Pergunta: Ouvimos falar de almas novas. No entanto, todas não tiveram início nessa vida terrena ao mesmo tempo; ou algumas procederam de uma onda de vida anterior?
Resposta: A explicação detalhada para essa pergunta importante é fornecida no Conceito Rosacruz do Cosmos, particularmente no Capítulo IX, onde se lê sobre atrasados e recém-chegados; contudo, podemos dizer brevemente que a onda de vida humana, agora em evolução na Terra, compreenda bilhões de Espíritos Virginais. Sempre há uma quantidade desses renascidos aqui no Mundo Físico e outro tanto evoluindo nos Mundos invisíveis. Em certos períodos do nosso desenvolvimento 50% habitam a Terra revestidos de seus Corpos Densos e terrenos. Relembramos também que, além desses, que pertencem unicamente ao raio terreno, há outras hostes habitando Marte, Mercúrio, Vênus e os demais Planetas. No entanto, o total do vasto grupo de Espíritos Virginais que, agora, está evoluindo no nosso Sistema Solar, iniciou sua evolução no Período de Saturno, em uma existência semelhante à da onda de vida mineral. Entretanto, as diferenças logo se evidenciaram; alguns se revelaram mais adaptáveis e diligentes que outros e é evidente que esses progrediram mais rapidamente no caminho do que os seus irmãos que se tornaram, por isso, os atrasados. À medida que avançamos ao longo do curso evolucionário, o número de pioneiros se reduziu cada vez mais e o grupo dos atrasados aumentou proporcionalmente. Atualmente, encontramos os pioneiros da onda de vida humana evoluindo na Terra, no lado ocidental do Planeta, renascidos em corpos vivendo deste lado, e nos referimos a eles como sendo almas mais velhas, porque têm mais experiência, enquanto os irmãos e irmãs que renascem e vivem no lado oriental do Planeta, podem ser chamadas de almas mais novas, por terem menos experiência e desenvolvimento.
Devemos notar, contudo, que essa é apenas uma regra geral. Há muitas almas jovens que foram atraídas para o ocidente por laços de bondade e serviço ou ódio e desejo de vingança relacionados a vidas passadas. Também encontramos almas velhas no lado oriental e aí nasceram para ajudá-los a se elevarem a um nível superior; portanto, a cor da pele não é uma indicação da idade alma, da mesma forma que a cor da capa de um livro não revela a sua natureza. Assim, devemos compreender que os termos “povos mais ou menos desenvolvidos” e “almas mais velhas ou mais novas” não devem, de forma alguma, ser considerados um reflexo ou uma indicação de superioridade ou inferioridade. Os Senhores de Vênus e os Senhores de Mercúrio, que nos ajudaram em nossa evolução, são também Espíritos pertencentes à nossa onda de vida e eles evoluíram tão incomensuravelmente além da nossa presente condição que podem olhar para nós como um jovem amadurecido observa seus irmãos menores.
(Pergunta nº 34 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. 2)
Pergunta: Lemos sobre almas novas e almas velhas. Não nos iniciamos todos nesta vida terrena ao mesmo tempo, ou alguns já vieram para cá em uma onda de vida anterior? Não são os de cor branca da mesma idade anímica?
Resposta: Começamos ao mesmo tempo como Espíritos Virginais, em nossa peregrinação evolutiva; entretanto, desde o início alguns adaptaram-se mais ao ambiente. Portanto, desde os primórdios, alguns atrasaram-se nessa escola da vida, da mesma forma que acontece atualmente com as crianças, em nossas escolas. Alguns são mais precoces que outros, e estes, naturalmente, são mais capazes de passar, na escola da vida, pelas fases da evolução, atingindo um grau de consciência mais elevado.
Assim, a onda de vida que hoje é humana dividiu-se automaticamente em várias classes que agora conhecemos como raças branca, negra, vermelha e amarela; os mais atrasados da escola são atualmente os antropoides superiores (bonobos, chimpanzés, orangotangos e gorilas). Por outro lado, há os que se revelaram particularmente precoces e galgaram mais degraus, em termos de evolução, do que a maior parte da humanidade. São pouquíssimos, comparativamente falando; no entanto, encontramo-los entre os Iniciados, Adeptos e os Irmãos Maiores da humanidade, que estão no topo da escada da onda de vida humana. Por conseguinte, é certo que todos nós estamos percorrendo a estrada da evolução no mesmo período de tempo, mas alguns foram mais adaptáveis, mais diligentes. Consequentemente, acumularam para si mais experiência. É isso que constitui realmente a idade da alma, de forma que aqueles que alcançaram maior conhecimento podem ser chamados “almas velhas”, enquanto aqueles que estão atrás são, falando em termos comparativos, “almas novas”. Os Espíritos que habitam os antropoides podem ser considerados “sem alma”.
(Pergunta nº 35 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2)
Os Mundos: formação de um “Cosmos”
Comparemos a escolha da porção do espaço para a criação de um Sistema Solar com a construção de uma casa.
Escolhe-se o terreno, faz-se o projeto adequado para os espaços, colocam-se móveis e objetos necessários aos que nela habitarão.
Assim também, Deus escolhe um lugar no espaço, preenche-o com sua “Aura” e compenetra cada Átomo da “Substância Raiz Cósmica” desse espaço com Sua vida.
O Espírito Universal Absoluto cria através de dois Polos: do Polo Negativo (expresso pela Substância Raiz Cósmica) ; e do Polo Positivo (que faz parte Dele mesmo).
Portanto, tudo no Mundo é espaço cristalizado através desses dois Polos.
As formas são, assim, cristalizações em torno do Polo Negativo (Substância Raiz Cósmica).
Sobre a matéria que será constituída, Deus atrai sua esfera imediata, tornando-a mais densa que o espaço exterior (entre os Sistemas Solares). A seguir, organiza essa esfera com Sua Consciência, diversificando cada parte dessa esfera, na qual a Substância Raiz Cósmica é posta em vibração a diversos graus, e assim fica diferenciado cada setor da esfera.
Da mesma forma que dividimos os ambientes de uma casa, para cada função da vida dos moradores, assim os diversos Mundos são projetados e adaptados para cada propósito do esquema evolutivo.
Existem sete Mundos, cada qual com um grau diferente de vibração. Como exemplo, podemos citar a extrema rapidez do Mundo do Desejo (o mais próximo do Mundo Físico).
Esses Mundos não estão como os Planetas, separados no Espaço; eles são estados de matéria, com variadas densidades e vibrações.
Também não são criados ou aniquilados em um único Dia de Manifestação. Deus vai diferenciando em Si mesmo, um Mundo após o outro, conforme as necessidades da evolução.
Portanto, todos os sete Mundos vão se diferenciando gradualmente uns dos outros.
Os Mundos Superiores são criados em primeiro lugar, e durante a Involução – quando a Vida que evoluciona habitando esses Mundos e aprendendo as lições que necessitam em um processo de evolução – vão se condensando gradualmente; então Deus vai diferenciando novos Mundos (O elo entre Ele e os Mundos que se consolidam). No tempo adequado, esses Mundos chegam ao mais denso em materialidade, e a vida, que está evoluindo usando esses Mundos como campos de evolução, começa então a ascender para os Mundos mais sutis.
Os Mundos mais densos vão se despovoando, e, quando não têm mais serventia, Deus retira deles a atividade que os trouxeram à existência.
Assim, os Mundos Superiores são os primeiros a serem criados, e os últimos a serem aniquilados.
De onde se conclui que os três Mundos mais densos em que, atualmente, nós, onda de vida humana dos Espíritos Virginais, estamos evoluindo, quais sejam, o Mundo Físico, o Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento, são, na verdade, extremamente fugazes no processo evolutivo.
QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ!
A Interpretação Esotérica da Parábola do Semeador
Nesta parábola, Cristo Jesus referiu-se não apenas às verdades espirituais que a humanidade em geral tinha tal necessidade no tempo de Seu ministério de três anos, mas também descreveu diferentes tipos de pessoas e suas reações a Seus ensinamentos. A atitude das três primeiras classes que Ele descreve explica o fato de que uma parte tão grande da humanidade estava no ponto de retrocesso quando o Raio de Cristo veio à Terra como seu Espírito planetário residente.
Havia então, como agora, muitas pessoas que fizeram tão pouco esforço e progresso ao longo das linhas espirituais que não entendem quando alguém fala com elas sobre as leis espirituais subjacentes à existência. Desde o tempo, Éons e Éons atrás, que os Espíritos Virginais foram diferenciados dentro de Deus e começaram a mergulhar na matéria, muitos exerceram seus poderes divinos tão ligeiramente e se tornaram tão emaranhados na materialidade que perderam a percepção de serem seres espirituais e responde pouco à voz do Eu Superior. As forças subversivas estão em ação constante para liderar essa classe, que constitui aqueles que “receberam semente no esquecimento”, longe das influências edificantes que poderiam colocá-los entre os mais avançados.
Há outro tipo de pessoas que são instáveis, não tendo a fixidez de propósito ou força de caráter para manter os ensinamentos espirituais e padronizar suas vidas por eles, mesmo que possam aceitar as verdades quando ouvidas. Eles ouvem livremente todos os ensinamentos que podem ser promulgados, mas não discriminam e fazem de suas concepções intelectuais uma parte de sua base para a vida diária. Eles não permitem que a “palavra” forme “raiz” em seus seres e, portanto, constituem um “terreno pedregoso”, onde a “semente” desaparece.
Uma terceira classe de pessoas tornou-se tão absorta em suas buscas materiais e desejos egoístas que eles não permitem que um conhecimento das verdades espirituais interfira em sua maneira sensual de existir. Eles vivem em suas emoções e desejos: comendo, bebendo e se divertindo. Suas casas e terras, seus “gastos e gastos”, suas vaidades pessoais, etc., ocupam seu tempo e seus pensamentos. Os “espinhos”, ou natureza inferior, sufocam a “semente” e impedem seu crescimento. Felizmente, há ainda outro tipo de ser humano, como referido na parábola: aqueles que “ouvem a palavra”. Estes são aqueles que ouvem a voz do Eu Superior, o Cristo interior, e se esforçam para viver de acordo com a parábola, ou seja, de acordo com as verdades espirituais dadas à humanidade, como um padrão para o progresso pelos nossos Irmãos Maiores. Suas vidas diárias estão cheias de pensamentos e atos de amor e serviço para com os outros, em emulação de Cristo Jesus, o ideal para a humanidade presente. Assim, eles se preparam para a Nova Era alimentando a “semente” até que ela cresça e floresça em um glorioso e luminoso fruto: a vestimenta do Casamento de Ouro, ou Corpo-Alma, a evidência do Cristo interior.
(Publicado na Rays from the Rose Cross Magazine, February, 1975 e traduzido pelo Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil)
Pergunta: Qual a razão do grande crescimento populacional de nosso Planeta nos últimos 100 anos? Suponho que um certo número de Espíritos Virginais entrou neste plano de evolução durante o Período de Saturno, percorrendo a sua senda evolutiva através dos Períodos Solar e Lunar até os dias de hoje. Tem-se a impressão que um aumento populacional não é tão necessário assim no presente momento. Muitos recém-nascidos aumentam a carga das responsabilidades para famílias de baixo nível socioeconômico, pois não poderão receber uma educação adequada. Na índia, por exemplo, a tônica constante é de quase inanição. Tenta-se corrigir a situação mediante o uso de contraceptivos e abortos, dois meios errados, na minha opinião. Qual seria então o ponto de vista Rosacruz?
Resposta: Respondendo à primeira parte de sua pergunta, devemos apontar, de conformidade com O Conceito Rosacruz do Cosmos, que “a questão populacional não é regida inteiramente por pessoas, ou leis promulgadas por seres humanos. As Hierarquias Divinas que governam a nossa evolução planejam esse setor para o maior bem comum dos seres evolutivos. Assim sendo, o número das populações está mais a critério das Hierarquias do que da humanidade” (Livro: “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas”, Vol. 2). Esse livro nos informa que “há cerca de 60 bilhões de espíritos em nossa onda de vida, passando pelo ciclo de vidas e mortes, vivendo, dessa forma, uma parte do tempo no Mundo visível e outra parte no Mundo invisível. No ano em que o livro acima citado estava sendo escrito (1918), existiam “somente quinze centenas de milhões de espíritos encarnados na Terra. É o ponto mais baixo do diagrama populacional e isso acontece, geralmente nos fins de ciclo”.
A revista Rays de julho de 1916, p. 78, informa que “a onda de vida humana agora em evolução na Terra corresponde a mais ou menos 6 bilhões de espíritos”.
“No presente momento, estão encarnados na Terra aproximadamente 15 centenas de milhões, pelo que podemos concluir que três quartos da onda de vida humana se encontram nos Mundos invisíveis”. Em certos períodos de nosso desenvolvimento, uma percentagem de até cinquenta por cento vivem encarnados, na Terra.
Devemos lembrar que existem, além desses Espíritos Virginais (que pertencem ao raio evolutivo da Terra exclusivamente), outras ondas de vida evoluindo em Marte, Mercúrio, Vênus e nos outros Planetas. Porém, toda a grande onda de Espíritos Virginais que está evoluindo agora, no quadro de nosso Sistema Solar, iniciou a sua evolução no Período de Saturno ao mesmo tempo, tendo então um estado de consciência similar ao mineral de hoje. Logo apareceram diferenças, sendo que alguns eram de natureza mais adaptável, tendo assim maiores facilidades evolutivas, cujas qualidades lhes permitiram um progresso mais rápido do que o dos seus irmãos que ficaram para trás”.
O prezado consulente sabe, certamente, conforme os Ensinamentos de Sabedoria Ocidental, que a experiência “é o objetivo principal da vida, juntamente com o desenvolvimento da Vontade”. Assim sendo, quanto mais vezes renascemos na Terra, mais experiências ganhamos e mais oportunidades recebemos para lograr o nosso progresso. Poderemos concluir assim que, realmente, não é uma questão de quantos Egos são “necessários”. A meta principal é providenciar experiências na Terra ao maior número de Egos permitido pelas circunstâncias.
Tudo isso é dirigido por aqueles grandes Seres, os Anjos do Destino.
Você também tem razão em pensar que os contraceptivos e os abortos não representam a solução adequada ao problema populacional. A resposta adequada e final se encontra no desenvolvimento do espírito humano até ao ponto de poder controlar os desejos inferiores. Temos mais literatura a respeito e à sua disposição.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de 1/75)