Aspirante à Vida Superior – pessoa que se aplica a eliminar todos os defeitos do Corpo de Desejos e assumir seu próprio domínio, vivendo uma vida dedicada a servir, amorosa e desinteressadamente, o irmão que sofre, que chora e que ri.
A maioria dos seres humanhos deixam a vida física com o mesmo temperamento com que vieram a ela, porém o Aspirante deve eliminar, sistematicamente, todos os defeitos do Corpo de Desejos e assumir seu próprio domínio.
Isto pode efetuar-se pela Concentração sobre elevados ideais, o que fortalece o Corpo Vital e é muito mais eficaz que as Orações da igreja. O “ocultista científico” emprega a Concentração com preferência à Oração, porque a primeira se realiza com ajuda da Mente, que é fria e insensível, pois a Oração, geralmente, está ditada pela emoção. Quando a Oração é ditada pela devoção pura e impessoal, face elevados ideais, a Oração é muito superior a fria Concentração. A Oração nunca poderá ser fria porque voa sobre as asas do amor. O aspirante a vida superior realiza a união entre a natureza superior e inferior por meio da meditação sobre assuntos elevados. Essa união torna mais cimentada depois com a Contemplação e ambos estados são transcendidos pela Adoração, que guia o espírito até o Trono do Pai. O aspirante a vida superior pode triunfar somente em proporção direta a subjugação de sua natureza inferior.
Junho de 1917
Muitas vezes recebemos cartas de estudantes que, embora formulem a pergunta de maneiras diferentes, referem-se ao mesmo assunto: “De que maneira posso conseguir maior progresso espiritual?” Portanto, creio conveniente dedicar esta carta a esse assunto.
É uma lei da natureza que “do nada, nada vem”. Mas são muitos que acreditam que a verdade espiritual e o progresso podem ser adquiridos sem ônus e sem o respectivo preço. Em certo sentido, isso é verdade, porque é vil e errado barganhar com os poderes espirituais para obter-se um lucro desonesto, como ficou firmemente demonstrado por São Pedro na sua conversa com Simão, o feiticeiro, que lhe pedia os poderes espirituais de que dispunha, oferecendo-lhe dinheiro em troca. Ao mesmo tempo, há um preço determinado para o desenvolvimento espiritual que deve ser pago por todo aquele que o queira conseguir. Em primeiro lugar, os interesses antigos devem ser sacrificados. Todos nos lembramos da parábola sobre aqueles que tinham sido convidados para a festa do rei e que se abstiveram de aceitar o convite por várias razões. Um acabava de se casar e queria gozar a lua de mel; outro tinha comprado uns bois e também queria inspecionar suas novas propriedades; e, por outras desculpas, todos perderam aquela oportunidade e a ocasião de progredir.
O mesmo acontece em nossos dias, embora de forma diferente. Desejamos estar sentados em casa lendo um livro sobre assuntos espirituais nos nossos momentos de lazer, quando nada de maior interesse tenhamos pela frente, mas, quando a Grande Obra requer mais do nosso tempo, podemos apresentar várias desculpas. “Tenho uma filha que quero enviar para a Faculdade”, diz um. “Quando tudo for feito e eu tiver cumprido minhas obrigações ocupar-me-ei disso”. Outra diz: “Os meus negócios requerem a minha presença todos os dias e, à noite, estou fatigado. Não posso trabalhar a noite para a Fraternidade, nem assistir as suas reuniões porque, no dia seguinte, não poderia dedicar todas as minhas energias ao trabalho. Mas ocupar-me-ei disso assim que abandone as meus negócios”. Um terceiro dirá: “Tenho muitos filhos que exigem a minha atenção e cuidado em diversos setores sociais. Não posso ir às reuniões da Fraternidade sem descuidá-los. Mas assim que eles casarem trabalharei para a causa”.
É perfeitamente certo que ao assumir obrigações devemos cumpri-las da melhor forma que pudermos. Ao mesmo tempo, e refletindo profundamente sobre o assunto, há sempre uma possibilidade de encontrarmos alguns momentos fora dos nossos deveres que poderiam ser dedicados à Grande Obra. A este respeito seria bom lembrar o incidente ocorrido quando alguns se dirigiram a Cristo e lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam falar Contigo”. Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? Todo aquele que cumpre a vontade de meu Pai, que está no Céu, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. E acrescentou: “Se qualquer pessoa se chega a Mim e não renega seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus Irmãos, suas irmãs e, certamente, até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E todo aquele que tenha abandonado casas, irmãs, irmãos, pai e mãe, esposa, filhos ou terras, por Meu Nome, recebê-lo-á centuplicada e herdará a vida eterna” (Mt 12; 47-50).
No processo da regeneração há e deverá haver sempre um sacrifício envolvido. Tanto pela minha experiência pessoal como pelo que tenho observado em milhares de outras pessoas, o benefício espiritual que se colherá está na proporção direta da forma como cada um emprega o seu pensamento, seu tempo e dinheiro para a causa que tenha abraçado. Quando alguém se consagra totalmente à vida da regeneração e segue o ditame do espírito, logo verá que a mesma intensidade de propósito na nova direção fará desaparecer as coisas antigas. Não terá mais tempo para elas. Desaparecem de seus pensamentos e desvanecem-se. De uma forma ou outra, a filha irá para a Faculdade ou encontrará um emprego adequado. Os negócios prosperarão até melhor do que quando o proprietário devotava todo o seu tempo e suas energias na preocupação para obter dinheiro. Os filhos encontrarão outra acompanhante tão capaz como sua mãe nas ocasiões em que ela estiver trabalhando para a causa espiritual. Em todos os casos em que tenhamos renunciado a alguma coisa pelo bem da obra, o tempo que empregamos na causa de Cristo e o dinheiro que distribuímos numa lúcida caridade, será provido e compensado sob a lei que trabalha para o bem.
Como disse o Salmista: “Fui jovem e agora sou velho e ainda não vi o justo abandonado, nem a sua semente mendigando” (Sl 37; 25). A lei pregada por Cristo: “Buscai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e todas as outras coisas vos virão por acréscimo” (Mt 6; 33), é tão verdadeira atualmente como o foi quando proferida. Posso assegurar isto por experiência própria: todo aquele que viva a vida e cumpra o seu trabalho verá que esta lei é verdadeira. Somente o serviço desinteressado proporciona crescimento.
(Carta nº 79 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Quando o Ego está em vias de renascer, forma o Arquétipo criador de sua forma física no Segundo Céu com a ajuda das Hierarquias Criadoras.
Esse Arquétipo é uma coisa vibrante e que produz som, posto em vibração pelo Ego com certa força proporcional a duração da vida que vá passar sobre a Terra; e até que o Arquétipo deixe de vibrar, a forma composta pelos elementos químicos constituintes da Terra continuará vivendo.
Se fazer o devido uso das oportunidades a vida continuará pelo reto caminho, porém, se pelo contrário, não faz bom uso das oportunidades da vida, perde a memória e se mete em um beco sem saída, então as Hierarquias Criadoras terminam com a vida, destruindo o Arquétipo nos Mundos Celestes. De sorte que podemos dizer que a duração maior da vida será determinada antes que nascemos fisicamente, porém a vida pode encurtar-se se descuidamos de certas oportunidades.
Existe também a possibilidade de alguns casos, quando a vida se tem vivido completamente, em toda sua maior amplitude, e na que a pessoa há trabalhado em todos os casos de utilizar todas suas oportunidades, de que se infunda nova vida no Arquétipo que se havia feito primeiramente, e nessa forma pode prolongar a vida, porém isso sucede somente em casos excepcionais.
O Arquétipo criador do corpo na Região do Pensamento Concreto persiste como um molde vazio durante tanto tempo como deveria viver o Corpo Denso. Quando uma pessoa morre de morte natural, ainda que seja no ponto alto da vida, a atividade do Arquétipo cessa e o Corpo de Desejos se ajusta por si mesmo como para ocupar a forma por completo, porém no caso de um suicida, um espantoso sentimento de “vazio” permanece até que chegue o tempo em que, pelo curso natural dos acontecimentos, deveria ocorrer a morte.
Quando se fala dos Arquétipos das diferentes formas do Mundo Físico não deve crer que estes Arquétipos são simplesmente modelos, no mesmo sentido em que falamos de um objeto feito em miniatura ou de outro material que o apropriado para seu uso final. Não são simples desenho ou modelos das formas que vemos em torno de nós, se não que são Arquétipos criadores; isto é, são os que modelam as formas do Mundo Físico a sua própria imagem ou imagens, porque, a miúdo, muitos trabalham juntos para produzir certas espécies, dando cada Arquétipo a parte de si mesmo que se necessita para construir a forma requerida.
Árvore do Conhecimento – possibilidade de conhecer o Bem e o Mal, exercitando a função criadora independente de qualquer orientação sobre o motivo e momento apropriado
Na Bíblia se nos diz que foi proibido aos seres humanos comer da “Árvore do Conhecimento” sob pena de morte; porém os frutos desta árvore abriram os olhos de Adão e Eva, de maneira que puderam conhecer o Bem e o Mal; e a exercer a função criadora independentemente, capacitando-se para criar um novo corpo cada vez que havia perdido seu antigo veículo, sem ter em conta as influências dos Astros, produzindo a dor, o sofrimento e a enfermidade.
Por outra parte, o abuso desta sagrada função, para satisfazer a natureza apaixonada, é reconhecida pelos esoteristas como “O Pecado Imperdoável”. Ademais, se o ser humano, nesse longínquo passado, tivera aprendido, como aprendeu para o veículo físico, como renovar seu Corpo Vital, a morte tivera sido uma impossibilidade e se tivera feito imortal como os Deuses. Porém, então, também haveria imortalizado suas imperfeições e convertido o progresso em uma impossibilidade.
ANTROPOIDES – Exemplos: gorilas, orangotangos, chimpanzés e bonobos. Pertencem a onda de vida humana, porém seus Corpos de Desejos eram incapazes de serem divididos na Época Atlante. Então, a parte superior se converteu, em certa forma, no senhor ou dominador da parte inferior do mesmo e dos Corpos Denso e Vital. Formava algo assim como uma alma-animal com a que se podia unir o espírito por meio do elo da Mente. Quando não havia divisão do Corpo de Desejos este veículo se entregava às paixões e desejos sem nenhum freio, e, portanto, não podia ser empregado como veículo interno no qual poderá existir no espírito. Assim que, então, se lhe pôs baixo o governo de um Espírito-grupo, quem o guiava desde fora, e se converteu em um corpo animal e essa classe é a que agora tem degenerado e convertido no corpo dos antropoides. Se esforçam para seguir conosco e nos alcançar em um grau de desenvolvimento suficiente antes do ponto crítico, que será a meados da quinta Revolução do Período Terrestre. Se não o conseguir até lá, então, perderão todo o contato com nosso Esquema de Evolução atual.
ANJOS – Os Anjos pertencem a uma corrente evolutiva anterior, e foram “humanos” em um renascimento prévio da Terra, chamada o Período Lunar pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Sendo os Anjos a “humanidade do Período Lunar” pertencem a uma corrente de evolução tão diferente da nossa, como o são os espíritos humanos com os dos animais atuais. Tal como nós construímos nossos Corpos com partículas químicas da terra, assim os Anjos constroem os seus com Éter. Os Anjos estão perfeitamente experimentados para construir o Corpo Vital porque no Período Lunar, em que eles atravessaram a fase humana desse Esquema de Evolução, o Éter era o estado mais denso da matéria. Devido a essa capacidade são os instrutores apropriados dos seres humanos, animais e vegetais com respeito a suas funções vitais: propagação, nutrição, etc. Os Anjos ajudaram os seres humanos a propagar-se e também a construir um cérebro físico. Eles dirigiram a expressão física do amor dos seres humanos e o guiaram através das emoções de uma maneira amável e inocente, salvando assim o ser humano da dor e sofrimento acidental que o exercício das funções sexuais poderiam produzir fazendo sem sabedoria. Se esse regime tivesse subsistido, o ser humano seguiria sendo um autômato guiado por Deus, e nunca se haveria em uma personalidade, um indivíduo. O que se tem convertido em indivíduo foi devido a uma classe e entidades chamadas Espíritos Lucíferos. Tudo quanto se relaciona com a propagação da raça e do nascimento foi executado baixo a direção dos Anjos guiados a sua vez por Jeová, o regente da Lua. A função procriadora se levava a cabo em determinadas épocas do ano, quando as linhas de força de Planeta a Planeta formavam o ângulo apropriado. E como a força criadora não tinha obstrução alguma, o parto era sem dor. O ser humano era inconsciente do nascimento, pois estavam tão inconscientes do Mundo Físico como o estamos agora durante o sono. Retrocedendo tão distante como o Período Lunar, o Terceiro Dia de Manifestação em nosso esquema evolutivo, havia duas classes de Anjos. Uma tinha afinidade com a água e a outra com o fogo. Durante o Período Lunar, Jeová, o Espírito Santo, que tinha a seu cargo a evolução dos Seres no que hoje é nossa Terra, decidiu por o espírito do ser humano, como também dos animais e das plantas, dentro de formas. Contra esse plano se rebelou uma minoria da onda de vida angélica. Teria uma grande afinidade com o fogo para suportar o contato com a água da qual se construiria a maior parte dessas formas; e baixo a direção de Lúcifer, que era o seguinte em evolução à Jeová, recusaram completamente construir as formas como lhes havia ordenado. Ao fazer isso se privaram da oportunidade de evoluir a passos largos do plano marcado, convertendo-se em uma anomalia na natureza. Havendo repudiado a autoridade de seu guia, Jeová, foram forçados a encontrar sua salvação por si mesmos, com seu próprio método. Em consequência, os Espíritos Lucíferos pertencem a onda de vida dos Anjos, porém devido a sua desobediência, se encontram atrasados ou renegados do resto das ondas angelicais.
Alimentação – Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz não ensinam que se deva ser vegetariano ou naturista; o que promulgam, realmente, é que a dieta de vegetais, frutas e afins gera uma energia muito maior que a carnívora. Esta energia não é somente física, mas também espiritual, de tal forma que se uma pessoa leva uma vida sedentária e de disposição materialista, ditas energias não encontram vias de saída natural, causando, portanto, distúrbios ao Corpo Denso. A carne foi agregada a dieta do ser humano para diminuir suas vibrações e densificar seu Corpo Denso até o estado em que poderia funcionar no Mundo Físico. Também o ajudou a desenvolver energia e coragem. Quando a carne foi colocada na dieta humana (na Época Atlante), os animais careciam ainda do grau de consciência da vida no plano físico como o estão agora, e por onde a perda de suas formas físicas não lhes afetava enormemente, como hoje em dia ocorre. Mais ainda, o passional Corpo de Desejos do animal era muito menos desenvolvido que o atual e seu Corpo Denso possuía uma constituição muito diferente. É natural que nos desejemos o melhor para nossa alimentação, porém em todos os animais na atualidade o sangue venoso está repleto de Dióxido de Carbono e outros resíduos nocivos. Estas substâncias podres estão em qualquer parte da carne animal e quando ingerimos tal alimento lesamos nosso próprio organismo com os tóxicos desses venenos, causando muitas enfermidades. Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz sabem que toda a criação vai evoluindo lentamente para Deus. Eles sabem também que em nossa Terra, na presente época, há quatro ondas de vida separadas e distintas: Minerais, Vegetais, Animais e a Humanidade; todos os que se encontram realizando sua evolução por meio da “FORMA”; e sabem que em nosso Sistema Solar não há outra vida que a vida de Deus mesmo que envolve e anima a tudo o que é. Com isso deduzimos que se quitamos a vida de qualquer criatura destruímos a forma construída por Deus para Sua própria manifestação. Os Animais (mamíferos, aves, peixes e outras classificações) são espíritos em evolução e possuem sensibilidade. É o desejo de obter experiências o que lhes move a construir formas físicas para sua expressão. Quando lhes destruímos a forma privamos, também, da oportunidade de obter experiências, causando-lhes um dano em sua evolução em lugar de ajudar-lhes. Por outra parte, os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz reconhecem o feito de que o dever das gerações tem feito o ser humano, em parte, carnívoro, de maneira que no caso de muita gente o caminho da dieta mista para a exclusivamente vegetariana deve realizar-se em forma gradual. Pelo mesmo motivo não existem regras rígidas que podem ser aplicadas a todos por igual. De acordo com isto, tudo o que se refere à alimentação individual o conectamos à personalidade e deve ser determinado pelo próprio indivíduo. Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz não tratam de converter a ninguém ao vegetarianismo. Eles somente se limitam a indicar os fatos para que os tomemos em própria consideração e julgue de acordo a nossa própria decisão.
Decálogo: Do grego: deka, dez e logos, palavra: nome dos dez Mandamentos promulgados por Jeová no Monte Sinai por intermédio de Moisés, como lei do povo hebreu, e que logo se fez extensivo ao Cristianismo.
Consciência – Qualidade ou produto da atividade íntima do espírito humano para reconhecer em seus atributos essenciais e, em todas as modificações que em si mesmo experimenta, ao perceber e ajuntar os objetos, as imagens e sensações do meio ambiente, que lhe são transmitidas pelos órgãos sensoriais e o cérebro. Os diversos estados de consciência do ser humano nos diferentes períodos são os seguintes:
Períodos e Consciência correspondente:
PERÍODO DE SATURNO: Inconsciência, correspondente ao Transe Profundo.
PERÍODO SOLAR: Inconsciência, correspondente ao Sono sem Sonhos.
PERÍODO LUNAR: Consciência pictórica interna, correspondente ao Sono com Sonhos. Primeiro vislumbre da atual consciência de Vigília, consistindo em representações internas dos objetos, cores e sons externos.
PERÍODO TERRESTRE: Consciência de vigília, objetiva. É com a que temos conhecimento do mundo externo, dependendo do que percebemos por nossos sentidos. A isto o denominamos “real” em contra distinção de nossos pensamentos e ideias que chegam a nos através de nossa consciência interna; sua realidade não é aparente para nós na mesma forma que um objeto qualquer visível no espaço. No Período Terrestre o ser humano percebeu a realidade do mundo exterior e pela primeira vez vislumbrou a diferença entre o “eu” e o “não eu”, os outros. Compreendeu a separatividade e surgiu o egoísmo. Anteriormente não havia tido nem pensamento nem ideias sobre o mundo externo, e por conseguinte, não havia tampouco memória dos sucessos. Esse caminho da consciência pictórica interna a uma consciência do eu e objetiva foi efetuado muito lentamente, com uma lentidão proporcional a sua magnitude, desde a permanência no Globo C da terceira Revolução do Período Lunar até a última parte da Época Atlante. Durante esse tempo a vida evolucionante passou através de quatro grandes estados de desenvolvimento análogo ao animal antes de alcançar o estado humano.
PERÍODO DE JÚPITER: Consciência própria e de imagens conscientes. Voltarão as imagens internas sonhadoras do Período Lunar, porém estarão sujeitas a uma vontade do pensador e não serão simples reproduções dos objetos exteriores. Assim que aja uma combinação das imaginações do Período Lunar e dos pensamentos e ideias desenvolvidos conscientemente durante o Período Terrestre, isto é, que será uma consciência pictórica consciente de si. Nesse então quando um ser humano diga “vermelho” o expresse o nome de um objeto, se apresentará a sua visão interna uma reprodução exata e clara do tom particular do vermelho em que está pensando e do objeto de que se está falando, cuja reprodução será também visível para o interlocutor. Não haverá mal-entendido algum em quanto ao que quer significar-se pelas palavras emitidas. Os pensamentos e ideias serão visíveis e vivos; portanto, a hipocrisia e a adulação estarão completamente eliminadas. Os seres humanos se verão exatamente como são. Haverá bons e maus, porém essas duas qualidades não se encontrarão mescladas na mesma personalidade. As imagens internas do Período Lunar eram a expressão do arredor externo do ser humano. No Período de Júpiter essas imaginações serão expressadas desde dentro; serão uma faculdade da vida interna do ser humano. Possuirá, ademais, a faculdade que cultivou no Período Terrestre de ver as coisas fora de si mesmo, no espaço. No Período Lunar não vê as coisas concretas, senão suas qualidades anímicas. No Período de Júpiter verá ambas e terá, portanto, uma compreensão perfeita de tudo quanto o rodeia. A consciência de Júpiter não começará a desenvolver-se no Período de Júpiter até a quinta Revolução, quando o quinto Globo E haja sido alcançado e quando começa a quinta Época desse Globo.
PERÍODO DE VÊNUS: Consciência objetiva, eu-consciente, criadora. Ao finalizar o Período de Vênus o ser humano poderá empregar sua própria força para dar vida a suas imaginações e para lança-las fora como objetos no espaço. Então, possuirá uma consciência objetiva, consciente e criadora. Esta consciência de Vênus não começará até a sexta Revolução, ao chegar a sexta Época e sexto Globo.
PERÍODO DE VULCANO: Consciência Espiritual. A mais elevada consciência incompreensível para nossa inteligência atual. Esta consciência permanecerá limitada ao último Globo e Época, um pouco antes que finalize o Dia de Manifestação.
Árvore da Vida – é a “faculdade de regeneração da força vital”.
Geralmente, a morte é considerada algo temível. Se o ser humano também tivesse “comido da árvore da Vida” teria aprendido o segredo de vitalizar perpetuamente seu corpo, o que teria sido ainda pior. Nossos corpos atuais não são perfeitos, mas os desses tempos antiquíssimos eram excessivamente primitivos. Por isso, foi bem fundada a medida quando as Hierarquias Criadoras impediram o ser humano de “comer da árvore da vida”, impedindo de renovar o Corpo Vital. Se o tivesse conseguido ter-se-ia feito imortal, mas não poderia mais progredir. A evolução do Ego depende da evolução dos seus veículos. Se não pudesse obter novos e mais perfeitos veículos por meio de sucessivas mortes e renascimentos, ter-se-ia estagnado. É máxima oculta: quanto mais frequentemente morremos, melhor poderemos viver. Cada nascimento proporciona uma nova oportunidade.
“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio de sua praça e de uma e outra margem do rio estava a Árvore da Vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro e os seus servos O servirão. E verão o seu rosto e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite e não necessitarão de lâmpada, nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia; e reinarão para todo o sempre”. (Apocalipse 22 :1-5).