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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Regeneração Espiritual – o Relato de uma Experiência de uma Pessoa

Algumas Religiões julgam que a Bíblia condena a Astrologia, mas isso, além de um engano, é uma interpretação incorreta. O que a Bíblia realmente condena é o mau uso da Astrologia e o culto das estrelas e dos Astros. Os povos que viveram no tempo do Antigo Testamento adoravam ídolos de madeira e de pedra, e, muitos deles, veneravam as estrelas e os Astros. Adoração por alguém ou por alguma coisa que não seja o Criador é idolatria e, por isso, corretamente condenado.

As estrelas e os Astros foram colocados nas suas posições de acordo com o desejo e o propósito de Deus, assim como seguem e estão seguros em seus cursos por Seu Poder. Podemos calcular e saber onde esses Astros estarão daqui a muitos anos, porque eles não se desviam de seus cursos. No livro do Eclesiastes 3:2 lemos: “Um tempo para nascer, um tempo para morrer, um tempo para plantar, um tempo para colher”. Isso parece-nos suficientemente claro, indicando que um indivíduo nasce no momento certo, num lugar certo, por uma determinação e um propósito, e não por acaso.

O horóscopo mostra-nos esse propósito, assim como a indicação geral das prováveis circunstâncias que surgirão no decorrer de uma vida. O propósito da Astrologia Rosacruz é fornecer orientação para nos ajudar a aprender as lições que escolhemos, no Terceiro Céu, aprender aqui de modo que nascendo no tempo, no lugar e entre pessoas que nos fornecerão as oportunidades para as nossas experiências, que precisamos para o nosso desenvolvimento, sem ativar as doenças e enfermidades que também escolhemos para, uma vez que não queremos aprender pelo amor, sigamos o caminho da dor e do sofrimento, que advém das doenças físicas, emocionais e mentais.

E, nesse sentido, o estudo da Bíblia é fundamental para nos orientar no caminho e na finalidade da nossa existência. Fomos criados à imagem de Deus, somos uma parte integrante d’Ele e temos em nós todas as potências divinas. Descemos na matéria para desenvolvermos todos os nossos poderes através de contínuas experiências até alcançarmos e, então, desfrutar do nosso destino glorioso. No entanto, fomos tentados (pelos Espíritos Lucíferos) a desenvolver as Leis de Deus (pecado) e, em consequência, tivemos que sofrer a doença e a morte.

Do começo ao fim da Bíblia, há dois temas constantes: a constatação do pecado e como podemos nos redimir dele. É pena que a maior parte de nós julgue o pecado como alguma coisa de aparência só externa, como o homicídio, o roubo, o adultério. Na realidade, a manifestação de uma desobediência à Lei de Deus é resultado de uma desarmonia interior e é necessário, nesse caso, uma análise muito mais profunda.

Essa desarmonia interna é consequência de atitudes como o egoísmo, ressentimento, ódio, ciúme, luxúria e desejos, sentimentos e emoções afins. Se o pecado é incompatível com Deus e Suas leis, é incompatível com o nosso semelhante. Essas desarmonias, muitas vezes, causam sentimentos profundos de culpa que agem através do subconsciente até o Corpo Denso, causando posteriores doenças e enfermidades. As palavras-chave do lado adverso dos Astros no nosso Sistema Solar mostram essas coisas. Vamos a alguns exemplos.

Plutão tem entre suas palavras-chave: pecado, culpa, a Mente subconsciente, o submundo mental, forças no plano interno e oculto que ainda não foram redimidas, crimes etc. Por isso, quando nós reprimimos ou interiorizamos nossos sentimentos de culpa, sérios conflitos e tensões podem surgir. No seu lado positivo, Plutão representa a necessidade de renovação, transformação, regeneração espiritual, purificação e liberação. As forças plutonianas mostram que há um caminho para libertar os complexos de pecado-culpa. Isso é possível mediante a experiência, a vivência espiritual e o resultado dessas será a conquista da paz interna.

O papel de Saturno no plano da vida é mostrar onde nos desviamos e nos disciplinar nas áreas onde precisamos ter força e firmeza e conduzirmo-nos da desobediência para o arrependimento e, em consequência, para a obediência.

Ambos, Saturno e Plutão, pode dizer-se, são Planetas do destino; através deles somos forçados a aprender nossas lições pela disciplina e sofrimento. Somos forçados a colher o que semeamos. Se não fosse por sofrimentos ou circunstâncias adversas (usualmente mostrados por Plutão e Saturno), nós continuaríamos no nosso caminho, cometendo sempre e novamente os mesmos erros, não parando para pensar; do contrário estaríamos indo pelo caminho errado.

Netuno é outro Planeta ligado com o subconsciente e regiões ocultas de nossas vidas. Conflitos internos e complexos psicológicos estão muitas vezes ligados a profundos sentimentos de culpa e, como Netuno rege a Glândula Pineal, culpas recalcadas podem causar um desequilíbrio nas funções dessa Glândula, resultando distúrbios psíquicos. Da mesma forma, Netuno está ligado ao progresso espiritual, sensibilidade para forças e revelações espirituais. Isso tudo mostra como a culpa pode ser erradicada e os problemas psicológicos desaparecerem.

Urano desempenha um papel importante trazendo, por vezes, crises de natureza espiritual, quando está com Aspectos adversos (Conjunção, Quadratura e Oposição) com Netuno e Plutão. Sob Aspectos benéficos (Sextil e Trígono) é possível acontecerem revelações espirituais que mudarão ou transformarão, para melhor, a vida de uma pessoa. Urano rege a intuição, o altruísmo e as descobertas, e pode ser um fator importantíssimo ao proporcionar uma transformação espiritual quando a pessoa está consciente dos problemas que terá de enfrentar no caminho do progresso.

O horóscopo mostra as imperfeições individuais, faltas, os pontos fracos de saúde, assim como a parte agradável e forte do caráter. O andamento dos Astros no Zodíaco indica períodos em que a pessoa “nada de acordo com a corrente”, e faz progresso ou “enfrenta a corrente”, e progride ainda mais.

Vamos detalhar o horóscopo de uma pessoa que quando fez 15 anos, o Sol progredido atingiu um Sextil com Netuno natal. A tendência era a pessoa ter uma experiência de uma conversão espiritual.

Mas, ela ficou muito perturbada, porque foi ensinada sobre a “doutrina dos tormentos e do fogo eterno” para aqueles menos afortunados que não fizessem o bastante para obter a “salvação”. Por outro lado, achou impossível conciliar a “doutrina do castigo externo” com o Deus de amor e justiça, e isso a levou a se perguntar por que uma pessoa deveria ser relegada a esse tormento eterno, depois de ter vivido uma média de somente 70 anos. Mesmo as pessoas mais insensíveis acharão essa punição muito injusta.

Nesse horóscopo Saturno estava com Aspectos adversos no Signo de Peixes, e isso proporcionava a essa pessoa medos, ansiedades, preocupações e conflitos de inferioridade e autocondenação. E esses sentimentos estavam enfatizados pelo fato de que Saturno, Regente da 12ª Casa onde estão as coisas ocultas e o subconsciente. Júpiter, governando a Religião, estava em Quadratura em trânsito com Saturno e Netuno e exatamente no meio, entre os dois, a Religião representava para essa pessoa uma fonte de tensões e conflitos, e isso a levou a ter medo da morte e do que aconteceria do outro lado, além da sepultura. Marte estava em Quadratura com Saturno, o que causava a essa pessoa sentimentos de mágoa e ressentimentos contra as adversidades da vida, de tal forma que ela achava impossível conciliar injustiças, sofrimentos e maldades que presenciava no mundo, com o tipo de Plano Divino para os seres humanos na Terra. E tudo isso a levou a não ter um propósito nem um sentido no viver. Essa pessoa ainda não tinha se decidido a respeito da Lei do Renascimento, mesmo que essa posição pudesse responder a ela muitas perguntas. Ou seja, tudo isso a levava a ter dificuldades para acalmar os sentimentos fortes de revolta contra as aparentes injustiças da vida. Urano regia o Ascendente dela, que estava num Signo Fixo, em Quadratura com a Lua que também estava num Signo Fixo.

Com Saturno em Peixes, que regia 12ª Casa, com Aspectos adversos proporcionava a ela muitos dos conflitos internos que causaram males sobre o Corpo Denso. Repare o estranho paradoxo que, enquanto a pessoa sentia que as coisas não estavam bem dentro dela e o horóscopo dela mostrava exatamente isso, ela não conseguia se decidir a admitir esses mesmos problemas. Ela escolhia só ter consciência dos sentimentos negativos dela, os quais afloravam de tempos em tempos a este mesmo nível de consciência, juntamente com a necessidade e carência de paz interior.

Uma manhã, em torno das 4 horas da madrugada, a pessoa estava totalmente acordada e ouviu uma voz interior que lhe falava distinta e claramente dos ressentimentos que ela abrigava há tantos anos dentro dela como a principal razão da incapacidade dela de alcançar uma paz interior. Ouvindo isso ela compreendeu que esses sentimentos só poderiam ser dominados de uma maneira espiritual e que ela, sozinha, não poderia nunca os retirar dela mesma. Conseguiu entender que o pecado tem raízes mais profundas internamente e não se localiza só nas aparências. Quando finalmente admitiu e sentiu que essas coisas eram verdades, um imenso sentimento de amor e ternura a envolveu. Mediante muita oração e confissões a Deus, conseguiu se livrar dos sentimentos negativos e, em consequência, alcançou a almejada paz interior e, também, um grande entendimento. Entendeu que quando se vive uma grande experiência de amor com Deus, como ela teve, se livrou de todos os complexos psicológicos, de todos os conflitos íntimos.

Tomou conhecimento da conexão bem-marcada com o Signo de Libra, regido por Vênus, o Planeta do amor, da harmonia, do equilíbrio e da paz. Libra simboliza a paz celestial, quando experimentada, o relacionamento pleno com Deus; e, também, e em consequência traz harmonia e um bom relacionamento com outra pessoa (7ª Casa regida por Libra, oposta a Áries, regente de si mesmo). Descobriu que todos os ressentimentos que tinha contra os outros desapareceram com essa experiência.

Três semanas mais tarde, ao amanhecer, teve outra experiência. Estava rezando, com os olhos fechados, quando uma luz brilhante a envolveu e um sentimento maravilhoso de amor se apossou dela e fluiu através dela. Sentiu um sentimento indescritível, mas nos dias que se seguiram ela permanecia nessa alegria extática, que fluía continuamente nela.

Uma terceira experiência ocorreu com ela numa manhã, um mês após. Parecia que ela estava andando por uma estrada e se aproximando de uma bifurcação; resolveu entrar pelo caminho que não era a estrada principal. Andou até ao fim dessa estrada e então caiu num buraco muito fundo. Tentou sair do buraco, escalando pelas paredes, mas elas eram íngremes e escarpadas, e a pessoa escorregava. Sentia, então, na consciência dela, que o buraco, o precipício representava a escravidão do pecado, que a puxava para baixo e que sozinha não podia se salvar. Ajoelhou-se, rezou profundamente e implorou a Deus pela salvação dela.

Uma voz veio do alto até ela: “Melhora, progride! Segura forte o que vou jogar e só então eu vou tirar-te daí”. Uma grande cruz desceu até ela e enquanto ela a segurava, abraçado na parte inferior da cruz, alguma coisa desceu também sobre ela. Sentia-se limpa, assim como limpo ficou também todo o ambiente que a cercava.

A cruz foi içada e a pessoa seguiu agarrada a ela, e então foi colocada na estrada certa. Ela olhava ao redor e via um caminho glorioso que levava para diante e para cima até a Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Então entendeu que o futuro seria pleno de alegria e glória.

A quarta experiência aconteceu com ela duas semanas mais tarde. Acordou pela manhã com uma sensação maravilhosa do amor de Deus e uma voz interior lhe falou: “Você pode se entregar confiantemente a Cristo”.

Ela sabia que precisava se entregar completamente a Ele e, então, resolveu fazê-lo, na entrega total de si mesmo. Uma luz brilhante a rodeou e se surpreendeu dirigindo palavras de amor e louvor a Deus.

Era como se uma fonte de amor estivesse jorrando dentro dela. A brilhante luz branca, pura como um cristal branco, se tornou cada vez mais brilhante, foi crescendo em brilho e ela sentiu a mais profunda paz, sentimento esse que jamais havia experimentado em toda a vida dela. Ondas e ondas de amor fluíam sobre, dentro e através dela. Era como uma imersão, de todo o seu ser, no amor.

A única palavra que podia usar para descrever essa sensação era ÊXTASE.

É significativo constatar que, durante os meses que a pessoa teve essas experiências espirituais, todos os Astros espirituais estavam fortemente com Aspectos no horóscopo dela. O mais notável Aspecto durante o trânsito era o de Plutão na 8ª Casa, em Paralelo exato com Urano natal. Plutão significa: regeneração espiritual, redenção de pecado, liberação e purificação; e Urano é o Planeta das crises. Outro trânsito importante era Júpiter sobre o Ascendente, Saturno em Quadratura com Netuno e depois em Oposição a Júpiter; mais tarde Netuno estava na 10ª Casa exatamente em Trígono com a Lua Natal e Urano estava Paralelo com Netuno natal (Saturno é uma influência tipo Netuno, desde que é nativo em Peixes e regendo a 12ª Casa). A forte ênfase de Netuno indica experiências espirituais de natureza estática, envolvendo grande poder espiritual.

O horóscopo fornece a indicação geral das circunstâncias da vida, no entanto, Aspectos envolvendo Astros espirituais não significam que um indivíduo vá ser beneficiado – cada um tem a liberdade de escolha.

Se uma pessoa responde de uma maneira negativa, ele ou ela estarão em pior situação do que antes, porque rejeitaram verdades espirituais. Se responderem positivamente, construtivamente, muito progresso espiritual chegará a eles. As Escrituras – a Bíblia – nos dizem que Deus vela por todos os filhos d’Ele, igualmente, mas que a todos são dadas oportunidades, e em todos os momentos da vida, de responder ao amor e à misericórdia de Deus, nosso Criador.

Para aqueles que sabiamente respondem a Ele haverá a recompensa de grande paz e alegria, assim como o enriquecimento da Personalidade e do caráter, até alcançarem e se integrarem na perfeita “imagem de Deus”.

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross – publicado na Revista Serviço Rosacruz – novembro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida

A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida

Vejam essa estória já famosa:

“Jerry era um tipo de pessoa que vocês iriam adorar. Ele sempre estava de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava para ele: ‘Como vai você?’, ele respondia: ‘Melhor que isso, só dois disso!’.

Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, por quem todos os garçons seguiam seu exemplo. A razão disso era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry prontamente estava lá, contando ao mesmo como olhar para lado positivo da situação.

Seu estilo de ser realmente deixava-me curioso. Por isso, um dia perguntei para Jerry: ‘Eu não acredito! Você não pode ser positivo o tempo todo. Como você consegue?’. Ele respondeu: ‘Toda manhã eu acordo e digo para mim mesmo: Jerry você tem duas escolhas hoje. Escolher entre:

  • estar de alto astral ou
  • estar de baixo astral

Então escolho estar de alto astral. A todo o momento que acontece alguma coisa desagradável, posso escolher:
– ser vítima da situação ou
– aprender algo com isso

Eu escolho aprender algo com isso.

A todo o momento que alguém vem reclamar da vida comigo, posso escolher:

  • aceitar a reclamação ou
  • apontar o lado positivo da vida para a pessoa.

Eu escolho apontar o lado positivo.’.

Então eu argumentei: ‘’Tá certo! Mas não é tão fácil assim!’. ‘É fácil sim’, disse Jerry. ‘A vida consiste em escolhas. Quando você tira todos os detalhes e enxuga a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas irão afetar o seu astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso. Em suma: você escolhe como viver a sua vida!’.

Eu refleti sobre o que Jerry disse. Algum tempo depois eu deixei o restaurante para abrir meu próprio negócio. Nós perdemos o contato, mas frequentemente, sempre que tinha que tomar uma decisão, eu pensava nele. Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer tratando-se restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta e foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão estava trêmula e errou a combinação para abertura. Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte Jerry foi encontrado relativamente rápido e foi levado às pressas ao pronto socorro local. Depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo. Eu me encontrei com Jerry seis meses após o acidente. Quando eu perguntei: ‘Como vai você?’. Ele respondeu: ‘Melhor que isso, só dois disso! Quer ver minhas cicatrizes?’.

Enquanto eu olhava as cicatrizes, eu perguntei o que passou pela mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. ‘A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos…’, ele respondeu. ‘Então, depois quando eu estava baleado no chão, eu lembrei que eu tinha duas escolhas ou podia escolher:

  • viver ou
  • morrer

Eu escolhi viver. ‘Eu perguntei: ‘Você não ficou com medo? Você não perdeu os sentidos?’. Jerry continuou: ‘Os paramédicos eram ótimos; eles ficaram o tempo todo me dizendo que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas quando eles me levaram de maca para a sala de emergência e eu via as expressões nos rostos dos médicos e enfermeiras, eu fiquei com medo.’. Nos seus olhos eu lia: ‘Ele é um homem morto.’. ‘Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa.’.

‘O que você fez?’, eu perguntei.

‘Bem, havia uma mulher grande e forte me fazendo perguntas. Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi que sim. Então eles pararam imediatamente para que eu continuasse minha resposta. Eu respirei fundo e respondi que era alérgico a balas…’.

Enquanto eles riam, eu disse: ‘Estou escolhendo viver; me operem como se estivesse vivo, não morto!’.

Jerry sobreviveu graças à experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular.

Eu aprendi com ele que todos os dias temos que escolher:

  • viver a vida na sua plenitude,
  • viver por completo.

A partir de então acho que atitude é tudo.”.

***

Esse livre arbítrio conquistado por cada um de nós, Egos – Espíritos Virginais da onda de vida humana manifestados –, é o grande propulsor da nossa Evolução. A vontade de melhorar sempre nos inclina a alterar as matérias: física, etérica, de desejos e mental continuamente, buscando aprender, com nossas experiências, como melhor utilizá-las. Isso implica numa mudança contínua da constituição dos nossos veículos: Corpo Denso, Vital, de Desejos e da Mente.

Aos poucos vamos tomando decisões corretas em todos os desafios que são colocados para nós. E isso reflete em alterações nas matérias que constituem nossos veículos. Temos que ter a consciência que nossa vida na Terra é um tempo de semear e que colheremos os frutos na nossa vida após a morte material. Com isso, nossas decisões devem estar em harmonia com esse objetivo. Como, então, devemos decidir qual o modo melhor de semear?

A situação em si, pouco importa. O que importa é a atitude. Se nos apercebermos, tal situação se repete através de infinitos matizes para inúmeras pessoas. Afinal, como lemos em Eclesiastes Capítulo 1 versículos de 9 a 11: “O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: nada há de novo debaixo do Sol. Mesmo que se afirme: ‘Olha: isto é novo’, eis que já aconteceu em outros tempos, muito antes de nós. Não ficou memória dos antepassados, Nem dos vindouros ficará lembrança para os que vierem depois”.

Além do mais, quer saibamos ou não, cada ato das nossas vidas apressa ou prolonga o fim dessa nossa existência terrestre, na medida em que a nossa atitude esteja ou não em harmonia com a lei. Se as decisões que tomamos nos levam para caminhos inadequados ao crescimento da nossa alma, nossa vida discordante destruirá o arquétipo.

Esse arquétipo nós mesmos construímos no Mundo do Pensamento, como molde vivente de tudo aquilo que escolhemos aprender nessa existência.

Enquanto estamos dispostos a aprender o que escolhemos, ou seja: nos dedicarmos sinceramente ao propósito da nossa existência, que é a aquisição de experiências, o nosso arquétipo vibrará harmoniosamente, reforçando as suas imagens:

Aumenta, assim, a vida desses veículos e, portanto, a nossa existência aqui. Se temos a plena consciência de que aqui é o tempo para semear o máximo possível para que colhamos o máximo possível na nossa existência após a morte física, então, nos esforçaremos o máximo para prolongar a nossa existência aqui, pois cada ano acrescentado de vida aumenta enormemente o nosso tesouro celestial.

Os anos adicionados darão mais tempo para o cultivo da Alma, e o fruto dos últimos anos poderá, facilmente, superar os colhidos na primeira parte da vida. Agora, para que façamos isso de modo mais eficiente possível, é indispensável cuidarmos dos nossos veículos com o maior zelo possível:

  • Para a Mente, alimentos superiores, como pensamentos e ideias altruístas, construtivas e ordenadas, conhecimento aplicado, domínio próprio e decisões harmonizadas com a lei;
  • Ao Corpo de Desejos, alimentos superiores, como desejos, emoções e sentimentos altruístas, edificantes, virtuosos, forças construtivas, entusiasmos, paciência, tolerância e afins;
  • Ao Corpo Vital, alimentos superiores, como repetição de coisas boas, formação de bons hábitos, amor, estabilidade e equilíbrio e afins;
  • Ao Corpo Denso, alimentos que supram as reais necessidades físicas, proteínas, vitaminas, sais minerais, compostos de fibras, grãos, frutas, legumes, verduras, muita água; praticando exercícios físicos, equilibrando todos os nove sistemas que compõe o nosso Corpo Denso.

De modo a chegarmos a idades avançadas com veículos que ainda sejam eficazes para adquirir as experiências que se apresentarem.

Por fim, resta-nos a pergunta: Como saber quando semear? Ou em outras palavras: Como alcançar o máximo grau de realização nessa existência, de modo que quando terminar possamos aproveitar o máximo de todas as oportunidades que nos foram apresentadas?

Os Astros e os Signos relatam a história. Elas mostram nossas faculdades e o momento mais propício, tanto para plantar as sementes da Alma como para auxiliar e curar todas as nossas enfermidades. Por isso, a Fraternidade Rosacruz tem muito empenho no estudo da Astrologia Rosacruz. O conhecimento dessa escrita astral é a força para melhor agir, e assim obter um maior crescimento anímico, da Alma.

Utilizando a Astrologia Rosacruz como orientação para as nossas vidas, podemos deixar de nos arrastar pela corrente da vida governando conscientemente o fluxo e refluxo da matéria, dentro e fora do nosso ser. Deixaremos de ser joguetes das circunstâncias. Só assim viveremos na consciência solar, determinando nossas experiências pela radiação do nosso próprio centro, e não pela resposta aos impulsos e tendências externas, sejam dos nossos planetas no nosso tema, seja advinda das circunstâncias.

Afinal, como lemos numa oração bem antiga, que devemos sempre repetir quando notamos estarmos sendo levados pela corrente da vida:

Eu não sou meu Corpo Físico, senão o Ego que o usa.

Eu não sou meus desejos, senão o Ego que os controla.

Eu não sou meus pensamentos, senão o Ego que os cria.

Essas coisas não são senão expressões temporais de mim, o Eu Eterno.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Getsemani de Cada Um de Nós

Imaginem um lugar bem antigo onde existia um moinho, pessoas que trabalhavam nele, os moeiros, onde existiam guardas que guardavam uma casa.

Lembra-te do teu Criador, nos dias da juventude, antes que cheguem os dias nefastos e se aproximem os anos dos quais dirás: ‘Não gosto deles! ‘

Antes que se obscureçam a luz do sol, a lua e as estrelas, e voltem às nuvens depois da chuva!

– Naquele dia os guardas da casa começarão a tremer, e os homens robustos a se encurvar; os moleiros, por serem poucos, cessarão de moer, e ficarão embaciados os que olham pelas janelas; as portas sobre a rua se fecharão, e diminuirá o ruído do moinho até tornar-se como o pipiar de um pássaro e extinguir-se o som das canções; haverá medo das alturas e sobressaltos no caminho plano; a amendoeira há de florescer, o gafanhoto engordar, e a alcaparra estalar; então o homem seguirá para a morada eterna, e pelas ruas andarão os carpidores – antes que se solte o fio de prata e se despedace a taça de ouro, quebre-se o cântaro na fonte e se parta a roldana da cisterna; o pó volte a terra, onde estava, e o espírito volte para Deus, seu autor”.

Os parágrafos precedentes podem ser encontrados no capítulo 12 do Livro do Eclesiastes, também conhecido como o “Poema sobre a velhice”.

Ele descreve a simplicidade de sentimentos e apegos que deve envolver esse período de nossa peregrinação nesse Mundo Físico e o seu fim, com a morte, com o término de mais uma peregrinação. Percebam o que envolve o ser humano nesse período: declínio da vida física: “antes que obscureçam a luz do Sol, a Lua e as Estrelas e voltem as nuvens depois da chuva!”.

O Corpo Denso, o físico, começa a fraquejar: “naquele dia os guardas da casa começarão a tremer, e os homens robustos a se encurvar, os moleiros, por serem poucos, cessarão de moer (os sistemas e os órgãos do nosso Corpo Denso), e ficarão embaciados os que olham pelas janelas (os nossos olhos), as portas sobre a rua se fecharão (o nosso cérebro) e diminuirá o ruído do moinho até tornar-se como o pipiar de um pássaro e extinguir-se o som das canções (diminui a importância das coisas externas e que estão ao nosso redor)”.
E o medo que a muitos aparecem nesse período: “haverá medo das alturas e sobressaltos no caminho plano (…) então o homem seguirá para a morada eterna e pelas ruas andarão os carpidores (chega o momento no qual as experiências que o Espírito pode adquirir em seu ambiente atual ficam esgotadas)”.

E, finalmente, a morte como destino final de mais uma passagem por esse Mundo Físico: “antes que se solte o fio de prata (rompimento do Cordão Prateado) e se despedace a taça de ouro (morte do Corpo Denso) (…) o pó volte a terra, onde estava, e o espírito volte para Deus, seu autor”.

Está aí a única certeza dessa vida: a Morte.

Nesse exato momento revemos todos os acontecimentos que ocorreram nessa última peregrinação. É o panorama dessa última existência.

O objetivo desse panorama é a gravação, no Corpo de Desejos, de tudo que aqui fizemos.

E como é feita essa gravação? Durante a nossa existência nesse Mundo Físico, tudo que fazemos é gravado num átomo que permanece durante toda essa nossa existência no coração, mais precisamente próximo a uma região conhecida como ápice, no ventrículo esquerdo do coração. Ele é conhecido como: Átomo-semente do Corpo Denso.

Ao contrário de todos os outros átomos do nosso Corpo Denso que são todos substituídos de 7 em 7 anos, esse Átomo-semente nunca é substituído.

Cada um de nós o carrega o que hoje conhecemos como o Átomo-semente do Corpo Denso, que ganhamos de seres muitos avançados – conhecidos, na Bíblia, como os Tronos e, na terminologia Rosacruz como Senhores da Chama – num passado longínquo conhecido como Período de Saturno.

Esse Átomo-semente é também conhecido como o Livro dos Anjos do Destino, devido a possuir todos os registros dessa nossa existência aqui na Terra e que, devidamente gravados e assimilados, nos ajudarão, posteriormente, junto com os Anjos do Destino, a escolhermos o próximo destino que gostaríamos (e necessitaremos) de viver nas próximas vidas.

Esses registros compõem a Memória Supraconsciente de cada um de nós. Aquela Memória que se encarrega de gravar tudo aquilo que vemos e percebemos ou não. Aquela nossa Memória que parece com uma foto de uma máquina fotográfica. Não importa se na cena que estamos tirando tal foto observamos cada detalhe. A foto terá todos esses detalhes.

Portanto, essa Memória é muito mais completa do que aquela que costumeiramente utilizamos e que conhecemos como Memória Consciente, aquela que utilizamos para ver o que queremos ver e, portanto, lembrar daquilo que nós queremos lembrar.

Está aqui a importância do exercício da observação dado no Conceito Rosacruz do Cosmos. A sua prática melhora sensivelmente a Memória Consciente de modo que aprendemos a ver muito mais do que queremos ver e a lembrar muito mais do que queremos lembrar.

A assimilação da diferença desses dois tipos de Memória que cada um de nós temos, faz-nos entender porque Cristo disse que: “temos olhos, mas não vemos”.

Portanto, as cenas, com seus sentimentos, suas peculiaridades e todos os seus milhões de detalhes, chegam até a esse Átomo-semente por meio do ar, carregado de Éter, que respiramos e, após passar pelos pulmões, chega ao coração através do sangue.

Então, a qualquer momento, temos nesse Átomo-semente do Corpo Denso, todo o panorama dessa última existência até esse instante.

É a gravação desse panorama no Corpo de Desejos que nos dará material para assimilarmos, na nossa passagem nos Mundos Suprafísicos, tudo que aprendemos aqui nessa nossa peregrinação pelo Mundo Físico.

Este momento é de extrema importância para a nossa vida post-mortem. Desta revisão depende toda a nossa existência desde a morte até o nosso novo nascimento.

A duração desse panorama varia de pessoa para pessoa, ou melhor, varia de acordo com a saúde e a força do Corpo Vital. Por exemplo, se o Corpo Vital se encontrar extenuado devido a uma longa enfermidade antes da morte do Corpo Denso, então o panorama pode ter uma duração mais curta.

Outro exemplo de curta duração desse panorama é para aqueles aspirantes à vida superior que fazem sincera e diariamente o Exercício de Retrospecção, todas as noites como indicado no livro O Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel.

Por isso que é importantíssimo durante até 3 dias e meio, após o falecimento, deixarmos a pessoa que acabou de morrer num ambiente sem nenhuma perturbação exterior, sem nenhuma comoção (como por exemplo: choro, lamentações, histerias), num ambiente onde reine a quietude, a paz e a oração.

A atitude correta e que muito ajudará o espírito que acaba de partir, deve ser animadora, esperançosa e encorajadora. O sentimento egoísta de perda deve ser controlado para que o Espírito que acaba de partir seja encorajado a seguir nessa nova jornada.

Ao invés de pensar nesse momento: “O que farei agora sem essa pessoa que perdi? Não sei viver sem ela”, devemos pensar assim: “Torço para que essa pessoa esteja ciente das novas condições que a cercam e consiga desprender-se de tudo isso que a rodeia, desse Corpo Denso que já não mais lhe serve, sem se preocupar por nos ter deixado”.

Afinal a morte não existe. Ou será que o que entendemos por morte não é um novo nascimento nos Mundos Suprafísicos? Como, do mesmo modo, o que entendemos por nascimento é uma nova morte nos Mundos Suprafísicos.

Porque no momento do desprendimento do Espírito de seu Corpo Denso e da revisão dessa sua última existência na Terra, ele está passando o seu Getsemani, que nos fala a Bíblia no Evangelho Segundo São Mateus 26:36-46, e aqui, nesse momento, cada um nós necessita de todo o auxílio que possam nos prestar.

Devemos entender que no momento da morte, a colheita está começando; semeamos a via inteira e colhemos o fruto ao chegar à morte.

O valor de toda essa existência que está prestes a terminar depende grandemente das condições que prevaleçam em torno do corpo.

Durante até os três dias e meio que compõe a passagem do panorama, o Ser Humano sentirá qualquer intervenção no seu Corpo Denso, além de atrapalhar a perfeita assimilação da contemplação desse panorama.

Assim, a cremação, as autópsias, o embalsamento ou qualquer outra intervenção no Corpo Denso durante esses até três dias e meio, não só perturbam mentalmente o espírito que se vai como podem até mesmo causar certa quantidade de dor, porque ainda existe uma ligeira conexão entre ele e o veículo físico abandonado.

Só após ocorrer a revisão desse panorama em sua totalidade é que se rompe o Cordão Prateado, aquele que liga o Átomo-semente do Corpo de Desejos, situado no grande vórtice na posição referida do fígado, ao Átomo-semente do Corpo Denso, situado na posição referida do coração, e que juntos se unem com o Átomo-semente do Corpo Vital, situado na posição referida do Plexo Celíaco.

Aquele que liga os nossos três Corpos e que serve de conexão entre eles durante toda a nossa vida.

Aquele que nos mantém conectados ao nosso Corpo Denso quando, à noite, saímos do nosso Corpo Denso, levando conosco nossos Corpos Suprafísicos.

Portanto, o Cordão Prateado só se rompe após a contemplação de todo o panorama. E isso pode durar até 3 dias e meio após o acontecimento que conhecemos por Morte.

Após o rompimento do Cordão Prateado deixamos o nosso Corpo Denso, levando conosco: o Átomo-semente desse Corpo Denso (ou seja, a quintessência de tudo que o Corpo Denso é), o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente.

A partir desse momento esse Corpo Denso começa a voltar de onde ele foi formado, ou seja, como diz no poema: o pó volte a terra, onde estava.

Portanto, o rompimento do Cordão Prateado determina o fim de mais uma existência no Mundo Físico. E não há nada que o possa restabelecer.

Este panorama é iniciado primeiro por aquilo que acabou de acontecer assim que demos o último alento e assim por diante até chegarmos ao primeiro alento, a primeira respiração que inalamos, quando nascemos nesse Mundo Físico mais uma vez.

Dessa forma gravamos primeiro os efeitos dos nossos atos e depois as causas. Desse modo fica mais fácil, num passo posterior da nossa existência nos Mundos Suprafísicos, entendermos porque cada efeito foi provocado por determinada causa.

Nesse panorama vão passando os acontecimentos e podemos perceber tudo o que fizemos, tudo aquilo que fizemos aos outros, todas as angústias, todas as gratidões, todas as alegrias, todas as tristezas, todas as maldades, todas as bondades, todas as ações, todas as omissões.

Aqui no momento desse panorama temos o primeiro vislumbre que nos dá a certeza de que a finalidade dessa vida é tão somente obter experiências, mostrando que cada vida tem algum fruto a ser colhido.

No momento desse panorama temos o primeiro vislumbre da dificuldade que tivemos ao educar nosso Corpo Denso durante os anos da infância com toda a falta de habilidade; da dificuldade em controlar o Corpo de Desejos no período ardente e impulsivo da juventude, até chegarmos a maturidade, quando então pudemos utilizar verdadeiramente esses veículos para o uso espiritual.

E ainda aqui na maturidade, quantos não percebem essa oportunidade, quantos não conseguem considerar o lado sério dessa existência, e quantos nem começam realmente aprender as lições que determinam o crescimento da nossa alma, quantos passam pela maturidade sem perceber a quantidade enorme de oportunidades que perdem.

E quando percebem é porque estão sofrendo fisicamente, porque seu Corpo Denso já não obedece mais, porque já está definhando, esperando a morte chegar.

Por isso que na nossa presente existência na Terra, devemos viver intensamente, dando-nos tempo de satisfazer todas as nossas ambições ou comprovar sua futilidade, de cumprir todos os nossos deveres, de aprendermos as lições que escolhemos aprender.

Por isso que é imprescindível tentarmos viver uma vida longa e da maneira mais intensa possível.

Cuidarmos muito bem do nosso Corpo Denso, instrumento maravilhoso de aprendizagem nesse Mundo Físico.

Que satisfação terminarmos mais uma existência nesse Mundo Físico com a certeza do dever cumprido!

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

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