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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ser Fraternal

Uma coisa evidente na doutrina Cristã, quer para o Cristão popular, quer para o Cristão esotérico, é a missão unificadora do Cristo, em que todos somos chamados a servir.

E como é costume, justamente nesse fundamento, singelo e claro, é que tropeçamos todos, até compreender que isso pressupõe a conquista de muitas virtudes Cristãs secundárias.

Não há do que fugir; harmoniosamente, ou pela dor, um dia chegaremos a sentir necessidade de nos entendermos perfeitamente, uns com os outros, recebendo-nos, sinceramente, como irmãos em essência e em verdade, para formar uma só família mundial, um só rebanho, de um só Pastor: Cristo, o Senhor e a Luz do Mundo!

A questão é interna. Cada um de nós tem de se analisar repetidamente. Como age Ele em seu lar? Em seu trabalho? Na Fraternidade Rosacruz?

Encontra dificuldade em viver harmoniosamente com a esposa, com o marido? É temido pelos filhos? Ou é desrespeitado? Ou, contrariamente, sente, da parte da esposa ou do marido, o amor e a atenção próprios de quem realmente quer bem? Os filhos o consideram um amigo ou uma amiga, um irmão ou uma irmã mais velho ou mais velha, a quem prezam e em cuja presença se sentem à vontade?

No trabalho, tem queixa dos colegas? Acha seu chefe horrível? Ou os estima e por eles é estimado e querido?

Na Fraternidade Rosacruz, espera sempre receber, sem dar? Senta-se comodamente na poltrona e nada faz pelo ideal? Ama o Ideal Rosacruz em si, pelo que de belo e profundo apresenta, como solução de sua felicidade, ou por mero diletantismo intelectual?

Acha um palestrante ou escritor bom e outros não, ou procura tirar o que de bom cada palestra, de cada texto, pode oferecer, independentemente da pessoa que a apresenta?

Desilude-se facilmente com qualquer defeito dos que lá trabalham, ou segue o Ideal Rosacruz impessoal e eterno apresentado pelos Irmãos Maiores, para melhor compreensão do verdadeiro Cristianismo?

Cada um é que deve responder a si próprio. Nosso Ideal Rosacruz busca desenvolver em cada um a consciência do seu valor, da sua responsabilidade espiritual, perante a si mesmo e a humanidade, e mostra como pode servir eficiente, amorosa e desinteressadamente.

O certo é que, se criticamos muito os demais, se estamos desgostosos com uma porção de coisas, se vivemos descontentes e amargurados, nervosos, sempre nos chocando com os outros, é sinal seguro de que ainda não compreendemos o sentido real de Fraternidade Rosacruz, de irmanação, de entendimento e de tolerância.

Recebamos cada qual como ele é e tem direito de ser. Façamos simplesmente nossa parte, sem exigir dos outros retribuição nem imitação. Não façamos para receber. Se assim o fizermos, pouco valor teremos.

Podem notar: o que mais critica e exige, é o que menos dá, em regra geral.

Em todos os Núcleos da Fraternidade Rosacruz, como em qualquer movimento social, há sempre uns dedicados, que lhes formam o alicerce, que sustentam o trabalho. E, mesmo esses, muitas vezes se amarguram com as críticas, não raro, injustas, com as deslealdades e outras provas do trabalho em grupo, retirando sua colaboração.

É uma pena. Quem tem convicção mesmo do Ideal Rosacruz que abraça tem que resistir a esses embates e pôr sua meta acima dos seres humanos. O que vale, no movimento Rosacruz, é que não temos líderes, gurus, instrutores, mestres, governadores a quem nos dependuramos. Cada qual procura se desenvolver ajudado por cursos, estudos, leituras, conversas, reuniões, participações de grupos de Estudos e Centros Rosacruzes, palestras e o estímulo inicial dos companheiros mais seguros. Mas, depois, é orientado a cortar o segundo cordão umbilical. Estão, portanto, menos sujeitos às desilusões que os chamados “mestres”, “instrutores”, “gurus” humanos, que são e às vezes mal-intencionados, costumam pregar.

Todavia, mesmo em nosso meio há os que têm dificuldade de se irmanar com os demais.

Não apenas um, nem dez, mas, muitas dezenas de pessoas e centenas e até milhares, passam nos grandes movimentos coletivos. Se procuram seu “raio”, está bem. O que observamos é que não o encontram nunca, por falta dessa virtude básica, essencialmente Cristã: a fraternidade.

Ela é que se irradia de uma pessoa que julgamos simpática, que é querida por todos, que raramente entra em conflito com os semelhantes, que tem “magnetismo”, que é bem-sucedida. Vem de dentro, da vivência, e não de intelectualismo. Como disse alguém: “prefiro antes sentir o amor, do que saber brilhantemente defini-lo”.

Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos. Nós mesmos nos selecionamos, nos capacitamos, nos escolhemos, segundo os nossos atos. E não nos descuidemos, mesmo quando já estivermos no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, como convidados para o banquete do Senhor, porque a vaidade e o personalismo nos espreitam e nos lançam os seus cantares de sereia. A tentação é necessária em todos os graus, pois são os exames que revelam nosso proveito na escola da vida.

Bem gostaríamos que todos se analisassem melhor nesse ponto essencial de buscar justificativas para sua inação, para sua falta de entrosamento com os outros. É muito fácil atribuirmos aos outros as causas de nossos fracassos. Mas não é justo.

Pensando bem, o único obstáculo que existe à nossa capacidade de irmanação é a nossa natureza inferior, essa segunda natureza construída através de muitas vidas de vícios e egoísmos de toda ordem. É tão velha, que já a consideramos de casa. Às vezes, chegamos ao cúmulo de a considerarmos nós mesmos, num flagrante desrespeito à nossa natureza espiritual. E quando chegamos a esse ponto, é porque a crosta de materialismo está mesmo grossa e necessitando de uma reação mais violenta da Lei de Consequência, porque, os que não querem aprender pelo entendimento e pelo amor, terão de aprender pela dor…

Como disse São Bernardo: “ninguém pode fazer mal a mim, senão eu mesmo. O mal que trago comigo, esse é que reage mal aos outros, esse é que me prejudica e dificulta a ascensão”.

Partindo do sincero reconhecimento dessa verdade, alertas com nossas falhas, tendo idealizado claramente nosso objetivo superior e esforçando-nos para atingi-lo, teremos certamente um resultado positivo.

A Fraternidade Rosacruz está ansiosamente à espera de colaboradores, sempre! Pessoas sinceras que compreendam bem esses pontos e possam exercitar, no trabalho de equipe, suas qualidades Cristãs, prová-las na prática, a fim de que se capacitem a sair da fase “intelectual” e partir para uma realização mais efetiva, de real vivência, cuja influência se estenderá por todas as esferas de sua vida, com favoráveis reflexos.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1977-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Gostaria de saber: Max Heindel pode operar no plano do Ego? Em caso afirmativo pergunto se ele poderá comunicar-se com meu Ego e fornecer-me as seguintes informações por mim desejadas: saber quem é meu Ego e que pretende ele com esta vida terrena e, também, como poderia ter consciência dele, diária e ininterruptamente.

Nesta vida terrena, quando estamos despertos, nós, o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui – funcionamos no Mundo visível como um Espírito interior, mas durante as horas de sono nós trabalhamos a partir do Mundo do Desejo, onde também permanecemos por algum tempo após mais uma nossa morte aqui. Os estágios posteriores da existência post-mortem serão vividos na Região do Pensamento Concreto, onde está o Segundo Céu. Acima desse, está a Região do Pensamento Abstrato, onde está o Terceiro Céu, atualmente o nosso lar. E é nesse ciclo que excursionamos pela Terra com o fim de ganharmos experiências e crescimento espiritual.

Enquanto vivemos aqui na Terra formamos certas ligações com outros que, de acordo com a Lei de Causa e Efeito produzirão seus efeitos, mais cedo ou mais tarde. Isso tem a aparência de sorte ou destino.

Em virtude de transgressões voluntárias ou ignorantes das Leis de Deus, em renascimentos passados, nós acumulamos uma dívida de más ações que devem ser liquidadas em algum tempo.

Devemos colher o que semeamos, antes que nos tornemos puros e livres em espírito. O conhecimento dessa “sorte” iminente, quando uma parte da dívida já está paga, nos paralisaria, e a visão total de toda a horrenda dívida, provavelmente, nos esmagaria por mais fortes que fôssemos, a menos que tivéssemos nos tornados pelo menos um pouco iluminados e capazes de nos conformar com as Leis da Natureza. Quando essa grande luz brilhar dentro do nosso coração e nos sentirmos como um “espírito pródigo”, apartado do nosso Pai do céu, quando exclamarmos no íntimo do nosso coração: “Eu irei para meu Pai”, e que esse desejo esteja sempre ante a nossa visão espiritual, então, pela primeira vez enfrentaremos a concretização do nosso destino, chamada pelos ocultistas “Guardião do Umbral”.

Essa entidade nos encontra na porta entre os Mundos visível e invisíveis. Quando tentamos entrar nesse mundo que conhecemos anteriormente por meio da visão espiritual, nos defrontamos com esse “Guardião do Umbral”, e não podemos passar antes que o tenhamos reconhecido.

Todos nós devemos enfrentar esse espectro horrendo, tal como Clyndon o fez na novela “Zanoni”, da autoria de Bulwer Lutton; esse espectro não se manifesta à Humanidade comum, mesmo nos períodos entre a morte e o renascimento, porém, o neófito, como já foi explicado, deve encará-lo, reconhecê-lo e tentar passar por ele.

Como neófito, devemos proferir um voto solene de fazer tudo o que for possível e necessário para liquidarmos a dívida de que o fantasma é uma concretização e, também, o voto de silêncio sobre todas as coisas ali ocorridas.

Quando a consultante pergunta quem é seu Ego, pede justamente a informação que o “Guardião do Umbral” dos Mundos invisíveis esconde sob a caritativa Lei da Natureza que ninguém tem o privilégio de quebrar. Até que tenha atingido a força espiritual para ultrapassá-lo e aprender por si próprio, isso deve permanecer escondido de si.

E, mesmo então, não haverá um intercâmbio ininterrupto e consciente entre o “Eu superior” e a Personalidade, o “eu inferior”.

Isso pertence a um estágio voluntário muito posterior, quando já tivemos inteiramente espiritualizado nossos veículos. Há, pois, somente um caminho a ser seguido: é aplicar-se diligentemente ao problema.

Se continuar a buscar, encontrará, mas lembre-se, não há meios fáceis de chegar a esse conhecimento. Ninguém pode fornecê-lo ou vendê-lo pronto para ser usado. Quanto a nós, que estamos mais avançados, tudo o que podemos fazer pelos outros é indicar-lhes o caminho, encorajando-os a encetá-lo até o fim, a despeito de todos os revezes e obstáculos, confiantes de que o que um ser humano faz, qualquer outro pode fazer. Cada um de nós tem o mesmo poder divino e está habilitado a ser bem-sucedido em tudo o que fizer.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz agosto/1980 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia Rosacruz: Seus Ensinamentos e a Sua Ética

A Astrologia Rosacruz nos ensina: “Caráter é Destino”. Mas, consideremos que na maioria das vezes essa frase vem sendo repetida, sem que, entretanto, seja procurado ou compreendido o seu significado real.

Mas vejamos: o que a Astrologia Rosacruz nos ensina? Quais os princípios demonstráveis claramente?

Sejam quais forem as condições de nossas vidas – boas ou más – serão elas, nem mais nem menos do que uma reflexão exterior das condições existentes em nosso interior.

A Astrologia Rosacruz é uma Religião e ainda mais: é a mais elevada das práticas religiosas possíveis a serem seguidas pela humanidade, revelando-lhe o verdadeiro Deus, livrando-o de uma concepção antropomórfica, sentado num trono distante; mostra o Pai amoroso conhecido por nós somente pelos Seus atos e ações através de toda a vida.

A Astrologia Rosacruz rejeita a noção de um Ser vingativo punindo o transgressor e exigindo sacrifícios para anular o ato pecaminoso. Ignora tudo o que representa uma fé cega. Nada ensina daquilo que possa ser admitido como meio para eliminar todos os sinais das transgressões, facultando ao Ego se purificar por meio de obscuras aceitações de uma crença ou credo.

Segundo a Astrologia Rosacruz, nossas debilidades latentes ou manifestas devem ser sobrepujadas pela nossa própria volição. Ensina-nos ainda que não haverá fugas aos resultados dos erros cometidos. O ser humano é quem realiza a sua própria salvação. Eis porque se exige conhecimento ao invés de uma fé. Exige-se que saibamos, em vez de crer meramente.

Pede-se somente investigação para que suas verdades possam ser provadas, não forçando ninguém a aceitar seus ensinamentos, a não ser por meios lógicos.

A Astrologia Rosacruz ensina o ser humano a ser um Espírito imortal, posto aqui na vida terrena em uma escola de treinamento tendo deveres, os quais cumpridos zelosamente proporcionam condições para trabalhos progressivos e mais avançados. Ensina-nos que a vida é governada por leis imutáveis, as quais sendo transgredidas conduzem às perdas e dores. Ensina-nos que o ser humano pode ter a faculdade de escolha, possui uma responsabilidade pessoal; por isso, os efeitos das escolhas recairão sabre ele, isto é, ensina-nos que nossos próprios pecados nos punirão.

Se o indivíduo falha no cumprimento de seu dever nesse lapso de vida terrena, voltará novamente para corrigir seus erros, aprendendo e crescendo, ascendendo mais alto, aproximando-se, portanto, da divindade que tem dentro de si.

A Astrologia Rosacruz nos ensina que a vida está sujeita a um desenvolvimento progressivo, regulada pelas leis imutáveis da justiça eterna. O ser humano paga pelos erros cometidos, constituindo-se seu próprio salvador. Isso quer dizer que a justiça se manifesta através do próprio transgressor e não por força de um Deus irado. Esse é o ensinamento básico da Astrologia Rosacruz. Quem estuda essa ciência, sob o ponto de vista religioso, dificilmente deixa de penetrar em sua realidade.

Nenhum Estudante Rosacruz sincero da Astrologia Rosacruz poderá se empenhar em sua pesquisa sem que tarde ou cedo ouça o chamamento de levar avante a tarefa do desenvolvimento próprio e viver os princípios e a ética, preconizados pela ciência a que ele se devotou. Ser um representante da arte santa e, ao mesmo tempo, ser um escravo das paixões e dos vícios do ser humano não desenvolvido, realmente é ser desonesto, desleal, mentiroso e incoerente.

Não existe ensinamento mais dignificante, mais elevado e mais divino ministrado ao indivíduo, do que aquele emanado da Astrologia Rosacruz. Verdadeiramente os seus ensinamentos vem sendo retirados de seu Tabernáculo Sagrado e apresentado ao mundo sob a influência da Mente materializada do ser humano. A pérola vem sendo exibida àqueles que a conceituam frivolamente, apenas como um reflexo de Mentes supersticiosas. Para os puros em motivações, ela será constantemente uma salvaguarda sagrada, uma revelação esotérica.

Para aqueles que iniciam seu estudo, nesse ramo do ocultismo, surge uma voz: “está você preparado para seguir a verdade para onde quer que ela o leve?”. Muitos, sem dúvida, falham em compreender a responsabilidade inerente a um estudo oculto. Suponha-se que esse estudo leve o indivíduo até a porta da Iniciação, onde o problema da transmutação do ser humano inferior no superior leve-o a momentos de hesitação: “Isso é muito elevado para mim”. Estaria ele preparado para, honestamente, abrir a porta, disposto a que a verdade o conduzisse para estágios mais elevados, deveres mais pronunciados ou maiores responsabilidades? Vejamos o que a Astrologia Rosacruz nos ensina a esse respeito. Todos temos Saturno como representante do “Guardião do Portal”. Ele permanece vigilante sobre a ponte que liga a consciência inferior a superior. Em síntese, quem não tenha adquirido virtudes a um determinado grau, esbarrará sempre em Saturno. Todo aquele que procura a consciência superior deve se sujeitar a esse processo de provas e de vicissitudes por meio dos quais suas virtudes são testadas. Enumeremos de forma rápida esse processo de provas:

  1. Pureza física. Somente os corpos puros poderão refletir pensamentos puros;
  2. Emoções purificadas e sentimentos desapaixonados;
  3. Amor à verdade, paciência, perseverança, castidade, predisposição à meditação.

Finalmente, leva todos os indivíduos à verdadeira humildade, à condição em que tudo o que é material é renunciado, por que somente assim os poderes latentes do “Eu Superior” poderão cruzar a ponte construída por Saturno (a qual liga o Ego e a Personalidade). Eis porque dessa forma o ser humano se liberta do lado concreto da matéria, não mais ficando escravo da carne e à mercê das circunstâncias. Tendo conquistado a matéria, na sua forma mais ou menos sólida, pode deixar seu Corpo Denso à vontade e funcionar em planos mais sutis. Inverte suas esferas. Por isso, trabalha conscientemente com o Raio ao qual pertence.

Entretanto, tudo isso poderá ser obtido unicamente por meio da obediência às leis superiores – as Leis de Deus –, porque o ser humano prova a sua superioridade quando se conforma com a lei. A lei e o indivíduo devem ser unos, e à consumação com a lei devem ser espontâneos. Se assim não for, toda outra forma de consumação ou de obediência torna aspecto de compulsão, não sendo, portanto, natural. O ser humano se liberta pelo serviço, pela obediência, mostrando, assim, sua identificação com aquilo que serve e obedece.

Compreendemos a tremenda responsabilidade oriunda do conhecimento oculto?

Um novo tipo de ser humano surge lentamente em nosso meio. Milhares estão despertando à consciência de sua natureza espiritual e, consequentemente, de suas potencialidades. Os que estão no Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz devem estar atentos para instruir essa gente nova. Aí se localiza nossa responsabilidade. Levar nossos semelhantes àquilo que procuram; ministrar-lhes em certa medida a verdade que vem sendo privilégio receber; indicar-lhes o caminho que os levará ao conhecimento da divindade interna; ajudar a fortalecer a diminuta luz, que apenas está surgindo com o conhecimento e a sabedoria conducentes à unidade e a liberdade. Qual o melhor caminho que nos levará a essa realização, senão o conhecimento da Astrologia Rosacruz?

Que estupendas oportunidades essa ciência oferece àqueles que estão desejosos e prontos a auxiliar seus semelhantes. Que santa missão depara-se ante o Estudante Rosacruz. Que faremos a respeito? Estudamos egoisticamente, com o objetivo de sabermos mais do que os outros, para satisfação pessoal ou vaidade? Ou estudamos para tornarmo-nos atentos ao dever que se nos depara e a consequente responsabilidade? Se assim for, devemos nos sobrepor à vaidade, ao orgulho intelectual e as fraquezas similares, ampliando nossas Mentes à luz do amor.

O trabalho está à nossa frente. A taça das dores alheias deve ser sorvida de boa vontade, para que possamos oferecer a taça dos óleos curadores, da simpatia e da bondade. Se enfrentarmos com coragem o trabalho a ser executado, seremos recompensados com maior progresso, deveres mais superiores e maiores responsabilidades.

Os eventos da vida de Cristo-Jesus contêm os ensinamentos básicos da Astrologia Rosacruz. É o caminho de todo aquele que se esforça em tornar-se livre da dominação pela vibração astrológica. É a única via por meio da qual o ser humano livra-se das influências mundanas e torna-se acessível às influências superiores dos Astros. Esse é o Caminho da Vontade, por que é a Vontade o fator determinante. Todo mal do mundo é resultante da negação de Deus, o efeito do materialismo. Eis porque o dever de todos os Egos despertos é ajudar a melhorar essas condições pelo serviço amoroso e desinteressado, pela erradicação do mal interno, pelo encaminhamento de nossas vidas particulares a canais de reta conduta.

Todas as formas egoístas devem ser erradicadas. Não deve existir nenhuma obstrução pessoal em nosso estudo da Astrologia Rosacruz. O intelecto deve estar subordinado à auto-abnegação, à sinceridade, a lealdade de propósito.

A Ciência dos Astros ensina que o propósito da vida humana é manifestar Deus em todas as coisas, desenvolver a divindade em si mesmo. Aqueles que conhecem as verdades contidas na Astrologia Rosacruz, suas belezas e a justiça de Deus, revelando-se através de Seus “Administradores Astrais”, têm o dever de zelar para que essa ciência permaneça em seu lugar sagrado e em sua pureza original. Por ser uma ciência espiritual, procedamos para que assim permaneça.

A Astrologia Rosacruz revela o ser humano a si mesmo. Se você puder mirar todas as suas fraquezas e vícios é um ser humano de coragem! Tal é o que devemos fazer, se desejamos progredir pelo caminho da espiral que nos levará à divindade. Devemos tecer a veste da pureza e perfeição, trabalho daqueles que são conscientes do propósito da vida e já despertaram do materialismo entorpecente. Poderá ser realizado um trabalho glorioso com o auxílio da Astrologia Rosacruz – um estupendo e prazeroso trabalho. Oxalá, possamos usá-la dentro dessa finalidade brilhante.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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