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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os cuidados de um Estudante Rosacruz trilhando o Caminho de volta à Deus

Os cuidados de um Estudante Rosacruz trilhando o Caminho de volta à Deus

Nesse atual Esquema de Evolução em que estamos inseridos, houve um momento em que éramos ingênuos e inocentes. Guiados em tudo, protegidos em tudo, não tomávamos decisões próprias. Contudo, de acordo com o plano traçado por nosso Criador Deus Pai tínhamos que conhecer todas “as moradas” que ele criou para nós, os Seus filhos. E, ainda, considerando que fomos “feitos à Sua imagem e semelhança”, dentro de nós temos o preceito divino de criar por nós mesmos, de ousar, de ser original. Daí que continuar a ser autômato, guiado em tudo, não poderia ser um estado a durar todo o Esquema de Evolução.

Afinal, a Epigênese, aquela faculdade definida como “a liberdade para inaugurar algo inteiramente novo e não uma simples escolha entre dois cursos de ação”, faz parte de cada um de nós. Fomos criados com ela. Deus Pai já nos criou com ela. Então, como poderíamos ser autômatos, guiados em tudo para sempre?

Foi, então, graças à ajuda de seres vindos do Planeta Marte, os seres lucíferos – também conhecidos como Anjos caídos, espíritos lucíferos – que conseguimos nos livrar dessa dependência eterna.

Conhecemos o bem e o mal, usamos e abusamos da força sexual criadora. Conhecemos a dor e o sofrimento. Vivenciamos o egoísmo e a ambição. Todavia, conquistamos a Região Química do Mundo Físico. Transformamos essa Região num paraíso na Terra. Um lugar agradável de passarmos a nossa existência física. Tudo isso, como planejado pelo nosso Deus Pai.

Mergulhamos nessa Região do Mundo Físico a tal ponto de esquecermos dos outros Mundos! Acostumamo-nos a viver tão bem nesse Mundo que, para muitos, é impossível a existência de outros Mundos!

Estamos tão à vontade nesse Mundo, que tudo que procuramos fazemos comparações com algo desse Mundo. Pensar no concreto ficou mais fácil do que pensar no abstrato! Somos treinados a assim proceder desde que renascemos nesse Mundo, vida após vida.

Quando crianças, devido às forças que operam pelo polo negativo do Éter Refletor do nosso Corpo Vital serem extremamente ativas, temos uma clarividência involuntária. Ou seja: podemos “ver” outros Mundos, além deste. Frequentemente, quando crianças, falamos daquilo que, então, vemos, até que, por “dizer bobagens”, os castigos ou o ridículo que os adultos nos impõem nos fazem desistir de falar. É fato que as crianças têm invisíveis companheiros de brinquedo, que os visitam com frequência durante alguns anos de idade. Portanto, em virtude dessa insistência dos adultos e do mergulho na idade escolar – onde começamos a nossa convivência com a sociedade -, vamos fixando mais nossa atenção na Região Química do Mundo Físico.

Entretanto, estamos no mundo ocidental, no lado ocidental desse campo de evolução que conhecemos como Planeta Terra. Particularmente, estamos na parte onde estão a aprendizagem mais avançada para a espiritualidade: o Cristianismo.

Em outras palavras: os nossos irmãos e irmãs que renascem e vivem nesse lado já passaram o Nadir da Materialidade, o ponto mais baixo, mais denso que nós, como Espíritos Virginais, podemos alcançar na Região Química do Mundo Físico. Ou seja: já aprendemos a obter dessa Região tudo que poderíamos obter. Já conquistamos essa Região! Já conhecemos essa “morada” que Deus criou para nós. Ou ainda: já terminamos a Involução – a parte do Esquema de Evolução em que nos dedicamos à aquisição da consciência e à construção dos veículos (Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente) – e começamos a subir novamente na evolução – a parte do Esquema de Evolução onde convertemos os nossos Corpos em Almas e desenvolvemos a consciência até convertê-la em divina omnisciência. Ou seja, o objetivo é transformar e desenvolver as possibilidades latentes em poderes dinâmicos.

Tal qual lemos na Parábola do Filho Pródigo (Lc 15:11-32) em que o filho mais jovem sai da casa do pai. Após gastar tudo que tinha e conhecer tudo que podia, volta arrependido, mas cheio de conhecimento de outras moradas. Do mesmo modo, nós saímos da casa do Pai, ingênuos e inocentes – portanto, ignorantes – e começamos a nossa longa peregrinação através dos cinco Mundos mais densos que o Mundo que habitávamos no início (o Mundo dos Espíritos Virginais), os quais são: Mundo do Espirito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.

Estamos voltando já com o conhecimento adquirido na Região Química do Mundo Físico. Não somos mais ingênuos neste Mundo. Somos conscientes e conseguimos conhecer este Mundo. Já sabemos compreender e podemos vivenciar o verdadeiro propósito desta vida, ou seja, a aquisição de experiências (e não a busca da felicidade).

E, mais ainda, já aprendemos que existem dois modos de adquirir essas tão valiosas experiências: pessoalmente (mediante a experimentação, muitas vezes dolorosa e dura) ou observando os atos alheios (raciocinando e refletindo sobre eles, guiados pela luz da experiência que já tenhamos alcançado).

Só o fato de já sabermos que esse é o objetivo desta existência mostra que estamos voltando à “casa do Pai”. E a aquisição dessas experiências é a nossa demonstração ao Pai de que aproveitamos o que ele criou para nós, que nos exercitamos como criadores.

São os talentos da Parábola que lemos em Mt 25:14-30, em que aqueles que utilizaram e multiplicaram tudo que Deus lhes deu, receberam mais. Entretanto, o preguiçoso, o medroso, o sovina, o avarento, até o único talento que tinha foi-lhe tirado, como lemos no versículo 29 do mesmo capítulo 25 citado acima: “Pois ao que tem muito, mais lhe será dado e ele terá em abundância. Mas ao que não tem, até mesmo o pouco lhe será tirado”.

Essa volta significa uma reorientação na nossa existência terrestre. É certo que continuaremos ainda, por muito tempo, na roda de nascimentos e mortes neste Mundo Físico, morrendo e voltando de tempos em tempos. É certo que continuaremos ainda, por muito tempo, com relações familiares, com obrigação de adquirir bens, de passarmos por tudo isso que significa funcionar no Mundo Físico. Afinal aqui é o baluarte da nossa evolução. Entretanto, considerando que a finalidade de nossa existência neste Mundo não é mais a aquisição de bens até ficarmos ricos, não é mais protegermos somente nossa família ou os nossos conhecidos, amparando-os e defendendo dos outros desconhecidos, enfim, não é mais a conquista deste Mundo, nem o de mostrar para os outros como se faz, então está na hora de buscarmos essa reorientação.

Com esse propósito de reorientarmos nossa existência, poderemos: assimilar melhor as lições que aqui aprendemos; construir corpos perfeitos para funcionar em cada Região de cada Mundo que Deus criou nos tornando conscientes dos outros Mundos, funcionar neles conscientemente e ajudar, mais eficientemente, nossos irmãos que tanto necessitam, companheiros na jornada, em direção à Deus.

Essa reorientação significa a renúncia de nós mesmos, detalhada pormenorizadamente na Bíblia, particularmente no Novo Testamento, que foi escrito especialmente para os que buscam a realização espiritual pelo único meio que é possível: o Cristianismo. Afinal, “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”.

Ao nos submetermos em viver os ensinamentos de Cristo, conforme fornecidos no Novo Testamento, oferecemos voluntariamente nossos Corpos como um sacrifício vivente sobre o altar da fraternidade e do amor incondicional, amor ágape.

Essa renúncia não é nada fácil. E também não haveria de ser. Passamos tanto tempo exercitando a aquisição de tudo que podíamos que, quando chega o tempo de exercitarmos o desapego, é lógico que haverá dificuldades.

Se a renúncia se dá com alguma reserva, porque talvez não se tenha plena confiança em Deus, sofremos por achar que não conseguimos fazer nada correto, que Deus é injusto. É o caso, por exemplo, de confiar em Deus, mas procurar se resguardar cultuando várias religiões ao mesmo tempo – em especial as não-cristãs –, pedindo para todas a solução do problema. É o caso de quando se tem uma doença (ou alguém querido doente) ir a todos os médicos, do mais barato ao mais caro e, só depois (quantas vezes quando a situação não pode ser explicada pelos médicos, ou que se trata de problema complicado!) “apelar” a Deus, e ainda tentando barganhas.

Se a renúncia se dá de uma maneira desordenada e superficial, a princípio tudo se oferece, despe-se de tudo, mas depois, combatido pela tentação, voltam às comodidades e não se progride em nada. Entristece-se e se revolta com os que buscam a verdadeira renúncia, não compreendendo que o problema está dentro da própria pessoa.

Nem os do primeiro, nem os do segundo caso chegarão à verdadeira renúncia que traz a verdadeira liberdade do coração puro.

Engana-se quem acha que engana a Deus.

Os dois primeiros casos estão como a história do jovem rico que lemos em Mt 19:16-22: “E eis que alguém se aproximou e Lhe disse: ‘Mestre, que de bom devo fazer para alcançar a vida eterna?’. Cristo disse: ‘Por que me perguntas pelo bom? Um só é o bom. Se quiseres entrar na vida, observa os mandamentos’. Disse-lhe ele: ‘Quais?’. Cristo respondeu: ‘Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não prestarás testemunho falso, honra pai e mãe e ama teu próximo como a ti mesmo’. Disse o jovem: ‘Tudo isso tenho observado. O que ainda me falta?’. Respondeu-lhe Cristo: ‘Se quiseres ser perfeito, vai vende tudo que tens, dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem e me segue’”.

Ao ouvir isso, o jovem se foi triste, porque possuía muitos bens.

A renúncia a que Cristo sugere é bem entendida, em sua totalidade, no livro de Jó, no Antigo Testamento.

Lá lemos exemplos de total desapego de si mesmo, das suas posses, da sua felicidade, de todos a quem ele ama, por amor e confiança em Deus.

Esse desapego e renúncia nos liberam para o próximo passo para cima e para frente: a conquista e o trabalho consciente na Região Etérica do Mundo Físico.

E por que é tão necessária essa renúncia, esse desapego das coisas que, até então, nos agarramos?

Devido à Região Etérica do Mundo Físico ser a contraparte do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo, de baixo para cima, onde cessa toda a separatividade, onde reina a fraternidade, onde Cristo — nosso guia e salvador — tem, como o Iniciado mais elevado do Período Solar, dos Arcanjos, o seu corpo mais inferior: o corpo Espírito de Vida.

Portanto, ao exercitarmos essa renúncia aqui, estamos adiantando para funcionarmos na Região Etérica num futuro não tão longínquo como todos pensam. Ao mesmo tempo estamos ajudando os nossos irmãos a percorrer esse caminho.

Se estamos numa Escola de Preparação para a Iniciação como a Fraternidade Rosacruz, Aspirante à Ordem Rosacruz, podemos ter certeza de que não é por acaso. Se somos verdadeiramente Aspirantes à Vida Superior, também não é por acaso. Simplesmente, chamamos para nós a responsabilidade de sermos vanguardeiros. Cada um sendo esteio no meio que está inserido. Cada um sendo a luz pequenina em cima do monte à disposição de quem dela precisa. Cada um sendo exemplo no meio em que está apontando o caminho, na maioria das vezes, não com pregações ou proselitismo, mas com exemplos de vida, de comportamento no seu dia a dia.

Afinal, enquanto Estudantes Rosacruzes são muitos os que nos observam e fazem de nós exemplos para suas vidas. São muitos os que dependem de nós, saibamos ou não. Portanto, se tropeçamos muitos tropeçam também. Se desistimos, muitos fracassam também. Contudo, a maior responsabilidade sempre será nossa. Afinal, escolhemos, de livre vontade, esse caminho. O caminho que vai de volta para a Casa do Pai!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Há possibilidade de duas pessoas que muito se gostaram aqui se reencontrarem na vida celeste?

Pergunta: Se houver uma forte atração entre duas pessoas que não conseguiram uma consumação legal, mediante o casamento em virtude de ligações prévias, se uma delas morrer com esse desejo, há possibilidade de se reencontrarem no céu, se unirem e se casarem numa vida futura na Terra?

Resposta: Sim, com toda probabilidade. A atração sentida mutuamente e que não pôde encontrar aqui meio de expressão, em muitos casos, os reunirá mesmo antes da próxima vida. Embora não haja casamento no Céu, aqueles que se amam e são, num certo sentido, necessários um ao outro para obter a felicidade, são unidos por meio de um vínculo de amizade muito íntima durante a estadia no Primeiro Céu, se faleceram na mesma ocasião ou em data próxima. Contudo, se um deles permanecer no corpo por alguns anos mais depois do outro ter morrido, o que se encontra no Mundo celestial criará, por meio do seu pensamento amoroso, uma imagem do outro e infundirá vida nessa imagem. Não esqueçamos que o Mundo do Desejo é constituído de tal maneira que somos capazes de dar forma a qualquer pensamento nosso. Assim, embora essa imagem só seja animada pelo pensamento de ambos, do que morreu e do que vive ainda na região física, engloba todas as condições necessárias para preencher a felicidade desse habitante do Mundo celestial.

Da mesma forma, ao falecer a segunda pessoa, se a primeira tiver progredido até o Segundo Céu, sua chamada concha (o Corpo de Desejos em desintegração no qual ele ou ela viveu) responderá ao propósito e parecerá perfeitamente real ao segundo amante até que sua vida termine nesse reino. Então, quando ambos passarem para os Segundo e Terceiro Céus, o esquecimento do passado se processará, e poderão partir novamente para uma ou mais vidas sem sentimento de perda. Mas, em alguma época e em algum lugar, se encontrarão novamente e a força dinâmica que geraram no passado, por seu afeto mútuo, irá atraí-los inevitavelmente, e os unirá para que seu amor realize a legítima consumação.

Isto não se aplica somente aos amantes, na acepção geral da palavra, mas ao amor existente entre irmãos, pais e filhos ou amigos sem relação sanguínea. A nossa vida no Primeiro Céu é sempre abençoada e preenchida pela presença daqueles que amamos. Se eles não estiverem no Mundo espiritual e, portanto, não realmente presentes, suas imagens lá estarão. Não devemos pensar que essas imagens sejam pura ilusão, pois elas são animadas pelo amor e pela amizade, enviadas pelos ausentes em direção à pessoa de cuja vida celestial são uma parte.

(Pergunta nº 5 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Fraternidade Rosacruz – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Podemos ver fantasmas de pessoas que ainda estão vivas?

Pergunta: Alguns dias atrás, estava no escritório quando um dos nossos membros mais radicais recomendou com insistência a concessão de uma bolsa de estudos para um moço de poucos recursos que a tinha ganhado previamente, quando ainda era jovem demais para recebê-la legalmente e que, tendo ficado doente na época em que deveria submeter-se ao determinado exame, perdera a bolsa para outro. Contudo, a banca de examinadores da Inglaterra julgou que ele tinha direito moral a essa bolsa.

Ouvindo o debate, alguém sentado ao meu lado tocou-me de leve e disse: “Olhe o Sr. Mac!”. Olhei na direção apontada e lá estava o Sr. Mac, da Faculdade “Masters”, atrás do Secretário de Estado, ouvindo o debate atentamente. Disse à pessoa que o Sr. Mac e eu fôramos colegas na escola e que não o via há vários anos, embora ele não parecesse ter envelhecido.

Depois do Secretário de Estado ter-se pronunciado, o Sr. Mac saiu. Pensei que provavelmente esse moço fosse um de seus preferidos, já que se afastara das suas tarefas na Faculdade para acompanhar o debate.

Alguns dias mais tarde fui visitar uma amiga que morava fora da cidade e, durante a nossa conversa, contei-lhe a respeito do debate. Imaginem minha surpresa, quando ela me disse que o Sr. Mac estava morrendo quando eu pensara vê-lo! Disse-lhe que ela estava enganada, pois alguém o apontara para mim e eu o conhecia muito bem para ter-me confundido. “Bem”, disse ela, “entre no quarto ao lado e verá por si mesmo”. Fui e sobre a cama jazia o meu antigo colega de classe, o Sr. Mac, muito magro, esperando pelo fim. Ele ouvira a minha conversa e mostrou-se interessado, mas não achei que estivesse em condições de ouvir tudo outra vez. Isso foi em um sábado à tarde. Prometi voltar no dia seguinte, no domingo, e contar-lhe o que acontecera; porém essa oportunidade me foi negada. Ele morreu na segunda-feira.

Como um moribundo, igual ao deste caso, poderia surgir com a aparência de um homem em pleno vigor físico? Pode alguém ver fantasmas de pessoas vivas?

Resposta: Sim; realmente, há um número considerável de casos de fantasmas de pessoas vivas. A única condição necessária é que o corpo esteja em um estado de sono profundo ou inconsciência como ocorre, geralmente, quando a pessoa está à beira da morte. Isso pode suceder durante um afogamento, uma queda de cavalo, um acidente de carro ou outras situações similares, ao receber uma pancada na cabeça ou ainda no leito de morte, quando o Corpo Denso está definhando, tendo chegado a um estado extremo de fragilidade e fraqueza, a exemplo do fato mencionado pelo nosso correspondente. Nesse caso, a maior parte do Éter que constitui o Corpo Vital pode ser retirado do veículo físico, que se encontra em condição semelhante à do transe, que pode durar apenas alguns minutos. Entretanto, como o espaço não representa um obstáculo nos Mundos invisíveis, o desejo da pessoa, momentaneamente liberado, pode transportá-la até o fim do mundo e fazê-la aparecer diante de um ente querido a milhares de quilômetros do lugar onde está o seu Corpo Denso.

É bem mais fácil para esse Espírito se materializar do que para aqueles que já deixaram o Corpo Denso após a morte, porque esses fantasmas dos vivos têm o Cordão Prateado ainda intacto — a ligação com o Átomo-semente, no coração, não foi rompida. Assim, é bem possível que o jovem, cuja bolsa de estudos estivesse sendo discutida, fosse um favorito do Sr. Mac, como o supôs o nosso correspondente. Por isso, ao se sentir liberado por uma perda do sentido naquela tarde, seu desejo de se restabelecer e assumir suas atividades na Faculdade o levou a vagar pelos locais familiares e ouvir o debate a respeito do direito do rapaz de receber a bolsa de estudos.

Quanto à pergunta, “Como um homem que esteja claramente morrendo pode aparecer em pleno vigor físico?” podemos afirmar que há uma Lei no Mundo do Desejo que estabelece o seguinte: “O ser humano é aquilo que ele acredita ser” — literalmente, sem restrições. Se pensa ser idoso, acabado e decrépito, ele molda essas características ao seu veículo e aparece assim diante de todos os outros. Contudo, o cavalheiro em questão estava evidentemente planejando recuperar a saúde e o vigor para poder reassumir o seu trabalho. Consequentemente, apareceu perfeitamente saudável para quem o viu.

(Pergunta nº 16 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Fraternidade Rosacruz – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Renascimento: Uma Dádiva de Deus

Renascimento: Uma Dádiva de Deus

Para muitas pessoas é difícil entender o grande enigma da vida; e o da morte se torna mais difícil ainda.

Muitas vezes nos encontramos perguntando sobre fatos da vida como: algumas pessoas são pobres outras já são afortunadas; umas são doentes e outras dotadas de saúde ou umas são brancas e outras negras.

Se Deus é justo e compenetra todo nosso Universo com a Sua vida, porque então iria favorecer alguns e outros não?

E fazemos constantemente as quatro grandes perguntas relativas à nossa existência:

  1. – Quem somos?
  2. – De onde viemos?
  3. – Por que estamos aqui?
  4. – Para onde vamos?

Quase toda a humanidade ignora essas perguntas ou não quer pensar nelas ou, ainda, pensa e formula respostas polidas, bonitas, complicadas ou superficiais. Normalmente as pessoas creem nisto ou naquilo, mas sempre dizem que nada sabem. Não seria o momento de procurarmos respostas a tantas indagações que a nossa Mente, constantemente, está fazendo?

Antes que o ser humano possa entender o mistério da vida, precisa aceitar que o Renascimento é um fato e que todas as manifestações frente à nossa Mente se explicam pela Lei de Causa e Efeito.

Temos que compreender que a continuidade da vida é um fato fundamental!

O Renascimento, assim como a Lei de Causa e Efeito ou Lei de Consequência, torna possível que o ser humano desenvolva todos os seus poderes latentes.

Para conhecer este grande universo, que é a casa do Pai, vamos saber quais são os Mundos que precisamos ter passados até nossa chegada aqui no Mundo Físico.

São cinco os Mundos pelos quais evoluímos nesse Esquema de Evolução: Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida, Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.

Os três últimos, o Mundo do Pensamento, o Mundo do Desejo e o Mundo Físico são, presentemente, os Mundos pelos quais estamos evoluindo.

No Mundo do Pensamento aprendemos a mexer com os arquétipos e com as ideias. Quando precisamos aprimorar alguma ideia, é nesse Mundo que buscamos os elementos sutis necessários para o aperfeiçoamento e a concretização da ideia.

No Mundo do Desejo aprendemos a lidar com os desejos, as emoções, os sentimentos utilizando as forças de atração, repulsão, interesse e da indiferença.

O Mundo Físico é composto de gases, líquidos, sólidos e Éteres e, consequentemente, estamos aprendendo a trabalhar com esses elementos em nossa estada aqui na Terra.

O ser humano consegue trabalhar nesses três Mundos pois tem um veículo composto de material de cada um desses Mundos. Se não tiver, não consegue trabalhar!

Sabemos que o nosso nascimento no Mundo Físico é feito de tempos em tempos. E quando nascemos aqui iniciamos o nosso caminho individual da involução: é o caminho do Espírito em direção à matéria.

É sabido que nas vidas passadas, muitas vezes, fomos cruéis, injustos, arrogantes, mal-agradecidos etc., mas também, com certeza, em outras ocasiões fomos bondosos, tolerantes, prestativos, etc.

Assim, com certeza, somos hoje a soma de todas essas experiências das vidas passadas e recebemos, como herança, a oportunidade de utilizar os poderes latentes em cada um de nós para aprendermos tudo que precisamos nesta existência.

Uma coisa é certa: não somos vítima de um Deus caprichoso, não temos que culpar ninguém, a não ser a nós mesmos, pelas confusões em que nos encontramos.

Como foi escrito pelo Apóstolo São Paulo na sua I Epístola aos Coríntios, capítulo 15 e versículo 40: “Como trazemos em nós a imagem do homem terrestre, devemos também trazer a imagem do celeste”. E no versículo 44 lemos o seguinte: “semeando corpo animal, ressuscita corpo espiritual”.

Esta é a Grande Escola de Deus com iguais oportunidades para todos os alunos, independentemente de idade, sexo, posição social, posição intelectual, habilidade ou quaisquer outras condições que inventemos.

Em cada renascimento, nesta escola da vida, recebemos certas lições fornecidas por Deus, para o nosso crescimento anímico, as quais devem ser estudadas, aprendidas e sublimadas. E se formos um aluno estudioso, ganhamos conhecimento e teremos avançado no caminho evolutivo.

Contudo, se desperdiçamos o tempo e recusamos os trabalhos apresentados, consequentemente nos debilitamos em nossa estrutura moral, como também adquirimos uma tarefa maior e mais difícil de executar. Criaremos uma enorme dívida de destino, cuja execução não será fácil.

Lembrando que os trabalhos não feitos são oportunidades perdidas e que deverão ser executados mais à frente ou em vidas futuras. Só que não será na mesma intensidade inicial, pois o desenvolvimento de nossas potencialidades latentes não poderá ser comprado e nem mesmo doado. Ele vai depender de nossos próprios esforços.

O sofrimento passado por nós aqui, neste baluarte da evolução, representa a lição a ser aprendida. Não devemos nos conformar, nem mesmo nos revoltar com as situações que nos foram apresentadas. Vejamos isso como um remédio doloroso, mas necessário e adequado à cura de nossas doenças da alma. A dor que passamos nada mais é do que a retomada do caminho da harmonia, um estímulo para a perfeição. A dor faz brotar a bondade, a solidariedade no íntimo de cada um dos seres humanos.

Como lemos no Evangelho Segundo São Mateus, capítulo 5 e versículo 48: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.

Podemos ver que nesta escola da vida existe a regência da Lei e da Ordem, isto é; existe um trabalho unido, harmonioso, tanto do ser humano com o ser humano como do ser humano com a natureza. Isso tudo é o amor de Deus em manifestação!

A Lei de Causa e Efeito é ensinada pela Bíblia, como podemos ver quando o Apóstolo São Paulo diz o seguinte: “Qualquer coisa que um homem semear, isto mesmo colherá”. Seja nesta vida ou em outra futura.”.

Devemos agradecer a cada lição recebida, especialmente as difíceis e desagradáveis, pois nos mostra o adiantamento do nosso progresso evolutivo em poder realizá-la; afinal, se isso nos foi dado para passar, mostra que estamos capacitados por aprendê-la.

Podemos verificar que neste momento a vida está limitada pela forma. Estamos presos neste Corpo Denso e muitos de nós só têm consciência deste Mundo Físico, ainda que não totalmente (!)

Quando renascemos aqui no Mundo Físico, esquecemos a nossa origem divina e fazemos daqui um lugar ideal para se viver. Fazemos o possível para que nossa estada aqui seja a melhor possível. Porém chegará o momento em que dentro de nós haverá uma insatisfação, uma inquietação e começamos a buscar alguma coisa a mais que o prazer de viver aqui e a comodidade que encontramos neste Mundo Físico.

Então, o ser humano não se satisfazendo mais com as coisas comuns, começa a buscar a verdade que está relacionada à vida celestial. Estamos nos preparando para mergulharmos em Mundos mais sutis, mais purificados, no processo a que damos o nome de evolução. O ser humano muda, evolui e se transforma constantemente. E à medida que o tempo passa o ser humano está conseguindo ter desejos e pensamentos mais elevados, mais construtivos do que algum tempo atrás.

Por isso, à medida que surgem os obstáculos devemos abraçar a em Deus e não se entregar ao temor, à ansiedade, ao desespero ou ao ceticismo. É nesse momento que devemos buscar aquela voz interna que nos diz: persista mais, persista mais…que no final tudo dará certo.

Como diz no Evangelho Segundo São João, capítulo 16 e versículo 33: “No Mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o Mundo”.

Devemos lembrar que aqui não é nosso lar e que estamos aqui de passagem e, ainda que o nosso verdadeiro lar é o lar celeste na casa do Pai. Se não compreendermos ou se não tivermos consciência do que realmente se passa aqui conosco, devemos procurar transpor as dificuldades e os obstáculos com paciência e fé no Senhor nosso Pai. Max Heindel ensina no Conceito o seguinte: “o único fracasso é deixar de lutar”.

Cada existência terrestre é um capítulo da história de nossa vida; então a morte é uma necessidade. Pois novos nascimentos em novos ambientes darão ao ser humano outras oportunidades de aprender todas as lições que ele desejar nesta escola da vida em que estamos constantemente nos formando, desenvolvendo e provando os nossos talentos. E que devemos usar esses talentos, esses ensinamentos dados por Deus, de maneira a trazer benefícios para o desenvolvimento da alma; pois seremos chamados a prestar contas dessa administração todas as vezes que deixamos o Mundo Físico e passamos para o outro lado.

“Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Espíritos Obsessores da Onda de Vida Humana

Espíritos Obsessores da Onda de Vida Humana

Hoje trataremos do tema “Obsessão”. Apesar de ser um assunto complexo, é fundamental abordá-lo para que possamos nos proteger contra esses espíritos obsessores.

Vamos focar aqui nos espíritos obsessores oriundos da nossa onda de vida: a humana. Ou seja, de irmãos e irmãs que em momentos da sua evolução, infelizmente, se tornam tal classe de seres.

Inicialmente, seria bom esclarecer a relação entre inferno e purgatório. O “inferno” é tido popularmente como o lugar em que ficaremos sofrendo depois da morte, se praticarmos o mal nesta vida. Nos Ensinamentos Rosacruzes, o chamado inferno nada mais é do que o Purgatório.

O Purgatório ocupa as três regiões inferiores do Mundo do Desejo, para onde vamos logo após a morte. Aqui os registros gravados de nossas ações errôneas na vida terrena provocam uma reação da força de repulsão e esses sofrimentos são três vezes mais curtos e três vezes mais intensos; pois não temos o Corpo Denso para amenizar essa dor.

Nesse processo ocorrido no Purgatório desenvolvemos, por meio da dor, a consciência, aquela voz interna que nos permite discernir entre o bem e o mal, quando despertos neste Mundo Físico.

No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, Max Heindel nos mostra que trabalhamos, atualmente, por meio de três Corpos – o Tríplice Corpo. Resultado da nossa manifestação tríplice – um Espírito Tríplice – exatamente como Deus, em manifestação, que nos criou. Porém, somente o Corpo Denso é visível aos nossos olhos físicos.

Na Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 15 e versículos de 40 a 44, São Paulo diz o seguinte: “Há corpos celestes e corpos terrestres… e há corpo animal e há corpo espiritual”.

O Corpo Denso está interpenetrado pelo chamado Corpo Vital (cópia fidedigna daquele) e que mantém a saúde do Corpo Denso, uma vez que esse é, constante e diariamente, destruído pelos desejos inferiores que nós mesmos geramos no nosso dia a dia.

Durante a nossa vida no Mundo Físico temos a chance de desenvolver nossos Corpos invisíveis e superiores por meio de: bons hábitos (Corpo Vital), pensamentos superiores (Mente), desejos, sentimentos e emoções superiores (Corpo de Desejos). Contudo, quando os nossos desejos deixam de ser direcionados para a construção dos veículos superiores e nos negligenciamos desses desejos, sentimentos e emoções superiores e insistimos a praticar maus hábitos, acabamos sendo atraídos, após a nossa morte, até ao Purgatório e lá deveremos nos purgar desses desejos, sentimentos e emoções inferiores e dos maus hábitos. Agora, se não nos apegamos somente a essa existência terrestre, se fazemos fiel e cotidianamente o exercício de Retrospecção e se vivemos para desenvolver o nosso lado espiritual por meio do serviço amoroso e desinteressado para com os nossos irmãos, seguimos o nosso caminho rumo às Regiões superiores do Mundo do Desejo e ao Mundo do Pensamento.

Porém, existem alguns irmãos nossos que, durante a vida aqui, são apegados aos seus bens terrestres – alguns chegando até a conclusão de que nada mais existe -, não dão a mínima para o seu próprio desenvolvimento espiritual e adoram ser servidos, muito mais do que servir – se é que isso lhe passa pela cabeça – e, então, após a morte continuam se apegando à vida terrena e não deixam seus veículos espirituais aprenderem novas lições. E, em razão disso, os chamamos de “espíritos apegados à Terra”. Como o livre arbítrio é sempre respeitado, pode ficar nessa condição por um tempo que quiserem, até que se esgote nele a disposição em se manter nessa situação.

E como não possuem um Corpo Denso para se manifestar ficam perambulando na atmosfera da Terra, próximos a superfície, utilizando os Corpos Densos e Vital de outros irmãos que entram em sintonia ou vibração com esses espíritos apegados à Terra. Sabe-se que ao nosso redor existem muitos desses “espíritos sem luz”, pobres irmãos apegados à sua última vida terrestre. Sim, é um grande fator de atraso na evolução deles!

Chamamos de “espíritos sem luz” porque após a morte não seguiram seu caminho de aceitação aos Mundos superiores, onde a luz é permanente.

E por não aceitarem a separação do Corpo Denso e de tudo o que aqui deixaram, ficam presos à atmosfera tentando satisfazer seus prazeres mundanos. Quando esses espíritos desencarnados desejam influenciar seres aqui renascidos, precisam de um veículo da mesma densidade de vibração da sua para atingir os centros cerebrais. Max Heindel, no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, diz que as Regiões inferiores do Mundo do Desejo estão cheias de “espíritos apegados à Terra” ou espíritos potencialmente obsessores que estão em contato com o Mundo Físico. Quando deixam esse Mundo Físico – quando morrem -cheios de inconformismo, ódio, raiva, inveja, ciúmes, cobiça, desejo de vingança, sentimento de abstinência a um vício, desejo de sentir o mesmo prazer que sentia e outros desejos, emoções e/ou sentimentos inferiores, se encontram despreparados para viver nos planos invisíveis.

Nessas Região inferiores do Mundo do Desejo encontramos: os viciados em drogas, alcoólatras, suicidas, assassinos, muitos que morreram em guerras, pessoas que nutrem ódio, rancor, desejo de vingança, pessoas apegadas à bens materiais como casas, terras, finanças, posses, pessoas, etc. Esses últimos espíritos – os apegados à bens materiais – são os que mais existem nos dias de hoje.

Exemplifiquemos o caso do assassino que cumpre sua pena perante a sociedade na prisão. Poderá ocorrer que o remorso, pelo seu ato cometido, o leve mediante a oração e o íntimo arrependimento a apagar o ódio nutrido à sua vítima.

E quando seu Espírito estiver livre no Mundo do Desejo poderá caminhar feliz e, quem sabe, numa vida futura procurará ajudar aquelas pessoas a quem maltratou na vida anterior. Contudo, se a sociedade quiser se vingar do criminoso e levá-lo à pena de morte pelo crime cometido, ele, achando que foi injustiçado, permanecerá por muito tempo entre os aqui estão vivendo renascidos, incitando outras pessoas a cometerem semelhante crime. E toda vez que isso acontece, quando a vítima cai nas garras da justiça, esses espíritos, aqui se tornando, obsessores conseguem se realizar e deixam a pessoa para ir atrás de outras. Se isso sempre acontecer, certamente teremos uma epidemia de assassinatos espalhados em comunidades!

Para entender como isso ocorre, vamos falar de clarividência. Podemos classificar a clarividência em duas classes:

  1. A de caráter positivo, onde a pessoa se torna um clarividente voluntário, treinado, um Auxiliar Invisível: aqui os vórtices do Corpo de Desejos giram na direção dos ponteiros de um relógio e;
  2. A de temperamento negativo, onde a pessoa se torna um clarividente involuntário: aqui os vórtices do Corpo de Desejos giram na direção contrária aos ponteiros de um relógio. Esse é um dos meios de se reconhecer os que são de uma ou da outra classe.

Na pessoa que se tornou um clarividente involuntário sempre há o grande risco de ser obsidiado pelos chamados “guias espirituais” e que agem como espíritos de controle em busca de sua satisfação. Para se manifestarem no Mundo Físico podem retirar o Corpo Vital da pessoa por meio do baço e usar temporariamente o Éter, do qual é composto, a fim de se materializar, devolvendo o Éter à pessoa após terminadas as ações que ele deseja fazer. Transforma suas vítimas no que conhecemos como “médiuns de transe” ou em “médiuns de materialização”. O espírito obsessor, tomando posse do corpo de sua vítima, utiliza-o à mercê de sua vontade, e mesmo que a pessoa tente, não conseguirá deter a influência dele, pois houve a permissão para a posse. Um clarividente voluntário jamais permitirá isso, sendo que a direção dos vórtices do Corpo de Desejos também é uma grande barreira para quaisquer tentativas de espíritos que queiram obsidiar.

Nesse ponto, é importantíssimo lembrar que o nosso Corpo Denso é o bem mais precioso que temos nessa vida terrestre. É o Corpo que está mais próximo de alcançar a perfeição. Está no seu quarto estágio de evolução. Os outros Corpos estão, ainda, bem atrás. É por meio do nosso Corpo Denso que conseguimos evoluir, aprender as lições, desenvolver o Corpo-Alma e seguir o plano de Cristo, aqui e agora. A Fraternidade Rosacruz nos orienta a tratar muito bem do nosso Corpo Denso, tão via alimentação, como nos seus cuidados de sempre estar de posse consciente dele.

Sabemos que existem famílias inteiras a mercê desses espíritos obsessores. Por isso que Max Heindel nos orienta para não assistir reuniões, encontros ou demonstrações onde haja atividades que evocam “os espíritos dos mortos”, que “dão passe”, que estimulam a possessão de parte ou de todo o Corpo Denso da pessoa, que haja demonstrações hipnóticas, que façam sessões de uso de bola de cristal, que queimam incensos, defumadores, e outros “tipos de fumaça” com o objetivo de “chamar os espíritos, etc.

Normalmente, toda vez que a pessoa frequenta tais ambientes, os chamados “guias” a convocam para desenvolver a clarividência involuntária, muitas vezes chamadas de mediunidade dela, só que de forma negativa. Essa é a maneira de estarem formando sua grande falange de controle.

É evidente que a maioria dos clarividentes involuntários não compreende o grande perigo que os aguarda após a morte.

E mesmo nesta vida não sabem o perigo que está por vir, pois enquanto fazem tudo que seus obsessores ordenam, esses são dóceis e compassivos. Contudo, se algum deles tentar recusar a ceder seu corpo ao desencarnado, logo sentirá a espada do obsessor.

Todos nascemos com a clarividência. Se quisermos desenvolvê-la, façamos de maneira voluntária, positiva, por meio dos exercícios dados pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Existe um método seguro, onde a pessoa está sempre de posse dos seus Corpos, consciente do que está fazendo e com total controle.

Sabemos que existem pessoas que em determinados momentos de sua vida se deixam arrastar por pensamentos, desejos, sentimentos e emoções negativos, chegando a ficarem perturbados, irritados e, às vezes, desequilibrados emocionalmente e, muitas vezes, não encontram o caminho de volta à razão. É bom lembrar que essa crise foi gerada pela própria pessoa, e é nesse momento que damos abertura ou permissão para a invasão de espíritos obsessores. Tornamo-nos assim joguete desses espíritos perturbadores e essas entidades jamais vão se preocupar com a reputação daqueles cujos corpos violaram. Isso acontece diariamente e, muitas vezes, não sabemos se aquela pessoa está obsidiada ou não. Todavia, existe uma forma infalível de descobrirmos se uma pessoa está possuída: por meio do diagnóstico dos olhos. Max Heindel nos diz que “os olhos são as janelas da alma”, pois somente o verdadeiro dono do corpo é capaz de contrair e dilatar a íris. Naquele que estiver possuído, notaremos que a íris de seus olhos não se dilatará quando penetrar em um quarto escuro ou quando fixar um objeto distante ou, ainda, quando fixar em uma fonte de luz brilhante (uma lanterna ou em um ambiente bem claro), a pupila não se contrairá. Isto é, a íris não responde nem à luz nem à distância.

O que podemos fazer para nos proteger contra a obsessão? Simplesmente manter uma atitude positiva da Mente, pois temer alguma coisa é atraí-la. Devemos construir uma aura protetora e invulnerável contra qualquer classe de ataque ou influência negativa.

Max Heindel expressa que “ao vivermos existências de pureza, quando os nossos dias estão preenchidos com serviços a Deus e a nossos semelhantes, com atos e pensamentos da mais elevada nobreza, então construímos o ‘manto dourado nupcial’, que é uma força radiante do bem. Nenhum mal é capaz de penetrar por essa armadura e então ele é refletido em direção àquele que o emitiu”.

É sempre oportuno recordar uma frase de São Paulo que diz: “Orai e vigiai para não cair em tentação”.

Lembremos o seguinte: “Não temos mestres. Os Irmãos Maiores são nossos amigos e nossos instrutores. Nunca ordenam, nem exigem obediência a nenhuma de suas sugestões, seja em que condição for. O mais que fazem é aconselhar, deixando-nos livres para seguirmos as suas sugestões ou não”.

E dentre os preceitos para o Estudante Rosacruz temos:

“Sendo a confiança em si mesmo a virtude cardeal para o Aspirante espiritual, fará o possível para praticá-la tanto em seus pensamentos como em seus atos.”.

“Conhecendo que o Interno é o único tribunal real da Verdade, se esforçará por estabelecê-lo, submetendo-lhe todos os assuntos para a sua final decisão”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa valorização individual: uma das grandes contribuições dada pelo Cristianismo

Nossa valorização individual: uma das grandes contribuições dada pelo Cristianismo

A grande contribuição dada pelo Cristianismo à humanidade foi a sua libertação. Essa libertação, se bem esteja claramente exposta nos Evangelhos, não é bem compreendida pelo Cristianismo Popular. Em muitos casos até há intenção de ocultar a verdade e submeter o ser humano a poderes temporais, a que ele gosta de se sujeitar. Infelizmente, muitos ainda permanecem num estado semelhante a um canário que ficou muito tempo na gaiola; quando lhe abrem a porta não quer partir para a amplidão dos céus ou, se vai, dá uma voltinha e regressa à sua cadeia, onde lhe dão comida e água. É cômodo e não lhe exige esforço. Por isso, muitos “pastores” de alma, seja nas igrejas ou em entidades espiritualistas, não gostam de tocar nesse ponto da libertação. Gostam mesmo de mostrar a necessidade de dependência. Nas escolas orientais a submissão ao mesmo é taxativa.

A Fraternidade Rosacruz, fundada por Max Heindel, como expositora dos Ensinamentos elementares da Ordem Rosacruz, cujos Irmãos Maiores são auxiliares diretos de Cristo na obra de redenção da humanidade, se distingue de tudo o que atualmente conhecemos, por seu esforço na libertação do indivíduo. A Fraternidade Rosacruz ensina como o Cristianismo nos liberta pelo conhecimento de seus valores internos (Jo 8:32), pela identificação com sua natureza divina, subjacente e ignorada (Jo 3:14).

Na Parábola do “Filho pródigo” vemos a nossa história, como Espírito Virginal diferenciado em Deus para obter experiência em nossa peregrinação involutiva, à custa de nossa herança espiritual, que ficaria enterrada e esquecida em virtude dos Corpos Denso, Vital, de Desejos e pela Mente que fomos construindo. Iniciamos a evolução com a ajuda das religiões primitivas. Depois veio Moisés e nos deu a Lei geradora do pecado, pois passaria a nos ensinar o que era transgressão e como deveríamos repara-la.

Contudo, devido ao nosso egoísmo e à falta de compreensão, reparávamos os pecados pelo sacrifício de animais. Depois veio Cristo e não revogou a Lei antiga. Antes, confirmou-a, mas nos deu a libertação do enlaço da matéria, o que, ao tempo de Moisés, seria tarefa extremamente difícil para boa parte de nós. Essa situação fora criada por nossa queda, quando os marcianos espíritos lucíferos, os Anjos decaídos, não podendo alcançar a evolução angélica, buscaram nosso cérebro e a força criadora que o sustenta, para, através de sua atividade, obter experiência e, em consequência, evoluir. Custou-nos alto preço “ouvi-los e seguir o que nos propôs”. É verdade que pelo embrutecimento sensorial decorrente obtivemos a vantagem da consciência atual, a capacidade de discernir, que os Anjos não têm. Por isso se disse que fomos feitos um pouco abaixo dos Anjos. Após a queda, as Religiões de Raça nos incutiram o sentido egoístico de separação e chegamos a tal estado de cristalização que nossa evolução ficou ameaçada. Não poderíamos, por nós mesmos, retomar a senda ascendente evolutiva que nos estava destinada, como filhos de Deus, de retorno à casa paterna.

Comíamos a “escória” dada como alimento aos “porcos”, nas duras experiências de nossa vida. Veio, então, o Libertador, o Cristo. Limpou o Corpo cósmico de Desejos da Terra, formado por todas as nossas antigas transgressões à Lei. Sacrificou-se como o “Cordeiro de Deus que limpou os pecados do mundo” (Jo 1:29), em lugar do cordeiro do tabernáculo. Foi quando se rasgou o véu do Templo, isto é, quando se abriram à nós, em geral, as possibilidades de libertação, Iniciação e acesso ao “Sanctum Sanctorum” – Santo dos Santos -, aos segredos e possibilidades de nossa própria natureza egoica, através da qual entrará, concomitantemente, nos arcanos da Terra e da humanidade, para mais altos serviços.

Não sem razão, pois, a citação de São Paulo, um Iniciado consciente dessa realidade: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (lCor 6:20), e “por preço fostes comprados, não vos torneis escravos de homens” (lCor 7:23).

Realmente, este mundo é uma escola em que somos apenas peregrinos (At 7:6, Hb 11:13 e IPd 2:11). E como somos destinados, quais sementes da árvore de Deus, a tornamo-nos iguais a Ele (Jo 10:34), a fazer obras maiores do que as realizadas por Cristo na Terra (Jo 14:12), deduz-se, logicamente, que o renascimento é um fato natural, pois nenhum de nós pode realizar numa vida o que nos está prometido nos Evangelhos. Pela evolução, nós iremos sublimando doravante todos os nossos veículos e deles levando a quinta essência, que nos dará a capacidade criadora. Realmente, os corpos são os meios de obtenção do alimento anímico que nos enriquece, a nós o Tríplice Espírito. No conjunto, o corpo é um precioso templo do Espírito (Jo 2: 21, ICor 3:17 e 6:19) que não deve ser desprezado como vil e inferior, segundo a concepção oriental, senão tratado com carinho, como ferramenta bem cuidada para que através dele nós possamos criar e crescer, pela Epigênese. Contudo, também aprendemos a não nos identificarmos com os nossos Corpos, senão governá-los, para que não nos suceda ficarmos escravizados a eles. Quem sabe que é de fato um Ego, um Espírito Virginal da onda humana manifestado, ama o Espírito e a ele serve e nesse ponto não adora imagens nem em templos de pedra, senão em espírito e em verdade (Jo 4: 24) porque em verdade nada restará de nossos corpos, ao fim dos atuais períodos evolutivos (Mt 24:2; Jo 2:19 e 21).

De todo o exposto, reconduzindo a nossa consciência ao seu real valor, como Filho de Deus, livre dos temores do inferno, porque sabemos que uma parte de Deus não se pode perder, comecemos a trabalhar diligentemente por nossa própria evolução, a fim de se tornar um novo ser humano (Ef 4:24; Col 3:10), sabendo discernir entre o real e o falso (ICor 6:12 e 19) e buscando se desvincular de todos os antigos hábitos errôneos (IPd 1:14 a 17) sem acender uma vela para Deus e outra para o diabo, como fazem os incoerentes de nossos dias (Mt 9:16 e 17). É preciso decisão, perseverança e humildade para limpar o templo interno (Jo 2:15 e 16) e ver nascer a estrela d’alva no coração (IIPd 2:19).

De toda nossa procura e experiência podemos, hoje, dizer aos novos companheiros: a Fraternidade Rosacruz é a escola aquariana que ensina e ajuda o indivíduo a se libertar de suas próprias limitações e o leva a uma concepção muito mais elevada e a possibilidades ilimitadas no campo das realizações internas, onde se encontra o Graal e sua lança (o Espírito e o seu poder). Contudo, para chegar a ele deve ser um autêntico e moderno cavaleiro, o novo e consciente Parsifal. O vivido Sir Launfal de retorno ao “seu castelo”.

Que nos eleve nas asas da aspiração; que nos armemos da couraça do valor e da persistência; que nos imbuamos de propósitos altruísticos, e que o Deus da paz será conosco!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1964)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Um Espírito desencarnado poderia alcançar o centro da Terra?

Pergunta: Se uma parede não constitui obstáculo a um espírito desencarnado, poderia ele passar também através de uma montanha ou da Terra, alcançando o centro desta última?
Resposta
: Isso depende do estágio evolutivo do espírito desencarnado. Um ser humano desencarnado é exatamente o mesmo de antes, com exceção de que já não possui Corpo Denso.

É-lhe perfeitamente possível atravessar uma parede espessa ou uma montanha. Ele não tem, todavia, acesso aos diversos estratos da Terra. É interessante registrar: muitos clarividentes e sensitivos comuns, que podem fornecer informações sobre cenas do Mundo do Desejo, dão relatos escassos concernentes ao interior da Terra. Alegam que, ao tentarem penetrar ali, chocam-se contra uma intransponível muralha. Isso ocorre porque nosso planeta é o corpo de um grande espírito e ninguém pode aproximar-se de seu centro, a não ser pela Iniciação. Há nove estratos terrestres em torno do coração central, o décimo por assim dizer.

Nos Mistérios Menores há nove graus. E em cada grau o candidato se habilita a penetrar em um estrato. A décima Iniciação pertence aos Mistérios Maiores com seus quatro graus.

A primeira Iniciação Maior ensina tudo quanto o ser humano possa conhecer no Período Terrestre.

A segunda enseja o conhecimento a ser obtido pela humanidade no Período de Júpiter.

A terceira compreende a sabedoria a ser lograda no Período de Vênus.

E a quarta encerra a evolução do atual esquema evolutivo.

O Iniciado de 4° grau encontra-se na mesma situação equivalente ao da humanidade no Período de Vulcano. Então saberá o que a Terra contém nesta encarnação e em suas manifestações futuras.

Os Mistérios Menores ensejam ensinamentos referentes ao desenvolvimento da humanidade nos três Períodos anteriores ao atual Período Terrestre.

Estes segredos permanecem velados ao ser humano, até que ele possa desvendá-los por si mesmo, na forma conveniente. Assim, nenhum espírito, desencarnado ou não pode observar o que há no interior da Terra, sem que a Iniciação haja despertado suas faculdades latentes.

(Perguntas e Resposta, publicado na Revista Serviço Rosacruz outubro/1974)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que é o sono e o que leva o corpo a adormecer?

Pergunta: O que é o sono e o que leva o corpo a adormecer?

Resposta: Durante o dia, o Corpo Vital especializa o fluido solar incolor que está à nossa volta através do órgão que chamamos baço. Esta vitalidade permeia o corpo todo e o clarividente a vê como um fluído de coloração rosa pálido, tendo sofrido uma transmutação ao entrar no Corpo Denso. Flui por todos os nervos e, quando é expelida pelos centros cerebrais em quantidades particularmente grandes, movimenta os músculos que os nervos comandam.

O Corpo Vital é formado por inumeráveis pontos que se projetam em todas as direções: para dentro, para fora, para cima e para baixo. Todos através do corpo, e cada pequeno ponto passa através do centro de um dos átomos químicos fazendo-o vibrar numa velocidade maior que a normal. Este Corpo Vital interpenetra o Corpo Denso desde o nascimento até a morte, em todas as circunstâncias, exceto quando, por exemplo, a circulação sanguínea é interrompida numa certa parte, como acontece quando descansamos a mão na beira de uma mesa e dizemos que ela “adormece”. Se formos clarividentes, podemos ver a mão etérica do Corpo Vital pendendo sob a visível como uma luva, e os átomos químicos recaírem para uma velocidade vibratória natural e lenta. Ao dar tapas na mão para que ela “desperte”, a sensação peculiar de picadas que sentimos é causada pelos pontos do Corpo Vital quando nos átomos adormecidos da mão, reiniciando assim a vibração.

O Corpo Vital deixa o Corpo Denso de uma maneira similar quando uma pessoa está morrendo. Pessoas quase afogadas que foram ressuscitadas experimentaram uma agonia intensa pela reentrada desses pontos, causando-lhes uma sensação desagradável de formigamento.

Durante o dia, quando o fluido solar é absorvido pelo ser humano em grandes quantidades, esses pontos do Corpo Vital ficam inchados ou dilatados pelo fluido vital. Contudo, com o passar das horas e à medida que as substâncias tóxicas vão obstruindo cada vez mais o Corpo Denso, o fluido vital flui mais lentamente. À noite, chega o momento em que os pontos no Corpo Vital não recebem mais um suprimento completo da energia vitalizadora, eles contraem-se e, em consequência, os átomos do corpo movimentam-se mais lentamente. Neste caso, o Ego sente o corpo mais pesado, entorpecido e cansado. Finalmente, chega o momento em que o Corpo Vital sucumbe e as vibrações dos átomos densos tornam-se tão lentas que o Ego não consegue mais movimentar o corpo. Ele é forçado a retirar-se para que o seu veículo possa recuperar-se. Dizemos, então, que o corpo adormeceu.

Porém, o sono não é um estado inativo; se o fosse, não haveria diferença entre o que sentimos pela manhã e o poder restaurador do sono. A própria palavra restauração implica atividade.

Quando um edifício decai devido à deterioração causada pelo uso constante e se torna necessário renová-lo e restaurá-lo, os moradores devem sair para deixar aos operários plena liberdade de ação. O Ego, por razões semelhantes, sai da sua morada à noite. Assim como os operários trabalham no edifício para colocá-lo em condições de ser reocupado, assim também o Ego deve trabalhar na sua casa para que esta possa ser novamente ocupada. Tal trabalho nós o realizamos à noite, embora não conscientes disso no estado de vigília. É esta atividade que remove os venenos do organismo e, em consequência, o corpo sente-se restaurado e vigoroso pela manhã, quando o Ego nele penetra no momento de despertar.

(Pergunta nº 34 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. I – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que dizem que algumas pessoas, mesmo depois de terem morrido, ainda estão apegadas à Terra?

Pergunta: Por que dizem que algumas pessoas, mesmo depois de terem morrido, ainda estão apegadas à Terra? Há alguma coisa que se possa fazer aqui para que tal situação seja evitada futuramente?

Resposta: Sim, com certeza! As pessoas apegadas à Terra acumularam seus tesouros nela, ao invés de os acumular no Céu. Todas deixaram alguma coisa para trás. Nem sempre é dinheiro. Podem ter outros vínculos na Terra como, por exemplo, alguém que consideram sua propriedade — esposa, marido, filhos. Julgam que, pelo fato de amar uma pessoa, tenham autoridade total sobre ela. Não concebem que a pessoa amada possa ter qualquer direito. Mais tarde, quando morrem, essa relação continua, pois empenham-se em pressionar seus bem-amados, ficando perto deles e os acompanhando o quanto possível. As pessoas que possuem casas, terras e bens são as piores, porque são muito apegadas às coisas materiais. Às vezes, vemos tais pessoas vigiando um cofre contendo valores e ações. Então, os herdeiros chegam e levam tudo, rindo-se do velho tolo que viveu acumulando seu dinheiro. Às vezes, são pessoas que viveram só em função de valores sociais. Têm joias, roupas e outras coisas que ainda amam e não conseguem separar-se delas. Portanto, ficarão apegadas à Terra enquanto mantiverem esse sentimento.

O melhor caminho é distribuir esses pertences. É evidente que devemos ter cuidado para não nos colocar em uma situação em que as pessoas a quem demos esses valores não nos possam colocar na rua, deixando-nos completamente desamparados em nossa velhice. Contudo, se fizermos uma avaliação, se constatarmos que já vivemos e desfrutamos utilmente desses bens, poderemos perguntar-nos: aqui estão objetos que já não me servem mais e como sei que estou chegando ao fim, onde eles serão mais úteis?; quem precisará mais deles?; ou então, quem poderei ajudar a se estabelecer em um negócio para que se torne independente? Ou poderemos achar outras modalidades semelhantes para dispor desses bens. Quanto às afeições, deveríamos conter-nos para não amar de forma desmedida — por exemplo, transformando alguém em ídolo ou o colocando acima de qualquer outra coisa. Se conseguirmos nos libertar de todas as ligações terrestres, nós nos sentiremos livres para partir, semelhantes aos grãos maduros que se despregam da espiga.

Se estivermos desligados de quaisquer amarras terrenas, sejam de ordem financeira, pessoal ou outro tipo, não ficaremos apegados à Terra. No entanto, quem cometeu algum crime ficará inevitavelmente apegado à Terra, por associação ao lugar onde o crime foi praticado, porque ele deverá desfazer o mal que causou.

(Pergunta nº 4 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” – Vol. II – Max Heindel)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Homem, conhece-te a Ti Mesmo”

“Homem, conhece-te a Ti Mesmo”

A sentença “homem, conhece-te a ti mesmo” estava escrita sobre a entrada de um templo grego de Mistérios, como indicação do fato de que é obrigatório para uma pessoa conhecer completamente os mistérios de sua própria natureza, que é muito mais profunda do que se aparenta.

E isso tem relação com o princípio encerrado no axioma hermético: “Assim como é em cima é embaixo”. Quando uma pessoa conhecer a si mesma, então poderá, por analogia, conhecer a Deus porque em verdade se disse, “O Homem foi feito à imagem e semelhança de Deus”.

Contudo, para conhecer a si mesmo não é somente necessário que o ser humano conheça o seu corpo físico, mas também todos os veículos invisíveis dele, que são as causas de seus pensamentos, sentimentos, desejos, emoções e palavras.

Uma pessoa não é apenas composta de um Corpo Denso, o físico; ela possui um Corpo Vital, um Corpo de Desejos e uma Mente. O estudo de todos esses veículos lhe proporciona uma ideia da grandeza espiritual dela, pois ela é uma centelha de Deus.

Portanto, pratiquemos essa frase “homem, conhece-te a ti mesmo” no nosso dia a dia.

(Publicado na Revista “O Encontro Rosacruz” – Fraternidade Rosacruz de Santo André-SP em abril/1982)

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