Arquivo de categoria Estudos Bíblicos Rosacruzes em Perguntas e Respostas

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Vocês consideram a Doutrina da Trindade legítima? Se assim for como podem explicá-la?

Pergunta: Vocês consideram a Doutrina da Trindade legítima? Se assim for como podem explicá-la?

Resposta: Sim, de acordo com a Filosofia Rosacruz, a Doutrina da Trindade é um fato. Deus é Um, mas ao mesmo tempo Ele é Trino, incorporando o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, os princípios da Vontade, da Sabedoria e da Atividade. Todos são um Poder Espiritual definido, intimamente relacionados, funcionando como uma unidade. Max Heindel em seu livro Coletâneas de um Místico nos dá informações esclarecedoras a respeito.

“O inspirado Apóstolo São João nos dá uma definição maravilhosa da Deidade quando diz: Deus é Luz! Daí o termo “luz” vem sendo usado para ilustrar a natureza do Divino nos ensinamentos Rosacrucianos, especialmente no que concerne ao mistério da Trindade na Unidade. Está claramente ensinado nas Santas Escritas de todos os tempos que Deus é uno e indivisível. Ao mesmo tempo, sabemos que a luz branca se refratando divide-se nas três cores primárias: o vermelho, o amarelo e o azul. Assim Deus aparece em um tríplice papel durante a manifestação, por meio do exercício das três funções divinas: a criação, a preservação e a dissolução”.

“Quando Ele exerce seu atributo de criação, aparece como Jeová, o Espírito Santo. Nessas condições Ele é o Senhor da lei e da geração, projetando o princípio solar fertilizante indiretamente através dos satélites lunares de todos os planetas, quando se trata de fornecer corpos para os seres evolucionários”.

“Quando Ele exerce o Seu atributo de preservação, com o propósito de sustentar os corpos gerados por Jeová, sob o domínio das leis da Natureza, surge como o Redentor, o Cristo, irradiando os princípios do Amor e da Regeneração diretamente para qualquer planeta onde as criaturas necessitem desse auxílio, livrando-as das malhas da mortalidade e do egoísmo, induzindo-as a praticar o altruísmo e a obter a vida infinita”.

“Quando Deus exercita o Seu Atributo Divino de dissolução, surge como “O Pai”, que nos chama, assim, de volta ao lar celestial, a fim de sejam assimilados os frutos da experiência e do crescimento anímico por nós entesourados durante o dia de manifestação. Este Solvente Universal, O Raio do Pai, é emanado do Sol Espiritual invisível”.

“Esse processo divino de criação e nascimento, de preservação e de vida, de dissolução e morte, e volta ao Autor do nosso Ser, pode ser observado em todas as partes, fazendo-nos reconhecer o fato de que são atividades do Deus Trino em manifestação”.

No livro “Maçonaria e Catolicismo” encontramos outras informações a respeito. Pondere o Estudante muito bem a relação do fogo com a chama; o primeiro jaz dormente, invisível em todas as coisas, e aceso em luz de várias formas: por um golpe de martelo na pedra, pela fricção de madeira com madeira, por ação química etc. Isso nos dá a chave da identidade do Pai, “a Quem nenhum homem jamais viu”, mas que se revela na “Luz do Mundo”, o Filho, que é o mais alto iniciado do Período Solar. Assim como o fogo invisível é revelado na chama, da mesma forma a totalidade do Pai está no Filho. São assim Um, como o fogo é um com a chama no qual ele se manifesta”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1971)

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Pergunta: O que é, de fato, o Reino dos Céus?

Pergunta: O que é, de fato, o Reino dos Céus?

Resposta: Comecemos relatando as Parábolas que descrevem o Reino dos Céus:
3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: 4 ‘Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. 5Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. 6Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. 7Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. 8Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta'” (Mt 13:3-8).

24Propôs-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um ser humano que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. 26Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio, 27Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?’ 28Ao que este respondeu: ‘Um inimigo é que fez isso’. Os servos perguntaram-lhe: ‘Queres, então, que vamos arrancá-lo?’ 29Ele respondeu: ‘Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. 30Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro”” (Mt 13:24-30).

31Propôs-lhes outra parábola, dizendo: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um ser humano tomou e semeou no seu campo. 32Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos'” (Mt 13:31-32).

33Contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado'” (Mt 13:33).

44O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um ser humano o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo” (Mt 13:44).

45O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. 46Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra” (Mt 13:45-46).

47O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. 48Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deitam fora. 49Assim será no fim do mundo: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos 50e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. 51Entendestes todas essas coisas? Responderam-lhe: ‘Sim'” (Mt 13:47-51).

52Então lhes disse: ‘Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas, novas e velhas'” (Mt 13:52).

Há sete interpretações para cada parábola bíblica; cada uma em nível mais profundo do que a outra. Estamos familiarizados com as explicações exotéricas aprendidas durante a infância; isso que propomos delinear, encontra-se em segundo plano, pois o primeiro véu foi levantado por meio do estudo do livro, O Conceito Rosacruz do Cosmos.

O Reino dos Céus não deve ser confundido com o Reino de Deus, o qual é uma esfera completamente diferente. A chave das parábolas nesse capítulo de Mateus encontra-se no último versículo citado – algumas são velhas, outras novas, algumas são passadas, outras ainda virão. Os outros Evangelhos dão somente as primeiras quatro. Talvez esse capítulo constitua um símbolo completo.

A primeira parábola refere-se ao semeador, Deus, que semeia a semente de uma nova colheita, ou seja, uma nova onda de vida cujo sinônimo é a primeira ou Período de Saturno em que os Espíritos Virginais representados pela humanidade atual, foram diferenciados ou “plantados”.

A segunda parábola que historia o fato de que o semeador encontrou joio em seu campo, deixando-o crescer com receio de que os grãos bons pudessem ser destruídos, é uma descrição do Período Solar, quando houve tanto a luz como a treva. Há uma antiga tradição oculta segundo a qual alguns desses líderes originais dessa onda de vida recusaram-se a descer à matéria, retardando a nossa evolução. Esse é o primeiro registro de egoísmo ou joio entrando em nossa onda de vida.

A terceira parábola, a do grão de mostarda, a menor semente, corresponde ao Período Lunar, ocasião em que o germe do Corpo de Desejos foi dado à humanidade infante, relacionando-se também com o seu rápido crescimento. A mostarda é um condimento que excita nosso Corpo de Desejos.

A quarta parábola, do pouco de fermento que leveda três medidas de farinha, descreve o nosso próprio Período Terrestre. No Velho Testamento todos os pães não eram levedados porque Jeová queria manter o povo passivo, de modo que pudesse ser mais facilmente conduzido. Porém ao cruzarmos o nadir da materialidade e com a vinda do Espírito de Cristo e consequente difusão de um amor altruísta, encontramos uma nova ordem.

“No peito de cada ser humano essa força do altruísmo opera como o fermento. É a transformação do selvagem do ser humano civilizado, que no devido tempo transformar-se-á num Deus” (do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos).

A quinta parábola, aquela do tesouro escondido, reflete antecipadamente o Período seguinte da evolução da humanidade e da Terra, o Período de Júpiter. Nesse tempo futuro “guiaremos a evolução do Reino Vegetal, porque o mineral atual ver-se-á num estado análogo ao que o vegetal hoje se encontra. O nosso trabalho será idêntico ao que os Anjos atualmente executam em relação ao Reino Vegetal. Quanto à nossa faculdade – a Imaginação – estará tão desenvolvidaque teremos não somente a habilidade de criar formas por meio dela, mas também de vitalizá-las. “Assim para nós os tesouros do Reino dos Céus no Período de Júpiter estarão ocultos num campo”, não na terra ou num animal. Devemos envidar todas as nossas energias para adquirir e desenvolver esse tesouro.

A sexta parábola, aquela da “pérola de alto valor” assinala o Período de Vênus, quanto então as nossas formas minerais atuais, encontrar-se-ão no estágio animal. A pérola é somente uma gema feita por criaturas viventes. Max Heindel diz em relação ao ser humano no Período de Vênus: “No final do Período de Vênus ele estará apto a usar a sua própria força para dar vida aos seus quadros (de cores, objetos e tons) e colocá-los fora de si como formas no espaço”. Podemos certamente concordar que o ser humano tudo dará para obter essa faculdade.

A sétima parábola que se refere às redes e a divisão de seus conteúdos pelos Anjos, trata-se de uma referência ao último dos Períodos – o Período de Vulcano – quando então o Espírito Divino estará mais forte, porque o seu desenvolvimento iniciou-se no primeiro Período de Saturno. Nesse tempo os joios serão removidos do trigo e por isso estaremos todos aptos a um repouso cósmico. “24 A seguir haverá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus Pai, depois de ter destruído todo Principado, toda Autoridade, todo Poder” (I Cor 15:24).

O que foi descrito é meramente um esboço. As verdades antigas e tradicionais de todos os Ensinamentos Rosacrucianos estão incorporadas em nossas Sagradas Escrituras. Ao crescermos em Sabedoria e Graça elas se tornarão viventes para nós.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 11/1971)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Qual a atitude Rosacruz para com a oração, à luz das recomendações bíblicas?

Pergunta: Qual a atitude Rosacruz para com a oração, à luz das recomendações bíblicas?

Resposta: Num certo trecho, a Bíblia nos manda orar constantemente. Em outro, Cristo repudia a prática, dizendo que não deveríamos imitar aqueles que acreditam ser ouvidos pela quantidade de palavras proferidas. É evidente que não pode haver qualquer contradição entre as palavras de, Cristo e as de Seus Discípulos, portanto, devemos reconstruir as nossas ideias sobre a oração, de tal forma que estejamos sempre orando, sem empregarmos vastas quantidades de expressões verbais ou mentais. Emerson disse:

“Embora teus joelhos nunca se dobrem,
De hora em hora ao céu tuas preces sobem,
E sejam elas para o bem ou para o mal formuladas,
Ainda assim são respondidas e gravadas”.

Em outras palavras, cada ato nosso é uma oração que, sob a Lei de Causa e Efeito, nos traz os resultados adequados. Obtemos exatamente o que queremos. A expressão oral, sob forma de palavras, é desnecessária, mas uma ação sustentada num certo sentido indica o que desejamos, mesmo que nós mesmo não o realizemos e, com o tempo, mais cedo ou mais tarde, de acordo com a intensidade do nosso desejo, realiza-se aquilo pelo qual rezamos.

As coisas assim adquiridas ou atingidas podem não ser o que real e conscientemente desejamos. De fato, às vezes conseguimos algo que teríamos sem dúvida dispensado, algo que consideramos uma desgraça, um tormento, mas o ato-oração nos trouxe isso e teremos que conservá-lo até que consigamos nos livrar dele de forma legítima.

Quando lançamos uma pedra para o ar, o ato só se completará quando a reação trouxer a pedra de volta ao solo. Nesse caso, o efeito segue a causa tão rapidamente que não é difícil relacionar os dois.

No entanto, se dermos corda a um despertador, a força fica armazenada na mola até que um certo mecanismo a liberte. Então, se produz o efeito – o som da campainha – e, embora tenhamos mergulhado no sono mais profundo, a reação ou o desenrolar da mola ocorreu da mesma forma. Similarmente, atos que há muito esquecemos em algum momento irão produzir os resultados consequentes, e assim obteremos uma resposta aos nossos atos-orações.

Contudo, há a verdadeira oração mística – a oração em que encontramos Deus, face a face, como Elias o encontrou. Não é no tumulto do mundo, no vento, no terremoto, ou no incêndio que O encontramos, e sim quando tudo se aquieta, e uma voz silenciosa nos fala vinda de dentro. O silêncio requerido para esta experiência não é um mero silêncio de palavras. Nem há as imagens interiores que passam geralmente diante de nós na meditação.

Tampouco há necessidade de pensamentos, mas todo o nosso ser assemelha-se a um calmo lago tão límpido quanto um cristal. Nele, Deus Se espelha, e experimentamos a unidade que torna a comunicação desnecessária, seja por palavras seja por qualquer outro meio. Sentimos tudo aquilo que Deus sente. Ele está mais próximo de nós do que nossas mãos e nossos pés.

Cristo nos ensinou a dizer: “Pai nosso que estais no céu”, etc. Esta oração encerra a mais sublime forma de expressão encontrada sob forma de palavras, mas a oração da qual me refiro pode, no instante da união suprema, ser expressa numa única palavra não pronunciada: “Pai”. O devoto, quando está realmente submerso em oração, nunca vai mais longe. Ele não faz pedidos, para que? Não tem ele a promessa: “O Senhor é meu Pastor, não me faltará?”. Não lhe foi dito para buscar primeiro o Reino do Céu, e que tudo o mais lhe será acrescentado? Talvez sua atitude possa ser melhor entendida se fizermos a comparação com um cão fiel olhando para a face do seu dono com uma devoção muda, com toda a sua alma transparecendo através de seus olhos cheios de amor. De forma semelhante, naturalmente com intensidade muito maior, o verdadeiro místico olha para o Deus interno e se derrama todo em muda adoração. Desse modo, podemos orar sem cessar, internamente, enquanto trabalhamos como servos diligentes no mundo externo; pois nunca esqueçamos que o objetivo não é desperdiçar nossas vidas sonhando. Enquanto rezamos a Deus internamente, devemos também trabalhar para Deus externamente.

(Perg. 166 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Diz-se que quando o Novo Testamento menciona o “Filho do Homem” quer se referir ao Espírito Solar. Os adoradores do Sol foram considerados idólatras. Nós também seríamos considerados como tais?

Pergunta: Diz-se que quando o Novo Testamento menciona o “Filho do Homem” quer se referir ao Espírito Solar. Os adoradores do Sol foram considerados idólatras. Nós também seríamos considerados como tais?

Resposta: Todo aquele que não segue os padrões de seu tempo é um idólatra. Quando o Sol, por precessão, a deixou constelação de Touro e entrou em Áries foi emitida a ordem “Não adoreis o bezerro de ouro; isso é idolatria”. 

Posteriormente, quando chegou a era Cristã, houve uma nova aliança e não se devia mais praticar o Judaísmo com suas oferendas, pois Cristo chegara e houve um único sacrifício por todos. Tornou-se idolatria executar o antigo sacrifício. Não há nenhum outro nome dado sob o céu pelo qual nós devemos ser salvos, a não ser o nome de Jesus Cristo. Mais tarde, quando Cristo entregar tudo nas mãos do Pai, haverá um novo padrão e será idolatria voltar aos nossos ideais de hoje.

(Revista Serviço Rosacruz – 12/73 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Se a mulher é a emanação do homem (a história da costela de Adão), ela, no retorno final à unidade, será reabsorvida, perdendo a sua individualidade na divindade masculina?

Pergunta: Se a mulher é a emanação do homem (a história da costela de Adão), ela, no retorno final à unidade, será reabsorvida, perdendo a sua individualidade na divindade masculina?

Resposta: A “história da costela” é um daqueles exemplos de ignorância gritante por parte dos tradutores da Bíblia – os quais não possuíam qualquer conhecimento oculto – ao lidar com a língua dos hebreus, que na escrita não era dividida em palavras e não tinha pontos indicando as vogais. Inserindo vogais e dividindo as palavras diferentemente, podem-se obter, em muitos trechos, várias interpretações para o mesmo texto. Este é um caso onde uma palavra colocada de um certo modo é lida “tsad” e de outro modo “tsela”. Os tradutores da Bíblia leram no relato que Deus havia extraído algo de um lado de Adão (tsela), e ficaram confusos sobre o que poderia ter sido. Assim, pensaram que, talvez, o prejuízo menor seria tirar-lhe uma costela (tsad), daí a versão absurda que resultou.
O fato é que o ser humano, no início, se parecia com os Deuses, “feito à imagem deles”, macho e fêmea, um hermafrodita. Mais tarde, uma parte foi-lhe tirada, o que ocasionou a divisão em dois sexos. Pode-se dizer ainda que o primeiro órgão que se desenvolveu até a forma como se apresenta hoje, foi o órgão feminino, a parte feminina que sempre existiu em tudo antes do masculino, que veio depois. De acordo com a lei em evolução, “os primeiros serão os últimos”, o feminino permanecerá um sexo distinto mais tempo que o masculino, portanto, o consulente está errado nas suas suposições. O masculino é que será absorvido no feminino. Podemos verificar que, atualmente, o órgão masculino está se contraindo gradualmente na sua base e cessará finalmente de existir.

Quanto à mulher perder a sua individualidade, isso é impossível. O propósito da evolução é justamente tornar-nos individualizados, autoconscientes e separados durante a evolução, autoconscientes e unidos durante os interlúdios entre manifestações.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

Pergunta: Encontramos na Bíblia, no Livro de Jó, as seguintes palavras: “Podes atar as cadeias das Plêiades ou soltar os atilhos do Orion?” (Jo 38:31). Essas estrelas exercem alguma influência sobre os seres humanos?

 

Resposta: Sim, não há dúvida que todas as estrelas no universo exercem alguma influência sobre os seres humanos, e alguns astrólogos marcam as posições de várias estrelas fixas ao levantar um horóscopo. A nosso ver, isso é apenas uma perda de tempo e trabalho, pois a Mente humana tem agora uma prova suficientemente forte para equilibrar as influências interagentes das Casas, Signos e Aspectos dos Astros, de tal maneira que seja possível ler com precisão a mensagem completa das estrelas, como é mostrada por esses fatores elementares. Pode-se afirmar, contudo, no tocante às Plêiades, que são uma das três manchas nebulosas do Zodíaco que, segundo descobriu-se, exercem uma influência perniciosa sobre os olhos em determinadas configurações do horóscopo do Sol ou da Lua com Saturno, Marte, Urano e Netuno.

(Perg. 109 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: A Bíblia menciona os Fariseus, Saduceus e Publicanos, mas não faz referência aos Essênios. Vocês podem esclarecer isto?

Pergunta: A Bíblia menciona os Fariseus, Saduceus e Publicanos, mas não faz referência aos Essênios. Vocês podem esclarecer isto?

Resposta: Os Fariseus, Saduceus e Essênios eram todos de seitas religiosas pertencentes à raça judaica. Os Publicanos eram cobradores de taxas ou tributos, daí o povo não gostar deles.

Os Fariseus pertenciam a uma seita religiosa separada do resto dos Judeus por causa da devoção e cumprimento rigoroso e formal dos ritos e cerimônias contidos na lei escrita. Os Fariseus pretendiam fazer da religião algo supremo na vida da nação. Eles aceitavam a tradição dos escribas, acreditavam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na futura recompensa, na vinda do Messias, nos Anjos e espíritos, na divina providência e livre arbítrio.

Os Saduceus formavam um partido ou seita ligada aos sacerdotes aristocratas e estava política e doutrinariamente em oposição aos Fariseus. Eles estavam abertos às influências mundanas de todos os tipos; eles aceitavam a lei escrita, mas rejeitavam as tradições dos escribas, a esperança Messiânica, a doutrina da ressurreição, a existência de Anjos, espíritos e demônios. Eles ridicularizavam a imortalidade pessoal e a recompensa numa vida futura, também a dominante mão de Deus nas ações da humanidade e exigiam o livre arbítrio.

Os Essênios formavam uma espécie de Fraternidade esotérica que foi encarregada dos Ensinamentos de Mistérios. Viviam uma vida comunitária, cada um compartilhando tudo com todos os outros membros da colônia. Eles eram quietos, cidadãos obedientes à lei, leais com seu País e dispostos a ajuda-lo por meio do pagamento de impostos. Obedeciam às autoridades, reconheciam os sagrados livros dos Judeus, mas o interpretavam esotericamente.

Essas pessoas bondosas e despretensiosas guardavam os dez mandamentos sem reserva porque eles tinham a lei dentro deles e não por causa de influências de fora. A poligamia era protegida pela lei e praticada muito comumente pelos Judeus, mas não entre os Essênios. Para eles, o casamento não era um contrato feito pelo homem, mas um sacramento sagrado que ligava um homem a uma mulher.

Havia dois grupos ou ordens distintas entre os Essênios. Um grupo casava no plano material e usava a força criadora com o propósito de fornecer corpos para os Egos renascentes. A relação no casamento não era proibida na outra ordem, mas era elevada a uma pura esfera de amor, de alma para alma, uma verdadeira união espiritual. A cerimônia de casamento dos Essênios não estava de acordo com o costume Judeu que requeria um contrato assinado entre os parentes. Esse contrato continha muitos detalhes com especificações relativas a dinheiro, casas, gado e terras, mas não fazia referência ao sagrado sacramento da instituição. O marido podia se separar de sua mulher, a qualquer tempo, dando-lhe uma carta de divórcio, o que constituía um cancelamento legal do contrato.

No que se referem às diferenças nos regulamentos do casamento, os Essênios nunca mandavam seus casais casados para colônias distantes da proteção da Ordem. Mulheres casadas sem um contrato estavam em perigo de serem molestadas e possivelmente perseguidas.

Maria e José eram Iniciados da mais elevada ordem dos Essênios. Eles receberam o sacramento do matrimônio, mas eles eram castos e desprovidos de paixão. Por causa de sua extrema pureza e grandes atributos espirituais, foram escolhidos para tornarem-se pais do Ego conhecido como Jesus.

Os Essênios desapareceram da Palestina tão misteriosamente como apareceram. A Ordem Maçônica buscou sua origem nessa Fraternidade misteriosa, assim como a Ordem dos Rosacruzes.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 12/85 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Pergunta: No Apocalipse, São João diz: “E já não haverá mar”. O que isso significa?

Resposta: Significa exatamente o que é dito, pois a Terra está passando por inúmeros estágios evolutivos que propiciam as condições necessárias para o nosso desenvolvimento. Houve uma era de escuridão, durante a qual o material do nosso planeta achava-se reunido em um estado de fermentação e germinação, os quais produziam calor e, no momento em que foi proferido o fiat criador:

 

“Faça-se a luz”, esse material transformou-se numa névoa de fogo luminosa, girando em torno do seu eixo e aquecendo a atmosfera circundante, a qual logo esfriava ao entrar em contato com o espaço exterior. Assim foi gerada a umidade que caía sobre o planeta incandescente, resultando em vapor que se elevou em direção ao espaço, uma neblina ígnea.

Durante eras, esses processos de evaporação e condensação aconteceram até formar-se uma crosta sólida que cobriu a Terra e se tornou o que chamamos terra firme e seca, da qual se elevava uma espécie de bruma, tal como descrita na Bíblia. Esse vapor esfriava-se, condensava-se e caía sobre a terra em forma de chuva, o que, gradualmente, clareou o ar propiciando-nos às condições atmosféricas prevalecentes até hoje. No passado, possuíamos corpos que nos permitiram viver nos diversos ambientes terrestres; atualmente, nossos veículos são, em sua maior parte, compostos de água, tal como são os corpos dos animais e vegetais. Apesar disso, a Bíblia diz que tanto a carne quanto o sangue não podem herdar o Reino de Deus. Ela também diz que deveremos descartar-nos do corpo físico e elevar-nos no ar. Daí a citação do Apocalipse, 21:1. “E já não haverá mar”. Desse modo, as condições gerais nos sãos apresentados, e há alguns indícios mostrando que, embora essas mudanças estejam ocorrendo lentamente, elas estão realmente surgindo. Os cientistas começam agora a admitir que a Terra está perdendo umidade. Lemos num artigo publicado no “Literary Digest”: “Muitas autoridades reconhecem que a Terra está perdendo lentamente a sua umidade. Isto ocorre como é parcialmente explicado por C. F. von Hermann, em Science (New York), pela ação das descargas elétricas no vapor em decomposição. Um dos gases componentes, o hidrogênio, é muito leve e sobe até as camadas superiores da atmosfera terrestre, de onde é finalmente expelido.

Essa perda de hidrogênio significa, na realidade, uma perda de água. A decomposição da umidade da Terra, com o seu desaparecimento final, é causada também por outros agentes, especialmente pelo efeito dos raios luminosos da parte superior do espectro. O Sr. von Hermann cita um escritor em Umschau, Dr. Karl Stoeckel, que disse: “Acredita-se que os raios ultravioletas da luz solar, que incidem sobre o vapor de água em suspensão na camada inferior da atmosfera terrestre, decompõem uma pequena parte desse vapor para produzir o hidrogênio, que se eleva a grandes altitudes”.

A respeito disso, o Sr. von Hermann comenta: “Não creio ter sido verificado antes que a superfície da Terra está continuamente perdendo hidrogênio por meio da decomposição do vapor de água provocada por cada relâmpago”. Pickering e outros já reconheceram as linhas de hidrogênio no espectro de um relâmpago, e estudos mais amplos na meteorologia mencionam que os clarões dos relâmpagos decompõem uma certa quantidade de água. O hidrogênio formado por cada relâmpago, eleva-se rapidamente à atmosfera superior e perde-se no espaço.

(Perg. 80 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Pergunta: Há algum trecho na Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento, onde é dito aos seres humanos, que se casem e vivam depois como irmão e irmã, sob quaisquer circunstâncias? Se isto não consta na Bíblia, por que é ensinado por vocês?

Resposta: Os Semitas Originais foram a quinta das raças Atlantes. Surgiram da Atlântida submersa, como foi contado de várias formas nas histórias de Noé e Moisés. Seu destino era uma Terra Prometida, não a pequena e insignificante Palestina, mas a terra como ela é hoje constituída. Era prometida porque estava passando por mudanças que ocorrem quando, uma nova raça está preparada para tomar posse dela. Inundações haviam destruído a civilização Atlante. No deserto de Gobi, na Ásia Central, vagueava o núcleo das presentes raças Arianas.

Na época em que tal núcleo estava para se tornar uma raça que povoaria o mundo, é natural que a procriação de crianças fosse de importância capital. Era considerado como dever de todos gerar um grande número de filhos e ser fecundo. Atualmente, não estamos vivendo naquela época, o mundo está mais povoado, e os Egos reencarnantes estão mais cautelosos, não se empenhando tanto em conceber. Nós nunca apregoamos o celibato geral, nem dissemos que as pessoas devem casar-se e depois viver como irmãos durante todo o tempo, mas ensinamos que as pessoas casadas devem, de acordo com as circunstâncias, ajudar a perpetuar a raça. Quer dizer, se ambos, marido e mulher, estão física, moral e mentalmente em condições, e possuem um lar onde um Ego encarnante possa ter a oportunidade de renascer e adquirir experiência, eles deverão oferecer-se como um sacrifício vivo no altar da humanidade e fornecer a substância de seus corpos para prover um Ego de um veículo, recebendo-o em seu lar como receberiam um convidado querido, gratos por poder fazer por ele o que outros lhes fizeram. Mas, quando o ato de fecundação tiver sido realizado, eles deverão abster-se de outras relações sexuais, até que se sintam novamente preparados para gerar o corpo de outra criança. É esse o ensinamento dos Rosacruzes a respeito da relação ideal entre marido e mulher. Eles sustentam que a função criadora não deveria ser usada com propósitos sensuais, mas para a perpetuação da raça, como foi, naturalmente, designada. Essa é uma situação ideal e pode estar fora de alcance para a maioria das pessoas no presente momento, como o é a prescrição de amar os nossos inimigos. No entanto, se não tivermos ideais elevados, não faremos progresso algum.

(Perg. 21 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Pergunta: Por que as cores do véu do Templo e das vestes sacerdotais eram, como foi mencionado no Êxodo, azul, púrpura e escarlate, em lugar de serem as três cores primárias?

Resposta: O Tabernáculo no Deserto foi a primeira igreja que o ser humano erigiu sobre a Terra. Quando a humanidade saiu das bacias terrestres devido à condensação das águas que antes pendiam como uma densa neblina sobre a terra, a visão espiritual que os havia guiado até ali tornou-se um obstáculo para o seu desenvolvimento físico. Consequentemente, ela foi diminuindo, e os sentidos dos seres humanos passaram a focalizar-se no mundo físico.

Essa mudança acarretou uma separação das Hierarquias Divinas que, até aquele momento, haviam guiado o ser humano no caminho da evolução. Elas tornaram-se invisíveis e o indivíduo sentiu a sua falta. Então, despertou em seu coração um desejo de Deus, que ficou satisfeito ao ser-lhe dado o Tabernáculo no Deserto e ao ser-lhe prescritas certas leis divinas no sentido de orientá-lo. Jeová era o Legislador e o Gênio particular dos Semitas Originais, que foram a raça de origem da futura Época Ária, e, atrás d’Ele permanecia o Altíssimo, o Pai. Isto é confirmado em certas passagens como no Deuteronômio, capítulo 32, versículos 8 e 9, onde é dito que o Altíssimo dividiu o povo em nações, reservando uma certa porção do povo ao Senhor, que o guiou e o levou para fora do Egito (terra onde se venerava o Touro), rumo à Era Ária do Arco-íris. Esta foi inaugurada com o uso do sangue do Cordeiro, Áries, no holocausto (Passover) realizado por Noé e pelas leis dadas através de Moisés, as quais foram simbolicamente mostradas no Tabernáculo no Deserto.

A cor do Altíssimo, o Pai, é um azul espiritual. A cor de Jeová é o vermelho (simbolizando o sacrifício sangrento), e a mistura destas duas cores produz a púrpura. Por essa razão, estas duas cores fizeram-se presentes no véu do Templo, além da cor branca indicando, de forma simbólica, a falta de alguma coisa. Sob o regime de Jeová era necessário aplicar o lema: “olho por olho e dente por dente”. Era uma exigência da lei ditada por Ele e transmitida a Moisés. Essa Lei reinou até Cristo, que nos trouxe, então, a graça e a verdade, rasgando assim, o véu do Templo.

Sob essa lei antiga, os sacrifícios de animais eram obrigatórios, pois a humanidade ainda não aprendera a fazer sacrifícios de si mesma.

Quando Cristo mostrou o caminho da verdade e da vida, oferecendo-Se em sacrifício, o véu do Templo rasgou-se, estava abolido o antigo sistema, e um novo caminho foi aberto para a salvação “de todo aquele que o desejar”.

Na nova dispensação não há véu sobre o qual possa ser colocada a cor do Iniciador. Encontrou-se uma forma melhor de marcar individualmente com Sua cor dourada aqueles que são de Cristo. Na verdade, todos os que seguem o caminho do serviço e do auto sacrifício desenvolvem em sua própria aura a cor dourada de Cristo, a terceira das cores primarias. Essa aura é a veste sacerdotal da nova dispensação, sem a qual ninguém pode penetrar no Reino, e nenhuma veste pode ser conseguida por meio de pseudo-iniciações, não importa qual tenha sido o preço pago.

(Perg. 82 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

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