Arquivo de tag Espírito-Grupo

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Governo Invisível do Mundo

O Governo Invisível do Mundo

Sempre achamos que um “chefe de movimento”, um indivíduo livre, agindo por sua própria vontade cria e destrói povos, nações, impérios; mas, não passa de um instrumento do governo invisível do mundo, o poder situado detrás dos tronos, os Espíritos de Raça. Vamos detalhar aqui como isso ocorre.

Como estudantes da Filosofia Rosacruz, sabemos perfeitamente que as diferentes espécies de animais são dirigidas por um Espírito-Grupo, do Mundo do Desejo. Esse Espírito-Grupo é seu guardião, zelando por sua segurança e dando-lhes o mais conveniente à sua evolução. Não importa a posição geográfica dos animais sob sua proteção; o leão das selvas africanas está dominado pelo mesmo Espírito-Grupo do leão encerrado em uma jaula de qualquer centro civilizado. Assim, esses animais apresentam as mesmas características principais, emanadas do Espírito-Grupo comum; têm os mesmos gostos e preferências alimentares, agem de maneira igual em circunstâncias parecidas. Se queremos estudar a espécie dos leões, ou dos tigres, basta estudarmos um espécime, de vez que não têm arbítrio e nem prerrogativa e agem inteiramente de acordo com os ditames de seu Espírito-Grupo.

O mineral não pode escolher se deve cristalizar-se ou não; a rosa vê-se sujeita a florescer; o leão vê-se impelido a dominar a presa e todos seus movimentos são governados pelo Espírito-Grupo.

Mas o ser humano é diferente. Quando pretendemos estudá-lo, verificamos que cada indivíduo é uma espécie em si mesmo. O que um faz em certas circunstâncias, não pressupõe que outro faça identicamente. “O que a um serve de alimento, para outro é veneno” e cada qual tem diferentes gostos e aversões. Isto ocorre porque o ser humano, tal como o vemos no mundo físico terreno, é a expressão de um Espírito interno individual, que tem, aparentemente, a faculdade de escolha e livre arbítrio.

Porém, em realidade o ser humano não é tão livre como parece; todos os que vêm estudando a natureza humana observaram que em certas ocasiões um grande número de pessoas se porta como se estivessem dominadas por uma força externa, por um mesmo espírito.

É igualmente fácil verificar, sem recorrer ao ocultismo, que as diferentes nações têm certas características psicossomáticas.

Todos conhecemos os tipos alemães, franceses, ingleses, italianos, espanhóis. Cada uma dessas nacionalidades tem características diferentes das de outras, demonstrando haver um Espírito de Raça, nas raízes de tais peculiaridades. O ocultista dotado de visão espiritual sabe muito bem que é assim mesmo. Cada nação tem um Espírito de Raça diferente, passando como nuvem sobre o país inteiro.

Nele vive, move-se e tem seu ser a população de um país. Ele é seu guardião e trabalha constantemente pelo desenvolvimento de seus tutelados, compulsando-lhes a civilização, inculcando-lhes ideais da mais alta natureza, compatíveis com sua capacidade para o progresso.

Lemos na Bíblia, que Jeová, Elohim, que foi o Espírito de Raça dos judeus, apareceu-lhes sobre uma coluna numa nuvem, e no livro de Daniel encontramos consideráveis revelações sobre o modo de trabalhar desses Espíritos de Raça. A imagem vista do Nabucodonosor, de cabeça de ouro e pés de argila, mostrava claramente como uma civilização começava a construir sobre ideais auríferos, depois degenerando gradualmente até que em sua última parte da existência apresenta pés instáveis, de cambaleante argila sendo a imagem condenada à destruição.

Assim todas as civilizações começaram sob a direção de diferentes Espíritos de Raça, mantendo áureos ideais; mas a humanidade, exercendo seu livre arbítrio, não segue implicitamente os ditames do Espírito de Raça como o fariam os animais em relação aos respectivos Espíritos-Grupo. Esta é a razão do porquê, no transcurso do tempo, de uma nação cessar de elevar-se e, como não pode ”existir imobilidade” no Cosmos, começa a degenerar até formar pés de argila, sendo necessário então um golpe que a desmorone a fim de outra civilização edificar-se sobre suas ruínas.

Mas os impérios não caem sem um poderoso golpe físico. Assim, invariavelmente, no tempo em que a nação deve cair levanta-se um instrumento do Espírito de Raça para essa missão. Nos Capítulos X e XI do Livro de Daniel podemos conseguir alguma iluminação sobre o trabalho invisível dos Espíritos de Raça, os chamados “poderes por detrás do trono”.

Daniel vê-se conturbado espiritualmente; jejua durante três semanas completas; clama por luz e depois desse tempo aparece-lhe um Arcanjo, um Espírito de Raça, e lhe diz:

“Não temas, Daniel, pois desde o primeiro dia em que quiseste que teu coração compreendesse e te purificaste diante de teu Deus, tuas palavras foram ouvidas e por elas vim aqui. Mas o príncipe do reino da Pérsia me reteve durante vinte e um dias” e eis que Miguel, um dos primeiros Príncipes, veio em meu socorro e ali fiquei com o rei da Pérsia”. Depois de explicar a Daniel o que há de ocorrer, diz: “Sabes de onde vim, até aqui? E agora voltarei a combater com o príncipe da Pérsia; e quando me for, eis que o príncipe da Grécia chegará e ninguém há que possa obrigar-lhe a fazer estas coisas, além de Miguel, vosso Príncipe”. Também disse o Arcanjo: “No primeiro ano de Dario, o Medá, também estive com ele para acreditá-lo e fortalecê-lo”.

Assim, quando a sentença manuscrita pende de um muro, levanta-se alguém para desfechar o golpe; pode ser um Ciro, um Dario, um Alexandre, um César, um Napoleão, um Kaiser. E tal instrumento humano pode se julgar um “chefe de movimento”, um indivíduo livre, agindo por sua própria vontade; mas, não passa de um instrumento do governo invisível do mundo, o poder situado detrás dos tronos, os Espíritos de Raça, que veem a necessidade de destruir as civilizações que deram de si toda utilidade, de modo que a humanidade possa tomar um novo impulso e evoluir sob mais alto ideal em relação ao que, até então, esteve envolta.

O próprio Cristo, durante Sua permanência na Terra, disse: “Não vim trazer a paz, senão uma espada”, pois Lhe era evidente que, enquanto a humanidade estiver dividida em raças e nações, não poderá haver “paz na terra e boa vontade entre os homens”. A paz será possível somente quando as nações tiverem conseguido unir-se numa Fraternidade Universal.

As barreiras do nacionalismo devem converter-se num crisol de fusão, onde o melhor de todas as velhas nações se mescle e se amalgame para que surja uma nova raça de mais elevados ideais e sentimentos fraternos universalistas, como precursora da Era de Aquário. Entretanto, as barreiras do nacionalismo vão sendo rompidas com os terríveis conflitos mundiais, aproximando o dia da amizade universal e da realização da fraternidade humana.

Há outro objetivo que também deve ser alcançado. De todos os horrores a que está sujeita a humanidade, não há nenhum maior que a morte, que nos separa daqueles a quem amamos. Nosso sofrimento advém da falta de possibilidade de os vermos depois que foram despojados de seus corpos. Mas, tão certamente como o dia se segue à noite, também, certamente, nossas lágrimas acabarão por diluir a escama que oculta aos olhos dos seres humanos a terra desconhecida dos mortos que agora reafirmamos: uma das maiores bênçãos que resultará das guerras será a vista espiritual que um grande número de pessoas certamente adquirirá.

O profundo sofrimento de milhões de seres humanos, o anelo de novamente ver os que lhe são queridos e que tão súbita e cruelmente lhes foram arrebatados são forças de incalculável poder e fortaleza.

De igual maneira, aqueles que foram prematuramente levados pela morte, e agora estão nos Mundos invisíveis, sentem um intenso desejo de reunir-se aos que lhes são caros, para dizer-lhes palavras de consolo e convencê-los do bem-estar que presentemente desfrutam. Pode-se até dizer que, dos grandes exércitos que se formaram nas duas guerras mundiais, por milhões e milhões de pessoas, além dos outros desastres coletivos, surge um sentimento, de fantástica energia e intensidade de propósito que está minando os muros que separam o visível do invisível.

Dia após dia, tais muros ou véus se tornaram finos, mais débeis e, cedo ou tarde, os vivos e os mortos que vivem se encontrarão na metade do túnel. Antes mesmo do que podemos imaginar essa comunicação se estabelecerá e, então, veremos como a coisa mais natural deste mundo o fato de alguém deixar seus corpos ao morrer. Não sentiremos pesar nem perda alguma, porque poderemos vê-los, em todas as horas, nos seus Corpos Vitais, movendo-se ao nosso redor, como até então faziam. Assim venceremos o grande conflito da morte e poderemos dizer: “Oh, morte! Onde está tua gadanha? Oh, sepulcro! Onde tua vitória”.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 09/1971)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O último renascimento de um ser humano como gorila

O último renascimento de um ser humano como gorila

Aqui está uma das mais marcantes histórias que eu já ouvi: um gorila irá renascer como humano em seu próximo renascimento.

Uma vez, dois Auxiliares Invisíveis estavam indo para uma clareira numa parte densa da selva na África quando a Auxiliar Invisível olhou para baixo e viu uma cativa nos braços de um gorila que estava dormindo. “Olhe! Há uma mulher branca”, ela falou para seu companheiro. “Vamos lá salvá-la.”

Eles desceram e perguntaram para a mulher se ela queria ajuda para sair daquela situação.

“Sim, por favor” me tire daqui”, ela falou.

Ela estava deitada nos braços do gorila, e se ela se movesse ele iria acordar. Quando ela se levantou, ele acordou e também se levantou. Os Auxiliares Invisíveis estavam se perguntando como conseguiriam tirá-la de lá. Todas as vezes que eles tentavam tirá-la do gorila, esse se levantava e grunhia para eles. Eles estavam com medo que se eles tentassem pegá-la à força, ele a faria em pedaços.

Ela precisava de roupas e contou a eles como o gorila tirou suas roupas, e que cada vez que ela fazia novas roupas de casca ou grama, ele as tirava novamente. Ele não a machucou, mas a protegeu dos outros gorilas, das cobras e dos animais selvagens da selva. Ele providenciou comida para ela e sempre se manteve próximo a ela e distante dos outros para que nada pudesse machucá-la.

Com o passar do tempo ela ficou com a pele totalmente bronzeada e a pele dos seus pés se tornou tão dura que ela conseguia andar sem machucá-los. Ela aprendeu que para viver dependia de seu gorila protetor, e começou a ensiná-lo tudo que podia. Ela disse que em um certo momento ele se tornou inquieto e desconfortável e ela ficou com medo que a deixasse, então durante a noite ela se amarrava a ele com seus longos cabelos. Ele aprendeu a amá-la de seu modo peculiar e ela sabia que estaria viva, enquanto ele cuidasse dela. Quando perguntaram como ela foi parar naquele lugar, ela contou que acompanhava alguns viajantes que estavam caçando na selva. Eles foram atacados pelo bando de gorilas e ela viu os gorilas matarem a todos.

Os Auxiliares Invisíveis solicitaram permissão para levar essa mulher e eles disseram que poderiam levá-la. Um dos Auxiliares Invisíveis disse a ela para mandar o gorila buscar alguma comida. Ela o fez, e então os Auxiliares Invisíveis disseram para que ela se deitasse. Então, os dois Auxiliares Invisíveis a ergueram e a carregaram até uma vila pequena, onde encontraram algumas pessoas que deram roupas para ela se vestir. Os Auxiliares Invisíveis falaram para ela procurar o Cônsul e conseguir um passaporte para voltar para casa.

Algumas noites depois um altíssimo Irmão Leigo foi até àqueles mesmos Auxiliares Invisíveis e disse para eles irem aquela vila onde levaram aquela mulher e compelir o Cônsul a dar a ela o passaporte e o dinheiro para as despesas para ela poder voltar para casa. Ele deu a Auxiliar Invisível o poder para fazer esse trabalho e disse para que ela fosse mais firme para resolver esse caso.

Quando os Auxiliares Invisíveis chegaram à vila, encontraram a pobre mulher em uma casa velha com algumas pessoas pobres. Ela vestia algumas roupas rasgadas. Quando ela viu os Auxiliares Invisíveis, implorou para que a levassem de volta à selva para seu amigo gorila e a deixasse morrer com ele, porque ele era bom para ela, mesmo de sua maneira, e a amava. Os Auxiliares Invisíveis contaram a ela que vieram para levá-la de volta para sua casa.
“Vocês não podem fazer nada por mim, já que ninguém acredita na minha história”, ela lhes disse.
Os Auxiliares Invisíveis pediram que ela os levassem ao escritório do Cônsul.

“Ele não irá recebê-los”, ela falou.

Eles foram e solicitaram ao guarda, que estava na porta de entrada, que queriam ver o Cônsul.

“Ele não está acordado’, disse o homem.

“Vá acordá-lo e diga que queremos falar com ele sobre um assunto importante, e não fique aí me olhando”, disse o Auxiliar Invisível.

O homem foi e depois de um tempo o Cônsul voltou com o homem e convidou os três estrangeiros a entrar. O Cônsul estava bravo e queria saber o que queriam com ele.

“Eu quero um passaporte e dinheiro para essa mulher poder voltar para sua casa na Europa”, disse um dos Auxiliares Invisíveis.

“Eu não a conheço e não tenho nenhum registro sobre ela”, ele disse. “A mulher que ela diz ser se perdeu há cinco anos, e nenhum dos integrantes do grupo foi encontrado”. Ele pegou seu livro de registros e perguntou à mulher para dizer o nome dos outros integrantes do grupo, onde viviam e a idade deles.

Ela fez isto e ele ficou atônito. “Eu preciso saber na cidade dela se os pais dela ainda vivem ou não”, disse ele.
“Ambos estão vivos”, disse o Auxiliar Invisível. “Escreva aos pais dela e peça a eles que escrevam uma carta, e que o Prefeito da cidade coloque um selo nela”.

O Cônsul escreveu uma carta e colocou um selo nela. Um Auxiliar Invisível contou que o outro iria entregar a carta, enquanto ele fazia o passaporte. O Auxiliar Invisível foi até a cidade onde a mulher vivia, encontrou seus pais e entregou a carta a eles.

A mãe gritou de alegria, se sentou e imediatamente começou a responder a carta. Ela contou ao estranho onde o Prefeito morava e ele foi lá para que ele carimbasse a carta. O Auxiliar Invisível gastou uns vinte minutos e quando ele voltou com a resposta, o Cônsul olhou para ela e quase desmaiou porque viu um carimbo familiar datado e carimbado no papel.

“Você é casado?”, a Auxiliar Invisível perguntou.

“Sim, eu tenho esposa”, ele respondeu.

“Chame sua esposa aqui para ajudar a essa mulher?”, disse a Auxiliar Invisível.

“Eu tenho empregados para esse tipo de serviço”, disse o homem.

“Faça como eu disse”, a Auxiliar Invisível falou com uma voz firme.

“Sim, Vossa Alteza”, o Cônsul respondeu e foi buscar sua esposa.

Ela veio correndo, mas quando a Auxiliar Invisível olhou para ela, ela parou abruptamente. “O que você quer que eu faça?”, ela perguntou.

“Limpe essa mulher e lhe dê algumas roupas para viajar”, a Auxiliar Invisível respondeu.

“Sim, Vossa Alteza”, a mulher do Cônsul falou, e levou a mulher para um outro cômodo.

Elas retornaram em meia hora e os Auxiliares Invisíveis quase não reconheceram a mulher. Seu cabelo estava penteado e ela estava muito bem vestida. Até suas unhas tinham sido feitas. Todas viram que ela estava muito linda.

O Cônsul lhe deu o passaporte e quinhentos dólares. “Temos pouco tempo para tomar o barco”, ele falou. Então, ele pediu aos Auxiliares Invisíveis para retornarem depois que a mulher tivesse partido.

Os Auxiliares Invisíveis se despediram da mulher no barco. Ela chorou e disse que não queria ir para casa, mas queria voltar para seu amigo na selva. Ela pediu aos Auxiliares Invisíveis para cuidar dele e eles disseram que fariam isto.

Os Auxiliares Invisíveis voltaram para a casa do Cônsul. Ele e sua esposa estavam no escritório e eles se ajoelharam aos pés da Auxiliar Invisível. “Senhora Anjo, eu suplico por perdão”, o Cônsul falou: “Eu não sabia quem era essa mulher, quando ela veio aqui na primeira vez.”

“Levante-se”, ela falou. “Não sou um Anjo. Sou apenas uma Auxiliar Invisível da humanidade”.

“Rogo que me diga como posso fazer o que você faz e ser um Auxiliar Invisível”, ele falou. Sua esposa falou que ela também gostaria de saber e a Auxiliar Invisível contou a eles e mostrou todos os ensinamentos e o que eles deveriam fazer. Ela contou a eles que teriam oportunidades em sua posição de fazer maiores trabalhos.

“Nós faremos isto”, o Cônsul prometeu. “Se você conseguir trazer o gorila que é amigo dessa senhora, eu cuidarei dele e o domesticarei”.

A Auxiliar Invisível disse a essas duas pessoas para irem para a cama e se deitarem juntos, e que ela os levaria ao gorila. O homem e sua esposa fizeram isso, e depois que a Auxiliar Invisível os colocou para dormir os quatro foram encontrar com o gorila na selva.

Eles o encontraram morto. Ele havia retornado com frutas para a mulher, e quando descobriu que ela havia sumido seu coração se partiu. Os Auxiliares Invisíveis chamaram o Espírito-Grupo, e ele os contou o que havia acontecido.

Ele falou que esse gorila iria renascer como um menino e no futuro sua amiga iria ter a chance de ensinar a ele, porque ela seria uma verdadeira missionária para os seres humanos atrasados de todas as raças.

O Cônsul e sua esposa, em seus Corpos de Desejo, puderam ver e ouvir o Espírito-Grupo e estavam surpresos. “Com certeza eles devem ser Anjos ou Deuses, pois nenhum ser humano consegue fazer o que eles fizeram”, o Cônsul falou.

O Espírito Grupo falou que a mulher trouxe o gorila ao estágio humano com sua bondade, e ele contou sobre o destino maduro que causou seu problema. Uma vez ela havia largado umas pessoas na selva e nessa vida ela devia pagar aquela dívida, e fez isto muito bem.

Uma cobra imensa apareceu e a Auxiliar Invisível a chamou e ela se aproximou, mas o Cônsul e sua esposa se afastaram. Então os Auxiliares Invisíveis levaram o homem e sua esposa para casa.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que a aversão da humanidade em relação às serpentes? O Espírito-Grupo da serpente é inimigo do ser humano?

Pergunta: Por que a aversão da humanidade em relação às serpentes? O Espírito-Grupo da serpente é inimigo do ser humano?

Resposta: Enganamo-nos ao supor que toda a humanidade tem aversão às serpentes. Muitas espécies de serpentes são totalmente inofensivas, e são animais muito úteis. Colocadas nos porões de uma casa, os conservarão perfeitamente livres de insetos e ratos. No jardim, eliminam animais nocivos tais como os ratos do campo e arganazes que causam tantos prejuízos. Por essa razão, o fazendeiro experiente olha-as com bons olhos.

Quanto à aversão, esta não se limita somente às serpentes. Milhões de pessoas ficam assustadas diante de um rato, besouros, aranha e outros animais inofensivos. Trata-se simplesmente de uma questão de temperamento, e nenhum Espírito-Grupo é inimigo da humanidade ou de qualquer outra classe animal. Tudo que parecer indicar tal coisa, é uma visão errônea de examinar o assunto.

(Perg. 158 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual parte do Espírito Tríplice constitui o Eu Superior? Será o Espírito Divino? Afirma-se no “CONCEITO” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?

Pergunta: Qual parte do Espírito Tríplice constitui o Eu Superior? Será o Espírito Divino? Afirma-se no “CONCEITO” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?

Resposta: O Eu superior é o Espírito Tríplice: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, devido a estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.

Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe em acréscimo um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, torna-se o Espírito de Vida; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, torna-se o Espírito Humano – o Ego. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.

Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire novamente a consciência das coisas externas. A partir daquele momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o mundo físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.

Neste aspecto, ele difere radicalmente dos Espíritos dos outros três reinos – mineral, vegetal e animal. O Espírito-Grupo do reino mineral desceu apenas até a Região do Pensamento Abstrato. Por essa razão, a consciência do mineral assemelha-se ao estado mais profundo de transe. O Espírito-Grupo do reino vegetal desceu para a Região do Pensamento Concreto. Por isso, a consciência do reino vegetal assemelha-se à que possuímos no mais profundo sono sem sonhos. Os Espíritos-Grupo dos animais são encontrados no Mundo do Desejo, que está próximo ao mundo em que vivemos. Consequentemente, a consciência do animal é uma consciência interna pictórica, semelhante àquela que temos nos sonhos, sendo as imagens enviadas pelos Espíritos-Grupo aos animais para que se grave neles o que têm de fazer sob determinadas circunstâncias. Aquilo que chamamos de instinto é, portanto, a sabedoria dos Espíritos-Grupo que se imprime no animal para que este saiba agir. Somente o Espírito Humano, em todos os reinos de vida em evolução na Terra, é um Ego individualizado, e habita os veículos que estão reunidos no mundo físico durante as horas de vigília do dia. Desse modo, atingimos a consciência desperta, e assim tornamo-nos totalmente cientes e despertos para todas as coisas pertencentes ao mundo no qual, então, atuamos e onde somos capazes de usar a nossa própria razão, expressar os nossos desejos e emoções, e agir segundo as diretrizes do nosso Eu individual Superior – o Espírito Interno, o Ego.

(Perg. 153 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ajudando uma Família de Esquilos

Ajudando uma Família de Esquilos

Uma noite de novembro, dois Auxiliares Invisíveis foram à um lugar na América do Sul onde encontraram, em uma grande árvore, uma mamãe esquilo e seus bebês. Os esquilos estavam magros e com fome, pois a comida era muito escassa. Um Auxiliar Invisível disse a mamãe do pequeno esquilo, de olhos bem brilhantes, que os levariam para um lugar onde ela pudesse conseguir mais alimento.

O Espírito-Grupo mostrou aos Auxiliares Invisíveis para onde deveria levar os esquilos. Os Auxiliares Invisíveis os levaram a uma fazenda que ficava cerca de 24 quilômetros dali e lá teriam facilidade em conseguir alguns vegetais verdes e milho em um silo. O fazendeiro, que era um homem gentil, certamente não machucaria os esquilos. O Espírito-Grupo disse para os Auxiliares Invisíveis que eles poderiam ficar lá.

(IH – de Amber M. Tuttle)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como podem acreditar na teoria da reencarnação que afirma que voltamos para cá no corpo de um animal? Não é muito mais gratificante acreditar na doutrina Cristã, segundo a qual vamos para o Céu com Deus e os Anjos?

Pergunta: Como podem acreditar na teoria da reencarnação que afirma que voltamos para cá no corpo de um animal? Não é muito mais gratificante acreditar na doutrina Cristã, segundo a qual vamos para o Céu com Deus e os Anjos?

Resposta: O autor nunca advogou as opiniões que lhe são atribuídas pelo estudante que, evidentemente, não estudou a questão. Há uma doutrina entre algumas das tribos mais ignorantes do Oriente que apregoa a teoria da transmigração, segundo a qual o espírito humano pode reencarnar nos corpos de animais. Contudo, isso é bem diferente da doutrina da reencarnação, que sustenta que o ser humano é um ser em evolução, progredindo através da escola da vida por meio de repetidos renascimentos em corpos de textura gradualmente aprimorada. O Cristo disse aos seus Discípulos: “Sede, portanto, perfeitos como o Pai que está no céu é perfeito”. Isso foi uma ordem explícita, e Cristo jamais a teria dado se fosse inatingível. Todos estamos cientes que não podemos alcançar essa meta num curto período de vida. Tendo o tempo necessário e as oportunidades proporcionadas pelos repetidos renascimentos e mudanças do meio-ambiente, conseguiremos realizar, algum dia, o trabalho do nosso próprio aperfeiçoamento.

Não existe qualquer referência nas escrituras sagradas do Oriente sobre a crença da transmigração. O único indício a esse respeito é encontrado no “Kathopanishad”, Capítulo 5, Versículo 9, que diz que algumas almas, de acordo com as suas ações, voltam para o útero para renascer, mas outras entram na imobilidade. O que significa, na opinião de alguns, que podem reencarnar em formas de vida até tão inferiores quanto o reino mineral. A palavra Sânscrita usada para isso é “sthanu”, que também significa um pilar. Lida assim, dá a mesma ideia encontrada numa passagem do Apocalipse: “Ao que vencer, fá-lo-ei um pilar no templo do meu Deus, e dele jamais sairá”. Quando a humanidade alcançar a perfeição, chegará o momento em que não estará mais atada à roda dos nascimentos e mortes, mas permanecerá nos Mundos Invisíveis para trabalhar na elevação espiritual de outros seres. Na realidade, a transmigração é uma impossibilidade na Natureza, pois há em cada corpo humano um espírito interno individual, enquanto cada categoria de animais é regida por um espírito comum, o Espírito-Grupo, do qual todos animais formam uma parte. Nenhum Ego autoconsciente pode entrar num corpo governado por outro. O estudante pergunta se não é muito mais gratificante acreditar num céu habitado por Deus e por Anjos? Pode até ser, mas não estamos preocupados com o que possa agradar à nossa ilusão passageira, mas sim com a procura da Verdade. A doutrina do renascimento é, às vezes, escarnecida pelos eruditos e considerada impossível, ao mesmo tempo que a classificam de doutrina pagã. Na verdade, não é questão para considerá-la pagã ou não. Quando lidamos com um problema matemático, não nos preocupamos em saber quem o resolveu primeiro. Tudo quanto nos interessa é: será que foi adequadamente resolvido? Da mesma maneira com essa doutrina, não importa quem a formulou primeiro, mas é a única que resolverá todos os problemas da vida de uma forma racional. A teoria segundo a qual uma pessoa, que talvez jamais tenha demonstrado interesse pela música e nunca teve noção dos fundamentos da harmonia, desenvolverá imediatamente após a sua morte uma insaciável paixão por essa arte e ficará feliz em tocar uma trombeta ou de dedilhar uma harpa por toda a eternidade, é um tanto ridícula.

(Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 72 – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Pintarroxos e o Abeto – Parte I – Palavra-chave: Parceria

Os Pintarroxos e o Abeto

Parte I

Palavra-chave: Parceria

Esta é a história de um menino chamado João, que era sempre tão bom e generoso para os animais, flores e plantas que os Espíritos da Natureza gostavam de conversar com ele.

Um dia, João estava deitado em um parque, sobre a sombra de um grande abeto (N.T.: Nome comum às árvores do gênero Abies, de folhagem perene, de porte alto e aparência típica e atraente; apreciadas por sua madeira e resina), ouvindo o vento que sussurrava e que balançava os galhos de lá para cá. De repente, oh! Ouviu vozes muito doces falando. Olhando para a árvore de onde as vozes vinham, ele viu duas lindas criaturas. Uma era mais esguia e maior que a outra. A maior tinha a cabeça e os ombros como a de um ser humano. Raios dourados saíam de seus ombros e tinham a forma de asas. Seu rosto era bonito e tinha um doce sorriso. Ela também tinha cabelos longos e ondulados que a cobriam como um manto. Era jovem e muito bonita. João sabia que ela era o Espírito do Abeto.

A outra era um Espírito do Ar. Era de pequena estatura, mas também muito bonita. Raios dourados e rosados saiam de todo o seu corpo. Ela levantou sua varinha de condão, quase do tamanho de seu antebraço, e acenou-a para João. Então, inclinou-se, graciosamente, para ele e continuou falando com o Espírito da Árvore.

O menino ouviu o Espírito da Árvore dizer:

– Tenho feito o melhor que posso para servir com amor desde que comecei a crescer aqui. Espalhei bastante meus galhos para que as crianças e os adultos, que vêm descansar em baixo deles, possam ter uma boa sombra. E os fiz tão densos que muitos passarinhos fazem seus ninhos neles todos os anos, o que os protege do vento e da chuva.

– Oh, sim, respondeu o Espírito do Ar, eu sei disso, pois quando nós, Sílfides, sopramos os ventos do norte, sul, leste e oeste, os pássaros estavam tão abrigados que nunca caíram de seus ninhos. Mas, amiga, fiquei sabendo que você vai embora. Não se sente mais feliz?

– Oh! Estou muito feliz, disse o Espírito da Árvore, mas acho que não sirvo para mais nada, assim, para que continuar a viver? Vou morrer, mas acho que isto está chegando mais cedo do que esperava. Você vê, já faz muito tempo que não chove e as pessoas aqui ficam esperando pela chuva em vez de regar o chão e nos dar de beber. Elas deixam nossas raízes tão secas, que ficamos ressecadas e eu ficarei contente em voltar para casa, para o nosso Espírito-Grupo, e descansar. Algum dia eu voltarei e trabalharei um pouco mais.

– Bem, disse o Espírito do Ar, anime-se! Vou ver se posso marcar uma reunião com as Ondinas e as Sílfides e conseguir uma chuva para aliviá-las. Darei uma atenção especial a seu caso e para as outras árvores do parque, junto à comissão e estou certo que logo vocês terão uma boa chuva.

– É tarde demais, suspirou o Espírito da Árvore, sei que vou morrer, sinto que algo está para acontecer.
– Tolice, disse o Espírito do Ar, você está é deprimida.

Enquanto discutiam sobre isso chegavam voando dois pequenos pintarroxos. Eram recém-casados e estavam em lua de mel. Enquanto todos os passarinhos convidados para o casamento se divertiam, brincando na fonte e comendo deliciosas e gordas minhocas que a mãe da noiva tinha preparado, os noivos saíram em silêncio para a lua de mel e estavam, agora, procurando uma boa árvore para fazer o seu ninho e um lugar para sua prole. Vendo nosso Abeto, logo pousaram nele. Estavam tão ocupados arrulhando e se acariciando que não ouviram a conversa do Espírito do Ar e do Espírito da Árvore.

O Espírito da Árvore os viu e teve pena deles e disse:

– Passarinhos, não façam seu ninho em meus galhos, pois não vou viver muito tempo; todo o seu trabalho será perdido e seus filhotes não serão suficientemente grandes para voarem quando chegar a hora de minha morte.

– Ora! Exclamou o noivo, que tolice. Seus galhos são belos, verdes e tão unidos, que este é o lugar ideal para construirmos um lar para nossos filhos. Estou disposto e posso pagar aluguel para minha esposa e minha futura família. Quanto é?

– Eu não quero nenhum aluguel, só estou avisando, disse o Espírito da Árvore. Se não querem aceitar o conselho de alguém muito mais velho, não posso fazer nada. Podem decidir sozinhos, mas não me culpem quando surgirem problemas.

– Muito obrigado pelo conselho, disse o noivo com petulância. Somos perfeitamente capazes de tomar conta de nós mesmos. E assim começaram a construir seu ninho no Abeto.

João viu e ouviu tudo. Correu para casa e contou para sua mãe. Ela, que sabia que ele via e conversava com os Espíritos da Natureza, disse:

– Você acha que os pintarroxos estão certos em construir um ninho no abeto depois de serem avisados do perigo pelo Espírito da Árvore?

– Não, mamãe, acho que estão errados, não estão usando o bom senso, disse João.

– Bem, querido, vamos esperar para ver o que acontece.

Em nossa próxima história contaremos o que aconteceu ao abeto e aos pintarroxos.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ajuda para o nascimento de um potro, o efeito do medo e conversando com o Espírito-Grupo dos equinos

Trata-se da história de salvamento de uma égua valiosa por um e uma Auxiliar Invisível, onde ela foi tomada pelo medo, desistiu e, depois que o Auxiliar Invisível ficou bravo e cobrou dela coragem e comprometimento para executar o serviço de ajuda.

Vou contar-lhe uma história, muito interessante, de um Auxiliar Invisível que desistiu de sua missão, e em seguida, ao acordar ficou pensando sobre o que havia acontecido e sentiu remorso por não ter feito o trabalho, devido ao medo. Dois Auxiliares Invisíveis (um homem e uma mulher) foram enviados para ajudar uma égua muito valiosa, que estava carregando dentro de si um potro e que por ser grande não conseguia dar à luz sozinha. A dor estava deixando-a louca e não sabia o que estava acontecendo. Ela corria ao redor de si mesma e estava muito excitada. Seu instinto animal a levou a procurar a ajuda de seu dono, e após subir os degraus da varanda começou a dar patadas na porta da casa.

Em seguida a égua, assustada, começou a virar em volta de si mesma na tentativa de forçar o potro a nascer. Isto a deixou desnorteada e acabou caindo escada abaixo. Depois que a égua se levantou começou a correr descontroladamente pelo quintal.

As pessoas saíram de suas casas e viram a condição em que estava a égua e queriam sacrificar o animal para terminar com seu sofrimento.

“Não façam isto, pois ela pode ser ajudada”, disse o Auxiliar Invisível.

Este animal pertencia a um garoto que tinha treze anos de idade e que gostava muito dele. Era seu animal de estimação e como estava prenha ele tinha até permitido que ela entrasse em sua casa. O menino chorou quando viu seu animal em apuros. “Você não pode fazer nada por ela, pode? “, disse para o estranho que tinha pedido para não sacrificar o animal.

“Sim, acho que posso”, respondeu o Auxiliar Invisível, sorrindo.
A Auxiliar Invisível sentiu o mesmo medo que envolvia as pessoas e a égua, porém, ela se esqueceu que não poderia ser ferida, enquanto estivesse fora de seu corpo. Ela não queria que o outro Auxiliar chegasse próximo à égua assustada. Ela ficou apreensiva porque a égua era muito selvagem e indomável; e ela foi embora, não voltando para continuar a servir para resolver aquele problema.

O Auxiliar Invisível era mais corajoso e se aproximou da égua e a tocou. Ela ficou calma imediatamente, e sua dor parou com o toque dele. O Auxiliar Invisível podia ver o Espírito-Grupo da égua no Mundo do Desejo, e perguntou o que poderia fazer para salvá-la. O Espírito-Grupo lhe deu as instruções e com uma corda amarrou as duas patas traseiras do potro e prendeu a outra ponta da corda num poste. Então, puxou a égua para longe do poste para que o potro pudesse sair de dentro da égua. O Auxiliar Invisível falou com a égua o tempo todo para mantê-la quieta. O potro nasceu bem e deu tudo certo e o Auxiliar Invisível desamarrou a corda dos pés do potro e viu que ele era forte e perfeito. Sem esta ajuda, tanto o potro como a mãe teriam morridos.

O Espírito-Grupo agradeceu o Auxiliar Invisível e disse que esperava que a outra Auxiliar pudesse servir melhor da próxima vez, mas que ela era uma pessoa corajosa. Estes Auxiliares Invisíveis tinham visto o Espírito-Grupo antes, quando eles ajudaram outro belo cavalo marrom, cuja perna tinha sido quebrada em um acidente.

Talvez você possa imaginar como o Espírito-Grupo se parece. Basta tentar imaginar um espírito parecido com um Arcanjo com um corpo de um homem, uma cabeça como a de um cavalo, e um corpo etérico estendido para trás dele. Imagem de si mesmo refletida, com maravilhoso olhar compassivo, e uma radiante luz envolvendo seu corpo e estendendo-se para fora dele em todas direções.

Então você terá uma breve concepção deste maravilhoso Espírito-Grupo, o qual tem a seu cargo os cavalos, que os guia e os direciona. Quando eles sofrem e morrem, o Espírito-Grupo sente a dor mais intensamente do que aqueles que estão sob seus cuidados. O Espírito-Grupo faz tudo o que pode por aqueles que estão sob sua responsabilidade, e aqueles seres humanos misericordiosos que são amáveis e bondosos para com seus cavalos são abençoados pelo Espírito-Grupo.

Estes Auxiliares Invisíveis voltaram duas vezes para ver a égua e o lindo potro. O dono disse que ele tinha recebido uma oferta de mil dólares para o potro, naquele momento; mas ele não queria vendê-lo. O homem questionou o desconhecido e queria saber seu nome e endereço, mas é claro, ele não poderia dar.
“Se você realmente precisar de mim novamente” disse o Auxiliar Invisível, “Eu estarei aqui”.
Você pode observar nesta história que o Auxiliar Invisível precisa ser corajoso e destemido. Eles devem lembrar que estão fora de seus corpos e não podem ser feridos por nenhuma criatura.

(I.H. – AMBER M. TUTTLE)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Beleza Dourada – Palavra-chave: Misticismo

A Beleza Dourada
Palavra-chave: Misticismo

 

Era uma vez, ao lado de uma estrada, uma planta que crescia e que ninguém notava. Escondida debaixo de uma de suas folhas havia uma dúzia de minúsculos ovos, tão pequeninos que se você não soubesse que estavam lá, você nunca os veria. Depois de algum tempo, um desses ovinhos saiu rastejando – imaginem o que! Bem – uma minúscula lagarta verde. Ela estava tão feliz por ter saído e espreguiçou-se e espreguiçou-se. Olhou ao redor e depois começou a rastejar. Rastejou e rastejou para mais longe. Cada dia comia tanto que logo precisou ter um novo casaco. Vivia muito feliz em uma planta à beira da estrada. Era uma lagartinha inteligente também: se o vento soprasse forte demais e balançasse muito as folhas, ela caía no chão; então, quando tudo se acalmava novamente, ela rastejava, subindo pelo caule e se instalava em uma nova folha bonita e verdinha.
Assim, a lagartinha rastejava e comia tanto, que logo estava usando seu quarto casaco verde. Um dia, sendo muito orgulhosa, esqueceu de se esconder. Em vez disso, rastejou impetuosamente a céu aberto e um homem vendo-a, disse:
– Realmente uma bela lagarta, a mais bonita dessa espécie que já vi.
Então, os Espíritos da Natureza, que trabalhavam com as lagartas, contaram o acontecido para o Espírito-Grupo. Depois disso, a lagarta verde foi vigiada e protegida muito cuidadosamente.
Um dia, depois de rastejar mais adiante, mais adiante, e de ficar muito cansada, arrastou-se para baixo da maior folha que encontrou. E ali, para ficar bem mais confortável, teceu uma esteira ou berço com os fios de uma seda bem macios, na parte de baixo da folha. Depois, instalou-se contente e feliz e adormeceu. Vocês sabem por quanto tempo? Ela dormiu por quase duas semanas! Enquanto estava profundamente adormecida, os Espíritos da Natureza ajudaram-na a crescer mais um pouquinho, até que não coube mais no seu berço. Crisálida era o nome do seu berço. Então, em um belo dia quente e luminoso, rompeu-se o casulo, dele saindo a mais bonita borboleta dourada! A lagarta foi libertada de sua concha.
Feliz com a beleza das florzinhas silvestres que cresciam perto da folha que tinha sido seu lar e desfrutando os doces odores trazidos pela leve brisa, a borboleta descansou um pouco. De repente, descobriu que tinha asas que pareciam de ouro puro e com um grito de alegria voou direto para o sol brilhante. Depois de voar por algum tempo, flutuou sobre um lindo jardim e pousou numa flor de trevo. Sentindo sede, desenrolou sua língua comprida que estava enrolada embaixo do queixo, e bebericou um pouco de mel. Como estava feliz! Ela também fez as plantas felizes, pois era como o brilho do sol voando de flor em flor.
– Que linda beleza dourada! Vamos apanhá-la – gritou um jovem que a tinha visto voando entre as flores. Ele amava as borboletas, mas não conseguiu pegá-la.
Oh! Não! Os Espíritos da Natureza a conduziram para uma grande folha verde, onde se escondeu. E ali a borboleta botou ovos minúsculos. Em seguida, desdobrou as belas asas douradas e voou para longe, bem longe mesmo, e nunca mais foi vista.

(do Livro Histórias da Era Aquariana para Crianças – Vol. V – Compilado por um Estudante – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O Ego reside no sangue? A transfusão influencia o Ego?

Pergunta:Conforme as suas afirmações, se o Ego reside no sangue, a prática da transfusão de sangue de uma pessoa sadia para outra doente não se torna perigosa? Isso afeta ou influencia os Egos de alguma forma? Se for assim, como isso acontece?

Resposta: Entre as mais recentes descobertas da ciência temos a hemólise – o fato de que a inoculação de sangue das veias de um animal de espécie superior nas de um de espécie inferior destrói o sangue desse último e provoca a sua morte. Na realidade, o sangue do ser humano injetado nas veias de qualquer animal é fatal. Contudo, de indivíduo para indivíduo, descobriu-se que a transfusão pode se realizar, embora, às vezes, haja efeitos prejudiciais.

Nos tempos antigos, as pessoas casavam com membros da família e o ato de “procurar carne estrangeira” era considerado um sacrilégio. “Quando os filhos de Deus se casavam com as filhas dos homens” (N.R.: Gn 6:1-4), ou seja, quando os súditos de um guia se casavam com membros estranhos à tribo, isso causava grandes distúrbios, pois eram repudiados pelo seu guia e, em seguida, aniquilados. Naquela época, certas qualidades, que agora possuímos, deveriam ser desenvolvidas pela humanidade e mantidas no sangue comum que devia permanecer puro na família ou pequena tribo. Posteriormente, quando o ser humano teve de passar por condições mais materialistas, os casamentos entre as tribos foram recomendados e, daquela época em diante, passou-se a considerar como sacrilégio o casamento entre membros de uma mesma família. Os antigos Vikings não permitiam que ninguém casasse com membros de suas famílias sem que antes passasse pela cerimônia da mescla de sangue, a fim de verificar se a entrada do estrangeiro para a sua família não seria prejudicial. A razão disso era que, em épocas mais remotas, a humanidade não era tão individualizada como é hoje. Os seres humanos estavam mais sob o domínio dos Espíritos de Raça ou de família que residiam em seu sangue, da mesma forma que o Espírito-Grupo dos animais reside no sangue dos animais. Mais tarde, os casamentos entre pessoas de diversas nações libertaram a humanidade daquele jugo e tornaram cada Ego distinto, o único possuidor do seu próprio corpo, sem interferência externa.

A ciência descobriu, ultimamente, que o sangue de pessoas diferentes contém cristais diferentes, de forma que é possível distinguir hoje em dia o sangue de um negro do sangue de um branco. Contudo, chegará o dia em que eles saberão de uma diferença ainda maior, pois da mesma forma que existe uma diferença nos cristais formados pelas diferentes raças, existe também uma distinção nos cristais formados por cada indivíduo individualmente. Não há duas impressões digitais idênticas, e se descobrirá a tempo que o sangue de uma pessoa é diferente do sangue de qualquer outra pessoa. Essa diferença já se tornou evidente para o investigador oculto, e é apenas uma questão de tempo para que a ciência faça a descoberta, pois as características estão se tornando mais marcantes à medida que o ser humano passa a ficar cada vez menos dependente e mais autossuficiente. Esta alteração no sangue é muito importante e, com o passar do tempo, se tornará mais enfática, pois, gerará consequências de grande importância.

Diz-se que a natureza geometriza. Ela é somente o símbolo visível do Deus invisível, e nós fomos criados à Sua imagem e semelhança. Tendo sido feitos à Sua semelhança, estamos também começando a geometrizar, e estamos naturalmente iniciando com a substância sobre a qual nós, os espíritos humanos, os Egos, temos o maior poder, isto é, no nosso sangue.

Quando o sangue flui pelas artérias, que são profundas no corpo, é um gás; mas a perda de calor, que ocorre na região mais próxima da superfície do corpo, leva-o a condensar-se parcialmente, e é nessa substância que o Ego está aprendendo a formar cristais minerais. No Período de Júpiter, aprenderemos a envolvê-los com uma forma baixa de vitalidade e fazê-los sair de nós mesmos como estruturas vegetais. No Período de Vênus seremos capazes de infundir-lhes o fator desejo e torná-los semelhantes aos animais. Finalmente, no Período de Vulcano daremos uma Mente e os governaremos como Espíritos de Raça.

No momento, estamos justamente no princípio dessa individualização do nosso sangue. Atualmente, é possível fazer uma transfusão de sangue de um ser humano para outro, mas está próximo o dia em que isto se tornará impossível. O sangue de um ser humano matará todo aquele que for de um nível inferior, e o sangue de uma pessoa mais evoluída destruirá quem for menos evoluída.

A criança atualmente recebe o suprimento de sangue dos pais, armazenado na glândula Timo para os anos da infância. Chegará a época em que o Ego estará tão individualizado que não poderá atuar com sangue que não seja gerado por ele próprio. O modo atual de procriação terá que ser substituído por outro, quando o Ego poderá criar o seu próprio veículo sem o auxílio dos pais.

(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. I – pergunta 43 – Max Heindel)

Idiomas