PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia Científica e Simplificada – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

Max Heindel, considerado por alguns o maior espiritualista ocidental do século XX, oferece um método simples e prático de levantar horóscopo utilizando a Astrologia Rosacruz, que traz a arte e o ofício para o domínio de qualquer pessoa que saiba fazer matemática básica. Você vai aprender a interpretar as Casas do Zodíaco, a lidar com fusos horários, a entender os Signos Ascendentes, a calcular as posições dos Astros, etc.

Há 2 meios de você acessar esse Livro:

1.Em formato PDF (para download):

Astrologia Científica e Simplificada – Introdução – O Valor Prático da Astrologia 

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo I – Os Planetas – Os Sete Espíritos diante do Trono – Parte 1 

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo I – Os Planetas – Os Sete Espíritos diante do Trono – Parte 2 

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo II – O Tempo e o Lugar como Fatores no Cálculo do Horóscopo – Parte 1 

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo II – O Tempo e o Lugar como Fatores no Cálculo do Horóscopo – Parte 2 

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo III – Os Signos e as Casas – Parte 1

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo III – Os Signos e as Casas – Parte 2

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo IV – O Signo Ascendente e as Doze Casas – Parte 1

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo IV – O Signo Ascendente e as Doze Casas – Parte 2

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo IV – O Signo Ascendente e as Doze Casas – Parte 3

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 1

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 2

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 3

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 4

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 5

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 6

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo V – Como Calcular as Posições dos Astros – Parte 7

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo VI – Os Aspectos

Astrologia Científica e Simplificada – Capítulo VII – Como fazer o Índice

2.Para ler no próprio site:

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Para ler e estudar no próprio site:

INTRODUÇÃO – O VALOR PRÁTICO DA ASTROLOGIA

Há um lado da Lua que nunca vemos; contudo, essa metade oculta é um fator tão poderoso em causar o fluxo e refluxo das marés da Terra, tanto quanto o é a parte visível da Lua. De maneira análoga, há uma parte invisível do ser humano que exerce uma poderosa influência na vida, e como as marés são medidas pelo movimento do Sol e da Lua, assim também, as possibilidades da existência são medidas pelos Astros que circulam, podendo, portanto, serem chamados de “Relógio do Destino”, e a importância desse conhecimento é de um poder imenso, pois para o astrólogo competente o horóscopo revela todos os segredos da vida.

Por conseguinte, quando você entrega a um astrólogo a data do seu nascimento, você deu a ele a chave do mais íntimo da sua alma, e não há segredo que ele não possa desvendar, pesquisando cuidadosamente. Esse conhecimento pode ser usado tanto para o bem como para o mal, tanto para ajudar como para prejudicar, de acordo com a natureza do astrólogo. Somente a um amigo considerado bom, fiel e experimentado deve ser confiado essa chave da sua alma, e nunca deve ser entregue a alguém que tenha condições suficientes para prostituir uma ciência espiritual por meio de ganhos materiais.

Para um ou uma profissional de saúde, a Astrologia Rosacruz é de valor inestimável no diagnóstico de doenças ou enfermidades e na prescrição de remédios, pois, ela revela a causa oculta de todos os distúrbios do corpo ou de todas as doenças e enfermidades. Essa fase da ciência é abordada no livro “A Mensagem das Estrelas”, que fornece muitos horóscopos para demonstrar como as indicações de várias doenças e enfermidades aparecem na escrita astral. O autor diagnostica, infalivelmente, por esse método, os distúrbios do corpo, as doenças e enfermidades dos pacientes de várias partes do mundo e o amor também iluminará o caminho para todos aqueles que almejam seguir os passos de Cristo como curadores dos enfermos e dos doentes.

Se você é um pai, uma mãe ou um responsável por uma criança, o horóscopo irá lhe ajudar a identificar o mal latente na criança e lhe ensinar a aplicar as medidas preventivas. Também lhe mostrará os aspectos bons, para que você possa ajudar essa criança, que foi confiada aos seus cuidados, a ser uma pessoa melhor. Revelará as fraquezas do organismo dela e habilitará você a preservar a saúde da criança; mostrará que talentos ela possui e como a vida pode ser vivida em sua plenitude. Portanto, a mensagem dos Astros em movimento é de máxima importância e, pelo que temos demonstrado sobre o grande perigo de se fornecer os dados de nascimento a qualquer pessoa, só nos resta uma saída: cada um de nós estudar pessoalmente essa ciência.

Esse livro e o método simplificado que ele contém para levantar um horóscopo, de maneira completamente científica, é publicado para possibilitar que qualquer pessoa que saiba somar e subtrair possa fazer todos os cálculos e atividades sozinha, em vez de confiá-los a outra pessoa. Desse modo, a pessoa obterá um conhecimento mais profundo das causas que atuam em sua vida, ao invés de confiar naquilo que qualquer astrólogo profissional desconhecido possa lhe oferecer.

CAPÍTULO I

OS PLANETAS:  OS SETE ESPÍRITOS DIANTE DO TRONO

A Teoria Nebular explica com uma maravilhosa engenhosidade, do ponto de vista material, de como um Sistema Solar constituído do Sol e dos Astros pode ser formado a partir de uma névoa ígnea central, desde que essa névoa ígnea seja posta em movimento. Para alguém que não conhece sobre a névoa ígnea, pode julgá-la desnecessária como início de tudo, no entanto, como demonstrado por Herbert Spencer, que rejeitou a teoria nebular porque implica um Argumento da causa primeira[1], porém, não foi capaz de enunciar uma hipótese além dessa que é uma imperfeição questionável que reduz ou dificulta o convencimento, segundo ele. Assim, a teoria científica da origem de um Sistema Solar coincide com o ensino religioso de um Argumento da causa primeira, chame-a de Deus ou de qualquer outro nome, que é a inteligência superior que ordena o caminho das esferas em movimento, visando um fim e um objetivo definido. Talvez, nós não sejamos ainda capazes de perceber totalmente esse fim, mas em nosso planeta e a nossa volta, se observarmos não podemos deixar de notar que um desenvolvimento ordenado de todas as coisas rumo à perfeição, e pode se inferir que um processo semelhante de evolução deve estar em andamento em todos os demais Planetas, naturalmente variando em consonância com as diversas condições existentes em cada um deles.

O ensinamento místico sobre a formação de um Sistema Solar está de acordo com a Teoria Nebular que afirma que os anéis foram lançados da massa central do Sol formando, em sucessão, os vários Planetas, sendo que os mais distantes do Sol foram os primeiros a serem formados, enquanto Vênus e Mercúrio, os mais próximos do Sol, foram formados por último.

Por trás de cada ato existe um pensamento, e por trás de cada fenômeno visível há uma causa invisível. Portanto, na formação dos Planetas em um Sistema Solar, há uma razão espiritual para formação deles, bem como uma explicação material.

Podemos considerar a névoa ígnea central como a primeira manifestação visível do Deus Trino, o Senhor dos Exércitos[2], em Quem contém dentro de Seu Ser uma multidão de outros seres em diferentes estágios de desenvolvimento. As diversas necessidades desses seres exigem diferentes ambientes externos. Com a finalidade de proporcionar as condições apropriadas, vários Planetas foram lançados da massa central, sendo cada um diferentemente constituído e cada um tendo uma condição climática diferente dos demais. Contudo, eles estão todos no Reino de Deus, o Sistema Solar. “N’Ele vivem, se movem e têm o seu ser” no sentido mais literal, pois todo o Sistema Solar pode ser considerado como o corpo de Deus e os Planetas como os órgãos naquele corpo, animados por Sua Vida, movendo-se em Sua Força e de acordo com Sua Vontade.

Cada Planeta visível é a incorporação de uma grande e exaltada inteligência espiritual; essa é o ministro de Deus naquele departamento de Seu Reino, se esforçando para cumprir a Sua Vontade, focando no bem supremo[3], apesar do mal temporário.

Esses Espíritos Planetários exercem uma influência particular sobre os seres que evoluem no Planeta, que é a incorporação d’Eles, mas também exercem uma influência sobre os seres em evolução em outros Planetas, de acordo com o desenvolvimento alcançado por tais seres. Quanto mais baixo um ser se encontra na escala evolutiva, mais poderosos são os efeitos das influências planetárias; e quanto mais elevado, mais sábio e mais individualizado for um ser, mais capacitado estará em moldar o seu próprio curso e estará menos sujeitos às vibrações astrais. É por isso que a Astrologia Rosacruz nos ajuda, quando aplicada diariamente a nossa vida. Ela nos fornece um conhecimento das nossas fraquezas e as tendências para o mal em nossa natureza; ela nos mostra forças nossas qualidades ou nosso estado de ser forte, seja na capacidade de esforço ou na resistência e os momentos na nossa vida aqui mais propícios para o desenvolvimento de maior potência para o bem. Em todas as Religiões ouvimos falar dos Sete Gênios Planetários: o Hindu fala de Sete Rishi, a Persia de Sete Ameshapentas, o Maometano de Sete Arcanjos e a nossa Religião Cristã tem os seus Sete Espíritos diante do Trono.


[1] N.T.: O Argumento da causa primeira ou Argumento cosmológico é um raciocínio filosófico que visa buscar uma causa primeira (ou uma causa sem causa) para o Universo. Por extensão, esse argumento é frequentemente utilizado para a existência de um ser incondicionado e supremo, identificado como Deus.

A premissa básica é que, já que há um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. E essa primeira causa deve ser Deus. Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda coisa finita ou contingente é causada agora por algo além de si mesma.

Esse argumento é tradicionalmente conhecido como argumento a partir da causalidade universal, argumento da causa primeira, argumento causal ou o argumento da existência. Qualquer que seja o termo empregado, há três variantes básicas do argumento cosmológico, cada uma com distinções sutis, mas importantes: os argumentos da causa (causalidade), da essência (essencialidade), do devir (tornando-se), além do argumento da contingência. Esse raciocínio tem sido utilizado por vários teólogos e filósofos ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga com Platão e Aristóteles, passando pela Idade Média com São Tomás de Aquino.

[2] N.T.: Designação de Deus no Antigo Testamento (por exemplo em ISm 1:3)

[3] N.T.: o único bem que é desejável por si mesmo (como um fim em si mesmo) e não por causa de outra coisa (como um meio para algum outro fim).

O astrônomo moderno separa o aspecto espiritual da ciência celestial, a Astrologia, que ele expressa o seu desprezo como “uma superstição notória”, da fase material, a Astronomia, considerando oito Planetas iniciais[1] em nosso Sistema Solar – Netuno, Urano, Saturno, Júpiter, Marte, Terra, Vênus, Mercúrio. Ele demostra, por meio do telescópio, que os Planetas existem e com isso ele pensa que conseguiu provar que a Religião nada sabe a esse respeito quando afirma que existem sete Planetas no Sistema Solar. No entanto, o Místico ressalta a Lei de Bode[2] como que justificando a sua afirmação de que Netuno não pertence realmente ao nosso Sistema Solar[3].

A Lei é a seguinte: se escrevermos uma série de 4 e somamos 3 ao segundo, 6 ao terceiro, 12 ao quarto, etc., toda vez sempre dobrando o número adicionado, a série de números resultante será uma aproximação bem próxima às distâncias relativas dos Planetas ao Sol, com exceção de Netuno[4]. Assim, segue a ilustração:

MERCÚRIOVÊNUSTERRAMARTEASTERÓIDESJÚPITERSATURNOURANONETUNO
444444444
3612244896192384
4710162852100196388

Se dividirmos essa série por 10 (dez) obtemos “1” para a distância da Terra ao Sol e, os outros números representam as distâncias dos outros Planetas em termos da distância da Terra. A proximidade com que essa lei simples estabelece a distância é mostrada da seguinte forma: sendo a coluna intitulada “Bode”, mostra as distâncias de acordo com essa Lei, enquanto a coluna intitulada “Distância” fornece os valores exatos em termos de distâncias da Terra.

BodeDistância BodeDistância
Mercúrio0,40,4Júpiter5,25,2
Vênus0,70,7Saturno10,09,5
Terra1,01,0Urano19,619,2
Marte1,61,5Netuno38,830,0
Asteroides2,82,6Plutão40,077,2

Assim, podemos ver que, com exceção dos valores encontrados para o caso de Netuno[5], os números representam, muito próximos, as distâncias proporcionais relativas do Sol, dos sete Planetas e até da camada de asteroides[6] que estão dentro de nosso Sistema Solar, mas falham definidamente quando aplicados a Netuno[7], sendo esse a externalização de um Grande Espírito das Hierarquias Criadoras que normalmente nos influenciam a partir do Zodíaco. Esse gênio planetário trabalha, especificamente, com aqueles que estão se preparando para a Iniciação[8] e, parcialmente, com aqueles que estudam Astrologia e a praticam em suas vidas diariamente, pois estes também estão se preparando para o caminho da realização espiritual. As cintilações das estrelas fixas que estão fora do nosso Sistema Solar são as pulsações dos impulsos espirituais enviados pelos guardiões dos Mistérios Maiores[9]; e os Mercurianos, os Deuses da Sabedoria, enviam impulsos similares referentes aos Mistérios Menores[10], razão pela qual, Mercúrio cintila como uma estrela fixa.

Os Planetas orbitam em torno do Sol[11] em variadas taxas de velocidades, os Planetas menores, que são os mais próximos do Sol, movem-se muito mais rapidamente do que os maiores que, além disso, descrevem círculos mais amplos.

Mercúrio faz um período orbital[12] em torno do Sol em88 dias
Vênus faz um período orbital em torno do Sol em224,5 dias
Terra faz um período orbital em torno do Sol em365,25 dias
Marte faz um período orbital em torno do Sol em1 ano/322 dias
Júpiter faz um período orbital em torno do Sol em12 anos
Saturno faz um período orbital em torno do Sol em29,5 anos
Urano faz um período orbital em torno do Sol em84 anos
Netuno faz um período orbital em torno do Sol em165 anos
Plutão faz um período orbital em torno do Sol em248 anos

A velocidade horária dos Planetas em suas órbitas é a seguinte:

quilômetros por hora
Mercúrio172.000
Vênus124.000
Terra105.000
Marte85.000
Júpiter47.000
Saturno34.000
Urano24.000
Netuno19.000
Plutão17.000

Além de girarem em suas órbitas ao redor do Sol, os Planetas também giram sobre seus eixos na mesma direção em que giram em suas órbitas; isto é, de Oeste para Leste. Esse movimento é chamado de rotação diurna[13].

O tempo estimado pela rotação diurna dos Planetas é o seguinte:

Horas
Mercúrio24,25
Vênus23,5
Terra24,0
Marte24,5
Júpiter10,0
Saturno10,5
Urano11,0*[14]
Netuno16,0*[15]

O Sol também gira em torno de um eixo, mas requer cerca de 608 horas ou 25 dias e 1/3 do dia para completar uma rotação.

O eixo de um Planeta pode ser perpendicular ou oblíquo à sua órbita. As atuais inclinações aproximadas dos eixos são as seguintes:[16]

Graus
Júpiter3,0
Terra23,5
Marte25,0
Saturno27,0
Vênus177,0
Mercúrio0,1
Urano98,0
Netuno30,0
Plutão120,0

A inclinação do eixo do Sol ao plano da eclíptica é de cerca de 7,5 graus.

As inclinações dos eixos acima não coincidem em todos os casos com os números determinados pela ciência física, nem endossamos seu ponto de vista de que essas inclinações permanecem praticamente inalteradas, salvo por um leve movimento oscilatório chamado Nutação[17]. Há um terceiro movimento extremamente lento dos Planetas, pelo qual, o atual Polo Norte da Terra, no futuro, como fez no passado, apontará diretamente para o Sol. Mais tarde estará na posição onde agora está o Polo Sul, e no devido tempo alcançará novamente a sua posição atual. Assim, o clima tropical e as épocas glaciais se sucedem em todos os pontos de cada Planeta.

Além disso, esse movimento gradual de, aproximadamente, de 50 segundos de espaço por século, pelo qual uma volta ao eixo da Terra se completa em, aproximadamente, dois milhões e meio de anos, também ocorreram mudanças repentinas numa época em que o que é agora o Polo Norte apontava diretamente para o Sol. O hemisfério sul se encontrava, então, continuamente na escuridão e frio.

As condições resultantes causaram, na última vez, uma melhoria muito grande e súbita em todo o nosso globo. Entretanto, desde essa época o Espírito, que anteriormente guiava a Terra de fora, penetrou dentro de sua esfera e tal acontecimento será impossível no futuro.

O Sr. Pierre Bezian, um mecânico francês, construiu um aparelho que demonstrava esse terceiro movimento. Ele disse ter recebido essa ideia de um estudo dos ensinamentos promulgados entre vários povos antigos, por meio de sacerdotes, que eram dotados de conhecimento místico, particularmente os Egípcios. Ele demonstrou como esse terceiro movimento explicava a flora e a fauna tropicais encontradas no gelado do norte, que não podem ser explicados de outra forma. Ele, também, demonstrou que durante o curso desse terceiro movimento, a inclinação do eixo de um Planeta se torna maior que os 90 graus e seu Polo Norte começa a apontar em direção ao sul, os satélites desse Planeta parecerão girar na direção oposta à dos satélites de outros Planetas, como é o caso dos satélites de Urano e Netuno; um fato que deixa os astrônomos perplexos e em busca de uma explicação.

Em relação a Urano e Netuno, o Sol também nasce no oeste e se põe no leste pela mesma razão: a inversão de seus polos.

Como uma última diferença entre os ensinamentos da ciência moderna e os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental dos Rosacruzes, podemos observar que os astrônomos de hoje falam de Vênus e Mercúrio como Planetas inferiores, porque aparecem sempre próximos ao Sol; Vênus é visto apenas como uma “estrela da manhã ou da tarde”; Mercúrio raramente é visto, pois está muito próximo do Sol.

Os outros Planetas são chamados superiores, porque são vistos de todas as distâncias do Sol, mesmo se posicionando no ponto oposto do horizonte do Sol.

Essa denominação de inferior e superior, o místico teria um ponto de vista oposto, pois para ele é evidente que o Sol é a externalização da mais alta inteligência espiritual em nosso Sistema Solar. No início de nossa atual fase evolutiva, tudo o que está agora fora do Sol, estava dentro, mas nem todos os seres podiam continuar vibrar na elevadíssima taxa de vibração  que era estabelecida ali; alguns ficaram para trás, cristalizaram-se e, com o tempo, tornaram-se um empecilho para outras classes. Com a cristalização, eles se dirigiram para os polos, onde o movimento é lento, mas gradualmente com o aumento da densidade deles, foram impelidos para o equador, onde o movimento é mais rápido e, consequentemente, foram expelidos do Sol pela força centrífuga.

Mais tarde, outros seres também não conseguiram se manter nesse movimento vibratório, ficando para trás e foram expelidos a uma distância apropriada para que as vibrações solares pudessem lhes fornecer a rapidez necessária ao desenvolvimento deles.

Os Espíritos mais avançados permaneceram mais tempo no Sol e, consequentemente, se a denominação inferior e superior é para ser  aplicada, deveria ser usada de maneira inversa.

A fim de evitar qualquer mal-entendido, pode-se dizer que Júpiter foi expelido com um enorme volume de substância ígnea, porque os jupterianos alcançaram um grau elevadíssimo de desenvolvimento, onde precisavam tanto de altas vibrações como de autonomia. Júpiter é, portanto, em alguns aspectos, uma exceção à regra; um caso em que uma lei superior prevalece sobre uma inferior.

Concluindo, nós reiteramos que os Planetas do nosso Sistema Solar são externalizações visíveis dos Sete Espíritos diante do Trono de Deus, o Sol, e assim como nos é possível transmitir por telégrafo sem fio a força que move a chave do telégrafo, que acende uma lâmpada, que puxa uma alavanca, etc., assim também esses Grandes Espíritos exercem uma influência sobre os seres humanos, numa proporção ao nosso grau de individualidade. Se almejamos agir em harmonia com as Leis do Deus, nos elevemos acima de todas as leis e nos tornemos uma lei em nós mesmo; colaboradores de Deus e auxiliares na natureza. Isso é nosso privilégio, mas se deixarmos de viver de acordo com nossas mais elevadas possibilidades, isso será o nosso fracasso.

Esforcemo-nos, portanto, em saber o que podemos fazer e, acima de tudo, tomemos cuidado para não prostituir a Ciência dos Astros, colocando-a como mera adivinhação. O Ouro de Mamon[18] pode ser nosso se lutarmos por isto, mas a “paz de Deus que excede todo o entendimento[19] nos trará um regozijo duradouro, se usarmos nosso conhecimento no serviço altruísta aos outros.


[1] N.T.: e Plutão depois de 1930.

[2] N.T.: A lei de Titius-Bode (às vezes denominado de Lei de Bode) é uma lei matemática que define, muito aproximadamente, as distâncias planetárias. Foi desenvolvida em 1766 por Johan Daniel Tietz (1729–1796), mais conhecido por seu nome latinizado Titius (pronuncia-se Tícius) e muito divulgada pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode (1747–1826), diretor do Observatório de Berlim, que acabou definindo a sequência final, que hoje conhecemos como Lei de Titius-Bode.

[3] N.T.: e nem Plutão, depois de descoberto em 1930

[4] N.T.: e, também, de Plutão, depois de 1930.

[5] N.T.: e Plutão, depois de 1930.

[6] N.T.: situados entre a órbita do Planeta Marte e do Planeta Júpiter.

[7] N.T..: e a Plutão, depois de 1930.

[8] N.T.: no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz são os Estudantes Rosacruzes que estão, no mínimo, no grau de Discípulo.

[9] N.T.: Também denominadas Iniciações Maiores ou Iniciações Cristãs.

[10] N.T.: Também denominadas Iniciações Menores.

[11] N.T.: Conhecido como movimento de translação em torno do Sol.

[12] N.T.: O período orbital (também conhecido como período de revolução) é o tempo que um determinado objeto astronômico leva para completar uma órbita em torno de outro objeto e se aplica em astronomia geralmente a Planetas ou asteroides orbitando o Sol, para o nosso Sistema Solar. Depois de 1930, consideremos Plutão que faz um período orbital em torno do Sol de 248 anos.

[13] N.T.: O movimento diurno (ou rotação diurna) é um termo astronômico que se refere ao movimento aparente do Sol ao redor de um Planeta – no nosso Sistema Solar -, ou mais precisamente, movimento em torno dos dois polos celestes, ao longo de um dia. É causado pela rotação do Planeta em torno de seu eixo. Isso também resulta em observarmos que quase todas as estrelas parecem seguir um caminho de arco circular chamado círculo diurno.

[14] N.T.: Últimas observações científicas feitas através dos satélites artificiais na década de 90, pela NASA

[15] N.T.: Últimas observações científicas feitas através dos satélites artificiais na década de 90, pela NASA

[16] N.T.:

[17] N.T.: A Nutação é, na astronomia, uma pequena oscilação periódica do eixo de rotação da Terra com um ciclo de 18,6 anos, sendo causada pela força gravitacional da Lua sobre a Terra.

[18] N.T.: Mamon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade.

[19] N.T.: Fp 4:7

CAPÍTULO II

O TEMPO E O LUGAR COMO FATORES NO CÁLCULO DO HORÓSCOPO

Parte 1

Um horóscopo é simplesmente um mapa dos céus mostrando uma determinada posição dos Astros[1] e Signos Zodiacais em relação entre si e em relação à Terra. As constelações permanecem na mesma posição uma em relação à outra e, portanto, são chamadas de “estrelas fixas”, mas a Terra e os outros Astros mudam suas posições constantemente. Eles não retornam à mesma posição relativa antes de decorridos, aproximadamente, vinte e seis mil anos. Assim, todo horóscopo calculado de forma cientifica é absolutamente individual e mostra uma influência astral diferente daquela experimentada em qualquer outra vida iniciada numa época diferente. Por causa da rotação da Terra sobre o seu próprio eixo é acrescido um novo grau ao Zodíaco, a cada quatro minutos percorridos, assim mesmo os horóscopos de gêmeos podem diferir consideravelmente. Por isso, o Estudante Rosacruz deve perceber a importância da Hora como um fator preponderante em um horóscopo. Há, contudo, vários métodos para determinar a hora e erigir um horóscopo correto para quem não sabe a hora exata de seu nascimento, mas esse assunto pertence a um nível mais avançado deste estudo.

No entanto, a hora não é a mesma em todo o mundo. Quando o Sol nasce onde vivemos, ele se põe em outro lugar, e isso estabelece outra diferença nos horóscopos mesmo se calculados para crianças nascidas no mesmo horário, mas em lugares opostos do globo, pois se for meio-dia no local de nascimento de uma delas, o Sol estará elevado nos céus acima no globo terrestre, e no local de nascimento de outra criança seria meia-noite, mas com o Sol diretamente abaixo no globo terrestre. Sabemos que o efeito químico do raio solar tem variação de acordo com sua posição, de maneira que, quando a mudança é fisicamente perceptível, o efeito espiritual também deve diferir. Portanto, é evidente que a hora e o lugar são fatores básicos no cálculo de um horóscopo. Mas, primeiro mostraremos como determinar o lugar de nascimento e depois abordaremos a questão da hora.

O LUGAR

Geograficamente, a Terra está dividida por dois conjuntos imaginários de círculos. Um círculo que corre de leste para o oeste, a meio caminho entre os polos norte e sul, como ilustrado nos gráficos abaixo, é chamado de Equador.

Outros círculos, chamados Paralelos de Latitude, são imaginados, estendendo-se paralelamente ao Equador, sendo utilizados para medir a distância de qualquer lugar ao Norte ou ao Sul do Equador. Agora tomemos um atlas e olhemos o mapa da América do Norte. Ao longo das bordas direita e esquerda, você verá ver alguns números. Note que uma linha curva se estende desde o número 50 à direita até o número 50 à esquerda no mapa. Esse é o Paralelo 50 graus de latitude. Todas as cidades situadas ao longo dessa linha, na América, Europa ou Ásia estão equidistantes do Equador e, assim, podemos dizer que estão localizadas na “Latitude 50 graus Norte”.

Outra linha se estende do número 40 do lado esquerdo até o número 40 do lado direito. Podemos observar algumas das principais cidades sobre essa linha ou próximas a ela. São Francisco está um pouco mais ao sul; Denver está em cima da linha; Chicago e Nova York um pouco ao norte. Agora, tomemos o mapa da Europa. Há os números da direita e da esquerda, cujos círculos de conexão também são latitudes, e no número 40 você verá Lisboa (um pouco para baixo) e Madri (quase em cima). Prosseguindo para leste, Roma e Istambul aparecem um pouco ao norte (ou para cima) dessa linha.

Pode-se dizer, para fins de ensino elementar, que esses lugares estão no mesmo grau de latitude e, portanto, outro determinador deve ser usado para diferenciar a localização de cada um dos lugares.

Isso é feito dividindo a Terra longitudinalmente, de polo a polo, por outro conjunto de círculos imaginários chamados Meridianos de Longitude e que são mostrados na figura abaixo.

Todos os lugares ao longo desses círculos têm o meio-dia igual para todos, independentemente de quão distantes possam estar do Equador, ou de quão perto estejam do Polo Norte ou Sul.

Agora, olhemos novamente para o mapa da Europa. Lá você verá linhas numeradas traçadas da parte superior até a parte inferior do mapa. Essas são as linhas de longitude. Uma é numerada como “0”. Se você seguir essa linha, encontrará Londres e, perto dela, um lugar chamado Greenwich. Essa é a localização do maior observatório do mundo[2] e, para fins de cálculo astronômico, todos os pontos da Terra são considerados como sendo tantos graus a oeste ou a leste de Greenwich[3].

Assim, por Latitude obtemos a localização de um determinado lugar ao norte ou ao sul do Equador.

Por Longitude, designamos sua posição se é a leste ou a oeste de Greenwich.

Quando a localização de um ponto é estabelecida em termos de latitude e longitude, isso estabelece um determinado ponto fora de qualquer possibilidade de confusão com qualquer outro lugar e fornece ao astrólogo um dos fatores primordiais que são necessários para calcular um horóscopo científico: o lugar[4].

A latitude é o principal fator na localização dos Signos do Zodíaco por meio das “Tabelas das Casas”[5], as quais se aplicam a todos os lugares em um determinado grau de latitude. Essas tabelas são praticamente imutáveis como o são as estrelas fixas às quais se aplicam; elas permanecem as mesmas de ano para ano, e sua alteração é tão pequena que não é significativa no decorrer de toda uma vida.

A longitude é o fator principal em todos os cálculos relacionados aos Astros móveis. Para calcular suas posições no momento do nascimento de uma pessoa é necessário ter um almanaque astronômico do ano de nascimento. Esse recebe o nome de Efemérides pois registra a posição efêmera ou transitória dos Astros, conforme vistos pelo observatório de Greenwich diariamente ao meio-dia[6].


[1] N.T.: Sol, Lua e os Planetas (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão)

[2] N.T.: O autor se refere no início do século XX.

[3] N.T.: a oeste (ou seja, à sua esquerda – olhando o mapa de frente para você) ou a leste (ou seja, à sua direita)

[4] N.T.: Por exemplo: um lugar situado à 38º53’ de Latitude Norte e 77º de Longitude Oeste. Atualmente é mais fácil consultar na internet. É só pesquisar no seu navegador (Google Chrome, Mozilla Firefox, Safari e Microsoft Edge) colocando: o nome da cidade, estado e/ou país e acrescentar as palavras: latitude e longitude (para a Astrologia Rosacruz escolha sempre os valores expressos em graus, minutos e segundos – exe: 23º32’19” – e não expressos em pontos decimais depois dos graus – exe: 23,0256).

[5] N.T.: Aqui já há muitas cidades com suas respectivas latitudes e longitudes: Tabelas das Casas Científica e Simplificada – Latitude 1 a 66 Graus – The Rosicrucian Fellowship

[6] N.T.: para facilitar temos as Efemérides Rosacruzes, já levantadas para serem utilizadas na Astrologia Rosacruz. Aqui alguns exemplos: Efemérides Científica e Simplificada – Calculada para Meio-dia (Noon) Greenwich

A HORA

Um Dia Solar é o período de tempo que o Sol leva para se mover de um determinado Meridiano de longitude até retornar ao mesmo Meridiano no dia seguinte. Devido ao movimento variável da Terra em sua órbita e da obliquidade da eclíptica, o caminho do Sol, os dias solares não tem todos a mesma duração, mas como o propósito da vida social e civil necessitam de uma divisão uniforme, uma média foi adotada para todos os dias solares do ano, e isso leva o nome de Dia Solar Médio. Esse começa à meia-noite, quando o Sol está no nadir. Os relógios são regulados para mostrar seu início, seu fim e, também, suas divisões em 24 horas diárias. Há, portanto, uma diferença entre a hora Solar e a hora do relógio[1].

A partir do momento que o Sol se encontra mais perto da Terra (Periélio) – por volta de catorze dias após o Solstício de Dezembro (próximo do dia 4 de janeiro –, até o momento em que se encontra o mais distante da Terra (Afélio) – por volta do dia 4 de julho –, a hora do relógio está adiantada em relação à hora Solar. De 21 de junho a 24 de dezembro, o Sol está adiantado em relação ao relógio, ocorrendo a diferença maior, de 16 minutos, no início de novembro.

Quando o movimento desigual da Terra em sua órbita e a obliquidade da eclíptica atuam juntas, a diferença entre a hora Solar e a hora do relógio é a maior; mas, quatro vezes ao ano elas se igualam: 15 de abril, 15 de junho, 1º de setembro e 24 de dezembro.

Um Dia Sideral é o tempo que decorre entre a saída de uma estrela fixa, a um certo grau de longitude, até que ela retorne ao mesmo ponto no dia seguinte. Esse é o tempo exato de uma revolução[2] completa da Terra sobre seu eixo; e é o único movimento absolutamente uniforme observado nos céus, não tendo sofrido nenhuma alteração desde as primeiras observações registradas.

Devido ao movimento da Terra em sua órbita[3] em torno do Sol, um Dia Solar é mais longo do que um Dia Sideral, pois como o Sol se adianta mais para o leste durante o período de rotação diária da Terra sobre seu eixo, a Terra precisa girar um pouco mais em seu eixo para que um certo Meridiano se alinhe com o Sol. O Dia Solar é, portanto, cerca de quatro minutos mais longo que o Dia Sideral, porém, devido ao movimento variável da Terra em sua órbita e à obliquidade da eclíptica mencionada anteriormente, essa diferença também varia a cada dia.

Antigamente, a hora dos relógios de cada cidade ou cada pequena vila se diferenciavam das horas dos relógios de todos os outros lugares, uma vez que todos eles eram ajustados para a Hora Local, porém, isso causava muita confusão para as pessoas que viajavam; portanto, em 18 de novembro de 1883, a América adotou o que conhecemos por Hora Padrão[4]. Para as pessoas nascidas após aquela data é necessário se fazer uma correção, em que se converte a hora indicada pelos relógios em Hora Local Exata, pois essa é a hora utilizada para calcular um horóscopo. O diagrama ajudará os Estudantes Rosacruzes a entenderem o que é a Hora Padrão, como desfazer quaisquer confusões e como é elaborada a correção mencionada anteriormente.

Foi sugerido que, se o país fosse dividido em zonas horárias[5], em que cada uma teria cerca 15 graus de longitude de largura (por ser essa a distância que o Sol viaja em uma hora), e sendo todos os relógios de cada divisão acertados para uma hora uniforme, estabelecido por um Meridiano localizado no centro da zona horária correspondente, a confusão para os viajantes seria evitada.

Consequentemente, os Estados Unidos da América foi dividido em quatro dessas zonas por três linhas imaginárias, conforme está ilustrado no diagrama.

Na Zona Horária do Leste, os relógios são ajustados seguindo o Meridiano 75 graus, com 5 horas a menos da Hora de Greenwich.

Na Zona Horária Central, a hora é regulado pelo Meridiano 90 graus, que é 6 horas a menos da Hora de Greenwich.

Na Zona Horária das Montanhas, os relógios são regulados de acordo com o Meridiano 105 graus, que é 7 horas a menos da Hora de Greenwich.

Na Zona Horária do Pacífico, o horário é regulado para o Meridiano 120 graus, que é 8 horas a menos da Hora de Greenwich.

(Há uma quinta zona no extremo leste, compreendendo Maine, Nova Escócia, etc. Essa zona foi omitida para que nosso diagrama pudesse abranger um espaço maior.).[6]

Em todas as cidades localizadas no mesmo Meridiano padrão (veja o diagrama), tais como Filadélfia e Denver, a Hora Padrão é também a Hora Local Exata e nenhuma correção de horário é necessária para o cálculo dos horóscopos. Mas Detroit[7], que está posicionado na linha divisória entre a Zona Leste e a Zona Central, e que está a 7 graus a leste do Meridiano 90º e, portanto, seus relógios estão 28 minutos atrasados, pois quando assinalam meio-dia, de acordo com o Meridiano Padrão de 90º, a Hora Local Exata é de 28 minutos depois do meio-dia (12h28 P.M.[8]). Você verá que Chicago está um pouco a leste do Meridiano de 90 graus (em torno de 2 graus). Quando os relógios assinalam meio-dia, na verdade são 12h08 P.M. Os relógios de São Francisco assinalam meio-dia quando a Hora Local Exata é ainda 11h50 A.M., porque essa cidade está 2 graus e 30 minutos (2º30’) a oeste do Meridiano Padrão 120º. Assim, a correção se faz necessária.

A regra para obter a Hora Local Exata é a seguinte:

Para o Horário do Meridiano Padrão mais próximo:

  • some quatro minutos para cada grau quando o lugar de nascimento estiver a leste do Meridiano correspondente àquele horário.
  • se o lugar de nascimento estiver a oeste daquele Meridiano, subtraia quatro minutos para cada grau.

Quando uma criança nasce, deve-se notar o momento exato em que ela respira pela primeira vez, já que este momento, e não a hora do parto, é a hora do nascimento do ponto de vista do astrólogo.

A razão pela qual se toma a hora da primeira inspiração que vem, geralmente, acompanhada de um choro, como o momento do nascimento se deve à condição química da atmosfera que muda a cada momento à medida que mudam as vibrações astrais. Notamos tal mudança na atmosfera de acordo com a posição do Sol no céu durante as diferentes horas do dia ou da noite. O ar noturno é diferente da atmosfera ao meio-dia. Essas não são mudanças repentinas, mas são provocadas por e para nós em níveis imperceptíveis. Nós, que somos mais insensíveis às mudanças contínuas, não as sentimos, mas a forma pouco sensível de uma criança recém-nascida é eminentemente suscetível à irrupção dessa primeira carga de ar em seus pulmões e, à medida que o oxigênio contido nessa carga se espalha por todo o corpo, em virtude  da mistura com o sangue, cada átomo recebe uma impressão peculiar que se mantém ao longo da vida, embora os átomos mudem, da mesma forma que uma cicatriz se perpetua no corpo, apesar da mudança de átomos. Essa primeira impressão é a base física das idiossincrasias e características instáveis que fazem com que cada um de nós aja diferentemente sob as mesmas condições astrais; é a base das tendências da nossa natureza física e está em harmonia com nosso estágio de realização, conforme estabelecido pela Lei de Causa e Efeito, que nos proporciona em cada vida as faculdades desenvolvidas durante todas as nossas existências anteriores. Assim, não temos um determinado destino porque nascemos em um determinado momento, mas nascemos no momento em que os raios astrais nos fornecem as tendências para cumprir o destino gerado em vidas passadas.

Essa distinção é muito importante, pois marca a diferença entre o ponto de vista do astrólogo materialista e o conceito religioso da Astrologia.

Em março de 1918, o governo dos EUA aprovou o “Daylight Saving Act” (“horário de verão”), pelo qual todos os relógios deveriam ser adiantados uma hora à meia-noite anterior ao último domingo do mês de março, e depois atrasados uma hora à meia-noite anterior ao último domingo do mês de outubro. Esse Ato vigorou somente em 1918 e 1919. Portanto, todas as datas de nascimento registradas nesse período devem ter uma hora subtraída para obter a Hora Padrão.


[1] N.T.: a hora do relógio é também chamada de hora legal.

[2] N.T.: também chamada de rotação: cada giro da Terra em torno do seu próprio eixo define um dia.

[3] N.T.: Movimento de Translação

[4] N.T.: Embora se use também a expressão “Hora Padrão”, a denominação mais consagrada aqui no Brasil é “Hora Legal”.

[5] N.T.: As zonas horárias ou fusos horários são cada uma das vinte e quatro áreas em que se divide a Terra e que seguem a mesma definição de tempo

[6] N.T.: Note com bastante atenção, então, que os Meridianos padrões para o Estados Unidos são: 60o, 75o, 90o, 105o e 120o

Já no Brasil os Meridianos padrões são: 30o, 45o, 60o e 75o

[7] N.T.: Detroit adotou a Hora Padrão Leste a 15 de maio de 1915.

[8] N.T.: Em grande parte dos países de língua inglesa é costume especificar as horas do dia de um a doze, seguidas de AM ou PM conforme o período. Nesses países é necessário informar sempre o período a que se refere a hora indicada. Por exemplo, 15h corresponde a 3:00 PM.

AM e PM (podendo ser escrita em maiúsculas ou minúsculas, com ou sem pontos a seguir às letras) são duas siglas com origem no latim utilizadas para referir cada um dos dois períodos de 12 horas em que está dividido o dia: AM (Ante Meridiem) significa “antes do meio-dia” e PM (Post Meridiem) significa “após o meio-dia”.

AM é o período com início à meia-noite (00:00) e término às 11:59; PM é o período com início ao meio-dia (12:00) e término às 23:59. Assim, meio-dia se escreve como 12:00 PM e meia-noite se escreve como 12:00 AM.

CAPÍTULO 3 – OS SIGNOS E AS CASAS

Embora estejamos muitos milhões de quilômetros mais próximos do Sol[1] durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, seus raios transmitem menos calor do que nos meses de junho, julho, agosto e setembro, quando nos encontramos mais afastados dele[2] ; por conseguinte, é evidente que a distância não influência na transmissão dos raios de calor, mas à medida que o Sol se eleva ao nascer em direção ao zênite, seja no verão ou no inverno, o calor aumenta, sendo o máximo alcançado no meio do verão, quando os raios solares estão mais próximos do ângulo perpendicular, ocasião em que, consequentemente, se registram as temperaturas mais elevadas. Por isso, é evidente que o ângulo do raio[3] é o único fator determinante de sua influência.

A Astrologia trata com ângulos astrais e os efeitos deles observados na humanidade; e para determinar esses ângulos e tabular essas considerações, as estrelas fixas, ao longo da trajetória do Sol, foram divididas em grupos ou constelações, e a Terra, como vista a partir do lugar do nascimento de uma criança foi dividida em Casas. A grande maioria dos novos Estudantes Rosacruzes muitas vezes se confundem em diferenciar o que são Signos e o que são Casas, mas se memorizarem que os Signos são divisões dos Céus, e as Casas são divisões da Terra, não haverá nenhuma dificuldade. Os Signos influenciam determinadas partes do Corpo Denso; as Casas governam as condições da vida.

Como em qualquer outro círculo[4], o Zodíaco é dividido em 360 graus, de modo que cada um dos doze Signos tem 30 graus[5]. Os nomes e os símbolos deles são mostrados no diagrama acima. As partes do Corpo Denso governadas por esses Signos são as seguintes[6]:

SignoParte do Corpo Denso
ÁriesCabeça
TouroCerebelo e Pescoço
GêmeosBraços e Pulmões
CâncerEstômago
LeãoCoração e Medula Espinhal
VirgemIntestinos
LibraRins
EscorpiãoÓrgãos Sexuais e Reto
SagitárioQuadris e Coxas
CapricórnioJoelhos
AquárioTornozelos
PeixesPés

Essas doze constelações constituem o Zodíaco Natural e estão sempre nas mesmas posições relativas, mas devido ao movimento dos polos da Terra, o Sol cruza o equador num ponto ligeiramente diferente a cada ano no Equinócio de Março, e esse ponto de mudança é considerado na Astrologia como sendo o primeiro grau de Áries, o início do que chamamos de Zodíaco Intelectual. Esse Zodíaco muda a uma taxa, em média, de 50,1 segundos de ano para ano, 1 grau em 72 anos, 1 Signo em 2.156 anos, completando o círculo de 12 Signos em, aproximadamente, 25.868 anos. Esse movimento retrógrado é chamado de “Precessão dos Equinócios”.

Do ponto de vista materialista, parece não haver razão para essa alteração do Zodíaco, mas do ponto de vista do místico não é de modo algum arbitrária, ao contrário, é necessária e está em harmonia com o caminho espiral da evolução, seguido tanto pela estrela fixa quanto pela estrela do mar, observável em toda a natureza. Após a conclusão de cada ciclo, os Zodíacos Intelectual e Natural se ajustam (a última vez aconteceu em 498 d.C.), então começa um novo período mundial, uma nova fase de evolução, um ciclo da espiral mais elevado em que estamos sempre caminhando em direção a Deus. Mesmo sob o ponto de vista material é evidente que o caminho em espiral do Sistema Solar, observado pelos astrônomos, deve mudar o ângulo de incidência dos raios luminosos das estrelas fixas, e como o ângulo de incidência dos raios do Sol sobre nossa Terra possui o efeito de produzir as mudanças climáticas de verão e inverno, é razoável que uma mudança semelhante deve suceder-se à nossa mudança de posição em relação às estrelas fixas, o que pode ser responsável por mudanças graduais de condições, tais como estações de inverno menos frios e estações de verão menos quentes em algumas partes do mundo.


[1] N.T.: em torno de 147,1 milhões de quilômetros, atingindo o periélio por volta de catorze dias após o solstício de dezembro, próximo do dia 4 de janeiro.

[2] N.T.: em torno de 152,1 milhões de quilômetros, atingindo o afélio por volta de catorze dias após o solstício de junho, próximo do dia 4 de julho.

[3] N.T.: inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol – 23,5 graus. Graças a ela, os raios solares incidem de forma diferente ao longo do ano.

[4] N.T.: como estudamos na geometria

[5] N.T.: invariavelmente

[6] N.T.: aqui são listadas somente a parte principal regida por cada Signo. Para uma lista completa consultar o Livro Astrodiagnose e Astroterapia.

Além do mais, observou-se que as condições climáticas dispõem de um impacto nítido em nossas características ou inclinações habituais ou, ainda, no nosso modo de responder às emoções – nos sentimos de maneira diferente tanto no verão como no inverno – e não pode essa mudança lenta em relação às estrelas fixas ser a causa dessa mudança na humanidade, que conhecemos por evolução? O místico afirma que sim. Assim como os raios do Sol, pela mudança do ângulo de incidência, suscitam as folhas e flores da planta em determinado momento, e em outro as fazem murchar, assim também os raios das estrelas fixas suscitam e produzem as maiores mudanças na flora e fauna; eles são responsáveis pela ascensão e queda das nações e pela mudança marcada pela sensibilidade excessiva e alterações de humor impulsivas que chamamos de civilização.

Indo mais longe com a analogia, o Zodíaco Natural é composto pelas constelações que são vistas nos céus, e o Zodíaco Intelectual começa sua mudança no exato ponto onde o Sol cruza o Equador no Equinócio de Março. Essa é a época em que a Natureza faz nascer tudo aquilo que ela germinou no ventre dela no inverno anterior. Assim, o horóscopo do mundo muda de ano para ano. “Como em cima, assim embaixo”, é a Lei da Analogia e os mesmos pontos salientes são observáveis na evolução do ser humano, do micróbio, da estrela do céu e da estrela do mar.

No mapa natal do ser humano temos, também, o que pode ser chamado de horóscopo natural, que é o mapa levantado e calculado segundo as regras da Astrologia, em que qualquer Signo pode estar no Ascendente ou na Primeira Casa. A mudança do Equinócio de Março corresponde ao primeiro grau de Áries, no Zodíaco Intelectual, assim, o Ascendente no horóscopo de qualquer ser humano também tem uma influência correspondente a esse grau. A Segunda Casa corresponde a Touro, a Terceira Casa a Gêmeos, e assim por diante, formando a contraparte do Zodíaco Intelectual no horóscopo do ser humano.

Assim como os raios do Sol se intensificam quando focalizados através de uma lente, do mesmo modo ocorre com a vida espiritual do Sol quando focalizada através das duas Casas de Marte[1] para trazer uma vida a partir dos Mundos invisíveis.

Câncer, o primeiro dos Signos de Água, era representado como um escaravelho (besouro) entre os antigos Egípcios, que era o emblema deles da alma, e os ocultistas sabem que o Átomo-semente do Corpo é implantado[2] quando o Sol da Vida (o Ego) está em Câncer, a esfera da Lua, o Astro da fecundação.

Quatro meses depois, quando o Sol da Vida passa pelo segundo Signos de Água, Escorpião, que está sob a regência de Marte, o Planeta da paixão e da emoção, o Cordão Prateado está vinculado, ligando o Corpo de Desejos aos veículos inferiores[3], e temos a ‘vivificação’ quando o feto principia a mostrar vida senciente. A essa altura, o Ego já dissolveu os corpúsculos sanguíneos nucleados através dos quais a vida da mãe já se manifestou naquele organismo crescente, e então pode começar a funcionar no fluido vital e manifestar sinais de vida separada no Corpo até que o Sol da Vida tenha completado o ciclo de vida dele e, novamente, alcance a mística Oitava Casa.

Oito meses depois que o Átomo-semente foi introduzido naquele ambiente apropriado, o Sol da Vida, o Espírito, entra em Peixes, o último dos Signos de Água do Zodíaco místico, o qual está sob o expansivo e benéfico raio de Júpiter. Sob essa benévola influência, as águas do parto se avolumam e rompem as paredes distendidas do útero, quando se completam, mais ou menos, os nove meses de gestação, lançando a alma recém-nascida no Oceano da Vida ao primeiro ponto de Áries, onde é aquecida e animada pela combinação dos raios de Marte, como Regente do Signo de Áries, e do Sol no Signo de Áries, onde o Sol está em Exaltação. Assim, ele é preparado para a batalha da existência pelo energético deus da guerra, e sua fonte de vida, seja ela grande ou pequena, é totalmente preenchida pelo Sol, do grande reservatório cósmico de energia vital.

AS CASAS

Num horóscopo o lugar do nascimento é sempre suposto estar no ponto mais alto da Terra. Ele é indicado por uma seta na figura abaixo e o ponto bem acima dele no céu é chamado de Meio-do-Céu. Como um observador no hemisfério norte precisa sempre olhar na direção sul para ver o Sol do meio-dia, segue que o leste fica à sua esquerda e o oeste à sua direita. Os astrólogos chamam o horizonte oriental de Ascendente, porque nesse ponto as estrelas nascem ou ascendem em direção ao Meio-do-Céu, e pela razão inversa chamam o horizonte ocidental de Descendente. Os raios de estrelas localizadas nesses pontos extremos incidem no lugar do nascimento em diferentes ângulos, portanto, a influência deles pode variar e, também, pode haver uma diferença considerável do efeito nos pontos intermediários entre o horizonte e o Meio-do-Céu, além do que, os Astros posicionados abaixo da Terra também exercem a capacidade de influenciar, embora não na mesma proporção de quando posicionados acima do lugar do nascimento. A influência dos Astros nos vários departamentos da vida tem sido observada como se segue:

1ª Casaa condição física do Corpo como um todo ou das suas partes; a forma física do Corpo; o ambiente durante a infância; o lar na infância
2ª Casaas finanças
3ª Casaa literatura; as habilidades e os métodos de assuntos práticos (tecnologia, manufatura e artesanato); a inteligência prática (a capacidade de aplicar, usar e implementar o que a pessoa sabe); as jornadas de curta duração (viagens, processos curtos de aprendizagem ou de autodescoberta); irmãos e irmãs
4ª Casao lar e as condições na fase de senilidade (quando estamos experimentando o processo patológico de envelhecimento) dessa vida
5ª Casaos meios de se divertir ou se entreter; os namoros; os filhos; as especulações (formar uma teoria ou conjectura sem evidência firme)
6ª Casaa saúde; empregados (as) ou funcionários (as); o trabalho que produz valor de uso (servir) e não somente valor de troca
7ª Casaas parcerias e sociedades; os casamentos e as uniões conjugais; as belas-artes (como pintura, escultura ou música) focadas, principalmente, com a criação de belos objetos; o público
8ª Casaas heranças (de coisas tangíveis: recursos financeiros, bens físicos, propriedades e coisas afins); a morte
9ª Casaa Religião; a filantropia; o idealismo; a justiça; as jornadas de longa duração (viagens, processos longos de aprendizagem ou de autodescoberta)
10ª Casaa profissão; a posição social (a posição da pessoa em uma dada sociedade ou cultura); a ambição (o desejo de alcançar um determinado fim e que requer determinação e árduo trabalho)
11ª Casaos amigos; as esperanças; os desejos
12ª Casaas prisões e os aprisionamentos; os hospitais; as angústias profundas, as tristezas, os arrependimentos; os problemas, as dificuldades

[1] N.T.: que são a Primeira Casa (Áries) e Oitava Casa (Escorpião) num horóscopo natural.

[2] N.T.: O Átomo-semente do Corpo Denso é colocado na cabeça do espermatozoide do papai que irá fecundar o óvulo e o Átomo-semente do Corpo Vital é colocado no útero da futura mamãe.

[3] N.T.: Corpo Denso e Corpo Vital.

CAPÍTULO 4 – O SIGNO ASCENDENTE E AS DOZE CASAS

Para ilustrar como se levanta um horóscopo, nós, primeiro, levantaremos quatro horóscopos de quatro pessoas nascidas na cidade de Chicago – Estado de Illinois, EUA – em 2 de agosto de 1909, uma às 2h15 A.M., outra às 8h15 A.M., outra às 2h15 P.M e a última às 8h15 P.M., até o ponto de encontrarmos e inserirmos os Signos nas Cúspides das Casas. As Cúspides são as linhas divisórias entre duas Casas.

Localizando a cidade de Chicago no mapa[1], notamos que ela está situada próximo aos 42 graus de latitude norte e próximo dos 88 graus de longitude oeste de Greenwich.

Nosso primeiro passo é calcular a Hora Local Exata do Nascimento. Primeiramente, retornemos à  regra fornecida no Capítulo 2 que diz: “para o Horário do Meridiano Padrão mais próximo, some quatro minutos para cada grau quando o lugar de nascimento estiver a leste do Meridiano correspondente a esse horário.

Se o lugar de nascimento estiver a oeste desse Meridiano, subtraia quatro minutos para cada grau em que estiver a oeste dele”.

A Hora do Meridiano Padrão mais próxima é a Hora Central aferida pelo meridiano 90 graus. Chicago localizada a 88 graus de longitude oeste, se encontra a 2 graus a leste do Meridiano 90 graus. Portanto, somamos duas vezes quatro, ou oito minutos, ao horário mostrado pelo relógio a fim de encontrar a Hora Local Exata. No caso do primeiro horário do nascimento, quando o relógio marcava 2h15 A.M., em 2 de agosto, a Hora Local Exata é, portanto, 2h23 A.M. Essa Hora Local Exata do Nascimento será usada em todos os cálculos subsequentes do horóscopo. Observe, no entanto, que essa correção da Hora Padrão para a Hora Local se aplica aos Estados Unidos da América para datas posteriores a 18 de novembro de 1883, quando a Hora Padrão foi adotada[2].

Agora procederemos para encontrar a Hora Sideral (abreviatura: H.S.[3]) do lugar e da hora do nascimento. Como ponto de partida para nossos cálculos tomemos a H.S. (Hora Sideral) de Greenwich ao meio-dia. A partir disso, podemos calcular a Hora Sideral no lugar e na hora de nascimento pela seguinte regra:

À Hora Sideral (H.S.) do meio-dia anterior à Hora Local Exata do nascimento (encontrado nas Efemérides) some:

Primeiro: 10 segundos de correção para cada 15 graus de longitude, se o lugar de nascimento ficar a oeste de Greenwich.

Segundo: intervalo entre o meio-dia anterior e o nascimento.

Terceiro: correção de 10 segundos para cada hora desse intervalo.

Seguindo a regra acima, consultemos novamente a Efemérides do ano de 1909, em que encontraremos a coluna intitulada Sideral Time (S.T. ou Hora Sideral). Como nossa primeira hora de nascimento é 2 de agosto com a Hora Local Exata de 2:23 A.M., notamos que o meio-dia anterior é 1º de agosto. Ao lado dessa data, encontramos a Hora Sideral (S.T.), como sendo 8 horas e 37 minutos, que colocamos assim:

HORA SIDERAL – H.S.HH MM SS
H.S. em Greenwich ao meio-dia anterior ao nascimento08:37:00
Correção de 10 segundos para cada 15 graus de longitude Oeste do Lugar de nascimento (SOMAR)00:00:59
Intervalo entre o meio-dia anterior (1º de agosto) e a Hora Local Exata do nascimento (2 de agosto às 2:23 A.M.)14:23:00
Correção de 10 segundos por hora de intervalo entre o meio-dia anterior e a H.L.E. (2:23 A.M.) que é igual a 144 segundos ou 2 minutos e 24 segundos00:02:24
Hora Sideral (H.S.) no lugar e hora do nascimento23:03:23

Quando o lugar de nascimento se encontra na longitude leste, a correção da longitude é subtraída. Se a criança tivesse nascido em 2 de agosto às 2:15 A.M., nos 42 graus de latitude norte, mas à 88 graus de longitude leste, a Hora Sideral seria calculada da seguinte forma:

HORA SIDERAL – H.S.HH MM SS
H.S em Greenwich ao meio-dia anterior ao nascimento08:37:00
Correção de 10 segundos para cada 15 graus de longitude Leste do Lugar de nascimento (SUBTRAIR)00:00:59
Resultado parcial08:36:01
Intervalo entre o meio-dia anterior (1º de agosto) e a Hora Local Exata do nascimento (2 de agosto às 2:23 A.M.)14:23:00
Correção de 10 segundos por hora de intervalo entre o meio-dia anterior e a H.L.E. (2:23 A.M.) que é igual a 144 segundos ou 2 minutos e 24 segundos00:02:24
Hora Sideral (H.S.) no lugar e hora do nascimento23:01:25

Como as Casas são regulamentadas pela latitude, usa-se a mesma Tabela de Casas para a criança que nasce em Chicago.

Com o cálculo dessa Hora Sideral, voltamos à Tabela de Casas e procuremos a latitude do lugar de nascimento, 42 graus. Lá encontraremos uma coluna com o título SIDERAL TIME que é a nossa Hora Sideral (H.S.) para o nascimento de 23:03:23. E o mais próximo dessa hora é 23:04:46. De acordo com essa Hora Sideral encontraremos os vários graus dos Signos a serem colocados em nosso horóscopo.

Na primeira coluna sob a latitude 42º N acompanhamos até encontrar o número 15 que se encontra na mesma linha que corresponde à Hora Sideral que encontramos de 23:04:46s; e no topo da coluna encontramos o Signo de Peixes, e acima dele o número 10, significando que os 15º graus de Peixes devem ser colocados na Cúspide da 10ª Casa, conforme mostra o horóscopo abaixo:

Na coluna seguinte, seguindo a mesma linha da nossa Hora Sideral (Sideral Time), encontramos o número 20, seguindo a coluna para cima encontramos o Signo de Áries, e no topo está o número 11, significando que os 20 graus de Áries devem ser colocados na Cúspide da 11ª Casa.

Na terceira coluna, de acordo com a nossa Hora Sideral (Sideral Time), está o número 1, seguindo a coluna para cima encontramos o Signo de Gêmeos, e no topo está o número 12, significando que o 1º grau de Gêmeos deve ser colocado na Cúspide da 12ª Casa.

A coluna mais larga, que vem a seguir marca o Ascendente (ASC). Nela encontramos os algarismos 8:10 alinhados com a nossa Hora Sideral (H.S.), e o Signo de Gêmeos no topo, mas desconsideramos esse Signo porque o Signo de Câncer está colocado entre nossa linha e o topo e sempre pegamos o primeiro Signo acima de nossa linha. Assim, colocamos os 8 graus e 10 minutos de Câncer no Ascendente.

Prosseguindo em nossa linha, vemos o próximo número 27 na primeira coluna logo depois da coluna do ASC. No topo está o Signo de Câncer, novamente, e o número 2. Assim, colocamos os 27 graus de Câncer na Cúspide da 2ª Casa.

Na coluna da extrema direita encontramos o número 19, o Signo de Leão e o número 3 no topo da coluna. Portanto, vamos colocar os 19 graus de Leão na Cúspide da 3ª Casa.

Obtivemos, assim, números para seis de nossas Casas; agora nas seis Casas opostas colocamos os Signos e graus opostos das seis já encontradas.

Tendo os 15 graus de Peixes na 10ª Casa, colocamos os mesmos 15 graus no Signo oposto de Virgem, na Cúspide da 4ª Casa, que é oposta à 10ª Casa.

Áries nos 20 graus na 11ª Casa é o oposto de Libra nos 20 graus colocado na Cúspide da 5ª Casa.

Sagitário no 1º grau colocado na Cúspide da 6ª Casa, forma exatamente o oposto de Gêmeos em 1º grau da 12ª Casa.

O Ascendente é sempre oposto à 7ª Casa e Capricórnio colocado no Ascendente é o oposto de Câncer a 8º10’ na 7ª Casa.

Os 27 graus de Câncer na 2ª Casa serão apropriadamente opostos aos 27 graus de Capricórnio na 8ª Casa, e os 19 graus de Aquário colocado na 9ª Casa está em oposição aos 19 graus de Leão na 3ª Casa.

Assim, todas as cúspides das Casas estão preenchidas, mas devido à inclinação do eixo da Terra, alguns dos Signos podem estar Interceptados entre duas Cúspides, portanto, é necessário verificar se todos os doze Signos estão em nosso horóscopo antes de prosseguirmos. Começando por Áries, depois vemos Gêmeos a seguir. Notamos que Touro está ausente e, portanto, o colocamos em sua devida posição entre Áries e Gêmeos.

Quando um determinado Signo é interceptado, seu oposto também estará ausente. Portanto, podemos de imediato colocar Escorpião em sua devida posição entre Libra e Sagitário.

Constatamos, agora, que todos os doze Signos estão colocados em nosso horóscopo, dos quais Câncer e Capricórnio estão ocupando, cada um, duas Cúspides. Ao colocarmos, assim, os Signos em suas devidas posições em relação às Casas, aqui finalizamos essa parte, completando-a, e deixemo-la de lado, por enquanto, uma vez que este é o ponto até onde pretendíamos tratar do assunto no momento.


[1] N.T.: atualmente é mais fácil encontrar diretamente tanto a latitude como a longitude de uma localidade na internet, por meio de uma simples pesquisa.

[2] N.T.: Para os outros países há que consultar a partir de que data a Hora Padrão foi adotada. Por exemplo, no Brasil a Hora Padrão foi adotada em 1º de janeiro de 1914.

[3] N.T.: em inglês S.T. ou ST.

CAPÍTULO 4 – O SIGNO ASCENDENTE E AS DOZE CASAS

Calcularemos, agora, outro para uma pessoa nascida no mesmo dia e lugar, porém, seis horas mais tarde: em Chicago, na data de 2 de agosto, às 8h15 da manhã (A.M.).

Primeiro, nós precisamos calcular a Hora Local Exata do Nascimento (H.L.E.). Conforme visto acima, acrescentamos oito minutos à hora indicada pelo relógio, ou seja, 8h15 A.M. Isso resulta em 8h23, que é a Hora Local Exata do Nascimento.

Nossa regra para encontrar a Hora Sideral (H.S.) na hora e local do nascimento requer que observemos o seguinte:

HORA SIDERAL – H.S.HHMMSS
H.S. em Greenwich ao meio-dia anterior ao nascimento (1º de agosto), conforme indicado nas Efemérides08:37:00
Correção de 10 segundos para cada 15 graus de longitude Oeste no local de nascimento (Chicago, 88º O)00:00:59
Intervalo entre o meio-dia anterior (1º de agosto) e a hora do nascimento (2 de agosto as 8:23 A.M.)20:23:00
Correção de 10 segundos para cada hora de intervalo (20:23) que é igual a 204 segundos ou 3 minutos e 24 segundos00:03:24
Hora Sideral (H.S.) no local e hora do nascimento29:04:23
Subtrair um ciclo de 24 horas-24:00:00
Hora Sideral (H.S.) no local e hora do nascimento05:04:23

Como um dia só pode ter 24 horas, então devemos subtrair 24 quando necessário e trabalhamos com o restante, nesse caso 05:04:23 que é a Hora Sideral em Chicago na data do nascimento. Procuremos no livro Tabela de Casas para a latitude de Chicago, que é 42º N, essa hora encontrada ou a mais próxima dela.

A hora mais próxima é 05:03:30, e seguindo a mesma linha encontramos os graus para as várias cúspides das nossas Casas. Na primeira coluna da latitude de 42º N seguindo a linha da Hora Sideral (H.S.) está o número 17. No topo da coluna está o Signo de Touro e o número 10. Mas, veja que entre o número 17 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Gêmeos. Assim, colocamos os 17 graus de Gêmeos na cúspide da 10ª Casa.

Na próxima coluna à direita está o número 21. No topo da coluna, o Signo de Gêmeos e o número 11. Mas, veja que entre o número 21 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Câncer, então colocamos os 21 graus de Câncer na cúspide da 11ª Casa.

A próxima coluna da direita tem o número 22. Logo no topo encontramos o Signo de Câncer e o número 12. Mas, veja que entre o número 22 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Leão, assim, colocamos os 22 graus de Leão na cúspide da 12ª Casa.

A grande coluna marcada com Ascendente (ASC) tem o Signo de Leão no topo e na linha da Hora Sideral o número 18:56, então colocamos 18 graus e 56 minutos (18:56). Mas, veja que entre o número 18:56 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Virgem; assim colocamos no Ascendente ou na 1ª Casa os 18:56 de Virgem do nosso horóscopo.

Ao lado da coluna do Ascendente na sua direita, veremos o número 14. Logo no topo encontramos o Signo de Virgem e o número 2. Mas, veja que entre o número 14 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Libra, assim, colocamos os 14 graus de Libra na cúspide da 2ª Casa.

Na coluna da extrema direita encontramos o número 13. Logo no topo encontramos o Signo de Libra e o número 3. Mas, veja que entre o número 13 e o topo da coluna temos o símbolo do Signo de Escorpião, assim, colocamos os 13 graus de Escorpião na cúspide da 3ª Casa.

Já colocamos os seis Signos em suas respectivas Casas, agora podemos colocar os seis Signos opostos nas Casas opostas restantes como fizemos antes: veja que na cúspide da 10ª Casa temos Gêmeos a 17 graus, portanto, seu oposto é a 4ª Casa em Sagitário, onde colocaremos também os 17 graus. Seguindo, na cúspide da 11ª Casa temos Câncer a 21 graus, em seu oposto está a 5ª Casa em Capricórnio a 21 graus. Na cúspide da 12ª Casa está Leão a 22 graus e no seu oposto colocamos Aquário a 22 graus na 6ª Casa. Na próxima temos no Ascendente o Signo de Virgem a 18:56 e no seu oposto colocamos Peixes a 18:56 na cúspide da 7ª Casa. Na cúspide da 2ª Casa está Libra a 14 graus e em seu oposto na 8ª Casa vamos colocar Áries a 14 graus e, na cúspide da 3ª Casa temos Escorpião a 13 graus, portanto, no seu oposto vamos colocar Touro a 13 graus na 9ª Casa.

Agora todas as cúspides do horóscopo estão preenchidas e, a seguir contemos os Signos para sabermos se todos estão presentes ou se é necessário colocar algum que pode estar interceptado. Começamos por Áries e descobrimos que todos os doze Signos estão representados. Portanto, estando esta parte concluída, deixamo-la de lado, por enquanto.

Vamos, agora, erigir o horóscopo de uma pessoa nascida em Chicago em 2 de agosto às 2:15 P.M. A Hora Local Exata do nascimento é 8 minutos mais tarde, ou seja, 2:23 P.M. Vemos que o meio-dia anterior é de 2 de agosto e, assim, começamos nossos cálculos da seguinte forma:

HORA SIDERAL – H.S.HHMMSS
H.S. em Greenwich ao meio-dia anterior ao nascimento (2 de agosto)08:4:00
Correção de 10 segundos para cada 15 graus de longitude Oeste no local de nascimento (88º O)00:00:59
Intervalo entre o meio-dia anterior e a hora do nascimento (meio-dia às 2:23 P.M.)02:23:00
Correção de 10 segundos para cada hora de intervalo00:00:24
Hora Sideral (H.S.) no local e hora do nascimento11:05:23

Voltando à nossa Tabela de Casas para a latitude 42ºNorte, verificando a H.S. mais próxima de 11:05:23 será de 11:04:45.

Seguindo a linha da Hora Sideral, na coluna da latitude 42º N. está o número 15, colocando o dedo em cima desse número e correndo o dedo para cima veremos o Signo de Virgem e no topo da coluna está o número 10. Portanto, os 15 graus de Virgem vamos colocar na cúspide da 10ª Casa.

Na segunda coluna temos o número 16, colocando o dedo em cima desse número e correndo o dedo para cima veremos o Signo de Libra e no topo o número 11, assim, os 16 graus de Libra devem ser colocados na cúspide da 11ª Casa.

O número 10 está na terceira coluna, e logo acima o Signo de Escorpião e chegando ao topo observamos o número 12e colocamos os 10 graus de Escorpião na cúspide da 12ª Casa.

Na coluna mais larga vemos o número 29:16, e no topo encontramos o Ascendente (ASC) e, assim, colocamos no Ascendente o Signo de Escorpião.

Na coluna à direita da do Ascendente vemos o número 1 e acima dele está o Signo de Capricórnio e, no topo vemos o número 2. Portanto, colocamos 1 grau do Signo de Capricórnio na cúspide da 2ª Casa.

A coluna da extrema direita mostra o número 8 e um pouco acima encontramos o Signo de Aquário e no topo da coluna o número 3. Assim, colocamos 8 graus de Aquário na cúspide da 3ª Casa.

Agora, com as seis das nossas cúspides preenchidas, passemos a colocação dos Signos opostos e graus nas outras seis cúspides, conforme demonstrado detalhadamente nos dois primeiros horóscopos. Quando isso tenha sido feito, contamos os nossos Signos a partir de Áries para ver se todos estão representados dentro do horóscopo. Notamos o fato da ausência de Gêmeos e Sagitário, portanto, vamos inseri-los em seus devidos lugares – Gêmeos entre Touro e Câncer, Sagitário entre Escorpião e Capricórnio. Assim, completamos nosso horóscopo no que tange aos Signos e Casas, mas vamos parar por aqui para erigir a última de nossas quatro datas de exemplos para uma pessoa nascida em Chicago, 2 de agosto de 1909, às 8:15 P.M. A Hora Local Exata do lugar de nascimento é de 8 minutos mais tarde ao horário de nascimento, ou 8:23 P.M.

   Como antes, notamos o:

HORA SIDERAL – H.S.HHMMSS
H.S. em Greenwich ao meio-dia anterior ao nascimento (2 de agosto)08:41:00
Correção de 10 segundos para cada 15 graus de longitude Oeste no local de nascimento00:00:59
Intervalo entre o meio-dia anterior e a hora do nascimento08:23:00
Correção de 10 segundos para cada hora de intervalo entre o meio-dia anterior e o nascimento00:01:24
Hora Sideral (H.S.) no local e hora do nascimento17:06:00

Com esta Hora Sideral, voltamos às Tabelas de Casas para a latitude do local de nascimento, 42º N, e encontramos a H.S..S.H. mais próxima de 17:06:00 que é 17:07:49.

Na primeira coluna sob latitude 42º N, encontramos o número 18. No topo dessa coluna está Sagitário e o número 10, portanto, vamos colocar os 18 graus de Sagitário na Cúspide da 10ª Casa.

Na segunda coluna encontramos o número 9. Capricórnio está logo acima e no topo da coluna está o número 11, dessa maneira, colocamos os 9 graus de Capricórnio na Cúspide da 11ª Casa.

A terceira coluna estreita tem o número 2 com o Signo de Aquário logo acima e no topo da coluna temos o número 12, assim, encontramos os 2 graus de Aquário que pode ser colocado na cúspide da 12ª Casa.

Na coluna mais larga está o número 7:8 do Signo de Peixes acima e no topo está o ASC (Ascendente), então colocamos 7:8 (7/8 sete graus e oito minutos) de Peixes na cúspide do Ascendente.

À direita da coluna larga encontramos o número 25; logo acima está Áries e no topo da coluna está o número 2, assim, podemos colocar 25 graus de Áries na cúspide da 2ª Casa.

A coluna da extrema direita tem o número 26 e o Signo de Touro está logo acima na coluna e no topo encontramos o número 3. Dessa maneira, vamos completar colocando os 26 graus de Touro na cúspide da 3ª Casa.

Havendo completado as seis cúspides, passemos ao preenchimento das seis cúspides opostas com os seus respectivos Signos.

Assim, temos 18 graus de Gêmeos na 4ª Casa em oposição a 18 graus de Sagitário na 10ª Casa. Temos 9 graus de Câncer na 5ª Casa em oposição a 9 graus de Capricórnio na 11ª Casa, e assim por diante. Quando todas as cúspides estiverem preenchidas, contamos os Signos para ver se todos os doze estão presentes; dessa maneira, verificamos que nosso horóscopo alcançou o mesmo estágio que o dos demais calculados anteriormente. 

CAPÍTULO 4 – O SIGNO ASCENDENTE E AS DOZE CASAS

Esses horóscopos das quatro crianças nascidas na mesma cidade (Chicago), no mesmo dia e no mesmo ano (2 de agosto de 1909), mas, em horas diferentes, mostram graficamente que as pessoas podem nascer e nascem, sob a influência de todos os doze Signos em qualquer lugar, dia e ano.

Quando nós comparamos os quatro horóscopos que levantamos, podemos aprender várias lições importantes. Em primeiro lugar, podemos ver a inutilidade das afirmações que tantas vezes ouvimos: “Nasci no Signo de Touro” ou “Nasci no Signo de Escorpião”, o que simplesmente significa que a pessoa nasceu em maio ou novembro, quando o Sol transitava nesses Signos. Tal declaração expõe, ao mesmo tempo, que a pessoa se mostra ignorante da ciência da Astrologia e revela o fato de que, se ela tem o seu horóscopo em mãos, esse foi levantado por um astrólogo incompetente. Essas são, às vezes, as propagandas para atrair a atenção de quem quer ter um horóscopo seu: “adivinhamos tudo desde o seu berço até o seu túmulo” por uma quantia muito pequena. Mas, um Astrólogo consciencioso não pode dar um simples delineamento de caráter sem gastar, pelo menos, uma hora em cálculo e concentração focada e, fazer previsões que abrangem uma vida inteira exigiria vários dias de trabalho árduo. O Astrólogo científico pode afirmar que uma pessoa tem Touro ou Escorpião no Ascendente e, essa afirmação imediatamente mostra que foram feitos cálculos levando em consideração ano, mês, dia, hora e local do nascimento, o que torna o horóscopo absolutamente individual; enquanto o outro tipo de horóscopo (?) é determinado unicamente pelo mês em que a pessoa nasceu, sem levar em conta o dia, a hora ou até mesmo o ano.

Se um horóscopo pudesse ser levantado por tal método, ou melhor, sem nenhum método, certamente haveria na Terra somente doze tipos de pessoas e todas as nascidas no mesmo mês teriam o mesmo destino. Tal coisa, definitivamente, não é o caso; de fato, não há duas pessoas cujas experiências sejam exatamente iguais, e uma Astrologia que não faça tal distinção não pode ser uma ciência verdadeira.

O astrólogo científico solicita primeiro o ano de nascimento porque sabe que os Astros não entram nas mesmas posições relativas mais de uma vez em um Grande Ano Sideral[1]; assim, o horóscopo de uma criança levantado para 1909 não poderá ser duplicado por 25868 anos. Depois disso, ele pergunta o mês, porque disso dependerá a posição do Sol, que está em um Signo diferente a cada mês do ano.

O dia determina, particularmente, a posição da Lua, que transita de um Signo para outro a cada dois dias e meio; e a hora também é algo necessário para fixar a posição da Lua, já que ela se move, aproximadamente, 12 graus por dia.

Mesmo com todos esses dados, o horóscopo careceria de individualidade, pois se uma criança nascesse a cada segundo, isso significaria que 3600 pessoas nasceriam na mesma hora. Se pudermos reduzir esses dados para caber em dez minutos da hora real do nascimento, teríamos meios para calcular as posições relativa dos Astros, de tal modo que caberia apenas 600 das pessoas na Terra. Se acrescentarmos o último dado, o lugar de nascimento, que nos permite calcular o Signo Ascendente e o grau dele, então, teremos um horóscopo absolutamente individual, pois, de fato, raramente duas pessoas nascem no mesmo lugar, na mesma hora e no mesmo minuto. Mesmo os gêmeos nascem com intervalos de vinte minutos a várias horas e, podemos, prontamente, compreender que um dos gêmeos teria um grau diferente em seu Ascendente. E quando o final de um Signo é Ascendente para um dos gêmeos, geralmente, o outro nascerá sob o Signo seguinte como Ascendente. Como o Signo Ascendente é um dos principais significadores na moldagem do Corpo Denso, a aparência do segundo gêmeo pode ser totalmente diferente da do primeiro gêmeo.

Uma comparação dos Signos Ascendentes mostra uma aparente falta de uniformidade no movimento diurno da Terra. Às 2h15 A.M., o Signo de Câncer está ascendendo a 8º10’, enquanto, doze horas depois temos Escorpião no Ascendente a 29º16’, mostrando que o local de nascimento avançou apenas cerca de 141 graus nessas doze horas. Porém, para completar a volta toda no círculo ele deve percorrer 219 graus nas doze horas restantes. Mas, como a rotação diurna da Terra em seu eixo é uniforme, a falta de uniformidade no movimento observado acima se deve ao fato de que esse não é um movimento diurno verdadeiro. Essa condição é causada pela obliquidade da Eclíptica e a consequente divisão desigual destes últimos pelos planos que separam as Casas, sendo esses planos o do horizonte e do meridiano e quatro intermediários em intervalos de 30 graus. Por essa razão, certos Signos ascendem mais lentamente do que outros e, portanto, são chamados de Signos de Ascensão Longa, enquanto seus opostos são chamados de Signos de Ascensão Curta. Ficará evidente que a maioria das pessoas nascem sob os Signos de Ascensão Longa – Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião e Sagitário no Hemisfério Norte, e seus opostos no Hemisfério Sul.


[1] N.T: Ano Sideral é contado por meio do aparente movimento do Sol na abóbada celeste, em relação às 12 constelações zodiacais. O Sol percorre todo o Zodíaco em cerca de 25.868 anos.

CAPÍTULO 5 – COMO CALCULAR A POSIÇÃO DOS ASTROS

Como as Efemérides Rosacruzes são calculadas para Greenwich e para o momento em que o relógio do Observatório de Greenwich marca 12 horas (meio-dia), é necessário fazer correções para outros horários e lugares a leste ou oeste daquele ponto quando se deseja calcular os dados de um horóscopo.

Acrescentando-se à Hora Local Exata do nascimento quatro minutos por cada grau de longitude, se o local do nascimento fica a oeste de Greenwich, nós obtemos a Hora Média de Greenwich, como marcada pelo relógio do Observatório. Esse horário se escreve apenas pelas suas iniciais: H.M.G.

Podemos aplicar essa regra para calcular a H.M.G. para o horóscopo de 2 de agosto, às 8:15 A.M. em Chicago (EUA), que se situa nos 88 graus de longitude oeste:

 HH MM SS 
Hora Local Exata do nascimento (como calculamos anteriormente)08:23:00 AMDe 2 de agosto
Correção de 4 minutos que vezes 88 graus é igual a 352 minutos05:52:00 
Hora Média de Greenwich (H.M.G.)02:15:00 PMDe 2 de agosto

Observe: multiplicando-se os graus de longitude oeste de Chicago (88 graus) por 4 minutos temos 352 minutos, que dividimos por 60, porque cada hora tem 60 minutos. Obtemos assim 5 horas e 52 minutos, que somamos à Hora Local Exata do nascimento, 8 horas e 23 minutos da manhã, e o resultado é 2 horas e 15 minutos da tarde, a qual é a H.M.G.

Isto quer dizer que no mesmo momento em que a criança nascia e os relógios de Chicago marcavam 8:15 da manhã (AM), o relógio do Observatório de Greenwich marcava 2:15 da tarde (PM).

Esse último horário é o que se deve usar para calcular as posições dos Astros (Sol, Lua e Planetas) e, para que se tenha em mente tão somente o mínimo indispensável de fatores, sugerimos que o principiante esqueça a Hora Local do nascimento, uma vez calculada a H.M.G.

Nas longitudes ocidentais a H.M.G. pode avançar no dia seguinte ao do nascimento, em virtude da soma dos 4 minutos por cada grau de longitude. Nos casos em que a longitude do lugar do nascimento é a leste de Greenwich, os 4 minutos por cada grau de longitude são subtraídos e, portanto, a H.M.G. pode retroceder para o dia que antecede ao do nascimento. Desse modo não falemos de data ou horário de nascimento, mas de data e horário H.M.G. [1]

O que precisamos fazer agora é achar o movimento dos Astros no dia H.M.G., que vai do meio-dia anterior à H.M.G. até ao meio-dia posterior à H.M.G. As posições dos Astros são fornecidas pelas Efemérides Rosacruzes[2].

Como a nossa H.M.G. é 2:15 A.M. do dia 2 de agosto de 1909, se queremos calcular o percurso diário do Sol anotamos a longitude dele ao meio-dia de 2 de agosto (meio-dia anterior à H.M.G.) e a do dia 3 de agosto (meio-dia posterior à H.M.G.). Como vamos subtrair, escrevamos em cima a posição do Astro no meio-dia seguinte, pois isso facilita a operação.

 HH MM SS
A longitude do Sol ao meio-dia de 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)10:28
A longitude do Sol ao meio-dia de 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)09:31
Percurso do Sol no dia da H.M.G.00:57

O passo seguinte é achar o intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo, pois isto também é uma base para a nossa correção. No horóscopo que estamos utilizando a H.M.G. é 2:15 P.M. de 2 de agosto. O meio-dia mais próximo é, obviamente, às 12 horas A.M. do mesmo dia 2 de agosto, e o intervalo entre as 12:00 A.M. e as 2:15 P.M. é, assim, 2 horas e 15 minutos[3].

Tendo encontrado o percurso do Astro no dia H.M.G. e o intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo, nosso problema pode ser posto assim:

Se o Sol percorre 57 minutos de espaço em 24 horas, quanto ele percorre em 2 horas e 15 minutos? A resposta é: 5 minutos[4].

Esse método de trabalhar com correções pela simples proporção pode ser utilizado com vantagem quando o percurso do Astro é menor que 1 grau; nos casos de Vênus, Mercúrio e, particularmente, no caso da Lua, é muito mais rápido, muito mais seguro e muito mais exato fazer as correções por meio dos logaritmos. Nas últimas páginas das Efemérides Rosacruzes de qualquer ano se encontra uma Tabela de Logaritmos, que também pode ser encontrada no apêndice desse livro e seu uso é extremamente simples.

No alto dessa Tabela há uma sequência de números, de 0 a 23. Esses números tanto são para nos fornecer as horas como para nos fornecer os graus (já que ambos são divididos em 60 minutos); no lado esquerdo há uma coluna que nos fornecem os minutos (tanto para as horas como para os graus) com números de 0 a 59.

Se queremos achar o logaritmo de certo número que está em horas e minutos (ou em graus e minutos), simplesmente pomos nosso dedo indicador no número correspondente ao de horas (ou graus) desejados, daí descendo pela coluna até alcançarmos a linha correspondente aos minutos dados. No ponto em que a linha de minutos intercepta a coluna de horas (ou graus) temos o valor do logaritmo procurado.

Por exemplo, o percurso diário do Sol no horóscopo que estamos calculando é de 0 grau e 57 minutos. Pomos nosso indicador na coluna com o “0” no topo. Corremos o dedo página abaixo até alcançarmos a linha com o número “57” que representa os minutos. No ponto em que essa linha intercepta ou encontra a coluna do “0” vemos o número 1.4025, que é o logaritmo do percurso do Sol no dia H.M.G., que vai do meio-dia de 2 de agosto ao meio-dia de 3 de agosto.

De modo semelhante podemos achar o logaritmo do intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo. Neste caso, como calculamos acima, o intervalo é de 2 horas e 15 minutos. Corremos nosso indicador de cima para baixo na coluna encabeçada pelo número “2” e achamos o número 1.0280 na linha com o número “15”, na coluna dos minutos. Este é o logaritmo do intervalo: 1.0280.

O movimento diário de cada Astro difere do movimento diário de todos os outros Astros. Portanto, o percurso de cada um deles precisa ser calculado separadamente e o respectivo logaritmo precisa ser encontrado, mas o intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo se aplica igualmente no cálculo de todos os Astros, de forma que, uma vez determinado o intervalo, seu logaritmo pode ser usado no cálculo das posições de todos os Astros.


[1] N.T.: Exemplo: 1) uma pessoa que nasceu na data de 2 de agosto de 1909, às 8:15 P.M. em Chicago (EUA), que se situa nos 88 graus de longitude oeste. Calculando veremos que a HLE será 8:23 PM. E a HMG será 8:23 PM + 5:52 = 2:15 AM do dia 3 de agosto de 1909.

2) uma pessoa que nasceu na data de 31 de dezembro de 1909, às 8:15 P.M. em Chicago (EUA), que se situa nos 88 graus de longitude oeste. Calculando veremos que a HLE será 8:23 PM. E a HMG será 8:23 PM + 5:52 = 2:15 AM do dia 1 de janeiro de 1910.

[2] N.T.: Aqui a página com as Efemérides para o mês de agosto de 1909 com as longitudes dos Astros:

[3] N.T.: já que 02:15 PM é o mesmo que 14:15, pensemos assim, talvez facilite: 14:15 – 12:00 = 02:15.

[4] N.T.: é só aplicar a “regra de 3 simples”: 57 -> 60 então 5 -> x; x = 5,2 ou arredondando 5 minutos.

Continuando nossos cálculos:

 LOGARÍTMOS
Logaritmo do Percurso do Sol no dia da H.M.G. (00:57)1.4025
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo1.0280
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida pelo Sol durante o Intervalo2.4305

O valor desse logaritmo em graus e minutos é determinado ao achar o mesmo valor na Tabela dos Logaritmos Proporcionais, ou o que seja mais próximo do Logaritmo da Distância Percorrida pelo Sol durante o Intervalo, calculado acima. No exemplo acima o logaritmo mais próximo é 2,4594[1]. Esse número está na coluna encabeçada pelo grau 0, e na mesma linha que tem o número 5 na coluna dos minutos, que é a primeira da esquerda. Por conseguinte, o valor correspondente do logaritmo é 0 grau e 5 minutos que é o Incremento de Correção. E assim obtemos o mesmo resultado para o nosso problema (Quando o Sol percorre 57 minutos em 24 horas, quanto percorrerá em 2 horas e 15 minutos?), tanto usando logaritmos quanto o método proporcional. Esse último pode parecer mais fácil ao principiante, mas uma vez determinado o Logaritmo do Intervalo, o método logarítmico será considerado mais fácil, rápido e mais preciso, pois as respostas obtidas pelos dois métodos nem sempre coincidem perfeitamente e, particularmente, no caso da Lua o método logarítmico deve ser usado.

Tendo encontrado a distância percorrida pelo Astro durante o intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo, para achar a posição do Astro na H.M.G. (que é o fim e objetivo de todos os nossos cálculos) devemos somar esse Incremento de Correção à longitude do Astro no meio-dia mais próximo ao dia H.M.G. Se essa H.M.G. for P.M., é porque neste caso o Astro foi além da posição mostrada nas Efemérides Rosacruzes.

Se, por outro lado, a H.M.G. for anterior ao meio-dia (A.M.) o Astro ainda não alcançou a posição indicada pelas Efemérides ao meio-dia, pelo que se faz necessário subtrair a distância percorrida no intervalo – o Incremento de Correção – da longitude do Astro dado pelas Efemérides no meio-dia mais próximo à H.M.G.

No caso presente a H.M.G. é posterior ao meio-dia (P.M.), portanto, nós somamos:

 SIGNOGG MM
Longitude do Sol no meio-dia mais próximo à H.M.G., 2 de agosto, como lido das Efemérides de agosto de 1909Leão09:31
SOMA-SE ao Incremento de Correção 00:05
Resultado é a Longitude do Sol à H.M.G.Leão09:36

Essa é a posição do Sol que deve ser inserida no horóscopo.

Para conveniência do Estudante nós, agora, enunciaremos os passos da regra para encontrar as posições dos Astros, na devida ordem de cálculo:

  1. Determine a H.M.G. somando à Hora Local Exata do nascimento o produto de 4 minutos para cada grau de longitude do lugar do nascimento, se este ficar a oeste de Greenwich (se a longitude do lugar de nascimento for leste, então subtraia).[2]
  2. Determine o intervalo entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo (em horas e minutos); com esse valor entre na Tabela de Logaritmos Proporcionais e ache o Logaritmo do Intervalo.[3]
  3. Determine o percurso do Astro no dia H.M.G., desde o meio-dia anterior à H.M.G. até ao meio-dia seguinte à H.M.G.; entre na Tabela de Logaritmos Proporcionais e ache o Logaritmo do Percurso do Astro durante o Dia H.M.G.[4].
  4. Some o Logaritmo do Percurso do Astro durante o Dia H.M.G. ao Logaritmo do Intervalo. O resultado dessa soma é o Logaritmo do Percurso do Astro durante o Intervalo[5].
  5. Determine o valor do Logaritmo do Percurso do Astro durante o Intervalo em graus e minutos. Esse é o Incremento de Correção[6].

6.a) Quando a H.M.G. é anterior ao meio-dia (A.M.), subtraia o Incremento de Correção da Longitude do Astro no meio-dia mais próximo à H.M.G., como lido das Efemérides do mês e do ano de nascimento.

6.b) Quando a H.M.G. é posterior ao meio-dia (P.M.), some o Incremento de Correção à Longitude do Astro no meio-dia mais próximo à H.M.G., como lido das Efemérides do mês e do ano de nascimento.

NOTA IMPORTANTE: Quando o Astro está Retrógrado, inverta-se as condições do item 6[7].

O resultado, em qualquer um dos casos acima, será a posição exata do Astro na H.M.G, e deve ser inserido no horóscopo, no seu devido lugar.

Essas regras são aplicadas no cálculo da posição de um Astro – o Sol –, mas como a H.M.G. (no caso, 2:15 P.M. de 2 de agosto) e o Logaritmo do Intervalo (1.0280) são os mesmos para todos os Astros, nós não precisamos calculá-los (nem a H.M.G e nem o Logaritmo do Intervalo), como vimos nos itens 1) e 2) acima.  Assim, vamos começar nossos cálculos sobre a Lua e outros Planetas a partir do item 3) acima:

 SIGNOHH MM SS
A longitude da Lua ao meio-dia de 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Peixes02:39
A longitude da Lua ao meio-dia de 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Aquário17:55
Percurso da Lua no dia da H.M.G. 14:44

O Estudante deve se lembrar que cada Signo tem 30 graus e que cada grau tem 60 minutos. Na subtração acima foi necessário tomar emprestado 1 grau[8] e somar seus 60 minutos aos 39, pois somente assim podemos tirar 55 do total de 99 minutos, conforme exigia a operação, sobrando ainda 44 minutos[9]. De modo semelhante, tomamos emprestado um Signo inteiro (30 graus) para acrescentá-lo ao 1 grau que sobrou de Peixes após tomar dele 1 grau para efetuar a subtração de minutos[10]. Portanto, subtraímos 31 de 17 graus, o que deixa um resto de 14 graus.

De acordo com o item 4) da nossa regra, fazemos:

 HH MM SS
Logaritmo do Percurso da Lua no dia da H.M.G. (14:44)0.2119
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo1.0280
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida pela Lua durante o Intervalo1.2399

Aplicando a regra no seu item 5) que nos diz como achar o valor desse logaritmo, e em nossa Tabela de Logaritmos Proporcionais podemos verificar como o valor mais próximo o 1.2393. Acima dele, no topo da coluna, vemos o número 1, na extremidade esquerda está o número 23, significando isso que a Lua se deslocou 1 grau e 23 minutos durante o intervalo (entre a H.M.G. e o meio-dia mais próximo). Esse é, pois, o Incremento de Correção.

O item 6.b acima diz que devemos somar esse Incremento de Correção à Longitude da Luz no meio-dia mais próximo à H.M.G., como lido das Efemérides de agosto de 1909:

 SIGNOGG MM
Longitude da Lua no meio-dia mais próximo à H.M.G., 2 de agosto, como lido das Efemérides de agosto de 1909Aquário17:55
SOMA-SE ao Incremento de Correção 01:23
Resultado é a Longitude do Sol à H.M.G.Aquário19:18

[1] N.T.: pois 2.4594 – 2.4305 = 0.0289 e 2.4305 – 2.3802 = 0.1503; assim 2.4594 está mais próximo de 2.4305 e esse que deve ser utilizado.

[2] N.T.: suponhamos que a longitude do lugar de nascimento é 88 graus oeste e a H.L.E. é 8:23 AM de 2 de agosto: Então, façamos 4 x 88 = 352 minutos ou 05:52. Como a longitude do lugar de nascimento é oeste, então somemos: 8:23 + 5:52 = 2:15 P.M de 2 de agosto. Esse é o valor da H.M.G.

[3] N.T.: se a H.M.G. é 2:15, então o valor do Logaritmo do Intervalo será, consultando a Tabela, de 1.0280.

[4] N.T.: Por exemplo, se o percurso do Astro no dia H.M.G. foi de 0 grau e 57 minutos, então vamos à Tabela de Logaritmos Proporcionais com esse valor e encontramos: 1.405 que é o Logaritmo do Percurso do Astro durante o dia H.M.G.

[5] N.T.: Se o Logaritmo do Percurso do Astro durante o dia H.M.G. é 1.405 e o Logaritmo do Intervalo é 1.0280, então o Logaritmo do Percurso do Astro durante o Intervalo é 2.4305.

[6] N.T.: Se o Logaritmo do Percurso do Astro durante o Intervalo é de 2.4305, então, vamos à Tabela de Logaritmos Proporcionais com esse valor e encontramos: 0 grau e 5 minutos (00:05).

[7] N.T.: 6.a) Quando a H.M.G. é anterior ao meio-dia (A.M.), SOME o Incremento de Correção da Longitude do Astro no meio-dia mais próximo à H.M.G., como lido das Efemérides do mês e do ano de nascimento.

6.b) Quando a H.M.G. é posterior ao meio-dia (P.M.), SUBTRAIA o Incremento de Correção à Longitude do Astro no meio-dia mais próximo à H.M.G., como lido das Efemérides do mês e do ano de nascimento.

[8] N.T. …do valor 02:39 e, assim, os 2 graus viraram 1 grau e os 39 minutos viraram 60 + 39 = 99 minutos. Com isso podemos escrever os 02:39 como 01:99.

[9] N.T.: fizemos a primeira parte da conta, começando pelos minutos: 99 – 55 = 44 minutos.

[10] N.T.: pois após a operação com os minutos, ao invés de 2 graus de Peixes, ficamos com 1 grau de Peixes. Tomando 30 graus emprestados, ficamos com 31 graus.

O movimento de Netuno, Urano, Saturno e Júpiter no dia H.M.G. do meio-dia de 2 de agosto ao meio-dia de 3 de agosto pode se ver numa consulta às Efemérides de agosto de 1909[1], em poucos minutos. Consequentemente, a distância que eles percorreram no intervalo é insignificante, pelo que se escreve no horóscopo as posições que eles têm no meio-dia mais próximo à H.M.G. de 2 agosto. Marte se moveu 15 minutos no dia H.M.G., portanto, podemos acrescentar 1 minuto para o deslocamento durante o intervalo à longitude (ou posição) dele em 2 de agosto, como mostrado nas Efemérides; assim, anotamos no horóscopo a posição de Marte como estando em Áries 03:58 (ou 3º58’).

Vênus precisará da correção logarítmica[2]:

 SIGNOHH MM SS
A longitude de Vênus ao meio-dia de 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Virgem06:21
A longitude de Vênus ao meio-dia de 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Virgem05:09
Percurso de Vênus no dia da H.M.G. 01:12
 LOGARÍTMOS
Logaritmo do Percurso de Vênus no dia da H.M.G. (01:12)1.3010
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo1.0280
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida por Vênus durante o Intervalo2.3290

O Incremento de Correção (o valor do logaritmo 2.3290 ou do valor mais próximo encontrado na Tabela de Logaritmos Proporcionais, que neste caso é 2.3133) é 00:07 (ou 00º07’).

 SIGNOGG MM
Longitude de Vênus no meio-dia mais próximo à H.M.G., 2 de agosto, como lido das Efemérides de agosto de 1909Virgem05:09
SOMA-SE ao Incremento de Correção 00:07
Resultado é a Longitude de Vênus à H.M.G. (e que será inserido no horóscopo)Virgem05:16

Mercúrio também se moveu o suficiente para exigir cálculo de sua posição exata na H.M.G. do nascimento por meio da correção logarítmica:

 SIGNOHH MM SS
A longitude de Mercúrio ao meio-dia de 3 de agosto de 1909 – após a H.M.G. (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Leão09:22
A longitude de Mercúrio ao meio-dia de 2 de agosto de 1909 – antes da H.M.G. (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Leão07:17
Percurso de Mercúrio no dia da H.M.G. 02:05
 LOGARÍTMOS
Logaritmo do Percurso de Mercúrio no dia da H.M.G. (02:05)1.0614
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo1.0280
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida por Mercúrio durante o Intervalo2.0894

O Incremento de Correção (o valor do logaritmo 2.0894 ou do valor mais próximo encontrado na Tabela de Logaritmos Proporcionais, que neste caso é 2.0792) é 00:12 (ou 00º12’).

 SIGNOGG MM
Longitude de Mercúrio no meio-dia mais próximo à H.M.G., 2 de agosto, como lido das Efemérides de agosto de 1909Leão07:17
SOMA-SE ao Incremento de Correção 00:12
Resultado é a Longitude de Mercúrio à H.M.G. (e que será inserido no horóscopo)Leão07:29

[1] N.T.: Efemérides de agosto de 1909, para o meio-dia, com as longitudes dos Astros:

[2] N.T.: A Tabela de Logaritmos Proporcionais:

Agora, vamos encontrar as posições da Cabeça do Dragão, ou Nodo Lunar, e da Cauda do Dragão. A longitude da Cabeça do Dragão em 2 de agosto, ao meio-dia mais próximo da H.M.G., encontrada na Efemérides de agosto de 1909, está em Gêmeos 13:47 (ou 13º47’). A Cauda do Dragão ocupa o ponto oposto, ou seja: Sagitário 13:47 (ou 13º47’). Essas posições devem ser anotadas no horóscopo.

Ainda resta outro fator para completar o horóscopo: a Parte da Fortuna[1],um ponto imaginário calculado a partir das longitudes do Sol, da Lua e do Ascendente. A conceituação da Parte da Fortuna está em saber que o corpo humano é produzido pelas forças lunares. No momento da concepção[2] pode ser matematicamente demonstrado que a Lua se encontrava no mesmo grau do Ascendente no nascimento, ainda que na ocasião do nascimento ela esteja numa longitude diferente. Pode-se dizer que numa dessas posições a Lua magnetizou o polo positivo, e em outra, magnetizou o polo negativo do Átomo-semente[3], o qual, à semelhança de um ímã, atrai para si as substâncias químicas que formam o Corpo Denso. As forças solares vitalizam o Corpo Denso, mas como esse sofre um processo constante de deterioramento, se faz necessário uma suspensão ou solução de nutrientes em estado adequado para absorção – um pábulo – a fim de reparar as perdas. Esse tipo de associação de nutrientes e todas as posses materiais são, portanto, astrologicamente falando, derivadas das influências combinadas do Sol e das duas posições da Lua mencionadas acima. Quando os Aspectos relativos à Parte da Fortuna com os outros Astros são benéficos, o sucesso e a prosperidade materiais são favorecidos; quando são adversos, podem ser esperadas dificuldades ao lidar com assuntos materiais. A natureza do Astro que está com algum Aspecto com a Parte da Fortuna, bem como o Signo e a Casa em que a Parte da Fortuna se encontra, são as fontes das quais podemos esperar uma coisa ou outra, nos mostrando, assim, para onde direcionar as nossas energias ou o que devemos evitar.

Os Signos do Zodíaco são contados a partir de Áries, que é o primeiro Signo, e são assim numerados:

NomeNúmero Equivalente NomeNúmero Equivalente
Áries1 Libra7
Touro2 Escorpião8
Gêmeos3 Sagitário9
Câncer4 Capricórnio10
Leão5 Aquário11
Virgem6 Peixes12

Para encontrarmos a posição da Parte de Fortuna:

Some: a longitude do Ascendente (Signo, Grau e Minutos) com a longitude da Lua (Signo, Grau e Minutos);

Dessa soma, subtraia a longitude do Sol (Signo, Grau e Minutos);

O resultado é a longitude de Parte da Fortuna (Signo, Grau e Minutos).

Aplicando essa regra ao horóscopo que estamos levantando, anotamos os fatores envolvidos no cálculo da seguinte forma:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
A longitude do AscendenteVirgem618:56
A longitude do SolLeão509:36
A longitude da LuaAquário1119:18

Seguindo as regras acima, somamos:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
A longitude da LuaAquário1119:18
A longitude do AscendenteVirgem618:56
RESULTADO DA SOMA 1808:14

E, em seguida, subtrair:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
RESULTADO DA SOMA 1808:14
A longitude do SolLeão509:36
Longitude da Parte da FortunaPeixes1228:38

O 12º Signo é Peixes, portanto, a longitude da Parte da Fortuna no horóscopo é: Peixes em 28:38 (ou 28º38’).

No exemplo acima, o Estudante perceberá que quando somamos os graus da Lua e do Ascendente: 19 + 18 e mais 1 grau, tomado da soma dos minutos, o resultado foi “38”, mas como só existem 30 graus num Signo, então um Signo foi levado e somados aos outros Signos, do mesmo modo como somamos 60 minutos aos graus ou às horas.

Se, depois da subtração da longitude do Sol, houver mais que 12 signos, subtraímos o círculo total de 12 e ficamos com o que sobrar.

Também pode acontecer que a longitude do Signo onde está o Sol exceda as longitudes da Lua e a do Ascendente, sendo impossível se efetuar a subtração. Por exemplo, se a:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
A longitude do AscendenteÁries125:55
A longitude da LuaÁries125:50
RESULTADO DA SOMA 321:45

Se o Sol está em Capricórnio, o 10º Signo, não podemos subtrair 10 de 3, portanto, somamos um ciclo de 12 Signos:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
RESULTADO DA SOMA321:45
Ciclo de 12 Signos1200:00
RESULTADO DA SOMA 1521:45

Então, podemos subtrair da Longitude do Sol:

 SIGNONúmero EquivalenteHH MM SS
RESULTADO DA SOMA 1521:45
A longitude do SolCapricórnio1029:55
Longitude da Parte da FortunaCâncer421:50

Assim, o 4º Signo é Câncer, portanto, a longitude da Parte da Fortuna no horóscopo seria: Câncer em 21:50 (ou 21º50’).

Na subtração acima: 45 minutos menos 55, tomamos “emprestado” 1 grau, ou 60 minutos, e adicionamos aos 45 minutos e, então, dessa soma, 105 minutos, subtraímos os 55, restando, portanto, 50 minutos.

Vamos continuar a operação: repare que depois da operação acima não temos mais 21 graus (do RESULTADO DA SOMA), mas sim 20 graus, pois tomamos “emprestado” 1 grau para a subtração dos minutos. Assim, para subtrairmos 29 graus dos 20 graus, também tomamos “emprestado” 1 Signo dos 15 (do RESULTADO DA SOMA). Os 30 graus desse Signo somamos aos 20 graus, o que totaliza 50 graus. Agora sim, destes 50 graus subtraímos os 29 graus, restando 21 graus. Como dos 15 tomamos “emprestado” 1 Signo, sobraram 14 e, assim, subtraindo 10 desses 14 restaram 4. O 4º Signo é Câncer, por conseguinte, a longitude da Parte da Fortuna é Câncer 21:50 (ou 21º50’).


[1] N.T.: ou Roda da Fortuna

[2] N.T.: Na concepção, o óvulo maduro é fertilizado por um espermatozoide. A fertilização acontece quando o espermatozoide atinge o óvulo e consegue perfurar com sucesso a membrana externa dele.

[3] N.T.: Átomo-semente do Corpo Denso.

Agora faremos uma lista das Longitudes dos Astros como nós temos calculado, antes de inseri-los no horóscopo:

Nome do AstroSignoLongitude
GrauMinutos
SolLeão936
LuaAquário1918
NetunoCâncer1742
UranoCapricórnio1815 M
SaturnoÁries2313
JúpiterVirgem1510
MarteÁries358
VênusVirgem516
MercúrioLeão729
Parte da FortunaPeixes2838
Cabeça do DragãoGêmeos1347
Cauda do DragãoSagitário1347

Os Astros podem ser inseridos no horóscopo.

Ao inserir os Astros, o Estudante Rosacruz deve considerar, de modo especial, dois pontos:

Primeiro – Que os Astros são inseridos nas próprias Casas onde calculamos e na devida ordem. Os Signos e os respectivos graus do Zodíaco seguem na direção indicada na ordem natural deles; consequentemente, começando por Áries 0º (que deve estar na 7ª Casa, já que Áries nos 14º está na cúspide da 8ª Casa), vemos que Marte está em Áries 3:58, portanto colocamo-lo na 7ª Casa mais próximo à cúspide da 8ª Casa do que da 7ª Casa. Como Áries nos 14º está na cúspide ou na linha que assinala a entrada na 8ª Casa, e Saturno está em Áries a 23:13, colocamos esse na 8ª Casa, e mais perto da cúspide dessa Casa do que da 9ª Casa. Assim, ambos os Planetas estão em relação adequada um com o outro e com as Casas, e eles estão colocados de tal maneira que, vendo-os não podemos nos enganar quanto ao Signo em que se encontram. Se Marte fosse colocado mais perto da cúspide da 7ª Casa, à primeira vista pareceria estar em Peixes, e Saturno posto mais perto da cúspide da 9ª Casa pareceria estar em Touro. Isso causaria um erro na leitura, o qual pode ser evitado com um cuidado mínimo. Se o Estudante observar cuidadosamente o método aqui utilizado para colocação dos Astros nesse horóscopo, nunca terá dúvidas quanto aos Signos em que os Astros estão ocupando.

Segundo – As posições dos Astros devem ser legíveis sem a necessidade de virar ou inclinar a Folha do Horóscopo, o que contraria as condições para uma boa concentração. Se as posições dos Astros nas 3ª, 4ª, 9ª e 10ª Casas forem anotadas conforme anotamos as de Netuno e Urano, tal inconveniente não existirá.

O horóscopo agora está levantado e está completo. A maioria dos astrólogos, agora, começa a interpretá-lo, mas que essa interpretação seja mais completa é necessário fazer um índice, tal como apresentamos no último capítulo desta parte.

Com o objetivo de familiarizar bem o Estudante com o modo de levantar um horóscopo, primeiramente vamos completar o horóscopo que levantamos parcialmente da data de 2 agosto às 8:15 P.M.[1], pois esse horóscopo oferece certas peculiaridades que vale a pena darmos atenção, conforme exporemos a seguir.

Para determinar a H.M.G. de 2 de agosto, somamos à Hora Local Exata de Nascimento (08:23:00 P.M.) os 4 minutos por cada um dos 88 graus (4 x 88) de Longitude oeste de Greenwich em que se situa o lugar do nascimento, que convertido temos 05:52:00, resultado a H.M.G que já cai no dia seguinte, 3 de agosto no horário de 02:15:00 A.M.

Colocando em uma tabela:

 HH MM SS 
Hora Local Exata do nascimento (como calculamos anteriormente)08:23:00 PMDe 2 de agosto
Correção de 4 minutos que vezes 88 graus é igual a 352 minutos05:52:00 
Hora Média de Greenwich (H.M.G.)02:15:00 AMDe 3 de agosto

Aqui está um ponto importante. Quando acrescentamos 5 horas e 52 minutos às 08:23:00 P.M. levamos a H.M.G para o dia seguinte; isso significa que no mesmo instante em que essa criança nascia em Chicago, com os relógios marcando 8:15 da noite de 2 de agosto, o relógio do Observatório de Greenwich marcava 2:15 da madrugada de 3 de agosto. Assim, o meio-dia de 3 de agosto é o mais próximo da H.M.G., e o intervalo entre a H.M.G. (2:15 A.M.) e o meio-dia mais próximo é, portanto, 9 horas e 45 minutos, cujo logaritmo é 0,3912.

Executemos, agora, os cálculos e as operações matemáticas prescritas no início deste Capítulo V:

 HH MM
A longitude do Sol ao meio-dia de 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)10:28
A longitude do Sol ao meio-dia de 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)09:31
Percurso do Sol no dia da H.M.G.00:57
 LOGARÍTMOS
Logaritmo do Percurso do Sol no dia da H.M.G. (00:57)1,4025
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo0,3912
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida pelo Sol durante o Intervalo1,7937

O valor do logaritmo 1,7937, ou seja, o Incremento de Correção é 0 grau e 23 minutos.

 SIGNOGG MM
Longitude do Sol no meio-dia mais próximo da H.M.G.Leão10:28
SUBTRAIA do Incremento de Correção 00:23
Resultado é a Longitude do Sol à H.M.G.Leão10:05

Essa é a posição em que inserimos para o Sol no horóscopo, ou seja: 10 graus e 5 minutos do Signo de Leão.

Observe que no horóscopo anterior (o de 2 agosto às 8:15 A.M., em Chicago (EUA)) nós somamos o Incremento de Correção à longitude de cada Astro (Sol, Lua e Planetas), porque a H.M.G. era após ao meio-dia. No atual horóscopo (o de 2 agosto às 8:15 P.M., em Chicago (EUA)) a H.M.G. é antes do meio-dia, assim subtraímos do Incremento de Correção da longitude de cada Astro no meio-dia mais próximo da H.M.G., conforme determina o item 6.b da regra que usamos para calcular a posição exata do Astro na H.M.G.[2].

 SIGNOHH MM
A longitude da Lua ao meio-dia após à H.M.G. (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Peixes02:39
A longitude da Lua ao meio-dia antes da H.M.G. (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Aquário17:55
Percurso da Lua no dia da H.M.G. 14:44
 HH MM
Logaritmo do Percurso da Lua no dia da H.M.G. (14:44)0,2119
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo0,3912
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida pela Lua durante o Intervalo0,6031

O valor do logaritmo 0,6031, ou seja, o Incremento de Correção é 5 graus e 59 minutos.

 SIGNOGG MM
Longitude da Lua no meio-dia mais próximo da H.M.G.Peixes02:39
SUBTRAIA do Incremento de Correção 05:59
Resultado é a Longitude da Lua à H.M.G.Aquário26:40[3]

Conforme fizemos no primeiro horóscopo, neste também podemos dispensar cálculos para as posições de Netuno, Urano e Saturno sem a correção (fornecida por meio do Incremento de Correção), e apenas anotando as longitudes de cada um deles no meio-dia mais próximo à H.M.G. O percurso de Marte no dia H.M.G. é de 15 minutos, e seu percurso durante o intervalo de 9 horas e 45 minutos[4] deve, portanto, ser aproximadamente 6 minutos[5]. subtraindo 6 minutos da posição de Marte em 3 de agosto (no meio-dia mais próximo à H.M.G.), a posição de Marte no horóscopo será Áries 04:06. Do mesmo modo, Júpiter requer uma correção de 4 minutos[6], ficando sua posição em Virgem 15:17.


[1] N.T.: Atente bem que no início do Capítulo V nós calculamos os dados para um horóscopo que levantamos parcialmente da data de 2 agosto às 8:15 A.M., em Chicago (EUA).

[2] N.T.: veja no início desse Capítulo V

[3] N.T.: Uma maneira prática de fazer essa conta de subtração (quanto a parcela superior é menor do que a parcela inferior). Repare que estamos em uma circunferência e lá medimos as distâncias em graus e minutos. Sabemos, também que cada Signo tem 30 graus (sempre). E aqui sabemos que depois de Aquário vem Peixes, ou, antes de Peixes vem Aquário:

Outro modo: considerando uma reta de 0º a 360º, segmentada de 30 em 30 graus (o tamanho invariável de cada Signo), e sabendo que Aquário vem depois de Peixes, podemos considerar o ponto 2:39º de Peixes como se fosse o ponto 32:39 de Aquário. Agora se fizermos a subtração 32:39 – 05:59 = 31:99 – 05:59 = 26:40.

[4] N.T.: que é o intervalo de tempo entre a H.M.G., que é 2h15 AM de 3 de agosto, e o meio-dia mais próximo da H.M.G., que é o meio-dia do próprio 3 de agosto: 12:00 – 02:15 = 11:60 – 02:15 = 9:45.

[5] N.T.: ou seja: entre o meio-dia mais próximo à H.M.G. e a própria H.M.G (intervalo de 9 horas e 45 minutos). Ora se Marte se movimenta 15 minutos de 2 a 3 de agosto (portanto, 24 horas), então quanto ele se deslocou em 9 horas e 45 minutos? Apliquemos a Regra de Três simples: 15 m – > 24 h assim como x <- 9h45m, ou seja: 9h45m x 15m = 9,75h x 15m = 146,3 e 146,3/24 = 6,1 minutos, arredondando para baixo: 6 minutos!

[6] N.T.: O percurso de Júpiter no dia H.M.G. é de 11 minutos. Assim, entre o meio-dia mais próximo à H.M.G. e a própria H.M.G, ou seja, o intervalo de 9 horas e 45 minutos. Ora se Júpiter se movimenta 11 minutos de 2 a 3 de agosto (portanto, 24 horas), então quanto ele se deslocou em 9 horas e 45 minutos? Apliquemos a Regra de Três simples: 11 m – > 24 h assim como x <- 9h45m, ou seja: 9h45m x 11m = 9,75h x 11m = 107 e 107/24 = 4,4 minutos, arredondando para baixo: 4 minutos!

                                                       

 SIGNOHH MM
A longitude de Vênus ao meio-dia após à H.M.G. – 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Virgem06:21
A longitude de Vênus ao meio-dia antes à H.M.G. – 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Virgem05:09
Percurso de Vênus no dia da H.M.G. 01:12
 HH MM
Logaritmo do Percurso de Vênus no dia da H.M.G. (01:12)1,3010
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo0,3912
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida por Vênus durante o Intervalo1,6922

O valor do logaritmo 1,6922, ou seja, o Incremento de Correção é 0 graus e 29 minutos.

 SIGNOGG MM
Longitude de Vênus no meio-dia mais próximo da H.M.G.Virgem06:21
SUBTRAIA do Incremento de Correção 00:29
Resultado é a Longitude de Vênus à H.M.G.Virgem05:52[1]

Mercúrio é o último Planeta que temos que calcular:

 SIGNOHH MM
A longitude de Mercúrio ao meio-dia após à H.M.G. – 3 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Leão09:22
A longitude de Mercúrio ao meio-dia antes à H.M.G. – 2 de agosto de 1909 (como fornecido pelas Efemérides Rosacruzes de 1909)Leão07:17
Percurso de Mercúrio no dia da H.M.G. 02:05
 HH MM
Logaritmo do Percurso de Mercúrio no dia da H.M.G. (01:12)1,0614
SOMA-SE ao Logaritmo do Intervalo0,3912
Resultado é o Logaritmo da Distância Percorrida por Mercúrio durante o Intervalo1,4526

O valor do logaritmo 1,4526, ou seja, o Incremento de Correção é 0 graus e 51 minutos.

 SIGNOGG MM
Longitude de Mercúrio no meio-dia mais próximo da H.M.G.Leão09:22
SUBTRAIA do Incremento de Correção 00:51
Resultado é a Longitude de Mercúrio à H.M.G.Virgem08:31[2]

As posições da Cabeça do Dragão (<), ou Nodo Lunar, e da Cauda do Dragão (>) também precisam ser encontradas. Segundo as Efemérides, no dia 3 de agosto, o meio-dia mais próximo da H.M.G., a Cabeça do Dragão está em Gêmeos 13:44[3]. A Cauda do Dragão ocupa o ponto oposto, ou seja, de Sagitário 13:44.

Agora só resta calcular a Parte da Fortuna (ou Roda da Fortuna), e para tal dispomos os fatores do cálculo como segue:

 SIGNOGG MM
Longitude do Ascendente no 12º SignoPeixes07:08
Longitude do Sol no 5º SignoLeão10:05
Longitude da Lua no 11º SignoAquário26:40

Procedemos de acordo com a regra fornecida:

 Nº do SIGNOGG MM
Longitude do Ascendente no 12º Signo1207:08
Longitude da Lua no 11º Signo1126:40
SOMANDO OS DOIS2333:48
MENOS:
Longitude do Sol no 5º Signo510:05
RESULTADO1823:43
Como passou de 12 (o máximo número de Signos, então SUBTRAIMOS:12 
RESULTADO: Posição da Parte da Fortuna623:43

Ou: a Longitude da Parte da Fortuna é: Virgem em 23:43                                                                                                                 

Agora, façamos uma lista dos Astros (Sol, Lua e Planetas) e os Elementos astrológicos calculados, a fim de inseri-los no horóscopo:

ASTRO ou ELEMENTO ASTROLÓGICOSIGNOGG MM
SolLeão10:05
LuaAquário26:40
NetunoCâncer17:44
UranoCapricórnio18:13M
SaturnoÁries23:14
JúpiterVirgem15:17
MarteÁries04:06
VênusVirgem05:52
MercúrioLeão08:31
Parte da FortunaVirgem23:43
Cabeça do DragãoGêmeos13:44
Cauda do DragãoSagitário13:44

Acabamos de erigir dois horóscopos, e uma comparação entre ambos revela o fato de que, embora sejam de duas pessoas nascidas na mesma cidade e no mesmo dia e ano, as características de uma pessoa são inteiramente opostas às da outra e, uma vez que o caráter é o determinador do destino, as vidas dessas duas pessoas deverão ser totalmente opostas.

Antes de podermos interpretar esses dois horóscopos é necessário que nós obtenhamos uma clara concepção das relações dos Astros (Sol, Lua e Planetas) entre si, dos Astros com os Signos do zodíaco, e dos Astros com as Casas, conforme se encontram em cada um dos dois horóscopos, e com esta finalidade nós faremos um índice que deve revelar esses relacionamentos num relance, de maneira que nossas mentes não possam ser embaraçadas pela matemática no momento de interpretarmos o horóscopo, mas sejam livres e concentradas no significado dos diferentes Aspectos astrológicos e nas posições dos Signos, Astros e Elementos astrológicos.

RETROGRADAÇÃO

Na página das Efemérides Rosacruzes, que tem uma amostra nesse livro[4], você encontrará nas colunas de Saturno, Urano e Marte uma letra “R” em maiúsculo. Esse símbolo tem o seguinte significado:

Os Planetas do nosso Sistema Solar se movem em uma única direção, do oeste para leste, mas suas órbitas em torno do Sol têm amplitudes variáveis, a mesma coisa se dando com as suas velocidades. A Terra desloca-se a uma velocidade de, aproximadamente, 108.000 quilômetros por hora e, ainda, sua circunferência da órbita – em torno do Sol – é tão grande que requer em torno de 365 dias para que ela contorne o Sol. Mercúrio descreve uma circunferência da órbita bem menor em volta do Sol, mas se desloca a uma velocidade de, aproximadamente, 180.000 quilômetros por hora, de modo que completa sua revolução em torno de 88 dias. A velocidade de Urano é de apenas, aproximadamente, 27.000 quilômetros por hora, mas sua órbita é tão grande que requer em torno de 84 anos para completá-la. Os demais Planetas mostram semelhantes variações de velocidade. Se eles se deslocassem em linha reta, os menores e mais rápidos logo deixariam para trás os mais pesados e mais lentos, mas como se movem em círculos, eles cruzam um ponto de observação repetidas vezes. Se tal ponto fosse central e estacionário, esse constante movimento para a frente dos Planetas, em suas respectivas órbitas, seria perceptível a todos os observadores, mas essa é a questão, não há ponto estacionário; toda partícula de Júpiter, o gigante do nosso Sistema Solar, à menor partícula de “poeira”, se move incessantemente em torno de um centro comum e, por conseguinte, às vezes um Planeta se desloca quase transversalmente ao curso de outro corpo em movimento, e isso fica parecendo, por algum tempo, que ele fica parado em sua órbita. Os astrônomos dizem que tal Planeta está Estacionário. Outras vezes, esse movimento oblíquo dos Planetas, em relação à posição da Terra em sua órbita, os faz parecer se moverem para trás no Zodíaco, e a esse movimento chamamos Retrógrado. Nas Efemérides vemos um símbolo parecendo com um “R” maiúsculo na linha do dia em que o Planeta começa, aparentemente, a retroceder, e essa retrogradação continua até onde se encontra um “D” maiúsculo, o qual indica que volta a se observar o movimento do Planeta para a frente.

Embora esse movimento retrógrado de um Planeta seja apenas aparente, ele tem um efeito muito real no que tange à influência exercida por tal Planeta, pois é o ângulo do seu raio que determina a influência de um Planeta. Os Planetas são focos que transmitem e intensificam as propriedades das estrelas fixas, de tal maneira que nos afetam em um grau muito maior do que quando não se acham focalizados sobre o ponto de observação, o lugar do nascimento.

Vamos supor que no momento do nascimento de uma criança observamos Saturno e por detrás dele, diretamente em linha com o nosso ponto de observação, vemos a estrela fixa Antares, que se acha próxima aos 8 graus de Sagitário; a criança então está propensa a sofrer afecções nos olhos, as quais são suficientemente graves mesmo que o Planeta se mova “direto” em sua órbita, como geralmente acontece, pois então Antares sairá de foco gradativamente, e Saturno não voltará a formar a Conjunção adversa com Antares antes de completar sua revolução em torno do Sol (que leva cerca de 29 anos). Se, por outro lado, vemos que no dia seguinte ao nascimento Saturno retrograda um pouco e ainda mais no dia seguinte, e desse modo por uma ou duas semanas, então também nesse caso Antares sai fora de foco, mas há essa diferença importante, que em vez de demorar 29 anos para formar a Conjunção adversa seguinte, Saturno pode se voltar a ficar “direto”, e forma a segunda Conjunção adversa com Antares, dentro de poucas semanas após o nascimento, e essa repetição do raio adverso pode agravar o defeito inato a tal ponto que a criança poderá se tornar cega. Assim, nós reiteramos que, mesmo sendo apenas aparente, o movimento retrógrado de um Planeta exerce uma influência muito real sobre os interesses humanos.


[1] N.T.: 06:21 – 00:29 = 05:81 – 00:29 = 05:52

[2] N.T.: 09:22 – 00:51 = 08:82 – 00:51 = 08:31

[3] N.T. Efemérides de Agosto de 1909 – Longitude dos Astros

[4] N.T.:

CAPÍTULO 6 – OS ASPECTOS

O círculo do Zodíaco, como qualquer outro círculo, é dividido em 360 graus. Dentro desse círculo os corpos celestes do nosso Sistema Solar se movem, ainda que seus movimentos estejam longe de ser uniformes, como mostrado no primeiro capítulo. Portanto, aqueles Astros que se deslocam mais lentamente são alcançados, ultrapassados e novamente ultrapassados pelos Astros mais rápidos.

Quando um Astro (Sol, Lua e Planetas) se encontra a certo número de graus de outro Astro dizemos que estão em Aspecto[1]:

Tabela de Aspectos
A Oposiçãoos Astros estão a 180 graus um do outro.
A Quadraturaos Astros estão a 90 graus um do outro.
O Sextilos Astros estão a 60 graus um do outro.
O Trígonoos Astros estão a 120 graus um do outro.
A Conjunçãoos Astros estão a 0 graus um do outro.

O Aspecto Paralelo acontece quando dois Astros têm o mesmo grau de Declinação, não importando que um esteja ao norte (Declinação Norte) e outro ao sul (Declinação Sul) do Equador Terrestre. Isto será esclarecido nos cálculos que se seguirão mais tarde.

Dos Aspectos mencionados na Tabela anterior, a Oposição e a Quadratura dizemos que são adversos; o Sextil e o Trígono dizemos que são benéficos, enquanto a Conjunção e o Paralelo se classificam como indeterminados (benéficos ou adversos); se a Conjunção ou o Paralelo ocorrem entre os chamados Astros benéficos, eles possuem uma influência benéfica, mas se ocorrem entre os chamados Astros adversos, eles possuem uma influência adversa. Um horóscopo é considerado como trazendo alguma coisa boa não prevista como certa (ou seja: é um horóscopo auspicioso) se nele há mais Sextis e Trígonos do que Quadraturas e Oposições. Um horóscopo é considerado como não auspicioso se nele há mais Quadraturas e Oposições do que Sextis e Trígonos.

Tal ponto de vista é errado. No Reino do Pai não há o “mal”. O que parece ser “mal” é apenas o “bem” em formação. Quando um lapidador de joias lapida uma pedra preciosa, ele aplica o esmeril a cada um dos lados da pedra bruta, e a cada esmerilhada nós podemos ouvir um grito alto da pedra, como se estivesse sentindo uma dor. Entretanto, gradualmente, como consequência do processo de esmerilhamento rigoroso, a pedra preciosa adquire uma superfície lindamente polida, com inúmeras facetas capazes de receber, refletir e refratar a luz solar brilhante.

Deus e Seus Ministros — os Sete Espíritos Planetários diante do Trono — são os lapidários, e nós somos um diamante bruto. Para polir e revelar sua natureza espiritual são necessárias várias experiências. Tais experiências podem ser agradáveis ou não, conforme indiquem os comumente chamados Aspectos benéficos ou adversos. Mas, pode se dizer com segurança que as experiências adversas que nos chegam sob os chamados Aspectos adversos são tão potentes desenvolvedores de músculos espirituais, removendo muito do nosso egoísmo, servindo para nos tornar mais tolerantes e compassivos, do mesmo modo que o duro esmeril serve para remover a crosta áspera do diamante. Embora um horóscopo repleto de Quadraturas e Oposições possa indicar o que normalmente é chamado de uma vida difícil, tal horóscopo é infinitamente preferível (sob o ponto de vista espiritual) àquele que só tenha Aspectos “benéficos”, pois, enquanto esse último proporciona apenas uma existência insípida, o horóscopo “ruim” proporciona ação e uma qualidade agradavelmente excitante à vida em uma ou outra direção.

Além disso, como as “estrelas” não obrigam, mas apenas proporcionam tendências, cabe a nós, em grande medida, afirmar nossa Individualidade e transmutar o “mal” presente em “bem” futuro. Assim, trabalharemos em harmonia com as “estrelas” e as regemos pela obediência à Lei Cósmica.

A influência de um Aspecto entre os Planetas[2] no nascimento é sentida mesmo que eles não estejam exatamente a 0, 60, 90, 120 ou 180 graus um do outro; admite-se uma “Órbita de Influência”, por assim dizer, de 6 graus.

No horóscopo que serve de exemplo, abaixo, Saturno e Júpiter estão dentro da “Órbita de Influência”, porque um está a 1 grau de Áries e o outro está a 7 graus do mesmo Signo, Áries. Saturno estando a 1 grau de Áries, também está dentro “Órbita de Influência” dos Aspectos com Marte (3 graus) e Mercúrio (5 graus), mas não dentro da “Órbita de Influência” do Aspecto com o Sol, ou com a Lua e nem com Vênus, pois há mais de 6 graus de 1 grau (de Saturno) a 10, 12 e 14 graus do Sol, da Lua e de Vênus, respectivamente[3].

A razão espiritual para essa “Órbita de Influência” é a seguinte: além do corpo visível percebido por nossos sentidos[4], também possuímos veículos invisíveis chamados por S. Paulo de corpos espirituais, sendo que nós somos Espíritos. Quando tivermos desenvolvido a faculdade da visão espiritual, faculdade essa latente em todos nós, poderemos ver esses Corpos mais sutis[5] sobressaindo muito além do Corpo Denso que está localizado no centro dessa “aura”[6], do mesmo modo que a gema de um ovo está no centro desse ovo, rodeada de clara por todos os lados.

Antes que dois seres humanos entrem em contato físico próximos, suas “auras” se interpenetram; essa é a razão pela qual “sentimos a presença do outro”, às vezes antes de o percebermos por meio de nossos sentidos comuns[7].

“Como é em cima, assim é embaixo”. Somos feitos à imagem de Deus e de Seus Ministros, os Anjos-estelares. Cada Planeta tem Seus Mundos invisíveis[8] que sobressaem no espaço, além da esfera densa visível e perceptível pelo olho físico[9]. Quando essas “auras” planetárias entram em Aspecto, uma influência é sentida, embora ainda possam faltar 6 graus na formação de um Aspecto ou eles podem ter ultrapassado os 6 graus do Aspecto.

Para determinar rapidamente qual é o Aspecto que os Planetas formam entre si em um horóscopo, quando dentro das Órbitas de Influência, observemos as divisões dos Signos do Zodíaco:

Os Planetas em Signos Cardeais estão em Conjunção, Quadratura ou Oposição, se dentro da Órbita de Influência. Os Planetas em Signos Fixos também estão em Conjunção, Quadratura ou Oposição se dentro dessa Órbita de Influência, e o mesmo acontece com os Planetas em Signos Comuns. Uma rápida olhada no horóscopo revelará qual dos três Aspectos está formado.

Outra divisão do Zodíaco é: Signos de Fogo, Signos de Terra, Signos de Ar e Signos de Água:

Os Planetas em Signos de Fogo estão em Conjunção ou Trígono, se dentro da Órbita de Influência. Os Planetas em Signos de Terra estão em Trígono ou Conjunção; assim também estão os Planetas em Signos de Ar e de Água, conforme se vê no diagrama acima.

Essencialmente Dignificados e em Exaltação:

Diz-se que o Planeta “rege” ou está “Essencialmente Dignificado” em certos Signos onde a natureza essencial tanto do Planeta quanto do Signo concorda. Quando estão em Signos opostos – àqueles que estão Essencialmente Dignificados – diz-se que eles estão em “Detrimento” e, portanto, em desarmonia com o ambiente.

Os Planetas são mais poderosos em certos Signos do que em outros, pelo que se diz estarem “em Exaltação” quando colocados em tais Signos. Quando ocupam os Signos Opostos – àqueles que estão em Exaltação – eles estão em “Queda” e, portanto, comparativamente fracos.

A Tabela de Potências Astrais a seguir mostrará os Astros e os Signos nos quais eles são fortes ou fracos, de acordo com o exposto acima. Note-se que cada um dos Planetas, exceto Urano e Netuno, rege dois Signos, ao passo que o Sol e a Lua regem apenas um cada. Observe também que Urano e Saturno são co-Regentes de Aquário, e que Netuno e Júpiter são co-Regentes de Peixes.

Tabela de Potências Astrais

Graus Críticos:

A Tabela de Graus Críticos dos Signos a seguir mostra certos graus do Zodíaco que são designados como “Graus Críticos”. Quando um Astro se encontra dentro da Órbita de Influência de três graus de quaisquer desses pontos[10], tal Astro exercerá uma influência muito mais forte na vida do que de outra forma. Essa influência tenderá a aumentar a intensidade de uma “Exaltação”, como também a compensar a fraqueza resultante de um Astro estar “em Queda” ou “em Detrimento”. Também aumentará a força dos Aspectos desse Astro.

Signos CardinaisSignos FixosSignos Comuns
1O 13O 26O9O 21O4O 17O
ÁriesTouroGêmeos
CâncerLeãoVirgem
LibraEscorpiãoSagitário
CapricórnioAquárioPeixes

Tabela de Graus Críticos dos Signos

Elevação:

Diz-se estar “Elevado” o Astro que está na 9ª ou 10ª Casa ou próximo a elas. Quanto mais próximo do Meio-do-Céu, mais Elevado se encontra. O Astro Elevado é muito mais poderoso, tanto quando está com Aspecto benéfico ou quando está com Aspecto adverso, do que quando colocado em um local mais baixo.

Ângulos:

Quando os Astros se encontram nos “Ângulos” do horóscopo (primeira, quarta, sétima e décima Casas), diz-se que estão Angulares ou Acidentalmente Dignificados. Quando assim posicionados, eles exercem uma influência maior tanto quando está com Aspecto benéfico ou quando está com Aspecto adverso do que quando localizados nas outras Casas.

Quando o Estudante tiver assimilado as informações acima, ele deve prosseguir para fazer uma Tabela ou um Índice de Relacionamento dos Astros, conforme o exemplo abaixo:

Tabela ou um Índice de Relacionamento dos Astros


[1] N.T.: São somente esses Aspectos astrológicos que a Astrologia Rosacruz considera como necessários e suficientes para uma completa interpretação astrológica utilizando o método da Astrologia Rosacruz. O motivo disso, o próprio Max Heindel e a própria Augusta Foss Heindel nos fornecem a explicação no Livro “A Mensagem das Estrelas”, que replicamos aqui: … uma galáxia completa de Aspectos que envolva bi-Quintil, Sesquiquadratura e outras insensatezes altissonantes e absurdas forem incluídas também, certamente o Astrólogo se perderá no labirinto matemático de tal modo que será incapaz de ler uma única sílaba da “mensagem das estrelas”. Durante o primeiro ano de seus estudos astrológicos, um dos autores, originalmente de natureza matemática, tinha o hábito de levantar horóscopos e tabular os Aspectos de forma tão maravilhosa e ousada que tais tabulações superavam o proverbial “enigma chinês”; eram verdadeiros “Nós Górdios”, pelos quais o destino de um ser humano ficava tão emaranhado em cada mapa que nem o autor daquela abominação, nem outra qualquer pessoa poderiam esperar desembaraçar dele a pobre alma envolvida. Possa ele ser perdoado, pois já se corrigiu e agora é extremamente cuidadoso no eliminar do horóscopo tudo o que não seja essencial, mas como estava envolvido pelo labirinto da matemática, sua experiência deve servir como uma advertência. Nossas Mentes, no melhor dos casos, são instrumentos frágeis para compreender o destino e, certamente, teremos uma grande oportunidade de ser bem-sucedidos se aplicarmos nosso conhecimento a fatores mais importantes e esses, geralmente, são os mais simples.

[2] N.T.: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

[3] N.T.: 8, 11 e 13 graus, respectivamente.

[4] N.T.: o Corpo Denso.

[5] N.T.: Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente.

[6] N.T.: Corpo Vital e Corpo de Desejos.

[7] N.T.: visão, audição, olfato, paladar e tato.

[8] N.T.: Região Etérica do Mundo Físico, Mundo do Desejo e Mundo do Pensamento.

[9] N.T.: o Corpo Denso dele que nada mais é do que a Região Química do Mundo Físico.

[10] N.T.: Sol no 15o de Áries está em “Grau Crítico”, pois está a 2 graus da culminação do “Grau Crítico” 13 graus de Áries (15 – 13 = 2 graus), portanto dentro da “Órbita de Influência” de 3 graus.

CAPÍTULO 7 – COMO FAZER O ÍNDICE

Olhando para o horóscopo levantado para as 8:15 P.M., notamos que Saturno e Marte estão em Áries, um Signo Cardinal. Assim sendo, pomo-los no Índice na linha dos Signos Cardinais. Netuno está em Câncer, que é o Signo Cardinal seguinte, portanto, esse também vai para a linha dos Signos Cardinais. Libra, o terceiro Signos Cardinais, não tem Astro algum. Capricórnio é o último dos Signos Cardinais; Urano está em Capricórnio e quando o inseridos no Índice, nós completamos a lista dos Astros que, nesse horóscopo, estão situados nos Signos Cardinais.

O Signos Fixos são Touro, Leão, Escorpião e Aquário. Em Touro não há Astros. O Sol e Mercúrio estão em Leão, assim, os colocamos no Índice, na linha dos “Signos Fixos”. Em Escorpião não há Astros, mas a Lua está em Aquário. Ela é, então, inserida no Índice na linha dos “Signos Fixos”.

Nesse horóscopo os Signos Comuns de Gêmeos, Sagitário e Peixes não têm Astros, mas Virgem, outro Signo Comum, tem Júpiter e Vênus, os quais pomos na linha dos Signos Comuns, juntamente com a Parte da Fortuna.

Isso completa a nossa classificação dos Astros no que tange ao temperamento, e, para nos certificarmos de que pusemos todos no Índice, devemos contá-los: quatro estão em Signos Cardinais; três estão classificados como Signos Fixos e dois como Signos Comuns, perfazendo um total de nove Astros, além da Parte da Fortuna.

Está correto; então, vamos prosseguir do mesmo modo anotando os Astros nos Signos de Fogo. Colocamo-los no Índice. A seguir os de Signos de Terra, os Signos de Ar e os Signos de Água. Temos, portanto, nossa classificação de acordo com os Elementos e, novamente, para nos certificarmos de que anotamos todos os Astros, contamo-los de novo. Quatro estão em Signos de Fogo; três estão em Signos de Terra; um está em Signo de Ar e um em Signo de Água. O total perfaz nove, que está correto!

Em seguida anotamos os Astros que estão em Exaltação, etc.[1], conforme exige o Índice.

Agora estamos preparados para notar os Aspectos, e solicitamos de modo especial ao Estudante para seguirem o sistema que esboçamos aqui; pois ele não permite a omissão de nenhum Aspecto.

Ponha o dedo indicador da mão esquerda sobre o primeiro Astro à esquerda, na linha dos Signos Cardinais do Índice (nesse caso, Marte). Com a mão direita, ponha a ponta do lápis sobre o próximo Astro à direita, na mesma linha dos Signos Cardinais (nesse caso, Saturno). Observe no horóscopo se estes dois Astros estão dentro das esferas ou Órbitas de Influência um do outro (6 graus). A resposta aqui é não. Um está no 4º grau, o outro está no 23º grau. Portanto, eles não estão formando um Aspecto. Mantenha o dedo indicador da mão esquerda no mesmo lugar, mas desloque a ponta do lápis para a direita, até o Astro seguinte (aqui Netuno), e verifique igualmente se estão dentro das esferas ou Órbitas de Influência um do outro (6 graus) – novamente a resposta é não. Desloque, novamente, a ponta do lápis para a direita, até o último Astro na linha dos Signos Cardinais (Urano); examinando se ambos os Planetas, o do dedo indicador da mão esquerda e o da ponta do lápis na mão direita, formam aspecto entre si. Constatamos que não.

Assim, concluímos que o Planeta sob o nosso indicador esquerdo (Marte), não forma Aspectos com nenhum outro Astros em Signos Cardinais. Agora, então, movimentamos nosso indicador da mão esquerda para uma posição à direita (para Saturno), pomos a ponta do lápis sobre o próximo Planeta à direita daquele (em Netuno aqui) e, novamente, repetimos a pergunta: os dois Planetas, o do indicador da mão esquerda e o da ponta do lápis à direita (aqui Saturno e Netuno) estão dentro da Órbita de Influência de algum Aspecto? Uma olhada ao horóscopo mostra que eles formam; um está no 17º grau e o outro no 23º grau. Assim, eles estão em Aspecto. Nossa regra estabelece que os Astros em Signos Cardinais, Fixos ou Comuns podem formar Conjunções, Quadraturas ou Oposições, se estiverem em Órbita de Influência.

Uma olhada nas posições de Saturno e Netuno mostra que ambos não estão em Conjunção, nem estão em Oposição; devem, então, estarem em Quadratura um com outro. Assim sendo, desenhamos a figura de um quadrado e o símbolo de Saturno na linha de Netuno, no Índice; também desenhamos a figura de um quadrado e o símbolo de Netuno na linha de Saturno. Temos assim anotado este Aspecto.

Deixamos nosso indicador da mão esquerda sobre Saturno, mas movimentemos a ponta do lápis para a direita, até Urano. E repetimos a nossa questão: Estão ou não dentro da Órbita de Influência um do outro? A resposta é sim, e suas posições indicam que o Aspecto é uma Quadratura. Isso é anotado nas linhas de Saturno e Urano, conforme o fizemos no caso anterior. Temos, então, anotados todos os Aspectos de Saturno aos Astros a sua direita, e agora movemos o indicador da nossa mão esquerda para a direita (para Netuno e Urano) e repetimos a nossa questão se estão em Órbita de Influência. A resposta é sim. Netuno e Urano estão dentro da Órbita de Influência um do outro formando, assim, uma Oposição. Esse Aspecto é também anotado no Índice e completa os Aspectos de Netuno.

E assim anotamos, de um modo completo e sistemático, todos os Aspectos entre os Astros na linha Cardinal. O mesmo modo de proceder nós empregaremos com os Astros nas outras linhas, percorrendo invariavelmente cada linha da esquerda para a direita. Se esse método for seguido, nenhum Aspecto poderá ser esquecido de ser anotado.

Em se tratando de Astros em Signos de Fogo, de Ar, de Terra e de Água, lembramo-nos, naturalmente, que eles formam Trígonos ou Conjunções, se estiverem dentro da Órbita de Influência.

Para se obter os Sextis é necessário usar um método diferente. Comecemos com Marte (aqui no 4º grau de Áries), somemos 60 graus, o que resulta em 4 graus de Gêmeos[2]. Faça a pergunta: há algum Astro dentro da Órbita de Influência do 4º de Gêmeos? A resposta é não. Passemos o indicador da mão esquerda ao Planeta seguinte no horóscopo (Saturno). Ele está em 23º de Áries; somando 60 graus esses 23 graus, temos o 23º de Gêmeos. Aqui também não existe nenhum Astro dentro da Órbita de Influência. O indicador a mão esquerda é passado para o Astro seguinte (Netuno) no 17º de Câncer. Nós somando 60 graus, temos o 17º de Virgem. Façamos nossa pergunta: há algum Astro na Órbita de Influência neste ponto? A resposta é sim – Júpiter no 15º de Virgem. Então, Netuno e Júpiter estão em Sextil e anotamos no Índice, nas linhas de ambos os Astros.

Prosseguindo, movimentamos o indicador da mão esquerda por cada Astro no horóscopo; somando 60 graus e repetindo a nossa pergunta. Quando completarmos a volta ao círculo, teremos também anotado todos os Sextis, sem omitirmos nenhum.

A Cabeça do Dragão e a Cauda do Dragão exercem uma influência no horóscopo somente quando em Conjunção com um Astro ou com o Ascendente. Uma Órbita de Influência de apenas 2 graus ou, no máximo, até 3 graus, é permitida. A Cabeça do Dragão é considerada benéfica, sendo sua influência análoga à daquela do Sol em Áries, e seu efeito jupiteriano. A Cauda do Dragão é considerada adversa, sendo saturnina em qualidade e tendo uma influência semelhante à de Saturno em Libra. No caso presente, nem a Cabeça nem a Cauda do Dragão estão em Conjunção com algum Astro, pelo que não há Aspectos a anotar no Índice.

Mas ainda restam os Paralelos. Para determiná-los, precisamos consultar a página das Efemérides[3] para o mês do nascimento (no caso, agosto), que se encontra no fim desse livro[4]. No topo da página nós temos os nomes dos Astros: Netuno, Urano, Saturno, etc., embaixo de cada um deles sua Declinação para os dias do mês, que constam na coluna à esquerda.

Como nossa H.M.G. é na parte da manhã do dia 3 de agosto, anotamos no Índice as Declinações de 3 de agosto, ao lado de cada Astro.

Uma exceção é a Declinação da Lua, que requer uma correção logarítmica de acordo com a H.M.G. Essa correção é feita pelo mesmo método usado para se obter a Longitude (ou posição) da Lua. Assim, nós achamos a Declinação da Lua como 17 graus e 02 minutos (17:02).

A Declinação da Parte da Fortuna é a mesma do Sol quando esse se encontra no mesmo Signo e no mesmo Grau.

Aqui a Parte da Fortuna está em Virgem 23:43. Tome uma Efemérides de qualquer ano e veja quando o Sol passa ali. A data é 17 de setembro, e a Declinação do Sol nessa data é 2:25 (Efemérides de 1909). Esta é, pois, a Declinação da Parte da Fortuna. Caso se queira, as Declinações do Meio-do-Céu e do Ascendente podem ser determinadas do mesmo modo.

Anotadas todas as Declinações no Índice, ponha o indicador da mão esquerda sobre a Declinação de Netuno lá embaixo; a ponta do lápis sobre a Declinação mais próxima acima (Urano); se pergunte se elas estão dentro da Órbita de Influência de 1 grau e meio (01:30). A resposta é sim e, portanto, anote-as na coluna dos Aspectos Paralelos. Movimente a ponta do lápis para cima, notando, a cada passo, se as Declinações dos Astros sob o indicador da mão esquerda e a ponta do lápis estão dentro da Órbita de Influência (um grau e meio). Quando a ponta do lápis alcançar o topo da coluna, todos os Paralelos sob o dedo indicador da mão esquerda terão sido verificados e anotados. Então, movimente o indicador da mão esquerda para o Astro seguinte acima (Urano), e a ponta do lápis para a Declinação do próximo Astro sobre aquele; note se estão em Paralelo; movimente a ponta do lápis para cima para a Declinação seguinte, passo a passo, seguindo o mesmo método de partir debaixo para cima para achar a Declinação, do mesmo modo seguindo pela movimentação do dedo indicador da mão esquerda e da ponta do lápis da esquerda para a direita, para determinar as Conjunções, Quadraturas, Trígonos e Oposições.

Quando os Paralelos tiverem sido anotados, o Índice estará terminado; e se colocado abaixo do horóscopo, numa folha de papel, conforme mostrado na ilustração abaixo, o estudante terá, prontamente, à mão todos os meios para interpretar o Horóscopo sem precisar desviar sua atenção para o cálculo dos Aspectos. Desse modo se consegue uma maior concentração mental. Tampouco o processo de fazer o Índice é tão complicado quanto o processo de descrevê-lo; de fato, em si mesmo ele é simples, já que não envolve cálculos matemáticos, mas apenas o uso metódico e adequado do indicador da mão esquerda e a movimentação da ponta de um lápis para a direita ou para cima com a pergunta: os Astros na ponta do dedo indicador da mão esquerda e da ponta do lápis estão dentro da Órbita de Influência? Seguindo esse método o estudante nunca omitirá um Aspecto e será capaz de fazer um Índice completo entre 15 e 20 minutos.

Figura: Índice do Horóscopo de 2 de agosto de 1909, às 8:15 PM

Para um melhor desempenho, o estudante deve se esforçar por fazer o Índice do horóscopo levantado para 2 de agosto, 8:15:00 A.M.

Aspectos formados com o Ascendente, que representa o Corpo Denso, influem sobre a saúde. Aspectos formados com o Meio-do-Céu indicam a natureza das oportunidades que a pessoa pode ter para o avanço espiritual. Mas desde que raramente se conhece a hora exata do nascimento, e já que um pequeno erro nessa resulta em vários graus de diferença no Ascendente e no Meio-do-Céu, previsões baseadas nos Aspectos formados com esses pontos não são, provavelmente, dignas de confiança. Por isso deixamos de anotá-los no Índice.

___________

NOTA: Uma observação muito importante ao que foi exposto acima: Planetas nos últimos 6 graus de qualquer Signo devem ser comparados com todos os Planetas nos primeiros 6 graus dos outros Signos, pois esses podem formar Aspectos entre si, mesmo sem estarem enquadrados em qualquer das regras precedentes. Aqui alguns exemplos desses casos:

Marte em Áries 24:30 está em Conjunção com Vênus em Touro 00:30; Mercúrio em Touro 26:00 está em Sextil com Júpiter em Leão 02:00; Saturno em Gêmeos 27:00 está em Quadratura com Urano em Libra 02:00; Netuno em Câncer 28:00 está em Trígono com Marte em Sagitário 03:00; Vênus em Leão 29:30 está em Oposição a Mercúrio com Peixes 05:30.

OBSERVAÇÃO AOS ESTUDANTES:

Os capítulos precedentes descrevem as bases da Astrologia e ilustram, em detalhes, o método de erigir horóscopos. Indicam, também, os elementos da Ciência de interpretar um horóscopo. Uma grande quantidade de informações adicionais nesse sentido é fornecida na Enciclopédia Filosófica que vem a seguir. Mas o próximo volume dessa série, o livro A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz, é o livro-texto da Fraternidade Rosacruz sobre a Ciência da Interpretação Astrológica e da aplicação da Astrologia em nossa vida diária. Ele contém uma exposição completa dos métodos usados na interpretação do horóscopo radical, também usada na progressão de um horóscopo e nas previsões a partir desta. A Astrologia Médica e o Diagnóstico de Doenças são abordados de modo compreensível, como também o são o papel da Astrologia na evolução, na Natureza em geral e nos efeitos das vibrações astrais. Recomendamos esse livro a todos os que desejam se a


[1] N.T.: Essencialmente Dignificado (no Regente), Angulares, Graus Críticos e quem é o Regente do horóscopo.

[2] N.T.: Fica mais fácil se você olhar a roda astrológica dada no início desse Capítulo: se estamos em 4 graus de Áries e somarmos 30 graus, alcançaremos os 4 graus de Touro. Agora, se somarmos mais 30 graus, alcançaremos os 4 graus de Gêmeos.

[3] N.T.: que se refere às “Declinações dos Planetas”

[4] N.T.: e, também, aqui:

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Quinta Sinfonia

AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Quinta Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO V – QUINTA SINFONIA – DÓ MENOR – OPUS 67

“O espírito de Beethoven está encarnado em sua música e aquele que ouviu a Quinta Sinfonia, ouviu Beethoven.”

Sir Oliver Lodge[1]

A Quinta Sinfonia é uma canção dos quatro Elementos: Fogo, Ar, Terra e Água. É surpreendente em sua intensidade e poder. As pessoas sensitivas que viviam nos dias de Beethoven disseram ter sido lançadas em convulsões pelas grandes marés de verdadeiro fogo cósmico.

Assim é como Wagner descreve a “gigantesca energia” do primeiro movimento desta sinfonia: “Ele (Beethoven) rouba as ondas do mar e deixa vazio o fundo do oceano que para as nuvens em seu curso, dissipa o nevoeiro e revela o puro céu azul e a face ardente do Sol”.

Nas suas quatro partes, a sinfonia canta a canção de cada Elemento. Enquanto cada uma dessas partes está separada e distinta da outra, elas estão magicamente ligadas por uma linha dourada de harmonia. Os críticos frequentemente comentam sobre a concordância rítmica dos quatro Elementos.

O primeiro movimento (Allegro con brio[2]) é a chave do Elemento Fogo. O segundo (Andante con moto[3]) está relacionado com o Ar. É o mais irregular dos quatro movimentos. O terceiro (Allegro) está intimamente ligado ao primeiro, embora não se torne, de modo algum, uma repetição dele. Ele exprime um misterioso caráter tremeluzente e aquoso. Então, no Finale, é como o corpo todo da Terra que se estende em triunfo para receber, unido e integrado, esse cósmico poder dos quatro Elementos.

A Quinta Sinfonia foi composta no final do ano de 1807 ou no início de 1808. Tanto ela como a sua sucessora, a Sexta Sinfonia, foram apresentadas pela primeira vez em 22 de dezembro de 1808 em Viena.

A nota-chave espiritual da Quinta Sinfonia é liberdade.

Das nove grandes Sinfonias de Beethoven, esta é, provavelmente, a mais popular. Foi considerada “infalível na concepção e sem falhas na construção… um sublime e resistente monumento ao gênio incomparável e habilidade executiva de seu autor”. É música que se eleva acima do pessoal e transitório na vida; não contém nenhuma referência à cena externa e passageira, mas incorpora, dos níveis cósmicos, uma força moral designada para reforçar o ser interno de todos os que a ouvem. É música pura, refinada e abstrata com o objetivo de agitar a alma do ser humano dentro da lembrança de sua natureza divina e imortal, e aumentar seus poderes para dar um passo para cima. E isso ela realmente faz, haja reconhecimento consciente do fato ou não. Aqui está uma estrutura tonal erguida para uma “declaração cósmica”. Ela fala de modo redentor ao espírito interno do ser humano porque seus modelos sonoros são completamente harmoniosos com as atividades do “Grande Ser do Universo” e Sua reflexão no ser humano microcósmico da Terra.

Cada um dos quatro movimentos é, por si mesmo, uma brilhante criação. Considerados em conjunto, constituem um trabalho de imponente grandiosidade.

O primeiro movimento, Allegro con brio, inicia com quatro notas em uníssono que Beethoven uma vez explicou que soam como o Destino batendo à porta. O segundo movimento, Andante con moto, carrega uma nota de tristeza; no entanto, é maravilhosamente lindo e é realçado mais adiante por um daqueles temas marciais que só Beethoven pôde conceber.

Considerando o primeiro e o segundo movimento juntos, eles são uma verdadeira explosão de desafio da vontade que cresce mais veemente e intensa até que as forças de resistência são derrotadas. Como um comentarista expressou, os dois primeiros movimentos são a canção de um Ego de forte vontade, determinado a quebrar os laços do destino e se elevar acima de suas limitações.

Destino, deve ser acrescentado, é outro nome para a Lei de Causa e Efeito. Não é uma abstração fria e isolada. É um poder vivo e ativo entretecido numa fábrica de vida. Assim como um ser humano ou uma nação semeia, assim eles devem também colher. O ser humano, tanto individual como coletivamente, ressente-se dessa verdade antes de estar espiritualmente acordado. Ele se recusa a aceitar o fato de que seus sofrimentos e desgraças são o resultado de seus próprios erros e más ações. A raiva, a amargura, a indiferença e a contradição que a alma desperta enfrenta estão representadas nos dois primeiros movimentos da Quinta Sinfonia.

Com o terceiro movimento, uma grande transformação ocorre. Agora, a música se torna linda e cheia de um estranho misticismo que pressagia grandes baixos e impenetráveis altos, até agora não alcançados e inexplorados. Aqui, gradual, mas inevitavelmente, tão suaves e lindas como as pétalas de uma flor que se abre, o espírito é despertado mais profundamente para o verdadeiro propósito e mistério da vida. Uma nova e mais profunda realização nasce, mas quando as leis da vida são entendidas e harmoniosamente aplicadas, vemos que não são más e sim boas.

O terceiro movimento, ou Scherzo, tem algumas passagens básicas eloquentes e suas figuras rítmico-tonais são cheias de velado mistério e pesadas com presságios escuros. Ele se insinua dentro do “orgulhoso e ardente” Finale perto da Coda[4] que é de surpreendente brilho, finalizando com um Presto.

Não há nada mais etereamente lindo em toda a música do que a transição do Scherzo para o Finale, dentro do qual essa realização nasce completamente no âmago da alma que desperta ou se ilumina. É então, com uma canção de júbilo, que o espírito se liberta por toda a existência e eternidade, para não mais ficar atado à Lei de Causa e Efeito. A música gloriosa do Scherzo e do Finale soa como a canção triunfante de alguém que alcançou a espiritualidade. Essa sublime “música de liberdade” é a divina herança de toda alma que aprende a se emancipar, passando da condição finita da vida pessoal para a condição infinita do ser eterno.

Nas palavras de Charles O’Connell, “No sentido amplo, essa não é a expressão do pensamento ou sentimento de um homem. Essa é a declaração de uma humanidade confusa e sarcástica – e finalmente triunfante. Essa é a voz do povo, de um mundo sofredor e débil; embora contendo dentro de si os elementos da grandeza final … certamente, a Quinta Sinfonia tem um apelo à natureza humana mais poderoso, direto e universal do que qualquer outra grande música existente”.

O Finale é de tal magnitude e riqueza que, em comparação com ele, há poucas peças musicais que possam ser tocadas sem ser completamente esmagadas.

E. Markham Lee em “The Story of the Symphony” escreve sobre a Quinta Sinfonia: “Colossal em seu poder majestoso, romântica em sua essência e titânica em suas ideias inerentes, a Sinfonia em Dó Menor levanta-se como uma das mais nobres e mais características dos trabalhos de Beethoven. Vinda no meio das suas nove Sinfonias, não é como suas companheiras e, por sua nobreza e majestade, mantém sua cabeça orgulhosa com uma dignidade que é bem capaz de sustentar. Beethoven começou a compô-la logo após terminar a Eroica e a mesma seriedade é óbvia”.

Essa poderosa, magnífica e ao mesmo tempo maravilhosa música descreve a gloriosa liberdade que só o espírito pode conhecer quando quebra a cadeia que o prende à Personalidade e desperta para o êxtase do puro espírito. Essa Sinfonia é a sublime canção da emancipação. É a interpretação musical da luta épica do ser humano em níveis anímicos. É uma exultante canção de triunfo na qual o ser emancipado quebra os laços do finito e passa vitoriosamente para a gloriosa liberdade do infinito.

A QUINTA INICIAÇÃO

A Quinta Iniciação está conectada com a quinta camada ou Estrato Germinal da Terra, como é determinado na terminologia Rosacruz. Nessa camada da Terra está refletida a mais elevada Região do Mundo do Pensamento que é conhecida como Região do Pensamento Abstrato. É nesse nível ou plano que a Mente está ligada ao Ego.

É de conhecimento geral que a origem da vida se encontra na semente. No entanto, geralmente não é compreendido que a origem do pensamento se encontra também na semente. No Estrato Germinal ou quinta camada da Terra, estão armazenados os pensamentos gerados por toda a humanidade. Se uma pessoa pensa intensamente por um período numa ideia específica, um pensamento-forma dessa natureza ficará implantado nesse reino. Lá, irá germinar e dará nascimento a um fruto semelhante. Sendo esses os efeitos do poder criativo da Mente, não só a pessoa que pensou irá colher os resultados dele, mas outros também serão influenciados ou afetados em vários graus de acordo com sua afinidade. Então, por exemplo, quando um poderoso indivíduo como um Alexandre, o Grande, ou um Napoleão direciona sua Mente para conquistar o mundo, o resultado pode afetar outros de Mente semelhante por séculos, sendo multiplicado muitas vezes. Naturalmente, a lei opera de maneira semelhante em aqueles que possuem pensamentos elevados e nobres. Os bons pensamentos gerados por São Francisco de Assis, por exemplo, não pararam de dar frutos, e assim ele continua sendo semeado em nosso mundo por um santo moderno como Mahatma Gandhi.

Quando uma pessoa está para começar uma nova peregrinação na Terra, ela é trazida a essa quinta camada para começar a construção de seu novo veículo, pois, como a pessoa vive hoje, ela está construindo o amanhã. É na Quinta Iniciação que se ensina a ler o registro das vidas passadas na Terra, na Memória da Natureza, e a projetar a vida futura.

Há uma linha de demarcação que separa as cinco primeiras Iniciações Menores das quatro últimas. Através das cinco primeiras Iniciações, o Aspirante à vida superior recapitula e leva à perfeição o trabalho que é fornecido ao noviço. Isso envolve purificação e controle da natureza de desejo e uma espiritualização que entrega a Mente receptiva e obediente aos ditames do Ego mais do que sujeita às inclinações e impulsos da Personalidade.

Quando se passa através das cinco primeiras Iniciações Menores, o Cristo interno do ser humano é despertado e começa a governar suas ações. Quando ele passa pelas quatro Iniciações Menores finais e elevados graus, o Cristo interno floresce completamente. De agora em diante, ele é um “homem-deus” que participa dos ritos sagrados iniciatórios.

A Quinta Sinfonia é geralmente conhecida como a Sinfonia da Vitória. Essa designação é mais significativa em sua interpretação espiritual. Ela significa muito mais do que uma vitória do “homem sobre o homem” ou de uma nação sobre outra nação, pois se refere à conquista de si mesmo. O mais sábio de todos os sábios bíblicos sabia bem o significado dessa conquista de si mesmo quando disse: “Aquele que controla a si mesmo é maior do que o que conquista uma cidade[5].

A quinta Iniciação marca um período de transição na vida do Aspirante à vida superior. É aqui que os últimos grilhões da vida pessoal são quebrados, de modo que o Ego pode se elevar, livre, nas alturas. Esse período de transição marca a fusão do temporal com o atemporal e do finito com o infinito. São Paulo descreveu esta mudança como “livrar-se do velho homem e despertar o novo[6].

Em sua magnífica Quinta Sinfonia, Beethoven descreve esse período de transição no qual o apelo da carne é quebrado e o poder do Ego reina supremo. Nunca se pode compreender e apreciar totalmente a tremenda força e impacto da Quinta Sinfonia até que se esteja qualificado para interpretá-la espiritualmente. Então, é que o ser se levanta em Espírito sobre as praias de um vasto e encantado mar iluminado pela maravilha do mistério, sim, e com o terror, bem como a beleza, do novo e do inexplorado, enquanto acima, miríades de vozes celestiais são ouvidas cantando triunfalmente. O ser agora se levanta diante o limiar da vida eterna que o guia finalmente para uma união com o Abençoado que é a Luz do Mundo.


[1] N.T.: Oliver Joseph Lodge (1851-1940) foi um físico e escritor inglês.

[2] N.T.: Em um ritmo rápido e com espírito (literalmente “com brilho”) (87 a 174 BPM)

[3] N.T.: Andamento com movimento, confortável, relaxado, sem pressa (69 a 84 BPM)

[4] N.T.: (que traduzindo do idioma italiano para o português quer dizer cauda) é a seção com que se termina uma música. Nessa seção o compositor ou arranjador poderá ou não utilizar ideias musicais já apresentadas ao longo da composição

[5] N.T.: Pb 16:32

[6] N.T.: Ef 4:22-23

*****

Aqui a Quinta Sinfonia em MP3:

Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 1. Allegro Con Brio
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 2. Andante Con Moto
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 3. Scherzo- Allegro
Beethoven- Symphony #5 In C Minor, Op. 67 – 4. Allegro
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Março de 2022

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de março
  • Calendário para o mês de abril
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para o mês corrente: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em março, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 70 – Março de 2022

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro Rosacruz no mês de Março/2022:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,

https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

ABRIL – Sol transitando pelo Signo de Áries (março-abril)

Áries é uma das duas Hierarquias Zodiacais tão exaltada que seu nome faz tempo que se perdeu na memória humana. Sabe-se, no entanto, que Áries, uma Hierarquia ígnea, mantém o segredo da vida, em si mesma. Todas as Religiões conservam, pelo menos, um fragmento dessa verdade, posto que o fogo é simbólico da Deidade em todas as crenças do mundo. Como vimos acima a Quaresma culmina com o Sol em Peixes, quando os raios desse Signo da Água se derramam sobre a Terra. Esse é o último ato das Hierarquias Zodiacais antes de se produzir a liberação do fogo celeste, por meio do Signo de Áries, que provoca o nascimento do ano novo espiritual ou Rito da Ressurreição na Páscoa. Então, ocorre uma união alquímica entre a Água de Peixes e o Fogo de Áries, resultando em um incremento de luz e de poder para a vida abundante.

6/3-Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do GênesisInvolução, Evolução e Epigênese

Como definimos: Involução, Evolução e Epigênese

Sabemos que o Livro do Gênesis faz parte de um conjunto de 5 Livros na no Antigo Testamento na Bíblia conhecido como Pentateuco mosaico, pois foram todos escritos por Moisés. Quais são os nomes dos outros 4 Livros?

Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

  • No Período Solar onde era o nosso Campo de Evolução ou em que lugar estávamos?
    • Estávamos na massa central, hoje conhecido como SOL. Não havia Planetas nem Luz
  • Como sabemos o Livro do Gênesis trata da nossa evolução passada. Então, até que Época (desde a Polar até a Ária) é descrita no Gênesis?
    • Até a Época Ária que corresponde ao sétimo dia da Criação, quando os Elohim, como Criadores e Líderes, descansaram do seu trabalho e a humanidade foi deixada ao próprio cuidado.
    • Época Polar (Gn 1:9): esse foi o trabalho do 3° Dia
    • Época Hiperbórea: esse foi o trabalho do 4° Dia.
    • Época Lemúrica: esse foi o trabalho do 5° Dia.
    • Época Atlante: esse foi o trabalho do 6° Dia.
    • Época Ária:  o 7° Dia.
  • Quem são os pioneiros da Onda de Vida Animal atualmente?
    • os mamíferos atuais
  • Quem são os pioneiros da Onda de Vida Vegetal atualmente?
  • as árvores frutíferas
  • Sabemos que o Reino Mineral é a meta final das formas de todos os Reinos quando alcançam o máximo de degeneração. O próprio granito é originalmente tão vegetal como o próprio carvão. Ele é composto dos minerais blenda, feldspato e mica. Sabe-se que eles são o resultado dos caules, folhas e flores petrificadas. Então, pergunto: o que é a mica dessa planta petrificada; e o que são o feldspato e a blenda?
    • a mica é tudo quanto resta de suas pétalas e a blenda e o feldspato sãos as folhas e pedúnculos de flores pré-históricas

13/3-Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta da Gênesis – Uma Alma Vivente?

  • O que é nephesh?

Significa sopro, respiração

Em que parte da Época Lemúrica ocorreu a insuflação do Alento da Vida (Nephesh) por Jeová?

Entre o princípio e a metade da Época Lemúrica e, provavelmente, depois que a Lua foi arrojada da Terra:

  • Porque Jeová não tinha a seu cargo a geração dos corpos antes da Lua ser expulsa.
  • As formas eram mais etéreas.
  • Não havia Corpos Densos e concretos.
  • Só é possível fazer tais corpos mediante as forças lunares endurecedoras e cristalizantes.

O alento da vida (nephesh) é diferente no ser humano e no animal?

Não. É o mesmo no ser humano e no animal. Ambas as formas (do animal e do ser humano) são sustentadas pelo sopro 

O que significa à expressão: “todos (seres humanos e animais) vão para o mesmo lugar”?

“Como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego (nephesh)”. Há, porém uma distinção bem definida entre Espírito e Corpo, pois sabemos que “quando o Cordão Prateado se rompe, o corpo volta ao pó de onde foi tirado e o Espírito retorna a Deus, de onde saiu”. A palavra morte em parte alguma está associada ao Espírito.

Os animais mortos, naturalmente, juntam-se a seus Espíritos-Grupo novamente.

O Animal tem Alma?

Sim. A Alma dos animais está no sangue. O Espírito-Grupo dirige os animais através do sangue.

“No sétimo dia, Deus descansa”. O que isso quer dizer?

Que a partir desse momento, o ser humano deve trabalhar por sua própria salvação.

O Tríplice Espírito deve completar a obra do plano iniciado pelos Deuses.

O que é a Alma para o Espírito?

É como o coração para o Corpo Denso; é a força onde palpita, onde sente, onde se expande, onde alegre ou triste palpita essa Alma;

Como cresce a Alma Consciente?

Pela ação, pelos impactos externos e pela experiência

Como cresce a Alma Intelectual?

Pelo exercício da memória, que liga as experiências passadas às presentes e os sentimentos por elas engendrados.

Como cresce a Alma Emocional?

Pelos sentimentos e emoções gerados pelas ações e pela experiência.

21/3-Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta da Gênesis – – A Costela de Adão

  • Por que há uma confusão em Gênesis sobre a criação da mulher através da costela de Adão?
    • A palavra traduzida como “costela”, lida da forma “tsad”, realmente significa costela, mas quando lida da forma “tsela”, significa lado.
    •  O ensinamento oculto, com relação ao desenvolvimento da Terra e do ser humano, afirma que houve um tempo em que o ser humano era como o Deus ou Elohim que o criou – bissexual. Era macho e fêmea, um hermafrodita, capaz de gerar outro ser a partir de si mesmo.
    • Quando desviamos metade da força sexual para construção do cérebro, uma laringe e um sistema nervoso, passamos a nascer como homem ou mulher, positivo ou negativo. Assim, pode-se dizer que Deus tirou de um lado do ser humano, mas não a costela.
  • Se Jeová criou o Homem do barro em que Época está relacionada com esta passagem?

Na Época Polar

  • Como se expressa o homem e a mulher no Mundo Físico?
  • O homem expressa mais a vontade, que é uma força masculina, ligada ao Sol, enquanto a mulher expressa mais a imaginação, que é uma força feminina, ligada à Lua.
  • Em qual Época o Ser humano separou os sexos?

Final da Época Lemúrica

  • Qual foi o motivo ao qual precisamos separar os sexos?

Precisávamos nos expressar no Mundo Físico e criar a partir dele. Para isso precisávamos construir órgãos criadores. Esses órgãos são: a laringe e o cérebro. Por serem criadores, eles deviam ser criados e mantidos pela força sexual criadora.

  • Após a separação dos sexos por que o ser humano não consegue mais sozinho gerar um novo Corpo Denso?

Não, Antes da necessidade de criação desses órgãos, essa força era utilizada só para criar outro Corpo Denso, ou seja, só para a propagação.

Como só metade dessa força passou a ser destinado para criação de outro Corpo Denso, cada um de nós teve que procurar a cooperação de outro ser que possuísse a outra metade complementar.

  • Podemos considerar que somos Egos hermafroditas?

Sim.  É importante salientar que sexo só tem a ver com a expressão do Corpo Denso. O Espírito, o Ego, nós de fato, é bissexual. Em cada renascimento expressamos ou o polo feminino ou o polo masculino com o único objetivo de melhor aprender as lições a que estamos destinados.

  • O que é melhor para evolução do ser humano, nascer como Homem ou Mulher?
    • Pela Lei do Renascimento, cada renascimento é alternado (ora renascemos como homem, ora como mulher), para aprendemos “o bem e o mal”, e como propagar a espécie.
    • Aprendemos a expressar mais a vontade, que é uma força masculina, e enquanto a mulher aprendemos expressar mais a imaginação, que é uma força feminina.
    • Renascendo alternadamente em corpos masculinos e femininos, os seres humanos adquirem conhecimentos e experiências variados.
  • Porque antes da “Queda do Homem”, a gente não conhecia a dor, as enfermidades e a tristeza?
    • Porque éramos dirigidos pelos Anjos. Quando os Anjos Lucíferos ensinaram os seres humanos que eles poderiam, sem a direção de Anjos, cumprir o ato criador à vontade e ainda gratificar os sentidos, se constitui o “pecado original”.
    • Isto é o que constituiu o “pecado original”. A Bíblia nos diz que Jeová expulsou a humanidade (Adão e Eva) do Jardim do Éden e que essa começou a “vagar pelo deserto” do Mundo Físico, por meio da experiência de sofrimento, da morte e de outras adversidades que conhecemos hoje.

28/3-Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV Análise Oculta da Gênesis – Os Anjos da Guarda

  1. Temos um Anjo da Guarda?

Não mais, no conceito que muitas pessoas tem. Enquanto estávamos sob a égide das Religiões de Raça, fornecidas pelo Deus de RaçaJeová, tínhamos uma individualidade e uma personalidade incipientes e corríamos riscos de perder nossos Corpos Densos. Jeová então, destacou um Anjo da Guarda para cada ser humano que estava renascido aqui, para que agisse como guardião, até que o espírito individual fosse suficientemente forte e pudesse emancipar-se de toda influência externa. Isso ocorreu entre a Época Lemúrica até a Era de Áries na Época Ária.

Quando Cristo veio pela primeira vez e instituiu a nova Religião, a Religião do Filho, deixamos de ter um ser da Onda de Vida angélica, um Anjo, destacado para cada um de nós como um Anjo da Guarda.

Porque, a partir da vinda do Cristo, o “véu do Templo foi rasgado”, fornecendo a mesma oportunidade para cada Ego humano, com uma Individualidade e Personalidade forte o suficiente para guiar, não somente o seu veículo denso (o Corpo Denso), mas todos os outros veículos (Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente).

  • Depois da vinda de Cristo, quem é o nosso “Guardião”?

O próprio Cristo – ele é o nosso “guarda”, o nosso Salvador, o nosso Redentor, o Regente da Terra que está sempre conosco, 24 horas por dia. Ele nos estimula e nos fornece tudo que precisamos para desenvolver, em cada um de nós o Cristo interno, de “dentro para fora”, como ele ensinou por meio da sua Religião Cristã – a Religião do Filho.

  • Qual a finalidade do sangue para o Ego?

Sangue: veículo do Ego. O Ego ou Espírito tem seu assento no sangue, funcionando e controlando seus veículos através dele.

  • Quais as consequências da transfusão de sangue de uma forma de vida superior para uma forma de vida inferior?

Produzirá, fatalmente, a destruição da forma de vida inferior, pois o Espírito mais evoluído pode escapar às difíceis condições impostas pelo veículo menos desenvolvido.

  • Por que, nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução, foi “de fora para dentro”?

O Espírito individual era muito débil, impotente, completamente incapaz de guiar seu veículo denso. Portanto, foi necessário que alguém, muito mais evoluído, ajudasse o espírito individual e, gradualmente, preparasse o caminho para uni-lo completamente aos seus instrumentos.

  • O Espírito-Grupo continua a influenciar no estágio humanidade (só que em grau decrescente). O que isso quer dizer?

Nesse estágio, ele exerce essa proteção, como um Espírito de Raça, de tribo, de comunidade ou de família, até que cada indivíduo se torne capaz para agir em plena harmonia com as Leis Cósmicas.

  • Como definimos, então, os Anjos?

Eram a humanidade do Período Lunar, que aprendeu a construir seus veículos mais densos de matéria etérica nesse Período, como nós aprendemos agora a construir nossos Corpos com os elementos químicos que compõem o Globo Terrestre.

Pertencem a uma corrente de evolução diferente da nossa, como o são os Espíritos humanos com os dos animais atuais. Seus corpos foram construídos com Éter, pois o Éter era o estado mais denso da matéria naquele Período.

Os Anjos ajudaram os seres humanos a propagar-se, e os ajudam de várias formas atualmente.

Em certo sentido, portanto, deve-se agradecer a Lúcifer pelo que tem feito por nós. Lúcifer tem assumido um papel importante na criação do ser humano como ele hoje existe.

Os Lucíferos trouxeram aos seres humanos o conhecimento do bem e do mal. Anteriormente, só conhecíamos o bem.

Eles também nos permitiram exercer o nosso livre arbítrio e desenvolver o nosso instinto criador.

O elemento de ferro no sangue foi também introduzido por Lúcifer, capacitando o ser humano a produzir sangue quente no corpo, tornando-se um Espírito interno.

O erro foi nosso em ABUSAR da utilização da força sexual criadora.

  • Os Anjos têm asas como vemos nas pinturas?

Não, nenhum deles tem as asas de pássaros que se veem nos quadros, mas há alguns seres no Mundo espiritual que têm apêndices semelhantes às asas.  Tais apêndices não têm o objetivo de prover a capacidade de voar ou de se mover no espaço.

São correntes de força que se exteriorizam e que podem se dirigir em uma ou outra direção da mesma forma que nós, seres humanos, usamos nossos membros.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de março:

Sabemos que “a morte não existe”!
Não como muitas pessoas pensam: morreu aqui, acabou. Ou, morreu aqui vamos para um céu, ou um purgatório ou, ainda, para um inferno. Ou, pior ainda, “não sei e vou deixar para pensar quando estiver próximo dela” (!?)

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que ao desencarnarmos aqui, nascemos nos Mundos invisíveis (também chamado de Mundos celestiais), da mesma forma quando renascemos aqui, deixamos os Mundos invisíveis.

Sim, a “morte não existe”. Existe sim uma continuidade da vida, aqui e lá, sempre!

Devemos nos emancipar do medo da morte.

Por acaso não ouvimos falar: “a única certeza que temos é a morte.”
Se ficarmos apegados ao luto, nos fecharmos para a vida que aqui continua, ficamos sempre tristes, atrapalhamos a vida de quem partiu.

Eles precisam, após a morte, tranquilidade, um ambiente de calma e silêncio para passar um dos mais importantes acontecimentos que ocorre na nossa vida: rever o panorama da vida que findou e seguir seu caminho; receberem sempre a ajuda e os cuidados que precisam, caso contrário, correm o risco de ficarem presos às Regiões mais densas dos Mundos invisíveis.

Sentiremos saudades, sim, mas devemos respeitar os que partiram. Não devemos ficar em prantos, lamentações, tristes o tempo todo, se lamentando, afinal precisamos continuar nossa jornada, temos que cuidar bem do nosso Corpo Denso, seguir nossa vida.

Podemos ajudar fazendo preces para auxiliar quem partiu, mas sempre a terminando com: “sempre feita a Sua vontade (a vontade de Deus) e não a minha”.

Procuremos compreender que a morte do Corpo Denso – o físico -, no momento devido (e sempre é e será no momento devido), é a maior bênção que a pessoa pode receber.

Nenhum de nós possui um Corpo tão perfeito que possa viver para sempre. Não comemos, ainda, do fruto da “Árvore da Vida”.

Em muitos casos, os anos marcam os pontos fracos dos nossos veículos em grau crescente, cristalizando e transformando-os cada dia mais, numa carga que abandonaremos com satisfação.

Temos o conhecimento de que ajudaremos a construir um novo Corpo Denso (bem como todos os outros Corpos e veículos que precisaremos) e um novo começo numa época futura, num novo Renascimento e, assim, poderemos aprender um número maior de lições (baseadas em experiências) nessa Escola da Vida.

Sim, voltaremos aqui!

Os Ensinamentos Rosacruz nos ajudam muito a entender esse momento.

Procuremos estudar e veremos a morte de outra forma e com segurança, sem medo.

Afinal, “a morte não existe”!!!

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“A quem muito é dado, muito será exigido”

Já ouvimos a frase: “A quem muito é dado, muito será exigido”, não é?

Então, cabe a nós Estudantes, Probacionistas e Discípulos Rosacruzes sempre nos lembrarmos dessa frase.

Afinal, se recebemos, temos o dever de dar, ou seja, um ser extraordinário despendeu muitíssimo do seu tempo para nos passar ensinamentos valiosos cabe, então, a nós fazermos a nossa parte, divulgando de maneira clara e correta tais ensinamentos.

No mínimo, para nos estimular lembremos do evento na vida de Cristo chamado de Lava-pés e seu significado místico para o treinamento esotérico de um Estudante.

Com certeza ajudaremos a muitos.

Max Heindel, fundador da Fraternidade Rosacruz, recebeu a sublime missão de ser o Mensageiro dos Irmãos Maiores para transmitir os Ensinamentos Rosacruzes, e o fez de corpo, alma e muito amor. Totalmente desinteressado e sempre buscando servir a divina essência em cada irmão e irmã com quem se relacionou.

Mereceu tão elevado encargo, certamente, pelo seu indescritível impulso interno de encontrar a verdade, passar adiante e pelo seu caráter, constância e amor pelos seus semelhantes.

Levou a público a maravilhosa Filosofia Rosacruz, explicando com muita clareza os mistérios da vida, dando-nos fé, consolo e esperança em uma vida futura, bem entendida e bem vivida.

Max Heindel plantou uma fecunda semente – a Fraternidade Rosacruz – que germinou, cresceu, tornou-se frondosa árvore, floresceu e frutificou.

Sob ela nos abrigamos. Suas flores perfumam nossas vidas e seus saborosos frutos alimentam nossas almas.

Temos, então, em nossas mãos uma grande responsabilidade, embora sejamos imperfeitos, de nos convertermos em auxiliares dos Irmãos Maiores, pregando o Evangelho, curando os enfermos e divulgando esses maravilhosos ensinamentos.

Que missão mais sublime podemos aspirar do que ajudar as criaturas de Deus e a Evolução do Mundo?

“A quem muito é dado, muito será exigido”.

Riquezas materiais, honras e glórias, são bens temporais, transitórios e efêmeros; porém os valores espirituais que acumulamos são o tesouro da alma (“a traça não rói e a ferrugem não destrói”) e jamais os perderemos.

Depende só e exclusivamente de nós.

O Conceito Rosacruz do Cosmos e a Bíblia nos ensinam que CRISTO “abriu o caminho” para todos, sem exceção.

Suas irradiações espirituais procuram tocar o coração, despertando o Espírito, e impulsionando-o à ação.

Esforcemo-nos, pois, até o limite de nossas capacidades para nos tornarmos receptivos a essas elevadas vibrações.

Harmonizemo-nos com os princípios da Nova Era, como Cristo nos ensinou.

Elevemos nossos profundos sentimentos de gratidão ao Pai Celestial, aos Irmãos Maiores e a Max Heindel pelas bênçãos que recebemos dessa maravilhosa Escola Filosófica Cristã, que é a Fraternidade Rosacruz.

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Coração Puro

Quando Cristo Jesus quis propor um modelo a Seus Discípulos, escolheu-o entre as pessoas sábias e poderosas? Não.

Cristo chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: “Em verdade vos digo, se não se converterem e se não vos fizerdes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus”. (Mt 18, 2-3).

Essa sentença se tornou uma máxima Cristã!

Todos os ocultistas reconhecem a imensa importância desse ensinamento de Cristo, e tratam de “vivê-lo” dia a dia.

O que vemos em uma criança? Dentre outras coisas, vemos a simplicidade e a pureza.
A criança crê, ama e age, sem pensar em si mesmo, atendendo o impulso do coração; é isso que mais agrada a Deus!

Notemos e nos lembremos sempre que Deus não pede longas orações, nem eloquentes discursos, nem palestras bem elaboradas, nem demonstrações de intelectualidades, nem meditações profundas, mas uma vontade reta, uma intenção pura, um coração inocente; que não tenha outros desejos senão os Seus.

Um exemplo de comportamento e de modo de agir que Cristo Jesus nos ensinou, aprendemos aqui: “Bem-aventurados os que têm o CORAÇÃO PURO, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8).

Note: Ele não nos ensinou dizendo que devemos ter uma intelectualidade imensa, uma facilidade em “repetir conhecimentos” e nem o carisma em fazer exposições.

Se formos bons e puros, interiormente, veremos e faremos tudo sem dificuldades, naturalmente, alinhados àquilo que escolhemos aprender nessa vida aqui e tudo compreenderemos que faz parte de um aprendizado.

Com certeza, quem caminha pelas trilhas que Cristo Jesus nos ensinou (tão explícitas nos quatro Evangelhos), tudo na sua vida se torna leve, o que para outros parecem tão pesado.

Um exemplo está na prática da humildade, pois a pessoa humilde, recebendo uma afronta e confusão, permanece em uma paz profunda e inabalável, pois confia em Deus e não nas coisas, prazeres e ilusões do mundo.

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A importância de uma atitude Otimista e Corajosa

Uma atitude otimista e corajosa é essencial à conservação da própria saúde, como também para poder auxiliar aqueles que se encontram enfermos ou doentes. A energia solar flui continuamente para dentro do nosso corpo através do baço, órgão especializado na função de atrair e especializar esse Éter universal.

No Plexo Celíaco este Éter transforma-se num fluido de cor rosa, atravessando todo o sistema nervoso. Por meio deles os músculos são movimentados e os órgãos executam as suas funções vitais. Quanto melhor se encontrar o nosso estado de saúde, tanto maior é a qualidade deste fluido solar, que somos capazes de absorver. Entretanto, da quantidade absorvida, somente uma parte é utilizada, e o excesso é irradiado do corpo seguindo direções retilíneas.

Devido a essas correntes invisíveis de força, os germes da enfermidade ou da doença não conseguem penetrar em nós, e os micro-organismos que os conseguem, associados aos nossos alimentos, são expelidos logo em seguida.

Não obstante a isto, ao emitirmos pensamentos de medo, aborrecimentos ou ira o baço se fecha, cessando então de especializar o fluido em quantidade necessária.  Então as linhas de força se encurvam dando acesso fácil aos organismos nocivos à saúde, deteriorando os tecidos, órgãos e outras áreas do corpo originando assim a enfermidade ou a doença.

Sabemos os efeitos do medo, da ira, da cólera, etc., em nosso Corpo de Desejos. Realmente não são efeitos bons.

Esses pensamentos ao tomarem forma, com o decorrer do tempo, se cristalizam naquilo que conhecemos como bacilos.

De modo especial, os bacilos de enfermidades infecciosas são a incorporação do medo, da tristeza, do ódio, etc., que muito deveriam ser vencidos pela sua força oposta: a coragem, o amor e a alegria.

Quando nos aproximamos de uma pessoa contaminada, com uma enfermidade ou doença contagiosa, se estivermos com medo, trêmulos, com certeza iremos dirigir contra nós mesmos os micróbios venenosos. Infelizmente é o que dizemos de “deixar a porta aberta”.

Por outro lado, se da pessoa nos aproximarmos completamente livres de medo, com a intenção de ajudá-la, nem que seja com pensamentos positivos, orações, dizendo para nós mesmos: “que seja feita a vontade de Deus e não a minha”, escaparemos da infecção, principalmente se vermos a pessoa como um irmão, uma irmã, que está passando por um momento difícil, e para ela levarmos a nossa ajuda, o nosso amor.

O amor vence o medo!!! A nos eleva!!! Sejamos corajosos sempre!!!

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Oração

A oração é como ligar um interruptor elétrico. Não cria a corrente; simplesmente fornece um canal através do qual a corrente elétrica pode fluir.

Da mesma maneira, a oração cria um canal através do qual a vida e a luz divinas podem se derramar em nós para nossa iluminação espiritual.

Se o interruptor fosse feito de madeira ou vidro, seria inútil; de fato, seria uma barreira pela qual a corrente elétrica não poderia passar, porque isso é contrário à sua natureza. Para ser eficaz, o interruptor deve ser feito de um metal condutor; então está em harmonia com as leis da manifestação elétrica.

Se nossas orações são egoístas, mundanas e eivadas (contaminadas) de desprezo pelo próximo, são como o interruptor de madeira; eles derrotam o próprio propósito a que se destinavam a servir, porque são contrários ao propósito de Deus.

Para ser útil, a oração deve estar em harmonia com a natureza de Deus, que é o Amor.

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Perdão dos Pecados

Aprendemos e estudamos a fundo na Fraternidade Rosacruz a doutrina do Perdão dos Pecados, como nos ensinada por Cristo, na Sua primeira vinda.

Essa doutrina é desprezada por alguns filósofos muito avançados que têm a Lei de Consequência como suprema lei.

Na Fraternidade Rosacruz é nos demonstrado que ambas formam parte do esquema de melhoramento e aperfeiçoamento.

Essa doutrina de reconciliação fornece, às almas fervorosas, força necessária para lutar, apesar dos repetidos fracassos, e para conseguir a subjugação da natureza inferior.

Recordemos que muita gente não conhece as Leis de Renascimento e Consequência.

Tendo diante de si um ideal tão grande como o de Cristo, e crendo não ter mais do que curto número de anos de vida para realizar tão elevado grau de desenvolvimento, não teria sido a maior crueldade imaginável deixar todas as pessoas sem essa ajuda?

O grande sacrifício do Calvário, se bem que tenha servido para outros propósitos, converteu-se na Luz de Esperança para todas as almas fervorosas que estão se esforçando por realizar o impossível: efetuar numa única e curta vida a perfeição exigida pela Religião Cristã.

Afinal de contas, pensemos, houve um momento nesse Esquema de Evolução que para “perdoar os pecados de cada um, individualmente” era necessário e suficiente sacrificar os bens.

Só que esse momento terminou com a vinda do Cristo. A partir daí o que vale para “perdoar os pecados de cada um, individualmente” é que cada um se sacrificasse.

Não num único supremo sacrifício, como o de um mártir, o que teria sido comparativamente fácil, mas que, dia a dia, de manhã à noite, agisse misericordiosamente

com todos.

Deve se desprender do egoísmo e amar o próximo, como tinha amado a si mesmo.

Também, não lhe era prometida nenhuma recompensa visível e imediata; deve ter fé numa felicidade futura.

Será de admirar que as pessoas ache difícil realizar este elevado ideal de agir bem continuamente?

Quer se aprofundar nesse assunto e compreender como funciona? Acesse o Capítulo XV do Conceito Rosacruz do Cosmos aqui: https://fraternidaderosacruz.com/…/livros…/o-conceito/

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O Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz

Quando decidimos cuidar da parte espiritual em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz significa que queremos começar a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

Iniciamos com a conquista do grau de Estudante Preliminar (fazendo com afinco, estudando seriamente e adquirindo os conhecimentos preliminares Rosacruzes por meio do Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz); se aplicando em mudar nossa rotina implantando o evento: oficiação dos Rituais Devocionais do Serviço (Templo, Cura, Equinócios, Solstícios, Véspera de Natal) no nosso dia a dia procurando oficiá-los no mesmo lugar a fim de criarmos um local propício para devoção; dando atenção tanto para os conhecimentos obtidos pela razão como pelos conhecimentos obtidos pelo coração (e aqui cabe a participação em Religiões Cristãs, pois o Estudante Rosacruz está ciente do risco inerente que ele tem de se dedicar somente ao seu lado intelectual, razão, “cabeça” e, assim, se perder na intelectualidade, pois vai entendendo que intelectualidade nada tem a haver com espiritualidade); executando, nas horas em que permanece em consciência de vigília, todos os Exercícios Esotéricos que lhe vão sendo passados, focando as suas execuções por meio do serviço amoroso e desinteressado aos que estão no seu entorno, às pessoas com quem se relaciona; executando todas as noites o Exercício de Retrospecção da melhor forma que possa e, da mesma forma, o Exercício matutino da Concentração; sendo leal aos Ensinamentos Rosacruzes, estudando sempre e procurando aplicá-los no seu dia a dia, pois tais Ensinamentos são práticos e não deve ser aprisionado na memória, nem fazer parte da “lista de livros que já li”; procurando viver durante o dia como um Auxiliar Visível Consciente, conforme aprende na Filosofia Rosacruz.

E, assim, o Estudante Rosacruz começa a perceber que parece que tudo vira de ponta cabeça, tudo parece estar dando errado; às vezes enfrentando oposições nos lares, no trabalho, a saúde é afetada, e por aí vai.

Aí perguntamos: ” Por que essa grande mudança em nossas vidas”? Escolhemos seguir uma vida superior. O que está errado, então?

Será que devemos considerar que os acontecimentos adversos, ocorrem para o nosso próprio bem. Não acredita? Mas é a pura verdade.

Tudo está em conformidade com as Leis da Natureza, e Deus ajuda a todos que buscam crescer espiritualmente.

As provas são um sinal de progresso e uma causa de regozijo. Estávamos levando uma vidinha egoísta, com vícios, tranquilos demais, esquecendo que havíamos combinado pagar nossas dívidas contraídas em vidas anteriores – quando escolhemos o Panorama dessa vida com os eventos principais lá no Terceiro Céu -, esquecemos que estamos aqui vivendo sob a Lei de Causa e Efeito e, portanto, resgatando os “efeitos” adversos que geramos por termos colocados – mormente em vidas passadas – causas contrárias as Leis de Deus.

Agora que decidimos mudar, buscar por coisas elevadas, a justiça Divina veio nos colocar nos trilhos, pois a Lei de Consequência não falha. Agora é a hora de trabalharmos para nosso próprio progresso, pagando essas dívidas, uma a uma, com entusiasmo, com vontade.

Pensemos num vaso cheio de água por muito tempo, ao remexê-lo toda a sujeira que estava embaixo vem à tona, levando-nos a começar a fazer a limpeza para que a água volte a ficar limpa. Assim acontece conosco.

Estamos sim passando por “provas”. Estamos fazendo nossa “faxina”.

Enquanto estávamos a favor das águas, remando a favor da maré, tudo corria bem. Quando mudamos, tivemos a impressão de tudo estar dando errado, porém são apenas provas. Se soubermos passar, se entendermos, saberemos passar, não só estas, mas qualquer prova que vier.

Até quando? Até elas não existirem mais, pois a partir daí só gerando efeitos harmoniosos com as Leis de Deus, ou seja, só colocando em ação causas alinhadas às Leis de Deus. Na terminologia do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz: a partir do grau de Adepto para cima, sendo que no grau de Irmão Leigo ou Irmã Leiga já nos encontramos resgatando os últimos efeitos adversos, sublimando-os por meio da aprendizagem e do exercício da virtude que eles endereçam.

No fundo as pessoas – dentro de si, na sua Individualidade, onde somos irmãos e irmãs, filhos e filhas de Deus – ao nosso redor, sabem que estamos agindo certo, mas preferem nos criticar, nos espezinhar, e ficamos sem entender o porquê.

Se formos perseverantes em fazer o bem, passaremos todas as provas com tranquilidade, seremos pessoas serenas, mais compreensivas, e o melhor: não desistiremos do que escolhemos: “Viver a vida superior”.

Se tudo estiver correndo bem nas nossas vidas, se tudo estiver certinho, aí sim é que devemos nos preocupar… Para um Aspirante à vida superior, não é tudo certinho, tudo mil maravilhas. Afinal, podemos estar sendo esteios, arrimos, “candeias que se colocam em cima de uma mesa para iluminar um ambiente”.

Estejamos preparados para todas as provas que vierem! Vale a pena!

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  • Nos quatro primeiros versículos de João 1, é correto analisar o Verbo além de ser a palavra criadora, o Som/ Tom, mas também como O Cristo e o Sol? Veio-me essa ligação, medito sempre nesse verso. Gostaria de saber se é algum progresso.

A correlação entre eles é total e clara nos Planos Cósmicos: o Verbo, segundo aspecto no primeiro Plano Cósmico e Cristo (responsável pelas atividades do princípio Sabedoria), segundo aspecto no sétimo Plano Cósmico (Diagrama 6 do Conceito Rosacruz do Cosmos).

  • Max Heindel ensinou que alguns espíritos de crianças ficam ao lado de suas futuras mães até que possam renascer; às vezes durante muitos anos. Quando chega o momento da fertilização, tal espírito simplesmente se joga dentro do útero — o que é meio absurdo, eu imagino — ou, no momento propício, é afastado da mãe e levado ao Mundo Espiritual para, então, descer até o ventre materno?

Resposta: Caro irmão, por favor, nos diga onde está essa frase “Max Heindel ensinou que alguns espíritos de crianças ficam ao lado de suas futuras mães até que possam renascer; às vezes durante muitos anos. Quando chega o momento da fertilização, tal espírito simplesmente se joga dentro do útero” para que possamos analisá-la no original em inglês. O que sabemos é que quando há o processo de renascimento de um Ego, depois dele ter construído uma nova Mente, um novo Corpo de Desejos e junto com os “mortos” que estão no Segundo Céu e os elementais e ainda os Anjos do Destino, construído o novo Corpo Vital, e depois dos Anjos do Destino colocarem o Átomo-semente na cabeça do espermatozoide que irá fecundar o óvulo e colocarem a matriz do Corpo Vital no útero da futura mamãe o Ego orbita em torno da mãe por até 21 dias depois da fecundação, quando então ele entra no seu incipiente Corpo Denso e com a mãe continua a construção até o parto. Você tem mais detalhes sobre isso no Conceito, na sessão: Preparativos para o Renascimento.

  • Sobre o uso dos Sentimentos: Interesse ou Indiferença, gostaria de saber como é classificado a atitude de neutralidade frente uma situação, por exemplo, um juiz diante de um veredicto, o que se espera de um juiz é sempre uma atitude neutra, essa postura seria Indiferença ou Interesse?

Resposta: O conceito de indiferença nesse caso é bem diferente do conceito de Indiferença (veja que já é escrito com a letra “I” em maiúsculo, como sugere a norma gramatical portuguesa quando se quer utilizar uma palavra comum para significar outro conceito) preconizado pela Fraternidade Rosacruz. A Indiferença é um dos 2 Sentimentos que geramos no nosso Corpo de Desejos, quando o alimentamos de material da 4ª Região ou Região Central do Mundo do Desejo. Não quer dizer, necessariamente, que não “estamos nem aí” para com o assunto, porque o assunto “pode nos dar trabalho”, ou porque “é muito inferior a mim para me ocupar”, ou porque “não ganharei nada me interessando pelo assunto” ou, ainda, “tenho outras coisas mais importantes para me ocupar”, ou mais ainda “é tão desinteressante para mim que merece o meu desprezo” e coisas afins exemplos da indiferença no conceito mundano; ou seja: enchendo o Corpo de Desejos de material das 3 Regiões inferiores astutamente disfarçados de “indiferença”, tanto utilizando a força da atração (um tanto quanto sadismo), como a força de repulsão (egoísmo ou egocentrismo). No caso do conceito Indiferença na Fraternidade Rosacruz é quando utilizamos esse sentimento justamente para eliminar de nós mesmos quaisquer tentações de dispararmos as forças de atração ou de repulsão. Por exemplo: fomos ex-fumante, mas há uma situação em que estou servindo a alguém e estamos no meio de um ambiente em que todos estão fumando (quem já fumou sabe o quanto, muitas vezes, isso pode ser tentador – pelo menos em um certo tempo depois de deixar o vício). Se encho meu Corpo de Desejos com o material da 4ª Região por meio do sentimento de Indiferença, continuarei prestando o serviço o tempo que for necessário sem “nenhuma gotinha” de tentação tanto para atrair “a vontade de fumar” como para repelir “a tentação de fumar” – afinal ambas as forças me farão desviar do foco na prestação desse serviço, pois teria que “achar espaço no meu Corpo de Desejos” para encher de materiais das Regiões a fins, seja para atrair, seja para repelir.

Quanto a “neutralidade do juiz” é quase impossível ocorrer pois ele estará sempre se baseando e se respaldando nas “Leis dos homens” – afinal ele estudou e é pago para isso. E nesse caso, a indiferença se enquadra na astúcia de disfarçar as forças de atração e repulsão. Por isso que sempre houve irmãos e irmãs iluminados na “justiça dos homens” que criaram mecanismos para “melhorar essa neutralidade”: jurisprudência, recorrência a outras instâncias, mais audiências e até “pressão pública”.

Podemos exemplificar como se diante de uma briga eu tiver sinceramente uma vontade de ajudar de alguma de forma, a atitude Cristã seria me manter Indiferente a situação e, a partir desse ponto ativar a força de Atração às Regiões superiores do Mundo do Desejo, fazendo uma oração, por exemplo ou mesmo diante de um acidente… usando a minha força vontade para ajudar para não ativar as forças de Repulsão achando que está fazendo um Serviço, quando nos envolvemos ou nos impressionamos com o que está acontecendo. E quão difícil é fazer isso, especialmente porque o entorno de uma situação como essa sempre estará impregnado de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo: seja dos brigões, seja das pessoas em volta torcendo por um, pelo outro ou só pelo prazer de “ver sangue”, fora o medo de sobrar alguma coisa para quem está de fora. Por isso que sempre ao vermos uma briga o melhor é passar ao longe fazendo uma oração para dissipar esse material e que Deus ilumine os irmãos brigões para que entendam que só o amor deve prevalecer!

  • As mulas são animais híbridos de asno com égua e por isso não deveriam procriar, porque seus filhotes não estariam sobre o controle do Espírito-Grupo dos cavalos nem dos asnos. No entanto, algumas mulas têm filhotes. Como explicar isso? Esses filhotes serão manuseados por qual Espírito-Grupo?

Resposta: A mula e o burro são bichos cheios de problemas porque seus pais são de espécie diferente, cujos descendentes são estéreis. A mãe é uma égua e o pai um jumento. A mistura não dá certo. A mula (ou burro, se for macho, já que “mulo” não existe) é forte, boa para trabalhar, mas não se reproduz. O número de cromossomos nos gametas (células sexuais) da égua é 52. O do jumento é 56. Esse número cromossômico provoca duas consequências. A principal é que o burro não produz espermatozoides e a mula não tem óvulos. Portanto, não geram filhos. Além disso, os órgãos genitais desses animais não são perfeitamente desenvolvidos. Há outros animais híbridos como o barboto, mistura de cavalo com jumenta, e o zebroide, produto do cruzamento de uma zebra com cavalo. A união entre o jumento e a égua é estimulada porque o burro é um animal apropriado para trabalho pesado. O Espírito-Grupo se ressente quando seus súditos cruzam com outras espécies. Então, atira os pecados dos pais sobre os filhos, como vemos nos seres híbridos. Quando um cavalo e uma jumenta produzem uma mula, por exemplo, a mescla de sangue estranho destrói a faculdade propagadora, de modo que o híbrido não pode perpetuar-se. É uma abominação do ponto de vista do Espírito-Grupo, pois a mula não está definitivamente sob o domínio do Espírito-Grupo dos cavalos nem do dos jumentos, se bem que não esteja tão afastado de ambos que possa evitar sua influência. Se dois muares pudessem procriar, sua cria estaria ainda menos influenciada pelo domínio desses Espíritos-Grupo. Resultaria uma espécie nova, sem Espírito-Grupo, mas seria uma anomalia na Natureza, aliás, impossível enquanto os espíritos-animais não tiverem evoluído ao ponto de se bastarem a si mesmos. Se tal espécie pudesse produzir-se, careceria do instinto guiador, o impulso que, em realidade, é do Espírito-Grupo. Encontrar-se-ia em situação análoga à de uma ninhada de gatinhos arrancada da matriz antes do tempo normal do nascimento. Indubitavelmente, não poderiam bastar-se e morreriam. Agora…por que eles cruzam entre si? Porque como qualquer Espírito Virginal tem o livre-arbítrio para fazer o que quiser, mas também tem o dever de sofrer os efeitos dos atos que cometeu. Logicamente o Ego animal que praticou tal ação se atrasará no seu Caminho de Evolução, até voltar a renascer em um corpo de cavalo ou de jumento e não cometer mais esse pecado.

  • No Segundo Céu e no Terceiro nós temos alguma consciência do que fazemos?

Resposta: Sem dúvida alguma!

A consciência é um atributo do Ego, de nós Espíritos Virginais da onda de vida humana manifestados.

Não é dos nossos Corpos.

A fim de funcionarmos no Mundo onde estamos, no Segundo Céu utilizamos o veículo Mente para coletar as informações da Região do Pensamento Concreto do Mundo do Pensamento e interagir com os seres que, também estão nesse Mundo, nesse momento do Ciclo de Rodas e Nascimentos.

Já no Terceiro Céu expressamos o maior nível de consciência que podemos entre todos os lugares que vivemos, pois aqui, na Região Abstrata do Mundo do Pensamento, não temos nenhum veículo que nos limita a tal manifestação.

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura

Datas de Cura:

Abril: 1, 8, 15, 21 e 28

““Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaías 53: 4-5)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Poder da Nossa Palavra

Max Heindel escreveu que o uso das palavras para expressar o pensamento é o mais alto privilégio humano. Podemos encontrar na Bíblia diversas passagens que expressam o poder da palavra.

Desde o início da criação em Gênesis 1:1 (“Deus disse: ‘Faça-se a luz’! E a luz se fez. ‘Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras’. E Deus fez o firmamento”) até no Novo Testamento com os ensinamentos de Cristo, como, por exemplo, quando Cristo-Jesus acalma a tempestade quando Ele e seus discípulos estavam num barco, em Mateus 8:24-27: “…Ele levantou-se e intimou aos ventos e ao mar e se fez grande bonança. E os homens se admiraram dizendo: ‘Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?’”. Ou em João 1:1: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Tudo o que feito, foi feito por ele e nada do que tem sido feito foi feito sem ele”, Onde se mostra o Segundo aspecto do Ser Supremo que, por meio da palavra, trouxe a existência tudo que há.

E assim é porque a palavra é criadora. Agora, por que ela é criadora? Porque ela advém de uma parte da nossa força sexual criadora.

Tudo começou ainda quando éramos todos, hermafroditas, capazes de nos reproduzir sozinhos, mas éramos inconscientes dos nossos Corpos e, portanto, incapazes de criar e de se expressar nesse Mundo Físico.

Quando tomamos posse desses nossos Corpos (ou veículos de expressão) foi necessário construir o cérebro e a laringe para podermos criar nesse Mundo Físico. Estávamos na Época Lemúrica. Por falar nela, vale lembrar aqui, que nessa Época considerávamos a palavra como algo santo. Era empregada sobre a orientação das Hierarquias Criadoras que nos guiavam. Cada som emitido por nós lá tinha poder: sobre os semelhantes, os animais e sobre a Natureza circundante. Oras, trata-se de dois órgãos físicos criadores, portanto, necessitaram de força criadora para serem construídos!

Assim, metade da nossa força criadora sexual foi utilizada para a construção desses dois importantes órgãos. A laringe se formou em nós, quando nossos Corpos Densos ainda tinham a forma de um saco dilatado. Podemos ter a ideia de como era observando um embrião humano, quando passamos pela fase Lemúrica da gestação.

Conforme o Corpo Denso foi tomando a posição vertical, como é hoje, parte dessa força sexual criadora permaneceu com a parte inferior do Corpo Denso, nos órgãos sexuais, e parte com a parte superior convertendo-se na laringe e no cérebro. Assim, o poder da palavra é criador!

Como lemos em Gênesis: 1:26: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo nossa semelhança”. Ou seja: a habilidade criativa de Deus está refletida em nós. Nós somos deuses em formação e, toda vez que falamos nós estamos exercitando esse poder dado por Deus. Nós estamos aprendendo, por tentativa e erro e por meio da Lei de Causa e Efeito, de tudo que nós criamos. Cristo disse: “Toda palavra que o homem falar, ele deve dar conta dela no dia do seu julgamento. Pelas suas palavras será justificado e pelas suas palavras será condenado” (Mt 12:36). Isso está se referindo ao processo da criação do nosso pessoal “Livro da Vida”. O Éter que respiramos junto com o ar está carregado com uma precisa quantidade e qualidade de todas as nossas: pensamentos, sentimentos, emoções, desejos e palavras, ações, atos e obras. Esses são transmitidos dos pulmões para o sangue que circula pelo coração a cada instante da nossa vida. Na sua passagem pelo ápice no ventrículo esquerdo do coração é gravada toda essa imagem fidedigna no Átomo-semente do Corpo Denso que lá está, e que constitui o nosso “Livro da Vida” pelo qual seremos julgados após o término de cada existência aqui na Terra. Por isso é que devemos evitar o quanto pudermos o bulício dos seres humanos no nosso ambiente ao redor.

Mas, por que razão nos atraem as falas e conversas supérfluas, a imensa maioria calcada no inferior, na fofoca, no mal? Gostamos tanto de falar porque pretendemos, com essas conversas, sermos consolados uns pelos outros e desejamos aliviar o coração fatigado por preocupações diversas que se resumem na falta de fé em Deus.

E, assim, perdemos o nosso precioso tempo sentindo prazer em falar e pensar, ora nas coisas que muito amamos e desejamos, ora nas que nos contrariam. Mas que ilusão a nossa!

Em vão buscamos esse tipo de consolação exterior que decididamente afasta a verdadeira consolação que é a interior e divina. Cumpre, portanto, de nos vigiar e orar, para que não passemos o nosso tempo ociosamente. Se for lícito e oportuno falar, que seja de coisas edificantes!

É certo que o mau costume e o descuido do nosso progresso espiritual concorrem muito para o desenfreamento de nossa língua. E o descuido do nosso progresso espiritual está com a eterna desculpa de falta de tempo.

Se nos abstivermos de conversações supérfluas como também de ouvir novidades e boatos acharemos tempo suficiente e adequado para cuidarmos do nosso progresso espiritual.

Como disse Sêneca na Epístola n.7: “Sempre que estive entre os homens, menos homem voltei”. Isso experimentamos muitas vezes, quando falamos muito. Mas fácil é calar de todo, do que não tropeçar em alguma palavra. Portanto, utilizemos o uso da nossa palavra o mais santamente que possamos.

Sabemos que a Fraternidade Rosacruz simboliza o futuro desenvolvimento do ser humano. Quando ficamos de pé, com os braços estendidos de modo que formemos uma cruz, nós encontramos que a posição da laringe corresponde a posição da rosa branca do Símbolo Rosacruz. O sangue sem paixão da planta ascende através do seu caule até o seu órgão reprodutor, o cálice da planta. Assim também, quando dirigimos toda a nossa força sexual criadora para cima, a laringe se torna espiritualizada, tornando-se o receptáculo da purificada, conservada e transmutada força sexual criadora. A voz terá o poder: da benção, da cura e da criação. A mesma cura pela palavra que vemos feita por Cristo em diversas passagens na Bíblia, como por exemplo, na cura do paralítico em Jerusalém, em João 5:8: “Ordenou-lhe Cristo-Jesus: ‘levanta-te, toma o leito e anda’. No mesmo instante aquele homem ficou curado, tomou o leito e andou”. A mesma criação que vemos feita por Cristo em diversas passagens na Bíblia, como por exemplo, na multiplicação dos pães em João 6:10-13: “Disse André a Cristo-Jesus: ‘está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes, mas o que é isso para tanta gente?’ Sentaram-se, pois, os homens em número de uns cinco mil. Cristo-Jesus, então, tomou os pães e, dando graças, deu aos que estavam sentados e, também, os peixes, tanto quanto quiseram. Depois de saciados, disse aos seus discípulos: ‘recolhei os pedaços que sobraram, para não se perderem’ Recolhendo, encheram doze cestos de pedaços que dos cinco pães de cevada sobraram”.

Ou seja: a laringe falará a Palavra Perdida, ou Fiat Criador no passado empregado por nós, sob a orientação das Hierarquias Criadoras na Época Lemúrica. Seremos um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada poderemos criar um corpo. Portanto, tratemos de expressar palavras unicamente quando houver oportunidades de serem construtivas. Caso contrário, guardemos em nosso silêncio. Como dizem, o silêncio é de ouro. Na verdade, através dele podemos guardar a nossa força sexual criadora expressa em nossas palavras a fim de ser utilizada quando realmente for necessário.

E como lemos nos Preceitos para o Estudante Rosacruz: “Considerando que o silêncio, em verdade, é um dos maiores auxiliares para o crescimento da alma, procuremos sempre no ambiente onde se encontramos predominar: a paz, a harmonia e a calma”.

Vamos, então, fazer cada esforço para sermos guiados pelo nosso Cristo interno, contraparte do Cristo externo, nosso guia e salvador, falando somente o que é bom e nos esforçando para exercitar nossas habilidades criativas para a glória de Deus.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: O Significado Cósmico da Páscoa

Abril de 1915

Como essa lição chegará a você no tempo da Páscoa, eu achei que poderia ser melhor dedicar essa Carta a esse assunto recorrente.

Você conhece a analogia entre o ser humano – que entra em seus veículos durante o dia, vive neles e trabalha por meio deles e, à noite, é um Espírito livre, sem os grilhões do Corpo Denso – e o Espírito de Cristo que reside em nossa Terra uma parte do ano. Todos nós sabemos que grilhão e prisão é esse Corpo Denso, como nós somos dificultados e restringidos pela doença, enfermidade e pelo sofrimento, pois não há ninguém entre nós que sempre está com uma saúde perfeita, de modo que nunca tenha experimentado a agonia da dor, especialmente aqueles que trilham o Caminho superior, espiritual.

Isso se assemelha com o que ocorre com o Cristo Cósmico que volta a Sua atenção para a nossa pequena Terra, focalizando a Sua Consciência nesse Planeta a fim de que possamos ter vida. Ele tem que animar, anualmente, essa massa morta (que nós cristalizamos fora do Sol); e isso é um grilhão, algo que prende ou impede e é uma prisão para Ele. Por conseguinte, é justo e apropriado que devemos nos regozijar quando Ele vem no Natal, todos os anos e nasce de novo em nosso mundo para nos ajudar a fermentar essa massa morta com a qual nos sobrecarregamos. Nessa ocasião, os nossos corações devem se voltar para Ele em gratidão pelo sacrifício que Ele faz por nossa causa desde o Solstício de Dezembro, passando pelos meses de janeiro, fevereiro até Equinócio de Março, permeando esse Planeta com a Sua vida para despertá-lo do sono cristalizador em que permaneceria se Ele não tivesse nascido para vivificá-lo.

Desde Solstício de Dezembro, passando pelos meses de janeiro, fevereiro até Equinócio de Março, Ele padece agonias e torturas, “gemendo, com dores de parto e esperando o dia da libertação”[1] que acontece na época que a Igreja Cristã denomina Semana Santa. Mas, compreendemos que, de acordo com os ensinamentos místicos, essa semana é precisamente a culminação ou o ápice do Seu sofrimento e que Ele se eleva de Sua prisão; de modo que quando o Sol cruza o Equador, Ele pende da Cruz e exclama: “Consummatum est!”[2] – “Está consumado!”. Isto significa que o trabalho d’Ele para aquele ano foi concluído. Não é um brado de agonia, mas é um brado de triunfo; uma exclamação de regozijo pela hora da libertação que chegou e por mais uma vez Ele poder Se elevar por algum tempo, livre dos grilhões do nosso Planeta.

Agora, querido amigo, querida amiga, o ponto que eu gostaria de chamar a sua atenção e que nós devemos regozijar com Ele nesta grande, gloriosa e triunfante hora, a hora da libertação quando Ele exclama: “Está consumado!”. Vamos sintonizar os nossos corações com esse grandioso acontecimento cósmico; vamos nos regozijar com Cristo, nosso Salvador, por Seu sacrifício anual ter, mais uma vez, sido completado; e vamos nos sentir gratos, no mais profundo do nosso coração, por Ele estar livre das correntes da Terra, e que a vida que derramou em nosso Planeta seja suficiente para nos levar até o próximo Natal.

Espero que esses conhecimentos possam proporcionar a você um motivo excelente para uma piedosa meditação da Páscoa e que lhes tragam abundante crescimento anímico.

(Carta nº 53 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Rm 8:22

[2] N.T.: Joa 19:30

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Canção de uma Calçada da Cidade para uma Flor Destruída – Corinne Heline

A cada ano, um número crescente de pessoas estão percebendo a proximidade das hostes angélicas ao mundo dos seres humanos, porém, poucos ainda estão cientes do significado de seus serviços. Há muito tempo essa Terra teria sido dissolvida no caos se não fosse pelos cuidados amorosos deles. É maravilhosa a visão das hostes luminosas acima de nossas cidades adormecidas durante as horas noturnas. Os maus pensamentos, as más palavras e ações dos seres humanos pairam acima, como grandes aves de rapina negras, prontas para descer novamente em forma de doença, carência, aflição e de vários outros males que o Ego nunca deveria conhecer. Leia mais aqui: A Canção de uma Calçada da Cidade para uma Flor Destruída

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. Assim como o indivíduo aprende a compreender e comemorar o mistério da mudança das estações, assim também os Anjos sabem e mantêm vigília sagrada nesses tempos sagrados. Entretanto, sempre devemos lembrar que a Onda de Vida Angélica atinge um plano muito mais elevado de consciência espiritual do que o ser humano. Consequentemente, os Anjos conhecem um significado mais profundo e recebem um influxo maior de êxtase espiritual na época dos quatro festivais solares sazonais.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia Rosacruz: Seus Ensinamentos e a Sua Ética

A Astrologia Rosacruz nos ensina: “Caráter é Destino”. Mas, consideremos que na maioria das vezes essa frase vem sendo repetida, sem que, entretanto, seja procurado ou compreendido o seu significado real.

Mas vejamos: o que a Astrologia Rosacruz nos ensina? Quais os princípios demonstráveis claramente?

Sejam quais forem as condições de nossas vidas – boas ou más – serão elas, nem mais nem menos do que uma reflexão exterior das condições existentes em nosso interior.

A Astrologia Rosacruz é uma Religião e ainda mais: é a mais elevada das práticas religiosas possíveis a serem seguidas pela humanidade, revelando-lhe o verdadeiro Deus, livrando-o de uma concepção antropomórfica, sentado num trono distante; mostra o Pai amoroso conhecido por nós somente pelos Seus atos e ações através de toda a vida.

A Astrologia Rosacruz rejeita a noção de um Ser vingativo punindo o transgressor e exigindo sacrifícios para anular o ato pecaminoso. Ignora tudo o que representa uma fé cega. Nada ensina daquilo que possa ser admitido como meio para eliminar todos os sinais das transgressões, facultando ao Ego se purificar por meio de obscuras aceitações de uma crença ou credo.

Segundo a Astrologia Rosacruz, nossas debilidades latentes ou manifestas devem ser sobrepujadas pela nossa própria volição. Ensina-nos ainda que não haverá fugas aos resultados dos erros cometidos. O ser humano é quem realiza a sua própria salvação. Eis porque se exige conhecimento ao invés de uma fé. Exige-se que saibamos, em vez de crer meramente.

Pede-se somente investigação para que suas verdades possam ser provadas, não forçando ninguém a aceitar seus ensinamentos, a não ser por meios lógicos.

A Astrologia Rosacruz ensina o ser humano a ser um Espírito imortal, posto aqui na vida terrena em uma escola de treinamento tendo deveres, os quais cumpridos zelosamente proporcionam condições para trabalhos progressivos e mais avançados. Ensina-nos que a vida é governada por leis imutáveis, as quais sendo transgredidas conduzem às perdas e dores. Ensina-nos que o ser humano pode ter a faculdade de escolha, possui uma responsabilidade pessoal; por isso, os efeitos das escolhas recairão sabre ele, isto é, ensina-nos que nossos próprios pecados nos punirão.

Se o indivíduo falha no cumprimento de seu dever nesse lapso de vida terrena, voltará novamente para corrigir seus erros, aprendendo e crescendo, ascendendo mais alto, aproximando-se, portanto, da divindade que tem dentro de si.

A Astrologia Rosacruz nos ensina que a vida está sujeita a um desenvolvimento progressivo, regulada pelas leis imutáveis da justiça eterna. O ser humano paga pelos erros cometidos, constituindo-se seu próprio salvador. Isso quer dizer que a justiça se manifesta através do próprio transgressor e não por força de um Deus irado. Esse é o ensinamento básico da Astrologia Rosacruz. Quem estuda essa ciência, sob o ponto de vista religioso, dificilmente deixa de penetrar em sua realidade.

Nenhum Estudante Rosacruz sincero da Astrologia Rosacruz poderá se empenhar em sua pesquisa sem que tarde ou cedo ouça o chamamento de levar avante a tarefa do desenvolvimento próprio e viver os princípios e a ética, preconizados pela ciência a que ele se devotou. Ser um representante da arte santa e, ao mesmo tempo, ser um escravo das paixões e dos vícios do ser humano não desenvolvido, realmente é ser desonesto, desleal, mentiroso e incoerente.

Não existe ensinamento mais dignificante, mais elevado e mais divino ministrado ao indivíduo, do que aquele emanado da Astrologia Rosacruz. Verdadeiramente os seus ensinamentos vem sendo retirados de seu Tabernáculo Sagrado e apresentado ao mundo sob a influência da Mente materializada do ser humano. A pérola vem sendo exibida àqueles que a conceituam frivolamente, apenas como um reflexo de Mentes supersticiosas. Para os puros em motivações, ela será constantemente uma salvaguarda sagrada, uma revelação esotérica.

Para aqueles que iniciam seu estudo, nesse ramo do ocultismo, surge uma voz: “está você preparado para seguir a verdade para onde quer que ela o leve?”. Muitos, sem dúvida, falham em compreender a responsabilidade inerente a um estudo oculto. Suponha-se que esse estudo leve o indivíduo até a porta da Iniciação, onde o problema da transmutação do ser humano inferior no superior leve-o a momentos de hesitação: “Isso é muito elevado para mim”. Estaria ele preparado para, honestamente, abrir a porta, disposto a que a verdade o conduzisse para estágios mais elevados, deveres mais pronunciados ou maiores responsabilidades? Vejamos o que a Astrologia Rosacruz nos ensina a esse respeito. Todos temos Saturno como representante do “Guardião do Portal”. Ele permanece vigilante sobre a ponte que liga a consciência inferior a superior. Em síntese, quem não tenha adquirido virtudes a um determinado grau, esbarrará sempre em Saturno. Todo aquele que procura a consciência superior deve se sujeitar a esse processo de provas e de vicissitudes por meio dos quais suas virtudes são testadas. Enumeremos de forma rápida esse processo de provas:

  1. Pureza física. Somente os corpos puros poderão refletir pensamentos puros;
  2. Emoções purificadas e sentimentos desapaixonados;
  3. Amor à verdade, paciência, perseverança, castidade, predisposição à meditação.

Finalmente, leva todos os indivíduos à verdadeira humildade, à condição em que tudo o que é material é renunciado, por que somente assim os poderes latentes do “Eu Superior” poderão cruzar a ponte construída por Saturno (a qual liga o Ego e a Personalidade). Eis porque dessa forma o ser humano se liberta do lado concreto da matéria, não mais ficando escravo da carne e à mercê das circunstâncias. Tendo conquistado a matéria, na sua forma mais ou menos sólida, pode deixar seu Corpo Denso à vontade e funcionar em planos mais sutis. Inverte suas esferas. Por isso, trabalha conscientemente com o Raio ao qual pertence.

Entretanto, tudo isso poderá ser obtido unicamente por meio da obediência às leis superiores – as Leis de Deus –, porque o ser humano prova a sua superioridade quando se conforma com a lei. A lei e o indivíduo devem ser unos, e à consumação com a lei devem ser espontâneos. Se assim não for, toda outra forma de consumação ou de obediência torna aspecto de compulsão, não sendo, portanto, natural. O ser humano se liberta pelo serviço, pela obediência, mostrando, assim, sua identificação com aquilo que serve e obedece.

Compreendemos a tremenda responsabilidade oriunda do conhecimento oculto?

Um novo tipo de ser humano surge lentamente em nosso meio. Milhares estão despertando à consciência de sua natureza espiritual e, consequentemente, de suas potencialidades. Os que estão no Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz devem estar atentos para instruir essa gente nova. Aí se localiza nossa responsabilidade. Levar nossos semelhantes àquilo que procuram; ministrar-lhes em certa medida a verdade que vem sendo privilégio receber; indicar-lhes o caminho que os levará ao conhecimento da divindade interna; ajudar a fortalecer a diminuta luz, que apenas está surgindo com o conhecimento e a sabedoria conducentes à unidade e a liberdade. Qual o melhor caminho que nos levará a essa realização, senão o conhecimento da Astrologia Rosacruz?

Que estupendas oportunidades essa ciência oferece àqueles que estão desejosos e prontos a auxiliar seus semelhantes. Que santa missão depara-se ante o Estudante Rosacruz. Que faremos a respeito? Estudamos egoisticamente, com o objetivo de sabermos mais do que os outros, para satisfação pessoal ou vaidade? Ou estudamos para tornarmo-nos atentos ao dever que se nos depara e a consequente responsabilidade? Se assim for, devemos nos sobrepor à vaidade, ao orgulho intelectual e as fraquezas similares, ampliando nossas Mentes à luz do amor.

O trabalho está à nossa frente. A taça das dores alheias deve ser sorvida de boa vontade, para que possamos oferecer a taça dos óleos curadores, da simpatia e da bondade. Se enfrentarmos com coragem o trabalho a ser executado, seremos recompensados com maior progresso, deveres mais superiores e maiores responsabilidades.

Os eventos da vida de Cristo-Jesus contêm os ensinamentos básicos da Astrologia Rosacruz. É o caminho de todo aquele que se esforça em tornar-se livre da dominação pela vibração astrológica. É a única via por meio da qual o ser humano livra-se das influências mundanas e torna-se acessível às influências superiores dos Astros. Esse é o Caminho da Vontade, por que é a Vontade o fator determinante. Todo mal do mundo é resultante da negação de Deus, o efeito do materialismo. Eis porque o dever de todos os Egos despertos é ajudar a melhorar essas condições pelo serviço amoroso e desinteressado, pela erradicação do mal interno, pelo encaminhamento de nossas vidas particulares a canais de reta conduta.

Todas as formas egoístas devem ser erradicadas. Não deve existir nenhuma obstrução pessoal em nosso estudo da Astrologia Rosacruz. O intelecto deve estar subordinado à auto-abnegação, à sinceridade, a lealdade de propósito.

A Ciência dos Astros ensina que o propósito da vida humana é manifestar Deus em todas as coisas, desenvolver a divindade em si mesmo. Aqueles que conhecem as verdades contidas na Astrologia Rosacruz, suas belezas e a justiça de Deus, revelando-se através de Seus “Administradores Astrais”, têm o dever de zelar para que essa ciência permaneça em seu lugar sagrado e em sua pureza original. Por ser uma ciência espiritual, procedamos para que assim permaneça.

A Astrologia Rosacruz revela o ser humano a si mesmo. Se você puder mirar todas as suas fraquezas e vícios é um ser humano de coragem! Tal é o que devemos fazer, se desejamos progredir pelo caminho da espiral que nos levará à divindade. Devemos tecer a veste da pureza e perfeição, trabalho daqueles que são conscientes do propósito da vida e já despertaram do materialismo entorpecente. Poderá ser realizado um trabalho glorioso com o auxílio da Astrologia Rosacruz – um estupendo e prazeroso trabalho. Oxalá, possamos usá-la dentro dessa finalidade brilhante.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Simbologia e Qualidades de Áries

A Época Ária pode ser dividida em três Eras, mas todas servem a Religião do Cordeiro. A primeira divisão abarca o tempo em que o Sol cruzou o Signo zodiacal de Áries, o cordeiro (Cristo), por Precessão dos Equinócios. Iniciou-se, portanto, quando o Equinócio de Março estava aparecendo aos sete graus de Áries. Os demais 23 graus de Áries (dos 8 aos 30 graus) pelos quais, o Sol por Precessão havia passado pertencem ao período do Velho Testamento, quando o povo eleito, os Judeus, estavam em cativeiro e perdido no deserto do mundo e a nova Religião Cristã não havia ainda encontrado seu lugar. Veio então o Cristo e inaugurou definitivamente o novo ensinamento. Veio, não para destruir as velhas profecias e a antiga Lei, senão para nos dar alguma coisa superior que venha complementar a velha Dispensação, quando os seres humanos hajam ultrapassado a Lei. O Signo oposto a Áries é Libra, a balança da justiça, que nos diz que na nova Religião virá um dia de juízo (Libra), quando Cristo voltar para julgar cada ser humano segundo os atos realizados na vida física.

Como Signo Cardeal ou Cardinal, Áries tem como palavra-chave: Atividade. Assim, exprime ação e iniciativa, o que está de acordo com o fato de, com a entrada do Sol em Áries, se iniciar um Ano Novo espiritual. Áries é governado por Marte, cuja característica é energia dinâmica. Tais qualidades, quando fortes num horóscopo, conferem aos nativos confiança própria, certa agressividade radical em seus pensamentos e ações – pouco dispostos a seguir opiniões alheias –, capacidade para ganhar e prodigalidade no gastar o dinheiro, energia para dirigir, mas falta de habilidade para fazer coisas originais. Radicais, dependem muito da orientação que tenham recebido na infância e juventude de seus pais, porque isso determina o rumo de sua ação para sua ruína ou elevação. Portanto, Áries marca o início de vida e por isso é o primeiro Signo do Zodíaco, o marco inicial do ano astrológico. Os sábios do antigo Egito diziam que sob os auspícios do marciano Signo de Áries, onde o Sol, o dador da vida, fica Exaltado, a vida surge, depois de um período de nove meses. Quando o místico Sol da vida passa através do úmido e frutífero Signo lunar, Câncer, o Átomo-semente do Corpo Denso do Ego é plantado. Segue-se a gestação inconsciente do embrião com o trânsito do Sol pelos Signos de Leão, Virgem e Libra. Ao entrar no segundo Signo aquoso, Escorpião, surge o primeiro sinal de vida no feto, o qual morre para a vida espiritual e é preso por Marte, então, ao Corpo Denso, através do Cordão Prateado. Depois, o Sol da vida prossegue pelos Signos de Sagitário, Capricórnio e Aquário e ao entrar no terceiro Signo aquoso, Peixes, abre as comportas (as águas da placenta) e o Ego nasce para mais um dia na escola do mundo. Durante o período gestatório, Marte deu ao corpo, especialmente em forma de hemoglobina, o ferro e pela primeira respiração começa a oxidação dessa substância para produzir o calor, sem o qual não poderia o Ego se manifestar no corpo. Este mesmo ferro é que permite a ação e desenvolvimento da consciência. Essa operação é continuada durante toda a vida e, assim, o raio marciano exerce a tarefa de suplementar o Sol na manutenção da chispa vital, até que a existência termine no Signo de Escorpião, o oitavo Signo, da morte. Ali mesmo, onde o Ego teve sua primeira manifestação de vida, ele recebe a mortal picada de Escorpião e Marte e seu amigo Saturno cortam o Cordão Prateado liberando a alma, que volta a sulcar, como a águia, os céus, em busca das esferas celestiais, seu verdadeiro lar. Esse desfecho do Ego simboliza a morte do redentor (o Sol da vida) entre os dois ladrões (Saturno e Marte).

(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – março/1964 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Transfiguração na Iniciação Cristã Mística e Cristã Ocultista

O verdadeiro Cristão Místico é facilmente distinguido. Ele jamais ocupa os seis dias da semana para se preparar para uma grande alocução para emocionar seus ouvintes no domingo, mas gasta, igualmente, todos os dias num humilde esforço de cumprir a vontade do Mestre, independentemente dos aplausos externos. Assim, inconscientemente, ele trabalha sempre em direção ao grande clímax que, na história dos mais nobres de todos os que percorreram esse caminho, é conhecido como “Transfiguração”.

A Transfiguração é um processo alquímico pelo qual o Corpo Denso, formado pela química dos processos fisiológicos, se converte na pedra viva, tal como é mencionado na Bíblia. Os alquimistas medievais, que buscavam a Pedra Filosofal, não estavam preocupados na transmutação de tais impurezas em ouro significativo, mas visavam o objetivo maior conforme narramos acima.

A umidade concentrada nas nuvens cai na terra em forma de chuva, quando suficientemente condensada e é novamente evaporada pelo calor do Sol em novas nuvens. Essa é a fórmula cósmica original.

O espírito também se condensa em matéria e se torna mineral, mas, embora seja cristalizado numa forma tão dura quanto a pedra, a vida ainda permanece, e pela alquimia da natureza, trabalhando por meio de outra corrente de vida, os constituintes minerais densos do solo são transmutados numa estrutura mais flexível no vegetal, que serve como alimento ao animal e ao ser humano. Essas substâncias se tornam corpos sencientes pela alquimia da assimilação. Quando notamos as mudanças na estrutura do corpo humano, evidenciadas pela comparação dos sãs[1], chineses, indianos, latinos, celtas e anglo-saxões, evidentemente está claro que o Corpo Denso do ser humano está, atualmente, passando por um processo de refinamento com a erradicação das substâncias mais rudimentares e grosseiras. Com o tempo, pela evolução, esse processo de espiritualização tornará nosso corpo radiante e transparente pela Luz que brilhará internamente, radiante como o rosto de Moisés, como o corpo de Buda e o de Cristo na Transfiguração. Presentemente, a luz do Espírito interno residente está efetivamente obscurecida por nosso Corpo Denso, mas podemos ter esperanças advindas da ciência da química. Não há nada na terra tão raro e precioso quanto o rádio[2], o extrato luminoso do denso mineral negro chamado pechblenda[3]; e nada há mais precioso e tão raro como o extrato do corpo humano, o Cristo radiante. Presentemente, estamos trabalhando para desenvolver o Cristo interno, mas quando o Cristo dentro de nós estiver plenamente desenvolvido, Ele brilhará através do corpo transparente como a Luz do Mundo.

É um fato anatômico, comumente conhecido, que a medula espinhal está dividida em três seções, através das quais os nervos motor, sensorial e simpático são controlados. Astrologicamente, são regidos por Marte, Mercúrio e a Lua, respectivamente, que são Hierarquias divinas que desempenham papel importante na evolução humana através dos sistemas nervosos citados. Entre os antigos alquimistas, esses eram designados pelos três elementos alquímicos: sal, enxofre e mercúrio. Entre eles, e acima deles, está colocado o Fogo Espiritual espinhal de Netuno. Ele ascende na coluna serpentina através da medula espinhal até os ventrículos do cérebro. Na grande maioria da humanidade, o Fogo Espiritual ainda é extremamente fraco. Porém, quando ocorre um despertar espiritual em alguém é como uma conversão genuína, ou melhor ainda, pelo Batismo do Cristão Místico, como uma queda constante e  intensa do Espírito vindo dos céus, que é um fato real, intensifica o Fogo Espiritual espinhal numa extensão quase inacreditável e, imediatamente, inicia um processo de regeneração, em que as substâncias grosseiras do Tríplice Corpo do ser humano são gradualmente eliminadas, tornando os veículos mais permeáveis ​​e prontamente adaptáveis aos impulsos espirituais. Quanto mais desenvolvido o processo, mais eficientes eles se tornam na “vinha do Mestre”.

O despertar espiritual que inicia esse processo de regeneração no Cristão Místico, que se purifica pela oração e pelo serviço, evidentemente, chega também para aqueles que buscam Deus por meio do conhecimento e do serviço, mas atua de forma diferente, o que é observado pelo investigador espiritual. No Cristão Místico, o Fogo Espiritual espinhal regenerador está concentrado, principalmente, no segmento lunar da medula espinhal, que governa os nervos simpáticos sob a regência de Jeová. Portanto, seu crescimento espiritual é alcançado pela fé, tão simples, infantil e inquestionável como nos dias da primitiva Atlântida, quando os seres humanos ainda não tinham Mentes. Assim, ele atrai a grande Luz da Deidade branca refletida por meio de Jeová, o Espírito Santo, e adquire toda a sabedoria do mundo, sem necessidade de trabalhar por ela intelectualmente. Isso, gradualmente, transmuta seu corpo na branca Pedra Filosofal, a alma diamante.

Por outro lado, aqueles cujas Mentes são fortes e insistentes em saber a razão do porquê de cada sentença e dogma, o Fogo Espinhal da regeneração atuará sobre os segmentos do vermelho Marte e do incolor Mercúrio, buscando infundir o desejo com a razão para purificar a antiga paixão primordial, para que se torne casta como a rosa e, assim, transmuta o corpo na alma rubi, a vermelha Pedra Filosofal, provada pelo Fogo, purificada, uma individualidade criativa em desenvolvimento.

Todos os que estão buscando o Caminho, seja pelo caminho do ocultista ou pelo do misticismo, estão tecendo o “Dourado Manto Nupcial” por esse trabalho por dentro e por fora. Em alguns, o ouro é extremamente pálido e em outros é profundamente vermelho. Mas, finalmente, quando o processo da Transfiguração tiver sido concluído, ou melhor, quando estiver próximo a isso, os extremos se fundirão e os corpos transfigurados terão uma cor equilibrada, pois o ocultista deve aprender a lição com profunda devoção, e o Cristão Místico deve aprender como adquirir conhecimento por seus próprios esforços, sem a necessidade de recorrer à fonte universal de toda a sabedoria.

Essa perspectiva nos fornece uma visão mais profunda da Transfiguração relatada nos Evangelhos. Devemos nos lembrar claramente que os veículos de Jesus foram transfigurados, temporariamente, pelo residente Espírito de Cristo. Mas, mesmo considerando a enorme potencialidade do Espírito de Cristo em efetuar a Transfiguração, é evidente que Jesus devia ser de um sublime caráter, sem igual. A Transfiguração como é vista na Memória da Natureza revela o Seu corpo com uma brancura deslumbrante, assim evidenciando a sua comunhão com o Pai, o Espírito Universal. Há uma grande diversidade em como tais resultados atualmente são alcançados, porém, no reino de Cristo, essas diferenças desaparecerão gradualmente, e uma cor uniforme, indicando tanto o conhecimento como a devoção, será alcançada por todos. Essa cor corresponderá à cor rosa, vista pelos ocultistas como o Sol Espiritual, o veículo do Pai. Quando isso for alcançado, a Transfiguração da humanidade estará completa. Então, seremos um com nosso Pai, e Seu reino terá chegado.


[1] N.T.: ou bushmen são membros de várias etnias de caçadores-coletores da África Austral, cujos territórios abrangem Botsuana, Namíbia, Angola, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul. Há uma diferença linguística significativa entre os povos que vivem nesses lugares. Eles contribuem uma riqueza de informações para os campos da antropologia e da genética. Um amplo estudo sobre a diversidade genética africana concluído em 2009 descobriu que os “sãs” estavam entre as cinco populações com os níveis mais altos medidos de diversidade genética entre as 121 populações africanas distintas amostradas. Os “sãs” são um dos catorze povos ainda existentes da chamada “população ancestral” existentes, a partir do qual todos os seres humanos modernos conhecidos descendem.

[2] N.T.: um elemento químico de símbolo Ra, número atômico 88 (88 prótons e 88 elétrons) com massa atómica [226] u, pertencente à família dos metais alcalino-terrosos, grupo 2 ou IIA da classificação periódica dos elementos. À temperatura ambiente, o rádio encontra-se no estado sólido. É um metal altamente radioativo encontrado em minerais de urânio como na pechblenda. As suas aplicações são derivadas do seu caráter radioativo. Foi usado em medicina, porém substituído por radioisótopos mais eficientes. Foi descoberto por Marie Curie e seu marido Pierre em 1898 na pechblenda/uranita.

[3] N.T.: Descoberta por Antoine Henri Becquerel, a pechblenda é uma variedade, provavelmente impura, de uraninita. Dela é retirado o urânio, que é constituinte de muitas rochas. É extraído do minério, purificado e concentrado sob a forma de um sal de cor amarela, conhecido como “yellowcake”.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Calendário: Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil–2022–Abril

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