, portanto, tentar nos precaver contra esses hábitos, à medida que eles começam a dominar nossos pensamentos, nossos sentimentos, desejos, nossas emoções, palavras, nossos atos, nossas obras e ações.

Uma maneira de começar a trabalhar nisso é dizer-nos, quando alguém nos empurra ao passar por nós: “Quantas vezes já me senti culpado por isso; quantas vezes agi dessa forma?” – lembrando o quanto temos que mudar. Se procurarmos com verdadeira seriedade, descobriremos que nosso desdém, raiva e improbidade refletem uma única coisa: egoísmo.

Assim, misericórdia, segundo Timóteo, é o perdão da ignorância ou do egoísmo. Se pudermos perdoar aqueles que nos ofendem, encontraremos uma compreensão em nosso caráter, pois, aquilo que damos, também conservamos. Se dermos compreensão e misericórdia, retemos a compreensão sob a forma de conhecimento e grandeza interior. Tente agir assim e descobrirá que quanto mais ajudar os outros sob esse aspecto, mais aprenderá sobre você mesmo.

Na verdade, o objetivo de “viver a vida” não devia ser rebaixado a ponto de só se “dar” se houver recompensa. Porém, se seguirmos a fórmula mencionada anteriormente, sentiremos uma reação bastante marcante: quanto mais nos conhecemos, mais procuramos servir nossos irmãos e nossas irmãs. Quanto mais sentirmos a nossa Individualidade atuar em nós, mais perceberemos que estamos aqui para ajudar os outros e, com alegria e regozijo, colocaremos toda nossa energia nisso.

A seguir vem a piedade. O que é piedade? Segundo o Dicionário, piedade é “tristeza pelo sofrimento e desgraça alheia”.

O que isso significa para nós? Para aqueles que anseiam uma vida espiritual, significa muitas coisas que a maioria das pessoas nem percebe. Piedade é o primeiro passo para a compaixão. Precisamos ser capazes de sentir a dor alheia. Como Parsifal (o ser puro que almeja uma vida superior, personalizado na obra Parsifal de Richard Wagner), precisamos sentir a tentação e a dor da “queda”, pois, sem a compreensão do fracasso e da vitória, não poderemos dar consolo àqueles que foram tentados. Piedade, então, deve ser a capacidade de sentir o sofrimento ou a desgraça alheia, como foi definido acima.

Mas, como podemos compreender isso? Como podemos sentir a dor de outra pessoa? Uma das melhores maneiras é através das nossas próprias experiências; o que sentimos em determinada situação poderá ser transmitido para outro, em situação similar. Mas, como nos sentimos quando não experimentamos uma situação similar? O que poderá nos despertar para os sentimentos alheios? O que poderemos usar como modelo?

Sabemos que no passado remoto da nossa existência devemos ter sentido, provavelmente, todas as mágoas, todas as tristezas que alguém possa sentir. Mas, isso não está à nossa disposição assim tão prontamente, de maneira que precisamos encontrar um meio que nos faça lembrar, talvez não detalhadamente, esse sentimento do passado.

Uma maneira ou modelo é a imaginação. Ao nos colocarmos no lugar de outro, talvez possamos perceber como ele se sente e daí, então, compreender seu dilema. “O ser humano é aquilo que seu coração diz”. Se pensarmos ou imaginarmos aquilo que uma determinada pessoa está passando na vida, através de nossa própria experiência nesta vida, seremos capazes de despertar, em nós, a compreensão e o sentimento latente de amor por aqueles que sofrem e são desafortunados.

Descobrimos, assim, um modelo para nos ajudar a sentir piedade e, também, compreensão para a tristeza alheia. Mas, o que significa piedade para nós, em se tratando de grau de evolução? Piedade é um termômetro dos nossos próprios sentimentos, visto que para sentir piedade de alguém, no sentido mais verdadeiro da palavra, precisamos conhecer e estar conscientes dos nossos próprios sentimentos. Mas, sentir piedade é dar um passo mais adiante do que simplesmente sentir pena pela tristeza alheia, pois, nos leva a uma compreensão superior e a maior compaixão.

Quando sentimos “pena” de um amigo ou de uma amiga doente ou de alguém com problemas emocionais, talvez o abracemos e digamos: “Oh! coitadinho!”. Mas isso adianta? Isso lhe dá coragem para continuar vivendo? Talvez, não sei. Mas, quando sentimos uma compreensão ou compaixão verdadeira e desejo de ajudar a minorar o sofrimento diremos: “Está bem, você está doente e precisa de ajuda, o que você quer, o que você pretende fazer?”.

É uma ajuda e um conforto deixar alguém chorar nos nossos ombros, mas, só ajudaremos se fizermos algo para que ele possa vencer sua dificuldade. Há muitas pessoas no mundo que sentem pena dos animais, que até fundaram sociedade para protegê-los contra maus tratos. Mas, essas pessoas continuam comendo essas mesmas criaturas que eles intencionam salvar (ou animais de estimação são “diferentes” dos outros animais, apesar de pertencerem ao mesmo Reino, a Onda de Vida Animal?). Isso é piedade? Compaixão? Até certo ponto talvez, mas será verdadeira quando puderem dizer “eu sinto tanto por eles que estou preparada a renunciar comê-los”. A verdadeira piedade é o desejo de sacrificar ou desistir de algo, por uma ideia. Sentimos muito quando uma pessoa está doente, mas se dermos muita atenção a essa pessoa, ela poderá ficar doente por muito tempo, só pela atenção que lhe damos. Descobrimos, então, que precisamos controlar nosso sentimento pessoal de piedade e ajudá-lo, com amor e inteligência.

Compaixão também tem severidade, mas com a finalidade de ajudar, de algo bom. Sentimos a dor alheia, mas sabemos que ela precisa ser superada e a pessoa tem que lutar para que a saúde vença. Ajudar a pessoa a lutar, com firmeza e interesse.

Uma ótima ajuda e que realmente ajudará a pessoa doente ou enferma é solicitar a ela que se inscreva no Departamento de Cura de um Centro Rosacruz que o possua (mais informações, encontre aqui: Como os Rosacruzes Curam os Enfermos e aqui Como Funciona a Cura Rosacruz e como Solicitar Auxílio.

Vemos, então, que piedade é um passo que nos leva a um melhor entendimento de nós mesmos e a nossa capacidade de ajudar o próximo.

A seguir vem a paz, algo que todos nós almejamos. Thomas Kempis nos diz sobre a paz: “Poderíamos aproveitar a paz se não nos preocuparmos com o que os outros dizem ou fazem, pois isso não é de nossa alçada”.

Como alguém pode ter paz por um longo período se ele se intromete sempre na vida dos outros; vagueia sem sossego e não se esforça em perdoar?

Se procuramos o mundo e seus supostos tesouros, certamente não podemos esperar paz em nossas Mentes e em nossos Corações. A única paz verdadeira é a quietude que nos cerca, onde quer que estejamos ou o que for que estivermos fazendo.  A chave para essa paz é sermos honestos. Quando alguém possui essa virtude de verdade, ele está em paz. Mas, o que é a honestidade? Na verdade, enquanto estivermos procurando as muitas diversidades do mundo não podemos estar em paz. Mesmo que nos concentremos em um único objetivo no mundo como ter um carro novo ou uma nova televisão ou um cargo mais alto no trabalho, a paz dura somente até o momento em que aquilo for alcançado; aí passaremos a procurar outra coisa. Consequentemente, o que devemos procurar não está no mundo. Deve estar, se é que está, em algum lugar, dentro de nós.

Quando procuramos essa paz interior, um novo mundo se abre, o mundo de Cristo. Dentro de cada um de nós há essa chama de Luz e quando encontrada, a televisão, o carro, o cargo no trabalho terão a sua validade, mas não como antes, isto é, não serão mais uma pedra dentro da nossa alma. O que realmente estávamos procurando em todas essas coisas era o Maná para saciar uma fome que não sabíamos definir. Perceberemos que, dentro de nossas almas, há desejos e a única maneira de saciar essas dores interiores é a consolação interior. O alimento dessa consolação é a Luz. Podemos perguntar: “o que preciso fazer para conseguir essa fonte interior de alimento e de onde vem esse alimento?” Em poucas palavras podemos dizer: “Orando e vivendo a vida em sua plenitude”.

A prece procura nos elevar a esferas que crescem tanto quanto nós e ainda mais do que nós mesmos, à medida que somos capaz de compreendê-la. Essa grandeza é a expansão eterna, é o nosso desenvolvimento espiritual.

Paz, então, é prece, mas prece que expande e alerta o Espírito – a Individualidade –, além dos confins da Terra, para a realização do todo. Fomos ensinados a orar sem parar e isso é viver a vida (como São Paulo nos ensina); procurar o Cristo Interno e viver de acordo com aquelas Leis de Deus, do qual somos toda uma parte. Quando nossa vida for honesta, para perceber as maravilhas de Deus, teremos paz. Uma paz que supera toda compreensão.

Agora é a vez do maior sentimento de todos: amor. O que se pode dizer sobre amor? Muitas coisas foram ditas sobre amor e todos os anos na época do Natal sua forçaestá mais perto do que imaginamos. Na Noite da Véspera do Natal (Noite Santa) celebramos o simbólico “nascimento do corpo de Jesus” e para a maioria das pessoas, isso é suficiente; suficiente para encher-lhes o coração por algum tempo, com o espírito de dar. Para alguns é a época de comidas sofisticadas, luzes, presentes, reuniões mundanas e enfeites de Natal. Para muitas pessoas é uma época agitada, ocupada em coisas só materiais. É uma época agitada porque há algo mais no ar do que só “pinheiros e comidas”. Há o Cristo!

Cristo, agora, está entre nós, mais próximo do que o ar. Não é dizer que Ele está conosco somente no Natal, mas agora é uma época muito especial porque Ele nos prestou um dos mais lindos serviços que se possam encontrar. Ele nos deu Seu dom de liberdade e está, agora, nos mostrando o caminho para a libertação, embora esteja preso no interior da Terra. Tudo isso e mais ainda. O que Ele está mostrando com o dom da liberdade é o Amor. É aquela força libertadora que abre as correntes e soltas as amarras da Terra. Não aquele tipo de amor que diz que “você é meu e eu sou sua”, mas aquele tipo de amor que diz estarmos aqui para nos ajudar mutuamente a crescer, de modo a podermos nos entender conscientemente. Aprenderemos, pela experiência, que somos um no amor, um individualmente, mas provenientes da mesma fonte.

William Blake diz que “somos postos na Terra para gerar os raios do amor”. Isso é verdade. Precisamos tornarmo-nos flexíveis para a ginástica da vida e quanto mais resistência tivermos, mais fortes serão nossos músculos. Temos que tomar conhecimento das coisas gradualmente, entendê-las bem e estar preparados a resolvê-las quando nos colocarmos em contato com elas. Até atingirmos o ponto de expansão interior, nossa cura é vagarosa, nossos corações não podem, ainda, suportar a verdadeira Paixão de Cristo.

Paixão é dor e a dor do despertar do Cristo Interno eventualmente transcende o corpo e nos encontramos nos Mundos espirituais. É somente com um grande Treinamento Esotérico, com domínio próprio, que compreendemos que nos livramos dos valores do Mundo Físico. Isso não quer dizer que não exista alegria neste Mundo Físico, porque suportando essa Paixão ou Cruz, estamos se alegrando e dilatando o nosso Coração e a nossa Mente para regiões inexplicáveis para os menos atentos. A alegria, no entanto, está em todos os lugares e em todas as coisas. Está sempre perto, como Anjos cantando, suavemente, mas corretamente, no ouvido interior – cantando louvores para outro nascimento de Cristo e para a expansão d’Ele em nós.

(Publicado na Revista “Serviço Rosacruz” – setembro/1980 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Tentação e a Sua Importância no Discernimento do Bem e do Mal

Elman Bacher, em seus Estudos de Astrologia, escreveu: “o artista no indivíduo durante as épocas passadas tratou de interpretar em versos, canções e quadros seu conceito de vida como uma grande luta. Toda escritura narra a história, em símbolos e alegorias, dos ataques furiosos das forças das trevas contra a fortaleza da luz, a contenda do diabo contra Deus pela alma do ser humano, a fricção incessante entre o mal e o bem, o tentador que procura, eternamente, acabar com aquilo que é aspiração no coração humano”.

Isso faz parte da nossa evolução e saber como funciona nos fortalece para extrair melhor o ensinamento que nos é oferecido. Vejamos, então, de onde vem tudo isso.

Todos nós descendemos de uma raça chamada Semitas Originais. Nós, como Semitas, fomos a primeira raça a ganhar o livre arbítrio e a faculdade de poder escolher o que fazer.

Essas duas condições – caminhar por conta própria e decidir o que fazer – eram necessárias, como ainda o são, para desenvolver a faculdade da razão, a nossa Mente, a fim de aprendermos a pensar estando na consciência de vigília nesta Região Química do Mundo Físico.

Em qualquer escola que cursamos, seja no primeiro grau, segundo, na faculdade, de tempos em tempos são dados testes ou provas a fim de nos examinar e descobrir se aprendemos as lições dadas.

Do mesmo modo, na escola da vida, os sublimes mestres que nos orientam na nossa evolução, de tempos em tempos, nos dão provas que realcem ou destaquem os nossos pontos débeis.

Essa é a maneira mais eficaz de corrigir as nossas deficiências e fortalecer o nosso caráter. Esse é o momento em que o mestre se converte em tentador, ou em outras palavras: se converte num adversário ou inimigo (Satã ou Satanás em hebreu).

Temos vários casos na Bíblia: por exemplo, no cap. 24 do Segundo Livro de Samuel de 1 a 15: “Tornou-se de novo a acender o furor do Senhor contra Israel e excitou o Senhor contra eles a Davi, permitindo que dissesse: vai e numera a Israel e Judá. Disse, pois, Davi a Joab, General do seu exército: corre todas as tribos de Israel desde Dan até Betsabée, e fazei a resenha do povo, para eu saber o seu número (…) e tendo percorrido toda a terra, voltaram para Jerusalém depois de nove meses e vinte dias (…) acharam-se em Israel 860 mil homens robustos (…) mas, depois que foi contado o povo, sentiu Davi ao Senhor: eu cometi, nessa ação, um grande pecado: mas rogo-te, ó Senhor que perdoe a iniquidade de teu servo, porque obrei muito nesciamente (…) mandou, pois, o Senhor, a peste a Israel (…) e morreram do povo desde Dan até Betsabée 70 mil homens”.

Na passagem: “excitou o Senhor” vemos que o Senhor permitiu que Davi caísse na tentação de vã glória e ambição ordenando o recenseamento. Isso é evidenciado se notamos que em primeiro Paralipômenos Capítulo 21, versículos de 1 a 13 temos a mesma passagem só que relatada da seguinte forma: “Levantou-se, pois, Satanás contra Israel e incitou a Davi a fazer resenha de Israel e disse Davi a Joab, e aos principais do seu povo: Ide e fazei a conta a Israel desde Betsabée até Dan e trazei-me o número para eu saber”.

Davi deveria ter confiança em Deus e atribuído a ele toda força e poder que possuía e não à quantidade de soldados que existiam.

Ora, Davi era semita e Jeová era o Deus de Raça responsável por toda a evolução naquela época. Os Semitas eram teimosos e gostavam de fazer tudo por si só. Aí a represália em forma de peste de modo a deixar bem claro que a quantidade de homens era insignificante se comparado ao poder de Jeová.

Note, então, que Satanás apareceu com o significado de adversário, de tentador, a fim de provar ao próprio Davi até onde ia a sua fé.

Perceba que o próprio Davi tão logo viu a estupidez que fez caiu em remorso no seu coração. Só que naquela época não havia o Perdão dos Pecados e estavam sob a lei e devia-se aprender pela dor – aí a peste e todo o sofrimento. Entretanto, da mesma forma que hoje, uma vez aprendida a lição, o ensino foi suspenso!

Temos um segundo exemplo no livro de Jó (1:6-22 e 2:1-10): “Um dia em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, veio também Satanás entre eles (…). E o Senhor disse-lhe: ‘Notaste o meu servo Jó? Não há ninguém igual a ele na terra: íntegro, reto, temente a Deus, afastado do mal’. Mas, Satanás respondeu ao Senhor: ‘e a troco de nada que só teme a Deus? Não cercaste como de uma muralha a sua pessoa, a sua casa e todos os seus bens? (…), Mas estende a tua mão e toca em tudo o que ele possui: juro-te que te amaldiçoará na tua face’. ‘Pois bem’, respondeu o Senhor. ‘Tudo o que ele tem está em teu poder; mas não estendas a tua mão contra a sua pessoa’”.

Daí por diante tudo o que Jó possuía foi sendo destruído por inimigos ou por fogo ou por furacão. Jó perdeu tudo.

Então, Jó se levantou, rasgou o manto e raspou a cabeça. Depois, caído, prosternado por terra, disse: “Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu; o Senhor tirou. Bendito seja o nome do Senhor”.

Em tudo isso Jó não cometeu nenhum pecado, nem proferiu contra Deus nenhuma blasfêmia. “Ora, um dia em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, Satanás apareceu também no meio deles (…) o Senhor disse-lhe: Notaste o meu servo Jó? (…) Foi em vão que me incitasse a perdê-lo”.

Pele por pele!” – respondeu Satanás. “O homem dá tudo que tem para salvar a própria vida. Mas estende a sua mão, toca-lhe nos ossos, na carne; juro que te renegará na tua face”.

O Senhor disse a Satanás: “Pois bem, ele está em teu poder, poupa-lhe apenas a vida! (…) Satanás feriu Jó com uma lepra maligna, desde a planta dos pés até o alto da cabeça. (…) Sua mulher disse-lhe: Persiste ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus; e morre! Falas, respondeu-lhe ele, como uma insensata. Aceitamos a felicidade da mão de Deus; não devemos também aceitar a infelicidade?”.

Em tudo isso Jó não pecou por palavras. Essas provações só mostram quão firmes devemos ser. Tudo Deus nos deu. Tudo só Ele pode nos tirar. Tudo que possuímos são bens que temos o privilégio de administrar. Se administrarmos bem, mais possuímos. Se administrarmos mal, até o que temos nos será tirado.

Esses são os talentos que Cristo nos fala, em Mateus 25:14-30.

Satanás, aqui, é senão o adversário se empenhando para provar a Jó. Entretanto, perceba que ele nada faz sem a permissão de Deus que, por outro lado, não permite que Satanás nos tente acima de nossas forças!

Além disso, Deus nos ajuda com a sua graça de tal forma que tudo o que o adversário ou o inimigo nos faça redunde em nosso bem, mostrando-nos e reforçando em nós as virtudes e o merecimento. Lembrarmo-nos disso nos ajudará, e muito, a nos mantermos firmes em meio às adversidades.

Qualquer pessoa, qualquer circunstância ou qualquer ser pode se tornar um Satanás, um adversário, um inimigo para nós num momento em que dele precisamos.

E o que é Satanás para nós, pode não ser, e muitas vezes não é para os outros. O importante é ter em mente que quando qualquer pessoa ou qualquer sugestão de qualquer pessoa – seja ela a pessoa que mais amamos ou que mais respeitamos ou, ainda, a em que mais nos espelhamos – vier nos pedir ou sugerir que façamos algo que, pela lógica, pela razão e pelo nosso coração é errado devemos dizer como Cristo disse a São Pedro no Evangelho Segundo São Mateus (16:23): “Afasta-te Satanás; tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!”.

Não devemos também amaldiçoar o tentador, o nosso adversário, só porque ele se apresentou como tal para nós.

De repente essa apresentação se deu só uma vez e não se dará mais. De repente ele nem se sentiu adversário nosso. Também não adianta tentar ensiná-lo que está errado ao pedir ou sugerir “algo errado”. Nesse momento, nós é que estamos sendo tentados; a lição é para provar-nos, não a ele. Ele é apenas o instrumento; devemos sim repreendê-lo como Cristo o fez, mostrando nossa consciência no bem. Outras vezes nós nos tornamos o adversário de nós mesmos. Quando não temos vontade e inteligência de agir corretamente.

Na Bíblia, Saturno é Satanás, Satã, o adversário, o inimigo, o opositor, o que luta contra o contrário. Aquele que limita; que obstrui; que cristaliza; que nos incomoda. Aquele que nos deixará passar para um nível mais elevado se provarmos ter o merecimento necessário. Aquele que nos incita a nada fazer; a fraquejar; a xingar; a blasfemar; a cristalizar; a perder tempo. Enquanto ficamos nisso, nada conseguiremos e só retrocedemos. Aprendamos com as nossas fraquezas e elas nos elevarão. É nosso dever prosseguir, agir, desafiar novos opositores, abrir novos horizontes. Lembremos que: “a messe é grande e os operários são poucos”.

Daqui concluímos que Saturno é o tentador que nos incita a não agir; a blasfemar; a opor-se.

Outro tentador há que nos incita a agir, mas agir para o mal; a manter uma compreensão errada pela Mente; a viver na ignorância. Nesse sentido Cristo-Jesus foi tentado três vezes pelo demônio no deserto. As tentações visavam tocar no ponto mais fraco, com isso o tentador poderia justificar a sua queda alegando que: ou se fazia assim ou morreria.

Entretanto, é preferível morrer a trabalhar para o mal! Após Cristo-Jesus ter jejuado 40 dias e 40 noites “o tentador aproximou dele e lhe disse: ‘se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pão. Cristo-Jesus respondeu: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.” (Mt 4:1-14).

Através do seu poder espiritual, Cristo-Jesus poderia matar sua fome, mas é uma lei cósmica que não se pode usar o próprio poder para tirar algum proveito material para si mesmo. Se o fizesse estaria praticando magia negra! E o demônio sabia disso.

Na segunda tentação, “o demônio transportou-o à cidade santa, colocou-a no ponto mais alto do templo e disse-lhe: ‘se és Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: ele deu a seus Anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra’. Disse-lhe Cristo-Jesus: ‘Também está escrito: ‘não tentarás o Senhor teu Deus”.

Note que o demônio percebeu que Cristo se apoiava nas Sagradas Escrituras e, também, se apoiou nela para fundamentar a sua sugestão!

Na terceira e última tentação “o demônio transportou Cristo-Jesus, uma vez mais, para um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: ‘dar-te-ei tudo isto se, prostrando-o diante de mim, me adorares’. Respondeu-lhe Cristo-Jesus: ‘Para trás, pois está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás’”. Com a ajuda do demônio, que possuía o controle sobre a terra, naquele tempo, seria fácil se tornar um herói maravilhoso no conceito das pessoas sem ter os transtornos e as dificuldades que viriam.

Entretanto, logo descobria que “teria ganhado o mundo inteiro, mas perdido não só a sua própria alma, mas a alma do mundo inteiro, que tinha esperança de salvar”! Além do que a Reino de Deus não é deste mundo; não é o Reino dos homens; o Reino de Deus é celeste.

Após essa última tentação “o demônio deixou-o por um certo tempo”.

Repare na última frase: “por um certo tempo”, pois a prova não foi feita de uma vez, mas de tempos em tempos. Durante a Sua vida terrestre, encontramos a Cristo refutando as mesmas provas.

Esses três tipos de provas, de tentações, são as três mais difíceis pelas quais estamos, constantemente, passando: interesse pessoal, poder pessoal e fama pessoal. No início do nosso caminho Espiritual essas provas nos apresentam como simples e clara de serem refutadas, mas conforme progredimos, torna-se menos óbvio e mais sutil. E como diz Tomás de Kempis, em Imitação de Cristo: “por isso lemos no livro de Jó (7:1): ‘É um combate a vida do homem sobre a Terra’. Cada qual deve estar acautelado contra as tentações mediante a vigilância e a oração, para não dar azo às ilusões do demônio, que nunca dorme, mas anda por toda parte em busca de quem possa devorar (1Pd 5:8)”.

O demônio ou o diabo é o nome comum dado a Lúcifer ou Espíritos Lucíferos, cujo Planeta residente é Marte. Como diz em Fausto, quando pergunta quem é Lúcifer: “o Espírito da negação; o poder que trabalha para o bem, embora planejando o mal”.

O trabalho de Lúcifer foi, e ainda é, mostrar-nos que existem o bem e o mal. Com isso ele trouxe-nos a dor, a tristeza e a morte, roubando-nos a inocência e a paz. Pois, como éramos ingênuos e ignorantes abusamos da força criadora sexual, tornamo-nos conscientes do nosso corpo físico – nosso Corpo Denso – esquecemos os mundos espirituais e mergulhamos no pecado, mas obtivemos a possibilidade de escolher entre fazer o bem ou cair na tentação fazendo o mal.

A tentação tornou-se parte fundamental da nossa vida. É ela que nos traz a paciência, quando tentamos e não conseguimos fazer o certo; a humildade, quando erramos e nos humilhamos; a esperança, quando, após muito sofrimento estamos prestes a desistir; a fé, quando se sentindo perdido apoiamo-nos na graça e na consolação divina; ânimo, quando nos sentimos fortalecidos ante uma tentação superada e; principalmente, a consciência que, através da sua voz e quando aconteçam circunstâncias em que antigas tentações nos apresentam, ela nos orienta como agir não nos deixando nelas cair.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Iniciação Cristã Mística

Na Iniciação Cristã Mística não há graus tãos fixados e tão definidos. O candidato vê o Cristo como o autor e finalizador da sua fé, procurando imitá-Lo e seguir os Seus passos em todos os momentos de sua existência. Assim, os vários estágios que estamos considerando são alcançados por processos de crescimento da alma que, simultaneamente, o levam a aspectos mais elevados de todas essas etapas que agora estamos analisando. A esse respeito, a Iniciação Cristã Mística difere radicalmente dos processos em voga dos Rosacruzes, em que a compreensão por parte do candidato do que está para acontecer é considerada indispensável. Mas chega o momento em que o Cristão Místico precisa percorrer o caminho que tem pela frente, e é isso que constitui o Getsemani, em que o candidato à Iniciação é saturado com as tristezas e angústias profundas que florescem em compaixão, um anseio ao amor materno que tem apenas um desejo absorvente, de verter a si mesmo para o alívio das tristezas e angústias profundas do mundo, para salvar e amparar todos os que estão fracos e sobrecarregados, para confortá-los e lhes fornecer um descanso. Nesse ponto, os olhos do Cristão Místico são abertos para uma plena compreensão da aflição, do arrependimento e da agonia do mundo e de sua missão como um Salvador, e o ocultista também encontra aqui o Coração de amor, o único que pode fornecer o regozijo, o entusiasmo e zelo na busca. Pela união da Mente e do Coração, ambos estão prontos para a próxima etapa, que envolve o desenvolvimento dos estigmas, uma preparação necessária para a morte e ressurreição místicas.

Os irmãos e irmãs que seguem o Caminho da Iniciação Cristã são realmente Cristos em formação. Cada um, por sua vez, terá que alcançar as diferentes estações da Via Dolorosa, ou Caminho da Angústia profunda e da Tristeza, que o conduzirá ao Calvário, e experimentará no seu próprio corpo as angústias ou agonias e as dores sofridas pelo Herói dos Evangelhos. A Iniciação é um processo cósmico de iluminação e evolução do poder; portanto, as experiências de todos são semelhantes nas principais características.

A forma de uma Iniciação Cristã Mística difere radicalmente do método Rosacruz, que visa trazer o candidato à compaixão por meio do conhecimento e, para isso, procura cultivar nele as faculdades latentes da visão e da audição espiritual desde o início de sua peregrinação como um Aspirante a vida superior, lhe ensinando a conhecer os mistérios ocultos do ser e a perceber, intelectualmente, a unidade de cada um com todos, de modo que, finalmente, por meio desse conhecimento, haja despertado internamente o sentimento que o faz perceber, verdadeiramente, sua ligação com tudo o que vive e se move, e isso o coloca em perfeita e completa sintonia com o Infinito, tornando-o um verdadeiro auxiliar e trabalhador no divino reino da evolução.

A meta alcançada por meio da Iniciação Cristã Mística é a mesma, porém o método, como mencionado acima, é inteiramente diferente. Em primeiro lugar, o candidato geralmente está inconsciente do fato de que está tentando atingir algum objetivo definido, pelo menos durante os primeiros estágios de seus esforços, e há nessa nobre Escola de Iniciação tão somente um Mestre, o Cristo, que está sempre diante da visão espiritual do candidato como o Ideal e a Meta de todo o seu empenho. O mundo ocidental, infelizmente, se tornou tão enredado na intelectualidade que seus Aspirantes somente iniciam a Caminhada quando sua razão foi satisfeita; e, infelizmente, é apenas o desejo por mais conhecimento que traz a maioria dos Estudantes para a Escola Rosacruz. É uma tarefa árdua cultivar neles a compaixão, que deve ser mesclada com o seu conhecimento e ser o fator determinante no uso dele, antes que estejam habilitados para entrar no Reino de Cristo. Contudo, aqueles que são atraídos para o Caminho Místico Cristão não sentem nenhuma dificuldade desta natureza. Eles têm dentro de si um amor abrangente que os impulsiona e que, finalmente, gera neles um conhecimento que o autor acredita ser muito superior ao obtido por qualquer outro método. Aquele que segue o Caminho do desenvolvimento intelectual tende a menosprezar, arrogantemente, o outro cujo temperamento o impele a um Caminho Místico.

Tal atitude mental não prejudica somente o desenvolvimento espiritual de quem a coloca em prática, mas é totalmente gratuita, como pode ser vista nas obras de Jacob Boehme[2], Thomas de Kempis[3] e muitos outros que seguiram o Caminho Místico. Quanto mais conhecimento nós possuirmos, maior a condenação nós mereceremos se fizermos mal uso dele. Todavia, o amor, que é o princípio básico na vida do Místico Cristão, nunca poderá nos levar à condenação ou conflitar com os propósitos de Deus. É infinitamente melhor ser capaz de sentir emoções nobres, do que ter o intelecto tão aguçado e hábil para definir todas as emoções. Tecer algo sobre a constituição e evolução do átomo, seguramente, não promoverá o crescimento anímico tanto quanto a humilde ajuda direcionada ao próximo.

Há nove degraus definidos na Iniciação Cristã Mística, começando com o Batismo, que é introdutório. A Anunciação e a Imaculada Concepção precedem como temas de curso por razões que serão dadas posteriormente. Tendo preparado nossas Mentes pelas considerações anteriores, agora estamos prontos para considerar cada estágio separadamente, nesse glorioso processo de desenvolvimento espiritual.

O Cristão Místico, definitivamente, não é o produto de uma única vida, mas o florescimento de várias existências preparatórias, durante as quais ele cultivou aquela compaixão sublime que o faz sentir o sofrimento profundo – devido ao infortúnio, à aflição e a sensação de estar perdido – de todo mundo e evoca diante de sua visão espiritual o Ideal Crístico como o verdadeiro bálsamo de Gileade[1], ideal esse que é a única panaceia contra toda dor e tristeza humana. Semelhante alma recebe um especial cuidado das Hierarquias divinas que têm a seu cargo o nosso progresso ao longo do Caminho da Evolução e, quando chega o tempo para tal alma renascer naquela vida, na qual ele deve percorrer o caminho final para alcançar a meta e se tornar um Salvador de sua espécie, os Anjos estão observando bem de perto, esperando e cantando hosanas em regozijosa antecipação do grande evento.

Notem que toda grande alma que nasceu aqui nesse mundo para viver uma vida de uma santidade sublime, tal como exigiu para a Iniciação Cristã Mística, também encontrou acesso por meio de pais de imaculada virgindade, que não foram manchados pela paixão, durante a realização do ato gerador. Os seres humanos não colhem uvas dos abrolhos. É uma verdade axiomática que o semelhante atrai semelhante, e antes que alguém possa se tornar um Salvador, deverá ser puro e sem pecado. Ele, sendo puro, não poderá nascer de uma pessoa vil, terá de nascer de pais virgens.No entanto, a virgindade a qual nos referimos não abrange uma condição meramente física. Não há virtude inerente em uma virgindade física, pois todos a possuem no início da vida, não importa quão vil seja sua disposição possa ser. A virgindade da mãe do Salvador é uma qualidade da alma, que permanece sem mácula, independentemente do ato físico da fecundação. Quando as pessoas efetuam o primeiro ato criador sem o objetivo de ter filhos, meramente para a gratificação de suas luxúrias e propensões animais, elas  perdem a única virgindade (física) que já possuíam; mas quando os futuros pais, unidos em espírito de oração, oferecendo seus corpos no Altar do Sacrifício com o propósito de fornecer a uma alma, que precisa renascer naquele momento, um Corpo Denso apropriado para obter um maior desenvolvimento espiritual, então a pureza deles devido a esse objetivo preserva as suas virgindades e atrai uma nobre alma para os seus corações e para o lar. Se uma criança será concebida em pecado ou de forma imaculada, dependerá da própria qualidade inerente da sua alma, pois, infalivelmente, isso a atrairá para pais de natureza semelhante à sua. Tornar-se filho de uma virgem pressupõe muita vivência anterior de espiritualidade para essa criança que assim nasceu.

O “nascimento místico” de um “construtor” é um evento cósmico de grande importância e, portanto, não é surpreendente que seja retratado nos céus, de ano para ano, mostrando um simbolismo gráfico no grande mundo ou no macrocosmo, o que finalmente se realizará no ser humano, o pequeno mundo ou o microcosmo. Todos nós estamos destinados a obter as experiências nas coisas que Jesus também obteve, incluindo a Imaculada Conceição, que é um pré-requisito para a vida dos santos e salvadores em seus mais variados graus. Compreendendo esse grande simbolismo cósmico, compreenderemos mais facilmente a sua aplicação no ser humano individual.


[1] N.T.: ou bálsamo de Geliad. Bartolomeu Angélicus, monge inglês que preparou a primeira enciclopédia de preciosas resinas e essências, disse: “A árvore do bálsamo cresce na Babilônia, no Egito, e suas virtudes são únicas e todas medicinais. Seus sucos curam o cérebro à semelhança de um fogo; sua virtude e dissolver e temperar, consumir e desgastar, resguardar e evitar a decomposição dos cadáveres”. O bálsamo de Gilead de Mecca e de La Matéria perto da Babilônia, foi considerado o melhor. As árvores de onde é extraído, eram protegidas por paredes altas. Atualmente, a goma é extraída especialmente por incisão, porém, antes, havia três diferentes meios de consegui-la. O primeiro, era pelo cozimento de brotos novos e chamava-se Xobalsamum; o outro, era produzido espremendo-se o suco da fruta e era chamado de Canapobalsamum; e o terceiro método, era usado para obter o mais fino bálsamo de todos, conhecido como Opobalsamum. Este óleo precioso era usado na medicina, e fornecia, também, às mulheres, os melhores cosméticos. O corpo era ungido com óleo, antes do banho, e agia não só como desinfetante, como também para atender à crença de que seu uso prolongava vida até idade avançada. O bálsamo de Gilead tem propriedades valiosas e é usado hoje pelos farmacêuticos que manipulam ervas, no preparo de uma excelente mistura para a tosse. Em algumas partes da Índia, a resina da Comm’phora Mokal é usada como remédio para doenças da pele e doenças reumáticas.


[2] N.T.: Jakob Böhme, por vezes grafado como Jacob Boehme (1575-1624) foi um filósofo e místico luterano alemão. Passou por experiências místicas em toda a sua juventude, culminando em uma epifania no ano de 1600, a qual ter-lhe-ia revelado a estrutura espiritual do mundo, assim como as relações entre o Bem e o Mal. Na época, ele decidiu não divulgar a sua experiência e continuou trabalhando como sapateiro na cidade de Goerlitz, na Silésia, constituindo família e tendo quatro filhos. Entretanto, após uma outra visão em 1610, ele começou a escrever sua primeira obra, Aurora (Die Morgenroete im Aufgang), resultante dessa iluminação.

[3] N.T.: Tomás de Kempis, também conhecido como Tomás de Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis ou Thomas von Kempen (1379 ou 1380-1471) foi um monge e escritor místico alemão. Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta obras representantes da literatura devocional moderna. Destaca-se o seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no qual apela a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma de reforçar a fé.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro  Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Janeiro de 2020

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.

Para acessá-lo (formatado e com as figuras): ECOS nº 44 – Janeiro de 2020 (Corpo Denso, Astrologia Rosacruz, 1ª Epístola aos Tessalonicenses – Cap. 1 – Revoluções Solares e Lunares do Período Terrestre) 

Para acessar somente os textos:

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas, edita o informativo: Ecos.

Inauguração do novo modelo do Ecos

Estamos inaugurando esse mês o novo modelo do Ecos do Centro Rosacruz de Campinas, baseado no propósito que tinha Max Heindel quando criou o boletim periódico “Echoes” em Junho, 1913 que era manter os Estudantes dos Ensinamentos Rosacruzes em conexão com a atividades realizadas na Sede em Oceanside, e dessa forma mantê-los unidos em um propósito comum: construir, “sem o som de martelo”, o templo da Alma que é a verdadeira Ecclesia.

O objetivo desse periódico será o de informar aos Estudantes e interessados nos Ensinamentos Rosacruzes, as atividades e estudos que acontecem na nossa sede em Campinas, e convidar os interessados a unirem-se a nós presencialmente ou através desse conteúdo.

Atividades gerais ocorridas no mês de Janeiro:

  • Nesse primeiro mês do ano, foi feita a repintura das 2 salas (sala de reuniões e sala dos Rituais) bem como do altar onde está o símbolo Rosacruz com a rosa branca no centro. Também as cortinas foram lavadas e os varões trocados.
  • Fizemos o cantinho do café, na sala de reuniões, onde aproveitamos para abolir todos os copos plásticos, sejam de água ou café. Trocamos os copinhos de plásticos de café por xícaras e pires de porcelana e os de água por canecas (cada um trazendo a sua).
  • Recebemos de doação um purificador de água, novo, onde agora podemos ter água fresca, fria ou gelada. Nossa primeira reunião do ano já foi feita nesse ambiente renovado que, acrescido com calor humano e o entusiasmo de cada um, fez dessa primeira reunião um evento fraternal animado e bem entusiasmado.

Resumo das Atividades em forma de Estudos e Reuniões ocorridas em nosso Centro:

Dia 12/janeiro – 16 h: Estudo de Astrologia Rosacruz

Dia 12/janeiro – 17 h: Estudo da Bíblia segundo os ensinamentos Rosacruzes

Dia 19/janeiro – 16 h: Reunião do Estudante Regular – Apenas para Estudantes Regualres

Dia 19/janeiro – 17 h: Estudo de Filosofia Rosacruz – (Conceito Rosacruz): Revolução Solar

Dia 16/janeiro – 16 h: Reunião de Probacionistas– Apenas para Probacionistas

Dia 26/janeiro – 17 h: Estudo de Filosofia Rosacruz – (Conceito Rosacruz): Revolução Lunar

Realização dos Rituais Devocionais (incluindo o Hino de Abertura, o Signo do mês solar e Hino de Encerramento).

Dia 02, 10, 16 e 22/janeiro – Rituais do Serviço de Cura e demais dias do mês – Rituais do Serviço do Templo

Assuntos abordados durante os Estudos desse mês:

Estudo de Astrologia Rosacruz

Simpatias e Antipatias – Física, Moral e Espiritual

São Paulo diz: o ser humano é espírito, alma e corpo. Assim, a simpatia/antipatia deve ser considerada nas 3 dimensões: física, moral e espiritual.

FÍSICA – pela comparação do Signo Ascendente dos 2 e suas respectivas Triplicidades: Signos de Fogo (Áries, Leão e Sagitário) combinam com os de Fogo e de Ar (Gêmeos, Libra e Aquário); os de Terra (Touro, Virgem e Capricórnio) com os Terra e de Água (Câncer, Escorpião e Peixes). Demais combinações não combinam. Ou seja: Fogo e Ar não combinam com Água e nem com Terra.

MORAL – Marte e Vênus. Se Vênus no horóscopo de uma pessoa estiver no mesmo Signo e grau que Marte no horóscopo da outra pessoa: simpatia, ainda que com riscos de “posse”.

ESPIRITUAL – Sol e Lua. Se o Sol no horóscopo de uma pessoa estiver no mesmo Signo e grau que da Lua no horóscopo da outra pessoa: simpatia.

(*) respeitando os 6 graus (entre Planetas) e 8 graus (com Lua e Sol) de órbita de influência.

Relacionamento ideal simpático: combinação dos dois horóscopos em todos esses particulares, sendo que a felicidade dependerá do grau de concordâncias, conforme indicado. Existem uniões em que as pessoas se harmonizam fisicamente, mas possuem características totalmente diferentes em outros aspectos, e vice-versa. Portanto, os dois horóscopos devem ser examinados globalmente para se ter uma interpretação confiável.

Outras causas para Relacionamentos localizados: Configurações entre os 2 horóscopos benéficas em determinadas Casas: interesses em comum levam a “relacionamentos de interesse, simpáticos ou antipáticos”.

Em geral: ASC em Gêmeos são, de modo geral, de uma disposição muito gentil e afável, com muita facilidade de relacionamento. São capazes de se adaptar a outras pessoas e a circunstâncias, de modo que se tornam tudo para todos.

Estudos da Bíblia sob a óptica dos Ensinamentos Rosacruzes

1ª Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses – Capítulo 1

Nesse capítulo São Paulo faz uma introdução, para falar sobre a importância dos ensinamentos oferecidos por Cristo. Ele prepara os Tessalonicenses para receber algumas verdades como:

  • Corpo-Alma: Epístola aos Tessalonicenses 4:17 é-nos dito que encontraremos o Senhor no ar. Portanto, nós forçosamente teremos que possuir um veículo de uma textura mais delicada do que a do nosso Corpo Denso atual. A transformação necessitará ainda de séculos para que a maioria dos homens a possa alcançar. Quando finalmente largarmos o nosso corpo denso, como Cristo o fez, nós funcionaremos num corpo chamado soma psuchicon (Corpo-Alma),
  • Corpo Espiritual: “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” Coríntios 15:44
  • Vida Nova: A Epístola dos Tessalonicenses contém a mensagem da Ressurreição para uma Nova Vida em todos os seus significados internos, a saber: a habilidade de funcionar conscientemente fora do Corpo Denso, fato este que ninguém descreveu com mais precisão do que este grande Iniciado Cristão.
  • Imortalidade do Espírito: Iniciação – Alguém que tenha adquirido a habilidade de funcionar nos reinos mais sutis ou reinos etéricos, sabe da verdadeira imortalidade do espírito, a continuidade da vida. A morte que ele encontra nada mais é do que uma transição de um plano de atividade para outro.
  • Novo Mundo: Paulo exortou os Tessalonicenses “pela palavra do Senhor”, que aqueles que vivem em Cristo serão na Sua próxima vinda arrebatados no ar para encontrá-Lo e estar com Ele para a Era. Este Novo Céu e esta Nova Terra estão agora em formação.

São Paulo escreveu essa epístola sobre a importância de viver para Cristo, ou seja, de viver sob os nossos ensinamentos, principalmente no que se refere a mudança de comportamento diante das coisas do mundo.

O que é esperado de nós para a segunda vinda de Cristo?

  • A vida de pureza e de serviço amoroso aos demais, exemplificada por Cristo Jesus, durante todo seu Ministério sobre a terra, tem por objetivo a espiritualização de sua Mente e a limpeza do sangue (o Lar do Ego) dos desejos inferiores e das paixões.
  • Nosso objetivo é a construção do Corpo-Alma, para isso precisamos atrair os Éteres Superiores do Corpo Vital componentes do Corpo-Alma.
  • Ele fala também sobre vencermos o conflito entre a verdade e o erro, influência separativa dos Espíritos de Raça e a Mente concreta — unida com o desejo.

Baseado no texto: A Segunda Vinda de Cristo – Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/72 – Fraternidade Rosacruz SP

Ele fala também sobre dar Graças à Deus.

Qual a relação entre a Lei e a Graça? 

  • A Lei nos foi oferecida por Jeová, o Legislador, o que fornece leis apropriadas para um povo que recentemente recebeu novos corpos, preparando-o para um novo período de desenvolvimento. Para facilitar a assimilação e a orientação, Jeová dividiu a humanidade em raças e nações. Esta é a Religião da Lei, prescrevendo penalidades por transgressões e antepondo o temor da lei aos desejos da carne.
  • Mas as Leis de Jeová nos instigavam a sermos conquistadores, a praticar o “olho por olho, dente por dente”. A querermos ter tudo o que pudéssemos nesse Mundo Físico.
  • Cristo deu-nos a Graça e o Perdão dos Pecados. Como lemos em João (1,17): “Porque a Lei foi dada através de Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
  • A Graça é a presença de Deus em nós para nos tornar mais perfeitos e se manifesta em forma de amor paterno e de amizade. É o que nos motiva a lutar contra a nossa natureza inferior, a equilibrar nossas emoções. É a consolação que nos torna mais humildes, corajosos e nos ajuda a renunciar a nós mesmos.
  • Junto à Graça, Cristo trouxe a doutrina do Perdão dos Pecados. Através dela é que temos força necessária para lutar, apesar dos repetidos fracassos para conseguir a subjugação da natureza inferior. A obtenção do Perdão dos nossos Pecados é feita através do arrependimento e da reforma íntima. Quando compreendemos o erro de certos hábitos e nos determinamos a eliminá-los ou a desfazer o mal feito, geramos aspirações para o bem que, em seu devido tempo, se traduzirão em retidão. O exercício de Retrospecção é o melhor meio de praticar essa doutrina (Veja mais detalhes na Conferencia XI do Livro Cristianismo Rosacruz – Max Heindel).
  • Graça e Perdão dos Pecados nos ajudam nesse retorno à casa do Pai. Através deles, podemos errar, corrigir e tentar novamente fazer o bem pelo simples fato de fazê-lo. Aos poucos, criamos o hábito de fazer o bem, e não mais faremos o mal, simplesmente porque não queremos, não sentimos vontade.

Baseado no texto: A LEI E A GRAÇA – Qual a relação entre elas e como utilizá-las no dia a dia? Do site https://fraternidaderosacruz.com/

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Estudos de Filosofia Rosacruz:

O que é o Corpo Denso?

É nossa ferramenta para a ação.

Primeiro veículo construído, tendo passado por grande período de evolução.

Está atualmente no seu quarto estágio de desenvolvimento e alcançou maravilhoso grau de eficiência e oportunamente atingirá a perfeição.

É o corpo mais perfeito que temos.

É o mais organizado dos veículos do ser humano.

Lembrando que o Germe do Corpo Denso foi dado pelos Senhores da Chama, durante a primeira Revolução do Período de Saturno.

Construído na matriz do Corpo Vital, durante a vida pré-natal, é cópia exata, molécula por molécula do Corpo Vital.

O Corpo Denso não poderia se formar se não houvesse um Corpo Vital para modelar a sua forma física.

Há também um Átomo-semente do Corpo Denso para atuar como determinador da quantidade e qualidade da matéria designada para construir esse Corpo Denso.

A Revolução Solar do Período Terrestre

Em forma de Estudo Dirigido (tente responder essas perguntas – as respostas estão no fim desse texto)

https://fraternidaderosacruz.com/tag/ocultismo/  –  Para acessá-lo, clique O Conceito Rosacruz do Cosmos

  • Sem consultar o texto, preencha os campos vazios:
  1. Durante a Revolução Solar do Período Terrestre reconstruiu-se o _____________________________, a fim de acomodá-lo à Mente germinal. O _____________________________tomou forma parecida à do _______________, do qual assimila as condições necessárias para ser empregado como veículo mais denso durante o Período de Júpiter. Nesse período o __________________ se espiritualizará.
  1. Os Anjos foram à humanidade no:
  2. a) Período de Saturno,
  3. b) Período Solar,
  4. c) Período Lunar,
  5. d) Período de Júpiter.
  6. Com qual corpo Os Anjos trabalham? ____________________________
  7. Atualmente a organização do ____________________ é a mais perfeita depois da do Corpo Denso.
  1. Colocar (V) Verdadeiro ou (F) Falso para nas frases abaixo:
  2. a) O Corpo Vital não é um veículo separado, é somente uma ligação e que não passa de um modelo do Corpo Denso. ( )
  3. b) O ser humano, em seu estado atual de evolução, pode ordinariamente empregar o Corpo Vital como veículo separado. ( )
  4. c) Na maioria dos seres humanos o Corpo Vital permanece unido ao Corpo Denso, e separá-lo totalmente causaria a morte desse Corpo. ( )
  5. d) Noutros tempos, O Corpo Vital, não estava tão firmemente incorporado ao Corpo Denso. ( )
  6. Nas Épocas Lemúrica e Atlante, o ser humano era um Clarividente: Voluntário ou Involuntário?
  7. A Clarividência Involuntária ou Voluntária é um fenômeno produzido pela frouxa conexão entre o Corpo Denso e o Vital? Sim ou Não?
  8. Preencher os campos vazios:

Desde a Revolução Solar do Período Terrestre, o _____________ ligou-se muito firmemente com o _____________ na maioria das pessoas, porém não tanto nas chamadas ___________. Nessa débil conexão está a diferença entre a pessoa psíquica e a comum ou ___________ de tudo que não sejam as impressões dos cinco sentidos.

  1. Colocar (V) Verdadeiro ou (F) Falso para nas frases abaixo:
  2. a) Todo o ser humano tem que passar através e por um período de íntima conexão dos seus veículos para experimentarem a consequente limitação de consciência. ( )
  3. b) Umas das classes de sensitivos são os que ainda não se submergiram firmemente na matéria, por exemplo, a maioria dos indígenas, dos hindus, etc., que possuem certo grau de clarividência ou são sensíveis aos sons da Natureza. ( )
  4. c) Atualmente temos duas classes de sensitivos, os que se desenvolvem de maneira passiva e os que se desenvolvem por sua própria vontade. ( )
  5. d) A classe que se desenvolve de maneira passiva, sem energia, por meio da ajuda de outros. Voltam a despertar o “Plexo Solar” ou outros órgãos relacionados com o Sistema Nervoso Involuntário, tornam-se clarividentes involuntários ou médiuns, sem domínio algum sobre a sua faculdade. Retrocedem. ( )
  6. e) A outra classe é formada pelos que, por sua própria vontade, desenvolvem os poderes vibratórios dos órgãos relacionados atualmente com o Sistema Nervoso Voluntário. Convertem-se em ocultistas treinados, dominam seus próprios Corpos e exercem a faculdade da clarividência à sua vontade. Por isso são denominados clarividentes voluntários. ( )
  7. f) No Período de Júpiter, o ser humano funcionará no Corpo de Desejos, como funciona agora em Corpo Denso. ( )
  8. g) Todo desenvolvimento é súbito na Natureza. ( )
  9. h) O processo de separação dos Corpos Denso e Vital já começaram, mas o Corpo Vital não terá um grau de eficiência maior do que tem agora o Corpo Denso. ( )
  10. i) Atualmente o Corpo Vital é um Veículo pouco flexível. ( )
  11. j) O Corpo Vital terá um elevado grau de eficiência, maior do que tem agora o Corpo Denso. ( )
  12. k) Por ser O Corpo Vital um veículo muito mais flexível, o espírito poderá usá-lo de maneira atualmente impossível se comparado com a pouca flexibilidade do veículo Corpo Denso atual. ( )

Respostas:

  1. Corpo Vital, Corpo Vital, Corpo Denso, Corpo Denso.
  2. c) Período Lunar
  3. Corpo Vital
  4. Corpo Vital
  5. a) F, b) F, c) V, d) V
  6. Involuntário
  7. Sim
  8. Corpo Vital, Corpo Denso, sensitivas, inconsciente.
  9. a) V , b) V , c) V , d) V , e) V , f) F , g) F , h) F , i) F , j) V , k) V .

Mais Referência, Estudo dirigido da Elsa Glover:

https://rosanista.users4.50megs.com/library02/rourcc01.htm

A Revolução Lunar do Período Terrestre

É uma recapitulação do Período Lunar – e muitas de suas condições prevaleceram (em escala superior) idênticas às do Globo D daquele Período.

No Período Lunar o objetivo era adquirir o germe do Corpo de Desejos, e iniciar a atividade germinal do terceiro aspecto do tríplice espírito no ser humano – o Espírito Humano – o Ego.

Na revolução do Globo D daquele Período os Senhores da Individualidade irradiaram de si a substância com que ajudaram o inconsciente ser evolucionante, a construir e adaptar-se a um Corpo de Desejos germinal. Ajudaram-no também a incorporar este Corpo de Desejos germinal ao conjunto Corpo Vital-Corpo Denso que já possuía.

Na Revolução Lunar do Período Terrestre houve a mesma divisão do Globo em duas partes, com o objetivo de permitir aos seres mais altamente evoluídos, a oportunidade de progredir em seu próprio passo e ritmo, progresso esse impossível a seres como os da nossa humanidade. O primeiro germe da personalidade separada foi implantado na parte superior do corpo de Desejos pelos Senhores da Mente.

Nesta Revolução os Arcanjos e os Senhores da Forma se encarregaram de reconstruir o Corpo de Desejos. Este Corpo foi dividido em duas partes tendo assim o Corpo de Desejos Superior e o de Desejos Inferior. Os Desejos Inferiores são os desejos de procriação e sobrevivência. Os Arcanjos atuaram nesta parte imprimindo os desejos puramente animais.

Os desejos de gratidão e altruísmo são exemplo de desejos superiores.

O Corpo de Desejos é um ovoide inorganizado, tendo em seu centro o Corpo Denso como uma gema de ovo com sua clara ao redor. No ovoide há certo número de centros sensoriais, os quais foram surgindo a partir de princípios do Período Terrestre. Esses centros se assemelham a remoinhos em uma corrente.

A preparação nesta Revolução Lunar foi a de fazer uma concentração do maior número de vórtices na cabeça para o Espírito Humano poder se conectar mais facilmente ao Corpo de Desejos.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Emblema Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO E CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura: Fevereiro: 6, 12, 19, 26

 E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. (Ex 23:25)

Reflexão para o mês de Fevereiro:

“Muitos tíbios ou fracos dizem”:

Que vida feliz leva aquele homem! Como é rico e grande! Quão poderoso e elevada posição!

Considera, porém, os bens celestes e verás que as coisas temporais são nada, muito incertas e incômodas, porque nunca vivem sem temores e cuidados os que as possuem.

A felicidade do homem não consiste na abundância dos bens temporais; basta-lhe a mediania.

Verdadeira miséria é viver na terra.

Quanto mais espiritual um homem quiser ser, tanto mais amarga se lhe torna a presente vida, porque melhor conhecerá e mais claramente verá as fraquezas da natureza humana corrompida.

Comer, beber, velar, dormir, descansar, trabalhar e estar sujeito a muitas outras necessidades da natureza, é grande miséria e aflição para o homem fervoroso que, de boa vontade, desejaria estar isento e livre de todo pecado. 

Thomas de Kempis

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