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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

1. O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, o Hino Rosacruz de Abertura

2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina o Símbolo e a que auxilia na leitura

3. Em seguida, fixa o olhar no Símbolo Rosacruz e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

4. Todos respondem:E na vossa também.

5. Todos se sentam, menos o Oficiante.

6. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Estamos agora no Solstício de Dezembro, tempo em que a luz do Sol definha para o hemisfério norte, onde o frio e a tristeza são intensos nessa ocasião. Mas, na noite mais longa e mais escura para aquele hemisfério, o Sol retoma o seu caminho de ascensão para o norte; a Luz de Cristo de novo nasce na Terra e todo o mundo rejubila. A onda de vida e luz espiritual que será a base do crescimento e do progresso do próximo ano, atinge o máximo de sua altura e poder. A Terra está agora mais próxima do Sol e seus raios espirituais incidem em ângulo reto sobre a superfície da Terra no hemisfério norte, promovendo a espiritualidade, enquanto as atividades físicas são mantidas em expectativa, devido ao fato de os raios solares incidirem em ângulo oblíquo sobre a superfície da Terra.

É da maior importância para o Estudante esotérico conhecer e compreender as condições particularmente favoráveis que prevalecem por ocasião do Natal, mais do que em qualquer outra ocasião, de modo a poder dirigir todas as suas energias na direção espiritual, de forma a poder percorrer, com menor esforço, uma distância muito maior nessa direção.

O apóstolo deu-nos uma maravilhosa definição da Divindade quando disse que “Deus é Luz”. Por isso a palavra Luz tem sido utilizada nos Ensinamentos Rosacruzes para ilustrar a natureza divina, especialmente o mistério da Trindade na Unidade. É ensinado claramente nas Sagradas Escrituras de todos os tempos, que Deus é Um e Indivisível. Ao mesmo tempo verificamos que assim como a luz branca Una é refratada nas três cores primárias: vermelho, amarelo e azul, assim também Deus se apresenta em tríplice aspecto durante Sua manifestação, pelo exercício das três funções divinas: de Criação, Preservação e de Dissolução.

Quando Deus exerce o atributo de criação aparece como Jeová, o Espírito Santo; Ele é, então, o Senhor da Lei e da Geração e projeta a fertilidade solar diretamente através dos satélites lunares de todos os Planetas onde se torna necessário fornecer corpos para os seres evoluintes.

Quando Deus exerce o atributo de preservação com o propósito de conservar os corpos gerados por Jeová sob as Leis da Natureza, Ele aparece como o Redentor, o Cristo, e irradia os princípios do Amor e da Regeneração diretamente em qualquer Planeta onde as criaturas de Jeová requeiram este auxílio para se libertarem das malhas da mortalidade e do egoísmo, a fim de alcançar o altruísmo e a vida eterna.

Quando Deus exerce o atributo divino da dissolução, aparece como o Pai que nos chama de volta ao nosso lar celeste para assimilarmos os frutos da experiência e do crescimento anímico, por nós armazenado, durante o Dia da manifestação. Este solvente universal, o raio do Pai, emana então do Sol espiritual invisível.

Estes processos divinos de criação e nascimento, de preservação e de vida, de dissolução, morte e retorno ao Autor do nosso ser, vemos por toda a parte à nossa volta e reconhecemos o fato de que são atividades do Deus Triuno em manifestação.

Será que já imaginamos um mundo espiritual onde não existem acontecimentos definidos, onde não há condições estáticas, onde o princípio e o fim de todas as aventuras, de todos os tempos, estão presentes no eterno “Aqui” e “Agora”?

Do seio do Pai há uma permanente saída das sementes das coisas e acontecimentos que entram no reino do “tempo” e do “espaço”. Aí, elas se cristalizam, gradualmente, e se tornam inertes, sendo necessária à sua dissolução para que possam dar lugar a outras coisas e a outros acontecimentos.

Não podemos fugir dessa Lei Cósmica; ela se aplica no reino do “tempo” e do “espaço”, inclusive ao próprio raio de Cristo. Da mesma maneira que os rios, cujas águas são lançadas no oceano, se enchem novamente quando as águas do mar são evaporadas e a eles retornam como chuva, para de novo correrem para o mar, num incessante fluxo e refluxo, assim também o espírito de amor está eternamente nascendo do Pai, dia a dia, hora a hora, fluindo interminavelmente no universo solar para nos remir do mundo da matéria que nos prende nas suas garras de morte. Onda após onda é assim impelida do Sol para todos os Planetas, dirigindo ritmicamente as criaturas que neles evoluem.

Dessa maneira é, no sentido mais real e mais literal, um Cristo recém-nascido que nós saudamos em cada festa de Natal que se aproxima, e o Natal é o acontecimento anual mais vital para toda a humanidade, saibamo-lo ou não. Não é apenas a comemoração da data natalícia do nosso amado Irmão Maior Jesus, mas o advento do rejuvenescedor amor-vida do nosso Pai Celestial, por Ele enviado para livrar o mundo das garras mortais do inverno. Sem esta nova infusão de vida e de energia divina, cedo pereceríamos fisicamente, e todo o nosso progresso regular teria sido inútil, pelo menos no que se refere às nossas atuais linhas de desenvolvimento.

Infinita fonte de amor divino, o nosso Pai Celestial ama-nos, assim como um pai ama seu filho, pois, Ele conhece a nossa debilidade física e espiritual; Ele reconhece a nossa dependência. Por isso, estamos agora esperando confiantemente o nascimento místico do Cristo de outro ano, carregado com nova vida e amor, enviados pelo Pai para nos socorrer da fome física e espiritual que seria inevitável, não fora essa dádiva de amor anual.

Com tempo, todo o mundo compreenderá que “Deus é Espírito” e que em Espírito e em Verdade deverá ser adorado. Nada podemos fazer para que possamos retratá-lo, pois Ele não é semelhante a nenhuma coisa existente nem no céu nem na Terra.

Podemos ver os veículos físicos de Jeová circulando como satélites em torno de vários Planetas; podemos ver o Sol, que é o veículo visível do Cristo; mas o Sol Invisível, que é o veículo do Pai, e a origem de tudo, aparece aos maiores videntes humanos apenas como uma oitava superior da fotosfera do Sol, como um anel de luz azul-violeta, por trás do Sol.

Porém não necessitamos vê-Lo; sentimos o Seu Amor, e este sentimento nunca é tão intenso como por ocasião do Natal, quando Ele nos dá o maior de todos os presentes: o Cristo do Ano Novo.

Toda e qualquer partícula de energia física provém do Sol visível; e é do invisível Sol espiritual que obtemos toda a nossa energia espiritual. No momento presente não podemos olhar diretamente para o Sol, se assim fizéssemos ficaríamos cegos. Podemos, porém, olhar para a luz solar refletida que vem da Lua. Assim também o ser humano não pode resistir ao impulso espiritual direto vindo do Sol e por isso esse impulso tem de ser enviado por meio da Lua, pelas mãos e por intermédio de Jeová, o regente da Lua, como Religião de Raça. Somente pela Iniciação é possível chegar ao contato direto com o impulso espiritual do Sol. Um véu pendia diante do Templo.

Dessa forma, na Noite Santa a que chamamos Noite de Natal, era costume entre os “homens sábios” (os Magos) – aqueles que estavam muito na vanguarda da humanidade comum – chamar aqueles que também se preparavam para se tornar sábios e conduzi-los à Iniciação, no interior dos Templos. Levavam-se a efeito certas cerimônias e os candidatos entravam em transe. Nesse tempo não seria possível a Iniciação em estado de vigília; tinha que ser cumprida em estado de transe.

Quando a percepção espiritual despertava nos candidatos, estes podiam ver através da Terra; não viam nenhum detalhe, mas a Terra se tornava transparente e eles viam o Sol do outro lado da Terra, viam o que se chamava a “A Estrela da Meia-Noite”.

Posteriormente foi possível ao ser humano receber o impulso espiritual mais diretamente, e quando chegou a ocasião em que o Espírito de Cristo pôde ser admitido na Terra – através da nossa evolução, um Raio do Cristo Cósmico veio até nós e se encarnou no corpo do nosso Irmão Maior Jesus. Foi assim que veio o Espírito de Cristo, o ponto de partida do impulso espiritual direto.

Exotericamente o Sol tem sido considerado desde tempos imemoráveis como o doador de vida, porque a multidão era incapaz de ver a grande verdade espiritual existente por trás desse símbolo material. No entanto, para além daqueles que adoravam o corpo celeste que viam com os olhos físicos, havia também, e ainda hoje há, uma pequena, porém crescente minoria, um sacerdócio consagrado mais pelas ações retas do que pelo ritual, que via e vê as verdades espirituais, essas verdades sob a forma de cerimonial, cerimonial esse que mudava de acordo com o tempo e com o povo a que era destinado. Para esses, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Sol Místico da Meia-Noite que penetra nosso Planeta no Solstício de Dezembro e logo começa a irradiar, do centro do nosso globo, a Vida, a Luz e o Amor, os três atributos divinos. Estes raios de força e de esplendor espiritual enchem nosso globo com luz celestial que envolve todas as criaturas sobre a Terra, da menor à maior, indistintamente.

Nesta Noite Santa da qual acabamos de falar, quando o Cristo nasce, como um Sol, para iluminar a nossa escuridão, a influência espiritual é mais forte e pode ser atingida com muito maior facilidade. Esta é a grande verdade encoberta pela Estrela da Noite Santa, que iluminava a noite mais escura e comprida do ano – para o hemisfério norte (Esta noite mais escura e mais longa simboliza também o desesperado estado de alma daquele que procura a Iniciação).

Quando o Cristo aqui chegou, alterou as vibrações da Terra e desde então continua a alterá-las constantemente. Cristo rasgou o “Véu do Templo”. Ele tornou o Santo dos Santos – o lugar da Iniciação – acessível a “todo aquele que quiser”.

Desde então não houve mais necessidade de transe; não é mais necessário provocar estados subjetivos com o propósito de conseguir a Iniciação. Todo aquele que quiser penetrar no Templo para se iniciar, fá-lo-á em estado consciente.

Na Ordem Rosacruz, os nove Mistérios Menores, ou Iniciações Menores, se referem somente à evolução da humanidade durante o Período Terrestre; o quinto grau desses Mistérios conduz o candidato ao final do Período Terrestre quando a humanidade gloriosa estará assimilando os frutos desse Período, retirando-os dos sete Globos nos quais evoluímos durante cada dia de manifestação, para transportá-los ao primeiro dos cinco globos obscuros que constituem nossa vivenda durante a Noite Cósmica. Depois de ter visto o fim, no quinto grau, o candidato é informado sobre os meios pelos quais este final será atingido no decorrer das três Revoluções e meia que faltam para se completar o Período Terrestre; os quatro graus restantes são dedicados à iluminação do candidato a esse respeito. O nono ou último desses graus é atingido nos Solstícios de Junho e de Dezembro, tendo o candidato, por essa ocasião, obtido acesso a todas as camadas ou estratos da Terra.

Este é o grande destino que está reservado a cada um de nós. Disse o Cristo aos Seus discípulos: “Aquele que crer em Mim, fará as coisas que eu faço… e ainda maiores”. É um fato sublime sermos nós Cristos em formação; quanto mais cedo nos convencermos que devemos dar nascimento ao Cristo Interno antes de podermos ver o Cristo exterior, mais depressa chegará o dia da nossa iluminação espiritual. Cada um de nós será, oportunamente, conduzido pela Estrela até ao Cristo, mas é necessário acentuar que não seremos conduzidos a um Cristo exterior, mas ao Cristo que está no Interior.

“Embora Cristo possa nascer mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma continuará extraviada”.

Entremos, agora, em silêncio e, por alguns instantes, concentremo-nos sobre o Amor Divino e o Serviço.

7. O período de concentração deve se prolongar por uns 5 minutos

8. Terminada a concentração, o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz e acende as luzes

9.   O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem o Hino Rosacruz de Encerramento

10. O Oficiante profere a seguinte exortação de despedida:

“E agora, queridos irmãos e irmãs, que vamos partir de volta ao mundo material levemos a firme resolução de expressar, em nossas vidas diárias, os elevados ideais de espiritualidade que aqui recebemos, para que dia a dia nos tornemos melhores homens e mulheres, e mais dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, a Serviço da Humanidade”.

“QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ”

11. Apaga-se a luz do Templo

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Lenda da Poinsétia

Quando o Santo carregava a cruz na subida íngreme do Gólgota, o chão estava acarpetado de branco com sua beleza. Elas se aglomeraram amorosamente ao redor de Seus pés machucados, como se de bom grado pudessem consertar os pregos cruéis e a coroa de espinhos. Silenciosamente, suas faces brancas assistiam o apelo mudo da encenação da Crucificação. As frágeis pétalas estremeceram em compaixão com os tremores cósmicos que ocorreram quando o Espírito Mestre rompeu seu cativeiro de carne. Enquanto o sangue escorria devido a perfuração dos pregos e da coroa de espinhos, uma gota sagrada caiu profundamente no coração de uma pequena flor branca. Lá está aninhado. Quase imperceptivelmente, as pétalas se curvaram sob a homenagem; então suavemente, gentilmente elas flamearam em carmesim. Por todo o coração da Terra, essa força foi sentida, resultando em que, onde quer que essas flores místicas florescessem, elas mudariam de branco puro para vermelho-sangue. Mais detalhes? Leia aqui: A Lenda da Poinsétia

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ritual do Serviço da Véspera de Natal – Noite Santa

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço de Véspera de Natal – Noite Santa

  1. O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, o Hino Rosacruz de Abertura.
  2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina o Símbolo e a que auxilia na leitura.
  3. Em seguida, fixa o olhar no Símbolo Rosacruz e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

  1. Todos respondem: “E na vossa também.
  2. Todos se sentam, menos o Oficiante.
  3. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Uma vez mais, no transcurso de um ano, encontramo-nos na véspera de Natal, o acontecimento mais importante para a humanidade. Evocando solenemente esta noite memorável, leiamos o relato da Anunciação e do Nascimento, tal como exposto no primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas e no segundo capítulo do Evangelho de São Mateus, em nossa Bíblia Sagrada, que nos foram dadas pelos Anjos do Destino:

E foi enviado por Deus o Anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria. E, entrando o Anjo onde ela estava, disse-lhe: ‘Deus te salve, cheia de graça, o Senhor é contigo: Bendita és tu entre as mulheres.’. Ela, tendo ouvido estas coisas, turbou-se com suas palavras e discorria pensativa que saudação seria esta. E o Anjo disse-lhe: ‘Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. E este será grande, e será chamado FILHO DO ALTÍSSIMO, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu Pai Davi, e reinará eternamente na casa de Jacó; e o seu reino não terá fim’. E Maria disse ao Anjo: ‘Como se fará isso, pois, eu não conheço varão?’. E respondendo o Anjo disse-lhe: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra e por isso mesmo o Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus’.” (Lc 1:26-36).

Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, reinando o rei Herodes, eis que uns sábios chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: ‘Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque vimos a Sua Estrela no Oriente e viemos adora-lo’. E, ouvindo isto, o rei Herodes turbou-se e toda a cidade de Jerusalém com ele. E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes, estes o disseram: ‘Em Belém de Judá, porque foi escrito pelo profeta: e tu, Belém, Terra de Judá, não és a mínima entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que há de comandar Israel, meu povo’. Então, Herodes, tendo chamado secretamente os sábios, inquiriu deles cuidadosamente que tempo havia que lhes tinham aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide e informai-vos bem acerca do menino e, quando o encontrardes, comunicai-mo a fim de que eu também o vá adorar’. E eles, tendo ouvido estas palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo a estrela ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram presentes de ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho a seu país.” (Mt 2:1-2; 12).

Aprendemos, através dos ensinamentos dos Irmãos Maiores da Rosacruz, que os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, formam os pontos de transição na vida do Grande Espírito da Terra, um Raio do Cristo Cósmico, que veio ajudar a humanidade a substituir a Lei pelo Amor. Ele tomou os Corpos Denso e Vital de Jesus e apareceu como homem entre os homens, para demonstrar que somente através de um trabalho interno é possível superar a separatista religião de raça e estabelecer a Fraternidade Universal.

Em Setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a resplandecer nos céus e a se espalhar por todo o universo solar. Gradualmente, essa luz aumenta em intensidade, envolvendo totalmente o nosso globo. Pouco a pouco vai penetrando em nosso Planeta, até concentrar-se no centro da Terra. Na Noite Santa, quando o Signo zodiacal da Virgem Celestial Imaculada se coloca sobre o horizonte oriental, essa luz alcança seu menor comprimento e seu máximo de poder e resplendor. Começa a irradiar, então, seu concentrado raio luminoso, infundindo vida nova a Terra e assegurando, deste modo, as atividades da Natureza para o ano seguinte. Este é o princípio do grande drama cósmico que se realiza todos os anos, de Dezembro à Março.

Sendo assim, o Natal não é meramente a comemoração do nascimento de nosso amado Irmão Maior, Jesus de Nazaré, senão também o advento do influxo rejuvenescedor, de amor e de vida, de nosso Pai Celestial, enviado por Ele para redimir o mundo do jugo da morte invernal. Sem este novo influxo de vida e energia divinas, nós logo pereceríamos fisicamente e nosso processo de evolução atual seria frustrado, no que concerne a atual linha de desenvolvimento. Agora é quando a Terra se encontra mais próxima do Sol. Os raios espirituais caem em ângulo reto sobre a superfície da Terra no Hemisfério Norte, promovendo espiritualidade, ao mesmo tempo em que as atividades físicas se mantêm latentes, devido ao ângulo oblíquo com que os raios solares incidem na superfície da Terra, naquele Hemisfério. O decaimento das atividades físicas cede lugar a um poderoso fluxo das forças espirituais que alcançam o ponto máximo na noite de 24 para 25 de dezembro. Daí que a noite de Natal seja chamada “Noite mais Santa” do ano.

Por outro lado, não devemos esquecer que o nascimento de Cristo na Terra é ao mesmo tempo a morte de Cristo para a glória dos céus; este é o tempo que nós regozijamos pelo Seu retorno anual, onde Ele toma sobre si a pesada carga física, que nós cristalizamos sobre nós mesmos e que, presentemente, é a nossa morada: a Terra. Nesse corpo pesado Ele é incrustado e, ansiosamente, Ele espera pelo dia de Sua final libertação.

Qual deverá ser, pois, a maior aspiração do devoto e iluminado Aspirante, já consciente da grandiosidade do sacrifício de Cristo, da magnitude desta graça conferida por Deus à humanidade, na época presente do ano? Que percebe que este sacrifício de Cristo é por nossa causa, sujeitando-Se a uma morte virtual, para que possamos viver? Seu maravilhoso Amor está sendo derramado sobre a Terra inteira, nesse momento! Será, certamente, o anseio de imitar, embora dentro de suas limitadas proporções, as portentosas obras de Deus; a aspiração de converter-se, mais do que nunca, em servidor da Cruz; o de seguir mais de perto o Cristo em tudo se sacrificando pelas suas irmãs e irmãos, buscando elevar a todos os seus semelhantes em seu imediato círculo de relações, a fim de antecipar o dia da libertação final. Se trabalharmos sinceramente em nossa própria esfera, não importa onde ela possa estar, então veremos o maravilhoso crescimento anímico que poderá ser alcançado; e todos podem ver que a luz de Natal, a luz do Cristo recém-nascido, brilhando dentro de nossa esfera de ação.

As vibrações espirituais são mais intensas à meia noite da Noite Santa. Nessa noite é mais fácil obter um contato consciente com o Sol espiritual e a retrospecção e as resoluções para o novo ano são mais eficazes.

Vamos unir nossos esforços espirituais concentrados de aspiração e oração para o crescimento individual e coletivo da alma a fim de termos um ano espiritualmente produtivo.

Queridos Irmãs e Irmãos:

Esforcemo-nos por alcançar, durante o próximo ano, um maior grau de semelhança com Cristo, maior do que já alcançamos. Busquemos viver de tal modo que, ao transcorrer novo ano, vejamos a Luz do Natal e escutemos dentro de nós o tanger dos sinos evocando nossa presença ao Serviço da Noite Santa e sintamos que nossa vida tem realmente sido frutífera a serviço de Cristo.

Entremos agora em SILÊNCIO e, por alguns instantes concentremo-nos sobre este tema: NASCIMENTO ESPIRITUAL POR MEIO DO SERVIÇO A CRISTO.

  1. Em torno de 5 minutos
  2. Terminada a Concentração, o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz e acende as luzes
  3. O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem o Hino Rosacruz de Encerramento
  4. O Oficiante profere a seguinte exortação de despedida:

E agora, queridas Irmãs e Irmãos, retiremo-nos silenciosamente, falando apenas o que seja absolutamente necessário, e de novo meditemos sobre estas coisas, consagrando nossas vidas e tomando resoluções para um novo ano espiritualmente produtivo de modo que a cada dia nós possamos, como indivíduos e como uma Fraternidade, tornarmo-nos dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes da obra benfeitora dos Irmãos Maiores a serviço da humanidade.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

  1. Apaga-se a luz do Templo

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)

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