Comece de dentro para fora! Deus se manifesta do centro de cada coisa criada, num sentido de expansão: de dentro para fora. Grave bem isto, traçando um círculo com um ponto no centro: o centro é você, um Espírito, um Deus individualizado, do qual devem emanar as manifestações espirituais, em direção à periferia (a Personalidade) e daí ao próximo, ao mundo.
Expande-se a luz, a partir do centro gerador. Você é luz, porque Deus é Luz e você foi feito (a) à Imagem e Semelhança d’Ele. A luz não deve ser colocada sob o alqueire (escondida na Personalidade), mas exposta no candeeiro, para iluminar a todos. Assim brilhe a sua luz, para que seja glorificado o seu Cristo Interno.
Irradia-se o calor, a partir do foco central; expande-se o som, a partir do instrumento que o produziu.
Assim também você, qual uma sementinha de Deus, enterrada no plano evolutivo, deve expandir-se, lançar as raízes, erguer a haste, atingir a superfície da realização espiritual. Depois você crescerá por uma nova vida (Iniciações) até se converter numa árvore, com sua sombra protetora e amena; dando os frutos que alimentam os famintos de verdade; espalhando sementes que possam cumprir a mesma missão expansiva de realização e de serviço.
Tal é a ordem da natureza. Ninguém pode limitar, sufocar ou impedir esse centrífugo impulso de Deus em tudo. Se sufocamos o calor, ele se acumula e se transforma em fogo, destruindo-nos de algum modo. Se sufocamos o ar e o comprimimos além de certo limite, ele acaba explodindo e nos explodindo. Se limitamos um caudal de água e não lhe permitimos o fluxo, ele acaba destruindo as barreiras, provocando grandes danos.
O mesmo se dá com a manifestação centrífuga do Espírito, através de seus veículos, Ele deve cumprir uma tarefa de dinamização e expansão de faculdades latentes, no cumprimento de seu destino evolutivo. O corpo há de ser exercitado e superutilizado; as emoções e a Mente há de purificar-se e aprimorar-se. O que não se exercita, cristaliza-se, fatalmente. Doutro lado, se a Mente se entretém apenas com pensamentos negativos, acaba se envenenando e comprometendo o ser. Se as emoções se contêm no ódio, no ressentimento, na inveja, nos medos de toda espécie, tristezas, um dia, como um vulcão, entrará em erupção, devastando-nos o corpo. No aspecto físico, a má alimentação, em qualidade e quantidade, provoca retenção de tóxicos, anormalidades várias. Tudo isto somado, explica os males e sofrimentos da chamada “moderna civilização”.
A ciência acadêmica reconhece essas evidências. O médico sabe que a úlcera foi de origem nervosa; que a diabetes foi ocasionada por traumas; que os infartos e derrames (acidentes vasculares) são produzidos por esta vida agitada, egoísta, angustiada, insatisfeita, ignorante – apesar da (pseudo) cultura. A Astrologia Rosacruz explica bem estas correlações.
Por exemplo, tomemos Vênus num horóscopo: ele rege a glândula Timo, a circulação venosa – no aspecto físico; rege o amor, a simpatia, a coalizão, a doçura, o senso estético – no aspecto emocional; rege o relacionamento financeiro, conjugal e social – no aspecto mental.
Se Vênus está com Aspectos adversos (Quadratura, Oposição e algumas das Conjunções), todas essas atividades ficam limitadas, prejudicadas, desvirtuadas, segundo o Signo, a Casa e o Astro com os quais esteja configurado adversamente. De modo geral podemos dizer que seu Aspecto adverso tende a uma má ligação (Timo), atraindo pais ou responsáveis desamorosos ou indiferentes; a circulação venosa não fluirá livre e normalmente; a pessoa terá dificuldades em trabalhos de equipe; será desalinhada em seus hábitos; terá carência de compreensão e aceitação das pessoas, provocando-lhes e atraindo idêntica atitude; falhará no harmonioso relacionamento com o (a) cônjuge e sócios; não terá equilíbrio e justeza no modo de adquirir recursos e empregá-los.
Justamente por falta dessas capacidades, a pessoa não poderá tomar consciência de suas falhas; buscará justificar-se; se revoltará com as dificuldades que atrai a sua vida. Só a sofrimento poderá despertá-la, tirando-lhe o indevido apoio nos recursos externos e materiais – sabendo que tudo depende de seu íntimo, de sua consciência, para a relação com o exterior.
É claro que, nessa expansão justa das faculdades, para conservarmos a harmonia com o mundo, é mister a prudência, o equilíbrio, a vigilância, o conhecimento de si, o discernimento em cada situação, tudo isto dependendo das configurações de Saturno e Mercúrio. Tais qualidades são desejáveis de cultivar – para substituir os comuns recursos de esperteza, de astúcia, de desonestidade, de negligência, de egoísmo, enfim que obstruem a força centrífuga de Deus em nós. A Personalidade não pode nem deve conter a natural expansão do Espírito, em sua ânsia evolutiva.
Vejam como a força de uma semente em expansão vai rompendo os obstáculos, contornando os mais difíceis ou, se necessário, rompendo-os à sua passagem! Já vi árvores romperem rochas enormes, para poderem abrir caminho para o alto.
Além de nos prejudicarmos, quando ignorantemente tentamos obstruir a expansiva ação do Divino interno, fechamo-nos ao cicio natural de reabastecimento; negamo-nos a entrar no ritmo divino. Isto é pior que tudo.
O ciclo de Lavoisier oferece uma clara ilustração deste ponto: a fonte jorra livremente; seu fio d’água desce a montanha e se junta em sua jornada, a outros fios d’água, formando regatos; estes formam os rios menores que oferecem tributo na formação dos maiores, que finalmente desaguam no mar. É uma aglutinação de esforços; uma jornada de serviço, fertilizando terras, alimentando, dessedentando. No oceano, as águas se evaporam pelo calor, formam-se as nuvens que se deslocam para as montanhas e desfazem-se em chuva. Esta mergulha na terra e vai reabastecer os canais abertos das fontes. É um trabalho dos elementos, a serviço das Hierarquias Criadoras. As fontes continuam a fluir constantemente reabastecidas, sem necessidade da inteligência e recursos humanos.
Se a fonte se fechasse, negando sua contribuição – ou as águas a romperiam com a pressão ou tratariam de encontrar nova saída. O importante é saber: sem esvaziar-se ela não pode ser suprida novamente; sem dar, ela não pode receber.
Cada um de nós é uma fonte – porém, uma fonte diferente, porque, mercê de nosso nível evolutivo, temos consciência própria, ignorantemente usada, por causa de nossos vícios e condicionamentos. Temos condições de dar uma água muito mais valiosa ao mundo, mas incoerentemente, somos aquela fonte citada na Epístola de São Tiago 1:3: “que jorra, ao mesmo tempo, água doce e amarga“. E, às vezes, nem jorramos. Abusamos de nossa prerrogativa e nos fechamos. As consequências aí estão nesse mundo de desarmonias que todos conhecem.
Importante é sabermos que, pelo conhecimento e regeneração de nossa Personalidade, podemos nos transformar numa fonte maravilhosa, cujos canais, à medida da evolução, se alargam e recebem, mais e mais, do suprimento divino interno, quando sabem jorrar com discernimento e amor.
Em tudo, no microcosmo como no macrocosmo, o que gradua a evolução é a capacidade de dar, de fazer jorrar do manancial interno o fluxo irresistível de Deus em expansão. Um galho produz mais que o outro, quando seus canais internos se abrem mais ao fluxo da seiva comum da árvore; uma estrela brilha mais que outra, quando dinamizou internamente maior potencial de luz.
No ser humano esse reabastecimento resulta do trabalho evolutivo. Temos um manancial interno – que se encontra inativo; um potencial. Só o dinamizamos em parte e essa parte é que constitui nosso atual nível evolutivo, nosso grau de consciência, nosso fluxo anímico, expresso pelos recursos pessoais. O resto não se pode medir, porque é infinito; é a própria herança de Deus, e cujo dinamizar nos torna “perfeitos como o Pai celestial” – segundo o convite evangélico.
Precisamos jorrar, isto é, dinamizar as faculdades latentes e pô-las a serviço do divino. A única dificuldade que existe reside na Personalidade viciosa, que não deseja esvaziar-se dos condicionamentos para encher-se do novo ser, da nova consciência. Ela é que anestesia nossa vontade e procura dissuadir-nos desse despertar. No entanto, à medida que vamos nos regenerando, o impulso centrífugo do Cristo interno irá abrindo caminho a manifestação das potencialidades divinas, rumo ao destino que o impele.
Assim, sempre, o trabalho é interno, é individual, é de dentro para fora!
(Por Gilberto A V Silos – Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)
Os astrólogos mundanos falam de Plutão, Netuno, Urano, Saturno e Marte como sendo maléficos, enquanto Vênus e Júpiter são qualificados de benéficos.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que no Reino de Deus nada há que seja realmente malévolo. O que assim aparente ser, nada mais é que um bem em gestação. Consequentemente, aprendemos na Astrologia Rosacruz que tampouco devemos acreditar que as inerências de algum Astro, seja qual for, constituem um obstáculo a nós!
Retornamos várias vezes a este Mundo material (que é a Região Química do Mundo Físico) com o propósito de obter certas experiências (que chamamos de lições), necessárias ao nosso desenvolvimento espiritual. E quanto mais tratemos de compreender as influências Astrais (do Sol, da Lua e dos Planetas), mais facilmente concluiremos que são fatores potentíssimos para nos ajudar a colher as referidas experiências.
Por exemplo: Saturno é o depurador. Quando nos afastamos do caminho da retidão, ele surge para nos deter, nos alertando para não prosseguir na transgressão, pois o “caminho do transgressor é duro, sofrido e muito triste”.
Por exemplo: coube-nos uma herança, mas a malbaratamos em todos os sentidos, inclusive fisicamente. Surge, então, um Aspecto adverso astrológico de Saturno, representado por uma enfermidade ou doença, confinando-nos ao leito. Sujeitamo-nos a uma dieta rigorosa. Nosso organismo repousa. E quando nos erguemos, somos um novo ser. Durante todo esse tempo tivemos a oportunidade de meditar sobre a vida que temos levado aqui, nesse mais um renascimento. Em caso afirmativo aproveitamos a lição, porque então saberemos como agir, evitando aquilo que possa causar enfermidades ou doenças.
Quando dilapidamos nossa herança, podemos acabar com os bolsos vazios. Talvez nem tenhamos onde pedir auxílio. Então, veremo-nos obrigados a pensar e abrir um caminho pelo nosso próprio esforço. Nossos talentos foram inúteis quando desperdiçamos os nossos recursos financeiros. Na pobreza temos que explorá-los, que empregá-los para realizar nossa parte na obra nesse Mundo material. Perdemos nossa herança, mas o Mundo ganhou um trabalhador. Se a lição foi aprendida, a influência de Saturno foi uma benção!
E assim sucede com tudo aquilo que em um horóscopo possa parecer um “mal” ou um “mau”. Além disso, quanto mais nos desenvolvemos espiritualmente, tanto menos seremos afetados adversamente por esses Planetas ou Aspectos chamados “maléficos”. Veremos que, na realidade, esses Aspectos são “adversos” (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções). Ajudam-nos a nos emendar, a nos esforçar, a persistir, a retomarmos a direção para Deus (cumprindo as Leis Divinas), a nos colocar em linha com a nossa evolução e a entendermos que devemos servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) a divina essência do irmão e da irmã que estão ao nosso redor, no nosso dia a dia.
Saturno não gera desastres a nós, se estamos nos esforçando – sinceramente – na dedicação à parte espiritual dessa vida aqui, mas apenas cobra persistência; não gera enfermidades ou doenças, mas cobra fortaleza. E dessa maneira, conformando-nos às Leis da Natureza – que são as Leis de Deus –, vivendo em harmonia com os Astros, os dominaremos e modificaremos nossas existências, enquanto renascidos aqui.
A maior parte da Humanidade se deixa arrastar pelas influências Astrais (até chega ao cúmulo de dizer frases como: “eu estou assim porque o MEU Saturno…”, “eu sou assim porque o MEU Marte…”). Porém, quanto mais vivemos nos dedicando a nossa vida espiritual em uma Escola de Mistérios como a Fraternidade Rosacruz, tanto mais nos converteremos em um fator que se deve ter em conta, e “as predições do astrólogo fracassarão em proporção direta à nossa realização espiritual”, exatamente como aprendemos se estudamos a Astrologia Rosacruz como se deve.
Aprendemos na Astrologia Rosacruz que “os Astros sugerem e não obrigam”. Quem “aceita a oferta” sempre seremos nós, por meio do nosso livre-arbítrio. E, obviamente, colhemos a consequência da escolha. Simples assim!
Os Astros são nossos auxiliares evolutivos. Não são corpos de matéria morta, mas Corpos viventes e vibrantes de grandes Inteligências Espirituais que, na Religião Cristã, são chamados de Sete Espíritos ante o Trono. Isso sem contar com os Signos que são Hierarquias Criadoras!
Conforme nos modificamos, muda também sua influência sobre nós, porém a essas influências não escapamos pelo simples incidente de morrer aqui, mais uma vez. Quando a aurora de uma nova vida aqui despontar, surgiremos com um novo horóscopo.
Se empenharmo-nos em um desenvolvimento espiritual para aprender as “lições” que esses Espíritos Planetários e as Hierarquias Criadoras trataram de nos ensinar nas vidas passadas, teremos novos Aspectos e novas posições do Sol, da Lua e dos Planetas que nos ajudarão no Caminho da Evolução, trafegando por esse Esquema de Evolução e nos realizando nessa Obra de Evolução.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)
Vamos ver, de forma sucinta, o modo como os Astros influem em nossa vida através das doze Casas.
Suponha o leitor que está passeando em seu automóvel, beirando a costa, a mais ou menos um ou dois quilômetros do mar. Uma suave brisa vem do lado do oceano e ao passar por você, traz-lhe nas asas invisíveis mensagens dessa terra que você cruza, provocando em seu íntimo uma impressão agradável ou desagradável. Por exemplo, ao cruzar uma planície verdejante, de pastagem, você se deleita com o aroma agradável de grama recém-cortada. Mas, digamos que um pouco além você passe por um lugar cheio de jasmim e sinta náuseas com o seu odor penetrante e enjoativo. Suponha, ainda, que mais adiante você fique realmente enfermo, pelo efeito de nauseabundas e pestilentas emanações de um pântano próximo, mas que minutos mais tarde recupere a saúde, o bom humor e a disposição, ao penetrar num bosque e encher os pulmões com o perfume saudável e balsâmico dos pinheirais.
Durante sua peregrinação do berço ao túmulo, você leva na atmosfera áurica que lhe rodeia e envolve o corpo, as chamadas doze Casas. Elas estão gravadas, impregnadas em sua atmosfera, como estão na atmosfera que envolve a nossa Terra, acompanhando-o em sua órbita através do espaço sideral. Cada Casa reflete uma parte de sua vida; cada uma delas contém algumas das lições que você deve aprender nesta vida. Através de seus atos, e segundo as reações que você tenha – face a tais experiências – provará se aprendeu ou não essas lições; se assumiu e compreendeu ou deverá receber nova “explicação” do destino.
Chegando o momento próprio, marcado pelas configurações astrológicas, conforme os ângulos que vão se formando em seu movimento, você colherá, por intermédio da Casa correspondente, o que semeou nesse departamento em vidas anteriores. Para isso é necessário que você compreenda que cada Casa se refere a um departamento de sua vida: a primeira Casa diz respeito ao seu aspecto físico, natureza corporal e Personalidade. A segunda Casa se refere às finanças e, de modo geral, à sua conduta no dar e receber. A terceira Casa fala do que você já fez no uso de sua Mente inferior, no trato com os irmãos e vizinhos e como foram suas pequenas viagens. A quarta Casa o que foi sua conduta anterior no lar e relacionamento com sua mãe. A quinta Casa diz como você usou sua capacidade de transmitir o que sabe; o modo como tratou os seus filhos do passado e seus ideais, que são os filhos de sua alma. A sexta Casa mostra como se conduziu no trato com empregados e patrões; nos empregos, bem como, da forma como cuidou de sua saúde. A sétima Casa expressa o modo como você se portou no relacionamento com os cônjuges, no passado, e com os sócios. A oitava Casa exprime experiências com legados, heranças; mostra se você tem ou não capacidade de reformar sua vida e reconstruí-la em bases mais racionais. A nona Casa revela o que você já desenvolveu em assuntos de especulação filosófica no exercício da Mente superior; como foram suas grandes viagens; desenvolveu-se ou não o idealismo, a religiosidade. A décima Casa mostra como foi conduta nos meios sociais em que viveu; o modo como se relacionou com seus concidadãos e com seu pai. A décima primeira Casa fala de seu relacionamento anterior com amigos e movimentos idealistas. A décima segunda Casa fala de confinamentos, de restrições de toda ordem, duradouros e imutáveis por ora. Todas as Casas mostram, pois, segundo seus atos em vidas anteriores, o modo como você encara esses diversos assuntos e o que lhe cabe aprenderem para ter uma noção mais correta de tais departamentos da vida.
Vamos a um exemplo: digamos que sua décima primeira Casa, no horóscopo levantado ao seu nascimento, apresente Aspectos adversos (Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções). Neste caso estão indicadas nesta vida, para você, algumas experiências desagradáveis com amigos, não por falta de sorte sua, mas porque havendo você plantado uma forma errônea de relacionamento em vidas passadas, terá de aprender agora, por experiência própria, por meio de consequências justas e correspondentes às causas postas em ação, que essa forma de agir não está certa. Se for assim, examine e analise bem seu horóscopo, pois ele lhe revela os segredos de sua atmosfera áurica, o arquivo de seu passado. Você concebe as amizades e encara seus amigos, segundo a lente de sua décima primeira Casa. E cada um de seus amigos também, por suas décimas primeiras Casas. E a raiz talvez esteja no desejo de você procurar algum proveito nos amigos, julgando que os bons amigos sãos que lhe servem às conveniências, em vez de buscar sentir por eles afeição sincera e desinteressada, como verdadeiro amigo.
Sobre o significado das Casas, devemos nos ater, ainda, para o seguinte: elas também regem partes determinadas de nosso Corpo Denso, cujo bem-estar e normalidade dependem, por reflexo, anormalidade dos aspectos morais e mentais. Eis porque, do ponto de vista Rosacruz, a saúde, em seu amplo sentido, deve abranger toda a instrumentação do complexo ser humano: a parte física e a parte espiritual.
De todo modo, a conclusão inevitável e lógica é que, usando bem nossa razão e domínio próprio, poderemos evitar sermos o inconveniente jasmim e, muito menos, o pestilento e prejudicial pântano para as pessoas com quem convivemos, tratando de nos converter em autênticos seres fraternais, como o puro odor da relva recém-cortada e, mais ainda, se possível, no benfeitor odor dos pinheiros, cuja presença anima, eleva, purifica, ergue, causa bem-estar e é por todos desejado.
Essa é a forma de libertarmos as diversas aflições de nossas Casas horoscópicas, transmutando-as em benéficas, mudando-as em “azuis” para um mundo melhor, que depende de todos. E essa transformação, em contraste com a triste condição do ser humano sofredor e transgressor, corresponde, no mito grego, às duas fases do ser humano interno: Prometeu e Hércules, sendo este o grande herói que realizou os doze trabalhos propostos (transmutação das doze Casas).
(Publicado na Revista Serviço de fevereiro/1968 da Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)