Resposta: Sabemos que, quando no horóscopo de uma pessoa Saturno ocupa determinado grau, inserido na 1ª Casa ou 6ª Casa de outra pessoa, uma mútua interação para um fim benéfico pode não trazer vantagem alguma para ambos.
A posição de Saturno na 1ª e 6ª Casa é da maior importância em todos os relacionamentos médico (a), enfermeiro (a), psicólogo (a), psiquiatra, terapeuta ou quaisquer outros profissionais de saúde com seu paciente.
Na 1ª Casa afeta os temperamentos individuais, tendendo, muito provavelmente, a obstar qualquer progresso no relacionamento entre duas pessoas. Torna-se mesmo desaconselhável.
A 6ª Casa representa o serviço. Saturno nessa posição tenderá a impedir a prestação de serviço, seja de seja de qualquer natureza, novamente tornando pouco recomendável esse tipo de relacionamento profissional de saúde e paciente.
(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)
Quando estudamos o magnetismo, estamos lidando com uma força invisível e normalmente podemos, na melhor das hipóteses, afirmar a forma como ela se manifesta no Mundo Físico, como é o caso sempre que lidamos com qualquer força. O Mundo Físico é o mundo dos efeitos; as causas estão escondidas da nossa vista, embora estejam mais próximas do que nossas mãos ou pés. A força está ao nosso redor, é invisível e vista apenas pelos efeitos que produz.
Se pegarmos um prato com água, como ilustração, e deixá-lo congelar, veremos uma miríade de cristais de gelo, belas figuras geométricas. Essas mostram as linhas ao longo das quais a água foi congelada; são linhas de força que estavam presentes antes que água congelasse; mas eram invisíveis até que as condições apropriadas fossem fornecidas e elas se tornassem manifestas.
Da mesma forma, existem linhas de força entre os dois polos de um ímã; elas não são vistas nem sentidas até que tragamos ferro ou limalha de ferro para o lugar onde elas estão; então elas se manifestarão organizando as limalhas em um padrão ordenado. Ao criar as condições apropriadas, podemos fazer com que qualquer uma das forças da natureza mostre seus efeitos — movendo nossos carros, carregando mensagens na velocidade da luz por milhares de quilômetros etc. —, mas a força em si é sempre invisível. Sabemos que o magnetismo viaja sempre em ângulo reto em relação à corrente elétrica com a qual se manifesta; sabemos a diferença entre as manifestações da corrente elétrica e da corrente magnética, tão dependentes uma da outra, mas também nunca vemos; embora sejam os servos mais valiosos que temos hoje.
O magnetismo pode ser dividido em magnetismo “mineral” e “animal”, embora na realidade sejam apenas um; mas, o primeiro tem muito pouca influência sobre o tecido animal, enquanto o último é geralmente impotente no trabalho com minerais.
O magnetismo mineral é derivado diretamente das magnetitas, que são usadas para magnetizar o ferro; esse processo confere ao metal, assim tratado, a propriedade de atrair o ferro. Esse tipo de ímã é muito pouco usado pois seu magnetismo se esgota, porque é muito fraco em relação ao seu volume e, principalmente, porque a força magnética não pode ser controlada em um ímã chamado “permanente”.
O eletroímã também é um ímã mineral. É simplesmente um pedaço de ferro enrolado em muitas voltas de fio elétrico; a força do ímã varia conforme o número de voltas do fio e a força da corrente elétrica que passa por ele.
A eletricidade está ao nosso redor em um estado difuso, sem uso para fins industriais até que seja comprimida e forçada através de fios elétricos por poderosos eletroímãs. Devemos ter magnetismo em primeiro lugar antes que possamos obter qualquer eletricidade. Antes que um novo gerador elétrico seja iniciado, os “campos”, que nada mais são do que eletroímãs, devem ser magnetizados. Se isso não for feito, eles podem girá-lo até a rachadura da destruição, na velocidade que quiserem, e ele nunca acenderá uma única lâmpada ou moverá um grão de peso; tudo depende do magnetismo estar lá primeiro. Depois que esse magnetismo for iniciado, ele deixará um resíduo, quando o gerador for desligado, e esse chamado “magnetismo residual” será o núcleo de força a ser construído cada vez que os geradores forem reiniciados.
Todos os Corpos Densos de planta, animal e ser humano não passam de “mineral” transformado. Em primeiro lugar, todos eles vieram do Reino mineral e a análise química dos Corpos Densos das plantas, dos animais e dos seres humanos revela esse fato além de qualquer objeção. Além disso, sabemos que as plantas obtêm seu sustento do solo mineral e tanto o animal quanto o ser humano estão “comendo mineral” quando consomem plantas como alimento; mesmo quando o ser humano come os animais, ele está comendo compostos minerais e, portanto, obtém com seu alimento tanto as substâncias minerais quanto a força magnética que elas contêm.
Essa força é o que vemos se manifestando como a hemoglobina, a matéria vermelha do sangue, que atrai o oxigênio vital quando entra em contato com ele nos milhões de minúsculos capilares dos pulmões, separando-se quando passa pelos capilares, que, por todo o corpo, conectam as artérias e as veias. Por que isso é assim? Para entender devemos nos familiarizar um pouco mais com a forma como o magnetismo se manifesta nos usos industriais. Há sempre dois campos, ou um múltiplo de dois campos, em um gerador ou motor — cada campo alternativo ou ímã sendo “polo norte” e todos os outros, “polo sul”. Se desejamos operar dois ou mais geradores “em múltiplo” e forçar a eletricidade no mesmo fio, o primeiro requisito é que a corrente magnética nos ímãs do campo corra no mesmo sentido.
Se não fosse esse o caso, não correriam juntos; eles gerariam correntes indo em sentidos opostos, queimando seus fusíveis. Isso ocorreria porque os polos de um gerador, que deveriam ter atraído, repeliram ou vice-versa. O remédio é trocar as pontas do fio que magnetiza os campos; então a corrente magnética em um gerador se tornará como a corrente do outro e ambos funcionarão suavemente juntos.
Condições semelhantes prevalecem na cura magnética: um certo tom vibratório e polaridade magnética foram infundidos em cada um de nós, quando as forças astrais (do Sol, da Lua e dos Planetas) passaram por nossos Corpos (Denso, Vital e de Desejos) e pela Mente e nos deram o batismo astral, no momento em que respiramos de forma completa pela primeira vez. Isso é modificado durante nossa peregrinação pela vida, mas o impulso inicial permanece imperturbável e, portanto, o horóscopo do nascimento essencialmente retém o poder para determinar nossas simpatias e antipatias, bem como todos os outros assuntos. Mais ainda, seus pronunciamentos são mais confiáveis do que nossos gostos e desgostos conscientes.
Às vezes, podemos conhecer uma pessoa e aprender a gostar dela, embora tenhamos a sensação de que ela tem uma influência hostil sobre nós, a qual não podemos explicar e, portanto, nós nos esforçamos para deixar de lado; mas uma comparação entre o seu horóscopo e o nosso revelará a razão e se formos sábios, prestaremos atenção ao seu aviso ou, tão certo quanto os Planetas circulantes se movem em suas órbitas ao redor do Sol, viveremos para lamentar nosso desrespeito a essa caligrafia na parede.
Mas, também há muitos casos em que não sentimos a antipatia entre nós e uma determinada pessoa, embora o horóscopo a revele; se virmos os sinais, ao comparar os dois horóscopos, poderemos nos sentir inclinados a confiar em nossos sentimentos, em vez de confiar no roteiro estelar dos horóscopos. Com o tempo, isso também levará a problemas, pois a polaridade astral certamente se manifestará com o tempo, a menos que ambas as partes estejam suficientemente evoluídas para “governar suas estrelas” em grande medida.
Essas pessoas são poucas e distantes entre si em nosso atual estágio de evolução. Portanto, faremos bem se usarmos nosso conhecimento da escrita estelar para comparar nossos horóscopos com aqueles que pelo menos entram intimamente em nossas vidas. Isso pode poupar tanto a eles quanto a nós muita miséria e mágoa. Aconselhamos este curso particularmente no que diz respeito a um curandeiro e seus pacientes ou a um possível parceiro ou uma possível parceira para um relacionamento conjugal.
Quando uma pessoa está doente, a resistência está no ponto mais baixo e, por isso, ela é menos capaz de resistir às influências externas. Assim, as vibrações do curador têm efeito praticamente irrestrito e mesmo que ela possa ser animada pelo mais nobre dos motivos altruístas, desejando derramar sua própria vida em benefício do paciente, se suas “estrelas” forem adversas no nascimento, seu tom vibratório e o magnetismo tendem a ter um efeito hostil sobre o paciente. Portanto, é de primeira necessidade que qualquer curador tenha um conhecimento de Astrologia Rosacruz e da Lei da Compatibilidade, pertença ele àqueles que reconhecidamente curam por magnetismo e imposição de mãos, ou às escolas regulares de profissionais de saúde, porque também infundem suas vibrações na aura do paciente e ajudam ou atrapalham de acordo com a concordância entre a sua polaridade astral e a do paciente.
O que foi dito a respeito do curador aplica-se com força dez vezes maior ao enfermeiro e a enfermeira, pois ele ou ela está com o paciente praticamente o tempo todo e seu contato é muito mais íntimo.
Para curador, o profissional de saúde e paciente a compatibilidade é determinada pelo Signo Ascendente, pelo Planeta Saturno e pela Sexta Casa. Se os seus Signos Ascendentes concordarem em natureza, de modo que todos tenham Signos de Fogo na cúspide de primeira Casa ou todos tenham Ascendentes com Signos de Terra, de Ar ou de Água, eles serão harmoniosos, mas se o paciente tiver Ascendente com Signos de Água, um curador ou um profissional de saúde com Ascendente com Signos de Fogo têm um efeito muito prejudicial.
Também é necessário ver se Saturno, no horóscopo do curador ou do profissional de saúde, não está em um dos graus do Zodíaco dentro da sexta Casa do paciente.
No que diz respeito à relacionamentos conjugais, a polaridade astral é mostrada principalmente pela consideração da Lua e de Vênus femininos no horóscopo de um homem, pois descrevem suas atrações pelo sexo oposto; no horóscopo de uma mulher, o Sol e Marte masculinos têm um significado semelhante. Se esses Astros estiverem harmoniosamente configurados e os Signos nas cúspides da sétima Casa dos possíveis parceiros concordarem, a harmonia prevalecerá, especialmente se o Sol, Vênus ou Júpiter de uma pessoa estiver na Sétima Casa da outra. Mas se os Astros mencionados afligem um ao outro, ou as sétimas Casas das partes estão em desarmonia, ou se Saturno, Marte, Urano ou Netuno de um está em algum grau incluído na sétima Casa do outro, é a escrita óbvia indicando que a polaridade astral é desarmônica e que a tristeza está reservada para eles, se permitirem que suas emoções evanescentes os unam em um vínculo de infelicidade; pois é fácil mudar os fios do campo em dois geradores elétricos para que suas polaridades coincidam, mas é extremamente difícil inverter a polaridade astral de uma pessoa para fazê-la concordar com a recebida por outra em seu batismo astral.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)