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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Correlação da Música com os três Aspectos do Deus Solar

Vejamos a tabela abaixo e note a relação entre: Elementos da Música, Triplicidade de Deus (Santíssima Trindade), Aspectos ou Atribuições de Deus e a principal Expressão de cada Atribuição:

Elementos da MúsicaTriplicidade de DeusAspectos de DeusExpressão
1 – MelodiaPaiVontadeInteligência
2 – HarmoniaCristoAmorSentimento
3 – RitmoJeováAtividadeMovimento

A melodia, o mais elevado poder da música, inclui razão, intelecto e julgamento. Quando a harmonia e o ritmo se unem e se divorciam da melodia, temos uma sucessão de tons não dirigidos pela inteligência, que despertam os sentimentos (harmonia) e se expressam em uma série de movimentos (moções) giratórios, fora da realidade e sensuais. Isso pode levar à forma mais baixa de excessos emocionais (atividade), alguns dos quais o regente de banda de jazz, Benny Goodman[1], descrevia como o tipo de indivíduo que chuta o que encontra pela frente; o tipo valentão que arremessa garrafas, que grita, que parece ter a doença de São Vito[2]; quando os pés sapateiam fora do tempo e os braços se sacodem com o ritmo, girando como um moinho de vento em um furacão; e a histeria das massas, um tipo de pesadelo – e tudo como reação da música que está sendo tocada em algumas de nossas escolas, na maioria das vezes em lugares públicos e universalmente nos salões de dança.

Exatamente aqui se situa a forma de música enervante (que reduz o vigor da força mental ou moral) mencionada por Platão, como um perigo para o futuro de qualquer nação. O Sr. Goodman mencionava, particularmente, como quando Ziggy Elman[3], ao soprar em seu trompete “uma nota aguda e prolongada que penetrava na pessoa, lhe arrepiando a espinha”, fazia os dançarinos perderem o autocontrole, e quando Gene Krupa[4] produzia uma série de notas em sua bateria, semelhantes a uma metralhadora, eles agitavam seus olhos esbugalhados e começavam a sacudir freneticamente a cabeça e os braços.

Do ponto de vista físico, há um grande perigo em tocar uma nota prolongada e aguda em um instrumento.

Cada pessoa tem sua própria nota-chave localizada na parte inferior detrás da cabeça, na base do cérebro. Se essa nota for tocada lenta e calmamente, ela construirá e descansará o Corpo, tonificará os nervos e restaurará a saúde. Se, por outro lado, se esta nota-chave for tocada de uma maneira dominante, barulhenta e prolongada, ela matará, do mesmo modo que uma bala disparada de uma arma; portanto, em uma multidão, existe sempre o perigo de ser tocada uma nota aguda, dominante e prolongada em qualquer instrumento; e o contínuo ruído das explosões de jazz nos tímpanos das crianças, provavelmente, desenvolverá uma raça de neuróticos.

Notemos que a chamada música “jazz” é uma profanação da força de Cristo (harmonia) e da egoística energia criadora (ritmo). A primeira profanação da força Jeovística ocorreu durante a Época Lemúrica e é designada como a “Queda do Homem”. Esse desvio do caminho da evolução, projetada e apresentada por Jeová foi causado pelos Espíritos Lucíferos (prestemos atenção) que se revelam e evoluem por meio da intensidade do sentimento. A natureza de uma emoção não lhes é tão essencial como a intensidade, de acordo com seu propósito. Portanto, eles excitam as paixões humanas de natureza inferior, que são mais intensas em nosso estágio atual de evolução do que os sentimentos de alegria e amor.

Consequentemente, esses seres não hesitam em profanar ambas as forças de Deus, do amor (Cristo) e as da vida (Jeová), para realizar seus propósitos. Eles são hábeis ao apresentarem, inteligentemente, discórdias dissimuladas em nossa música, e enfatizando-as com instrumentos de sons altos e barulhentos como corneta, trompete, trombone, saxofone, bateria e outros. Quando conseguem introduzi-las, vemos sua influência nefasta se manifestando em todos os lugares. Em nossa literatura, encontramos essas dissonâncias mostradas nas formas de sexo e em todos os tipos criminosos de histórias excitantes; na pintura, em figuras distorcidas e grotescas de todos os tipos; na escultura, a nudez desnecessária retratando toda sorte de incongruências. A beleza, habilidade artística e estética, em todos os lugares induzindo para o mau gosto e indo para o lado grosseiro – muitas vezes se aproximando da verdadeira vulgaridade, na forma mais baixa de indecência.

À medida que a visão espiritual do ser humano se torna mais clara e sua vontade individual mais forte, ele vai, gradualmente, se libertando da influência dos Espíritos Lucíferos e se alinhando com a força de Cristo, que é o Amor. Então, a Vontade (melodia) e o Amor (harmonia) desenvolverão a Atividade (ritmo), um novo poder (Epigênese), cuja força promoverá o progresso espiritual do ser humano com uma rapidez até agora desconhecida. Os Espíritos Lucíferos percebem que a humanidade, por meio do poder combinado da Vontade e do Amor, será capaz de se libertar de suas influências e do seu controle parcial.

Eles sabem, também, que o corpo do ser humano é construído e sustentado pelo poder da música. Agora, se os seres humanos podem perverter essa música até ao ponto em que desordene seu Corpo Denso por meio do sistema nervoso, não sendo mais capaz de obter a quantidade necessária da essência da Alma Consciente para desenvolver seu poder de vontade, esses seres podem continuar a retê-lo em parcial servidão e usá-lo para seu próprio benefício; e isso é, exatamente, o que eles têm feito. Esses seres não têm qualquer desejo de prejudicar a humanidade, mas como precisam dos corpos dos seres humanos para trabalhar, não pretendem liberá-los enquanto necessitarem desses veículos e tiverem o poder de dominá-los. Aqueles que aceitam a chamada nova “música” e permitem que ela penetre neles, são os que terão seu desenvolvimento espiritual atrasado.

Aqueles que se recusam a aceitá-la e permanecem fora de sua influência, o quanto for possível, terão seu progresso espiritual pouco ou nada prejudicado. Os que são responsáveis pela produção dessa chamada “música”, e aqueles cujos nervos se tornaram irremediavelmente alterados por ouvi-la, serão permitidos a irem para a guerra como soldados e enfermeiras a fim de serem afastados das atuais condições terrestres e lhes dar uma oportunidade futura para recomeçar a vida em um ambiente melhor. Os Espíritos Lucíferos, através da desobediência absoluta ao plano cósmico, malograram enormemente seu Esquema de Evolução, e agora estão aproveitando todos os meios possíveis para reaver seu estado perdido.

Toda essa informação foi dada à humanidade por meio dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, e uma libertação do domínio de Lúcifer é oferecida a todos por meio do desenvolvimento do poder de amor de Cristo e de sua união com a vontade do Pai, ambos encontrados, como réplica, em toda a humanidade. Relembremos que o “Conceito Rosacruz do Cosmos”, o livro dado à humanidade pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz que, dirigidos pelo Arcanjo Cristo, estão incumbidos da atual evolução da humanidade, e este livro foi miraculosamente espalhado pelo mundo, e que está disponível para todos que estejam prontos para receber as verdades reveladas nele.

A Vontade melódica do Pai, unindo-se com o Amor harmônico do Cristo tem o poder de produzir uma ativa vibração rítmica, cuja força não pode ser detida e nem seu objetivo desviado, pois é essa mesma energia manifestada pelo Deus de nosso Sistema Solar que trouxe tudo o que “É” como criação, e tem o poder de levar tudo ao Caos a qualquer momento que Ele o desejar. Portanto, é absolutamente impossível para qualquer das criações de Deus, das mais avançadas em Suas Ondas de Vida até as mais jovens em evolução, definitivamente frustrar o pleno desenvolvimento de Seus planos, pois eles são tão eternos e inabaláveis em Seus processos como o é Deus em Si mesmo.

É possível, no entanto, que membros de uma determinada Onda de Vida, ou mesmo indivíduos dela, se rebelem e, consequentemente, frustrem seu próprio progresso evolutivo, apesar de toda a assistência que lhes está sendo dispensada por aqueles que são mais sábios e mais avançados que essa Onda de Vida. Em tais casos, os responsáveis por essa evolução, às vezes, permitem que esses seres prossigam e destruam seus próprios corpos físicos por sua própria desobediência, causada pela própria ignorância dos resultados benéficos obtidos por meio da administração divina; tudo isso acontece para que possam retornar à Terra em uma data futura, sob uma influência melhor e um ambiente mais aperfeiçoado, isento de todo ódio e do desejo de destruir seus semelhantes. Essas mudanças são realizadas no Purgatório[5], por agentes benfeitores, purificadores e ativos.

Quando uma Onda de Vida, uma nação, uma comunidade ou mesmo um indivíduo se esforçam ao máximo para seguir o exemplo do Cristo, manifestando Seus preceitos em suas vidas diárias, todos podem ficar certos de que as coisas necessárias para ajudar no seu próprio desenvolvimento, sejam, aparentemente boas ou más, virão até eles. Se as lições são aprendidas e praticadas corretamente resultarão em um bem inestimável e num efeito benéfico, não só para si próprio como também para as pessoas que se relacionam nas suas vidas diárias.

Todas as condições no mundo de hoje estão sendo levadas a mudanças enormes, tão grandes em sua magnitude que quase não podem ser concebidas por nossa atual consciência limitada. Mais duas sub-Raças vão evoluir e cada uma irá trilhar seu próprio percurso, que será curto; os preparativos já começaram para o desenvolvimento dos precursores da sexta grande Raça, cujo aumento de consciência, desenvolvimento físico e mental, e surpreendentes realizações espirituais os colocarão na dianteira dos super-seres humanos da Terra. Então, um grande continente certamente emergirá do leito do Oceano Pacífico, cuja vastidão, beleza tropical e abundância material que não podem ser concebidas e nem imaginadas pelo atual ser humano mortal.

Como existe uma razão definida entre a quantidade de terra e de água a ser mantida para que a Terra preserve seu equilíbrio gravitacional, será necessário que certa quantidade de terra imerja no oceano para equilibrar o que emergiu dele. Essa terra levará consigo muitos de seus habitantes, que se envolveram na materialidade e tal método terá que ser aplicado para quebrar essa condição cristalizada e adaptar o ser humano para um crescimento futuro. No entanto, nada é perdido no Reino de Deus. Os atrasados e mesmo fracassados poderão retornar, pois tão generoso é o Criador que, na plenitude do tempo, Ele reúne até mesmo aqueles desafortunados e os ajuda a começar, novamente, em um ambiente apropriado sob a direção de grandes Seres que, com infinita paciência tomaram a seu cargo a tarefa hercúlea de redimir e reconstruir aquilo que parecia estar perdido.

Antes de prosseguirmos, é conveniente explicar algo do processo de criação em relação ao nosso Sistema Solar, como foi revelado pela Ordem Rosacruz, que diz o seguinte: o Deus do nosso Sistema Solar criou sete regiões distintas, nas quais Ele está conduzindo a evolução de todas as coisas criadas por Ele. Os nomes dessas regiões (dito Mundos), começando com os primeiros desenvolvidos são: o Mundo de Deus, o Mundo das Espíritos Virginais, o Mundo do Espírito Divino, o Mundo do Espírito de Vida, o Mundo do Pensamento, o Mundo do Desejo e o Mundo Físico. O Mundo do Pensamento é dividido em duas partes: Região do Pensamento Abstrato e Região do Pensamento Concreto. O Mundo Físico também tem duas divisões: Região Etérica e Região Química.

O Deus do nosso Sistema Solar cria Ondas de Vida que consistem em um incontável número de Espíritos Virginais e classificados por Ele de acordo com a época em que foram criadas. O nome da primeira Onda de Vida criada por Ele é Áries, a segunda Touro, a terceira Gêmeos, a quarta Câncer, a quinta Leão, a sexta Virgem, a sétima Libra, a oitava Escorpião, a nona Sagitário, a décima Capricórnio, a décima primeira Aquário, e a décima segunda Peixes. Esses mesmos nomes são, também, usados no Zodíaco, mas se referem a um esquema de criação totalmente diferente. As mencionadas Ondas de Vida dos seres estão espalhadas pelos sete Mundos. A décima segunda Onda de Vida, a Pisciana, é composta da nossa atual humanidade, e quando habitam os Corpos Densos se encontram no Região Química do Mundo Físico. O tempo necessário para prosseguir o trabalho de certas fases da evolução é dividido em Períodos: o Período de Saturno, seguido do Período Solar, Período Lunar, Período Terrestre, Período de Júpiter, Período de Vênus, e por último, o Período de Vulcano, que é seguido por uma Noite Cósmica de repouso.


[1] N.T.: Benjamin “Benny” David Goodman (1909-1986) foi um clarinetista e músico de jazz norte-americano.

[2] N.T.: Coreia reumática de Sydenham (do grego khorea, dança) ou a dança de São Vito é um distúrbio neurológico que afeta a coordenação motora de 20 a 40% dos portadores de febre reumática; mais frequente entre meninas e/ou crianças e adolescentes.

[3] N.T.: Harry Aaron Finkelman (1914-1968), mais conhecido pelo nome artístico Ziggy Elman, era um trompetista de jazz americano, associado a Benny Goodman, embora também liderasse seu próprio grupo conhecido como Ziggy Elman e Sua Orquestra.

[4] N.T.: Gene Krupa (1909-1973) foi um influente baterista de jazz e compositor estadunidense, famoso por seu estilo enérgico e extravagante.

[5] N.T.: Localizada nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo.

(leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sublimação – Falemos sobre o conceito esotérico: Harmonia

Sublimação – Falemos sobre o conceito esotérico: Harmonia

Todos nós já passamos pela experiência de adentrar um recinto onde tudo aparentava a mais perfeita paz. Sentíamos, porém, que as coisas não eram exatamente como pareciam: o ambiente estava realmente carregado de tensões encobertas. Se há desacordo ou ressentimento no coração das pessoas, o disfarce de pequenas frases amáveis não pode ser qualificado de harmonia. A harmonia não é ausência de qualquer coisa; é, sim, a presença do amor.

Ao examinarmos a vida de Cristo-Jesus, vivenciaremos um exemplo de harmonia. Ao procurarmos as fontes dessa harmonia, encontramos uma constante atmosfera, um contato permanente com o Pai, o que Lhe permitia afirmar: “Eu e o Pai somos Um”. São Paulo apóstolo também nos recomendou a orar sem cessar. Começamos a compreender a necessidade de uma disciplina e integração internas, uma incessante abertura do canal espiritual que somos para a Grande Influência Superior.

Na literatura Rosacruz há constantes citações da chamada “harmonia das esferas”. E quando logramos uma pálida noção do mundo em que vivemos, concordamos em que qualquer falta de harmonia em nosso Universo seria, humanamente falando, desastrosa.

Tal harmonia deve ser produzida por uma Fonte Perfeita, porque aqui, mesmo aqui, podemos aplicar o axioma hermético “assim como é no macrocosmos é também no microcosmos”, válido para os nossos corpos finitos que são universos em miniatura.

Desvinculados do emaranhado de nossas mesquinhas “preocupações” do mundo, podemos mergulhar realmente no Grande Desconhecido de que fazemos parte: o “habitat da harmonia”. Examinando o movimento dos astros em suas órbitas, convencer-nos-emos de que tão somente uma total e absoluta harmonia poderia ter produzido as galáxias, onde tudo se movimenta a velocidades incríveis, numa perfeita sincronização. Não necessitamos de grande imaginação para vislumbrar o caos total se houvesse ausência de harmonia na “sinfonia das esferas”.
A Palavra Criadora é uma palavra harmoniosa. E como a Terra deve considerar-se afortunada pelo fato de nossas palavras ainda não terem adquirido essa magnitude de poder. Podemos nos impacientar com a lentidão do nosso progresso espiritual, porém, entendemos porque o Amor Cósmico nos está protegendo de nós mesmos, até aprendermos a manter uma harmonia interna, como aparentamos exteriormente.

(Traduzido de Rays From The Rose Cross e publicado na Revista Serviço Rosacruz de 8/77)

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A Sombra de Sibila – Palavra-chave: Harmonia

A Sombra de Sibila
Palavra-chave: Harmonia

O vento bramia e bramia lá fora, carregando as folhas num rodopio folgazão. Depois, parou por um instante. O Sol brilhou por entre os ramos das árvores e, passando alegremente através da vidraça de uma janela, envolveu uma garotinha que estava quietamente sentada, mergulhada em profundos pensamentos. Ela estava tentando encontrar a resposta para uma pergunta que a atormentava, mas isso era realmente muito para ela.

Por que o zunir do vento se parecia tanto com ela? Mas ela sabia que não era exatamente como o vento, troando, sempre provocando problemas de alguma forma, arrancando folhas das árvores ou jogando poeira nos olhos das pessoas, incomodando-as. Ela sabia que era Sibila, assim era seu nome, e assim todos a chamavam. Mas também não era Sibila! Quem era então? Pensava, pensava muito, mas não conseguia descobrir. Parou de pensar por uns instantes e ficou ouvindo a música suave vinda da sala ao lado, onde sua mãe estava tocando. Sempre que sua mãe tocava peças que a faziam sonhar, parecia que quase chegava, a saber, quem ela era. A suavidade da música lançou um encanto sobre ela que não percebeu quando sua mãe parou de tocar e aproximou-se dela.

O céu estava com um vermelho glorioso e as nuvens eram cor-de-rosa e lindas, enquanto o Sol se punha. Sibila contemplava tudo isso e sentia-se maravilhada com a beleza daquele outro mundo.

Sua mãe, ouvindo-a suspirar, tomou-a nos seus braços e perguntou-lhe suavemente:
– Que a atormenta tanto, Sibila? Conte-me e talvez eu possa ajudá-la.

Sibila abriu seu coraçãozinho para sua sábia mãe:

– Mamãe querida, por que tenho de voltar diariamente a este mundo de faz-de-conta? É tão mais bonito o outro mundo em que vivo parte do tempo. Lá sou feliz e me divirto tanto! Lá eu sou tão diferente – nem um pouco como sou agora. E eu tenho tantos companheiros queridos naquele outro mundo. A música é maravilhosa e a luz torna as cores mais bonitas! Nós dançamos, cantamos e somos tão felizes. E, então, um Anjo vem, sorri para nós e ficamos tão contentes, mas quando estou aqui, sou muito diferente. Quero ser alegre, mas sou tão triste. Quero ser boa e, no entanto sou má. Por quê? Por que, Mamãe querida, tem de ser assim? Será que sou duas; esta eu, e aquela, outro eu que vive numa linda terra tão distante?

– Você é uma só, Sibila, respondeu a mãe, assim como há somente um Eu. Cada um de nós é uma centelha de luz de Deus, e nosso verdadeiro lar é no mundo celestial. Nós todos temos que aprender muitas lições para que possamos ajudar a Deus em Sua grande obra.

Temos que aprender muitas dessas lições aqui na Terra e essa é a razão pela qual vivemos em nossos corpos todos os dias e fazemos o que precisamos fazer. À noite, porém, podemos deixar nossos corpos descansando e ir para o mundo celestial, onde estamos no nosso verdadeiro lar. Quando acordamos de manhã e nos lembramos daquele mundo maravilhoso não podemos deixar de pensar que a Terra, às vezes, não é um lugar tão agradável.

Queremos ser bons, mas nem sempre é fácil ser bom aqui na Terra. Temos que tentar da melhor maneira possível e lembrar-nos sempre que somos centelhas da luz de Deus e que estamos vivendo na Terra para evoluirmos, procurando ser cada vez melhores. Assim, aprenderemos nossas lições aqui e, à noite, seremos capazes também de visitar o mundo celestial para fortificar-nos na fonte divina.

Os olhos de Sibila foram se tornando cada vez mais brilhantes, enquanto ouvia sua querida mãe. Sabia agora que o motivo de toda sua aflição era porque não tinha pensado de maneira correta. De agora em diante, iria lembrar-se sempre quem eIa era, qual o verdadeiro sentido da vida, tentando aprender direitinho suas lições aqui na Terra.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

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