Pergunta: É possível ser Iniciado em outro plano sem passar antes por uma Iniciação correspondente no plano físico? Nesse caso, a lembrança da Iniciação, no primeiro despertar, seria uma indicação que esta se realizou, ou isso não passaria de um sonho?
Resposta: A humanidade, como um todo, está progredindo através de um processo que chamamos de evolução da impotência para a onipotência. Durante essa peregrinação, nós, que fomos outrora totalmente espirituais, cristalizamo-nos gradualmente nos vários veículos que possuímos hoje. Naqueles dias do passado éramos inteiramente conscientes no plano espiritual, e embora no tempo devido nos tenhamos envolvido num corpo físico, não o sabíamos. No entanto, gradualmente, alguns tornaram-se conscientes do corpo físico. Como diz a Bíblia: “Eles olharam-se, seus olhos foram abertos e viram que estavam nus”. Esses pioneiros, que haviam sido assim Iniciados no mistério do corpo físico, começaram a dizer aos outros: “Nós temos um corpo”. No início, é natural que muito poucos acreditassem neles, mas, gradualmente, um maior número se tornou Iniciado no mistério do corpo. Eles receberam sua visão física, e viram algo que não era tão patente aos seus irmãos. Finalmente, toda a humanidade desenvolveu os sentidos físicos e tornou-se capaz de perceber o mundo material no qual vivemos hoje.
Atualmente acontece o contrário. A humanidade tornou-se tão apegada ao mundo material, que a grande maioria não se conscientiza da existência de seus veículos superiores e do fato de existir um mundo espiritual, que pode ser percebido através de um sexto sentido que já foi desenvolvido por poucos, mas que está latente na maioria das pessoas. Estes pioneiros que, por meio do desenvolvimento de um sexto sentido, se tornaram Iniciados no mistério da alma, estão agora ocupados em difundir para os outros as boas notícias, isto é, que temos uma alma e um sentido latente para percebê-la.
Esta explicação deveria tornar claro que a Iniciação consiste, até certo ponto, em ajudar alguém que não tenha sido previamente capaz de perceber o mundo espiritual, a mudar a sua consciência a fim de poder focalizá-la à vontade na parte invisível do ser humano que denominamos alma, e manter perfeita consciência de tudo que vê.
Isso é verdade, pelo menos no que diz respeito ao processo espiritual de Iniciação. Naquela longínqua Época Lemúrica, quando os primeiros pioneiros descobriram que tinham um corpo, não podiam ajudar ninguém que não estivesse preparado a participar de uma cerimônia por mais elaborada que ela fosse; a elevação a ser obtida pela Iniciação consistia na abertura dos olhos e na percepção do corpo físico no mundo físico. Da mesma forma, não adiantará passar por cerimônias desde manhã até à noite, ou estudar o livro deste ou o método daquele homem. O objetivo é desenvolver o sexto sentido, por meio do qual o mundo invisível e os veículos invisíveis do homem possam ser percebidos. Este é um lento processo de crescimento, e exige que a pessoa se transforme em algo que não é no momento.
O melhor método de despertar este sentido latente, apropriado para o Mundo Ocidental, está indicado no “Conceito Rosacruz do Cosmos” sob o título: Método para Adquirir o Conhecimento Direto, como também no artigo intitulado Visão e Percepção Espiritual, Seu Cultivo, Controle e Uso Correto. Quando a vida física de uma pessoa a tornou apta para a Iniciação, o Mestre sempre aparece no seu caminho enquanto ela está completamente desperta e em plena consciência física. O candidato é informado que desenvolveu um veículo necessário para atuar no mundo invisível, é-lhe oferecida ajuda para efetuar a primeira ou transição “inicial” com segurança.
Esta é uma oferta que poderá ser recusada se o candidato assim o desejar, e nenhum dos Irmãos Brancos o pressionaria contra a sua vontade, se ele não quiser ir. Certos preparativos físicos são necessários e, durante todo o processo, desde o momento em que abandona o corpo até o retorno, o candidato permanece plenamente consciente e tem uma lembrança ininterrupta de tudo o que ocorre. Portanto, é impossível a alguém que tenha realmente passado por um processo da Iniciação, duvidar dele ou pensar que tenha sido um sonho.
(Perg. 67 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Como os registros na Memória da Natureza aparecem à visão espiritual? Como os atos da vida anterior de uma pessoa são representados?
Resposta: Isso depende de onde se leia na Memória da Natureza. No Éter Refletor existem imagens de tudo que aconteceu no mundo, num período de, pelo menos, várias centenas de anos atrás, talvez muito mais em certos casos. Aparecem semelhantes a imagens projetadas numa tela, com a diferença que as cenas se desenrolam em sentido contrário. Portanto, se desejarmos estudar a vida de Lutero ou de Calvino na Memória da Natureza, podemos, por meio da concentração, evocar quaisquer pontos de suas vidas e daí começar mantendo a cena com a qual iniciamos a observação ou outra cena qualquer, pelo tempo que desejarmos pela simples vontade de a contemplar. No entanto, descobriremos que a película se desenrola para trás, assim, se começarmos com a cena em que Lutero, segundo consta, lançou o tinteiro contra a parede a fim de expulsar sua Majestade Satânica, e se quisermos saber o que aconteceu depois disso, nada conseguiremos. Passarão diante de nós todas as cenas ocorridas anteriormente e, para conseguir a informação desejada, deveremos começar a partir de um ponto posterior ao tempo daquele acontecimento. Então as cenas desenrolar-se-ão de frente para trás, numa sequência ordenada, até que cheguemos ao episódio do tinteiro e, em consequência, poderemos mais tarde reconstituir a cena completa da forma progressiva que se obtém diária e habitualmente na vida física.
Contudo, se lermos na Memória da Natureza no reino superior seguinte, onde o registro é guardado, ou seja, na subdivisão mais elevada da Região do Pensamento Concreto, obteremos uma visão consideravelmente diferente. Ao concentrarmos o pensamento em Lutero, evocaremos em nossa Mente, de uma só vez como num lampejo, o registro completo de sua vida. Não haverá começo nem fim, mas experimentaremos imediatamente o aroma ou a essência de toda a sua existência. Esse filme — ou pensamento ou conhecimento — não estará localizado fora de nós como se fôssemos simples espectadores assistindo a vida de Lutero. Na verdade, ele estará dentro de nós, e nós nos sentiremos como se fôssemos realmente Lutero. Esse filme falará à nossa consciência interna e dar-nos-á um entendimento completo da vida e dos objetivos dele, o que não poderia ser adquirido através de uma simples visão externa. Saberemos o que ele sabia durante algum tempo. Sentiremos o que ele sentiu e, embora não haja emissão sonora, obteremos um profundo conhecimento desse homem desde o berço até o túmulo.
Cada pensamento e ato, por mais íntimos e ocultos que tenham sido, chegarão ao nosso conhecimento com todos os seus motivos e tudo que os ocasionou. Isso nos levará a uma compreensão mais ampla da sua vida, um entendimento tão íntimo que, provavelmente, nem ele próprio, durante a sua vida, imaginou a extensão do conhecimento que teríamos dele.
Podemos pensar que, tendo adquirido um conhecimento tão profundo e completo sobre Lutero, Calvino, Napoleão ou qualquer outro ser humano, acontecimento histórico ou até pré-histórico antes da história ser escrita, seríamos capazes de escrever livros que explicariam todas essas coisas de maneira maravilhosa. Os que tentarem ler a Memória da Natureza, conforme ela se apresenta nessa Região elevada, confirmarão a declaração do autor, que foi exatamente isso que sentiram quando deixaram a pesquisa e voltaram para a sua consciência cerebral comum. No entanto, o pensamento deve se manifestar através do cérebro e, para se tornar inteligível para os outros, deve ser traduzido em frases que contenham e desenvolvam consecutivamente as ideias a serem expostas, e ninguém que ainda não tenha sentido esta limitação ao voltar do Mundo Celestial com informações tão valiosas, pode avaliar o desapontamento e o desespero que a pessoa sente ao fazer esse esforço. Nessa subdivisão elevada da Região do Pensamento Concreto, todas as coisas estão incluídas num eterno aqui e agora. Não há tempo nem espaço, começo nem fim, e é quase impossível ajustar ordenadamente as ideias sobre o que lá foi visto, ouvido e sentido. Parece simplesmente que o cérebro se recusa a deixar filtrar essas ideias. Nós, que temos visto e ouvido, sabemos o que vimos e ouvimos, mas somos incapazes de expressá-lo. Não há idioma ou língua humana que possa traduzir essas coisas de maneira adequada e só podemos transmitir aos outros uma fraca impressão, uma sombra atenuada da gloriosa realidade.
Há ainda outro registro da Memória da Natureza no Mundo do Espírito de Vida que, segundo os Irmãos Maiores da Rosacruz, abrange os eventos que remontam aos primórdios da nossa atual manifestação. São tão sublimes, tão maravilhosos que não encontramos palavras que possam descrevê-los. Há muitos mistificadores que se enganam a si mesmos e aos outros, julgando que são capazes de ler esse registro, mas, segundo os Irmãos Maiores, somente eles próprios e outros Hierarcas de outra Escola de Mistérios, juntamente com os Adeptos que se graduaram nessas instituições, são capazes de ler esse registro.
(Perg. 66 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: No Conceito Rosacruz do Cosmos, Capítulo III — subtítulo O Segundo Céu -, consta que a faculdade de percepção do espaço está ligada ao delicado ajustamento dos três canais semicirculares no ouvido, apontando nas três dimensões do espaço. O pensamento lógico e a capacidade matemática estão em proporção da precisão do seu ajustamento.
Parece que a percepção da quarta dimensão foi alcançada por matemáticos de nível muito superior. Poderiam dizer-me se há alguma mudança na disposição desses canais semicirculares, ou qual é o processo que leva à consciência da quarta dimensão?
Parece também que os espíritos da natureza e os elementais possuem esta consciência da quarta dimensão, o que representa um grau de consciência mais elevado daquele que temos agora, e isso se aplica possivelmente à abelha ou aos cavalos Elberfeld[1]. Poderiam indicar o elo perdido? O que torna o ser humano ou a humanidade superior a esses seres, e qual é a disposição desses canais semicirculares no caso das abelhas e desses cavalos talentosos?
Resposta: Para a maioria da humanidade, os algarismos são excessivamente tediosos, pois estamos acostumados a viver uma vida externa entre outras pessoas e amigos, com os quais expressamos os nossos desejos, sensações e emoções. Quanto mais esses sentimentos são intensos, mais interessantes achamos a vida. Por outro lado, coisas que não causam qualquer emoção são tidas como monótonas e desinteressantes. Por essa razão, a maioria não é atraída pela matemática ou por qualquer outra coisa que aguce a Mente sem que, ao mesmo tempo, desperte a natureza emocional.
Sabemos que Deus geometriza, que todos os processos da natureza estão estruturados sobre cálculos sistemáticos que provam a existência de uma Inteligência Superior. Quando Deus, o grande Arquiteto do Universo, construiu o mundo todo sobre linhas matemáticas, podemos concluir que, consciente ou inconscientemente, o matemático está alcançando uma direção em que finalmente ver-se-á face a face com Deus, e isso, por si mesmo, mostra uma expansão de consciência. Se considerarmos que cada um dos canais semicirculares é realmente um nível supersensível do espírito — ajustado de maneira a indicar à nossa consciência o movimento do nosso corpo através do comprimento, largura ou profundidade do espaço — podemos facilmente entender que o seu presente ajuste é necessário para a percepção do espaço. Se esses canais são bem ajustados, a percepção da pessoa é perfeita e, se ela empreender o estudo da matemática, as suas teorias estarão em concordância com o que ela vê no mundo como fatos reais. Em algumas Mentes elevadas, isso gera um verdadeiro amor pelos algarismos, o que se torna um fator de descanso para essas pessoas, ao invés de serem uma fonte de cansaço como o são para a maioria. O amor pelos algarismos pode despertar nelas as faculdades espirituais latentes, mas não através de qualquer mudança nos canais semicirculares. Esses são estruturas ósseas e não mudam facilmente durante o período de nossa vida. No entanto, não há dúvida que aquele que possuir gosto pela música ou pela matemática irá construir esses canais mais acuradamente no Segundo Céu, no período compreendido entre a morte e um novo nascimento.
Quanto à consciência dos elementais ou dos espíritos da natureza, realmente eles possuem o que pode ser chamado consciência da quarta dimensão. Além da altura, largura e comprimento, que são as dimensões do espaço no mundo físico, há o que denominamos “interpenetração” nos Éteres. Com a visão etérica podemos ver dentro de uma montanha e, se tivermos um Corpo Vital como possuem os espíritos da natureza, podemos atravessar a mais dura rocha de granito. Esse não oferecerá qualquer obstáculo, da mesma forma que o ar não impede a nossa marcha aqui, embora, muitas vezes, sejamos perturbados pelos ventos. Contudo, mesmo entre os espíritos da natureza há diferentes entidades e uma correspondente variação de consciência.
Os corpos dos Gnomos são feitos principalmente do Éter Químico, portanto, são do solo da terra. Ninguém os vê voando como voam as Sílfides. Eles podem ser queimados no fogo e envelhecem de maneira não muito diferente da dos seres humanos.
As Ondinas que vivem na água e as Sílfides no ar são também mortais, mas sendo os seus corpos compostos, respectivamente, dos Éteres de Vida e Luminoso, têm uma longevidade maior. Acredita-se que os Gnomos não vivam mais do que algumas centenas de anos, as Ondinas e as Sílfides milhares de anos, e as salamandras, cujos corpos são feitos principalmente do quarto Éter, viveriam muitos milhares de anos. Contudo, a consciência que constrói e anima esses corpos pertence a várias Hierarquias Divinas que, dessa maneira, adquirem experiência adicional, e as formas, que foram construídas de matéria e depois animadas, atingiram um grau de autoconsciência durante essas longas existências. Eles percebem sua própria existência transitória, e é devido à sua rebeldia contra esse estado de coisas, que a guerra dos elementos, principalmente as do fogo, do ar e da água é travada. Julgando que são mantidos em cativeiro, procuram libertar-se das amarras pela força, mas, não possuindo nenhum estilo de direção, investem furiosamente de uma maneira destrutiva que resulta muitas vezes em grandes catástrofes.
A consciência dos Gnomos é vagarosa demais para tomarem a iniciativa, mas eles tornam-se frequentemente cúmplices dos outros espíritos da natureza ao abrir passagens que favorecem explosões na rocha. No entanto, isso não tem nenhuma ligação com os cavalos Elberfeld ou com outros animais prodígios. Esses são os pupilos dos seus respectivos Espíritos-Grupo, e é provável que seja a última vez que renasçam numa forma animal.
Quando isso acontece, tais Espíritos são relegados ao Caos, onde devem esperar durante a Noite Cósmica por seus irmãos menos dotados até a época em que lhes será possível iniciar a sua evolução humana no Período de Júpiter.
(Perg. 65 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
[1] N.R.: Os célebres cavalos Muhamed e Zarif deixaram a sociedade parisiense atônita no início do século XX, quando através de um alfabeto convencional conversavam com o seu dono, rico comerciante de Elberfeld, distrito de Wuppertal, na Alemanha; além de executarem difíceis cálculos matemáticos, inclusive raízes quadradas e cúbicas.
Pergunta: Poderiam esclarecer o problema da percepção? Como o vidente sabe a respeito dos planos superiores? Isto é, (a) como ele distingue entre um pensamento-forma emanado da sua própria Mente, (b) o pensamento-forma emanado de alguma outra pessoa quer esteja encarnada ou não, (c) de entidades espirituais reais?
Resposta: Contrariamente à opinião das pessoas que nada sabem a esse respeito, isto é puramente uma questão de treinamento. É absolutamente errado supor que, pelo fato de uma pessoa ter desenvolvido a visão espiritual, tornando-se capaz de ver coisas nos Mundos geralmente invisíveis à visão humana comum no presente estágio de evolução, essa faculdade a leve também a saber tudo. Na realidade, ela nada sabe até ter adquirido o conhecimento através da investigação. A Lei de Analogia, que é a chave-mestra para todos os mistérios, deverá tornar isto claro. “Assim como é em cima, assim é embaixo”. Vemos o aparelho de telefone, sabemos como fazê-lo funcionar tirando o receptor, colocando-o no nosso ouvido e falando através do transmissor. Sabemos até, de forma vaga, que ele opera por meio da eletricidade, mas o mecanismo permanece um mistério para a grande maioria.
Similarmente, podemos voltear um interruptor elétrico, as luzes cintilarem, e os motores começarem a funcionar. Vemos o fenômeno, mas não conhecemos as forças subjacentes até que tenhamos investigado e adquirido o posterior conhecimento. As mesmíssimas condições prevalecem e num grau muito maior no Mundo do Desejo, devido à plasticidade superlativa da matéria de desejo e à facilidade com que ela se modifica assumindo as mais diferentes formas segundo a vontade do Espírito que a anima, seja ele super-humano ou elemental. Por essa razão, mesmo a pessoa que tem controle voluntário da sua visão espiritual requer um treinamento completo e deve desenvolver a faculdade de ver além da forma, a vida que a anima. É somente após ter desenvolvido essa faculdade que ela estará livre de engano e capaz de distinguir a verdadeira natureza e estado de todas as coisas e seres que vê no mundo invisível. Para tornar isto o mais eficiente possível e ter e certeza de não haver ilusões, é necessário cultivar o grau de visão espiritual que pertence à região concreta do Mundo do Pensamento, onde os arquétipos podem ser vistos.
Para tornar isto claro, podemos recordar que a visão física varia, de forma que há certos seres que veem perfeitamente em condições que para nós pareceriam obscuras. Por exemplo, as corujas e morcegos. Os olhos dos peixes são estruturados de maneira a poderem ver debaixo da água. Os órgãos da visão espiritual são também capazes de sintonizar diversas vibrações. Cada frequência de vibração produz um grau diferente de visão e revela ao pesquisador um determinado reino da natureza. Por uma extensão ligeiramente maior da visão física, os Éteres e os seres tornam-se ali plenamente visíveis. Esse grau da visão pode ser comparado ao raio-X, pois os objetos que aparecem sólidos à visão física são facilmente penetrados pela visão etérica.
Quando alguém olha para uma casa com a visão etérica, vê diretamente através da parede. Se quiser saber o que está ocorrendo num aposento no lado mais distante da casa em relação ao ponto em que se encontra, os raios etéricos dos seus olhos atravessarão as paredes e os objetos que se encontrarem no caminho, e ele passa a vê-los tão claramente como se a casa fosse de vidro. Esse grau de visão pode ser aplicado ao corpo humano, e é possível, com essa faculdade, ver através de toda a estrutura orgânica e observar as suas funções em plena atividade. O autor também achava, até recentemente, que o estratagema comum de se ler uma carta encerrada num envelope selado, talvez no bolso de outra pessoa, realizava-se da mesma maneira. No entanto, estimulado pelos artigos sobre psicometria da nossa revista, pegou uma carta endereçada a ele mesmo e tentou a experiência, no que teve sucesso total, pois foi-lhe mostrada, sentada em seu quarto, tanto a pessoa que tinha escrito a carta como todo o seu conteúdo. Logo depois, ele tentou a visão etérica com outra carta para averiguar como diferir o resultado, e teve grande dificuldade em decifrar o que estava escrito porque a carta havia sido dobrada. Parecia haver uma massa conglomerada de riscos de tinta, e foi necessário o uso do grau mais elevado de visão que penetra o Mundo do Desejo antes da carta poder ser lida.
Quando alguém olha para um objeto com a visão necessária para ver o Mundo do Desejo, mesmo os objetos mais sólidos podem ser vistos por e através de todos os lados, com a diferença de que quem os vê, é como se estivessem vindo de todas as direções. Pensamentos-forma, tais como os que foram mencionados pelo consulente, provavelmente são revestidos deste material, porque nenhum pensamento-forma pode compelir à ação a não ser por intermédio desta força — a substância que chamamos matéria de desejo — e ninguém, a não ser quem tenha estudado a questão, pode imaginar quantas pessoas são movidas por pensamentos-forma que acreditam ser seus, mas que, na realidade, se originaram no cérebro de outrem. É dessa forma que a opinião pública é formada. Grandes pensadores, que possuem ideias definidas a respeito de algo particular, irradiam aqueles pensamentos-forma. Outros pensadores, menos positivos e não contrários à opinião expressa nesses pensamentos-forma errantes, conseguem captá-los pensando que se originaram dentro de si. Assim, gradualmente, o sentimento cresce e o que começou na Mente de um único homem, passa a ser aceito por grande parte de uma comunidade.
Para conhecer positivamente a origem de tais pensamentos-forma errantes, seria necessário um estudo por meio do grau de visão apropriada para atuar na Região do Pensamento Concreto, onde a ideia original tomou forma. Ali, todos os objetos sólidos aparecem como cavidades vazias de onde uma nota-chave básica é continuamente tocada, assim, quem os vê, também ouve deles a história completa da sua existência. Pensamentos-forma que não se cristalizaram ainda em ação concreta ou ser físico, não se apresentam ao observador como uma cavidade, mas ali, os pensamentos não são silenciosos. Eles falam uma linguagem inconfundível e transmitem, de uma forma muito mais precisa do que as palavras, a sua intenção, até que a energia despendida pelo seu criador se esgote. Como vibram no tom peculiar à pessoa que lhes deu origem, é comparativamente fácil para o ocultista treinado investigar sua fonte.
Quanto ao parágrafo “c” da sua pergunta, não ficou muito claro o que questionou. Se deseja saber como distinguir os pensamentos das verdadeiras entidades espirituais dos nossos próprios pensamentos, o método anterior pode ser aplicado a todos os seres sem qualquer distinção. Mas, se quer saber como podemos distinguir as entidades espirituais reais dos pensamentos-forma, a resposta é que os pensamentos-forma são destituídos de espontaneidade. Eles são mais ou menos parecidos a autômatos. Eles movimentam-se e agem em uma única direção, de acordo com a vontade do pensador que é a força motivadora que os impulsiona. As ações objetivas das entidades espirituais são espontâneas e mutáveis, da mesma forma que o são as nossas ações ou táticas sempre que o desejarmos ou quando nos pareça desejável mudá-las.
(Perg. 64 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Estou intrigado sobre o significado do verso da escritura utilizado em relação ao Emblema Rosacruz: “Se andarmos na Luz como Ele na Luz está, teremos comunhão uns com os outros”. Como podemos caminhar na Luz? Significa isto que temos comunhão com o Cristo, ou uma pessoa com outra, ou a temos com o Cristo e simultaneamente com outras pessoas? Significará que todas as pessoas, caminhando na Luz, receberão iluminação?
Resposta: A “Luz” em questão é a do Corpo-Alma, aquela vestimenta luminosa que tecemos pelo amor e sacrifício desinteressado ao próximo. Compõe-se dos dois Éteres superiores (de Luz e Refletor) do Corpo Vital e é o veículo particular do Cristo em nós. O Princípio Crístico é o Princípio de Unidade, estando relacionado ao Mundo do Espírito de Vida, o primeiro dos mundos universais e, portanto, quando construímos o Corpo-Alma e caminhamos em sua luz (é de fato luminoso) estamos andando num mar de UNIDADE, por assim dizer. Assim “temos comunhão” ou sentimos uma união com todas as criaturas de Deus.
Relativamente ao Corpo-Alma, é-nos ensinado nos Ensinamentos Rosacruzes, que: “A parte do Corpo Vital formada pelos dois Éteres superiores, é o que podemos chamar de Corpo-Alma, isto é, é mais diretamente ligado com o Corpo de Desejos e a Mente e também mais maleável para o contato com o Espírito, que os dois Éteres inferiores. É o veículo do intelecto, e responsável por tudo o que faz do ser humano um indivíduo. Nossas observações, aspirações, carácter, etc. são devidos ao trabalho do Espírito nestes dois Éteres superiores, os quais se tornam mais ou menos luminosos conforme a natureza de nosso carácter e hábitos. Também, conforme o Corpo Denso assimila partículas de alimento ganhando assim carne, os dois Éteres superiores assimilam nossas boas ações, crescendo de volume. De acordo com nossas ações aumentamos ou diminuímos, nesta vida, aquilo que trouxemos conosco ao nascer”.
“Conforme novas formas vão sendo propagadas através do segundo Éter (de Vida), o Ser Superior, o Cristo Interno, forma-se através deste mesmo veículo de geração, o Corpo Vital, em seus aspectos superiores incorporados aos dois Éteres superiores.
“Mas à semelhança de um bebê que requer nutrição, também o Cristo ao nascer é um bebê precisando de alimento para se tornar um pleno adulto. E assim como o corpo físico cresce por contínua assimilação de material da região química (sólidos, líquidos e gazes), semelhantemente, conforme o Cristo cresce, crescerão os dois Éteres Superiores, formando uma nuvem luminosa em volta do ser humano que seja suficientemente merecedor de apontar para o céu seu rosto; revestirá o peregrino com luz tão brilhante que ele “andará na luz”, literalmente”.
“São Paulo enfatiza que nós temos — um “soma psuchicon” (traduzido erradamente como corpo natural), um “Corpo-Alma”, feito de éter, que é mais leve que o ar e, portanto, capaz de levitar. Este é o Dourado Traje de Bodas, a Pedra Filosofal, ou a Pedra Viva, mencionada em algumas antigas filosofias como a Alma Diamantina, pois é luminosa, brilhante e faiscante — uma gema sem preço …. Este veículo eventualmente evoluirá na humanidade em seu todo, mas durante a mudança da Época Ária para as condições etéricas da Época Nova Galileia, haverá pioneiros como os Semitas originais fizeram na mudança da Época Atlante para Época Ária”.
“O Corpo-Alma ou ‘Traje de Bodas’ está latente em todos nós. Fica mais resplandecente pela alquimia espiritual, pela qual o serviço é transmutado em crescimento de alma. É a casa ‘feita sem mãos’, eterna nos céus, com a qual São Paulo aspirava cercar-se”.
O “Corpo-Alma” não deve ser confundido absolutamente com a alma que o interpenetra. O Auxiliar Invisível que o utiliza em voos anímicos sabe ser tão real e tangível como o corpo de carne e sangue. Mas dentro deste traje dourado de bodas há um “algo intangível” reconhecido pelo espírito de introspecção. E indescritível; foge aos mais persistentes esforços da imaginação, contudo, lá está tão certamente quanto está o veículo que ele preenche — sim, e ainda mais. Não é vida, amor, beleza, sabedoria, nem outro conceito humano que possa dar a ideia do que seja, pois é a soma de todas as faculdades, atributos e conceitos do bem imensamente intensificados. Se tudo o mais fosse-nos tirado, esta realidade suprema ainda permaneceria, e estaríamos ricos por sua posse, pois através dela sentimos o poder arrebatador de nosso Pai no Céu, o incentivo interior que todo aspirante conhece tão bem”.
(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – jan/fev/88)
Pergunta: Em uma das edições da Revista ‘The Rosicrucian Magazine’, eu li que Max Heindel, ao visitar matadouros, viu Egos humanos que reencarnaram em corpos de animais prestes a irem para o abate. No Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” se afirma, definitivamente, que Egos humanos não reencarnam em corpos de animais e, com isso, não consegui mais entender nada. Poderiam me explicar?
Resposta: É bem verdade que um Ego pertencente à Onda da Vida humana não pode renascer em um corpo da Onda de Vida animal, mas é possível um Ego humano expulsar um Ego animal de seu corpo e tomar posse dele. No entanto, tal Ego humano nada ganha de valor dessa experiência e, além disso, prejudica o progresso do animal tão maltratado e, de alguma forma, em uma vida futura será forçado a fazer as devidas reparações pela transgressão. É um caso de obsidiar um animal e, por isso, será reservada uma pena muito severa.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro/1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)
Resposta: Ondinas, sereias e tritões não são ficções criadas pela imaginação. São reais. Fazemos questão de considerar este Mundo como uma enorme máquina em perpétuo movimento, e tentamos explicar tudo baseado em qualquer teoria científica. As pessoas dirão que o Sol aquece o oceano, que a água evapora e se eleva em camadas mais frias e aí se condensa em nuvens, que estas são levadas pelo vento sobre as terras, que depois dessa transformação ocorrer, a água do mar cai em forma de chuvas. Depois, retorna ao mar sob forma de rios, e tudo fica reduzido a essas explicações.
Enfim, mas como esses fatos ocorreriam sem que alguém estivesse dirigindo e trabalhando sobre eles? Sabe-se muito bem que uma construção é feita de tijolos. Um tijolo é colocado um em cima do outro, e a construção se eleva até a altura desejada. Contudo, os tijolos não vão até lá sozinhos. Devem ser transportados, e é o que acontece na organização da natureza. Os trabalhadores, os Espíritos da Natureza, são encontrados em todos os lugares. Eles têm o seu trabalho e sua evolução da mesma forma que nós, e tudo na natureza é um processo ordenado. Essas ondinas, sereias e tritões estão relacionadas com a condensação da água e com a manutenção da ordem quanto aos elementos da água, reconstruindo as plantas e coisas afins, exatamente como os gnomos formam as flores na terra. Dizemos que uma planta cresce, mas da mesma forma que os tijolos têm de ser juntados para formar uma casa, também os átomos devem ser colocados nas plantas.
No caso dos seres humanos, aqueles que se encontram no Segundo Céu estão nos preparativos para criar novos corpos, e eles aprendem a formar corpos melhores trabalhando sobre nós na construção desses corpos. Posteriormente, eles retornam à Terra com maior experiência e isso os ajuda a construir um corpo ainda melhor da próxima vez. Similarmente, os pequenos Espíritos da Natureza, que chamamos de Gnomos, ajudam a formar as plantas e as flores, e as Sílfides (ou Silfos) são os agentes que levam a água espalhada pelas Ondinas em direção aos céus, onde ela se condensa em nuvens. Então, as Sílfides são a causa dos ventos que movimentam as nuvens causando as tempestades e a chuva. Assim, cada setor da natureza trabalha em conjunto com os outros. As Salamandras são os espíritos do fogo e talvez os menos conhecidos, mas eles também têm seu trabalho a cumprir ao mudar as condições existentes na terra, etc. Devem lembrar-se do “O Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare. Esse é um fato real. Trata-se do seguinte: no Solstício de Dezembro[1], quando tudo está morto, quando a Terra está hibernando sob o seu manto invernal, o novo impulso de vida, a Vida de Cristo, derrama-se pela Terra e começa a avançar em direção à periferia, trazendo vida para as sementes no solo e dando-lhes a vitalidade necessária para brotar. Impregna também de vitalidade todos os seres viventes sobre a Terra. Essa Vida Crística nasce na época do Solstício de Dezembro, quando o Sol se encontra no seu ponto mais baixo de declinação. Consequentemente, temos mais espiritualidade nesse tempo, pois esse impulso de vida divina chega anualmente para nós, e o Salvador nasce para salvar o seu povo do frio (físico e espiritual) e da fome (física e espiritual) que resultariam se o Sol ficasse para sempre nesse ponto de declinação meridional.
O impulso é espiritual, pois, em tal época, não há atividade física em desenvolvimento na natureza. Por outro lado, durante os meses de junho, julho e agosto tudo é atividade no Mundo. O Solstício de Junho é o ápice do impulso físico, e é nessa época que os Espíritos da Natureza celebram seu festival. Eles divertem-se e sentem-se glorificados e agradecidos por terem produzido e ajudado a realizar o milagre da fecundação e expressão de todas as coisas físicas que nasceram. Nesse período, a frutificação tem início, o fruto começa a amadurecer, e chega a época da colheita no Equinócio de Setembro. Vemos que esses Espíritos da Natureza têm uma grande tarefa a cumprir. Verdadeiramente, eles não só existem, como desempenham uma função muito, muito importante no trabalho do mundo.
(Perg. 63 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
[1] N.T.: Cabe sempre lembrar: a questão do hemisfério norte e sul. Nos Solstícios esteja onde você estiver, sempre no Solstício de Dezembro estaremos mais perto do nosso Criador e do Sol (físico e espiritual) e no Solstício de Junho, mais longe.
Pergunta: O “Conceito” diz que o Mundo do Desejo é fluídico e composto de luz e cor em contínua mudança. Será correto imaginar as cores mais escuras nas regiões inferiores fundindo-se, gradualmente, com as cores mais claras, e encontrar na região do poder de alma a luz branca e pura?
Resposta: Sim, num certo sentido o consulente tem razão. A cor depende da vibração, da velocidade, da frequência e do comprimento de onda. Por exemplo, nas cores do espectro, o vermelho tem um comprimento de onda bem maior e uma frequência de vibração mais lenta do que a cor violeta, a qual se encontra no outro extremo do espectro solar. Mas as cores no Mundo do Desejo não são iguais às que vemos aqui. Aqui, a cor é causada pelo reflexo dos raios do Sol na atmosfera. Ali, a luz é uma propriedade da matéria. Poderíamos dizer que, do ponto de vista desse Mundo, a matéria de desejo é luz, e luz é matéria de desejo. Não é assim exatamente, mas aproxima-se disso.
Além do mais, as cores que aqui consideramos escuras, lá são mais brilhantes do que a mais brilhante luz solar daqui. Por isso, não podemos vê-las. Nossos olhos não podem responder a essa frequência de vibração. Não devemos supor que o Mundo do Desejo esteja acima e mais elevado que o Mundo Físico, no sentido do espaço envolvido. A matéria de desejo está aqui. Ela interpenetra todo átomo físico. Mesmo o Éter é penetrado por ela, e o escuro – para a visão espiritual quase preto – Éter Químico, parece quase inseparável do grau mais baixo da matéria de desejo. São tão densos que parecem quase gasosos e, muitas vezes, têm sido motivo de surpresa para o autor que as pessoas não consigam enxergá-los, assim como os seres que se movimentam aí.
(Perg. 61 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)
Pergunta: Como nós na Época Lemúrica podíamos executar nossas atividades se não tínhamos olhos, e não podíamos ver o mundo ao nosso redor?
Resposta: O Lemuriano não tinha olhos, mas ele tinha dois pontos sensíveis em sua cabeça, onde os olhos estão localizados agora. Ele tinha um sentido do tato e, portanto, podia sentir a percepção física da dor, do alívio e conforto, e tinha uma percepção interna que lhe dava uma fraca ideia da forma externa dos objetos, mas que iluminava muito a sua natureza interior. Portanto, a consciência era dirigida para dentro e o Lemuriano percebia as coisas físicas de um modo espiritual, algo parecido como percebemos as coisas nos sonhos. Com relação ao nascimento de seu corpo ele nada sabia, pois não podia ver ou saber qualquer outra coisa, como agora vemos os objetos externos; mas ele sentia seus semelhantes com sua percepção interna de sonho, e tinha uma espécie de linguagem que consistia em sons parecidos com os da natureza.
O Lemuriano executava suas atividades automaticamente, sob a direção de grandes Seres, principalmente, os Senhores da Forma, a onda de vida de Escorpião e os Senhores da Mente, a onda de vida de Sagitário. Os Senhores da Forma o ajudava a construir o seu Corpo de Desejos e os Senhores da Mente o ajudava a se preparar para receber o germe da Mente.
O trabalho realizado pelo Lemuriano, sendo principalmente dentro de si mesmo, não foi de modo algum prejudicado pela falta da visão externa, pois consistia quase que inteiramente no desenvolvimento de seus órgãos internos e seus veículos superiores; e sendo feito, automaticamente, sob a direção de Seres Elevados tais atividades eram perfeitas e totalmente corretas.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de nov/1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)
Pergunta: Por que é declarado em sua literatura que no Período Lunar a umidade foi produzida pelos Globos de calor entrando em contato com o frio externo? No mesmo princípio, por que a umidade não se forma em torno do nosso Sol atual, já que o Sol está cercado por um espaço frio?
Resposta: O ponto mais denso encontrado no Globo do Período Lunar é a Região Etérica do Mundo Físico. Quando a literatura Rosacruz menciona a umidade nesse Período, ela não se refere à umidade física, mas àquela que mais tarde se tornou umidade quando foi condensada em substância física. Essa substância, em formas modificadas, existe desde o começo dos tempos. A filosofia oculta é frequentemente questionada em termos comparativos ao invés do sentido literal, pela razão de, no presente momento, nenhum termo do Mundo Físico ter sido criado para designar as coisas que estão sendo descritas.
A umidade não é formada em torno do Sol no presente momento porque as leis que governam a umidade física não são as mesmas que regulam e governam o desejo ou a substância etérica.
(Pergunta de Leitor publicada na Revista Rays from the Rose Cross de nov./1940 – traduzida pela Fraternidade Rosacruz Campinas-SP)