Pergunta: A literatura Rosacruz afirma que os Doze Irmãos Maiores têm corpos físicos, inclusive Cristian Rosenkreuz, o cabeça da Ordem, podendo funcionar neles quando bem desejarem. Esses seres altamente evoluídos alimentam-se da mesma maneira que nós?
Resposta: Realmente todos os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, inclusive Cristian Rosenkreuz, possuem corpos físicos nos quais funcionam quando desejam. Pela sua própria condição de Seres Elevados, compreendem perfeitamente o funcionamento das Leis da Natureza, vivendo em perfeita harmonia com elas. Consequentemente, não estão continuamente alterando ou lesionando as células de seus corpos físicos, fazendo com que elas necessitem de constante suprimento. Os Irmãos Maiores participam da alimentação comum somente em intervalos anuais. Além disso, a palavra de Deus tornou-se para eles o PÃO VIVENTE, e seu principal sustento. Foi a esse PÃO VIVENTE que Cristo se referiu quando disse ao demônio: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. ”
(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – jan/70)
Pergunta: Você poderia me dar uma ideia aproximada de quando podemos esperar que Cristo volte e governe o mundo como sumo sacerdote depois da Ordem de Melquisedeque?
Resposta: A Bíblia declara que “o dia e a hora ninguém conhece”, e aqueles que têm tentado definir uma data certa para a “Segunda Vinda” estão muito mal informados quanto ao objetivo da missão de Cristo na Terra.
Os ensinamentos de Cristo foram dados à humanidade para que a lei do medo possa ser superada pela lei do amor. Sabemos, no entanto, que até hoje a lei é necessária para evitar que uma grande porcentagem de pessoas entre em sérios problemas. É, somente, quando o poder de Cristo – o amor – tomar posse da natureza interior do ser humano que a lei será abolida; e não será até que o poder do amor de Cristo tenha nascido dentro da humanidade, então, ela estará pronta para a “Segunda Vinda” do Cristo, conforme citado na Bíblia.
Portanto, a “Segunda Vinda” depende de quanto tempo um número suficiente de pessoas conseguirá desenvolver esse poder de Cristo. Quando isso ocorrerá é imprevisível. A hora exata do evento não pode ser calculada. No entanto, toda vez que, como indivíduos, tentamos imitar a Cristo e demonstrar Seus ensinamentos, podemos estar certos de que estamos fazendo a nossa parte na aceleração desse grande evento.
(Pergunta de Leitor publicada na Revista Rays from the Rose Cross de nov./1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)
Resposta: Esta pergunta foi perfeitamente explicada no “Conceito Rosacruz do Cosmos”. Depende em grande parte do fato que no Mundo invisível as formas são tão plásticas que podem mudar de aspecto quase que instantaneamente, dando assim ao observador não exercitado, uma ideia falsa. O treinamento é tão necessário à observação lá como aqui, mas está enganado quando diz que todos diferem. Há um número considerável de pessoas que desenvolveram a visão espiritual, ou talvez a tenham adquirido involuntariamente e, não obstante, têm coisas semelhantes corroborando mutuamente suas descrições. Temos, por exemplo, diante de nós as provas de um livro escrito por uma enfermeira que presenciou muitas mortes e observou exatamente as mesmas coisas que escrevemos em nossos livros durante os últimos dez anos. O livro chama-se “O Ministério dos Anjos”, uma expressão que a autora aplica não somente à grande Hierarquia que está logo acima da humanidade, como é citado no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, mas a todos os seres humanos que passaram para o além. Contudo, independentemente disso, o livro está repleto de experiências que a autora presenciou em milhares de ocasiões. Extrairemos alguns exemplos do resumo desse livro publicado pela “A Revista Oculta”, a fim de mostrar a semelhança das experiências dessa senhora com nossos Ensinamentos Rosacruzes.
Quando ela tinha dezoito anos, uma sua amiga, chamada Maggie, foi acometida de um mal súbito e expirou em seus braços. Logo que o coração de sua amiga cessou de bater, ela descreve: “Eu vi distintamente subir de seu corpo algo semelhante à fumaça ou vapor que sai de uma chaleira onde há água fervente. A emanação elevou-se a uma altura muito pequena e ali transformou-se numa forma idêntica à de minha amiga que morrera.
Essa forma, muito vaga a princípio, mudou gradualmente até tornar-se bem definida e envolta num manto semelhante a uma nuvem de uma cor branco pérola, no interior do qual era distintamente visível o contorno de Maggie.
“O rosto era de minha amiga, porém, embelezado, sem nenhum traço do espasmo de dor que o contorcera pouco antes de morrer”.
Isso aconteceu como sempre ensinamos: no momento da morte, quando se rompe o cordão prateado no coração, o Corpo Vital eleva-se através das suturas do crâneo e paira poucos pés acima do corpo. Escrevendo a respeito das mortes naturais de pacientes a quem serviu de enfermeira, ela faz notar que, muitas vezes, a despeito do estado físico ou da disposição de ânimo do moribundo precisamente antes de morrer, ele parece reconhecer alguém que não é nenhum dos que estão ao lado do leito e que é invisível para eles.
“Eu vi”, relata ela, “uma mulher em estado de coma há já algumas horas, abrir repentinamente os olhos com um ar de alegre surpresa, erguer os braços como se fosse segurar mãos invisíveis estendidas em sua direção, e com o que nos pareceu um suspiro de alívio, expirou. Assisti também a um homem que estava se debatendo nas dores da agonia; repentinamente tornou-se calmo, dirigiu os olhos com uma expressão de alegria para um certo canto vazio mostrando ter reconhecido alguém, e proferindo um nome com uma expressão agradecida, exalou seu último suspiro.
“Lembro-me da morte de uma mulher que sofria da mais terrível de todas as doenças, câncer maligno. Seus sofrimentos eram cruciantes e ela rogava sinceramente para que a morte não demorasse. Durante sua agonia, as dores pareceram cessar subitamente, e a expressão de seu rosto, que um momento antes estava contorcido pela dor, transformou-se, parecendo alegre e radiante. Soergueu-se no leito com um ar feliz nos olhos, estendeu os braços e exclamou ‘Oh, querida Mãe, vieste para conduzir-me ao lar. Estou tão contente”, e no momento seguinte cessou sua vida física”.
Inicialmente, a autora não podia ver esses seres invisíveis, mas, gradualmente, ela desenvolveu a visão espiritual, e agora vê realmente aqueles que vêm dos reinos da vida espiritual a fim de encontrar-se com os moribundos, acolhendo-os para um outro estágio de experiência.
“A primeira vez que tive uma prova ocular”, escreve ela, “foi na morte de L, uma garota meiga de dezessete anos, de quem eu era amiga íntima. Ela estava tuberculosa. Não sofria dores, mas a extrema fraqueza e debilidade causavam-lhe tal fadiga que ela anelava por repouso”.
“Um pouco antes que ela expirasse, eu percebi que havia dois Espíritos junto ao leito, um de cada lado. Não notei quando entraram no quarto. Eles já estavam ao lado da cama quando se tornaram visíveis para mim, e eu podia vê-los tão bem quanto via os outros ocupantes humanos que ali estavam. Em meu coração sempre chamei de Anjos esses seres brilhantes de um outro Mundo, e daqui por diante é assim que os chamarei sempre que falar deles. Reconheci seus rostos, eram duas moças que tinham sido amigas íntimas da doente. Elas haviam falecido um ano antes, e tinham aproximadamente sua idade”.
“Um pouco antes de sua aparição”, a doente exclamou, “Está ficando escuro de repente, não posso ver nada”, mas ela reconheceu-as imediatamente, um belo sorriso iluminou sua face e ela estendeu as mãos e exclamou num tom alegre, ‘Oh, vocês vieram para me levar; estou contente, pois estou muito cansada’.
“Cada um dos Anjos estendeu uma das mãos, um deles segurou a mão direita e o outro a mão esquerda da doente. Suas faces iluminaram-se com um sorriso ainda mais belo e radiante que o do caso anterior, pois sabia que iria encontrar o descanso que tanto desejava. Ela não tornou a falar, mas permaneceu cerca de um minuto com as mãos erguidas, seguras pelos Anjos, e continuava a fitá-los com uma luz nos olhos e um sorriso no rosto. Os Anjos pareceram afrouxar seu aperto de mão e os braços da moça recaíram sobre o leito. Dos seus lábios saiu um som semelhante ao emitido por uma pessoa que se entrega a um sono ansiosamente desejado. O doce sorriso como o qual ela recebeu os Anjos continuava estampado em suas feições”.
Todos notarão, nesse último exemplo, que a moça se refere ao quarto que estava ficando escuro. Esse e muitos outros fatos são explicados no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em outros trechos de nossas publicações e, pelo que sabemos, em nenhum outro lugar é possível encontrar-se uma explicação cabal referente à passagem do Espírito da terra dos vivos para a terra dos mortos-vivos.
A autora comenta a atitude materialista dos parentes e amigos ao encararem a morte, e ela frequentemente sente-se desesperada para convencê-los da realidade que ela própria testemunha. No exemplo acima, o pai da moça era um perfeito cético e estava convencido da inexistência de uma vida futura. Ele tomou como prova de uma imaginação perturbada as últimas palavras de sua filha e o sorriso que iluminou sua face ao reconhecer as amigas que tinham vindo para conduzir seu Espírito. Contudo, nem sempre existe esse ceticismo. No caso de um paciente que estava morrendo de pneumonia, sua mulher estava sentada a seu lado e ele chamou-a querendo mostrar-lhe seu filhinho que havia morrido com a idade de cinco ou seis anos e que estava esperando por ele. “Veja como ele ri e segura minha mão”, ele exclamou, “você não pode vê-lo? ”. Embora ela não pudesse realmente vê-lo, depois declarou: “Estou contente porque ele viu B. antes de morrer. Poderei agora pensar neles sempre juntos e felizes, e quando chegar minha vez sei que eles virão a mim”.
Em certa ocasião, nossa enfermeira deixou o hospital disposta a praticar enfermagem particular. Certa vez, ela acompanhou uma amiga à casa de uma senhora que era inválida há muitos anos e precisava de uma enfermeira. Sua amiga foi contratada. “Quando vi aquela senhora, imediatamente senti que meu coração lhe pertencia”, diz a autora, “pois no momento revelou-se a mim a profundidade e a ternura de sua santa alma. Como, não sei. Não sou capaz de explicar. Esta mulher, pensei, é a amiga por quem tenho procurado tanto, e senti uma grande vontade de conquistar sua amizade”.
Contudo, essa aspiração não se realizou neste Mundo, mas estava destinada a ser satisfeita mediante uma dessas estranhas amizades nas quais uma das pessoas está neste Mundo e a outra no além. “No decorrer do tempo”, escreveu ela, “pouco depois de sua morte, ela tornou-se a amiga mais íntima que qualquer outra que pertença a esta vida. Quando ela me apareceu não foi para se desvanecer quase que imediatamente, mas sim para ficar e conversar comigo, tão simples e naturalmente quanto outro ser humano. Enquanto ela esteve comigo, eu pude vê-la tão claramente quanto os objetos da vida diária, e ela mostrou ser uma individualidade tão marcante quanto a de uma pessoa de fortes características que ainda permanecesse neste Mundo”.
Por intermédio dessa senhora, que se tornou seu “Anjo da guarda”, ela foi levada, em estado de transe, a visitar muitos lugares e pessoas no outro Mundo e, amiúde, ela descreve suas visitas ao que ela denomina jardim celestial e câmara de descanso de sua amiga, onde ela ia para descansar e meditar. Evidentemente essas descrições são simbólicas, mas a experiência não deixa de ser experiência, e a sensação não deixa de ser sensação, embora as descrevamos simbolicamente. O simbolismo, em muitos casos, é o único meio pelo qual nossa consciência pode interpretar certas emoções que, de outro modo, seriam difíceis de ser expressas.
“Meu ‘Anjo da guarda’”, escreve a autora, “conduziu-me por uma das entradas e me encontrei numa sala espaçosa iluminada suavemente, e as várias tonalidades de cor fundiam-se numa harmonia tão perfeita que davam a impressão de uma música visível muito bela e calmante. As paredes estavam revestidas de tapeçarias semelhantes às nuvens, nas quais o verde, o rosado, o vermelho e o dourado combinavam-se tão artisticamente, que não havia um único tom discordante no colorido; as tapeçarias não tinham nada de semelhante com os tecidos terrenos. Elas me pareciam perfeitamente visíveis, mas não ofereciam resistência ao toque. Era como se eu enfiasse a mão numa nuvem. Havia vários sofás e divãs na sala, todos ostentando o mesmo colorido calmante e harmonioso. Muitas plantas e belas flores engalanavam o lugar. “Esta”, disse meu “Anjo da guarda”, “é minha sala de repouso onde eu venho repousar e meditar; você também poderá vir quando quiser”.
Essa região, a Terra de Veraneio dos Espiritualistas, com suas casas, suas flores e seu jardim de repouso, também foi descrita no “Conceito Rosacruz do Cosmos” e em outros livros. Vemos que há um perfeito acordo tanto entre nós e a escritora citada, quanto aos fatos e observações referentes à morte e aos Mundos invisíveis.
Lemos, então, que ela foi levada por sua amiga a visitar os milhões de trabalhadores em alguma cidade da Terra, cujos sofrimentos os habitantes do jardim celestial deviam minorar. Aqui, ela visitou uma fábrica e observou que ela e sua companheira passavam através de paredes e divisões à medida que iam de um departamento a outro do enorme edifício, sem que paredes de tijolos ou vigas de aço oferecessem a menor resistência a seus corpos. “Às vezes, eu costumava admirar”, ela observa, “como poderiam os Espíritos entrar em casas e salas onde não há portas abertas, e como poderiam sair quando todas as saídas estivessem fechadas”. Ela verificou que o que para nós, terrenos, são paredes sólidas, parecem ao corpo Espiritual como se fossem de neblina quando nos aproximamos delas, e são um empecilho tão pequeno à passagem do corpo Espiritual quanto o é a neblina para o corpo físico. Ela observa que muitas coisas que são mistérios insolúveis para a compreensão humana, apresentam-se como mistérios de pouca importância para as faculdades do Espírito, tal como para nós se apresentam as coisas comuns e as experiências da vida diária. Não é surpresa encontrarmos paredes que impeçam nossa marcha, do mesmo modo que não constitui surpresa para o Espírito verificar que uma parede não é empecilho. Esse é um problema da quarta dimensão que embaraça muitas pessoas deste Mundo, e sobre o qual a descrição acima lança alguma luz, embora pareça uma fantasia da terra das fadas. Isto também já foi explanado várias vezes na literatura Rosacruz.
Outro incidente de natureza um tanto semelhante encontra-se no fim dessa narração e lança alguma luz sobre este estranho mistério da interpenetração dos planos. Em uma de suas visitas às regiões celestes, nossa autora travou conhecimento com um homem que ela denomina “o mentor”. O mentor deu-lhe um buquê que ela desejou trazer consigo para a Terra. “Quando eu voltei para casa no corpo Espiritual”, diz ela, “coloquei as flores num vaso, mas quando na manhã seguinte, em meu corpo físico, fui olhá-las, descobri que, embora pudesse vê-las tão nitidamente como quando as recebi do mentor e pudesse ainda sentir seu aroma agradável, elas não eram palpáveis ao meu tato. Minhas mãos passavam através delas como através de um raio luminoso, contudo, elas permaneciam perfeitas sem uma única pétala desfolhada. Nenhum outro membro de minha casa pôde vê-las ou senti-las, a não ser eu. “Os Anjos”, ela acrescenta, e aqui temos um ponto muito curioso, “que me visitam em minha casa podem empunhá-las tal como fazemos com as flores aqui da terra, mas estas últimas, das quais tenho sempre algumas em casa, eles não podem pegar. Eles veem-nas tal como eu as vejo, mas elas não oferecem resistência a seu toque”. Ela pergunta então desnorteada: “Qual é o Mundo da realidade sólida e qual o das aparências intangíveis, o nosso Mundo ou o espiritual? ”.
Esses pontos também já foram explicados na literatura Rosacruz e queremos lembrar aos leitores a história chamada “Enfrentando o Pelotão de Fuzilamento”, que apareceu no número de novembro de 1917 da revista “Rays from the Rose Cross”, onde há a descrição das últimas horas de vida de um espião, como ele enfrenta a morte e como depois da transição visita a irmã. Durante a jornada que empreendeu à casa da irmã, milhares de milhas do lugar onde fora morto, ele intrigou-se com o fato de que o ar parecia povoado com formas espirituais que flutuavam do mesmo modo que ele e o Rosacruz que o acompanhava. Inicialmente, ele tentou evitá-las, mas verificou ser impossível. Então, preparou-se para uma colisão quando percebeu, com surpresa, que essas pessoas flutuavam através de si e de seu companheiro como se não existissem. Isto consternou-o e desnorteou-o até que o Rosacruz, percebendo seu dilema, riu-se tranquilizando-o, dizendo para não se importar pois aquilo era habitual na terra dos mortos-vivos, onde todas as formas eram tão plásticas que interpenetravam tudo facilmente, não havendo o menor perigo de alguém perder a própria identidade.
Uma vez chegados à casa de sua irmã, eles encontraram-na sentada numa confortável sala de estar e o espião lançou-se impulsivamente para ela e abraçou-a, percebendo com assombro que ela ignorava completamente sua presença, e que suas mãos em lugar de segurarem as delas, atravessavam-nas. Ele voltou ao Rosacruz e perguntou o que deveria fazer a fim de ser notado pois essa impalpabilidade de um corpo sólido o embaraçava. Recebeu então as instruções e o método que um morto-vivo deve seguir a fim de atrair a atenção dos que estão no Mundo Físico.
Há mil e um pontos de acordo entre as pessoas que são capazes de operar tanto no Mundo visível quanto no invisível. Além disso, a guerra atual está aumentando muito o número das pessoas capazes desse feito e, futuramente todos nós seremos capazes de fazê-lo, desde os menores até aos maiores. Será então uma faculdade normal como a visão e a audição. Gradualmente, estamos ficando mais relacionados com os Mundos invisíveis, e os pontos coincidentes são em número muito mais elevado que os pontos divergentes. Por esse motivo, não haverá dificuldade em aceitar as histórias do além.
(Perg. 59 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Já me disseram que não deveria abraçar pessoas que não conheço bem, porque no contato com o baço durante o abraço algumas pessoas “sugam”nossa energia; seria a energia do Corpo Vital?
Resposta: O baço por onde entra as forças vitais é o baço etérico e não o físico. E mesmo aquele não “participa” desse tipo de evento.
Não há nenhum problema em abraçar quem quer que seja, desde que você esteja bem espiritualmente. Semelhante atrai semelhante. Se, por acaso, você “sentir” algo desagradável é porque você não está firme na sua fé e na sua situação espiritual. Ore e trabalhe e verá que esse tipo de coisa que falaram não haverá ponto de contato em você.
Pergunta: Na medida que conseguimos evoluir nosso Corpo Vital vai deixando de ficar tão interligado com Corpo Denso naturalmente?
Resposta: Não. O desprendimento do Corpo Vital do Corpo Denso é feito por meio do treinamento esotérico e só começa depois que você persiste em fazer todas as noites o Exercício da Retrospecção e todas as manhãs o de Concentração, e no período entre eles, à noite, durante o sono e depois da restauração do seu Corpo Denso, você preste o serviço amoroso e desinteressado como Auxiliar Invisível Inconsciente por um bom tempo.
Concomitantemente, durante as horas de vigília – quando acordada – você se esforce para fazer os Rituais Devocionais (Exercícios Esotéricos), praticar no seu dia a dia os Ensinamentos Rosacruzes que você vai aprendendo e, por meio do serviço amoroso e desinteressado, anonimamente, prestado à divina essência dos irmãos e irmãs com quem você se relaciona, ser um Auxiliar Visível Consciente. Persistência, persistência e persistência é a chave para obter isso.
Resposta: Começaremos pela última parte da pergunta, então veremos o que são essas coisas vistas durante o “delirium-tremens”. Em primeiro lugar, imaginemos que há várias espécies de Espíritos. Há o Ego, uma verdadeira centelha do Fogo Divino oculto sob um certo número de coberturas opacas: Mente, Corpo de Desejos, Corpo Vital e, finalmente, o mais opaco de todos, o Corpo Denso – o véu carnal que isola o Espírito da consciência divina e o confina nos estreitos limites de um cérebro e um corpo.
Através da evolução, esses veículos estão se tornando mais espiritualizados. Suas vibrações ficam mais elevadas, e o Ego, aos poucos, está começando a se descobrir, tal como o filho pródigo achou-se distante do Pai e ansioso por retornar. Então, devido a certos processos definidos, está gradualmente recuperando a consciência cósmica. O poder divino dos órgãos que o serviram num passado distante, como meios espirituais, está sendo despertado para uma nova atividade. É esse particularmente o caso do corpo pituitário e da glândula pineal. Quando ele aprender a vibrar esses pequenos órgãos, ele desenvolverá um novo sentido que podemos chamar de visão espiritual, pois então vê o Mundo Invisível e seus ocupantes. Há outros passos por meio dos quais ele pode tornar-se um cidadão alado desses mundos, nos quais poderá entrar e sair à vontade, embora ainda esteja vivendo num corpo físico. Atualmente ainda não dominamos essas fases do assunto. Deve-se notar que somente um Espírito pode fazer vibrar esses pequenos órgãos ou despertar suas atividades latentes.
Onde há moeda circulante, há também uma imitação em metal inferior. O Espírito também tem sua imitação. O verdadeiro Espírito divino é uma emanação em Deus — não de Deus, mas em Deus. É um Espírito de Vida. Porém, obtêm-se também um espírito espúrio por meio da fermentação e da decomposição. Esse é um espírito de morte. Nós o chamamos de álcool. Sendo um espírito, essa droga também tem o poder de promover as vibrações dos pequenos órgãos citados, mas sendo o produto vil de um processo vil, não pode senão degradar o Espírito individual com o qual entra em contato. Assim, os alcoólatras geram baixos pensamentos que se revestem de formas hediondas. Algumas vezes, várias classes de Espíritos sub-humanos apossam-se dessas formas assim geradas e conservam-nas vivas durante muito tempo, alimentando-se com as exalações de sangue nos matadouros, ou com o odor que se eleva dos tonéis de fermentação da cerveja ou do envelhecimento de aguardente, para não mencionar também as repugnantes emanações dos desejos dos frequentadores de tais lugares.
Portanto, quando uma pessoa está saturada do espúrio espírito do álcool, a velocidade vibratória dos pequenos órgãos da visão espiritual é acelerada a tal grau, que essa pessoa pode ver o mundo dos Espíritos, e vê naturalmente o que é semelhante a si. Quando um diapasão é tocado, outros diapasões do mesmo tom entram também em vibração. Da mesma maneira, todos nós somos atraídos por outros de natureza semelhante a nós. Essas figuras grotescas e hediondas são efetivamente etéricas ou interetéricas entre o Mundo do Desejo e o Éter, penetrando ambos. Elas não são um produto da imaginação, mas realidades de natureza mais ou menos duradoura, criadas por pessoas sensuais e alcoólatras dos dois mundos.
(Perg. 58 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Quais são as provas da Iniciação pelas quais, segundo dizem, o candidato deve passar antes de ser iniciado?
Resposta: O candidato à Iniciação, frequentemente, não sabe que é um candidato. Geralmente, ele está vivendo a vida espiritual de serviço ao seu semelhante, porque essa é a única vida que o atrai, e ele não cogita de proveitos posteriores por assim proceder. Não obstante, ele é testado e posto à prova o tempo todo, inconscientemente, sem que o saiba, pois isso faz parte do processo. Nenhum candidato jamais foi levado a uma sala de Iniciação a fim de ser julgado ou testado. As provas ocorrem na vida diária e nas pequenas coisas que são, aparentemente, destituídas de importância, mas que têm na realidade um significado fundamental. Se alguém não pode ser fiel nas pequenas coisas, como esperar que seja fiel nas grandes? Além disso, os Irmãos Maiores da humanidade, que têm a seu cargo essa tarefa em relação aos seus irmãos mais jovens, procuram descobrir o seu ponto mais vulnerável, porque se ele for posto à prova, tentado e cair, isso servirá para lhe chamar a atenção para a fraqueza do seu caráter. Desse modo, ele tem uma oportunidade para se corrigir diante dele.
(Perg. 68 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – SP)
Resposta: A fim de sermos capazes de opinar inteligentemente sobre os vários estados de consciência do ser humano — vigília, sonho, sono, etc. — é necessário que conheçamos a constituição e a função dos vários veículos mais sutis que, juntamente com o Corpo Denso, constituem o ser complexo a que chamamos ser humano.
Temos neste Mundo quatro reinos: o mineral, que é praticamente desprovido de sentimento, embora possa responder e reagir a certos estímulos, mas não pode sentir amor nem ódio. Sob a ação de um martelo ou numa fornalha pode mudar sua forma ou composição, mas não dá quaisquer sinais de emoção. Sua consciência é semelhante à do ser humano num transe muito profundo ou na morte, quando somente o corpo físico está presente.
O vegetal é diferente. Vive e respira. Inala dióxido de carbono que constitui uma grande parte do seu corpo.
Exala a vida, fornecendo oxigênio. A seiva flui em seu tronco e folhas. Em resumo, o vegetal apresenta os mesmos fenômenos vitais que nós durante um sono sem sonhos, pois nesse estado nosso Corpo Denso é interpenetrado por um Corpo Vital composto de Éter, e um veículo semelhante interpenetra o tronco físico, galhos e folhas da planta. Porém, o vegetal também não conhece emoções. Amor, ódio, alegria e tristeza são estranhos a ele, pois não tem Corpo de Desejos semelhante ao que os seres humanos ou animais possuem.
Devido à posse desses veículos, o ser humano e o animal podem mover-se e satisfazer seus desejos. Para atingir esse último fim, o ser humano usa a Mente, um veículo que o animal não possui e, quando desperto, todos os seus veículos são concêntricos, interpenetram-se uns aos outros, tornando-o apto a viver, mover-se e raciocinar.
Contudo, o próprio ato de dormir significa uma reversão à consciência do vegetal, e isso implica necessariamente numa separação dos veículos superiores e inferiores. O Ego retira-se envolvido na Mente e no Corpo de Desejos, deixando sobre o leito apenas o Corpo Denso, interpenetrado pelo Corpo Vital.
Entretanto, há ocasiões, por exemplo, quando estamos muito absorvidos em nossos afazeres diários ou quando estamos excessivamente fatigados, em que o Ego não pode efetuar uma separação completa dos veículos superiores dos inferiores. Então, o Corpo de Desejos continua a interpenetrar os centros cerebrais porque a posição dos vários veículos é, por assim dizer, anômala.
Nessa condição, a razão fica completamente à parte e a consciência humana torna-se semelhante à dos animais que não têm Mente e fica incapaz de qualquer ação lógica. É então que as coisas mais grotescas e absurdas parecem perfeitamente naturais para a pessoa que sonha, que as aceita como um animal aceitá-las-ia. Os sonhos que ocorrem nessa condição dos veículos do ser humano são geralmente absurdos ao extremo. Mas, à medida que a civilização progride e o egoísmo é superado pelo altruísmo, é feita uma diferente divisão dos veículos. Uma parte do Corpo Vital, composta dos dois Éteres superiores, que são veículos do sentido de percepção e memória, é retirada durante a noite toda. Cessa, então, o estágio ilusório da terra dos sonhos e o ser humano torna-se semelhante a uma criatura que tivesse duas existências — uma delas vivida fora do corpo, na terra dos sonhos, onde se comporta de maneira razoável, usando de discernimento para julgar suas ações e as das pessoas com quem se encontra.
Como não aprendeu a focalizar sua consciência ao sair ou entrar no corpo, nem sempre pode efetuar a separação correta de seus veículos, nem recordar exatamente o que ocorreu. Somente a Iniciação nas esferas internas fornece o conhecimento necessário.
Evidentemente, o senhor em questão está de posse de suas faculdades de raciocínio quando entra na terra dos sonhos, mas não está ainda inteirado de alguns fatos referentes a esse mundo. Ele engana-se quando supõe que o auditório a quem se dirige é simplesmente “uma criação de seus sonhos”. Não é de todo impossível que a resposta seja afirmativa, se ele tiver a coragem suficiente para perguntar a uma das pessoas que viu em seus sonhos se ela compareceu a tal e tal reunião. Além disso, quando lhe for fornecida esta explicação, é possível reunir-se com todas as pessoas a quem viu em sonhos e, ao prepará-las para a pergunta e mesmo antes que anuncie, certamente descobrirá alguém que se lembrará de ter tido uma experiência semelhante.
Vendo então que a vida durante o sonho não é uma existência ilusória, mas uma realidade, não haverá meios de provar às pessoas da terra do sonho que isso é uma ilusão.
(Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 55 – Max Heindel)
Pergunta: Algumas deficiências tais como visual e auditiva produzem algum efeito final sobre os veículos internos e respectivos Átomos-sementes? O que ocorre com o indivíduo nessas condições depois da morte? Terá visão e audição perfeitas no Corpo de Desejos e veículos superiores após a morte do corpo físico, ou tais deficiências permanecem durante todo o ciclo de vida, desde a morte até ao renascimento? Em sonhos pareço atuar perfeitamente, tanto visual como auditivamente. Por quê?
Resposta: O efeito “final” é aquele que executamos — aprendendo ou recusando a aprender a lição que nos vem por meio da experiência. O material formador do nosso corpo será mais refinado ou mais precário, conforme nossas ações e reações, portanto, temos possibilidades de melhorá-lo em vidas futuras.
Quando o Ego em uma de suas existências terrenas empregou o sentido da visão com finalidades egoístas, na sua próxima vinda ao mundo físico, inevitavelmente retornará com deficiência visual denominada miopia. Muitos estão fazendo o mesmo hoje em dia. São leitores insaciáveis. Devoram com os olhos, jornais, revistas e livros, porém, com finalidade de divertirem-se ou pura e simplesmente para adquirirem conhecimento, conhecimento esse que não utilizam para o bem dos demais, numa vida de serviço. Nesse caso, o Ego retorna com restrições visuais, a fim de que aprenda a usar tal sentido altruisticamente.
No caso de deficiências auditivas, essas resultam do fato de a pessoa conservar-se surda aos ensinamentos espirituais e aos brados de sofrimento de outrem, permanecendo indiferente aos problemas alheios. Essas condições nem sempre aparecem ao nascimento, mas aguardam uma condição planetária para surgirem. Se as aflições estão em signos fixos, a pessoa terá de lutar duramente para sobrepujá-las. Se for bem-sucedida, erradicará o “pecado” e na vida seguinte o Ego voltará sem esse entrave, porque pagou o seu débito para com a lei.
Se atualmente somos portadores de uma dessas deficiências, porém, se nos dispusermos a liquidar nossas dívidas para com a lei, na próxima existência voltaremos com as faculdades correspondentes despertas, aptas a serem usadas no Serviço do Mestre.
A lei diz que nossos pecados poderão ser perdoados, contudo, apesar disso deveremos pagar as dívidas resultantes. Isso poderá ser ilustrado da seguinte maneira: se o menino rouba maçãs verdes e as come, sua mãe poderá perdoar-lhe, mas não o seu estômago. Assim acontece ou aconteceu durante toda a nossa cadeia de existências. Quando alguém tem restrições de visão, audição ou vocal durante a existência terrestre, isso representa limitações que dizem respeito ao seu veículo físico, mesmo porque quando o Ego o deixa para trás, tais restrições não serão mais sentidas.
Na verdade, muitos dos que são cegos e surdos enquanto em corpo físico, têm por outro lado visão e audição espiritual ou clarividência e clariaudiência, provando assim que as faculdades do corpo físico não se encontram duplicadas nos veículos superiores. Quando dormimos, nossos corpos físicos não ascendem aos Mundos celestiais, mas apenas os veículos mais sutis, não havendo, portanto, restrições visuais ou auditivas nessas ocasiões.
Esse é um tema de grande interesse para muitos, e nunca será demais repetir que tais restrições não são consequências do rigor e dureza do Pai Celeste, mas sim oportunidades que surgem para o resgate de nossas dívidas para com a Natureza.
(Publicado na revista Serviço Rosacruz de agosto/1967)
Pergunta: Gostaria de saber se o Sr. Heindel pode funcionar no plano do Ego. Em caso afirmativo, ele poderá comunicar-se com meu Ego e fornecer-me as seguintes informações: Desejo saber quem é meu Ego e o que ele pretende fazer com esta vida terrena, e também como poderia ter consciência dele, diária e ininterruptamente?
Resposta: Nesta vida terrena, quando estamos despertos, o Ego funciona no Mundo visível como um Espírito interior, mas durante as horas do sono, o Ego fica no Mundo do Desejo, onde também permanecerá por algum tempo após a morte. Os estágios posteriores da existência “post-mortem” serão vividos na Região do Pensamento Concreto, que é o Segundo Céu. Acima desse está a Região do Pensamento Abstrato, também chamada Terceiro Céu, o lar do Ego, que excursiona pela Terra com o fim de ganhar experiência e crescimento anímico.
Enquanto vivemos na Terra são formadas certas ligações com outros que, de acordo com a Lei de Causa e Efeito, produzirão mais cedo ou mais tarde seus efeitos. Isso aparece como sorte ou destino. Devido a transgressões, voluntárias ou ignorantes, da lei da vida em épocas passadas, nós acumulamos uma dívida de más ações que devem ser liquidadas em algum tempo. Devemos colher o que semeamos, antes que nos tornemos puros e livres em espírito. Ao chegar o momento de saldar parte da dívida, o conhecimento desse destino iminente iria paralisar-nos, e a visão total da dura realidade, provavelmente, esmagaria o espírito mais forte, a menos que já estivesse parcialmente iluminado e apto a conformar-se e aceitar as leis da natureza. Quando essa grande luz brilhar dentro do coração de um ser humano e ele sentir-se como um Espírito pródigo, apartado de seu Pai do céu, quando ele exclamar no íntimo de seu coração: “Eu irei para meu Pai”, e que esse desejo esteja sempre ante sua visão espiritual, então, pela primeira vez, ele enfrentará a incorporação de seu destino, chamada pelos ocultistas, “O Guardião do Umbral”.
O aspirante encontra essa entidade na porta entre os Mundos visíveis e invisíveis. Quando ele tenta entrar nesse mundo que conhecera anteriormente por meio da visão espiritual, ele se defronta com esse “Guardião do Umbral”, e não pode passar antes de ser admitido. Todo neófito deve enfrentar esse espectro horrendo, tal como Glyndon o fez na novela “Zanoni”, da autoria de Bulwer Lytton. Esse espectro não se manifesta à humanidade comum, mesmo nos períodos entre a morte e o renascimento, porém, o neófito, como já foi explicado, deve não só encará-lo, reconhecê-lo, mas ter a coragem de passar por ele. Deve proferir um voto solene de fazer tudo o que for possível e necessário para liquidar a dívida que está representada nessa incorporação, e também um voto de silêncio sobre todas as coisas ali ocorridas.
Quando o consulente pergunta quem é seu Ego, pede justamente a informação que o “Guardião do Umbral” dos mundos invisíveis esconde sob a benéfica lei da natureza, que ninguém tem o privilégio de quebrar. Até que tenha atingido a força espiritual para ultrapassá-lo e aprender por si próprio, isso deve permanecer oculto de si. Mesmo então, não haverá um intercâmbio ininterrupto e consciente entre o Eu superior e a personalidade. Isso pertence a um estágio evolutivo muito posterior, quando já tivermos inteiramente espiritualizado nossos veículos em essência anímica. Há somente um caminho a ser seguido: é aplicar-se diligentemente ao problema.
Se continuar a buscar encontrará, mas, lembre-se, não há meios fáceis de chegar a esse conhecimento. Ninguém pode fornecê-lo ou vendê-lo pronto a ser usado. Quanto a nós, que estamos mais avançados, tudo o que podemos fazer pelos outros é indicar-lhes o caminho, encorajando-os a encetá-lo até o fim, a despeito de todos os revezes e obstáculos, confiantes de que o que um ser humano faz, qualquer outro pode fazer. Cada um de nós tem o mesmo poder divino e está habilitado a ser bem-sucedido em tudo o que fizer.
(Livro: Perguntas e Respostas – Vol. II – pergunta 53 – Max Heindel)
Pergunta: Eu penso que não podemos negar que existem Objetos Voadores Não Identificados (OVNI ou UFO, em inglês), sendo operados por seres mais evoluídos do que nós. Imagino que esses seres são capazes, pela força mental, de manifestarem-se em corpos vitais ou físicos, como for necessário. Como este assunto é frequentemente discutido, gostaria que a Fraternidade nos desse uma explicação a respeito.
Resposta: A Fraternidade Rosacruz não tem uma informação “oficial” acerca de OVNI ou seres que estejam operando neles. No entanto, pela publicidade dada a essas aparições e as reportagens feitas a esse respeito, é possível que nós estejamos “sob observação” por seres de outros planos e esferas.
De acordo com a Filosofia da Fraternidade Rosacruz, Mercurianos e Venusianos, que são membros adiantados de nossa própria onda de vida, já visitaram a Terra no passado, a fim de ajudar as pessoas daqui. Desde que seres de outros Planetas visitaram a Terra em outros tempos, não é totalmente impossível que eles estejam fazendo o mesmo agora. Talvez estejamos precisando, mais uma vez, de ajuda.
Sabemos e foi-nos ensinado que, para funcionarmos em qualquer mundo, precisamos ter veículos adequados e feitos do material desse mundo. Portanto, qualquer ser extraterreno que entre na atmosfera da Terra deve estar capacitado a criar tais veículos, para usá-los enquanto aqui permanecer. Ainda que eles façam isso através do poder mental ou de uma outra maneira, eles têm de criar veículos compostos de substâncias químicas ou etéricas.
(Traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross” e Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978)