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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Cura Moral: a pessoa sabe o que fez; entende a cura e não faz mais o que causou a doença

Continua a causar perplexidade, em todo o mundo, o fato de várias enfermidades ainda resistirem aos mais sofisticados recursos da medicina que são utilizados para seu tratamento.

Nas peças orçamentárias das nações, vultuosas importâncias são canalizadas para a saúde. A movimentação de tais recursos traduz-se na construção de bem aparelhados hospitais; na criação, manutenção e ampliação de centros de pesquisas; na formação de profissionais categorizados, etc. No âmbito da iniciativa privada, encontramos laboratórios investindo constantemente na elaboração de novos medicamentos para combater diversos estados patológicos. Outras empresas valem-se de tecnologia altamente sofisticada na fabricação de instrumentais cirúrgicos, visando a atender as mais prementes necessidades da ciência médica. Mobiliza-se, portanto, toda a capacidade do cérebro humano para deter a ação desse flagelo chamado enfermidade. É um desafio sem fronteiras.

O Estudante Rosacruz, dentro de seu campo particular de pesquisa científico-espiritual deve procurar conhecer a gênese das enfermidades. Max Heindel, em sua obra “Princípios Ocultos de Saúde e Cura, nos oferece interessantes subsídios a respeito. Diz o fundador da Fraternidade Rosacruz que embora as condições ambientais, mudanças climáticas, os acidentes ou fatores hereditários, etc., pareçam constituir as causas determinantes da enfermidade, sua origem encontra-se em nós mesmos, em nossa conduta moral. Nossas doenças provêm de uma errônea maneira de viver, pensar e sentir. São o resultado de erros passados ou presentes. Decorrem de nosso descuido em não atender ao chamamento interno de nossa consciência que, constantemente, procura sobrepor-se a nossa natureza inferior.
Como membros da Fraternidade, fazemos a apologia do Método de Cura Rosacruz, transmitido a Max Heindel pelos Irmãos Maiores. Tal sistema curador promove a saúde do corpo pela combinação da Panaceia Espiritual, do naturismo, da dietética e de outros meios afins.

O paciente, naturalmente, deverá observar certas normas componentes do método. O primeiro passo é dirigir-se, por carta, ao Departamento de Cura de um Centro Rosacruz , redigindo-a de próprio punho, com tinta lavável (nanquim de uma caneta tinteiro). A carta deverá conter um relato de seu estado patológico e uma solicitação de ajuda. Será orientado através de correspondência (encontre mais detalhes aqui: Como Funciona e Como Solicitar Auxílio).

Receberá uma pequena tabela onde estão discriminadas as “Datas de Cura”. Nos dias apropriados, quando a Lua transita por um Signo Cardeal, deverá, às 18:30 horas, retirar-se a um lugar tranquilo. Em seguida mentalizará a Rosa Branca e Pura no centro do Símbolo Rosacruz, na parede oeste do Templo de Cura da Sede Mundial concentrando-se, com toda a intensidade de que seja capaz, no AMOR DIVINO CURADOR.

Nesses dias, o paciente deverá datar e assinar, com tinta lavável (tinta nanquim, não se deve usar caneta esferográfica ou hidrográfica) um formulário específico para esse fim. Ao cabo de 4 (seis) semanas consecutivas deverá remetê-lo ao Departamento de Cura, acompanhado de uma carta relatando suas atuais condições de saúde.

O Método de Cura Rosacruz é notavelmente eficaz. São muitos os casos de curas consideradas como verdadeiramente milagrosos. Guarda-se, contudo, sigilo sobre os mesmos por uma questão de ética.

Toda enfermidade manifesta-se primeiramente no Corpo Vital, para expressar-se, posteriormente, no Corpo Denso. Os chamados “Auxiliares Invisíveis” da Fraternidade Rosacruz, devidamente instruídos nesse mister, manipulam o órgão afetado, em sua contraparte etérica, aplicando-lhe a Panaceia. Restauram a harmonia do órgão afetado, normalizando as vibrações. Portanto, a cura, também, efetua-se primeiramente no Corpo Vital.

Há grande interesse dos Estudantes Rosacruzes em conhecimentos mais profundos sabre a Panaceia. Os dicionários definem-na como um remédio universal para curar todos os males.

É uma palavra de origem grega: PANA’KEIAS. PANA (tudo ou pão) e AKESTAR (curar). Literalmente quer dizer “o pão que cura”, ou seja, o remédio com a fórmula para tudo curar.

Max Heindel assistiu, no Templo da Ordem Rosacruz, a elaboração da Panaceia. Diz ele: “A Panaceia faz com que a substância concentrada da vida de Cristo flua através do corpo do paciente, dando a cada célula um ritmo que desperta o Ego preso em sua letargia, devolvendo-lhe o vigor e a saúde”. Em outra passagem afirma: “É uma visão inolvidável. Ao penetrar no Templo, vi três esferas suspensas no teto, no meio do salão. Na esfera superior observei um pequeno recipiente com vários pacotes cheios de substância do Espirito Universal. Os Irmãos sentaram-se numa certa posição, enquanto a música preparava o ambiente. Inesperadamente as três esferas começaram a brilhar com as três cores primárias: a superior, azul; a intermediária, amarelo e a inferior, vermelho. Durante esse encantamento cheio de beleza, reparei que o recipiente dos pacotes se iluminou de uma essência espiritual. Vi como os Irmãos tomaram essa substância, aplicando-a aos pacientes adormecidos, à medida que os visitavam a noite. Quanto ao efeito da Panaceia, é maravilhoso. Quando aquela substância era aplicada, irradiava-se pelo corpo do paciente como uma luz mágica, destruindo toda matéria cristalizada que cobria os centros espirituais do corpo enfermo. A cura era instantânea e o paciente despertava são na manhã seguinte”.

O auxílio prestado pelo Departamento de Cura é efetivo e real. Cabe, entretanto, ao paciente colaborar, fazendo a sua parte. Cumpre-lhe observar certos princípios, sem o que tudo resultará em malogro. Enfatizando a importância de tais princípios, recordemos algumas passagens do Novo Testamento, em que Cristo-Jesus realizou algumas curas:

– Mateus – cap. 8, vers. 13: “E então disse Cristo Jesus ao centurião: Vai-te e seja feito conforme a tua fé. E naquela mesma hora o servo foi curado.”.

– Mateus – cap. 9, vers. 2: “E eis que lhe trouxeram um paralitico deitado num leito. Vendo-lhe a fé, Cristo Jesus disse: Tem bom ânimo filho: estão perdoados os teus pecados. Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.”.

– Mateus – cap. 9, vers. 19 a 22: “E Cristo Jesus, levantando-se, o seguia e também os seus discípulos. E eis que uma mulher que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás d’Ele e lhe tocou na orla da veste. Porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada. Cristo Jesus voltando-se e vendo-a disse: Tem bom ânimo filha, tua fé te salvou.”.

– João – cap. 5: “Então lhe disse Cristo Jesus: Levanta-te, toma teu leito e anda. Mais tarde Cristo Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda coisa pior.“.

Vimos aí que eram três as condições necessárias para que a cura se realizasse, assumindo caráter permanente:
1 – Não pecar mais;
2 – Ter bom ânimo;
3 – Ter fé.
Hoje, mais do que nunca, essas condições prevalecem. O paciente, segundo o Método de Cura Rosacruz, deve observar as seguintes normas de conduta, análogas aquelas acima mencionadas:

1 – NÃO TRANSGREDIR AS LEIS NATURAIS – Compreende a adoção de uma dieta pura e adequada a sua constituição, hábitos saudáveis, higiene pessoal e caseira, uso legítimo da força criadora, temperança, etc.

2 – NUTRIR PENSAMENTOS E SENTIMENTOS POSITIVOS – Significa manter o equilíbrio e a serenidade em quaisquer circunstâncias. Não albergar pensamentos sombrios, pessimistas ou derrotistas. Não perder o controle das emoções. Não ceder aos impulsos da ira, da inveja, do medo, do desânimo. Nada temer. Se “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, não há razão para temores. Em momentos de hesitação conscientizar-se da Divina Presença. Amar sempre. A tudo e a todos. Amor e alegria. É luz. Mal algum resiste ao poder do amor.

3 – TER FÉ NO DIVINO PODER DE CURA – Viver na convicção de que receberá ajuda e a consequente cura.

Deduz-se, pelo exposto, que a cura depende de uma atitude interior, de uma postura moral. É preciso que o paciente envide esforços no sentido de regenerar-se, pois caso contrário obstaculizará as forças que pretendem auxiliá-lo. Por exemplo: um indivíduo sofre de problemas hepáticos. Solicita ajuda ao Departamento de Cura, obtendo-a em seguida. Tão logo sinta-se melhor, volta a beber seu uísque diário. Ninguém se surpreenda se repentinamente a enfermidade voltar a atormentá-lo. Ora, ele está transgredindo uma lei natural, frustrando o processo de cura. É como alguém, que desejando atravessar um rio profundo, sem dispor de meios, resolve construir uma jangada. Alcançando a outra margem, ao invés de abandonar a jangada que construiu, resolve arrastá-la consigo pela terra a dentro. Sua caminhada será difícil e sofrida, pela presença de algo pesado e, agora, sem utilidade. O álcool, num passado longínquo, já serviu ao propósito da evolução. Hoje, porém, só denigre e atrasa. Nota-se, então, como muitas pessoas teimam em carregar, às costas, pesadas jangadas.

Hipócrates, o “Pai da Medicina”, viveu no quinto século A. C. Dedicou-se a arte de curar, fazendo-o com extrema amorosidade. Tratava o paciente como um todo: Corpo, Mente e Espírito. Atribuiu-se-lhe uma frase célebre: “Não há doenças, mas doentes”. Os doentes da alma acabam por adoecer fisicamente. A dor serve para alertar. O sofrimento significa que algo está errado.

Como a humanidade reluta em compreender e viver essas verdades, as Divinas Hierarquias utilizam as alternâncias para alertá-la quanto às suas transgressões. Assim, “bem e mal”, “bom e mau”, “dor e prazer”, “alegria e tristeza”, servem de parâmetros para avaliação de conduta e estabelecimento de relação causa e feito. Se sofremos é porque produzimos alguma desarmonia. Só a harmonia nos trará a plenitude.

No expressivo poema: A Alma, como a Natureza, tem suas Estações, transparece essa necessidade de extrair lições das alternâncias como meio de lograr um equilíbrio perfeito:

Quando te sintas desanimado e triste,
e desejas estar alegre, contente e esperançoso.
Acaso te perguntas, como eu amiúde faço:
Porque deve haver dias lúgubres e cinzentos?
Porque o coração guarda silêncio e não entoa sua alegre canção?
E, então pergunto a Deus: o que é que faz com que a vida seja assim?
Sua explicação faz com que todas as coisas se tornem claras.
A alma tal como o ano tem suas estações. O ser humano deve passar, também, pela
morte do Outono da Vida, e ter seu coração congelado pelo alento frio do Inverno.
Mas a Primavera sempre chega com nova vida e nascimento, seguida pelo Verão para aquecer a terra.
Que grande consolo é saber que há estações; que as almas, como a natureza, devem também ter suas estações.
Estações generosas e estéreis também; tempo de regozijo e tempo de tristeza.
Porque com igualdade, que simples a vida seria. Porque só a retidão na Vida, pode tornar a alma livre.
E isto requer uma mescla do amargo e do doce, para amadurecer nossas vidas, tomando-as completas
.”.

(Por Gilberto A V Silos, publicado na Revista: Serviço Rosacruz – 03/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Corpo de Pecado: um resultado de uma vida praticando o mal e o efeito na próxima vida

Um Corpo de Pecado é formado pela união do Corpo Vital e do Corpo de Desejos de uma pessoa que desencarnou, a qual em uma determinada vida foi muito cruel e egoísta. Quando tal pessoa morre, a maldade e o ódio que foi gerado em sua Mente e no seu Coração ocasiona o entrelaçamento, ou seja, uma união entre seus Corpos de Desejos e Vital tornando-os uma ameaça para a sociedade. Essa é uma das razões pelas quais a pena de morte deveria ser abolida. Quando uma pessoa má, como está sem o seu Corpo Denso, depois da morte, e encontra uma pessoa de vontade fraca pode, facilmente, fazer essa pessoa de vontade fraca vítima da influência daquela pessoa má e causar àquela muitos danos, enquanto estiver sob sua influência.

Muitos criminosos – pessoas o suficientemente más que criaram os seus Corpos de Pecado – se apegam a Terra, após a morte, e passam anos e anos incitando outras pessoas a fazerem maldades. Acumulam uma carga enorme de Destino Maduro, que deverá ser pago em algum tempo futuro. Quando, finalmente, o Espírito, depois de purgar suas dívidas, deixa o Purgatório, então lhe é permitido ascender ao Primeiro e Segundo Céu, onde permanecerá durante muitos anos. No entanto, o seu Corpo de Pecado é capaz de viver uma existência independente, por centenas de anos e se mostrar até como tendo uma consciência individual, que o manterá a espera do Ego que o criou. Quando este Ego renascer, esse Corpo de Pecado será atraído por ele e, normalmente, estará ao seu lado, como uma espécie de demônio, por toda a sua vida. Assim, este Corpo de Pecado vai procurará causar todos os problemas possíveis a este Ego.

Uma noite alguns Auxiliares Invisíveis saíram com sua amiga, uma Irmã Leiga. Todos estavam em seus veículos superiores e foram prestar auxílio as pessoas.

Esta Irmã Leiga trabalha com pessoas que têm problemas em seus Corpos de Pecado e os ajuda, da maneira que pode.

Uns dos Auxiliares Invisíveis solicitou a Irmã Leiga que lhes mostrasse um vampiro, porém, não havia nenhum ali naquele momento. Entretanto, viram muitas pessoas em seus Corpos de Pecado, seguindo-os. Estas pessoas carregavam em seus rostos uma expressão de medo e olhavam como se esperasse que um problema acontecesse.

Estes Corpos de Pecado tinham um aspecto deplorável. A parte do corpo que foi utilizada para maldade era desproporcional, em relação ao resto. Por exemplo, um homem que em sua vida passada utilizou suas mãos para enforcar ou aplicar torturas em várias pessoas, tinha uma mão, visto em seu Corpo de Pecado, enorme, que quase tocava o chão. Outro homem que tinha expressado muitos maus pensamentos, por meio do seu cérebro, tinha, em seu Corpo de Pecado, uma enorme cabeça. Outro homem que tinha se incumbido de práticas imorais, tinha, em seu Corpo de Pecado, órgãos sexuais geradores enormes. Estes Corpos de Pecado eram de aparência espantosa e os Auxiliares Invisíveis ficaram surpresos ao vê-los.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Necessária Vigilância sobre os Hábitos

Leis naturais imutáveis regem o Corpo Denso. Todos os estados enfermiços são o resultado da violação dessas leis, seja consciente ou ignorantemente. Se alguém se encontra em precárias condições de saúde, é porque subestimou os princípios fundamentais regentes do bem-estar corporal. Se você almeja recobrá-la e conservá-la, deve compreender estes princípios e regular seus hábitos de conformidade com eles. Isto é o que Cristo-Jesus proclamou ao afirmar ao paralítico curado: “Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda coisa pior”.

Cristo não poderia conceder ao doente ou enfermo uma saúde permanente, se ele, que fora beneficiado pela Força Curadora, não renunciasse aos seus maus hábitos, em verdade, os causadores da moléstia.

A saúde deve ser o estado natural do Corpo Denso. Nosso organismo possui defesas naturais. É de vital importância, portanto, compreender que a enfermidade nos atinge como resultado inevitável da debilitação dessas defesas, deprimidas por vícios e hábitos errôneos. Assunto correlato foi abordado pelo eminente médico Dr. Salomão Chaib, em seu artigo “O Câncer e as Defesas do Corpo”, publicado na edição de 25/09/77, do jornal “City News de S.Paulo”:

“Fazendo cultura de células cancerosas de dois doentes: portadores do mesmo tipo de câncer do cérebro, mas um com tumor localizado, sem ramificações, crescendo muito lentamente e outro invadindo todo o corpo, em fase adiantada, um cientista quis saber por que às vezes o organismo se defendia, lutava e isolava o tumor e outras vezes, não. Separou glóbulos brancos do sangue dos dois doentes e misturou com a cultura de células cancerosas. Qual não foi sua surpresa ao notar que os glóbulos dos dois doentes atacavam igualmente as células cancerosas. Por que, então, não o faziam no organismo?

Procurando uma explicação, retirou um pouco do soro do doente que estava morrendo e colocou em contato com a cultura. Imediatamente, os glóbulos brancos, de ambos os doentes ficaram inertes, deixaram de atacar as células cancerosas.

Concluiu, então, que havia no sangue uma substância produzida pelo câncer e injetada no organismo capaz de bloquear seu mecanismo de defesa. O fato mais extraordinário dessa observação foi que, examinando o soro de embriões de animais tirados dos ventres da mãe ainda nas primeiras semanas de gestação, os investigadores encontraram a mesma substância produzida pelo câncer para paralisar as reações imunológicas do nosso corpo.

Essa substância também foi encontrada em fetos humanos. Compreende-se agora por que a mãe não rejeita o filho, em grande parte constituído de material estranho do pai. Suas defesas contra ele estão paralisadas por essa substância bloqueadora. Procurou–se observar a possível relação entre a queda de nossas resistências e o aparecimento do câncer e logo ficou patente existir grande concomitância entre os dois fatos.

No início, o enfraquecimento das reações defensivas parece permitir o crescimento de células tumorais, e mais tarde essas células irão se proteger contra o organismo injetando nele a substância bloqueadora. Em certos tipos de câncer como, por exemplo, o do colo do útero, mesmo ainda muito pequeno, do tamanho de um grão de arroz, já se observa queda violenta nas defesas imunitárias da mulher.

Outros, porém, como o do estômago, à medida que crescem vão debilitando essas defesas.

Daí passaram os cientistas a observar as condições de maior frequência do aparecimento do câncer. Verificaram, com surpresa, que é muito maior a incidência de câncer entre pessoas enfraquecidas do que em pessoas sadias, vigorosas, de vida normal. À prova mais evidente disso foi dada pelos doentes que necessitavam de transplante de rim. Nesses indivíduos, submetidos à irradiação a fim de destruir seu poder imunológico e evitar a rejeição, é alta a frequência de câncer. Pessoas que trabalham sem proteção adequada com aparelhos de raio X, com substâncias radioativas, são propensas a adquirir o câncer.

Pode-se, então, compreender por que o câncer ataca mais fumantes e alcoólatras. O fumo e o álcool são fortes depressores do nosso sistema de defesa. Ratos e cobaias, submetidos artificialmente à ação do cigarro, por tempo prolongado, desenvolveram câncer numa média que variou de 20% até 50%. Quando se mantém um sistema imunológico de defesa íntegro, em plena capacidade, é muito difícil contrair o câncer Experiências feitas inoculando câncer em voluntários condenados à morte nos Estados Unidos (que tiveram sua pena adiada a fim de permitir a observação a longo prazo), demonstraram que, em todos os casos, o tumor foi cercado e destruído pelas defesas do indivíduo. Jamais se conseguiu que qualquer desses prisioneiros adquirisse câncer.

Todos os tipos de tóxicos, químicos, vegetais (maconha), atmosféricos (fumaça), stress, esgotamento físico e mental, são depressores de nossas defesas. Um dos métodos interessantes de avaliação de nossas defesas imunitárias consiste em injetar numa pessoa pequena quantidade de um produto completamente estranho, fabricado artificialmente e com o qual ela nunca teve contato. O organismo produzirá anticorpos específicos para destruir esse corpo estranho. Passado algum tempo, introduz-se novamente o mesmo produto e imediatamente os anticorpos existentes passarão a atacá-lo e rejeitá-lo. Se o indivíduo estiver com baixo poder de defesa, esses anticorpos não se formarão ou serão insuficientes e a substância permanecerá em nosso corpo, que se mostrará inerte diante dela como de uma célula cancerosa.”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1977-Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Cuidado Indispensável com o nosso Corpo mais evoluído e, como reflexo, o Cuidado com os outros Corpos e a Mente

O Espírito conta com vários instrumentos para sua manifestação e aquisição de experiências: o Corpo Denso, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente. São ferramentas da mais elevada importância. De sua qualidade depende o trabalho que se pode realizar em cada existência.

A formação dos Arquétipos desses veículos antecede cada vida terrestre. O seu grau de aperfeiçoamento é a medida dos esforços e cuidados despendidos em pretéritos renascimentos.

Esses veículos, embora compostos de matéria diferenciada em densidade e vibração, interrelacionam-se. A ação de cada um reflete nos demais. Assim é que estados mentais depressivos e emoções descontroladas podem debilitar o Corpo Vital, sujeitando o Corpo Denso a enfermidades e doenças. Explosões emocionais, vias de regra, interferem no processo digestivo. A gastrite nervosa tornou-se uma doença comum nas modernas e desumanas civilizações urbano-industriais. Por outro lado, as condições do Corpo Denso também influem no estado psicoemocional das pessoas.

Como o Corpo Denso é o mais antigo e desenvolvido dos veículos do Espírito, nele devem centrar-se grande parte dos nossos cuidados. Qualquer profissional, para bem desempenhar suas funções, jamais prescindirá de conservar seus equipamentos e instrumentos de trabalho em perfeitas condições de uso. Paradoxalmente, uma minoria apenas mostra-se consciente e zelosa em manter o Corpo Denso como o mais útil – na presente fase de evolução – instrumento a serviço do Espírito.

A superlotação dos hospitais, sanatórios e clínicas, o faturamento em escala crescente das indústrias farmacêuticas confirma o que foi dito. Apesar do grande avanço científico, a humanidade continua enferma. Percebe-se como a negligência com o Corpo Denso se contrapõem tratamentos inadequados.

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental recomendam um trabalho preventivo em relação à saúde física.

Prescrevem hábitos de higiene e uma dieta natural como primeiras medidas para evitar enfermidades. Não seria mais lógico evitar ou abandonar o uso do fumo do que onerar o orçamento familiar com medicamentos (que provocam efeitos colaterais) ou qualquer outro tratamento das vias respiratórias? O tabagismo é reconhecido pela ciência como um dos hábitos causadores do câncer. Igualmente desastrosos são as bebidas alcoólicas e as drogas: debilitam o organismo, provocam dependência e podem converter o viciado num verdadeiro farrapo humano.

Como o objetivo dos Ensinamentos Rosacruzes é ensejar condições de elevação do ser humano, a Fraternidade Rosacruz considera como ponto de honra em seu trabalho divulgar as linhas mestras da saúde corporal, emocional e mental. Várias obras de Max Heindel abordam esse assunto, destacando-se o Conceito Rosacruz do Cosmos e Princípios Ocultos de Saúde e Cura.

Outro elemento valioso para se estabelecer um seguro esquema individual de preservação da saúde é o estudo da Astrologia Rosacruz espiritual. Essa ciência, talvez a mais antiga de todas, oferece, pelo estudo do tema natal do indivíduo, a possibilidade de se conhecer o quadro geral de suas tendências. Obviamente, as condições de saúde figuram nesse quadro, tornando viável uma ação preventiva. Isso é válido, igualmente, para os aspectos emocional e mental.

Embora o Corpo Denso mereça cuidados especiais, os demais veículos também são importantes no contexto geral da nossa evolução. Devem ser estudados com profundidade para que o nosso desenvolvimento ocorra harmoniosamente. A diligência nesse trabalho determina o progresso do Aspirante à vida superior.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – agosto/1984-Fratenidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Perigo da Ausência da Dor

“Desde a infância essa menina havia sofrido numerosos acidentes, tais como, corte, queimaduras, lacerações, e até fratura das duas pernas, sem nunca haver-se queixado de dor alguma”.

“Ela podia pegar um prato fervendo ou tirar uma panela do fogo,comentando simplesmente: ‘Está morna’. Não era leprosa. Feria-se nas mãos ou nos joelhos, mas não se queixava nem sentia. Ela pode ser incluída naquele grupo de raros indivíduos que atravessam a vida sem dor. É congenitalmente insensível. Acaso podemos considerá-la felizarda? Ao contrário.  Será muito feliz se escapar à morte prematura. Jamais terá a bênção de uma dor ao lado, no ventre, para prevenir-lhe inflamação do apêndice.  Tampouco poderá contar com uma dor no braço, para avisá-la de um ataque de coração, ou uma enxaqueca, como sinal de hipertensão”.

“A dor é considerada como nossa persistente inimiga. No entanto, seu valor como prevenção compensa o seu aparente mal. Sem o aviso da dor iríamos ao encontro das piores enfermidade, sem percebê-la. Assim, ela se constitui, em verdade, em nossa mais preciosa premonitora. O grau de sensibilidade à dor varia de pessoa para pessoa. Depende do temperamento,  cultura, experiências passadas, a expectativa e pavor do perigo. A maioria dos seres humanos tem identica sensibilidade à dor. Mas a reação psicologica é que varia grandemente”.

“A dor tende a parecer maior durante a noite, quando temos mais tempo para nela pensar. Contráriamente, tende a diminuir quando outro incômodo desvia nossa atenção. Nesse raciocínio e observação, o barulho, que é uma forma de dor, foi usado para reduzir a dor. Movimentos enérgicos de braços, como mãos crispadas ou segurando fortemente uma barra metálica, ajudam a diminuir sensívelmente a dor”.

“A recreação aos soldados feridos durante a guerra, bem demostra o valor psicológio de desviar a atenção para  diminuir  a dor. Um pugilista continua a lutar, mesmo depois de haver fraturado o pulso, embora, no dia seguinte, se ressinta grandemente do abuso.”

(Publicado na Revista Science Digest, 8 de setembro de 1967)

No livro o “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel, é nos ensinado que a dor não deve ser subestimada, porque nos serve como meio de proteção e alerta contra todos os males. O relato precedente é de conhecimento geral, mas de explicação incompleta. Os anais históricos registram que a sensibilidade à dor difere de indivíduo para indivíduo. Mas é provável que uma pessoa cruel seja menos sensível à dor física do que uma pessoa bem formada. Acredita-se que as civilizações mais altamente evoluídas são mais  sensíveis. Mas não temos evidência real para comprová-lo.  Parece-nos indispensável a existência da dor, como  alerta,  enquanto vivemos nestes Corpos Densos. Essa forma de aviso poderia ser indolor se o organismo fôsse mais altamente evoluído e a inteligência mais altamente alerta. De qualquer modo, pessoas há que podem controlar a dor em larga escala por meio de exercícios mentais e espirituais, podendo até neutralizá-1a inteiramente, em ocasiões de inescapáveis sofrimentos. Esses conhecimentos especializados de poucos constituirão uma promessa, para mais feliz alvorecer da humanidade, quando forem generalizados e praticados convenientemente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de outubro/1969)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Ruídos e a Espiritualidade

Um congresso médico, reunido na França, em 1958, declarou guerra ao ruído e recomendou, entre outras coisas, o respeito às horas de sono, para evitar os males provocados pela fadiga. O certo é que não é preciso submeter uma pessoa à tortura chinesa (em que o supliciado era amarrado dentro de um sino em movimento) para que se chegue a casos extremos. Ninguém ignora que a emoção é tão capaz de matar quanto a infecção, e que o barulho é um poderoso criador de tensões.

O barulho urbano é inevitável e, nas cidades modernas, está intimamente ligado ao planejamento e à tecnologia. Em última análise, é o preço que se tem de pagar pelo progresso. Quando esse progresso é caracterizado pela contínua evolução industrial e comercial, o processo implica alteração dos períodos de trabalho. Assim, as horas do dia são preenchidas por incessantes atividades dinâmicas e motoras, muitas delas de natureza barulhenta.

Algumas das atividades estendem-se pela noite adentro e, além de prejudicar o trabalho de terceiros, também pode atrapalhar o descanso de muita gente. Nas grandes cidades, o ruído tende a aumentar, e o problema tem duas origens fundamentais: a má localização de uma série de atividades indispensáveis (aeroportos, fábricas, mercados) e o trânsito. O problema foi estudado por técnicos estrangeiros e brasileiros, e durante os testes verificou-se a existência de níveis de som anormais.

A intensidade dos sons é medida por uma unidade convencionada, o decibel, que indica as diferenças de altura da sensação acústica. O termo foi criado pela American Standard Association e é adotado internacionalmente.

Quando os sons alcançam o limite de 90 decibéis, como o choro de uma criança, causam incômodo, podendo duplicar a quantidade de sangue bombeada pelo coração. O pulso mantém o mesmo ritmo, mas a pele se torna mais avermelhada e há, frequentemente, sensação de calor.

O farfalhar de folhas provoca ruídos de 10 decibéis, uma casa sossegada alcança 30 decibéis, um escritório, não muito barulhento, produz sons de 50 decibéis, o interior de uma fábrica,110 decibéis, e o barulho de um avião a jato, nos aeroportos, 134 decibéis. A potência do som se duplica a cada 10 decibéis. Os males que os ruídos excessivos causam ao organismo têm sido demonstrados mediante inúmeras experiências com animais, concluindo-se que os sons que vão de 125 a 140 decibéis são quase insuportáveis, capazes mesmo de provocar dores cruciantes. Quando o barulho atinge 150 decibéis, a lesão ocasionada no ouvido, interna, é tão grande que pode levar à surdez permanente. Segundo pesquisas efetuadas no Rio e em São Paulo, a margem de som ultrapassava os limites de tolerância. Concluiu-se que o índice médio registrado nas horas de maior movimento no centro da cidade era de 80 decibéis, em média, alcançando, em alguns lugares, 90 decibéis, muito superior ao índice encontrado nas grandes capitais europeias e em algumas cidades norte-americanas. Levando-se em conta que o ouvido humano pode suportar de 65 a 75 decibéis, sem sofrer lesões, as pesquisas indicaram uma cumulação urbana nociva de 20 a 60 vezes superior aos índices que causam lesões no ouvido e com reflexos no sistema nervoso. O ruído, além de contribuir para a fadiga nervosa, dificulta a comunicação, provoca erros no trabalho, etc. Em nossos ambientes de trabalho podemos reduzir o ruído das seguintes maneiras: eliminando as campainhas de chamada, trocando-as por interfones, abafando a campainha do telefone e colocando uma base de feltro de 4 mm de espessura, abafando as batidas da máquina de escrever colocando o feltro de 5 mm sobre a mesa, campanha de silêncio, falando-se o indispensável e em voz baixa, forrando o chão com tapete, colocando luvas de borracha nos pés das cadeiras, fechando janelas que dão para ruas movimentadas.

Essa ilustração técnica visa apenas reforçar o que sempre é recomendado aos Estudantes Rosacruzes, principalmente para os que não podem fugir da turbilhão fatigante das grandes cidades: é indispensável buscarem a comunhão interna, silenciosa, todos os dias.

Jesus cresceu no Egito, a terra do silêncio.”. Essa alusão é bem clara quanto ao nosso Cristo interno em formação.

A meditação, a prece, a retrospecção, a música pura, a leitura elevada, são meios muito mais poderosos do que se julga para a edificação de nossa natureza espiritual.

Convençamos nossos familiares a fazer silêncio em casa. Se eles desejam ouvir televisão ou escutar música que os ponham em volume baixo, em baixa intensidade de som; de nossa parte, tolerando o gosto dos demais, convém buscar nosso cantinho e preenchermos as horas de lazer com algo mais construtivo.

Com os pequenos lapsos de tempo, bem empregados, é que vamos realizando nosso progresso anímico. Se os deixamos escoar entre as recreações vazias, não podemos nos queixar depois, o resultado será também vazio. Cultivemos o hábito de falar baixo e calmamente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de novembro/1969)

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Os Elementais, a Obsessão e a Duração da Vida

Quando alguém morre durante uma discussão ou com um sentimento de raiva e vingança no coração, permanecerá durante algum tempo unido àquele ou àquela contra quem era dirigida sua raiva. Com frequência, tal Espírito desencarnado influencia uma alma negativa que ainda se encontre no Corpo Denso e que é impelida a executar uma vingança e a cometer um crime que a alma desencarnada deseja.

No futuro, quando a humanidade estiver mais iluminada e os juízes, advogados e jurados tiverem mais fé e conhecimento a respeito da vida após a morte, não condenarão um criminoso à morte, mas compreenderão que o assassino que é executado, sem um ambiente apropriado para rever o panorama da vida e a subsequente gravação no Átomo-semente, é arremessado sem preparo no Mundo do Desejo e aí poderá ser uma ameaça maior para a sociedade do que quando ainda no Corpo Denso, porque, então, será como uma fera selvagem solta de sua jaula. Terá mais liberdade para prosseguir sua vida de crime, embora invisível àqueles que “têm olhos, mas não veem”.

Se as autoridades, em vez de abrirem a jaula e libertarem o animal, procurassem domá-lo (se o colocassem em uma instituição onde pudesse ser ensinado a viver uma vida melhor), estariam livrando outros de cometerem crimes enquanto estivessem sob a influência do ódio desses espíritos invisíveis, apegados à Terra e ainda cheios de desejos. A pena capital, em vez de impedir, na realidade, promove o crime.

A humanidade está atualmente horrorizada com a onda de crimes que se espalha pelo mundo. Nenhum país está livre dessa realidade e a violência é encontrada principalmente nas grandes cidades. As autoridades estão tomando as maiores precauções para proteger os cidadãos, mas pouco têm conseguido. Nunca o crime foi cometido com tanta audácia, com tanta ganância, mulheres são violentadas, jovens desaparecem e ninguém mais ouve falar deles e o mundo encontra-se desorientado sem saber o que fazer para evitar essas coisas.

Pergunta-se com frequência: “Qual é a causa dessa degeneração?”. O ocultista pode dar a razão. Ele vê a condição no Mundo do Desejo. Sabe que a parte inferior desse Mundo está cheia de Espíritos apegados à Terra, presos ao plano físico, pessoas que perderam suas vidas durante situações em que estavam possuídos de ódio, raiva, cólera e/ou vingança (seja qual situação em que se encontravam, achando que tinham razão para tal ou não). Essas pessoas indignas estavam cheias de ódio e concupiscências quando, subitamente, foram arrebatadas para a outra vida. Tais almas ainda se apegam a seus desejos inferiores, procurando satisfazê-los.

Neste Mundo do Desejo estão também muitos Espíritos puros que compreendem essas condições, que permanecem nessas Regiões inferiores (enquanto puderem) com o propósito expresso de trabalharem com os mais fracos, ensinando-os e procurando guiá-los por caminhos mais puros. Mas, da mesma forma como, por exemplo, os que trabalham nas favelas, comunidades e outros locais onde há grandes necessidades materiais de uma grande cidade, no mundo material, só podem atingir determinado número de pessoas, assim também os Auxiliares Invisíveis só podem alcançar um número limitado de Espíritos. Muitas almas puras e altruístas, que ainda se encontram no Corpo Denso, também estão trabalhando amorosamente e ajudam esses trabalhadores invisíveis, enquanto estão fora do corpo adormecido. Esse é o campo de trabalho no qual os Probacionistas da Fraternidade Rosacruz são muito ativos. Eles fazem trabalhos filantrópicos nessas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Não permanecem até altas horas da noite em divertimentos ou leituras levianas, mas deitam-se cedo, não desperdiçam seu tempo com “sonhos inúteis” enquanto adormecem, mas estão ativamente empenhados em ajudar os que necessitam.

No entanto, se um Espírito com más intenções conseguir satisfazer seu desejo influenciando uma alma mais fraca ou alguém que, aqui, era um Clarividente involuntário, através do qual possa alimentar sua natureza inferior, ele levará mais tempo para superar seus desejos, e permanecerá apegado à Terra até que esteja totalmente purgado. Se uma pessoa morrer antes de ter dominado sua natureza inferior (cheia de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo), viverá entre seus semelhantes por algum tempo para satisfazer seu gosto pela bebida, pelo fumo, pelo dinheiro, pelo apego às coisas materiais e até por sangue. Mesmo o sensualista poderá procurar e obter satisfação influenciando outros, de maneira que, através deles, possa obter uma satisfação indireta.

Da mesma forma que o Espírito se desprende do seu Corpo Denso terreno naquilo que se chama morte, ele também se descarta de um envoltório mais fino chamado Corpo de Desejos, quando tiver concluído sua experiência no Mundo do Desejo. Então, passa para o Segundo Céu.

A “concha” do desejo descartada do assassino ou do sensualista, leva mais tempo para se desintegrar do que o da alma adiantada. A concha ou Corpo de Desejos descartado, dentro do qual ele construiu uma consciência separada, é atraída para aqueles com quem o Ego estabeleceu laços, aqueles com quem se associou, enquanto se encontrava no Corpo Denso. Essas “conchas” podem ser usadas por elementais que se prenderão a um Clarividente involuntário e se apresentarão como Lincoln, Gladstone, ou alguma pessoa famosa que, sem dúvida, já terá passado para o Segundo Céu há muitos anos. Para ilustrar melhor como esses elementais iludem o Clarividente involuntário, sem que esse suspeite disso, vamos relatar um fato. Max Heindel, enquanto vivia em seu Corpo Denso, alertava constantemente seus leitores contra a Clarividência involuntária ou negativa, indicando seus perigos, mas, desde que passou para a vida mais elevada, muitos Clarividentes involuntários alegaram ter recebido mensagens dele em inúmeras ocasiões. Não há dúvida que mensagens foram recebidas, cujos remetentes alegavam ser Max Heindel, mas eram, certamente, de entidades inferiores e não de um Espírito puro que tão fortemente se opôs à Clarividência involuntária ou negativa.

Falando dos elementais, devemos mencionar uma outra classe de entidades que se apossam de um Corpo Denso quando a oportunidade se apresenta. Encontram suas vítimas entre estudantes inexperientes de ocultismo, que tentam deixar o Corpo Denso. Enquanto se encontram fora, e talvez a alguma distância do corpo, se deixados sem proteção de um ser espiritual, muitas vezes são possuídos por uma dessas criaturas vis. Nossos manicômios estão cheios desses pobres infelizes.

Nos últimos anos, os jornais relataram muitos casos em que pessoas vagaram longe de casa e, após meses e até anos, foram encontrados usando outro nome, em um país longínquo, aparentemente vivendo uma vida dupla. Durante esse período esqueceram-se totalmente de sua vida anterior. Esse é um outro caso de obsessão, em que um Espírito apegado à Terra fica tão determinado a voltar à vida terrena, que usa a primeira oportunidade que se apresente para tomar posse do corpo de outra pessoa, expulsando-a de seu veículo. Muitos casos desse tipo de obsessão são encontrados entre os assim chamados loucos ou insanos.

Em casos desse tipo, o Ego, o proprietário real, segue seu Corpo Denso e permanece com ele, embora invisível aos olhos físicos, esperando a primeira oportunidade para recuperar o que lhe foi roubado. Quando é bem-sucedido, imediatamente lembra sua Personalidade perdida, mas o intervalo entre a hora em que saiu de seu lar e seu retorno a ele, é um vazio. Não traz consigo qualquer recordação daquele período.

O leitor pode perguntar: O que podemos fazer para proteger-nos contra a obsessão? Simplesmente manter uma atitude positiva da Mente, pois temer alguma coisa é atraí-la. Não devemos participar de grupos que promovam a Clarividência involuntária ou negativa buscando desenvolvimento e nunca procurar esse desenvolvimento usando exercícios respiratórios fornecidos por escolas orientais ou cristalomancia.

Os passatempos mais perigosos e sutis, entre todos os que atraem essas entidades invisíveis são a mesa que gira, a prancheta e a escrita automática, quando as pessoas que se sentam à espera de mensagens ignoram as condições existentes no Mundo do Desejo. O Clarividente involuntário tem, por vezes, algum conhecimento de seus visitantes desencarnados, muito embora não suspeite da má natureza dos que, através dele, se comunicam, acreditando serem amigos queridos, Anjos, a quem de boa vontade cede seu corpo para o trabalho negativo. Mas, a jovem sensível e emotiva que se diverte e a seus amigos, em total ignorância dos perigos envolvidos nessas experiências, atrai prontamente essas entidades indesejáveis, porque abriu a porta e convidou-as a entrar.

O suicida, a pobre alma que, através do desânimo, destrói seu Corpo Denso, é um dos mais aflitos espíritos apegados à Terra. Destruiu o templo que era o lugar de morada do Deus vivo.

A pessoa, durante sua vida terrena, está preparando o material com o qual construirá a matriz ou o arquétipo do corpo que deverá usar em sua próxima vida. Órgão após órgão é fortalecido ou enfraquecido por seus atos na vida atual. Mal sabe que seus excessos e abusos se refletirão mais tarde, isto é, carregará consigo em vidas futuras um corpo enfraquecido como resultado disso, enquanto uma vida casta e simples construirá um corpo sadio. “O homem colherá aquilo que semear.”

O Ego, após ter assimilado todas as experiências obtidas na vida passada, estará mais uma vez pronto a descer à matéria. Construirá, então, o arquétipo com o material que tiver sido reunido, assim como o quadro mental de um edifício é preparado pelo arquiteto antes que comece a erguer a estrutura. Da mesma forma, o Ego constrói seu próximo templo formando seu Arquétipo criador no Segundo Céu ou na Região do Pensamento Concreto, com o auxílio das Hierarquias Criadoras. A duração da vida é determinada pela força que o Ego coloca nesse Arquétipo. Ele começa a vibrar mesmo antes que seja envolvido pelo Corpo Denso e instila nesse uma vida que irá durar um determinado número de anos. Como mencionado anteriormente, a duração da vida no Corpo Denso foi preestabelecida pelo Ego com o auxílio das Hierarquias Criadoras antes do nascimento, mas o Ego pode, por uma vida pura e simples, prolongar esse tempo, como pode, por uma vida só de sensações e oportunidades negligenciadas, encurtar essa duração. Só a morte, que ocorre quando expira o tempo de vida determinado, pode interromper o sonoro movimento vibratório do Arquétipo que foi construído. O suicida interferiu com o curso da natureza. Ele, por falta de força de vontade para aprender as duras lições da vida, procura esquivar-se e destrói seu veículo, mas descobre que, após entrar no estado além da morte, está tão vivo quanto antes e que não pode cessar aquela vibração sonora. O Arquétipo deve viver o tempo de vida que lhe foi destinado, mas, tendo sido igualmente destruídos sua expressão natural e a passagem para a energia instilada dentro dele, ainda assim continua reunindo material que o Ego agora é incapaz de assimilar ou gastar, desprovido que está de um Corpo Denso. Assim, a existência do Ego nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo é muito desagradável. Ele fugiu do sofrimento, mas encontrou-o mais perto de si e deverá suportá-lo até a hora marcada para a morte natural do Corpo Denso. Somente aí, o Arquétipo se desintegra e o Espírito é libertado, para passar para o Primeiro Céu.

Podemos ver que a morte não transforma uma pessoa, da mesma forma que um pecador não se transforma em santo por despir sua veste exterior. O que a pessoa semeou durante sua vida terrena, deverá colher um dia, em algum lugar, mas tem a oportunidade de se arrepender e de purgar-se de seus pecados enquanto estiver na parte inferior do Mundo do Desejo. Ela pode até desejar permanecer naquelas Regiões após a morte, atormentando outros, voltando sempre aos lugares que o atraíam durante sua vida terrena. Pode ainda roubar alguma alma negativa de seu Corpo Denso mediante a obsessão, a fim de continuar sua vida de pecado e, assim, satisfazer seus desejos inferiores. “Os moinhos de Deus moem lentamente, mas moem extraordinariamente bem”. Algum dia, ela terá que pagar pelas ofensas cometidas, algum dia, por meio do sofrimento e da aflição, deverá purgar-se de todos os pecados e encontrar seu Criador em seu corpo espiritual purificado.

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz de São Paulo-SP de julho-agosto-setembro 2008)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Prática da Eutanásia

A questão surge, às vezes, sobre a justificativa de aliviar a vida de um indivíduo que implora se livrar de um corpo que o torna incapaz de receber a menor autoajuda.

Do ponto de vista de uma única vida terrestre, os argumentos a seu favor podem parecer completamente plausíveis.

Mas à luz do renascimento e da lei de Consequência, este é um erro que não pode ser tolerado.

Não resolveria nenhum problema.

O Ego deve nascer novamente e mais uma vez em um Corpo igualmente impotente até que as ações de transgressões passadas tenham sido aprendidas.

Este não é o edito arbitrário de uma Deidade vingativa; é o trabalho inexorável da Lei da Justiça eterna.

É o caminho do progresso. “Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá” (Gl 6:7).

Evita-se falar em “eutanásia” pela ressonância afetiva que a palavra produz, inseparável de um período histórico recente, quando foi praticada em nome de alegados interesses de Estado e de raça.

Opta-se, assim, por designações como “direito de morrer com dignidade” e outras idênticas.

Parece, porém, que essa mudança terminológica deveria estar associada à valorização do morrer e às implicações sociais e humanas que consideramos necessário estarem ligadas a esse instante, já que “morrer com dignidade” é aceitar a morte natural, sem dores e com o conforto da presença de entes queridos.

A fase terminal da vida não é um período destituído de sentido ou de conteúdo, nem tampouco o “fim definitivo da condição peregrina da pessoa”.

É, antes, um pequeno segmento da espiral evolutiva do espírito e a preparação para nova aprendizagem no Mundo Físico. Todas as nossas atitudes futuras estarão, por esta razão, intimamente ligada às experiências anteriores, desde que essas não nos sejam roubadas.

Morte roubada” será, então, aquela que é ministrada sem o conhecimento do doente, mas também a que é provocada a pedido do mesmo e racionalmente decidida.

O preconceito que deve ser vencido é o que nega a existência de um propósito na vida humana e que sustenta que ela é destituída de sentido — ou, pelo menos, de um sentido “suficiente” — sempre que não se identifique com a felicidade e o bem-estar. É, ainda, o que entende que o processo da morte não possui valor para o espírito.

Na Idade Média, a fase terminal da vida se revestia de um importante carácter social.

Assumia-se publicamente essa experiência e se reivindicava o direito à “boa morte” quando “chegasse a hora”.

Essa “boa morte” ocorria quando se tinham cumprido todos os aspectos preparativos, executados em plena força da vida, e se tinham os assuntos pessoais em ordem, como: testamento feito, meditação sobre o essencial e o acessório e acompanhamento da família e amigos.

A preocupação em se evitar a “morte súbita” era grande, não apenas por razões de natureza cultural ou a conceitos biológicos. Nem mesmo a perspectiva religiosa — assente na fé, na esperança e no amor divino — eliminava o instinto natural da preservação e o temor por esse momento da verdade.

A ênfase colocada nessa hora especial deverá antes se atribuir à percepção de ela estar relacionada com o momento definido pela trama de duas séries de situações determinantes da existência que se relaciona com:

1ª o “programa” trazido do berço;

2ª o ambiente e das situações vividas desde o nascimento.

Assim sendo, o conceito da “boa morte” não se confunde com o da “morte-martírio” nem com o da morte escolhida (suicídio, eutanásia): é, antes, um momento que se aceita e não se escolhe!

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Causa-raiz das Nossas Deficiências Físicas

Uma vez que o exterior reflete o interior, é nesse último que devemos procurar a causa- raiz de qualquer manifestação no Corpo Denso. Essas causas não são verificáveis por um exame apenas no Corpo Denso, mas podem ser discernidas por alguém capaz de investigar as condições dos Corpos mais sutis. Para saber as causas, encontradas nesses corpos sutis, dos efeitos manifestados no Corpo Denso é preciso possuir poderes espirituais para ler a Memória da Natureza, onde é gravado tudo desde o início dos tempos.

As pesquisas feitas no lado oculto da saúde e da doença fornecem uma luz surpreendente sobre a ciência da cura. Dos inúmeros fatos revelados, alguns podem ser citados, a título ilustrativo. Vejam no Livro Astrodiagnose – Um Guia para a Cura Definitiva vários exemplos.

As linhas da causa alcançam o passado distante e unem as forças de vida de cada uma das nossas palavras e transferem para dentro a substância cristalizada na nossa habitação e ambiente corporais presentes.

Se, portanto, não estamos satisfeitos com a nossa condição presente, faremos bem em lembrar que temos, por nosso próprio pensamento e ação no passado, nos tornado o que somos hoje; e que um pensamento e uma ação mais inteligentes hoje produzirão para nós um futuro melhor.

Nenhuma influência externa é responsável por nossas limitações; ninguém pode influir no nosso progresso em direção à perfeição, se nós não quisermos.

O Espírito interior é o único monitor do destino do ser humano. Nele reside todo o poder. A regeneração da sua natureza e a iluminação do Espírito prosseguem juntos. O pensamento é o grande poder regenerador: “transformai-vos, renovando a vossa Mente“, admoestou São Paulo. E novamente: “glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo“. Aqui temos as duas afirmações fundamentais de cura definitiva fornecidas por um dos médicos supremos de todos os tempos.

Para conhecer a saúde contínua e radiante é necessário viver em constante comunhão com a divindade interior. Nessa relação, a liberdade de todos os laços da causalidade passada. Esse foi o ensinamento do Cristo e de todos os iluminados que vieram após Ele, independentemente do tempo, lugar ou credo.

Afinal, sabemos que o ser humano não é um Corpo, mas um espírito interno, um Ego que utiliza o Corpo com crescente facilidade conforme evolui.

E, também, não há dúvida alguma: a lei para o Corpo é a “sobrevivência do mais apto”. Mas, para o Espírito a lei de evolução pede “Sacrifício”.

É claro e manifesto: quando o ser humano se inclina para uma diretriz de conduta mais elevada no trato com os demais, o impulso deve vir de dentro, de uma fonte não idêntica à do Corpo.

Do contrário não lutaria contra este, para fazer prevalecer esse impulso sobre os interesses mais óbvios do Corpo. Além disso, essa força tem que ser mais forte que a do Corpo, para triunfar e sobrepor-se aos desejos, impelindo ao sacrifício em benefício dos fisicamente mais débeis. 

Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos e nossas deficiências e compreendê-los de um modo fraterno, paciente e compassivo.

Enquanto renascidos aqui, é certo que “aprendemos mais com os nossos erros do que com os nossos êxitos”. Devemos, pois contemplar o Mundo Físico através da luz apropriada; considerá-lo uma valiosa escola de experiências, onde aprendemos lições da mais alta importância.

E é por isso que, em certo sentido, o Mundo Físico é uma espécie de Escola-Modelo ou um laboratório experimental, onde se aprende a trabalhar corretamente nos outros Mundos, conheçamos ou não a sua existência, o que prova a grande sabedoria dos criadores do plano.

Se apenas conhecêssemos os Mundos superiores, cometeríamos muitos erros que só se revelariam quando as condições físicas fossem utilizadas como critério.

Lembre-se: o nosso papel neste atual Esquema de Evolução é conquistar e aprender a criar a partir da Região Química do Mundo Físico; ou seja: o baluarte da evolução é aqui!

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Enfermidade ou a Doença Nunca Vem sem Causa

Prepara-se o caminho e adquire-se a enfermidade ou a doença, por não se fazer caso das Leis de Deus, as Leis da Natureza. Muitos sofrem as consequências das transgressões de seus pais, e ainda que não sejam responsáveis pelo que eles fizeram, é seu dever averiguar em que consiste a violação das Leis de Deus e como evitar o adquirir os mesmos hábitos dos pais, observando vida correta, que os ponha em melhores condições.

A maioria, não obstante, sofre por seguir uma norma de conduta errada. Desrespeitam seus hábitos no comer, beber, vestir, trabalhar, em se comportar. A transgressão das Leis de Deus tem resultado certo, e quando a enfermidade ou a doença sobrevém, muitos não atribuem seu sofrimento à verdadeira causa, e murmuram contra Deus por motivo de suas doenças ou enfermidades. Mas Deus não é responsável pelos sofrimentos acarretados com a infração das Leis da Natureza.

A Natureza suporta muitos abusos sem oferecer resistência aparente, e trata de fazer um esforço tendente a encobrir os efeitos do mau trato sofrido, e este esforço para corrigir suas condições se manifesta muitas vezes por meio de violenta febre e por outros transtornos físicos.

Quando o abuso da saúde é levado ao extremo, a ponto de degenerar em enfermidade ou em doença, o paciente pode muitas vezes fazer por si mesmo o que ninguém pode fazer por ele. A primeira providência é averiguar o verdadeiro caráter da enfermidade ou da doença e, então pôr-se, com conhecimento de causa, ao trabalho de combatê-la. Se a obra harmoniosa do organismo se tem desequilibrado por excesso de trabalho, ou de comer, ou outra irregularidade, não se deve agravar estas dificuldades, ingerindo drogas intoxicantes.

O comer sem moderação é muitas vezes causa de enfermidades ou doenças, e o que necessita a natureza em tal caso é livrar-se da carga que se lhes impôs.

Em muitos casos é conveniente que o paciente se prive de uma ou até de duas refeições, para que os órgãos digestivos, que se encontram fatigados pelo excesso de trabalho, tenham oportunidade de descansar. O regime de frutas por vários dias tem produzido muitas vezes grande alívio aos que trabalham mentalmente. Muitas vezes um curto período de abstinência completa, seguido de uma refeição simples e moderada, tem proporcionado notável melhora por meio da reação da natureza.

Alguns adoecem por excesso de trabalho, e para os tais, nada há melhor do que o descanso, livre de preocupações, e um rigoroso regime que lhes permita recuperar a saúde. Para os que têm o cérebro e os nervos esgotados, devido a trabalho contínuo e por viver fechado em escritórios pequenos, um passeio ao campo, onde possam viver vida simples e livre de cuidados, em contacto íntimo com a natureza, será o mais proveitoso.

Na saúde, como na enfermidade, a água pura é uma das mais excelentes bênçãos celestiais. Seu devido uso favorece a saúde. A aplicação externa de água é uma das maneiras mais fáceis e satisfatórias de regular a circulação do sangue. Um banho frio ou temperado é excelente tônico. Os banhos quentes abrem os poros e facilitam a eliminação das impurezas. Tanto os banhos quentes como os mornos acalmam os nervos e normalizam a circulação. Muitos não aprenderam por experiência própria quais são os efeitos benéficos do devido uso da água, e têm-lhe aversão. Os tratamentos hidroterápicos não são apreciados devidamente, e para aplicá-los com habilidade se requerem trabalhos que muitos não querem fazer, mas ninguém se deve desculpar por sua ignorância ou indiferença neste assunto. Quanto ao seu uso, há muitas maneiras em que se pode aplicar para aliviar a dor e deter a enfermidade.

Essa parte do cuidado da parte física é o mínimo que um paciente (alguém que está sob uma enfermidade ou doença) deve fazer: ser cooperativo!

Agora a causa sempre estará na parte não visível ao olho físico, ou seja, sempre é espiritual. E é aqui que deve ser buscada a cura. A inscrição do paciente no Departamento de Cura de um Centro Rosacruz muito o ajudará na orientação de como proceder. Tentar fazer por si só, sem essa ajuda, é possível, mas muito difícil, especialmente quando o paciente não cuida da sua parte espiritual quando não está doente ou enfermo (ou só se lembra quando está nessa condição). Aqui, é quase impossível tentar sozinho. Desde a fundação da Fraternidade Rosacruz aqui na Região Química do Mundo Físico, no início do século XX, temos testemunhado milhões de casos de irmãos e irmãs Estudantes Rosacruz que alcançam a cura de uma doença ou enfermidade de um modo que, para quem não conhece, definiria como milagre.

E nunca se esqueça: o fato da causa da doença ou enfermidade estar na parte espiritual não quer dizer que o paciente não deva cuidar da parte física, pois o seu Corpo Denso é o instrumento que ele continuará utilizando na aquisição de experiências antes, durante e depois de quaisquer enfermidades ou doenças. Pelo menos, enquanto estiver vivo aqui!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em São Paulo-SP de agosto/1969)

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